MONIQUE DA
GEVAERD
EFEITOS
COMPORTAMENTAIS
INDUZIDOS
PELA ASSOCIAÇÃO
ETANOL+MAZINDOL
EM
CAMUNDONGOS.
Dissertação
apresentada
ao cursode
Pós-graduação
em
Farmacologia da Universidade
Federalde Santa Catarina
como
requisito parcialpara
obtençãodo
títulode
Mestre
em
Farmacologia.-.Y
GEVAERD,
Monique S. Efeitos comportamentais induzidos pela associação deEtOH+MZ
em
camundongos. Florianópolis, 1996. 79 p. Dissertação (Mestradoem
Farmacologia) - Curso de Pós-Graduação
em
Farmacologia, Universidade Federal deSanta Catarina. _
Orientador: Prof. Dr. Reinaldo N. Takahashi Defesa: 08.03.96
O
uso -combinado de álcool e anoréticos constituiuma
condutacomum em
nosso meio. Para caracterizar os efeitos interativos do etanol (EtOH) e do mazindol (MZ),um
anorético bastante utilizado no Brasil, o presente estudo teve como objetivo examinar alguns efeitos comportamentais induzidos pelo [EtOH 1.2 g/kg] e[MZ
5.0 mg/kg] administrados via i.p, isoladamente ouem
combinação,em
camundongos.O
possívelenvolvimento de sistemas dopaminérgicos e/ou opióide
em
algumas destas respostas foiavaliado através do pré-tratamento
com
antagonistas específicos como o haloperidol (O_075 mg/kg) e a naloxona (l.0 mg/kg). Os teste utilizados foram: [atividadelocomotora], preferência condicionada de lugar [PCL] e o labirinto
em
cruz elevado [LCE]. Os resultados obtidos indicaram que a combinação[EtOH+MZ]
potenciou a atividade locomotora induzidaem
camundongos,em
comparação às drogas administradas separadamente. Este efeito foi atenuado após pré-tratamentocom
haloperidol, mas nãocom
naloxona.No
teste dePCL
a associaçãoEtOH+MZ
causou significante aumento no tempo de permanência no compartimento pareadocom
a droga, sugerindo o desenvolvimento de propriedade reforçadora.O
haloperidol e a naloxona não afetaramesta resposta.
No
modelo de ansiedade, a associaçãoEtOH+MZ
não causou alteraçãoem
comparação ao grupo controle.
Em
conclusão, estes resultados indicam que a combinaçãoEtOH+MZ
induz efeitos comportamentais mais acentuadosem
relação aos efeitoscausados pela injeção isolada dessas substâncias, e que estes efeitos
podem
envolver, aomenos parcialmente, a estimulação de vias dopaminérgicas centrais.
EFEITOS
COMPORTAMENTAIS
INDUZIDOS
PELA
ASSOCIAÇAO
ETANOL
+
MAZINDOL
EM
CAMUNDONGOS
POR
MONIQUE
DA
SILVA
GEVAERD
Dissertação julgada e
aprovada
em
sua
fonna
final, pelo Orientador e
membros
da Banca
Examinadora,
composta
pelos Professores Doutores:Prof. Dr. Rein . z M oto
Takahashi
mz
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Prof. Dr.
Moacyr
Aizensteinflówc
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Profa. Dra.
Gina
StruifaldiMorato
”Q25ô øzm.rô¶71im1aƒ /zønrúrymuzhúmmlô nøƒƒøƒ
pair não apônøfiamnøf
am
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náf mõƒmw;mma
pødfmøƒ õntâa éh? nâ:røz`mõnla av nzwøfinzm.
”Ao;
mau
imfúw ú' mniyoƒpah
1`naú'ntz'w,-AGRADECIMENTOS
Ao
professor Reinaldo N. Takahashi pela idealização e orientação para a realizaçãodeste projeto e por sua contribuição
na
minha
formação científica.Aos
professoresda
Coordenadoria Especial de Farmacologia pela colaboraçãona
concretização deste trabalho.
Aos
fimcionáriosdo Departamento
de Farmacologia que diretaou
indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho,em
especial à Rosana, à Sandra, aoJuarez e à Josane.
Aos
funcionáriosdo
Biotério da Coordenadoria Especial de Farmacologia,sem
os quaisnão
haveria possibilidades de trabalhar.Aos
amigos
de curso, Alcíbia, Daniela, Elizabeth, Martha, Rodrigo, Vânia,Zulma
edemais colegas, pela amizade, colaboração e companheirismo.
Aos
professoresdo Departamento da
Ciências Farmacêuticas pelo incentivo aocurso de mestrado,
em
especial prof.Aldo
Brito e Eliana Dihel.Um
agradecimento especial aosmeus
pais e irmãos quesempre
me
apoiaram, e ao Rogérioque sempre
me
incentivou e estimulouna
horas dificeis.Finalmente à todas as pessoas que de
alguma forma
contribuíram para a realizaçãodesta dissertação.
SUMÁRIO
LISTA
DE
FIGURAS
... ..RESUMO
... .. 1 -INTRODUÇÃO
... .. 2 -OBJETIVOS
... .. 3 -MATERIAIS E
MÉTODOS
... .. 3.1 -Animais
... .. 3.2 -Drogas
... .. 3.3 -Equipamentos
e procedimentos ... ..3.3.1 - Teste
de
Movimentação
Espontânea
... ._3.3.2 - Teste
de
PreferênciaCondicionada
deLugar
3.3.3 - Teste
do
Labirintoem
Cruz Elevado
... ..3.4 - Análise Estatística ... .. 4 -
RESULTADOS
... .. 4.1 -Experimento
1 ... .. 4.2 - Experimento 2 ... .. 4.3 - Experimento 3 ... .. 4.4 - Experimento4
... .. 4.5 - Experimento 5 ... .. 4.6 - Experimento 6 ... .. 4.7 - Experimento 7 ... .. 4.8 -Experimento
8 ... .. z5 -
D1scUssÃo
ó _coNcLUsÕEs
ABSTRACT
... .. . z ‹ › z z ¢ › . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . z z z z z z - › . . . . . . . . . . z z z “II8 . . . . - . . . . . . . . - . . . . . . - . . . . ‹ . . ‹ . . z - . Q ¢ z z - ‹ › - z ¢ › . . . . . . . z . z z - z z z . . . . .. . ‹ . z . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . z z z . ¢ › z z « z . z z › - . . . . . . ...Figura 1: Avaliação do efeito do
EtOH
sobre a atividademotora
em
camundongos
... ... ..Figura 2: Avaliação da atividade motora após administração isolada e associada
de
EtOH
eMZ
... ..Figura 3:
Curva
tempo
resposta do efeito do haloperidolna
atividadelocomotora induzida por
EtOH
e/ouMZ
em
camundongos
... ..Figura 4: Avaliação do efeito do haloperidol sobre a atividade locomotora
induzida por
EtOH
e/ouMZ,
em
camundongos, aos 15, 30, 45 e 60min
... ..Figura 5:
Curva
tempo
resposta do efeito da naloxona sobre a atividadelocomotora induzida por
EtOH
e/ouMZ,
em
camundongos
... ..Figura 6: Avaliação do efeito da naloxona sobre a atividade locomotora
induzida por
EtOH
e/ouMZ,
em
camundongos, aos 15, 30, 45 e 60 min. ... _.Figura 7:
Tempo
de permanênciano
compartimento pareadocom
a droga,na
caixa de preferência condicionada de lugar,
em
diferentestempos
de condicionamento ... ..Figura 8:
Tempo
de permanênciano
compartimento pareadocom
a droga, apóspré-tratamento
com
haloperidol e naloxona ... ..Figura 9: Efeito do
EtOH,
MZ
e sua associação sobre a freqüência e otempo
deFigura 10: Efeito do
EtOH,
MZ
e sua associação sobre onúmero
de entradasnos braços fechados do labirinto
em
cruz elevado ... ..Figura ll: Efeito do tratamento repetido durante 4 dias,
com
EtOH,
MZ
e suaassociação, sobre a freqüência e o
tempo
de pennanência nos braços abertos do labirintoem
cruz elevado ... ..Figura 12: Efeito do tratamento repetido
com
EtOH,
MZ
e sua associação, sobre 0número
de entradas nos braços fechados do labirintoem
cruz elevado. ..._.RESUMO
O
usocombinado
de etanol(EtOH)
e outras drogas psicoestimulantes,como
os anorexígenos,
na
tentativa de prolongar o seu efeito euforizante, constituium
sérioproblema
em
nosso país. Sabe-se que oEtOH em
doses baixas emoderadas
produz
efeito estimulanteno
SNC
em
animais de laboratório, principalmenteem
camundongos,
enquanto doses maioresinduzem
ação depressora. Sabe-setambém
que o
mazindol(MZ),
um
anorexígeno utilizadocom
freqüênciaem
nosso meio, bloqueia o processo de recaptação das catecolaminas e apresenta efeito estimulantena
atividade locomotora de animais.O
presente estudo tevecomo
objetivo examinaros efeitos comportamentais induzidos pelo
EtOH
(l.2 g/kg) e peloMZ
(5.0mg/kg)
administrados isoladamente
ou
em
combinação, via i.p.,em
camundongos.
Além
disso, o envolvimento dos
mecanismos
dopaminérgico (DAérgico) e/ou opióide sobre os efeitos destas drogastambém
foi avaliado atravésdo
uso de antagonistasespecíficos.
Os
testes utilizados foram: atividade locomotoramedida
em
caixa demovimentação
espontânea, teste de preferência condicionada de lugar(PCL)
eo
teste
do
labirintoem
cruz elevado U.CE).Os
resultados indicaramque
a interaçãoEtOH+MZ
induziumn
aumento
significativamente maiorna
atividade locomotora doscamundongos, do
que as drogas administradas isoladamente, sendoque
este efeito foi inibidona
presença de haloperidol (0.075 mg/kg), antagonista DAérgico,mas
não
de naloxona (l.O mg/kg), antagonista opióide.No
teste dePCL,
a associaçãoEtOH+MZ
aumentou
otempo
de pennanênciano
compartimentomenos
preferido, independentementedo
tempo
de condicionamento empregado, o que indicaque
esta associação possui propriedades reforçadoras.O
pré-tratamentocom
haloperidol (0.075mg/kg) ou
naloxona (1 .O mg/kg)não
afetou a preferência de lugarinduzida pela associação
EtOH+MZ
ou
peloMZ.
Além
disso,no
testedo
LCE,
oEtOH
apresentou efeito ansiolitico,quando
administrado agudamente, enquanto oX
EtOH+MZ
não
apresentounenhuma
alteraçãoem
relação ao grupo controle tantoaguda
quanto repetidamente,ou
seja, os efeitos observadoscom
a administraçãoisolada das drogas
foram
atenuadosquando
administradasem
combinação. Essesresultados indicam que a associação
EtOH+MZ
pode
induzir efeitos comportamentais mais acentuadosdo
que aqueles observadosquando
as drogas são administradas isoladamente. Tais efeitospodem
estar relacionados à estimulação devias
DAérgicas
cerebrais urna vez que amovimentação
induzida por esta associaçãofoi bloqueada pelo haloperidol. Esses resultados
também
sugerem
quepode
haverum
maior
risco de abusoem
relação ao uso isolado dessas substâncias,aumentando
inclusive as possibilidades de reações adversas apresentadas porambas
as drogas.1 -
INTRODUÇÃO
O
uso das drogas psicotrópicasvem
desde a antiguidade.Ao
que
parece,na
maioria das vezes as drogaseram
usadascomo
remédio para diminuir o sofrimento das pessoas.Com
o tempo, diversas drogas foram sendo assirniladas pelos costrunes e hábitos dospovos
antigos, integrando as pessoas principalmente por ocasiões dasfestas e dos rituais religiosos. Entretanto, o
consumo
estava sob controle,não
representando perigo para a harmonia
do
grupo, sendonormahnente
acompanhado
poruma
aura sagrada, de origem divina Qaulino, 1994).A
partir da década de 60, observaram-se algumasmudanças
importantesem
relação ao uso das drogas psicotrópicas. Acredita-se que a influência dosmeios
de comunicação, oaumento da
produção industrial e o adventodo
capitalismoderam
origem a
um
processo ativo de estímulo ao consiunismo (Gikovate, 1993).Além
disso,uma
precária situação sócio-econômica, a violênciano
ambiente familiar, a degradação das condições de ensino, oabandono
escolar e a prática de atividadesilícitas
parecem
também
estar relacionadas ao consturro abusivo das drogas (Bucher, 1992). Adicionahnente, as diferentes culturas e a própria condiçãohumana
criamum
grau variável de insatisfaçãoou
frustração,quando não
de dor e privação extremas, demodo
a exigir para o próprio equilíbrio individual e coletivo o uso derecursos e práticas culturais
que
permitam a esses indivíduosum
aurnento, ainda quetemporário,
do
prazerou
um
alívio da ansiedade,da
culpa, das frustrações maisprementes
ou da
dor. Entre esses recursos está o uso de substâncias químicas que,atuando sobre o sistema nervoso central (SNC),
induzem
sensações de prazerintenso
ou
de euforiaou
aliviam omedo,
a fiustração e a dor (Graeff, 1990).A
compreensão
atrial do abuso de drogastem
sido influenciada pela ênfase2 servir
como
reforçador positivo é o fator principal que leva o sujeito àmanutenção
do
consumo
da droga (Stolerman, 1992).Os
mecanismos
neurais associados aos efeitos reforçadores positivos dasdrogas são os prováveis responsáveis primários pela
manutenção
destecomportamento.
Além
disso, sabe-se que estecomportamento pode
estar sujeito aalgimras variáveis moduladoras
como
fatores sociais, ambientais e genéticos,incluindo a história comportamental e farmacológica de cada indivíduo (Stolerman, 1992).
A
propriedade reforçadora positiva das drogas de abuso origina-seprovavehnente de sua capacidade de induzir
mudanças na
atividade deneurotransmissores específicos utilizados pelos reforçadores convencionais
como
comida, água, sexo, etc. Dentre as vias neurais que participam
no comportamento
motivacional, aquelas que utilizam
dopamina
(DA)
parecem
as mais difusamente envolvidasna
ação das drogas de abuso (Di Chiara e North, 1992;Koob,
1992).As
drogas de abusoparecem
pertencer a diferentes classes farrnacológicasque
aumentam
aDA
extracelularem
vários temrinais dopaminérgicos (DAérgicos),como
observadoem
estudos de microdiálise cerebralem
ratos (Di Chiara ehnperato, 1988). Esta propriedade se aplica às drogas psicoestimulantes
como
anfetamina, cocaína; aos opióidescomo
morfina, metadona
e fentanil; aosdepressores centrais
como
o etanol(EtOH)
(Di Chiara e Irnperato, 1988), queproduzem
aumento
da propriedade reforçadoraem
ratos (Gardner et al., 1992).O
mecanismo
pelo qual as drogas de abuso estimulam a transmissãoDAérgica
é diferente,dependendo da
classe farmacológica a qual a droga pertence. Porexemplo, a anfetarnina é classicamente considerada
como
um
liberador pré-sinápticoda
DA
através deum
processomediado
pormn
transportador (Westerink et al.,1987; Carboni et al., 1989).
A
cocaínaaumenta
os níveis deDA
extracelular pelobloqueio
da
recaptaçãoda
DA
liberada de fomra exocitótica (Carboni et al., 1989).mecanismo
desinibitório indireto, que deprimeou
dificulta a ação dos neurôniosGABAérgicos
sobre os neurôniosDAérgicos
(Gessa et al., 1985; Brodie et al.,1990;
Mereu
et al., 1987).A
morfina
estimula preferencialmente o“tumover”
deDA
nas regiões mesolímbicas, etambém
os disparos dos neurôniosDAérgicos
mesolímbicos (Attila e Ahtee, 1984;Matthews
eGerman,
1984).Vários estudos
têm
demonstrado preocupaçãocom
o uso de drogas,principahnente entre os jovens,
em
virtude dos efeitos provocados pelo seu abuso para a sociedade, dentre os quais se destacam a criminalidade, as conseqüências diretasou
indiretas sobre o estado de saúde e os custos a este relacionados.Segimdo
o último levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Infonnações sobreDrogas
Psicotrópicas
(CEBRID),
em
1993, oconsumo
de drogas continua sendoum
problema
crescente tanto entre os meninos(as)em
situação de rua, quantoem
estudantes de 19 e 29 graus, destacando a utilização de solventes inalantes,
maconha,
cocaína,compostos
benzodiazepínicos e anfetaminicos,além
do
álcool edo
tabaco.Cabe
salientar a ocorrência de diferenças regionaisno
que se refere ao tipo de droga consumida, provavehnenteem
decorrência das culturas locais. Outro fatoconstatado, foi o “policonsumo” de drogas,
ou
seja, o uso simultâneo e independentede duas
ou
mais drogas, assimcomo
o de suas misturas. Estas interações de drogaspodem
levar àmudanças
qualitativas e quantitativasem
relação aos efeitos dassubstâncias isoladas.
Um
problema de especial interesseem
nossa sociedade é ainteração entre o
EtOH
e outras drogas psicoativas,uma
vez que oEtOH
éuma
das substâncias maiscomumente
associada a outras drogasem
todo omundo
(Chapman
et al., 1991;
Mendelson
et al., 1995;Haberman
et al., 1995).No
Brasil constata-se,através dos
meios
de comunicação, que oEtOH
é muito usadoem
combinação
com
drogas anoréticascomo
o mazindol (MZ).A
prevalênciado
uso destacombinação
pode
refletir a crença popular que pela mistura deEtOH
eMZ
alcança-seum
aumento da
ação estimulantedo
MZ.
4
O
MZ
(5 - hidroxi - 5 -p
- clorofenil - 2, 3 - diidro -SH
-'imidazo -2, 1 -d
-isoindol) é
um
composto
sintético tricíclico, derivado irnidazoisoindólico,que
difere quimicamenteda
feniletilamina, a estrutura básica das anfetaminas e outras drogasanoréticas O\/Iaclay e Wallace, 1977). Foi sintetizado
com
o objetivo de suprimir o apetitesem
apresentar efeitos sobre oSNC
ou
sistema cardiovascular (Gogerty etali, 1975). Entretanto, foi evidenciado por algtms pesquisadores que o
MZ
apresentaperfil farmacológico
no
SNC
semelhante ao da cocaína (Ritz et al., 1987) e daanfetamirra (Gogerty et al., 1975).
Um
dos riscoscom
muitas drogas anoréticascomumente
disponíveis é o seupotencial de abuso.
Apesar
dos esforços direcionados ao desenvolvimento denovos
compostos
com
a eficácia anorética das anfetaminas,sem
potencial de abuso, vários arroréticoscom
alto risco de dependência ainda estão clinicamenteem
uso.Gerahnente o potencial de dependência de drogas é progrrosticado pela sua capacidade de produzir efeito reforçador
em
animais de laboratório.Em
geral, asdrogas
que
são auto-administradas por animais são consumidas, abusivamente porhumanos
(Griffths et al., 1980). AO
MZ
éum
bloquedor da recaptação de catecolaminas (Javitch et al., 1983;Ritz et al., 1987) que se liga
com
alta afinidade ao sítioda
cocaína (Ritz et al.,1987).
A
afinidade de ligação da cocaína e compostos relacionados ao sítio derecaptação
da
DA
parece ser diretamente proporcional ao seu potencial de auto-administração
em
animais (Ritz et al., 1987;Bergman
et al., 1989).Alguns
estudosdemonstram
que oMZ
é auto-administrado pormacacos
rhesus e cachorros, sugerindo que a -droga
pode
apresentaralgum
risco de abuso (Wilson e Schuster,1976; Risner e Silcox,l981;Corwin
et al.,1987). Entretanto,estudos
em
humanos
indicam que oMZ
apresenta baixo potencial de abuso (Chaitet al., 1987; Pickworth et al.,1991).
Apesar
destas evidências,um
recente estudofeito
no
Brasil, sobre oconsumo
de drogas anoréticas tipo anfetamina,demonstrou
que
oMZ
foiuma
das substâncias mais usadas (Nappo, 1992).Outro possível correlato comportamental associado à estimulação
da
transmissão DAérgica, induzida pelos bloqueadores da recaptação
da
DA,
é a sua capacidade de desenvolver preferência de lugarem
animais.O
teste de preferênciacondicionada de lugar
(PCL)
éum
método
simples eamplamente usado
para oestudo
do
potencial reforçador das drogas de abuso. Neste experimento,um
ambiente característico é repetidamente pareado
com
a administraçãoda
drogaem
estudo, e
um
outro ambiente é associadocom
a administração de solução controle.O
posterioraumento do tempo
de permanênciano
compartimento pareadocom
a droga, durante o teste de preferência é consideradocomo
medida
de reforço.Um
fator positivo deste teste é que os efeitos reforçadores são avaliadosna
ausênciada
droga, sendo assim,
ficam
excluídos outros fatores quepoderiam
mascarar odesempenho do
animalcomo,
por exemplo, efeitos motoresou
qualquer outro fator inespecífico (Mithani et al., 1986;Lawley
e Kantak, 1990; Calcagnetti e Schechter,1992
e 1993).i
O
sistemaDAérgico
também
desempenha
importante funçãona
geraçãodo
comportamento
locomotor (Costal et al., 1977; Fink e Smith, 1980). Pode-se suporque
funções individuais específicasdo mecanismo DAérgico
estão relacionadas às diferenças interindividuaisno
nível de atividademotora
em
animais experimentais(Schumacher
et al., 1994).Similar à cocaína e à anfetamina, o
MZ
é conhecido por induziraumento da
atividade locomotora,comportamento
giratório e esteriotipadoem
animais delaboratório
(Kruk
e Zarrindast, 1976). Estudos realizadosem
nosso laboratóriotêm
demonstrado
que oMZ
aumenta
a atividade locomotora de maneira dose-dependente e que a sua administração repetida
aumenta
esta respostaem
ratos(Zannin e Takahashi, 1994). Este
modelo
de estimulaçãodo
SNC
é típico depsicoestimulantes potentes,
como
cocaína (Woo1ve1ton e Johnson, 1992),anfetamina (Gogerty et al., 1975) e outros anorexígenos
como
dietilpropiona6
1991). Portanto, é provável que a estimulação locomotora induzida pelo
MZ
possaser devida a sua ação sobre o terminal nervoso DAérgico. '
Além
das propriedades estimulantes e reforçadoras das drogas de abuso, estassubstâncias
também podem
afetar o estado de ansiedadeem
animais de laboratório, efeito este quepode
ser avaliado atravésdo
testedo
labirintoem
cruz elevado(LCE). Este teste
tem
sido usadocomo
modelo
animal simples e confiável paraavaliar os efeitos ansiolíticos e/ou ansiogênicos de drogas (Lister, 1990).
Sua
baseetológica é a aversão natural apresentada por roedores a espaços abertos e elevados.
Diante
da
sua rapidez, da dispensa de treinamento prévio, equipamento barato,além
da
sensibilidade acompostos
ansiolíticos e ansiogênicos, essemodelo
animal de ansiedadetomou-se
muito popularem
poucos
anos Unster, 1990), e foi validado tanto para ratos (Pellow et al., 1985),como
paracamundongos
(Lister, 1987).Embora
existam evidências de que os psicoestimulantescomo
a anfetaminainduzem
propriedades ansiogênicasem
camundongos
testadosno modelo do
LCE
(Lister,1987),pouco
se sabeem
relação ao efeitodo
MZ
neste teste.Na
verdade,em
recente estudo realizado neste laboratório foi ven`ficado que oMZ
não
produzestímulos ansiogênicos
em
ratos submetidos ao testedo
LCE,
tanto após tratamentoagudo, quanto
com
tratamento repetido (Zannin, 1994).De
qualquermodo,
é importante mencionar que,em
htunanos, o uso crônicoou
a administração de altas doses de cocaínapodem
produzir efeitos ansiogênicos (Cohen, 1975; Resnick et al.,1977).
Também
tem
sido demonstrado que a cocaínapode
precipitar episódios deataques de pânico
em
alguns indivíduos (Anthony et al., 1989;Aronson
e Craig, 1986;Washton
e Gold, 1984). Entretanto,em
modelos
experimentais, Rogério eTakahashi (1992, a,b)
sugerem
que a capacidade de a cocaína induzir propriedades ansiogênicas, tantoem
ratos quantoem
camundongos, pode
depender, pelomenos
em
parte,do
nível basal de ansiedadedo
animal.Além
disso, foi verificado que oslirnitados e confusos, e
parecem
ser consistentescom
os relatos inconclusivosda
correlação entre o abuso de cocaína e ansiedade
em
humanos
(Welte, 1985). 'Por
outro lado, oconsumo
excessivo de álcoolem
todo omundo também
representa
um
grande problema social e de saúde pública, gerando sérias conseqüências fisiológicas e neurológicas aos usuários. Existem evidências convincentes que fatores genéticospodem
contribuir à predisposição ao alcoolismo.Além
disso, fatores psicológicos, sociais e culturaistambém
estão relacionados à vuhierabilidade aoconsumo
do
álcool (Monteiro, 1990). Assim, acredita-se que oalcoolismo seja tuna
doença
multifatorial, na qual todos estes fatoresdesempenham
um
papel relativo de maiorou
menor
importância (Donovan, 1986; Schuckit, 1987).Vários estudos
têm
sido desenvolvidos para elucidar osmecanismos
neurobiológicos envolvidoscom
oconsumo
de álcool.Como
exemplo
destesestudos
há
oemprego
demodelos
animaismduzidos
aoconsumo
deEtOH,
atravésde condicionamento comportamental
ou
manipulação farmacológica,ou
aindaatravés de animais geneticamente selecionados por diferenças quanto à preferência e sensibilidade ao
EtOH
ou
resistência às crises de abstinência(Nevo
eHamon,1995).
Até
1960, a visão gerahnente aceita era de que oEtOH
exercia seus efeitos centrais via fluidificaçãonão
específica dasmembranas
neuronais (Seeman,1972),uma
vez
que considerava-se incerto a existência demn
receptor específico para estamolécula, devido à sua estrutura química simples.
Com
urna melhorcompreensão da
função dos neurotransmissores e seus receptores, os trabalhos sobre as açõesdo
EtOH
no
SNC
passaram
a demonstraruma
seletiva sensibilidadedo
EtOH
a certossistemas neurotransmissores centrais. Portanto, não
há
um
único sistema neurotransmissor que possa ser selecionadocomo
o responsávelna mediação
detodos os efeito centrais
do 'EtOH
(Tabakoff e Hoffrnan,1987;Nevo
eHamon,1995).
Dentre os vários sistemas afetados peloEtOH,
o que mais nos interessano
momento
é o sistema DAérgico, pois a liberação daDA,
particularmentena
região8
reforçadora,
em
analogia ao papel reforçador de outras drogas de abuso (Wise,1978;Koob,1992).
Além
disso, oEtOH
quando
administrado sistemicamente,pode
agir através de outros neurotransmissorescomo
o N-metil-D-aspartato(NMDA),
ácido 5-gama-amino-butírico(GABA),
serotonina (5-HT) e opióides,que vão
influenciaros neurônios
DAérgicos
e conseqüentemente afetar a liberação deDA
(Tabakoff etal., 1991;
Nevo
eHamon,
1995).O
EtOH
apresentauma
variedade de efeitos comportamentais, muitos dosquais são dependentes da dose e da via de administração (Sanson e Harris,l992).
Apesar
de serum
depressordo
SNC,
oEtOH
apresentaum
efeito bifásico; o quesignifica dizer que,
em
doses baixas e moderadas, oEtOH
apresenta efeito excitatório caracterizado por desinibição,aumento
de sociabilidade e euforia, enquanto queem
doses altas, desencadeiaum
efeito depressorcom
sedação esonolência
ou
até o estado de coma. Este efeito bifásicotem
sido demonstrado tantoem
humanos
quantoem
camundongos
(Ahlenius et al., 1973;Dudek
e Abbot, 1984;Frye e Breese, 1981;
Masur
et al., 1989).Também
foi observado que oEtOH
pode
fiincionarcomo
efetivo reforçadorem
primatas, atravésdo
estudo de auto-administração usando ométodo
de condicionamento operante (Meisch e SteWart,1994). Outrométodo
para avaliar osefeitos positivos produzidos pelo
EtOH,
é a preferência condicionada de lugar.Embora
muitas tentativastenham
falhadoem
demonstrar preferência de lugarinduzida pelo
EtOH,
Bozarth (1990) demonstrou que a propriedade reforçadorado
EtOH
pode
ser avaliadacom
este método.Além
disso,também
foi verificadoatravés dos estudos de Lister (1988), que o
EtOH
induzaumento do número
deentradas e
do
tempo
de permanência nos braços abertosdo
LCE,
em
camundongos,
bem
como
aumenta
onúmero
total de entradas,sem
afetar a atividade locomotora,medida no
“holeboard”. Estes resultados evidenciamuma
resposta ansiolítica apósA
partir da década de 60, as vias neurotransrnissorasdo
cérebro de ratosforam
mapeadas
por microscopia de histofluorescência, sendo observadouma
íntima relação entre os sítios positivos para a estimulação cerebral reforçadora e o sistemaDAérgico
mesotelencefálico.As
células nervosas que liberamDA
apresentam seuscorpos celulares concentrados
na
substância nigra(SN
- grupo A9),dando
origem ao sistema mgroestriatal; ena
área tegrnental ventral(ATV
- grupoAl
0), originando os sistemas mesolímbico e mesocortical. Suas fibrasascendem
ao longodo
feixeprosencefálico medial e distribuem-se para o bulbo olfatório, núcleo septal lateral,
núcleo accmnbens, núcleo
do
leito da estria temrinal,complexo
amigdalóide, córtexfrontal e piiifonne. Portanto, se o sistema
DAérgico
ascendentedesempenha
urnafimção
crucialno
reforço induzido pelas drogas, seria esperado que as substânciasde abuso agissem direta
ou
indiretamentecomo
agonistasDAérgicos
neste sistema (Dahlströn e Fuxe, 1964; Ungerstedt, 1971;Moore
eBloom,
1978).A
funçãoda
DA
sobre ocomportamento
tem
sido investigada por doismétodos
'principais:
um
experimental envolvendo o estudo dos efeitos comportamentaisda
manipulação da transmissãoDAérgica
com
drogasou
com
lesões específicas dos neurônios
DAérgicos
com
6-hidroxidopamina(6-OHDA),
eoutro
onde
asmudanças na
transmissãoDAérgica
são monitoradasem
áreasespecíficas e relacionadas à atividade comportamental. Estes métodos, apesar de complementares,
envolvem
diferentes interações de metodologia de estudo enão
necessariamenteconduzem
àmesma
conclusão (Di Chiara, 1995).De
qualquermodo,
através das técnicas de rnicrodiáliseou
voltarnetriaeletroquímica in vivo, vários laboratórios
têm
demonstradoque
as substâncias auto-administradas por animais de laboratório e consumidas abusivamente pelos
humanos,
produzem
um
amnento do
nível extracelular deDA
na
projeção temiinalda
região mesotelencefálicado
sistema DAérgico, sendo o núcleoaccumbens
(NAc)
10
Os
estudos dos efeitos dos bloqueadores de receptoresDAérgicos
para a investigação experimentalda
ftmção daDA
no comportamento
têm
confirmado queestas drogas
não
são reforçadoras e que bloqueiam esta propriedade de reforçadorestípicos.
Além
disso, os neurolépticosinduzem
sedação e inibiçãomotora
com
catalepsia,
como
resultadodo
bloqueio dos receptoresDAérgicos
pós-sinápticos(Imperato e
Di
Chiara, 1985).Um
achado
interessante relatado há 30 anos por Stein eRay
(1960), Stein(1962) e
comumente
replicado por diferentes laboratórios (Franklin, 197 8; Espositoet al., 1981;
Wise
e Bozarth, 1982), é o estudoda
inibiçãoda
estimulação elétricacerebral reforçadora por antagonista DAérgicos. Através deste estudo observou-se
um
aumento do
limiar reforçadorem
regiões associadas àDA.
Estes achados, associados a estudosem
que animais interrompem voluntariamente a infusão deantagonistas DAérgicos, são elementos importantes
na
teoria de que a estimulaçãoelétrica cerebral reforçadora ativa o
mesmo
substratoDAérgico
reforçadordo
cérebro que é ativado pela auto-administração de drogas; e que esses substratosincluem o sistema reforçador
DAérgico
mesolímbicona
regiãodo
cérebro medial anterior.Por
outro lado, algims pesquisadorestêm
encontrado que a propriedade reforçadora produzida pelas substâncias de abuso, incluindocompostos
de diferentes classes químicas e farmacológicas,também
pode
ser significativamente atenuadopelos antagonistasnopióides,
como
a naloxona (Seeger et al., 1980;Nazzaro
et al.,1980
e 1981;Schad
et al., 1995).Além
disso, a naloxonatambém
é capaz deaumentar a inibição
da
estimulação cerebral reforçadora induzida pelos neurolépticos (Esposito et al., 1981). Estes fatosparecem
favorecer a existência deuma
importante inter-relação anatômica e funcional entre as fibrasDAérgicas do
sistema reforçador e os peptídeos opióides endógenos, que é capaz de influenciar a estimulação cerebral reforçadora induzida por todas as substâncias de abuso
Confinnando
esta hipóteseda
ocorrência deuma
interação entre os sistemas neuronais opióide eDAérgico
(Iwatsubo, 1980; Kuschinsky, 1981), pode-se citarque
estudosusando
técnicas de ligaçãocom
radioligantesou
com
lesões específicas,têm
indicado que os receptores opióides estão localizados sobre os corpos celularese/ou dendritos de neurônios DAérgicos,
bem
como
sobre os temiinais nervososGABAérgicos
na
SN
(Llorens-Cortes et al., 1979). Johnson et al., (1980)têm
demonstrado
anatomicamente a presença de temiinais e fibras de encefalinasem
íntima relação
com
os neurôniosDAérgicos da
SN
eATV,
os quaisascendem
aos axônios que inervam o neoestriado,NAc
e outras estruturas lírnbicas e corticais.A
morfina, metadona
e outros opióides são conhecidos por influenciarem afunção dos sistemas
DAérgicos
centrais(Wood,
1983) e existeuma
boa
concordância sobre a
noção
de que opióides,como
morfina,
estimulam a síntese(Gunne, 1963; Clouet e Ratner, 1970;
Hitzemann
et al., 1971; Smith et al., 1972Gauchy
et al., 1973; Garcia-Sevilla et al., 1978; Alper et al., 1980), o metabolismo(Lawerty e Sharman, 1965; Fukui e Takagi, 1972;
Sasame
et al., 1972;Ahtee
eKaariainen, 1973;
Kuschinsky
eHomykiewicz,
1973;Wood
e Richard, 1982) e o“turnover”
(Gurme
et al., 1969; Sugrue, 1974;Moleman
e Bruinvels, 1976, 1979;`Wood
et al., 1980; Attila e Ahtee, 1984;Yonehara
e Clouet, 1984)da
DA
e aatividade de disparos dos neurônios
DAérgicos
(Iwatsubo e Clouet, 1977;Nowycky
et al., 1978; Gysling e
Wang,
1983;Matthews
eGerman,
1984).Frente ao exposto, pode-se observar que
embora
existam evidênciasdemonstrando
os efeitos comportamentais induzidos peloMZ
e principalmente peloEtOH,
não
existem dados publicados sobre os efeitos provocados pelacombinação
de
EtOH
eMZ.
Tendo
em
vista o grau de semelhançano
mecanismo
de ação entre oMZ
e a cocaína, e oconsumo
abusivodo
MZ
associado aoEtOH,
a investigaçãodos efeitos comportamentais induzidos por estas drogas é de grande importância
para a avaliação
do
perfil psicofarrnacológico desta interação. Portanto, o presente estudo foi delineadocom
o objetivo de investigar os efeitosda
interação deEtOH
A 12
com
MZ
em
diferentes testes compoitamentais,bem
como
avaliar o possívelenvolvimento dos sistemas
DAérgico
e opióide nas ações induzidas por esta2 -
OBJETIVOS
- Avaliar o efeito da associação
EtOH+MZ,
e dessas drogas administradas isoladamente, sobre ocomportamento
locomotor decamundongos,
medido
em
caixade
movimentação
espontânea,bem
como
verificar o envolvimento dos sistemasDAérgico
e opióide sobre este parâmetro comportamental, atravésdo
pré-tratamentocom
haloperidolou
naloxona.- Investigar a presença de propriedade reforçadora
na
associaçãoEtOH+MZ,
utilizando
como
modelo
a preferência condicionada de lugar etambém
verificar oenvolvimento dos sistemas
DAérgico
e opióide neste comportamento, pelo uso deantagonistas específicos.
- Verificar se a associação
EtOH+MZ
tem alguma
açãomoduladora
sobre o estado14 3 -
MATERIAIS
E
MÉTODOS
3.1 -
Animais
Foram
utilizadoscamundongos
suíços, albinos,machos,
com
aproximadamente
3meses
de idade, pesando entre 30 e40
g, provenientesdo
Biotério
do Departamento
de Farmacologiada
Universidade Federal de SantaCatarina.
Os
animaispermaneciam
alojadosem
grupos de 25 a 30, por gaiola (39x
32
x
16 cm), mantidosem
temperatura controlada (23 :t l°C),em
ciclo claro e escuro de 12 horas (6100 - 18:00 h),com
livre acesso à água e à comida, excetodurante as sessões de teste.
3.2 -
Drogas
Mazindol
(InstitutoQuímico Campinas
-IQC, São
Paulo), haloperidol(Sigma
Co. St Louis,MO.
USA), ambos
dissolvidosem
solução decarboximetilcelulose a
0.025%
na
dose de 5mg/kg
e 0.075 mg/kg, respectivamente.EtOH
PA
(Merck,Rio
de Janeiro) diluído al2.5%
v/vem
salina e administradosnas doses de 1.2 a 2.8 g/kg.
Naloxona
(RBI,MA.
USA)
dissolvidoem
salinana
dose de 1.0 mg/kg.
A
solução controle consistiu deuma
rnistura de salina ecarboximetilcelulose
em
volumes
equivalentes.Todas
as drogasforam
administradaspor via intraperitoneal (i.p)
em
volumes fixos
de 0.1 rnl/10 g, exceto oEtOH
cujovolume
de injeção variou conforme a dose.Os
animais tratadoscom
soluçãocontrole,
EtOH
ou
MZ
isoladamente receberam urna injeção adicional de solução3.3
-Equipamentos
eprocedimentos
3.3.1- Teste de
movimentação
espontâneaA
avaliaçãoda
atividade locomotora foi realizadaem uma
caixa de madeiramedindo 40
x
12x
20
cm,com
três células fotoelétricas mstaladas alcm
de alturado
chãoem
grade, espaçadas igualmente ao longo de sua extensão e acopladas aum
contador digital
que
registra onúmero
de vezes que o animal interrompe os feixes deluz (cada interrupção
do
feixe de luz constituiuma
medida
de atividade). Assim, osmovimentos
horizontais dos animais foram detectados pelas fotocélulas,O
teste foi desenvolvidoem
ambientecom
pouca
iluminação,no
período matutino (8 às 12 h).Neste
experimento os animais foram individuahnente colocados dentro das caixas demovimentação
e os registros demedida
de atividadeforam
efetuados porum
períodode 5 min.
em
diferentes intervalos detempo
(aos 15, 30,45
e,60
min.) após as injeções de solução controle,EtOH
1.2 g/kg e/ouMZ
5.0 mg/kg.Após
cada registrode atividade os animais
retomavam
à gaiola. Para avaliarum
possível envolvimento dos sistemasDAérgico
e/ou opióide sobre ocomportamento
locomotor induzido pelos tratamentoscom
EtOH,
MZ
ou
a sua associação, grupos adicionaisforam
avaliados
na
presençaou
ausência de haloperidol 0.075mg/kg
ou
naloxona 1.0 mg/kg, seguindo omesmo
procedimento experimental.3.3.2 - Teste de preferência condicionada de lugar -
PCL
O
teste dePCL
foi efetuadoem uma
caixa, confeccionadaem
acrílico,composta
por três compartimentos diferentes, separados por duas guilhotinas16 considerada
um
ambiente neutro.As
extremidadesda
caixamediam
cadauma
22
x
14
x
14.5cm
eeram
distingüidas pelas seguintes características:uma
claracom
ochão liso e iluminada
com
luz branca e outra escuracom
o chão cobertocom
serragem e
sem
iluminação.Os
experimentosforam
conduzidosem
ambientecom
pouca
iluminaçãono
periodo damanhã
(8 às 12 h).O
método
escolhido, adaptadoao estudo de
Lawley
eKantak
(1990), envolveu duas fases:Fase
1 - condicionamento:O
periodo de condicionamento foi efetuadoem
4
dias consecutivoscom
dois ensaios diários.No
primeiro ensaio, cada animal recebeusolução controle e foi imediatamente
confinado
em uma
das extremidadesda
caixade condicionamento (por
um
periodo de 5, 15ou
30 min).No
segundo ensaio osanimais
foram
tratadoscom
solução controle (grupo controle) ecom
EtOH
1.2 g/kg e/ouMZ
5.0mg/kg
(grupos teste) e confinadosna
extremidade opostada
usadano
primeiro ensaio,
também
pelomesmo
tempo
(5, 15ou 30
min).De
maneira similar àmovimentação,
grupos adicionaisforam
utilizados para avaliar o possívelenvolvimento dos
mecanismos DAérgicos
e/ou opióides nestemodelo
experimental. Portanto oito grupos de animaisforam
pré-tratadoscom
haloperidol (0.075mg/kg)
ou
naloxona (1.0mg/kg)
,enquanto outros quatro gruposreceberam
soluçãocontrole. Este pré-tratamento foi efetuado
30
min. antesdo
teste. Posterionnente,cada animal foi submetido ao procedimento experimental de condicionamento de lugar,
como
descrito acima.Fase 2
- teste:O
teste foi realizadono
59 dia,sem
tratamento,quando
os animaisforam
individuahnente colocadosno
compartimento neutro,com
livre acesso paraambos
os lados.O
registrodo tempo
de pennanênciaem
cada compartimento foiefetuado por
um
período de 15 min.Foi utilizada
uma
solução de etanol a10%
para lirnpar a caixa antesda
colocação de cada animal.3.3.3 - Teste
do
labirintoem
cruz elevado -LCE
O
aparelho para o testedo
LCE,
feito de acrílico, é constituído por doisbraços abertos (30
x
5cm)
e dois braços fechados (30x
5x
15cm)
opostos entre si,e elevados a 38.5
cm
do
chão.Os
braços abertos apresentamuma
barra lateral de 0.5cm
como
proteção, evitando aqueda
dos animais.Um
campo
aberto quadrado(40
x
40
x
30
cm),também
fabricadoem
acrílico, foi utilizado antesdo
teste para adaptaçãodo
animal ao ambiente. Foi utilizadauma
solução de etanol a10%
para limpar o labirinto e ocampo
aberto antesda
colocação de cada animal.Os
experimentos
foram
realizadosno
periodo matutino (8 às 12 h),em
ambientecom
baixa luminosidade.
Os
animaisforam
tratadoscom
solução controle,EtOH
e/ouMZ,
15 min. antesdo
testeem uma
ante-sala.Dez
minutos após as injeções, cadaanimal foi colocado individualmente
no
campo
aberto por 5 min. e,em
seguida,transferido diretamente para o centro
do
labirinto,com
a face voltada paraum
dosbraços fechados,
onde
permaneceu
para avaliação por mais 5 min.Para avaliar a resposta comportamental
no
labirintoem
cruz elevado apósum
esquema
de administração repetida, quatro grupos de animaisforam
tratadosdiariamente, de maneira similar ao aplicado
no
teste dePCL,
com
solução controle,EtOH
1.2 g/kg e/ouMZ
5.0 mg/kg, durante 4 dias consecutivos.No
59 dia, estesanimais
não
receberam tratamento e foram submetidos aomesmo
procedimentoexperimental que o grupo agudo.
Os
parâmetros comportamentais avaliados neste testeforam
onúmero
deentradas e o
tempo
de permanência nos braços abertos e fechadosdo
equipamento.Como
medida
delocomoção
foi obtida a freqüência total de entradas nos braços fechados.O
número
total de entradas foi obtido pelasoma
do
número
de entradasnos braços abertos e fechados.
O
percentual de entradas (aberto/total) foi calculado dividindo-se onúmero
de entradas nos braços abertos pelonúmero
total de entradas18
e este indice multiplicado por 100.
O
percentual detempo
(aberto/total)também
foicalculado de maneira semelhante: o
tempo
gasto nos braços abertos foi dividido pelosomatório
do tempo
de permanênciaem
ambos
os braços e o quociente obtido foimultiplicado por 100.
3.4 - Análise estatística
As
comparações
estatísticas entre as médias dos gruposforam
inicialmente realizadas por análise de variância(ANOVA),
adequadas ao protocolo experimentalpara a detecção de diferença significativa. Posteriormente, os grupos
passaram
a sercomparados
entre si atravésdo
teste deNewman-Keuls
ou
Dtmnet.No
teste depreferência condicionada de lugar foi utilizado o teste “t” de Student para
comparações
entre dois grupos experimentais.Os
dadosforam
expressoscomo
amédia
i- erro padrãoda
média
(e.p.m.) e a probabilidade aceitacomo
indicativada
4 -
RESULTADOS
4.1 -
Experimento
1:Avaliação da
atividadelocomotora
com
diferentes dosesde
etanol.Neste
experimento cinco grupos de 10 animaisforam
tratadoscom
EtOH
(12.5%
v/V) nas doses 1.2, 2.0, 2.4 e 2.8 g/kgou
solução controle e submetidos ao teste demovimentação
espontânea aos 15, 30, 45 e 60 min, após as injeções, para oregistro
da
atividade locomotora durante 5 min, confonne metodologia descritaanteriormente.
Os
resultadosda
administração de diferentes doses deEtOH
sobre aatividade locomotora de
camundongos,
em
diferentes intervalos de tempo, estão ilustradosna
Fig. 1.Nesta
figura, as linhas verticais que representam o e.p.mnão
estão expressas para melhor clareza dos dados.
A
análise estatística efetuada pelaANOVA
deuma
viacom
medidas
repetidas revelou efeito significante dostratamentos [F19,¡80
=
12.804,p
S
0.00l].As
doses deEtOH
2.0, 2.4 e 2.8aumentaram
amovimentação
deforma
significante praticamenteem
todos osintervalos de tempo,
quando comparadas
aos animaisdo
grupo controle.O
EtOH
(1.2 g/kg) induziuaumento
significante somenteno
primeiro intervalo, 15 min, teste deNewman-Keuls.
Além
disso foi verificado que o pico de ação sedeu
entre os 1520
tempo
totaldo
experimento, 60 min. econfirmam
que as três doses maiores deEtOH
induzem aumento
significanteda
atividade motora, Fig. 1,ANOVA
deuma
via [F 4,45
=
15.324,p S
0.01,Newman-Keuls].
A
partir destes dados, amenor
dosede
EtOH
(1.2 g/kg) foi selecionada para fazer a associaçãocom
MZ
nos experimentos seguintes.0
CONTROLE
o EtOH
1.2 g/kgu EzoH
2.og/Kg
A
Eron
2.4g/Kg
,v
E:oH
2.ag/Kg
200
- * 'Í * _~
Í'800
600
'Ir 'X' * “ër ‹u$ II:100-
V
*il400
50-
¬°_
_o
200
0-
1 |15
'30 min.Figura 1: Avaliação do efeito do
EtOH
1.2, 2.0, 2.4 e 2.8 g/kg, via i.p., sobre aatividade locomotora
em
camundongos,medida
em
diferentes intervalos detempo
(15 30, 45 e 60 min.)ou
cumulativamente, após 60 min.Dados
expressoscomo
amédia
de10 animais. * indica
p
S
0.05em
relação aogmpo
controle, (teste deNewman
Keuls)«is s'o
°
`M
O
*Q 'I '‹ *- -I- b ) F V\\s
z§:;:§:;:§:§:z:_..._..*
ííí/ff///” JI/?94.š-I'
Ico
1
O 1.2 2.0 2.4 2.8EtOH
Q/kg
22
4.2-
Experimento
2:Avaliação
da
atividadelocomotora após
a injeçãode
etanol e mazindol.Após
a seleçãoda
dose deEtOH
no
experimento anterior(EtOH
1.2 g/kg), foiefetuada a avaliação
da
atividade locomotora após administraçãoda
associaçãoEtOH+MZ,
bem
como
destas drogas isoladadamente, seguindo omesmo
procedimento experimental.A
dose deMZ
empregada
para esta associação foi de 5.0 mg/kg, a qual foi baseadaem
experimentos prévios realizadosem
nossolaboratório. Para este experimento
foram
utilizadosaproximadamente
50 animais, divididosem
quatro grupos confonne o tratamento: solução controle,EtOH
1.2 g/kg,MZ
5.0mg/kg
eEtOH1.2
g/kg+
MZ
5.0 mg/kg.Os
efeitosdo
EtOH,
MZ
ou
dacombinação
EtOH+MZ
sobre a atividadelocomotora
em
camundongos,
em
diferentes intervalos de tempo, estão ilustradosna
Fig. 2.A
análise estatística efetuada pelaANOVA
deuma
viacom
medidas
repetidas revelou diferença significante entre os tratamentos, [F15,144
=
19.199,p
S
0.001].O
teste deNewman-Keuls
subseqüente demonstrou que oaumento
daatividade locomotora induzida pela interação
EtOH+MZ
foi significativamentemaior
do que
o efeitoprovocado
pelas drogas administradas isoladamente,em
todos os intervalos detempo
(pS
0.05).O
grupo de animais tratadossomente
com
MZ
aos 30,
45
e60
min; enquantonão
foi verificada diferença significante entre os animaisdo
grupo controle e os animais tratadoscom
a dose selecionada de EtOI-Ii.Os
resultadostambém
estão expressos após otempo
totaldo
experimento,60
min,Fig. 2.
A
análise destes dadosconfiimam
que oMZ
e a associaçãoEtOH+MZ
causam
nítidoaumento da locomoção quando comparados
ao grupo controle,LYYÚIÍIYYÍÍÍ 24
O
CONTROLE
o EtOH
1.2 g/kg 1:1MZ
5.0mg/kg
A EtOH +
MZ
#
-x-#
300
' 'X'#
*
#
1000
_*
#
*_800
I
_ m ~o'o'o'o'oWNO
O _*
*
l*
600
45
L
- 1;1ooÍ
~_Ê
20°
O
O " I | ¡ H |O
15
30
45
60
c
MZ
E+Mz
400
/
Figura 2: Avaliação da atividade locomotora após administração isolada e associada de
EtOH
1.2 g/kg eMZ
5.0 mg/kg, via i.p.em
camundongos,medida
em
diferentesintervalos de
tempo
(15, 30, 45 e 60 min) e cumulativamente após 60 min.Dados
expressos
como
amédia
i
e.p.m. de 10 animais. * indicap
S
0.05em
relação aogmpo
controle e # indica
p
S
0.05em
relação aos tratamento isoladoscom
EtOH
eMZ,
(testedeNewman
Keuls).4.3 -
Experimento
3:Avaliação
do
pré-tratamentocom
haloperidolna
atividadelocomotora
induzida pela associação etanol+mazindol.Neste
protocolo experimental os animais foram divididosem
oito grupos de 9 animais, os quaisforam
simultaneamente injetadoscom
solução controle,EtOH
1.2 g/kg e/ouMZ
5.0mg/kg
na
ausência ena
presença deum
antagonista DAérgico,haloperidol 0.075 mg/kg, e submetidos ao
mesmo
procedimento experimental deavaliação
da
atividade locomotoraem
diferentes intervalos de tempo,no
decorrer de1 hora.
A
Fig. 3 apresenta o efeito da administração de todas as drogas. utilizadasneste experimento, ao longo
do
tempo. Nesta ilustração, as linhas verticaisque
representam o e.p.m.não foram
expressas para maior clarezada
figura.Confinnando
resultados anteriores, observa-se que oscamundongos
injetadoscom
aassociação
EtOH+MZ
ou
com
oMZ
isoladamente apresentaram nítidoaumento da
locomoção
em
relação aos animais-controle [F 31,256=
11.515,p
S
0.001] -ANOVA
deuma
viacom
medidas
repetidas.É
'possível visualizarque
o pré-tratamento
com
haloperidol antagonizou os efeitos induzidos tanto pelacombinação
EtOH+MZ
quanto peloMZ,
administrado isoladamente (Fig. 3).Na
Fig. 4, pode-se observar melhor o efeito do haloperidol sobre os tratamentoscom
solução controle,EtOH,
MZ
ou
a associaçãoEtOH+MZ,
a cada intervalo de tempo, isto é, aos 15, 30, 45 e 60 min.A
análise estatística realizada pelaANOVA
de26
uma
via separadamente, revelou diferenças significantes entre os tratamentosempregados
[F 7,64=
5.511,p
S
0.001, aos 15 min;F
7,64=
7.826, pS
0.001, aos 30 min;F
7,64 =17.104_,p
S
0.001, aos 45min
e F7,64=
14.903,p
S
0.001, aos 60 mi11].Na
seqüência os resultados foram analisados através do teste de
Newman-Keuls,
querevelou efeito significante,
como
já esperado, da associaçãoEtOH+MZ
em
relação aogrupo controle
em
todos os tempos avaliados (pS
0.001).O
tratamento isoladocom
MZ
também
produziu efeito estatisticamente sigtnificanteem
relação ao grupo controleaos 30, 45 e 60
min
(pS
0.05), enquanto o grupo tratadocom
EtOH
não apresentoudiferença
em
relação ao grupo controle.Com
respeito aos efeitos induzidos pelo pré-tratamento
com
haloperidol, foi verificado que este inibiu a estimulação locomotora provocada pela interaçãoEtOH+MZ
aos 30, 45 e 60min
(pS
0.01).O
mesmo
ocorreucom
o grupo tratadocom MZ,
no
qual oaumento
da atividade locomotora induzida poresta droga foi significativamente atenuado na presença de haloperidol
também
aos 30,45 e 60
min
(pS
0.05). Por outro lado, a atividade locomotora do grupo tratadocom
EtOH
não
foi afetada pelo haloperidolem
nenhum
intervalo detempo
(p>
0.05).Estes resultados
demonstram
que o haloperidol,em
dose que não afeta aatividade locomotora do grupo controle, antagoniza a estimulação locomotora induzida pelo
MZ
ou
a combinaçãoEtOH+MZ,
sugerindo a participação demecanismos
DAérgicosna
ação destas drogas.200
LOCOMOÇAO uz8
61'O
O
O
o
CONTROLE
ElEtOH
1.2mg/kg
A
MZ
5.0
mg/kg
v
EtOH +
MZ
-X-V
_~_
V
IHP
IHP
ÁHP
VHP
-X-0.075
mg/kg
+ EtOH
+
M2
+ EtOH +
MZ
-X- AF -X- 1 «AÍV
-X-V
A»
_?
-X-¬A
"V
_ 'X
\*..__ÍÊ
0-1
1 | |15
30
45
6°
min
Figura 3:
Curva tempo
resposta do efeito do haloperidol 0.075mg/kg
sobre a atividadelocomotora após a administração de
EtOH
1.2 g/kg e/ouMZ
5.0 mg/kg, via i.p,em
camundongos.
Dados
expressoscomo
amédia
de 9 animais. * Indicap
S
0.05em
relação ao grupo controle, (teste deNewman
Keuls).28 'X-
2°°
'15
2°°
'ao
min. e *- -150-
-x-llllil
Q HAL C HAL C HAL C HALÊüfiufii
C HAL C HAL C HAL C HALCQN1' Ez0H Mz E¡Q|.|+Mz
CONT
EtOH MZ EtOH+MZ'
45
min.2°°'
60
min.*
-x- '150-
'X-*
-#
100-
#
#
#
iÉh il
50
_C HAL C HAL C HAL C HAL C HAL C HAL C HAL C HAL
CONT
Et0H MZ EtOH+MZCONT
EtOH MZ EtOH+MZFigura 4: Avaliação do efeito do haloperidol 0.075
mg/kg
sobre a atividade locomotorainduzida por
EtOH
l.2 g/kg e/ouMZ
5.0 mg/kg, via i.p.,em
camundongos, aos 15, 30,45 e 60 min.