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O avanço das tecnologias e o impacto nas bibliotecas: um estudo sobre as bibliotecas convencionais e digitais

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Academic year: 2021

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COORDENADORIA ESPECIAL INTERDISCIPLINAR EM TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (CIT)

CURSO TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)

MARCELA SCHIAFFINO MORALES DE FRANCESCHI

O AVANÇO DAS TECNOLOGIAS E O IMPACTO NAS BIBLIOTECAS: Um estudo sobre as bibliotecas convencionais e digitais

ARARANGUÁ - SC 2019

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MARCELA SCHIAFFINO MORALES DE FRANCESCHI

O AVANÇO DAS TECNOLOGIAS E O IMPACTO NAS BIBLIOTECAS: Um estudo sobre as bibliotecas convencionais e digitais

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação do Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Tecnologias da Informação e Comunicação.

Orientador: Prof. Giovani Mendonça Lunardi

ARARANGUÁ - SC 2019

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Este trabalho é dedicado aos meus queridos pais, meu irmão e aos meus amigos.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, eu gostaria de agradecer a minha mãe Analucia, que sempre esteve do meu lado, me incentivando e batalhando para proporcionar o melhor para os seus filhos. Ao meu irmão, Pedro Schiaffino Morales De Franceschi, que sempre me apoiou e esteve do meu lado. Agradeço à UFSC Araranguá, por fazer possível esta formação de qualidade, disponibilizando a estrutura e recursos para o aprendizado, um agradecimento especial a todo o corpo docente do Curso de Tecnologias da Informação e Comunicação. Um agradecimento ao meu professor orientador Giovani M. Lunardi. Agradeço também, a minha chefe de estágio, a bibliotecária Débora Russiano Pereira, por todo aprendizado e acompanhamento em parte desta jornada e por ter aceitado o convite de integrar a banca do presente trabalho. Agradecimentos também aos meus colegas e amigos que me acompanharam durante o curso.

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RESUMO

A necessidade por informação e conhecimento levou a disseminação do uso das bibliotecas, no mundo em que vivemos, em meio a mudanças e avanços tecnológicos. A biblioteca convencional passa por diversas transformações, gerando novos conceitos conhecidos como: biblioteca híbrida e biblioteca digital. Este trabalho tem como objetivo estudar a evolução e os avanços das bibliotecas e das tecnologias, em especial a internet, examinando os impactos que uma provocou na outra. Como fundamentação teórica foi feito pesquisas bibliográficas abordando o progresso das bibliotecas convencionais até as bibliotecas digitais, também foi feito pesquisas sobre a história da tecnologia no geral, aprendendo um pouco mais como surgiu e onde está presente. Após a compreensão sobre os assuntos estudados, uma análise e coleta de dados da Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina foram realizadas, podendo comparar os acessos nas bibliotecas físicas e no acervo digital, assim conseguindo entender qual biblioteca ao longo de 10 anos teve uma maior procura e se as tecnologias interferiram nos trabalhos das bibliotecas convencionais. Junto das análises dos dados, também foi realizada uma análise sobre o desempenho dos alunos dos cursos de Engenharia de Computação, Tecnologias da Informação e Comunicação noturno e diurno, e seus acessos as bibliotecas, buscando descobrir se esses acessos aumentaram ou diminuíram o IA do curso. A internet complementa as bibliotecas tradicionais e não irá substituí-las, mesmo em um mundo digital as bibliotecas digitais são reflexos das convencionais.

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ABSTRACT

The need for information and knowledge has led to the widespread use of libraries in the world we live in, amid changes and technological advances. The conventional library undergoes several transformations, generating new concepts known as: hybrid library and digital library. This paper aims to study the evolution and advances of libraries and technologies, especially the internet, examining the impacts that one has had on the other. As a theoretical foundation was made bibliographical research addressing the progress of conventional libraries to digital libraries, was also done research on the history of technology in general, learning a little more how it appeared and where it is present. After understanding the studied subjects, an analysis and data collection of the University Library of the Federal University of Santa Catarina were performed, being able to compare the accesses in the physical libraries and in the digital collection, thus being able to understand which library over 10 years had a demand and whether technologies have interfered with the work of conventional libraries. Along with the data analysis, an analysis was also performed on the performance of the students of the Computer Engineering, Information Technologies and Communication courses at night and day, and their access to libraries, seeking to find out if these accesses increased or decreased the AI of the course. . The internet complements traditional libraries and will not replace them, even in a digital world digital libraries are reflections of conventional ones.

Keywords: Conventional library. Digital library. Hybrid library. Technologies.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - A exemplar da biblioteca de Nínive. 20

Figura 2 - Maior acervo do Egito no Sec. III. 20

Figura 3 - Biblioteca de Oxford. 21

Figura 4 - Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro 22

Figura 5 - Tela pergamum 24

Figura 6 - Função Circulação de materiais 25

Figura 7 - Função Usuários. 25

Figura 8 - Função Catalogação. 26

Figura 9 - Criador da WWW. 28

Figura 10 - Ferramentas Colaborativas. 29

Figura 11 - Memex. 31

Figura 12 - Obras do autor Machado de Assis. 31

Figura 13 - Biblioteca Digital Mundial. 32

Figura 14 - Integração de bens e serviços prestados em bibliotecas híbridas 33

Figura 15 - Ciência dos dados. 34

Figura 16 - Agrupamento de dados. 36

Figura 17 - Execução dos comandos GroupBy e mean(). 36

Figura 18 - Visão dos dados do dataset antes da limpeza. 37

Figura 19 - Dados do dataset após a limpeza e manipulação dos dados. 38 Figura 20 - Gráficos de barra e pizza com empréstimos do curso TIC por ano. 39

Figura 21 - Estatísticas do conjunto de dados. 40

Figura 22 - Covariância dos dados. 41

Figura 23 - Média de desempenho acadêmico feminino do curso TIC. 41

Figura 24 - comandos no Jupyter. 44

Figura 25 - Conteúdo do dataframe com os dados da biblioteca geral da UFSC. 45 Figura 26 - Empréstimos e Devoluções nos 10 anos da BSRA por curso. 46

Figura 27 - Renovações por curso nos 10 anos da BSARA. 46

Figura 28 - Empréstimos e tipos de obra do acervo. 47

Figura 29 - O comando utilizador no Jupyter com agrupamento de dados 47 Figura 30 - Comando para visualização dos dados através do gráfico pie 48

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Figura 32 - Tipos de Obra, Fisioterapia 48

Figura 33 - Tipos de Obras, Engenharia de Energia 49

Figura 34 - Tipos de Obras, Tecnologias da Informação e Comunicação 49

Figura 35 - Egressos 50

Figura 36 - Alunos de graduação 50

Figura 37 - Empréstimos, devoluções e renovações. 51

Figura 38 - Gráfico de barras de Empréstimos, devoluções e renovações. 52

Figura 39 - Empréstimos e devoluções. 53

Figura 40 - Dados do acervo físico e acesso online. 54

Figura 41 - Dados físicos e online. 55

Figura 42 - Dados do acervo físico e online. 55

Figura 43 - Médias das alunas (F) dos cursos TIC, TIC Diurno e ENC. 56

Figura 44 - Box Plot dos acessos da biblioteca por ano. 57

Figura 45 - Resultado da função de correlação dos dados. 57

Figura 46 - Resultado da correlação de Spearman. 58

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LISTA DE QUADROS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina BSARA - Biblioteca Setorial de Araranguá BD - Biblioteca digital

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior UO - Unidades Organizacionais

MEC - Ministério da Educação WWW - World Wide Web EaD - Educação a distância MEMEX - Memory Enhancing

UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ENE - Engenharia de Energia

ENC - Engenharia de Computação FISIO - Fisioterapia

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 15 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA ... 15 1.2 OBJETIVOS ... 16 1.2.1 Objetivo Geral ... 16 1.2.2 Objetivos Específicos ... 17 1.3 METODOLOGIA ... 17 1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ... 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 19

2.1 HISTÓRICO DAS BIBLIOTECAS NO MUNDO ... 19

2.1.1 Bibliotecas no Brasil ... 21

2.1.2 Biblioteca Setorial do Campus de Araranguá UFSC ... 22

2.2 O AVANÇO DAS TECNOLOGIAS ... 26

2.2.1 Internet ... 27

2.2.2 Tecnologias da Informação e Comunicação ... 29

2.3 BIBLIOTECAS DIGITAIS ... 30

2.4 BIBLIOTECAS HÍBRIDAS ... 32

2.4.1 Acervo Digital ... 33

2.5 CIÊNCIA DOS DADOS ... 34

2.6 PANDAS E OUTRAS BIBLIOTECAS PARA ANÁLISE DE DADOS ... 35

2.7 LIMPANDO E TRANSFORMANDO OS DADOS... 37

2.8 VISUALIZAÇÃO DE DADOS ... 38

2.9 DADOS ESTATÍSTICOS ... 39

2.9.1 Gráfico Box Plot ... 41

3 ANÁLISE DOS DADOS DA BSARA ... 43

3.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS POR CURSO ... 43

3.1.1 Análise de dados por categoria de usuário considerando os cursos de graduação49 3.1.2 Análise dos resultados por ano de funcionamento ... 51

3.2 LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ACESSOS NA UFSC ... 53

3.2.1 Comparação dos dados Desempenho dos Alunos e Acessos a Biblioteca. ... 56

4 CONCLUSÃO ... 60

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4.2 TRABALHOS FUTUROS ... 62 REFERÊNCIAS ... 63

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA

As primeiras bibliotecas físicas estão presentes desde 668 a.C., a primeira na história era composta por vinte e cinco mil placas de argilas, com textos sobre geografia, astrologia, religião e matemática, junto de suas memórias. A palavra “biblioteca” tem sua origem do grego biblíon (livro) e teke (caixa, depósito), portanto um depósito de livros (HOUAISS, 2001).

O surgimento de livros, de instituições de ensino e, posteriormente, de bibliotecas no Brasil, ocorreram a partir de 1549 com a instalação do Governo Geral, em Salvador (Bahia). A partir dessa data iniciaram as atividades relacionadas ao sistema educacional brasileiro e são, com o estabelecimento dos conventos de diversas ordens religiosas, principalmente da Companhia de Jesus - os Jesuítas - que foram formados os primeiros acervos no país. No Brasil, a história das bibliotecas até o início do século XIX é resumida da seguinte forma: inicia-se a partir das bibliotecas dos Conventos e Artigos Particulares, passa pela fundação da Biblioteca Nacional, que em 1807 com a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro trouxe a Real Biblioteca, mas que somente em 1824 foi aberta ao público. E com a criação da Biblioteca Pública da Bahia, fundada no dia 13 de maio de 1811, iniciando com apenas quatro mil livros. A partir desde momento essas instituições passam a disseminar-se por todo país, formando hoje uma rede de mais de 5.400 bibliotecas no Brasil (FERRAZ, 2014) (SANTOS, 2011).

A necessidade por informação e conhecimento levou a disseminação do uso das bibliotecas, gerando conteúdos em inúmeras áreas para que todos tivessem acesso. Outro fato importante, nas últimas décadas foi o surgimento da rede mundial de computadores, a Internet. Com o acesso a diversos tipos de mídias e informações de todos os tipos, passou a fomentar o desejo pelo compartilhamento e acesso das informações de uma forma mais globalizada, permitindo o acesso a qualquer momento e garantindo a mobilidade de seus usuários.

A tecnologia está presente constantemente no dia a dia, fazendo parte das rotinas seja para se locomover ou para se comunicar, a Internet surgiu em 1969, quando foi criada a

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“Arpanet”. Mas se popularizou, no Brasil, somente na década de 90. Mesmo sendo conceitos bem diferentes, ambos têm algo em comum, que é o armazenamento de dados e conteúdos, um sendo na “nuvem” e outro entre paredes. Considerando tecnologia e acervo, tem-se duas modalidades, biblioteca digital e a biblioteca híbrida. A biblioteca digital é uma plataforma online com milhares de exemplares, que abordam diversas áreas. Podendo ser acessada com ou sem Internet através de dispositivos, tais como, computadores, tablets ou smartphones. Já a biblioteca híbrida é uma combinação da biblioteca tradicional com a Internet, sendo através dos sistemas de empréstimos e dos computadores disponibilizados nos estabelecimentos para facilitar nas pesquisas dos livros ou arquivos.

Na Universidade Federal de Santa Catarina (USFC), no Campus de Araranguá, a biblioteca setorial utiliza o modelo de biblioteca híbrida. Disponibilizando três computadores para alunos fazerem suas pesquisas e tendo a plataforma Pergamum como principal agente. Mesmo utilizando esse modelo, a biblioteca se tornou refém da Internet, podendo fazer seus empréstimos e devoluções somente pelo sistema online, pois o sistema está interligado em toda a universidade que abrange a biblioteca central na sede em Florianópolis e as bibliotecas setoriais nas unidades externas ou campis.

O presente trabalho pretende pesquisar o tema sobre o uso da biblioteca e avaliar o impacto de recursos tecnológicos frente ao uso do acervo físico. Dois anos de estágio na biblioteca setorial de Araranguá (BSARA) motivaram o desenvolvimento do trabalho, neste período foi acompanhado o acesso dos acadêmicos e o funcionamento da biblioteca e do sistema integrado Pergamum. Considerando a velocidade em que a tecnologia tem evoluído, é possível prever o que acontecerá com as bibliotecas? Nos últimos anos, diminuíram os acessos físicos e aumentaram os digitais? Quais as vantagens e desvantagens presentes em diferentes tipos de bibliotecas?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Realizar um estudo sobre as bibliotecas convencionais e digitais, avaliando o impacto das mídias digitais neste contexto.

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1.2.2 Objetivos Específicos

Para atingir o objetivo geral, o desenvolvimento da pesquisa irá contar com alguns objetivos específicos.

 Um estudo sobre as primeiras bibliotecas convencionais e digitais, juntamente com um estudo sobre o inicio da tecnologia no mundo.

 Levantar e examinar dados obtidos pela biblioteca setorial do campus de Araranguá desde o início de seu funcionamento;

 Pesquisar sobre ciência de dados e uso de ferramentas para análise de dados;  Comparar os dados de empréstimos digitais com os empréstimos físicos

durante os últimos dez anos.

 Avaliar o modelo de biblioteca da UFSC e com base nos estudos definir se é o melhor modelo conforme as pesquisas ao longo do trabalho.

1.3 METODOLOGIA

A metodologia empregada no presente trabalho foi pesquisas bibliográficas e pesquisas através do acesso do Portal da Capes para a verificação de artigos que pudessem contribuir com o desenvolvimento do trabalho.

A coleta de dados foi fornecida pela bibliotecária da BSARA, e através do uso de técnicas e ferramentas específicas para análise de dados foram realizadas avaliações sobre o conteúdo dos dados e detalhadas no Capítulo 3.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O presente trabalho está organizado da seguinte forma:

 Introdução: a contextualização, justificativa e motivação para a realização do presente trabalho foram apresentadas. Ainda os objetivos que nortearam o desenvolvimento, a metodologia empregada e a organização do texto encontram-se neste capítulo inicial.

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 Capítulo 2 - Fundamentação Teórica: a fundamentação teórica necessária para o embasamento do trabalho está descrita no segundo capítulo. Informações a respeito do histórico e utilização das bibliotecas de acervo físico e digital. São apresentadas questões a respeito do avanço das tecnologias e mídias digitais. E por fim, uma breve seção com os conceitos necessários para a compreensão da análise de dados empregando ciência de dados.

 Capítulo 3 - Análise dos Dados da BSARA: no terceiro capítulo são descritos os processos relacionados a análise dos dados da BSARA. Os conceitos empregados e as bibliotecas utilizadas bem como todas as questões relacionadas ao desenvolvimento prático das análises de dados estão descritos neste capítulo.

 Conclusões e Referências Bibliográficas: As considerações finais do trabalho e as devidas bibliografias consultadas na elaboração do trabalho estão nestes capítulos finais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo será apresentada a estrutura teórica dos estudos. A seção 2.1 contará com um breve histórico das bibliotecas ao longo dos anos, se dividindo em duas seções terciárias, 2.1.1 bibliotecas no Brasil e 2.1.2 Biblioteca Setorial do Campus de Araranguá UFSC e uma seção quartanária 2.1.2.1 sobre o sistema Pergamum. A seção 2.2 conta com o avanço das tecnologias num contexto geral, e se dividindo em algumas seções sendo elas 2.2.1 Internet e 2.2.2 Tecnologias da Informação e Comunicação. Seções secundárias sobre 2.3 Bibliotecas digitais e 2.4 Bibliotecas híbridas, entrando numa seção terciária sobre 2.4.1 Acervo digital. As seções 2.5 Ciência de dados, 2.6 Pandas e outras bibliotecas, 2.7 Limpeza dos dados, 2.9 Visualização dos Dados e 2.9 Dados estatísticos com uma seção terciária, 2.9.1 Gráfico Box estarão presentes nesta seção também, apresentando noções sobre ciência de dados e ferramentas para a análise de dados.

2.1 HISTÓRICO DAS BIBLIOTECAS NO MUNDO

A partir da pesquisa do tema, identificou-se que foram muitas as bibliotecas na Antiguidade e é interessante ressaltar que eram bastante distintas entre si. As diferenças entre elas se davam de acordo com o tipo de suporte que fazia parte de seu acervo (...). Nesse período, as bibliotecas não tinham um caráter público e serviam apenas como um depósito de livros, sendo mais um local em que se escondiam os livros do que um lugar onde eram preservados e difundidos (MARTINS, 2001).

As bibliotecas são mesmo imprescindíveis para a preservação e conservação do conhecimento. Desde sempre a humanidade apresenta um grande desejo de informação, onde se preocupam em registrar todo o conhecimento que produzem. E com isso tem-se a criação das bibliotecas, um lugar para armazenar os milhares de registros em todas as áreas de conhecimento, com sua forte presença na sociedade.

A primeira biblioteca presente no mundo foi a biblioteca de Nínive, que pertencia ao Rei Assurbanípal II. O acervo da biblioteca era documentado em blocos de argila cozida e escrita em caracteres cuneiformes que remontam o século IX a.C. (MARTINS 2001.), como demonstra a

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Figura 1.

Figura 1- A exemplar da biblioteca de Nínive.

Fonte: Biblioteca em foco.

A biblioteca de Alexandria, segundo Earl Hunsinger do site Buzzle afirma que, os historiadores acreditam que a tal biblioteca no Egito foi fundada por volta do século 3 a.C. por Ptolomeu II. “Reuniu o maior acervo de cultura e ciência da Antiguidade” (SANTOS, 2012). O acervo se formava com rolos de pergaminhos, todo seu conteúdo era produzido à mão através de tintas em rolos feitos geralmente com pele de animais (Figura 2).

Figura 2 - Maior acervo do Egito no Sec. III.

Fonte: Book Clubbish.

Com o surgimento das universidades, também apareceram às bibliotecas universitárias na Idade Moderna. Uma das mais antigas bibliotecas universitárias que ainda está funcionando nos dias de hoje, é a Biblioteca de Merton College na Universidade de

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Oxford, apresentada na Figura 3. Remonta a 1373, cujo acervo foi enriquecido com a contribuição pessoal dos alunos, que foram convidados pelo Arcebispo de Canterbury, a deixar os livros que traziam com eles ou que adquiriram durante seu percurso acadêmico na Universidade.

Figura 3 - Biblioteca de Oxford.

Fonte: O livro de areia, 2007.

2.1.1 Bibliotecas no Brasil

No período colonial, havia somente bibliotecas particulares e as que faziam parte dos conventos, quase todas pessimamente mantidas e sem proporcionar, como é natural, nenhum benefício a coletividade. [...], entretanto, lembrar que algumas grandes bibliotecas particulares, datando da colônia, vieram, afinal, a enriquecer o patrimônio da Biblioteca então chamada Real (MARTINS, 2001).

A primeira biblioteca pública brasileira é a atual Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Janeiro, fundada em 1808 (

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Figura 4). Seu acervo constitui-se da livraria que o Rei de Portugal organizava para a Real Biblioteca da Ajuda, transportado por D. João VI para o Rio de Janeiro, contando com cerca de 60 mil peças.

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Figura 4 - Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro

Fonte: (IBGE).

Após três anos da grande inauguração no Rio de Janeiro, em 13 de março de 1811 a Bahia teve a segunda biblioteca pública brasileira instituída. Santos Marrocos teve a iniciativa de remeter para a biblioteca da Bahia, então recém-fundada e tão desprovida, todos os livros de que a do Rio de Janeiro possuísse mais de um exemplar. Segundo o Guia das bibliotecas brasileiras (2. Ed.), o acervo da biblioteca era de 85 783 volumes e 46 314 exemplares.

Fundada em 1925, a Biblioteca Mário de Andrade foi uma das maiores bibliotecas brasileira instalada num edifício de 24 andares e disponibilizando um valioso acervo. A biblioteca fica localizada em São Paulo e resultou da absorção da antiga biblioteca pública municipal, de diversas livrarias e da biblioteca Pública do Estado. Seu acervo abrangia mais de 310 000 volumes em livros e aproximadamente 11 000 títulos de periódicos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1984 o Brasil continha 3.250 bibliotecas públicas pelo país. Em 2002, 78,6% dos municípios brasileiros disponibiliza o espaço de leitura pública. Ainda segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a proporção de cidades com bibliotecas subiu de 76,3% para 97,1%, no período de 1999 e 2014, dos 5.570 municípios, apenas 112 ainda não possuíam uma biblioteca pública. Atualmente, tem 7.166 bibliotecas cadastradas no Sistema Nacional de Bibliotecas do Ministério da Cultura.

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Segundo Otlet (1989), uma biblioteca universitária se destina aos estudantes, aos professores, aos especialistas e aos pesquisadores (NUNES; CARVALHO, 2016). Além delas, as bibliotecas científicas se organizam dentro de institutos de pesquisa, mesmo sendo destinadas aos professores e alunos, essas bibliotecas podem ser acessíveis ao público em geral.

A Universidade Federal do Campus de Araranguá foi fundada em novembro de 2008, com seu primeiro curso em agosto de 2009. A Biblioteca Setorial do Campus de Araranguá iniciou suas atividades em 01 de março de 2010, para atender as demandas informacionais dos discentes, docentes e técnicos do Campus, contando com 294 exemplares em seu acervo.

Atualmente, a biblioteca tem 2.921 títulos com o total de 14.002 exemplares em diversas áreas e dispõem de três computadores para pesquisas de tais exemplares ou pesquisas bibliográficas no portal da CAPES e outras bases de dados, para 1.126 alunos regulares da graduação e 141 alunos regulares da pós, presentes no campus.

A BSARA tem como missão, prestar serviços de informação à comunidade universitária para contribuir com a construção do conhecimento e o desenvolvimento da sociedade. Atribuindo alguns dos seguintes serviços:

 Consulta local;

 Empréstimo domiciliar;  Acesso wireless;

 Computação bibliográfica;

 Orientação à pesquisa e normalização de trabalhos técnico-científicos;  Programa de Capacitação;

 Mecanismo online para referências.

A BSARA tem como principal agente, o Sistema Integrado de Bibliotecas, o Pergamum, utilizado por alunos, professores e técnicos. O sistema tem como finalidade ajudar no processo de modernização das bibliotecas, tornando a biblioteca setorial de Araranguá uma biblioteca híbrida.

2.1.2.1 Pergamum - Sistema Integrado de Bibliotecas

O sistema de automação Pergamum - Sistema Integrado de Bibliotecas teve suas atividades iniciadas em 1996, é um software pertencente à Associação Paranaense de Cultura

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e constituído pelas instituições usuárias. Atualmente a rede atua em mais de 49 países, totalizando mais de 600 instituições e mais de 10.000 bibliotecas. O software é utilizado em diversas instituições, algumas delas sendo instituições de ensino superior, ministérios, prefeituras, instituições de ensino médio e fundamental, bibliotecas de uso pessoal, entre outras.

Com o avanço constante das tecnologias, as bibliotecas também inovaram e se adaptaram às evoluções utilizando serviços de gerenciamento em softwares. O Sistema Integrado Pergamum reproduz algumas funções que são essenciais nas bibliotecas, entre elas os empréstimos e as devoluções de materiais, a catalogação, o controle de usuários e os empréstimos entre bibliotecas, a Fonte: autorFigura 5 mostra a página inicial do sistema.

Figura 5 - Tela pergamum

Fonte: autor

O sistema Pergamum na rede de bibliotecas da UFSC dispõe diversas funções, no acesso dos bolsistas, conta com três seleções: circulação de materiais, usuários e catalogação.

 Circulação de materiais

É a parte do software responsável por realizar toda a circulação dos materiais cadastrados na biblioteca. Algumas funções que fazem parte da circulação, os empréstimos, as devoluções, afastamento, consultas e outros.

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Figura 6 - Função Circulação de materiais

Fonte: Autor

 Usuários

É a parte do software responsável por realizar o controle dos usuários matriculados na Universidade Federal de Santa Catarina, sendo alunos, professores ou funcionários, cadastrando-os no sistema Pergamum.

Figura 7 - Função Usuários.

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 Catalogação

É a parte do software responsável por realizar o cadastro, recuperação e controle de diversos materiais disponibilizados na biblioteca.

Figura 8 - Função Catalogação.

Fonte: autor.

O sistema permite recuperar todos os dados de utilização ao longo dos anos, tanto nas bibliotecas setoriais quanto na biblioteca central. Através dos dados de relatórios gerados pelo sistema que serão possíveis as análises de dados do trabalho. E desta forma, poder entender sobre o funcionamento e acesso do acervo físico e online da UFSC.

2.2 O AVANÇO DAS TECNOLOGIAS

Com inúmeros conceitos e definições gerais, a tecnologia tem seu termo do grego tekhne que significa técnica ou arte, e logos que significa estudo de. O professor Jung (2009) explica que a tecnologia é a aplicação do conhecimento cientifico às propriedades da matéria e da energia, de forma a serem desenvolvidos novos produtos e processos destinados a reduzir o esforço humano.

A tecnologia está presente no dia a dia da sociedade desde os inícios dos tempos com sinais de que tenham surgido há mais de 50 mil anos. Cupani (2014) afirma que, por mais que

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as pessoas ainda associam espontaneamente com algum objeto mais sofisticado, a tecnologia vai desde a instalação elétrica em um prédio até o conjunto de dispositivos que permite uma cirurgia. Portanto, segundo este autor, a tecnologia vai muito além de dispositivos e aparelhos eletroeletrônicos e digitais.

Há indícios que nos fazem acreditar que a primeira tecnologia foi à descoberta do fogo, marcando o avanço do progresso, outro marco nessa área seriam as ferramentas elaboradas com pedras, descoberta na Etiópia por volta de 2,5 milhões de anos atrás. Essas invenções no período primitivo foram somente o começo para o mundo como conhecemos hoje, com todas suas invenções e avanços. Segundo Karasinski do TecMundo, um site da Internet sobre tecnologia, na época medieval se sobressaíram as tecnologias associadas à engenharia, gerando o desenvolvimento das grandes cidades, estradas e aquedutos. Não demorou a separarem as tecnologias por áreas, estudando suas técnicas em campos diferentes, áreas como:  Tecnologia de defesa;  Tecnologia Militar;  Tecnologia Têxtil;  Tecnologia Medicinal;  Tecnologia Educacional;  Tecnologia Mecânica;  Tecnologia da Informação. 2.2.1 Internet

A Web não está concluída, é apenas a ponta do iceberg. As novas mudanças irão balançar o mundo ainda mais (Tim Berners-Lee)

A Internet é uma das tecnologias que teve maior impacto no mundo, é uma rede mundial de computadores, que possibilitam o acesso e troca de informações a qualquer hora. Por mais que pareça ser algo recente, a internet está presente desde 1969 sendo um trabalho de peritos militares norte-americanos, chamado ARPANET, uma rede eletrônica de dados que para gerar maior confiabilidade os dados eram armazenados em diversos computadores, se houvesse mudança em um dos dados, estes deveriam ser atualizados em todos os computadores simultaneamente. Sua popularização surgiu através dos conceitos e idealização

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da web, um sistema de hipertexto conhecida como Word Wide Web, em 1989 por Tim Berners-Lee (Figura 9).

Figura 9 - Criador da WWW.

Fonte: (COINTIMES... 2019).

Segundo Abdalla e Guesse (2012) a internet é uma rede pública de comunicação de dados, com controle descentralizado e que utiliza o conjunto de protocolos TCP/IP como base para a estrutura de comunicação e seus serviços de rede. Isto se deve ao fato de que a arquitetura TCP/IP fornece não somente os protocolos que habilitam a comunicação de dados entre redes, mas também define uma série de aplicações que contribuem para a eficiência e sucesso da arquitetura. Entre os serviços mais conhecidos da Internet, temos o correio-eletrônico (protocolos, POP3), a emulação remota de terminal (Telnet) e o acesso à informação hipermídia (HTTP, WWW) (CARDOSO, 2016).

No começo a internet era de difícil acesso para a sociedade, somente em 1993 ficou disponível para acesso residencial e empresarial no mundo, porém devido ao seu alto custo e a maioria de seus serviços serem pagos a dificuldade permaneceu. A Internet teve dois momentos que marcaram sua história, sendo Web 1.0 e Web 2.0.

A Web 1.0 teve sua relevância, pois alcançou grandes avanços como rapidez e facilidades no acesso à informação. A Web 2.0 foi anunciada em uma conferência, desenvolvida através de uma sessão de brainstorming entre as empresas O’Reilly Media e MediaLive International, em 2003. Sua maior inovação foi às ferramentas colaborativas, que permitem usuários realizarem atividades colaborativas mesmo distantes. Segundo Coutinho e

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Bottentuit (2007) nesse momento que as pessoas começaram a produzir seus próprios conteúdos e publicá-los online, sem precisar ter conhecimentos sobre programação. Como exemplos dessas ferramentas colaborativas temos as redes sociais (Facebook, Twitter...), na

Figura 10 podemos observar melhor algumas dessas ferramentas. A grande contribuição da Web 2.0 foi permitir a colaboração e que os usuários passassem a avaliar os sistemas e conteúdos disponíveis na Web. Modificando a idéia inicial do conteúdo pronto através de hipertexto. Com estes avanços, surgiram também aplicativos e as mídias sociais e compartilhamento de dados passou a integrar-se na vida cotidiana das pessoas.

Figura 10 - Ferramentas Colaborativas.

Fonte: (FERRAMENTAS COLABORATIVAS).

2.2.2 Tecnologias da Informação e Comunicação

Criadas por volta da Terceira Revolução Industrial e aos poucos foi se desenvolvendo durante a década de 70 e em 2008 no Brasil se destacou devido as Educação a distâncias (EaD’s). As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) podem ser definidas como um conjunto de recursos tecnológicos anexados entre si, com um objetivo comum, possibilitando a comunicação dos processos, ensino e aprendizagem através das funções de hardware, software e telecomunicações. A inserção de suas utilizações encontra-se nos mais diversos campos sociais, podendo ser no comércio ou até mesmo na educação. O uso de tais tecnologias tem como um dos objetivos de aprimorar a aprendizagem dos indivíduos e assim melhorar os processos de ensino e de aprendizagem.

É importante lembrar que a forma como tais indivíduos aprendem e absorvem o conhecimento diante aos campos tecnológicos e educacionais são diferentes. “Aprendizagem

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corresponde à capacidade de aprender novas habilidades, de assimilar novos conceitos, de avaliar novas situações, lidar com o inesperado” (PAPERT, 1994).

Segundo Pacievitch a área mais favorecida com as Tecnologias da Informação e Comunicação é a educação, na presencial as TIC’s são vistas como potencializadora dos processos de ensino. Com essa inovação tecnológica se possibilitou que pessoas de variadas idades e desprovidas de educação tivessem acesso a diversos cursos, através das aulas de Educação à Distância.

2.3 BIBLIOTECAS DIGITAIS

Quando utiliza-se o termo biblioteca digital (BD) existem diversos conceitos que podem ser destacados, entre eles, Dias (2001) “a biblioteca digital parece estar se firmando como um conjunto de artefatos, conhecimento, práticas e uma comunidade que engendra compromissos realísticos assumidos por profissionais da informação, analistas de sistemas e usuários. E segundo Rosetto (2008) a BD contempla documentos gerados ou transpostos para o ambiente digital, um serviço de informação no qual todos os recursos são disponíveis na forma de processamento eletrônico.

A primeira união das bibliotecas e da tecnologia foi em 1945, com o Memory Extension ou Extension ou MEMEX, projetado por Vannevar Bush, como mostra na

(32)

Figura 11. O dispositivo tinha a capacidade de armazenar textos e imagens, criando associações entre eles.

Um futuro dispositivo para uso individual que seja uma espécie de arquivo e biblioteca privada mecanizada. Precisa-se de um nome, e escolhemos um ao acaso, MEMEX. Um MEMEX é um dispositivo em que um indivíduo armazena todos os seus livros, dados e mensagens, estando mecanizado de tal maneira que possa ser consultado com grande velocidade e flexibilidade. (...) parece uma mesa de escritório. (...) A grande massa do material se guarda em microfilme. Somente uma pequena parte do interior do MEMEX está dedicada à memória, o resto é o mecanismo. Se o usuário produzisse 5.000 páginas de material por dia, levaria centenas de anos para completar o depósito de modo que se pode introduzir material à vontade. (...) Se o usuário deseja consultar um determinado livro, digita o código no teclado e o título do livro aparece em seguida, projetado sobre uma das telas. (...) Desta forma, pode-se solicitar qualquer livro de sua biblioteca e consultá-lo de forma mais fácil do que se tivesse que retirá-lo de uma estante. (BUSH, 1945, p 102 – 104).

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Figura 11 -Memex.

Fonte: (GONZATTO... 2014).

Atualmente, encontram-se centenas de bibliotecas digitais pelo mundo online, diversas delas tendo seu acesso totalmente gratuito e simples. Chegando de forma revolucionária as BD mudaram o jeito de empréstimos de livros, podendo realizar esta ação de qualquer lugar e independente do seu horário de funcionamento, desde o conforto da sua casa até mesmo se estiver viajando, apenas precisa de algum aparelho eletrônico e acesso a internet.

Existem bibliotecas de todos os assuntos, alguns específicos e outros gerais como as bibliotecas tradicionais. O portal Domínio Público disponibilizou online a poesia completa de Fernando Pessoa e em parceria com a UFSC disponibilizou a coleção do Machado de Assis, dispondo a obra completa do autor (

Figura 12).

(34)

Fonte: autor.

Em abril de 2009, foi lançado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) a Biblioteca Digital Mundial fornecendo de forma gratuita e em formato multilíngue, diversos conteúdos de fontes provenientes de países e culturas ao redor do mundo. O site conta com 19.147 itens sobre 192 países entre 8000 a.C. e 2000, de fácil acesso e simples de utilizar (Figura 13).

Figura 13 - Biblioteca Digital Mundial.

Fonte: autor.

2.4 BIBLIOTECAS HÍBRIDAS

Com os conceitos das bibliotecas tradicionais e bibliotecas digitais já apresentados, tem-se em muitos casos, uma fusão dos dois conceitos, sendo chamado de biblioteca híbrida.

(35)

Garcez e Rados (2002) citam que “de acordo com Rusch-Feja (1999), a biblioteca híbrida deve integrar o acesso a diferentes tecnologias para o mundo da biblioteca digital e através de diferentes mídias.” Essa definição de biblioteca é um meio termo, não podendo ser totalmente impressa e nem totalmente digital.

As bibliotecas híbridas preenchem os espaços que faltam nas bibliotecas tradicionais, sendo de grande importância para os cursos à distância. Os exemplares dos livros nas bibliotecas não conseguem atender a demanda de todos os alunos, principalmente nas grandes universidades, disponibilizando-os online é uma ajuda para os estudantes que ficam sem acesso aos exemplares. “A biblioteca híbrida é designada para agregar diferentes tecnologias, diferentes fontes, refletindo o estado que hoje não é completamente digital, nem completamente impresso, utilizando tecnologias disponíveis para unir, em uma só biblioteca, o melhor dos dois mundos (GARCEZ E RADOS, 2002).”

Figura 14 - Integração de bens e serviços prestados em bibliotecas híbridas

Fonte: Garcez e Rados.

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É um jeito de preservar as publicações armazenando-as em nuvens online, independe da sua data de divulgação. Segundo o site Maven (2019), os acontecimentos e fatos históricos não são esquecidos, pois estão disponíveis para qualquer um que tenha interesse em assuntos que não sejam atuais. Além disso, as universidades passaram a disponibilizar todos os textos produzidos em cursos de graduação, mestrado e doutorado no formato de acervo digital. Reduzindo a necessidade de espaço físico nas bibliotecas e ampliando a divulgação do conhecimento produzido pela comunidade. Tem sido de suma importância para o auxílio e desenvolvimento de pesquisas científicas e estudos acadêmicos. O acervo digital facilita o acesso aos materiais, podendo ser acessado através de smartphones, tablets ou computadores. Praticamente, todas as instituições de ensino adotam este sistema on line para a divulgação da produção acadêmica dos cursos.

2.5 CIÊNCIA DOS DADOS

Com o crescimento de uso de sistemas e mídias digitais, tem sido armazenado um grande volume de dados. São websites rastreando cliques de usuários, smartphones registrando informações de localização e sua velocidade, atletas avaliados através de dispositivos que medem a frequência cardíaca e o registro de atividades físicas. Se parar para analisar, surgirão inúmeros exemplos de registros de dados no dia a dia das pessoas. A área conhecida por BigData passou a ser uma das áreas mais importantes na modernidade. Como explorar e retirar informações de milhares de dados armazenados nos diferentes tipos de dados disponíveis.

Figura 15 - Ciência dos dados.

(37)

A ciência dos dados auxilia na tomada de decisões das organizações, permite realizar análises de previsão com os dados armazenados, e pode ainda, identificar reconhecimento de padrões nos dados do conjunto de dataset. Como pode ser acompanhado pelo diagrama da

Figura 15, os dados são obtidos do mundo real através de sistemas de banco de dados ou similares, os dados são transformados em dados para a leitura e análise de ferramentas computacionais, posteriormente são processados e avaliados, os dados passam a fazer sentido após a análise e a partir daí poderão gerar novos conhecimentos úteis para a organização (HOW... 2019) .

Datascience ou ciência dos dados é um campo em evidência e que necessitará de muitos cientistas de dados nos próximos dez anos. Esta área envolve, sobretudo, um conhecimento na área de estatística e matemática, mas com o avanço dos recursos tecnológicos e um pouco de estudo sobre as bibliotecas e Phyton é possível utilizar estes recursos de maneira muito ágil (GRUS, 2006).

2.6 PANDAS E OUTRAS BIBLIOTECAS PARA ANÁLISE DE DADOS

O Pandas é uma ferramenta essencial para quem quer aprender ciência dos dados de maneira rápida e eficiente. Diferente de outras linguagens e bibliotecas de programação ele contém estruturas de dados e ferramentas de manipulação de dados projetadas para agilizar e facilitar a limpeza e análise de dados utilizando a linguagem Python.

Além do Pandas, são necessários conhecimentos de outras bibliotecas da linguagem, tais como, NumPy e SciPy para processamento numérico e bibliotecas de visualização de dados, como por exemplo, Matplotlib e Seaborn. O processamento baseado em arrays, especialmente de funções baseadas em arrays permite o processamento dos dados sem os comandos de repetição for.

Um dataframe representa uma tabela de dados que contém uma coleção de colunas, em que cada uma delas, poderá ter um tipo de valor diferente (numérico, string, booleano, etc). Todo dataframe é indexado. Uma das funções muito empregadas em análise de dados com tabelas e conjuntos de dados é chamada de agregação de dados ou agrupamento.

(38)

Por exemplo, os dados foram gerados para mostrar ano a ano, as operações realizadas pelo grupo de cursos de graduação que utilizam a biblioteca setorial de Araranguá (BSARA). Neste caso, para saber quais são os movimentos por curso, por exemplo, número de empréstimos ano a ano que foram realizados, necessita-se utilizar um agrupamento através da função GroupBy.

(39)

Figura 16 - Agrupamento de dados.

Fonte: autor.

Ao longo da análise de dados diversos agrupamentos de dados foram necessários para compreender a relação entre as informações disponíveis no dataset. Dependo do tipo de análise após o agrupamento, foram ainda realizadas funções estatísticas de média aritmética mean() ou de soma sum() para que os dados dos gráficos pudessem ser gerados conforme a demanda. A

(40)

Figura 16 acima, apresenta um exemplo gráfico de como os dados podem ser agrupados considerando o dataset de dados da BSARA. Estas operações serão demonstradas

no próximo capítulo sobre a análise de dados. Abaixo, a

Figura 17 mostra como ficam os dados agrupados conforme descritos na figura anterior. Neste caso, empregando a função mean() que calcula a média dos dados agrupados nos valores numéricos do grupo, no exemplo, a coleção denominada total.

Figura 17 - Execução dos comandos GroupBy e mean().

Fonte: autor.

2.7 LIMPANDO E TRANSFORMANDO OS DADOS

Os dados fornecidos pelo mundo real muitas vezes são inadequados para o processamento eficiente e confiável de ferramentas de análise de dados. Como por exemplo, estes dados contêm caracteres especiais que na hora de imprimir o resultado na tela, não são reconhecidos e apresentam um resultado esteticamente ruim e inaceitável. Muitas vezes não se é possível compreender o conteúdo por conta destes caracteres. Além disso, segundo a literatura, no dataset não pode haver dados faltantes (GRUS, 2006). Há necessidade de preencher campos vazios. E quando estiver utilizando as bibliotecas e ferramentas de Python necessitam converter dados no formato strings reais (float) ou inteiros (int).

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Fonte: autor.

A

Figura 18 apresenta os comandos de leitura dos dados do arquivo e o comando head() para listar as cinco primeiras linhas do dataset. O resultado mostra o conjunto de dados antes da limpeza e manipulação dos dados. É muito comum, antes de utilizar um conjunto de dados adequar os caracteres e conteúdos antes de utilizar os dados para a análise. AErro! Fonte de referência não encontrada.

(42)

Figura 19 mostra os dados após a limpeza e ajuste dos caracteres, retiradas de espaços vazios e alteração de caracteres especiais, bem como mudanças dos nomes dos cursos e 511 - Campus Araranguá para CTS/ARA, por exemplo.

(43)

Figura 19 - Dados do dataset após a limpeza e manipulação dos dados.

Fonte: autor.

2.8 VISUALIZAÇÃO DE DADOS

Uma das tarefas mais importantes em ciência de dados, sem dúvida, é a visualização dos dados. Considerada parte do processo de exploração, pode ajudar a identificar valores discrepantes ou transformações necessárias nos dados, ou como, forma de gerar ideias sobre os modelos analisados. A biblioteca matplotlib é um pacote de gráficos para desktop, projetada para criar gráficos de qualidade, para a publicação em grande maioria bidimensionais. Esta biblioteca tem sido desenvolvida pelas comunidades de Matplotlib e Jupyter, e aceita vários backends de GUI (Graphical User Interfaces) em todos os sistemas operacionais e permite salvar (através do comando savefig()) as visualizações em diversos formatos de imagem (pdf, png, svg, jpg, bmp, gif). A seguir algumas considerações a respeito dos gráficos gerados no próximo capítulo (GRUS, 2006) (MCKINNEY, 2018).

Outra biblioteca empregada é o Seaborn, considerada complementar ao Matplotlib e visa especificamente a visualização de dados estatísticos.

 Gráficos de Barra: este tipo de gráfico é extremamente útil para visualizar um conjunto particular de itens.

 Gráficos de Pizza: outro recurso de visualização utilizado na análise dos dados. Permite comparar a proporção de cada valor analisado. A Figura 20

mostra os dois tipos de gráficos para os totais de empréstimos por ano, especificamente do Curso TIC entre 2014 e 2019.

(44)
(45)

Quadro 1 - Exemplo de código utilizado.

Fonte: autor.

Figura 20 - Gráficos de barra e pizza com empréstimos do curso TIC por ano.

Fonte: autor.

2.9 DADOS ESTATÍSTICOS

Entre os conceitos básicos de estatística encontram-se as chamadas Medidas de Tendência Central, que são: a média aritmética, o desvio padrão, a mediana, a amplitude, a variância, a covariância e a correlação. Para a análise dos dados do trabalho, alguns conceitos são importantes ressaltar e podem ser visualizados na Figura 21 da forma como são acessados

import matplotlib

import matplotlib.pyplot as plt import numpy as np

gf = pd.read_csv("dados_anos.csv", sep = ";")

cont = gf[(gf.tipo_dado=="E")&(gf.categoria_usuario=="1 - Alunos Graduacao")&(gf.nome_curso=="5652 - TIC")].total.values

anos= gf[(gf.tipo_dado=="E")&(gf.categoria_usuario=="1 - Alunos Graduacao")&(gf.nome_curso=="5652 - TIC")].ano.values

plt.style.use("ggplot") plt.figure(figsize = (24, 8)) plt.subplot(1, 2, 1)

plt.bar(anos, cont, ec = "k", alpha = .6, color = "royalblue") plt.xlabel("Ano")

plt.title("emprestimos por ano TIC") plt.subplot(1, 2, 2)

plt.pie(cont,

labels = list(anos),

colors = ["#20257c", "#424ad1", "#6a8ee8", "#66bbe2", "#66dee2", "#6ce2cb", "#6ad187", "#3b7f5b"],

labeldistance = 1.1, wedgeprops = {"ec": "k"}, textprops = {"fontsize": 10},)

plt.axis("equal")

plt.title("Emprestimos por ano") plt.legend()

plt.savefig("testeTIC.png") plt.show()

(46)

no Pandas/Python. A média aritmética é uma medida de tendência central na qual todos os valores desempenham igual papel. Serve como ponto de equilíbrio em um conjunto de dados. É a soma de todos os valores pela quantidade de valores do conjunto de dados. A amplitude é o maior valor menos o menor valor. E o desvio é a raiz quadrada do somatório de todas as diferenças em torno da média aritmética, elevadas ao quadrado dividido pelo tamanho da amostra menos 1. O coeficiente de correlação mede a força relativa de uma reação linear entre duas variáveis numéricas. A mediana é o valor do meio em uma disposição ordenada de dados classificados do menor para o maior. Normalmente, em um conjunto de dados a metade dos valores é menor ou igual a mediana. A mediana é uma medida que não é afetada por valores extremos. (LEVINE et al., 2011)

Figura 21 - Estatísticas do conjunto de dados.

Fonte: autor.

A covariância é uma medida do grau de inter-relação numérica entre duas variáveis aleatórias. No entanto, apesar da covariância medir a força de uma relação linear entre duas variáveis numéricas, ela apresenta uma deficiência significativa como medida de relação linear. Ela pode assumir qualquer valor, na Figura 22 é possível observar que o valor da covariância entre a média e os dados da biblioteca assume valores quaisquer, e, portanto, não é possível determinar a força relativa da relação. Ou seja, não há como afirmar se as variáveis

(47)

são fortemente relacionadas ou não. Para este caso é melhor utilizar a coeficiente de correlação (LEVINE et al., 2011).

Figura 22 - Covariância dos dados.

Fonte: autor.

Para comparar dados distintos existem ainda algumas ferramentas que auxiliam neste processo. É o caso de gráficos Box Plot e comparações com a distribuição normal. Estes gráficos são possíveis com o auxílio de recursos como o Seaborn, que é uma outra biblioteca avançada para visualização de dados.

2.9.1 Gráfico Box Plot

Os gráficos do tipo Box Plot são representações gráficas dos cinco números, para isso empregamos os conceitos de quartis que são divisões do conjunto de dados em quatro partes iguais. Na Figura 23 é possível observar que existe um valor extremo ("outlier") representado pelo círculo que está fora da mediana e do primeiro quartil.

Figura 23 - Média de desempenho acadêmico feminino do curso TIC.

(48)

O primeiro quartil Q1 divide os valores que correspondem a 25% mais baixos dos outros 75% que são maiores do que eles. O segundo quartil, Q2 é a mediana. 50% são menores que a mediana e 50% são maiores que a mediana. O terceiro quartil Q3 divide a parcela correspondente a 75% dos valores mais baixos dos outros 25% são mais altos do que eles. É possível medir a amplitude entre os quartis, subtraindo o Q3 do Q1. Estes gráficos se baseiam nos 5 números principais da amostra: Xmenor, Q1, Mediana, Q3, Xmaior. O Xmenor é o limite inferior, geralmente, 1,5 vezes o corte do 1º quartil e o limite superior (X maior) sendo 1,5 vezes o corte do 3º quartil. O corte do segundo quartil é igual ao valor da mediana. E Outliers são observações atípicas, muito afastadas da maioria dos dados. Num Box Plot esses valores podem ficar muito abaixo do limite inferior ou muito acima do limite superior.

(49)

3 ANÁLISE DOS DADOS DA BSARA

3.1 LEVANTAMENTO DOS DADOS POR CURSO

Foram utilizados dados do Pergamum de 10 anos de funcionamento da biblioteca setorial de Araranguá (BSARA). Utilizando as bibliotecas de análise de dados do Phyton: Pandas, Numpy e Matplotlib para a geração dos gráficos e outros recursos da linguagem. Apresenta-se agora uma breve análise dos dados da BSARA.

Segundo McKinney (2018), durante a análise e modelagem de dados, um período significativo de tempo é gasto para sua preparação: limpando, transformando e reorganizando os dados. A limpeza dos dados, no caso dos dados da biblioteca, foi feita para a retirada de acentos, cedilhas, espaços vazios e caracteres especiais que poderiam atrapalhar na pesquisa e utilização dos filtros. Foram padronizados todos os arquivos de dados, substituindo palavras extremamente longas, tais como os nomes dos cursos, optando por utilizar palavras curtas para facilitar a leitura dos resultados. Para isso foram utilizados recursos do Notepad e os arquivos salvo no formato CSV.

No trabalho foi utilizado o Anaconda Navigator, ele agrega todas as ferramentas necessárias necessárias para iniciar tarefas de análise de dados com Phyton, em um único arquivo de instalação. Neste trabalho, além das bibliotecas já mencionadas, foi utilizado o Jupyter Notebook, para a execução dos comandos para a análise de dados. A

(50)
(51)

Figura 24 - comandos no Jupyter.

Fonte: autor.

Para todos os arquivos de dados foi utilizado e salvo um notebook do Jupyter com os

comandos empregados para a geração dos gráficos e agrupamento de dados para as análises. As primeiras operações que precisam ser realizadas são importar as bibliotecas e depois abrir o arquivo de dados e colocar em um dataframe. O dataframe carrega todos os dados do arquivo que podem ser manipulados. Após aberto, é possível verificar qual o conteúdo do dataframe, utilizando o comando info(). A

(52)

Figura 24 mostra o conteúdo do arquivo geral_ufsc.csv, é o arquivo com o número maior de dados, ele possui 6042 linhas por 6 colunas no dataframe. Conforme a descrição é possível identificar os dados que podem ser utilizados. Para verificar o conteúdo do dataframe basta digitar o nome que foi atribuído, neste caso, df2. A

(53)

Figura 25 mostra como os dados são posicionados no Jupyter. O comando lista todo o conteúdo que está no dataframe, ou seja, o que estava no arquivo de dados passa para o dataframe e cada ";" separa os campos disponíveis. A grande vantagem de empregar Pandas a manipulação do dataframe não necessita de laços de repetição como normalmente ocorre com as outras linguagens de programação, é uma biblioteca específica para manipulação de dataframes.

(54)

Figura 25 - Conteúdo do dataframe com os dados da biblioteca geral da UFSC.

Fonte: autor.

Os arquivos de dados da biblioteca setorial de Araranguá têm um volume pequeno, esta ferramenta permite análise de grandes volumes de dados. De qualquer forma, as análises podem ser obtidas e serão adequadas para o desenvolvimento do trabalho.

Após a leitura dos dados para o dataframe é possível aplicar os comandos de agrupamento e analisar as informações disponíveis. A respeito da média de empréstimos, devoluções e renovações, considerando apenas livros, que é o volume maior encontrado na biblioteca, avaliando apenas os cursos mais antigos: Engenharia de Energia (ENE), Engenharia de computação (ENC), Fisioterapia (FISIO) e Tecnologias da informação e comunicação (TIC), nos de 10 anos de funcionamento da biblioteca BSARA.

Analisando os dados de forma global nos 10 anos de funcionamento, qual o curso que mais retirou empréstimos de livros, neste caso, optou-se por avaliar apenas os dados livros. E qual o curso acessou menos a biblioteca?

(55)

Figura 26 - Empréstimos e Devoluções nos 10 anos da BSRA por curso.

(a)

(b)

Fonte: autor.

As renovações têm uma pequena diferença, conforme a Figura 27 é possível observar que os cursos têm alteração com relação a esta atividade. O curso que teve um maior índice de renovações foi a energia. Mas que em termos de valores, estão muito próximos os três cursos ENC, ENE e FISIO. O curso TIC tem um índice bem menor em todas as três operações.

(56)

Fonte: autor.

Com relação ao empréstimo e tipos de obras disponíveis. A BSARA conta com pelo menos 7 itens de objetos disponíveis no acervo. Na coleta de dados foram considerados todos estes tipos de dados.

Figura 28 - Empréstimos e tipos de obra do acervo.

Fonte: autor.

A Figura 28 aponta o total de empréstimos dos objetos disponíveis no acervo. É possível notar no resultado do gráfico que a maioria dos acessos, mais precisamente, 95,5% foi livros.

(57)

Para facilitar a análise de dados foram utilizados recursos de agrupamento que podem ser obtidos empregando as bibliotecas no Jupyter. A seguir os dados relacionados aos tipos de obras retirados como empréstimo na BSARA nos 10 anos de funcionamento.

Figura 29 - O comando utilizador no Jupyter com agrupamento de dados

(58)

Figura 30 - Comando para visualização dos dados através do gráfico pie

Fonte: autor.

Figura 31 - Tipos de Obra, Engenharia de Computação

Fonte: autor.

Figura 32 - Tipos de Obra, Fisioterapia

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Figura 33 - Tipos de Obras, Engenharia de Energia

Fonte: autor.

Figura 34 - Tipos de Obras, Tecnologias da Informação e Comunicação

Fonte: autor.

As mesmas análises foram feitas para as demais operações de devoluções e de renovações de curso. O interessante observar é nos diferentes tipos de objetos do acervo retirados para empréstimo. Cada curso tem um conjunto de diferentes tipos de objetos, mas a maioria do acervo consultado foram os livros.

3.1.1 Análise de dados por categoria de usuário considerando os cursos de graduação Nesta análise não foi considerado o curso de medicina, pois ainda está em implantação. Apenas os cursos mais antigos em funcionamento na unidade.

(60)

Existem registros de egressos que ainda utilizam o serviço da BSARA, mesmo sendo pequeno o número de acessos é

Figura 35 - Egressos

Fonte: autor.

Figura 36 - Alunos de graduação

(61)

3.1.2 Análise dos resultados por ano de funcionamento

Entre os dados que podem ser analisados e foram disponibilizados pelo sistema Pergamum, Pergamum, destacam-se o volume de operações realizadas ano a ano, evidenciando os cursos mais antigos (TIC, ENC, ENE e FISIO). No entanto, houve uma falha nos últimos dias no acesso e só foram disponibilizados os anos a partir de 2014 até 2019, Figura 37. Desta forma, seguem as análises dos dados que foram obtidos. Através de funções como groupy() e sum(), foram somadas todas as três operações ano a ano, por curso. O resultado pode ser visualizado no gráfico da

(62)

Figura 38, a ordem dos cursos apresentada pelo relatório foi reproduzida no gráfico que é TIC, ENE, FISIO e ENC.

Figura 37 - Empréstimos, devoluções e renovações.

(63)

Figura 38 - Gráfico de barras de Empréstimos, devoluções e renovações.

Fonte: autor.

Analisando apenas as operações de empréstimos e devoluções podem ser observados nas Figuras 38 e 39. A ordem dos cursos no gráfico: TIC, ENE, FISIO e ENC. Em ambos os gráficos percebe-se um crescimento no acesso a BSARA em 2017, no gráfico de comparação dos anos 2017 teve 29,28% de uso da biblioteca, enquanto que as operações da BSARA foram de 7,51%. Levando em consideração que o ano de 2019, ainda está em andamento e que, portanto os dados correspondem ao período de janeiro até outubro quando os dados foram coletados. Em todos os anos, o curso de TIC foi o curso que menos acessou a biblioteca. E os cursos que mais acessaram variam ao longo destes cinco anos.

(64)

Figura 39 - Empréstimos e devoluções.

Fonte: autor.

3.2 LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ACESSOS NA UFSC

Através dos dados coletados pelo Pergamum nos 10 anos de funcionamento de todas as bibliotecas da UFSC cadastradas no sistema e dos dados coletados pelas editoras Atheneu e Zahar, EBSCO, IEEE que fornecem alguns exemplares de livros online. Utilizando as mesmas bibliotecas, citadas anteriormente, para análise de dados e utilizando a mesma técnica para a modelagem de dados. Apresenta-se agora uma análise dos acessos online e retiradas dos livros físicos nos últimos 10 anos de funcionamento da Universidade Federal de Santa Catarina.

(65)

Figura 40 - Dados do acervo físico e acesso online.

Fonte: autor.

(66)

Figura 40, no primeiro quadro têm-se as informações dos livros físicos. Com o maior número de retiradas de livros sendo o ano de 2017 e o menor sendo o ano de 2014. O número máximo de retiradas físicas atinge a marca de 300 mil empréstimos em apenas um ano. Já no segundo quadro apresentam-se as informações dos acessos aos livros online. Com o maior número de acessos sendo no ano de 2018 e o menor sendo no ano de 2019. O ano de 2010 está em zero, pois não foi possível obter essas informações com as editoras. Com uma diferença significante, o número máximo de acessos chegou a 3 mil em um ano.

(67)

Figura 41 - Dados físicos e online.

Fonte: autor.

Quando comparada as duas informações obtidas, os gráficos gerados pela ferramenta Jupyter, Jupyter, ficou conforme a

(68)

Figura 41 mostrada acima. No primeiro quadro temos as linhas de acessos e retidas, sendo a de acessos na parte inferior da imagem devido ao pequeno número obtido. No segundo quadro na cor verde temos os acessos na cor azul e as retiradas físicas na cor verde.

Figura 42 – Dados do acervo físico e online.

Fonte: autor

Como é possível observar a diferença entre os dados é extraordinária, claramente os alunos da UFSC preferem os livros físicos aos livros online mesmo vivendo numa época digital.

3.2.1 Comparação dos dados Desempenho dos Alunos e Acessos a Biblioteca.

Uma das questões que surgiu ao longo da análise de dados é se seria possível correlacionar os dados do uso da biblioteca por curso e o rendimento médio dos alunos dos cursos de graduação. Em Cardoso (2019), foram utilizadas ferramentas e mineração de dados para analisar dados entre 2008 e 2018 dos cursos de tecnologia e engenharia da UFSC, com o objetivo de confirmar ou refutar hipóteses sobre o ingresso, permanência, e evasão de mulheres nas áreas de tecnologia. A partir dos dados e resultados apresentados, foram incluídos nas análises de dados do presente trabalho, as médias dos alunos e alunas dos cursos de Tecnologias da Informação e Comunicação, diurno e noturno, e de Engenharia de Computação, no período de 2014 a 2018 (para corresponder os dados disponíveis da biblioteca e cruzar com os dados apresentados por Cardoso, 2019.

(69)
(70)

Figura 44 - Box Plot dos acessos da biblioteca por ano.

Fonte: autor.

O acesso a biblioteca foi feito uma soma das operações coletadas pelo sistema Pergamum para o mesmo período de dados do trabalho de Cardoso, 2019. Os próximos gráficos apresentam os dados de acesso da biblioteca pelos cursos de Araranguá que aparecem em Cardoso, 2019 e que existem dados para analisar. O primeiro gráfico mostra acessos por curso, e o segundo mostra os acessos por curso.

Figura 45- Resultado da função de correlação dos dados.

Fonte: autor.

O outro tipo de correlação empregado foi neste tipo de correlação, quando uma variável se aproxima da outra tende a ter 1.0. Caso ela se distancie, então tende a zero. A

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média de desempenho acadêmico com relação aos acessos à biblioteca para os cursos apresenta uma forte correlação positiva, segundo a função: 0,8 para ENC e para o curso 0,72 para o TIC, no caso do curso TIC diurno, como estão faltando dados, não é possível estimar a correlação.

Figura 46 - Resultado da correlação de Spearman.

Fonte: autor.

Na Figura 46, com o resultado da segunda função de correlação apresenta forte correlação para o curso de ENC, 0,9 e 0,8 para o TIC. Estes dados indicam que pode haver uma correlação forte entre os acessos à biblioteca e as médias de rendimento dos alunos de Araranguá, dos Cursos ENC e TIC. No entanto, com os dados de todos os cursos e rendimentos acadêmicos das graduações de Araranguá, poderia ser afirmada com maior certeza esta relação entre os dados. A Figura 47 apresenta uma outra forma de visualizar os dados de correlação do dataframe em questão. Conforme a escala na matriz, quanto mais claros mais fortemente correlacionados estão os dados. Quanto mais escuro, mais fracamente relacionados. Nos pontos pretos, o valor da correlação é zero, que indica que aqueles dados não se relacionam. O heatmap tem que ser gerado agrupado para que os dados faltantes não prejudiquem o resultado da correlação.

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Figura 47 - Recurso do Seaborn para visualizar a correlação.

Fonte: autor.

A partir dos dados analisados é possível afirmar que existe uma forte correlação entre os dados de acesso da biblioteca e o desempenho acadêmico dos cursos de ENC e TIC. A correlação do curso de TIC diurno não foi possível estimar, porque não estavam disponíveis todos os dados necessários para avaliar e comparar o mesmo período investigado. E, portanto, não permite apresentar uma análise definitiva.

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