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Aula 07 - Difusão-mecanismos

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Academic year: 2021

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(1)

Difusão em sólidos

Mecanismos

(2)

Processo de salto atômico

 O átomo se move através de sítios vizinhos.  Este sítios pode ser vacâncias ou interstícios.

 Como os átomos que difundem são comprimidos pelos

átomos vizinhos, é necessária uma quantidade de energia (> kB.T) para que ocorra o salto atômico.

(3)

Processo de salto atômico

 A diferença energética entre a posição do sítio e

da posição de sela (topo da barreira) é dada por:

“M”  migração.

 Vineyard demonstrou, por termodinâmica

estatística, a eq. que descreve a taxa de saltos (w)

 freqüência de tentativas  da ordem de

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(5)

Mecanismos de difusão

 Mecanismo de troca  troca de posições envolvendo dois ou mais átomos.

Pode ser um mecanismo de troca direta (de

posições) entre dois átomos situados em sítios vizinhos da rede cristalina

  mecanismo pouco provável, principalmente em

estruturas compactas

  forte repulsão de curto alcance entre os átomos

proíbe a ocupação de posições intermediárias onde dois átomos poderiam estar na metade do caminho.

Mecanismo em anel

 As forças repulsivas atuam positivamente, empurrando

o átomo vizinho em curso de uma espécie de permuta circular

 Mecanismo improvável devido a coordenação de

(6)

Mecanismos de difusão

 Mecanismo intersticial

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Mecanismos de difusão

 Mecanismo intersticial (ou intersticial direto)

Mecanismo mais simples de difusão.

Saltos de posições intersticiais para posições

intersticiais vizinhas.

Processo difusional mais rápido que os

intermediados por defeitos  não necessita “esperar” por um defeito para ocorrer o salto.

Mecanismo principal de difusão de átomos

pequenos tipicamente em solução sólida (H, C, N, O).

(8)

Mecanismo intersticial (ou intersticial

direto)

(9)
(10)

Mecanismos de Difusão

 Mecanismo via vacâncias

Mecanismo predominante para a difusão de

átomos de soluto substitucionais. Ocorre também na auto-difusão.

Neste mecanismo, o átomo difunde através de

um salto de uma posição na rede para uma

vacância vizinha  mecanismo intermediado via defeito cristalino.

(11)

Mecanismos de Difusão

 Mecanismo via vacâncias

Pode-se analisar este processo de difusão através da

migração de vacâncias ou através do átomo que

difunde (traçador, no caso de auto-difusão, ou soluto, no caso de átomo quimicamente diferente).

No caso de auto-difusão  a vacância localizada

numa determinada posição tem probabilidade 1/ζ de saltar para qualquer uma das ζ posições de

coordenação. Após um salto, o átomo que difundiu tem probabilidade maior que a aleatório de fazer um salto no sentido reverso  ver representação esquemática seguinte!!

(12)

Mecanismos de Difusão

(13)

Mecanismos de Difusão

 Mecanismo via vacâncias

Em condição de equilíbrio térmico, a fração de

equilíbrio de vacâncias num cristal monoatômico é dada por:

Onde é a energia livre de formação de

(14)
(15)

Mecanismo via vacâncias

 A taxa de saltos de troca é dada por:

Onde w1V  taxa de troca entre um átomo

e uma vacância.

ν0  freqüência de tentativas pertinentes.

  entalpia e entropia de migração,

respectivamente.

(16)

Mecanismo via vacâncias

 Em ligas substitucionais  interações atrativas ou

repulsivas entre átomos de soluto e vacâncias

exercem um papel importante  interação modifica a probabilidade de se encontrar uma vacância na

vizinhança de um átomo de soluto

  energia livre de Gibbs de ligação entre um par

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Mecanismo via vacâncias

 A taxa total de saltos de um átomo de

soluto numa rede é dada por:

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Mecanismo via di-vacâncias

 O átomo troca de posição com uma das

vacâncias num par de di-vacâncias.

Na estrutura CFC isto pode ocorrer sem

dissociação da divacância.

Em estruturas CCC tal salto envolve

necessariamente a modificação da distância entre as duas vacâncias pois nesta estrutura não há grupo de 3 átomos que sejam todos vizinhos mais próximos uns dos outros.

(20)

Mecanismos de difusão

 Mecanismo de intersticialidade ou mecanismo

intersticial indireto

O “átomo intersticial” tem tamanho da ordem de grandeza dos

átomos da rede  a difusão pode ocorrer por mecanismo de intersticialidade (interstitialcy) ou mecanismo intersticial indireto.

Se o átomo que difunde for da mesma espécie química dos

átomos da rede temos um auto-intersticial  configuração de equilíbrio  Dumbbell (dois átomos centrados num mesmo sítio).

(21)

Mecanismos de difusão

 Mecanismo de intersticialidade colinear e não-colinear

Mecanismo de intersticialidade é um tipo de mecanismo

coletivo.

O mecanismo de intersticialidade é geralmente negligenciavel

em difusão térmica mas muito importante em difusão induzida por radiação.

(22)

Efeito Kirkendall

 Kirkendall observou em experimentos de

pares difusionais que havia um aumento da dimensão de um dos elementos do par as custas da diminuição do outro.

 Este fenômeno não era

compreendido/previsto com base nos conhecimentos da época.

(23)

Efeito Kirkendall

(24)

Conceitos básicos

 Coeficiente de difusão intrínseco 

coeficiente de auto-difusão, no caso de um metal puro, ou coeficiente de difusão de um soluto, no caso de uma solução sólida

diluída.

 Coeficiente de inter-difusão  medida da

taxa de mistura durante a inter-difusão num par de elementos A/B.

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(26)
(27)

Fluxos atômicos não-recíprocos

 Os fluxos atômicos não-recíprocos das espécies

A e B escritas em termos de coeficientes

intrínsecos de difusão Di (onde i =A, B), usando a 1ª Lei de Fick:

 Obs: O fluxo atômico líquido do par difusional de

(28)

Fluxos atômicos não-recíprocos

 Volume de controle para o deslocamento

(29)

Fluxos atômicos não-recíprocos

 Num par de elementos metálicos A/B, em

geral JA ≠ JB.

 Os fluxos JA e JB são proporcionais aos

coeficientes de difusão intrínsecos que, por

sua vez, não são necessariamente iguais (DA ≠ DB).

 Isto dá origem a um fluxo líquido de matéria

Jnet na direção A B.

 ΔJ varia com “x” e tende a zero nas

(30)

Fluxos atômicos não-recíprocos

 O fluxo atômico líquido é a soma dos fluxos

intrínsecos Fickianos

 A velocidade dos marcadores pode ser

(31)

Fluxos atômicos não-recíprocos

 Substituindo os fluxos intrínsecos, temos:

 Se os dois componentes A e B tem as

mesmas densidades molares parciais, temos:

(32)

Fluxos atômicos não-recíprocos

 Derivando a eq. anterior, temos:

 NA e NB são definidos como:

(33)

Fluxos atômicos não-recíprocos

 Combinando a eq. anterior com a eq. de

UM, temos:

 Ou:

 Para manter a conservação dos sítios da

rede, temos que:

(34)

Fluxos atômicos não-recíprocos

 Substituindo em JA e JB, temos:

 Os gradientes de concentração são iguais

(35)

Difusividades intrínsecas e nuvem de

vacâncias

 Fluxos atômicos durante a difusão compensada (DA = DB).

(36)

Difusividades intrínsecas e nuvem de

vacâncias

 Fluxos atômicos durante a difusão não compensada (DA = 1,1 x DB)

(37)

Difusividades intrínsecas e nuvem de

vacâncias

 Fluxos atômicos durante a difusão não compensada (DA = 1,33 x DB)

(38)

Difusividades intrínsecas e nuvem de

vacâncias

 Fluxos atômicos durante a difusão não compensada (DA = 0,67 x DB)

(39)

Difusividades intrínsecas e nuvem de

vacâncias

Vacâncias e planos atômicos são eliminados Vacâncias e planos atômicos são gerados

(40)

Experimento de Kirkendall

 Difusão via vacâncias: Não era aceita

devido à baixa concentração de equilíbrio das vacâncias em metais (da ordem de 10-6, ou seja, 1 vacância para cada 1

milhão de átomos na temperatura próxima da fusão).

 A confirmação da difusão via vacâncias foi

realizada por Smigelskas, A. D. e

Kirkendall, E. O. (Trans AIME,171, p. 130, 1947) através de experimentos de pares difusionais.

(41)
(42)

Efeito Kirkendall

 Par difusional de Kirkendall

 Foi observado o deslocamento dos marcadores

inerciais utilizados no experimento de Kirkendall.

Foi demonstrado que a distância (h) entre os

marcadores se comportava de acordo com a expressão cinética

(43)

Efeito Kirkendall

 Curvas de penetração de Zn observadas após

vários tempos de recozimento no experimento de Kirkendall-Smigelskas.

(44)

Efeito Kirkendall

 Experimento de Kirkendall-Smigelskas mostrando

as posições dos marcadores inertes de arames de Mo vs. tempo.

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(48)

Efeito Kirkendall

 Movimentação dos marcadores durante o

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Difusividade via vacâncias e Eq.

de Darken

Os mecanismos de difusão de simples troca e em anéis, na época mais aceito para explicar a inter-difusão não permitiam que |JA| > |JB|.

Pode-se observar, através das marcas inertes, que, além da mudança de concentração que ocorre devido à difusão

intrínseca, há um fluxo de matéria para um dos lados devido ao efeito Kirkendall. O coeficiente de interdifusão (ou

coeficiente químico de difusão) é dado pela Equação de Darken:

Onde:

DA e DB são os coeficientes intrínsecos de difusão de A e B e NA e NB são as concentrações molares de A e B, respectivamente.

(50)

Difusividade via vacâncias e Eq. de

Darken

 Utilizando-se D temos as leis de Darken,

(51)

Difusividade via vacâncias e Eq. de

Darken

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Solução de Matano para Eq. de

Darken

 Método de Matano

Proposto originalmente em 1933, a partir uma solução de

Boltzmann (de 1894) para a 2ª Lei de Fick. Neste

método, assumi-se que D é função da concentração. Esta solução é dada pela seguinte equação:

 Onde NA é a concentração a uma distância x do plano de

Matano, NA1 é a concentração num ponto distante do plano de Matano (livre do efeito da variação de D com a concentração), t é o tempo de recozimento.

(53)

Solução de Matano para Eq. de Darken

 O plano (ou interface) de Matano é determinado por

integração gráfica, de modo que a área M seja igual à área N, sendo usualmente a posição original da soldagem (a

posição das marcas não deve estar muito próxima da posição de soldagem para que não haja deslocamento). Esta é a posição original do eixo de coordenadas X, sendo este positivo para a direita.

(54)

Solução de Matano para Eq. de Darken

(55)

Solução de Matano para Eq. de Darken

 Suposição: Deseja-se conhecer a difusividade em uma concentração particular. Por exemplo, em NA = 0,375 (ponto C do gráfico). O par

difusional é formado por dois elementos puros A e B. Assumindo um tempo de 50h, temos

que:

Primeiramente: Calcular em C

(recíproco da inclinação da curva de penetração no ponto C).

Segundo: Determinar limites de integração.

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Solução de Matano para Eq. de

Darken

 Terceiro: Determinar área a ser integrada

– Área limitada pela reta de concentração C, limites NA1 e NA e eixo x.

 Resolução desta integral por método

gráfico.

 Temos então a equação da seguinte

(57)

Solução de Matano para Eq. de

Darken

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Referências

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