DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
-CCN
PROFESSOR
ORIENTADOR:
PROF°
NIVALDO
JOÃO DOS
SANTOS
AVALLAÇÃO
DE
DESEMPENHO
ATRAVÉS DE
MEDIDAS
NÃO-
FINANCEIRAS
AcA1)ÊMIcAz
REGINA DE
SOUZA
FLORIANÓPOLIS
(sc)NOVEMBRO
DE
1999
Avaliação
De Desempenho
AtravésDe
Medidas
N
ão-FinanceirasAcadêmica:
Regina
deSouza
Esta
monografia
foi apresentadacomo
trabalho de conclusão do Curso de CiênciasContábeis da Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a nota
média
deatribuída pela banca constituída pelos professores abaixo mencionados.
Florianópolis, de de ... ..
Prof' Maria
Deni
His? cu 4*-*
E
0
"É
Q
iqueCêagrande,
M.Sc
Coordenadora
deMonografia
dDepartamento
de Ciências Contábeis PProfessores que
compuseram
a banca:Presidente:
P~
João dos Santos,M.Sc
I
.Membro:
Pro Joäo Borges41
Membro:
Prof° 7iltairAo
professor Nivaldo Joao dos Santos, pela orientação, dedicação e atenção dispensada.Aos meus
pais pelo incentivo constante ao estudo, o orgulho demonstrado acada batalha vencida e pelo exemplo, dedicação e carinho.
A
A
todos os professores que contribuiram diretaou
indiretamente na indicação e
no
fornecimentodo
material de pesquisa,em
especial aos Professores Erves Ducati e JôisseLorandi.
' '
V
Ao meu
namorado
Dirlei pela paciência, força,compreensão
e privação decarinho ao longo deste caminho.
Aos
colegas de curso,em
especial à VivianeSchmidt
e ldaliceMachado,
pelaamizade e
companheirismo
demonstrados durante a formação acadêmica.sUMÁRIo
1_
1NTRoDUÇÃo
1.1 - Considerações Iniciais ... _. 05 1.2 -Tema
... ___ ... _. 1.3 -Problema
.... ... ._ 1.4 - Justificativa ... ._ 1.5 - Objetivos ... _. 1.5.1 - Objetivo Geral ... _. 1.5.2 - Objetivos Específicos ... ._ 1.6 - Metodologia ... _.2
-
REVISÃO
BIBLIOGRÁF
ICA
2.1
-
Avaliação deDesempenho
... ._2.2
-
Medidas
Financeiras de Avaliação deDesempenho
.... _.2.3
-
Medidas
Não-Financeiras de Avaliação deDesempenho
3
-
MEDIÇAO
DO
DESEl\/[PENHO
_El\/[PRESARIAL3.1
-
Medição
da Performance sob a ótica Não-Financeira3.2
~
Eficácia
... ... ._3.3
-
Eficiência ... ._3.4 - Qualidade ... ._
3.5 - Produtividade ... _.
3.6 - Qualidade de vida de trabalho ... _.
3.7 - Inovação ... __
3.8 - Lucratividade ... _.
4.1 -
Medidas
não-financeiras sob três perspectivas ..4.2 - Perspectiva
Dos
Clientes ... ..4.2.1 - Participação de
Mercado
... ..4.2.2 - Retenção de Clientes ... _.
4.2.3 - Captação de Clientes ... ..
4.2.4 - Satisfação de Clientes ... ..-. ... ..
4.3 - Perspectiva
Dos
Processos Intemos daEmpresa
4.3.1 - Inovação ... ..
4.3.2 -
O
processo de Operações ... ..4.3.3 - Serviço
Pós-Venda
... ..4.4 - Perspectiva
do
Aprendizado e Crescimento ... ..4.4.1 - Satisfação dos Funcionários ...
4.4.2 - Retenção dos Funcionários ... ..
4.4.3 - Produtividade dos Funcionários ... ..
5 -
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..1 -
INTRODUÇAO
1.1 -
Considerações
IniciaisAvaliando-se o contexto
onde
uma
empresa
está inserida, nota-se a presença dediversas entidades que
atuam
oraem
parceria, oracomo
concorrentes (consumidores,fornecedores, instituições financeiras, empregados, etc). Este conjunto de relações que
ocorrem,
com
maiorou
menor
intensidade,culminam
em
um
conjuntocomplexo
de gestão e estratégia empresarial. Tais situaçõespodem
gerar oportunidadesou ameaças
para a empresa.Nesse' sentido, os gestores
devem
dominar
profundamente o conhecimento sobre a organização,bem
como
o ambiente competitivoonde
amesma
atua,devendo
avaliar osreflexos desses impactos e interações para criar
uma
ferramenta de controle estratégico eficiente.A
função dos relatórios contábeistem
sido limitadano
sentido de fornecer demonstrativosde
desempenho econômico
financeiro,sem
a expectativa de quepodem
também
forneceruma
idéia dos fatores que contribuem para este desempenho.Numa
avaliação de
desempenho,
a tarefa essencial é comparar o que aconteceuem
determinadoperiodo
com
o que deveria ter acontecido, de acordocom
as circunstâncias.Raramente
sepode
determinarcom
precisão o padrãodo
que teria acontecido.Mas
as decisõesdevem
serfeitas e
podem
ser feitascom
alguma
certeza de que são corretas se fizer omelhor
usopossível da informação disponível.
Na
medida
em
que a concorrência entre as empresas se intensifica, seus gestoresbuscam
novas fontes de informações sobre fatores-chaves que contribuem para o sucesso empresarial ecomo
elespodem
ser medidos.As
medidas não-financeirastendem
a definirfatores potenciais que dão
ou
poderão darvantagem
competitiva e as características queDe
um
modo
geral as empresasdeterminam
fatores críticos de sucesso que consideramessenciais para
implementarem
deforma
adequada suas estratégias.Alguns
desses fatores-chaves, considerados
medidas
não-financeiras, são a satisfaçãodo
cliente, a excelência dafabricaçao, a liderança de mercado, a qualidade, a confiabilidade e a capacidade de resposta ao
cliente, considerados fatores essenciais para a sobrevivência de
uma
empresano mercado
atual.O
uso demedidas
não-financeiras dão a visão às empresas de que os resultadosfinanceiros decorrem da
bem
sucedida implantação de fatores-chaves de sucesso e quepodem
ser detectados através de avaliações de
desempenho
através de controles não-financeiros.1.2-
Tema
Neste sentido, o
tema
deste trabalho procura enfatizar a avaliação dedesempenho
através de -medidas não-financeiras, as quais
mostram
a performance daempresa além
de dados financeiros (demonstrações contábeis). '1.3 -
Problema
'
A
problemática na avaliação dedesempenho
através demedidas
não-financeiras é decomo
se atribuir valores monetários às melhorias observadasem uma
empresa e a ligaçaoentre as melhorias nas
medidas
não-financeiras e os lucros que é de diflcil estabelecimento.O
desafio
para melhorar essacompreensão
passa pelas teorias da decisão,mensuração
einformação. Assim, a dificuldade consiste
em
definir qual amelhor
decisão a ser tomada, mensurando-se os resultados a se obter e atéonde
os gestorespodem
se utilizar dessasinformações para
um
sistema de controle estratégico. «KAPLAN
e'NORTON
(l997:7)também
verificam
esta dificuldade declarando que há,como
segue:“realisticament_e, a dificuldade de se atribuir
um
valor financeiro a esses ativos,como
os novos produtosem
fase de pré-produção; processos inovadores;7
bancos de dados; e sistemas, provavelmente impedirá que sejam reconhecidos
algum dia nos balanços das empresas. Contudo, sao esses os ativos e
capacidades fundamentais para o sucesso no ambiente competitivo de hoje e amanhã”. _
A
grande importânciana
avaliação dedesempenho
utilizandomedidas
não-financeirascomo
instrumento de mediçao, estána
ligaçao entre as causasou
efeitos dessasmedidas no
resultado financeiro final da empresa,
ou
seja, a influênciaou
as conseqüências que estasmedidas trazem
ou poderiam
trazerem
termos monetários parauma
organização.1.4- Justificativa
Este trabalho é de grande relevância já que abre a discussão para
um
novo
perfil dosprofissionais de contabilidade, que na maioria das vezes se restringem a registrar os fatos contábeis,
sem
averiguar a interação desses fatoscom
as demais áreas da empresa ecom
ocontexto
onde
amesma
encontra-se inserida. Enfatizatambém
a importância de se fornecer aos usuários de contabilidademodelos
demedidas além
de demonstrativos financeiros (demonstrações contábeis).Segundo
KAPLAN
eNORTON
(l997:4l) os relatórios das empresas para queatendam
às necessidades dos seus usuáriosdevem:
“*Fornecer maiores informações sobre planos, oportunidades, riscos e incertezas. e
* Concentrar-se mais nos fatores que criam valor a longo prazo, dentre os
quais as inedidas não-financeiras que indicam
como
os processos-chave da empresa estão se desempenhando. z*Alinhar melhor as informações reportadas externamente
com
as infonnações reportadas internamente à alta administração para a gestão donegócio”.
A
observânciaou
a avaliaçao dedesempenho
deuma
empresa
com
o uso demedidas
não-financeiras, constitui grande importância
no cumprimento
da missão deuma
empresa
quevisa o seu crescimento
no mercado
e é. de fundamental necessidade para assegurar a suacontinuidade.
Tendo
em
vista que detectam fatoresou
práticas queconduzem
ou poderiam
conduzir resultados desejados
ou
atémesmo
determinarem eventuais falhas de planejamento,Avaliar
ou
medir odesempenho
deuma
organização é evidenciar pontos quepossam
gerar maiores possibilidades demercado ou
detectar possíveis desajustes organizacionais.Como
acadêmica, desenvolver este trabalho significa contribuir paraumnovo
perfilprofissional da ciência contábil, visando atender as novas
demandas
demercado
uma
vez queas empresas estão sendo inseridas cada vez mais
em
um
contexto altamente globalizado ecompetitivo, necessitando de
um
suporte gerencial mais eficaz, que contemplealém
deresultados financeiros,
ou
seja, que propicieum
suporte de informaçõesou medidas
não-financeiras que
permitam
às empresas a geração deum
resultado financeiro positivo.Desta
forma
desenvolver este trabalho acadêmico traránão
só conhecimentosem
termos pessoais,mas
trarátambém
à teoria contábiluma
reflexão sobre otema
em
questão,sinalizando desta maneira para
uma
área de conhecimentos maisamplo do
que 0 atual,uma
vez que o estudo de
medidas
não-financeiras abre visõesmais
abrangentes 'das interfacesdo
ambiente organizacional. -1.5- Objetivos
1.5.1- Objetivo
Geral
O
objetivo geral deste trabalho é apresentarmedidas
não-financeiras de avaliação empresarial e fazeruma
reflexão sobre odesempenho
de estratégias desses sistemas não-financeiros.
1.5.2
-
ObjetivosEspecíficos
Este trabalho terá
como
objetivos específicos:0 relacionar o papel
desempenhado
poruma
medida
não-financeira às ações operacionais de9
0 apresentar soluções altemativas mais prováveis através de sistemas não-financeiros que
possam
servir para atomada
de decisão;0 fazer
uma
discussão sobre os resultados financeiros e asmedidas
não-financeiras.1.6 -V
Metodologia
“O
conhecimento é atomada
de consciência deum mundo
vivido pelohomem
eque
solicita
uma
atitude crítico-prática, envolvendoum mundo
sensível, perceptivo e intelectodo
Ser pensante ”
(BARROS
eLEHFELD,
1990: 9). D_esta maneira, entende-se quena
buscado
conhecimento
ohomem
procura explicarou
entendercomo
e por que osfenômenos
ocorrem, na tentativa de evidenciar fatos correlacionados,numa
visão globalizada.Segundo
BARROS
eLEHFELD
(1991: 10) “o conhecimento cientifico é 0 aperfeiçoamentodo
conhecimentocomum
e ordinário, e é obtido através deum
procedimento metódico; o qual mobiliza explicações rigorosas e/ou plausíveis sobre o que se afirma sobreum
objetoou
realidade” Neste sentido o desenvolvimento deuma
pesquisa requerdo
pesquisadorum
procedimento racional e sistemático etem
como
objetivo a procura derespostas para
algum
problema. ParaGIL
(1996: 19) “a pesquisa é requeridaquando não
sedispõe de informação suficiente
para
responderao
problema,ou
entãoquando
a informaçãodisponivel se encontra
em
tal estado dedesordem
quenão possa
seradequadamente
relacionado
ao problema
_ 'Desta forma, conclui-se que as razões para se desenvolver
uma
pesquisapodem
ser asmais variadas, isto é, pode-se ter
como
objetivo responder questões, tentar explicarfenômenos
ou
simplesmente para aacumulação
de conhecimentos.Para
ANDER-EGG
(1978: 28) a pesquisa é“um
procedimento reflexivosistemático,controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos
ou
dados, relaçõesou
leis,em
qualquer
campo
do
conhecimento”. Neste 'sentido faz-se necessário a escolha deuma
metodologia que a 'atenda às necessidadesdo problema
a se resolverou compreender
em
um
projeto de pesquisa.Para
NASCENTES
(1972: 925)método
e'um
“conjunto dos meios dispostospara
chegar a
um
fim que
se deseja”.O
presente trabalho consisteem
um
estudo exploratório deDesta maneira a pesquisa deverá ser' desenvolvida a partir de material já elaborado,
constituído de livros e artigos científicos. '
Para
MANZO
(1971: 32) a bibliografia pertinente “oferece meiospara
definir, resolver,não
somenteproblemas
já conhecidos,como também
explorar novas áreasonde
osproblemas não
cristalizaram suficientemente”. Assim, apesar de se desenvolver o trabalhoatravés de pesquisa bibliográfica, não se pretende limitar ao registro dos assuntos referente ao
tema
em
questão.Segundo
MARCON1
eLAKATOS
(1990: 66) “a pesquisa bibliográficanão
émera
repetiçaodo
que já foi ditoou
escrito sobre certo assunto,mas
propicia oexame
de
um
tema
sobnovo
enfoqueou abordagem, chegando
a conclusões inovadorasA
metodologia a ser utilizadano
desenvolvimento deste trabalho seráuma
pesquisabibliográfica de caráter exploratório,
no
entantocom
o objetivo de trazer à tonanovos
conceitos e soluções altemativas
no
uso demedidas
não-financeirascomo
avaliação dedesempenho.
Sendo
assim, esta pesquisa faráuma
reflexao sobre os resultados financeiros das empresas, explicitando fatosou
caracteristicas não-financeiras queinfluenciam
diretaou
'
2 -
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1
-
Avaliaçãode
Desempenho
Para
PELEIAS
(1992:13) “avaliar é a determinação de valor;ou
reconhecera
grandeza, a intensidade, a força de determinar a valia, 0 preço, o merecimento.
Por
sua vez,desempenhar
significa cumprir aquilo que se estava obrigado exercer, cumprir, executar”.A
avaliação dedesempenho
segundoPELELÂS
(l992:l19-120) “correspondeà
gestao
económica
de operaçoes específicas e diz respeito aos custos e contribuiçoes destasoperações
ao
resultadoda
empresa”. › 'Não
existeuma
fórmulamágica ou
mesmo uma
medida
exata para avaliar odesempenho
dos negócios.De
acordocom
OLIVEIRA
(l992:135) “controle e avaliação sãoas funções
do
processo administrativo que mediantea
comparaçao
com
padroes
previamenteestabelecidos
procuram
medir e avaliar 0desempenho
e o resultado das ações,com
afinalidade de realimentar os tomadores de decisão, de
forma
que
possam
corrigir e reforçaresse
desempenho
-Sendo
assim,em uma
avaliação dedesempenho
pressupõe-se a existência de parâmetros de comparação, contra os quais odesempenho
é confrontado, tantoem
termosfisicos
como
financeiros. _De
acordocom
BEUREN
(1998:75) “a-competitividade requeruma
correta definiçãoe execução das estratégias empresariais de
forma
a
assegurar a eficácia das organizações Desta forma, o processo de gestão precisa estar ligado aos sistemas de avaliação dedesempenho
para a operacionalização dasestratégias da empresa, necessitando portantoserem
monitoradas e reavaliadas, paraum
perfeito sincronismo entre a estratégia definida e o queestá sendo definitivamente executado.
DOPUCH, BIRNBERG
eDEMKI
(1982:l89)determinam
que os sistemas demelhorar a qualidade de futuras decisões e balízar as
tomadas
de decisão". Destemodo
avaliar
ou
medirdesempenho
através destes sistemas constituium
campo
de informações variadas, incorporandoum
complexo
de características essenciaisna
integraçãodo
processode gestão estratégica,
em
suas fases de planejamento, execução e controle.A
avaliação dedesempenho,
paraBACKER
eJACOBSEN
(l973:68),têm
pelomenos
cinco objetivos básicos:ll
a) determinar até que ponto são cumpridas as responsabilidades atribuídas à
direção ou por ela delegada;
b) identificar os desvios e* as suas causas
com
relação aos padrõespredeterminados; '
c) propor medidas corretivas para as situações contrárias às metas
estabelecidas; _
d) aumentar a motivação das pessoas visando a melhoria do desempenho; e
e) quando possível efetuar comparações
com
diferentes divisões da empresa”.Pelo exposto, pressupõe-se que
um
sistema de avaliação dedesempenho
deve conterobjetivos e metas a serem alcançadas por
uma
empresa, visando seu aperfeiçoamento contínuoe a determinação de fatores que
elevem
o'
seu grau de desenvolvimento
no
mercado.Portando, a avaliaçao de
desempenho
em
uma
organizaçao requer a integraçao entre indicadores, processos de gestão e infra-estrutura de suporte.Assim
sendo, os indicadores dedesempenho
devem
refletir o espírito deaperfeiçoamento contínuo, isto é, as medidas
devem
ser calculadas e apresentadas deforma
ademonstrar o progresso
ou
o desenvolvimento ao longodo
tempo.Através destas avaliações as empresas nao somente analisam seu desenvolvimento
ou
sua performance confrontando registros entre períodos sucessivos,
como
fazendocomparações
com
outras empresas domesmo
ramo
de atividade. Isto significa dizer que medirou
avaliar a performance deuma
organização é dar suporte a processos de gestão empresarial na busca da competitividade e sobrevivênciano
mercado.A
medida
queocorrem
mudanças no
ambiente organizacional, estasimpõe
aostomadores de decisão a necessidade da percepçao e visualização de novos problemas
decorrentes das modificações realizadas. .Isto é, deve-se solucionar o
problema
antes que elevenha
a se manifestarou
se intensificar ,ou
seja, prevenir aempresa
deste risco,pode
resultarem
um
posicionamento competitivoem
relação às empresas queatuam
em
mercados
13
conhecimento de que existe
um
problema, pela identificação demodos
alternativos deresolvê-los, pela análise das conseqüências a
fim
de decidir qual amelhor
_Uma
visão importante, de acordocom SINK
eTUTTLE
(1993:148), é amedição
como
instrumento de melhoria: V“A
medição podetambém
serum
impulso muito eficaz para a melhoria da performance. Pode ser usada como: ferramenta para assegurar que a estratégia seja implantada, parte integrante de sistema de suporte gerencial de altaqualidade, dispositivo para melhoria e desenvolvimento, motivador, parte natural e integrante do processo gerencial, feedback contínuo e_
em
tempo realsobre a performance de indivíduos eg grupos e mecanismo para apoiar
comportamentos de melhoria contínua na organização.
A
medição pode serfeita e usada
sem
avaliação e julgamento, enfocando apenas a análise dos dadoscom
o objetivo de compreender, por exemplo,como
estamos indo - tomando-nos melhores ou piores.
A
medição pode ser usada demodo
muito positivo eeficaz
em
relação à meta de melhoria constante”.De
acordocom
esta visão, deve se terem
mente
que o processo de avaliaçãonao
deveser encarado
como
um
sistema de punição, cobrançaou método
de intimidação das atitudesdos envolvidos
no
mecanismo
de medição.Os
avaliadosdevem
estar cientes de que estãoparticipando de
um
processo que poderá identificar falhasou
práticas quedevam
ser abolidas ouintensifrcadas deforma
a garantir sucessono
desenvolvimento da empresa, fazendocom
que amedição do
seudesempenho
seja encaradacomo
um
aprendizado contínuo.Para
McGREE
ePRUSAK
(1994:206) o aprendizado contínuo dentro da organização:“é tanto o impulso quanto o motor que leva à mudança.
Como
impulso paramudança, aprendizado significa observar o ambiente para detectar sinais fortes
ou fracos, sintomas precoces de ameaças ou oportrmidades.
É
detectarmudanças que
ameaçam
ampliar o distanciamento entre as exigências ambientais e o fundamento atual deuma
organizaçãofíSegundo
SINK
eTUTTLE
(1993: 'l48)usamostambém
amediçao
como
meio
para fazer: “previsões, análise de variações, estimativa de custos, planejamento, preparação de propostas, avaliação de pessoal, testes, controle de qualidade, controle de produção, elaboração de cronogramas, gerenciamento de projetos,sistemas de distribuição de lucros, e incentivos, análise e controle orçamentário, decisões sobre investimento de capital, análise de custo/benefício, análise
econômica de engenharia, etc”. '
Assim
o processo de avaliaçãoou medição
dedesempenho
define-secomo
ferramenta altamente eficazno
controle estratégico das organizações, poisalém
de utilizar-se deinformações financeiras e não-financeiras, serve de informação para diversas áreas ,
ou
seja,fornece dados para
tomada
de decisões importantesem
vários departamentos das empresas.2.2 -
Medidas
FinanceirasDe
AvaliaçãoDe Desempenho
BACKER
eJACOBSEN
(1973:vol.1,72) explicam que “a avaliação dedesempenho
com
baseem
medidas
econômico-financeiras são indispensáveis,em
virtude demedirem
os resultadosque
se relacionamcom
as metas propostas pelaempresa
São medidas
que centram seu foco para servir de avaliação nas áreas deresponsabilidades, considerando cada
uma
delascomo
se fosseuma
entidade econômica.Os
objetivos financeiros representam ameta
de longo prazo da empresa: gerar retomos superioresa partir
do
capital investido na unidade de negócios.Os
resultados financeirospodem
ser indicados através de grandezas expressas diretamenteem
unidades monetárias(como
a receitaou
o lucro)ou
ainda através dacombinaçao
de grandezas expressas originalmenteem
unidades monetárias(como
a taxa deretomo
sobre o capital). Desta forma os resultados financeiros, pela leitura direta que oferecem, são os prediletos da alta gerência para avaliar obom
andamento
dos negócios e asua posição imediata de mercado.
As
medidas
contábeis mais utilizadascomo
avaliaçao dedesempenho
saolucratividade interna, o custo-padrão, os orçamentos variáveis e rentabilidade
do
capitalempregado. ~
'
i
Para
MOREIRA
(1996:08):“qualquer sistema de medida de desempenho que venha a ser considerado
deverá levar
em
conta tais fatores etambém
alguns sinais indicadores desucesso ou fracasso,
como
a fatia de mercado da empresa, seu lucro por ação,seu retorno sobre o investimento, sua capacidade de inovar, de lançar novos
produtos à frente dos concorrentes e assim por diante”.
Apesar
de ser reconhecidamente importante a avaliação dedesempenho
através de resultados financeiros, muitos autores contestam amedição
utilizando apenas medi-dasfinanceiras, pois apesar de motivar o
comportamento
para a consecução do resultado financeiro,fica
restrito apenas ao focono
sucesso financeiro, criando problemas a empresa.15
“a) o enfoque de resultados financeiros de curto prazo pode diluir o esforço de se atingir os objetivos estratégicos de longo prazo;
b) na busca de se obter
um
maior resultado financeiro pode ocorrer produçãoem
excesso (para estoques) visandocom
isso absorver os custos fixos indiretos,medida esta, contrária aos objetivos estratégicos; e
c) os resultados financeiros são calculados por vezes,
em
relação aos orçamentos ou padrões, e estes normalmente sofrem alterações apenas de anoem
ano, ou seja, qualquer acontecimento na economia ou no mercado poderárefletir
mn
melhor ou pior desempenho neste caso”.A
medição
sob esta ótica tende a ser limitadana
maioria das empresas, pois sãobaseadas quase
sempre
em
dados da contabilidade, de finanças, orçamentos e padrões detrabalho, isto é, tradicionalmente voltadas para fins de controle, não sendo adequadas às reais
condiçoes da empresa.
Confirmando
esta idéiaJOHNSON
eKAPLAN
(l993:2l9) contestam os indicadoresfinanceiros a curto prazo
quando
afirmam
“a reduçãodo
conteúdo demão-de-obra
direta nosprodutos finais, a intensidade
do
capital crescente nos processos deproduçao
é agrande
contribuiçãodo
conjunto de conhecimentos e recursos intangíveisque
contribuempara
tornar impossível obter
uma
medida
válida de lucros a curtoprazo
. Isto demonstra que os indicadores financeiros de curto prazo
em
virtude das rápidasmudanças
de tecnologia, redução dos ciclos de vida dos produtos e constante inovaçãono
processo de produção, já
não demonstram ou refletem
verdadeiramente odesempenho
recentedas empresas. -
Quando
pressionados pela buscado
bom
desempenho
financeiro a culto prazo, os executivosfazem
opções que limitam a busca por investimentosem
oportunidades decrescimento. Através desta visão
KAPLAN
eNORTON(l997:23)
alertam:“O
pior é que a pressão por desempenho financeiro a curto prazo pode levar asj empresas a reduzir os investimentos ein desenvolvimento de produtos, inelhoria
de processos, desenvolvimento de recursos humanos, tecnologia de informação,
banco de dados e sistemas, além do desenvolvimento de clientes e mercados.
No
curto prazo, o modelo de contabilidade financeira reporta esses cortes dedespesas
como
aumentos de lucratividade,mesmo
quando as reduçõescanibalizam a reserva de ativos de
uma
empresa e sua capacidade de criar valoreconômico futuro. Por outro lado,
uma
empresa poderia maximizar osresultados financeiros a curto prazo explorando os clientes
com
preços altos ebaixa qualidade de serviços.
No
curto prazo, essas açõesamnentam
os lucrosreportados,
mas
a infidelidade e a insatisfação dos clientes deixarão a empresaaltamente vulnerável aos ataques da concorrência”.
Neste- sentido
podemos
afirmar que asmedidas
financeiras são indicadores deambientes competitivos,
contam
somente parte da história das ações passadas e são insuficientes para orientar as ações futuras e na determinação de valor financeiro a longoprazo.
Um
exemplo do
que foi descritoacima
éuma
declaração feita pelo presidente daFMC
Corporation (l993:l43-147),empresa
que conseguiuum
dos melhores.desempenhos
financeiros entre as grandes empresas norte-americanas nas décadas de 70 e 80,onde
omesmo
recorda: ' '“Como
empresa altamente diversificada, (...) a medida de retorno sobre ocapital empregado
(ROCE)
era particularmente importante para nós.No
final do ano, recompensávamos os gerentes de divisão que apresentassem odesempenho financeiro previsto.
Vínhamos
administrando a empresacom
rigor e sucesso nos últimos 20 anos.Mas
estava ficando cada vez mais difícilidentificar de onde viria o crescimento futuro, e ein que outros setores da inovação a empresa deveria participar. Havíamos nos tornado
uma
empresacom
alto retorno sobre o investimento,mas
com
menos
potencial para continuar4 crescendo. Pelos nossos relatórios financeiros,`também não ficava de todo
claro o progresso que estávamos obtendo na implementação de iniciativas de longo prazo”.
Esta situação demonstra a preocupação das empresas
em
obter alternativasou medidas
além
de indicadores demedição
financeiros, quena
maioria das vezesrefletem
situaçõespassadas,
com
isso intensificando a importânciano
uso demedidas
ou
indicadores não-financeiros,
uma
vez quetendem
a captar o progresso e elevarem o grau e o aperfeiçoamentodas empresas, levando-as conseqüentemente ao sucesso.
2.3
-
Medidas
Não-FinanceirasDe
AvaliaçãoDe Desempenho
Em
geral a importância de fatores não-financeiros,ou
fatoresnão
mensuráveis, ésubestimada, pois os cálculos numéricos de fatores mensuráveis resultam
num
dado
com
maior grau de definição e precisão.Porém
os fatores não-financeirosinfluenciam no
número
final e
não
podem
ser consideradosmenos
importantes edevem
sermedidos
coletivamentecom
outros fatores financeiros, já que o segundo é conseqüênciado
primeiro,ou
seja os dadosfinanceiros são conseqüências de fatores não-financeiros
ou
práticas que determinaramou
17
Partindo-se deste ponto
ANTHONY
(1974:42) alerta “não se rendaà
tentação natural de dardemasiado
valor aos fatores quepodem
ser reduzidosa
números,mesmo
que
os
números tenhamaparência
de serem definidos e precisosDe
acordocom
I-IENDRIKSEN
(1991:448) a palavra mensurar “éfieqüentemente
pensada
em
termos monetários.Nao
se deveria esquecer que informaçoesnão
monetárias, taiscomo
capacidade produtivaem
toneladasou número
deempregados
podem
ser relevantespara
certas predições etomadas
de decisão ..DOMINIAK
eLOUDEBACK
(1994:443),defendem
a idéia de que“embora na
determinaçao
do
resultado organizacional sejam maisamplamente examinados dados
financeiros, estes são insuficientes
para mensurar
aperformance
deuma
empresa
Reforçando esta idéia
SHANK
eGOVINDARAJAN
(1995: 175)comentam
sobredemonstrativos financeiros
afirmando
que “são muito parecidoscom
o placar deum
jogo
debeisebol.
O
placar informa aum
jogador
se ele estáganhando
ou perdendo
o jogo,mas
diz~lhe
pouco
se ele estábem
ou mal
dentro das regrasdo
beisebol. Se ele tentar jogar beisebololhando o placar,
não
terá êxitonojogo
Assim, pode-se definir que o papeldesempenhado
poruma
medida
não-financeiraem uma
organização é mostrar odesempenho além do
resultado
do
jogo (o gol), analisando-se os resultados e tendo-se anoçao
de todos os pontosque contribuíram para este desempenho.
Deste
modo
ageuma
medida
não-financeira, tem-se a visão de todos os fatores queinfluenciaram
um
determinado resultado, possibilitando através desses fatoresuma
análise dealtemativas possíveis e a decisão de qual a
melhor
estratégia deve ser implantada pelaempresa.
Para
McGREE
ePRUSAK
(19_94:l84), “as avaliações estratégicas dedesempenho
constituem o conjunto integrado de avaliações e processos de gestão que ligam a estratégia à execução". Desta
forma
pode-se observar que através damedição ou
avaliação, os gestorespodem
ter a concreta idéiado
que realmente foiou
está sendo executado de acordocom
aquiloque foi
defmido no
plano de estratégias da empresa.1 '
_ D
Continuando
McGREE
ePRUSAK
(1994:184) apresentam oscomponentes
quedevem
ser abrangidos nas avaliações,como
segue: ›“
-
Um
conjunto de indicadores de desempenho abrangendo medidasfinanceiras e não-financeiras;
-
Uma
infra-estrutura para coletar, filtrar, analisar e propagar indicadores importantes aquem
de direito dentro da organização”.Deve-se ressaltar que a avaliação de
desempenho
tanto não-financeirocomo
financeiro requer a integração desses três itens citados acima, -pois o resultado individual não resultaem
sucesso duradouro para a organização, já que
um
é causa e o outro efeito respectivamente,como
já dito anteriormente. V.
Pode-se a partir dessa idéia envidenciar que as demonstrações contábeis
não
cobrem
todas as áreas da empresa, tais
como
a satisfação de clientes, motivação de funcionários-ou
desenvolvimento denovos
produtos, sendo que as demonstraçoes contábeisou
demonstrativos financeiros evidenciamum
fato jáconsumado,
e estas áreas descritas trarão resultados a longo prazo e terao influência diretano desempenho
financeiro futuro daorganização.
De
acordocom
essa idéia,KAPLAN
eNORTON
(l997:40) definem que “os usuáriosestão
preocupados
com
o futuro, enquanto os relatórios das empresas de hoje focalizam o passado.Embora
as informações sobre 0passado
sejam indicadores úteisdo desempenho
futuro, os usuários também_ precisam de informações voltadas
para
afiente
Complementando,
KAPLAN
eNORTON
(l997:22) alertam destacando que “naprática , a ênfase excessiva
na
obtenção emanutenção
de resultados financeiros de curtoprazo
pode
levar asempresas
a investirem demaisem
soluções rápidas e superficiaisem
detrimento
da
criação de valor a longo prazo, particularmente nos ativos intangíveis e intelectuaisem
que se apóia 0 crescimentofuturo'
Considerando-se que
um
sistema de demonstrativos financeiros nãopode
lidarcom
fatos e informaçoes relativos às perspectivas mais qualitativas, o
desafio
real é definir e estabelecerum
sistema que capture e apresente as informações que se precisa para gerenciar efetivamente, isto é, essas diretrizes explicam os princípios de mensurar as coisas certas.É
absolutamente vital para a excelência na avaliaçao de
desempenho
empresarial que todos os envolvidosno
processo concentrem seus esforços para melhorar o que realmente importa paraa organização.
OSTRENGA
et al. (l993:258-259) explicam que of sistema demedição
dedesempenho
tem
pelomenos
três papéis importantes,como
segue:“a) permitir aos gerentes a monitoração de
como
a empresa está indo e que19
b) servir
como
ferramenta de comunicação, ou seja, o sistema de mediçãodeve ser
um
lembrete constante para as pessoas daquilo que é maisimportante ser atingido; e
c) o sistema de medição deve servir de base para o sistema de premiação da
empresa”. .
De
acordocom
SHANK
eGOVINDARAJAN
(l995:186-187) o uso demedidas
não- financeiras apresenta algumas vantagensna
avaliação dedesempenho,
como
segue:“a) as medidas não-financeiras são mais facilmente associadas
com
a
estratégiada
empresa; e V
b) as
medidas
são exeqüíveis epodem
ser acionadasno chão
de fábrica”.Por outro lado,
também
apresentam algumas desvantagensna
adoção demedidas
não-financeiras
como
avaliaçao dedesempenho, conforme
segue:“a) a dificuldade de atribuir valores às melhorias referentes as medidas não
financeiras;
b) as medidas não-financeiras
podem
conflitarcom
as financeirasem
uma
perspectiva de curto prazo, principalmente quando envolver a redução de ciclos de produção, ou seja, o custo de aquisição de
um
equipamento que reduza o ciclo de produção é facilmente rastreado, no entanto as receitasdecorrentes desta redução de ciclo de produção são mais difíceis de serem visualizadas”.
O
quadro a seguir representaalgumas medidas
com
indicadores não-financeiros:Quadro
2.3 -Medidas
e indicadores não-financeiros para avaliação dedesempenho
* Percentagem de quotas de vendas p/ vendedor * _Rotatividade de clientes por área e por produto
* Falhas nos cronogramas
* Participação no mercado (%) efetiva e potencial) * Nivel de reputação com os clientes
* N° de planos executados/n° total de planos * Potencial de produtos enviados pontualmente
EFICIÊNCIA
* Nível alvo máximo, minimo ou limite inferior * Percentual de escassez de materiais programados
para produção
* Mudança nos custos totais médios do tratamento
de requisições -
* Relatório de estoque de itens abaixo do ponto
minimo
* Taxas de rejeitos
* Tempo de máquina-parada
* Razão de mão-de-obra (direta x indireta) * Prazo de entrega médio
* Razão de utilização de máquinas * Utilização do espaço
EFICÁCIA
QUALn)ADE
PRODUTIVIDADE
QUALIDADE DE
VIDA
DE
TRABALHO
INovAÇÃo
* N° de novos métodos de produção adotados
_
* Economia de tempo e de custos pelo emprego
Razão da
%
de rejeitos nos itens recebidos Índice de rejeição 'Quantidade de trabalho corretivo
Índice de queixa de clientes
Venda por empregado
Taxa de produção por empregado
Tempo total de produção (da matéria-prima ao produto acabado)
Absenteísmo de empregados e taxa de
rotatividade _
N° de reivindicações de empregados '
N° de acidentes
Horas trabalhadas p/ empregados além dos
niveis alvos
de novos métodos e tecnologias
Fonte: SINK, D. Scott,
TUTTLE,
Thomas
C. Planejamento e medição para a performance. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1993. P. 256 (adaptado por:DUCATI,
Ervis. Proposta deuma
metodologia de mensuraçao de custos e determinação dos preços de transferência para avaliação de desempenho das áreas de responsabilidadeem
uma
empresa agroindustrial. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Administração. Santa Catarina: Universidade3 -
MEDIÇÃO DO DESEMPENHO
EMPRESARIAL
3.1
Medindo
aPerformance
Organizacional sob a ótica nao-financeiraDe
acordocom
SINK
eTUTTLE
(19V93:2) há sete critérios demedição
deperformance: . .
l .Eficácia
2 . Eficiência
3 . Qualidade
4 . Produtividade
5 . Qualidade de vida de trabalho
6 . Inovação
'
7 . Lucratividade (para os centros de lucro)
ou Execução
Orçamentária (para os centros decustos e organizações
sem
fins
lucrativos). -Dos
itensacima
os primeiros seisdefinem-se
como
indicadores dedesempenho não
financeiros, sendo que o sétimo indica a performance sob a visão financeira.
3. 2 - Eficácia
Podemos
defmir eficáciacomo
a realização das coisas certas,ou
seja,fizemos
realmente tudo aquilo que nospropusemos
a fazer. 'De
acordocom SINK
eTUTTLE
(l993:l76) eficáciaem
sua definição operacional é“a realização efetiva das coisas, pontualmente .e
com
os requisitos de qualidadeespecificados ”.
'
Assim podemos
identificar dois critérios básicos que estão intimamente ligados à eficácia, a pontualidade na realização das coisas 'e a qualidade presente nos produtosou
serviços executados.
3.3 - Eficiência
Já Eficiência, segundo
SINK
eTUTTLE
(1993: 176) refere-se a assuntos relativos aconsumo
de recursos,ou
seja, se oconsumo
previsto de recursos for igual aoconsumo
efetivode recursos é sinal de que a
empresa
foi eficiente.SINK
eTUTTLE
(1993:176) ainda destacam que a eficiência “éuma
questão deconsumo
de input/recursos.Uma
organizaçãopode
ser eficaz e nao-eficiente, eficiente e não-eficaz,
nem
eficientenem
eficaz, e ainda assim sobreviver”.Podemos
dizer através deste raciocínio queuma
organizaçãopode
determinar sua eficácia executando tudo aquilo que sepropôs a realizar
em
um
prazo determinado,com
seu atributo pontualidade,com
os padrões de qualidade previstosem
seu planejamento estratégico enão
sendo necessariamenteeficiente,
uma
vez que poderá realizar o que se propôssem
utilizar a quantidade de recursos predeterminado,ou
utilizandouma
quantidade de recursos superior aodefinido
anteriormente.3.4 -
Qualidade
Qualidade para GIFFI,
ROTH
eSEAL
(1990) é definidaem
três níveis:“- Qualidade de conformação:
um
produto de qualidade é aquele quefoi
fabricado dentro da obediência às especificações; estes produtos estão dentro dos limites aceitáveis de tolerância ou os serviços (quando for o caso) estão de acordo
com
os padrões.Os
produtos costumam ser _classificadoscomo
“livre de defeitos”.- Qualidade de necessidade: neste caso, o produto possui
uma
qualidadetal
que satisfaz completamente as necessidades do consmnidor.
Os
atributospercebidos do produto (ou serviço) emparelham as expectativas dos clientes e preenchem suas necessidades.
- Qualidade de espécie: Diz respeito ao nível mais alto de qualidade; neste
caso, a qualidade é tão extraordinária que excede aquilo que era esperado
23
O
conceito de qualidade é relativo, tendoem
vista o uso que o cliente poderá fazerdo
produtoou
serviço,porém
as características de qualidade de tal produtoou
serviçosdevem
seadequar às aplicações que o cliente
tem
em
mente.A
nova
cultura da qualidadechamaipor
alta qualidade, por produtos confiáveisque
atendam
às necessidadesdo
consumidor, poruma
organização de serviços queatendam
aosrequisitos de precisão e hora certa, que tenha
uma
estrutura participativa e que estimule amotivação e o envolvimento
do
empregado.3.5 -
Produtividade
A
produtividade segundoMOREIRA
(l996:83) é definidacomo
sendo “a relaçãoentre a quantidade de produtos
ou
serviços produzidos e a quantidade deum
ou
mais insumos que possibilitarama produção
naquele período considerado”.Sob
esta ótica pode-se dizerque medir a produtividade significa medir a produção e os
insumos
e a relação entre essasquantidades definirá a produtividade. `
3.6 -
Qualidade de
vidano
trabalhoDe
acordocom SINK
eTUTTLE
(l993:l88) a qualidade de vidano
trabalhopode
serdefinida
como:
“a resposta ou reaçao afetiva das pessoas do sistema organizacional a
determinados fatores, como: remuneração, condições de trabalho, cultura, liderança, relacionamento corn colegas, feedback, autonomia, variedade de
aptidões, identidade de tarefas, significância das tarefas, o chefe, o grau de
envolvimento no planejamento, solução de problernas, tomada de decisões etc”.
Sob
esta definiçãopodemos
ter a idéia de que omodo
decomo
as pessoas sesentem
na
relaçãocom
a unidade organizacional éum
fator desuma
importância para o perfeitodesempenho
global da organização.Não
se pretende fazer a relação de que as pessoas felizes são mais produtivasou
que pessoas infelizes são necessariamente improdutivas.Porém
existem vários
modos
eficazes,como
os descritos acima, para se medir a qualidade de vidano
trabalho e existem certamente várias maneiras de se desenvolverem
métodos
quemelhorem
a3.7 -
Inovação
De
acordocom SINK
eTUTTLE
(l993:l88-189) a inovação é definidacomo
“oprocesso criativo de
mudar
0 que estamos fazendo, omodo
como
estamos fazendo as coisas, e estrutura, tecnologia, produtos, serviços, métodos, procedimentos, políticas etc.,para
reagircom
êxitoa
pressões , oportunidades, desafios eameaças
externos e internosPodemos
dizer que o processo de inovação envolve basicamente três fatores,primeiramente a criatividade, necessariamente a
mudança,
e o êxito, pois a inovação requer oêxito para
não
recairmeramente na
invenção infundada.Desta
forma
SINK
eTUTTLE
(1993:l90)afirmam
“Inovação é o processo criativo demudar
com
êxito tudo aquilo que é necessáriopara
sobreviver, competir, crescer e conseguiros resultados desejados
3.8 - Lucratividade
Segundo
SINK
eTUTTLE
(1993:l91) ”Lucratividade,para
um
centro de lucros, éuma
medida ou
um
conjunto demedidas que
relacionam receita a custos. Budgetabilidade,para
um
centro de custos, éuma
medida ou
um
conjunto demedidas da
relação entreorçamentos, metas, entregas e prazos combinados, e custos,
cumprimento
e prazos efetivosPodemos
identificar atravésdo
expostoacima
que este sétimo critério é o resultadofinal e ainda é a
soma
ou
a interaçãocom
os demais critérios citados anteriormente. Estainter-relação leva a empresa a este resultado final, e conseqüentemente a sobrevivência, crescimento, competitividade ,
ou
qualquer outro resultado que tenha sido estabelecidono
planejamento da
empresa
a longo prazo.25
A
figura a seguir demonstra a relação existente entre os -sete critérios da performanceorganizacional:
A
Quadro
3.8: Relação entre os sete critérios de performanceSE
O
SISTEMAPROYAVELMENTE
PRECISARÁ
PARA
MANTER
ORGANIZACIONAL
TEM
TERA
MANTER
E|=|cÁc|A ._, QUAL. v|DA_TR. E
'
|NovAçAo
e V Í EFICIÊNCIA‹í›
' |.ucRAT|v|DADE/ PRoDur|v|DADE..í__í_,
euDcErAB||_|DADEe seus produtos, serviços
e processos satisfazem Para alcançar os requisitos
«
ExcELÊNp|A
_
soBREv|vENc|A
QUALIDADE
‹_
cREsc|MENTo
ø As coisas certas (pontualmente)
0 Quantidade certa de recursos - Do modo certo (primeira vez)
~
~
ImpUISO da eSqUerda p/ direita~
. ImpuISO da direita p/ eâquerda
~
~
C0nSegUÍr\dO O equÍIÍbriO~
Fonte: SINK, D. Scott,
TUTTLE,
Thomas
C. Planejamento e medição para a performance. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1993 .p. 192.De
acordocom
os sete critérios de performancepodemos
medí-losou
relacioná-los4.1 -
As
medidas não-financeiras
sob três perspectivasAs
três perspectivas que indicam odesempenho
sob a óticanão
financeira abordadas,que
requerem
maior importância e queenvolvem
os critériosmencionados
anteriormente, sãoa Perspectiva
do
cliente, Perspectiva dos Processos Internos e a Perspectivado
Aprendizado eCrescimento. Essas três perspectivas reunidas fornecem
medidas
para os resultados desejadose processos capazes de assegurar a obtenção desses resultados
no
futuro.4.2 - Perspectiva
Dos
ClientesDe
acordocom
KAPLAN
eNORTON
(1997:67) a perspectiva dos clientes “permiteque as empresas alinhem suas medidas essenciais de resultados relacionados aos clientes -
satisfação, fidelidade, retenção, captação e lucratividade".
Através desta perspectiva e através destes resultados
mencionados
acima é que asempresas buscarão os segmentos de clientes e conquistarão o mercado. Isto significa afirmar
que irão produzir o
componente
de “receita” dos objetivos financeiros da empresa.Esta
medida
enfocadana
perspectiva dos clientes é desuma
importância para asempresas, pois as empresas que
deixam
de compreenderou
medir pontoscomo
a satisfação,fidelidade e retenção de clientes,
acabam
perdendo omercado
para concorrentes que oferecem produtosou
serviços quemelhor
correspondam às preferênciasou
necessidades desses clientes.KAPLAN
eNORTON
(l997:7l) apresentamum
grupocom
medidas não-financeiras27 0 Participaçao de
Mercado
0 Retenção de Clientes 0 Captação de Clientes 0 Satisfaçao de Clientes 4.2.1 - Participaçãode
Mercado
Para
KAPLAN
eNORTON
(l997:7l) amedição
destesegmento
não
apresentamaiores dificuldades ao
afirmarem
que “medir a participação demercado
é simples desde que ogrupo
de clientesou segmento
demercado
desejado seja conhecido.O
Os
grupos
setoriais, as associações comerciais, as estatísticasdo governo
e outras fontes públicas geralmente oferecem estimativasdo
tamanho do mercado
Através desse
segmento
aempresa
mede
a sua participaçãona
totalidade dos seusnegócios
com
os clientes. Poderá através dessamedição
verificar oaumento
de negóciosou
ovalor agregado ao longo
do tempo
com
clientes,com
os quais aempresa
mantém
relaçõesduradouras de parceria, identificando os pontos que contribuíram para sua conquista neste
segmento.
4.2.2 -
Retenção de
ClientesA
medida
de retenção de clientes utilizadana
maioria das vezes pelas empresas é amedição
da fidelidade dos clientes pelo percentual de crescimento dos negócios realizadoscom
osmesmos.
_Esta
medição
éuma
forma
ideal para aempresa
poder aumentarou
manter aparticipação de
mercado
com
seus clientes.4.2.3 -
Captação
de
ClientesSegundo
KAPLAN
eNORTON
(l997:7l) “a captação de clientespode
sermedida
pelonúmero
de novos clientesou
pelovolume
total de vendaspara
novos clientes nessessegmentos”. Através desta
medição
pode-se avaliar a velocidadecom
que a unidade de negócios atraiou
conquistanovos
clientes.Algumas
empresas dos setores de assinatura de revista, televisao a cabo, cartões decrédito, por exemplo,
conseguem
medir sua captação,medindo
onúmero
de novos clientes efetivos dividindo pelonúmero
de consultas,uma
vez que estas empresasenviam
propostasao seu público alvo. Elas
medem
o custo de captação por cliente fazendo a relaçao entre a receita gerada pelosnovos
clientes e ovolume
de contados de vendas.4.2.4 - Satisfação
de
ClientesDe
acordocom
KAPLAN
eNORTON
(1997:74) “tantoa
retenção quantoa
captação de clientes são determinadas pelo atendimento às necessidades dos clientesAs
medições
maiscomuns
de satisfação de clientes são feitas através de pesquisas deopinião por correspondências, entrevistas pessoais e entrevistas por telefone, trazendo assim
para dentro da
empresa
as impressoes e avaliaçõesdo
cliente, indicando fatores favoráveis edesfavoráveis para a classificação da satisfação geral
do
mesmo.
KAPLAN
eNORTON
(1997:74)afirmam
que aempresa
poderá se certificar dasatisfação de seus clientes
quando obtém
o seu retomo, declarando que “somentequando
osclientes classificam suas experiências de
compra
como
talou
extremamente satisfatóriasa
empresa
pode
contarcom
a repetiçãoO
quadro a seguir demonstra de queforma
sãomedidas
ou
para queservem
as 29d d "
medi
as cita as anteriormente,como
a Participaçao deMercado,
Captação de Clientes,Retenção de Clientes e Satisfação dos Clientes
Quadro
4.2.4:Resumo
dos objetivos das medidas nao-financeirasParticipação de Mercado
Reflete a proporção de negócios
num
determinadomercado (em termos de clientes, valores gastos ou volume unitário vendido) .
.
Captação
de Clientes
Mede,
em
termos absolutos ou relativos, a intensidadecom que uma unidade de negócios atrai ou conquista
novos clientes ou negócios.
Retençao
de Clientes
Controla,
em
termos absolutos ou relativos, a intensidade com que uma unidade de negócios retém oumantém relacionamentos contínuos com seus clientes.
Satisfação
dos Clientes
Mede
o nivel de satisfação dos clientes de acordo comcritérios específicos de desempenho dentro da proposta
de valor
Fonte:
KAPLAN,
Robert S.,NORTON,
David P.A
EstratégiaEm
Ação
- Balanced ScorecardRio de Janeiro: Campus, l997,p.72. (adaptado). A
_
4.3 - Perspectiva
Dos
Processos Internosda
Empresa
Para
KAPLAN
eNORTON
(l997:l00) cadaempresa
usaum
conjunto de processos específicos afim
de criar valor para os clientes e produzir resultados financeiros,mencionando
um
modelo
incluindo três processos,como
segue: 0 Inovação.0 Processo de operações. 0 Serviço pós-venda.
4.3.1 -
Inovação
O
processo de inovação éum
estágioonde
as empresasdeterminam
a criaçao de valore crescimento, identificando e cultivando
novos
mercados,novos
clientes e as necessidadesemergentes e urgentes dos seus clientes atuais.
Uma
intensa competição globalizada leva as empresas a efetuarem melhoriascontínuas
em
seus produtos já existentes e a desenvolverem habilidades para introduzirprodutos
ou
serviços diferenciados dos existentesno mercado
ecom
maior valor para osclientes. z
Através da inovação, a empresa
pode
penetrarem
novos
mercados, aumentar suasreceitas e_margens, crescer e elevar seu próprio valor para o acionista.
Algumas
dasmedidas
maiscomuns
para se medir a inovaçao sao: onúmero
denovos
produtosou
serviços por ano, aporcentagem
da receita devida anovos
produtosou
serviços enúmero
médio
de habilidades por funcionário. -O
número
denovos
produtosou
serviços por ano é amedida
mais óbvia da inovação, pois a relação é feita diretamente aos novos produtos lançadosno
mercado, assim aempresa
mais inovadora será a que maiornúmero
de produtos lançarno mercado
em
determinadoperíodo. '
A
porcentagem
de receita devida anovos
produtosou
serviços será a relação diretacom
a receita gerada pelosnovos
produtos lançadosno mercado
em
relaçao a receita total gerada pela empresa.O
número
médio
de habilidades por funcionáriopode
sermedido
de acordocom
a potencialidade dos funcionários,ou
seja, a extensão decomo
os funcionários estão aptos paradesenvolver a multiplicidade de funções que a inovaçao exigirá.
4.3.2 -
O
Processode
Operações
Este processo
têm
início desde o pedidodo
cliente e terminacom
a entregado
produto, enfatizando a eficiência na entrega pontualmente,
com
os requisitos de qualidade exigidosou
esperados pelo cliente.De
acordocom
KAPLAN
eNORTON
(l997:l l 1) “a influência recenteda
gestãoda
31
japonesas levaram muitas empresas a
complementar
suasmedidas
tradicionais de custo efinanças
com
medidas de qualidade edo tempo do
cicloMuitos
clientes valorizam extremamentetempos
de desenvolvimentos de produtoscurtos,
medidos
como
otempo
transcorrido desde omomento
em
que
é feito o pedidodo
produto até o
momento
em
que tal produto é recebido.Existem
sobre este aspecto vários indicadores quepodem
medir
a qualidade dos produtosno
processo de produçãocomo,
taxas de defeitoem
peças (por processo), índice deacerto (quociente de itens corretos produzidos
em
relação a itens corretos processados),desperdício, perdas, retrabalho, devoluções e percentual de processos sob controle estatísticos.
4.3.3 - Serviço
Pós-Venda
O
serviço de pós-venda é considerado a fase final da cadeia de valor intema,ou
seja, é a fase que inclui serviços posteriormente a produçãodo
produto e entrega domesmo
aocliente, incluindo garantia e conserto, correção de defeitos e devoluções.
A
medição
deste serviçopode
serverificadade
acordocomo
nível de atendimentoimediato,
ou
seja, o percentual de solicitações dos clientes atendidoscom uma
única visita deserviço,
sem
a exigência de novas visitas para a resoluçãodo
mesmo
problema; Este éum
ponto muito importante
na
conquista da fidelidade dos clientes ena
sua confiabilidade paracom
a empresa, essas são garantias para que o cliente assegure o seu direito deconsumidor
edê continuidade a parceria
com
a empresa.4.4 - Perspectiva
de
Aprendizado
eCrescimento
Esta perspectiva
tem
seu enfoque principalno
aprendizado eno
desenvolvimento dascapacidades dos funcionários.
Ou
seja, essamedição
avalia a capacidade criativa dosfuncionários para que sejam mobilizadas
no
sentido dos objetivos da organização.Segundo
KAPLAN
eNORTON
(l997:133) os funcionáriosdesempenham
funçõesdiretamente ligadas ao resultado das empresas,