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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: ALTERAÇÕES DE PARÂMETROS HORMONAIS DE IDOSOS SUBMETIDOS A DOIS SISTEMAS DE TREINAMENTO RESISTIDO COM CARGAS DE TREINO EQUALIZADAS TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): LUCAS SFAIR BARRETO, ALEXANDRE LOPES EVANGELISTA, CEZAR AUGUSTO CASARIN, DANILO SALES BOCALINI

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): DANILO SALES BOCALINI ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

Introdução: Com o intuito de assegurar a continuidade das adaptações ao treinamento, que tendem a diminuir caso um dado estímulo permaneça constante por período de treinamento diverso sistemas de treino podem ser utilizados com a finalidade de provocar adaptações em vários sistemas fisiológicos, sobretudo hormonais. Objetivo: comparar a resposta aguda de parâmetros hormonais e metabólicos de idosos submetidos a dois sistemas de treinamento resistido com cargas de cargas equalizadas. Material e métodos: Após 72 horas da realização do teste de 1RM todos os indivíduos foram aleatoriamente submetidos a realização de dois sistemas de treinamento sendo: Intensidade constante (IC, 3 séries de 10 repetições com 75% de 1RM) e intensidade variável (IV, 1º serie 12 repetições a 67% de 1RM; 2º serie: 10 repetições a 75% de 1RM e 3º serie: 8 repetições a 80% de 1RM) utilizando em ambos os sistemas os exercícios leg press, cadeira extensora e agachamento. Em todos os sistemas foi utilizado 1 minuto de intervalo entre as séries e velocidade de execução de entre a lenta a moderada com máxima amplitude articular. Foram analisados os níveis séricos de glicose, testoterona, cortisol, hormonio do crescimento e lactato. Resultados: Não foram observadas diferenças nas concentrações de glicose e testosterona tanto imediatamente quanto 24 horas após a realização de ambos os sistemas de treino. Contudo aumento significativo nas concentrações de cortisol, GH e lactato foram encontrados imediatamente após a realização de ambos os protocolos. Adicionalmente, não foi encontrado diferenças entre os sistemas de treinamento. Conclusão: Embora

não tenham sido verificadas

diferenças significativas entre

as sessões com relação aos hormônios avaliados

ambos os sistemas de treinamento são promissores em promover respostas

favoráveis em idosos.

Palavras-chaves: treinamento de força, idosos, hormônios, sistema

INTRODUÇÃO

Atualmente o exercício resistido é considerada uma das atividades físicas mais populares nos grandes centros de atividades físicas e academias de ginástica. Adicionalmente, os reconhecidos benefícios desta modalidade seja para o esporte de alto rendimento quanto para a saúde e na reabilitação pós-cirúrgica já esta bem fundamentado pela comunidade cientifica.

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Sabe-se que as diferentes estratégia de treinamento, principalmente utilizando diferentes métodos e/ou sistemas de treino são decisivas em promover diferentes adaptações no músculo-esquelético (FRONTERA et al. 1988). Contudo, quando a carga de treino (estimulo de treinamento dado a um determinado organismo) permanece constante por um longo período de tempo, a magnitude das adaptações ao treinamento passa a diminuir ou simplesmente se manter garantindo a constante busca pelo desenvolvimento de novos sistemas de treinamento (HARRIS et al. 2004, SPIRDUSO 1995).

Considerando a excelência da prescrição adequada do treinamento de força, a variabilidade da intensidade através do % de uma repetição máxima (%1RM) e do volume (número de repetições executadas) como forma de obter determinadas alterações fisiológicas e morfológicas são freqüentemente utilizadas como parâmetros de treinamento. Associado a esta informação, sabe-se que o treinamento de força promove alterações importantes em marcadores metabólicos como lactato e glicose e endócrinos como testosterona, o cortisol, o hormônio do crescimento (RAASTAD et al. 2000, TREMBLAY et al. 2004, LU et al. 1997). Dessa forma, estas alterações podem ser consideradas importantes no monitoramento da eficácia de programa de treinamento de força (KRAEMER et al. 1993, HAKKINEN 1989).

Apesar da variabilidade de estímulos já ser muito bem descrita na literatura na promoção de adaptações neuromusculares, a caracterização de respostas a diferentes sistema de treinamento é ainda foco de inúmeras pesquisas. Considerando a praticidade de diferentes sistemas de treinamento, o de múltiplas séries de intensidade constante (IC) e o de múltiplas séries de intensidade variável (IV) é freqüentemente prescrito por profissionais na pratica profissional. Contudo para nosso conhecimento, as respostas agudas destes sistemas de treinamento ainda não esta totalmente esclarecida. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi comparar a resposta aguda de parâmetros hormonais e metabólicos em idosos submetidos a dois sistemas de treinamento resistido com cargas de cargas equalizadas.

MATERIAIS E MÉTODOS Amostra

Após aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e preenchimento do TCLE 12 indivíduos idosos acima de 60 anos com experiência em treinamento de força mas inativos entre 6 meses e 1 ano participaram voluntariamente do estudo. Foram excluídos do estudo indivíduos com história conhecida de doenças cardiometabólicas, lesão muscular (últimos 12 meses), uso continuo ou interrompido de medicação ou suplementos a menos de seis 6 meses.

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Parâmetros avaliados Avaliações Antropométricas

A composição corporal e parâmetros antropométricos foram avaliados conforme previa publicação do nosso grupo (BOCALINI et al. 2012). Resumidamente, amassa corporal (MC) foi determinada em balança digital da marca Toledo (modelo 2096PP/2) e a estatura (ES) foi mensurada em estadiômetro da marca SANNY (modelo ES2030). Obtidas a MC e a ES foi possível calcular o índice de massa corporal (IMC). A composição corporal foi analisada por espessura de dobras cutâneas. Todas as avaliações foram conduzidas no segmento corporal direito com compasso específico da marca SANNY em conformidade a recomendações estabelecidas em estudo previamente publicado (BOCALINI et al. 2012).

Determinação da força máxima

Para a determinação da intensidade utilizada em ambos os sistemas de treinamento o teste de 1RM. Resumidamente, os voluntários realizaram um aquecimento específico em um leve alongamento dos grupamentos musculares diretamente envolvidos com a execução dos movimentos. Em seguida foram realizadas no máximo cinco tentativas para determinação caso este ultrapassado o número de tentativas o teste foi refeito em outro dia previamente agendado.

Determinação dos níveis plasmáticos de insulina, testosterona, cortisol, hormônio do crescimento e lactato

Para a determinação da concentração de insulina, cortisol, testosterona e GH foram utilizados kits (DSL-10-2000, Diagnostic Systems Laboratories©, USA) já o conteúdo de lactato e a glicose foram obtido através do aparelho Accutrend®. As amostras de sangue foram coletadas antes, depois de 2 e 24 horas após os protocolos de treinamento. Em cada momento foram coletados 30 ml de sangue, sendo 20 ml em tubo com EDTA e fluoretado e 10 ml em tubo seco. Aapós as coletas o material foi acondicionado sob refrigeração controlada a 4ºC. Em seguida, o sangue foi centrifugado e levado para armazenamento em -20ºC.

Procedimentos

Após 72 horas da realização do teste de 1RM todos os indivíduos foram aleatoriamente a realização dos protocolos de treinamento de IC e IV utilizando os seguintes exercícios: Leg Press, Cadeira extensora e Stiff em ambos os sistemas de

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treinamento. Para o treinamento de IC todos os indivíduos realizaram cada um dos exercícios 3 séries de 10 repetições com 75% de 1RM. Já para o treinamento de IV os indivíduos realizaram cada um dos exercícios em 3 séries respeitando a seguintes ordem: 1º serie 12 repetições a 67% de 1RM; 2º serie: 10 repetições a 75% de 1RM e 3º serie: 8 repetições a 80% de 1RM. Em todos os sistemas foi utilizado 1 minuto de intervalo entre as séries e velocidade de execução de entre a lenta a moderada com máxima amplitude articular. Em ambos os sistemas de treinamento propostos a carga de treino foi equalizada para observar suas interferências sobre o estresse metabólico.

Análise estatística

O teste de Shapiro-Wilkfoi aplicado para verificação da distribuição normal dos dados. Para comparação entre os diferentes momentos foi aplicado o teste ANOVA de duas vias utilizando post hoc Tukey para medidas repetidas. O nível de significância adotado foi de p≤ 0,05 e os resultados foram apresentados como média ± erro-padrão. O software GraphPadPrism (versão 4.0, San Diego, CA, USA) foi utilizado para realização dos testes estatísticos.

RESULTADOS

Na tabela 1 é possível visualizar as características biométricas dos sujeitos. Tabela 1. Parâmetros biométricos.

Ativo Idade (anos) 65 ± 3

Massa corporal (kg) 86 ± 18

Estatura 1,75 ± 0,07

IMC (kg/m2) 28 ± 4

Valores expressados como média ± desvio padrão da média. IMC: índice de massa corporal.

Não foram observadas diferenças nas concentrações de glicose e testosterona tanto imediatamente quanto 24 horas após a realização de ambos os sistemas de treino. Contudo aumento significativo nas concentrações de cortisol, GH e lactato foram encontrados imediatamente após a realização de ambos os protocolos. Adicionalmente, não foi encontrado diferenças entre os sistemas de treinamento.

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Tabela 2. Parâmetros metabólicos e hormonais antes, imediatamente e 24 horas após a execução dos protocolos de intensidades constantes e variáveis.

Parâmetros Antes IC2h 24h Antes 2hIV 24h

Glicose (m/dLl) 99,4 ± 4,2 103,1 ± 4,7 100,4 ± 4,8 100,1 ± 2,1 106,7 ± 3,5 99,2 ± 2,4 Testosterona (ng/dL) 36, ± 12,5 48,4 ± 9,3 34,4 ± 14,1 37,4 ± 13,1 47,7 ± 9,1 35,4 ± 13,3 Cortisol (ug/dL) 6,7 ± 3,1 5,4 ± 4,8* 7,1 ± 2,3 6,4 ± 4,3 6,1 ± 3,1* 5,4 ± 2,7 RTC 5,3 ± 2,2 8,8 ± 3,4* 4,8 ± 7,1 5,7 ± 7,1 7,7 ± 3,1* 6,4 ± 2,7 GH (ng/mL) 0,89 ± 2,2 0,70 ± 3,1 0,80 ± 1,3 0,99 ± 2,2 0,85 ± 5,1 0,87 ± 1,9 Lactato (mmMol) 0,9 ± 0,4 7,66 ± 2,34* 1,1 ± 1,2 1,1 ± 0,7 7,56 ± 1,67* 1,0 ± 0,9 Valores expressados como média ± desvio padrão da média dos parâmetros metabólicos e hormonais antes, imediatamente e após 24 horas da realização dos protocolos de treinamento de força com intensidade constante (IC) e intensidade variada (IV). *p<0,01 versus antes.

CONCLUSÃO

Embora não tenham sido verificadas diferenças significativas entre as sessões com relação aos hormônios avaliados ambos os sistemas de treinamento são promissores em promover respostas favoráveis em idosos.

REFERENCIAS

1. BOCALINI DS, LIMA LS, ANDRADE S, MADUREIRA A, RICA RL, SANTOS

RN, SERRA AJ, SILVA Jr JÁ, RODRIGUEZ D, FIGUEIRA JUNIOR AJ, PONTES

JUNIOR FL. Effects of circuit-based exercise program in body composition of obese older. Clinical Interventions in Aging, 2012; 7: 551-556.

2. FRONTERA WR, MEREDITH CN, O’REILLY KP, KNUTTGEN HG, EVANS WJ. Strength conditioning in older men: skeletal muscle hypertrophy and improved function. J Appl Physiol 1988;64:1038-44.

3. HAKKINEN K. Neuromuscular and hormonal adaptations during strength and power training. A review. J Sports Med Phys Fitness 1989;29:9-26.

4. HARRIS C, DEBELISO MA, SPITZER-GIBSON TA, ADAMS KJ. The effect of resistance-training intensity on strength-gain response in the older adult. J Strength Cond Res 2004;18:833-8.

5. KRAEMER WJ, FLECK SJ, DZIADOS JE, HARMAN EA, MARCHITELLI LJ, GORDON SE. Changes in hormonal concentrations after different heavy-resistance exercise protocols in women. J Appl Physiol 1993;75:594-604. 6. LU SS, LAU CP, TUNG YF, HUANG SW, CHEN YH, SHIH HC. Lactate and the

effects of exercise on testosterone secretion: evidence for the involvement of a cAMP- ediated mechanism. Med Sci Sports Exerc 1997;29:1048-54.

7. RAASTAD T, BJORO T, HALLEN J. Hormonal responses to high and moderate intensity strength exercise. Eur J Appl Physiol 2000;82:121-8.

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8. SPIRDUSO WW. Physical functioning of the old and oldest-old. In: Spirduso WW, editor. Physical dimensions of aging. Champaign, IL: Human Kinetics, 1995;329-57.

9. TREMBLAY MS, COPELAND JL, HELDER WV. Effect of training status and exercise mode on endogenous steroid hormones in men. J Appl Physiol 2004;96:531-9.

Referências

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