FíSICA DO ExéRCITO
THE PROCESS OF PREPARATION AND COLLABORATION TO RE-CEIVE ATHLETES AND MODALITIES AT THE RIO 2016 OLYMPIC gAMES: wITH THE wORDS THE ARMY PHYSICAL EDUCATION
SCHOOL
Luiz Fernando Medeiros NÓBREGA1
Gustavo do Amaral BERTON2
lmnobrega@uol.com.br Briefing
The aim of this paper was to approach the process of preparation and cooperation of the Physical Education College of Brazilian Army (EsE-FEx) and other Military Organizations that integrate the Brazilian Army Physical Training Center (CCFEx) for the Olympic Games Rio 2016, in particular in the direction of the Team Brazil High Performance Training Center (CTAP-Brasil), detailing its structure, activities, organization and functioning, as well as results and achievements in support of the sport. It was verified the military historical presence, in the organization of national and international competitions, as members of sports delega-tions, in providing facilities for accommodation and training of national sports teams, to support high performance sport. As a result, reforms and adjustment of sports and non-sports facilities were conducted, the-re was interaction of military with technical, athletes and commissions sports teams of Brazil Team and positive diffusion of Brazilian Army’s image as a collaborator of the sports national effort for the Olympic Games Rio 2016.
1 Coronel de Cavalaria; Graduado em Educação Física (EsEFEx); Mestre em Ciência da Motricidade Humana (UCB); Comandante da Escola de Educação Física do Exército 2015/2016 (EsEFEx).
2 Major de Infantaria; Graduado em Educação Física (EsEFEx); Fiscal Adminis-trativo da Escola de Educação Física do Exército 2015/2016 (EsEFEx).
Introdução
A Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx) é o estabe-lecimento de ensino do Exército Brasileiro, destinado a especializar oficiais e civis em Educação Física e Desportos, Esgrima e Medicina Esportiva, bem como sargentos para o exercício das funções de moni-tor de Educação Física.
Integrada hoje ao Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) e cumprindo ainda com a missão de apoiar o escalão supe-rior na promoção e realização de competições de caráter nacional e internacional, forneceu militares para a organização dos Jogos Olímpi-cos - Rio 2016 e foi a sede esportiva do Centro de Treinamento de Alta Performance do Time Brasil (CTAP- Brasil), hospedando a delegação e equipes de atletas de modalidades esportivas que representaram a nação brasileira nas olimpíadas.
O “Time Brasil” (TB), marca adotada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), é composto pelas delegações de todas as modalidades esportivas olímpicas, pan-americanas e sul-americanas que representa uma nação formada por mais de 200 milhões de torcedores. Simboliza a união, a paixão pelo esporte e o orgulho de competir com garra e deter-minação pelo Brasil, sendo também um ponto de encontro entre atletas e torcedores, que vibram juntos, formando um único time (COB, 2017a).
Neste artigo pretende-se abordar o processo de preparação e co-laboração da EsEFEx e demais Organizações Militares que integram o CCFEx para com os Jogos Olímpicos Rio 2016, em particular na direção do CTAP-Brasil, detalhando sua estrutura, atividades, organi-zação e funcionamento, bem como resultados e realizações no apoio ao esporte.
Escola de Educação Física do Exército (ESEFEx)
Em 1565, o capitão-mor Estácio de Sá desembarcou com sua tropa na praia, entre os morros Pão de Açúcar e Cara de Cão, levan-tando um fortim, para criar uma povoação junto à guarda de defesa da Baía de Guanabara, pois os portugueses perceberam que para de-fender a terra, seria necessário ocupá-la. Estabeleceu-se ali ao longo
dos anos, os fortes-redutos de São Martinho, de São Teodósio, de São José e de São Diogo, que foram formando a Fortaleza de São João (FSJ), local do funcionamento de várias Organizações Militares (OM) do Exército Brasileiro, entre elas a Escola de Educação Física do Exér-cito (BRASIL, 2016a).
Criada em 10 de janeiro de 1922, pelo Ministro da Guerra, João Pandiá Calógeras, em nome do Presidente da República, Epitácio Pes-soa, ainda com o nome de Centro Militar de Educação Física (CMEF), a EsEFEx veio a graduar, em 1929, a primeira turma de diplomados em Educação Física no Brasil, com a sede ainda na Escola de Sargentos de Infantaria (ESI), na Vila Militar-RJ (NÓBREGA e CAPINUSSÚ, no prelo e BRASIL, 1922).
Somente em 1930, é que foi transferida para a Fortaleza de São João, no bairro da Urca, local da fundação da cidade do Rio de Janeiro, assumindo definitivamente sua função mentora da Educação Física, com atuação em todo o território nacional, refletindo o desenvolvimento da atividade física, do esporte e do lazer, sendo por isso denominada o Berço do Ensino Metódico e Racional da Educação Física no Brasil.
Em toda sua trajetória, a EsEFEx serviu de palco à preparação de atletas, militares e civis, campeões sul-americanos, pan-americanos, mundiais e olímpicos, contribuindo com as diversas Confederações/ Federações Desportivas, tanto com a presença de atletas militares nas delegações olímpicas, quanto na preparação física, tática, técnica e administrativa (CALDAS, 1991). Em seus bancos escolares passaram atletas, técnicos e gestores esportivos que obtiveram a devida forma-ção científica e pedagógica necessária.
Somados a esse apoio, como centro de excelência de treinamen-to, forneceu instalações para alojamento e treinamento de equipes na-cionais esportivas, desde que eram notórias as carências de meios para o esporte em geral (SOEIRO e TUBINO, 2003). Cita-se, como exemplos, a preparação da seleção brasileira de futebol tricampeã mundial de 70, da “geração de prata” do voleibol em 1984, de equipes que participaram dos Jogos Mundiais Militares em 2011 e da seleção inglesa de futebol para a Copa de 2014.
da evolução e centro de origem do treinamento desportivo em bases científicas no Brasil, pela formação de profissionais de educação física, que a partir da década de 1950/60, introduziram métodos/sistemas de preparação para aperfeiçoamento do rendimento de atletas e militares (SOEIRO e DA SILVA, 2002), motivados principalmente pela realização de campeonatos mundiais, civis ou militares no Brasil e no mundo. Figura 1- Estrutura Esportiva da EsEFEx e Organizações Militares do CCFEx na Fortaleza de São João.
Fonte: Ordem de Serviço no 17 – DEPDG/CCFEx, de 01 de julho de 2016, adaptado por Luiz Nóbrega.
A EsEFEx foi integrada ao Centro de Capacitação Física do Exército após sua criação em 1º de janeiro de 1991, que teve como objetivo obter interdisciplinaridade entre ensino, esporte, saúde e pesquisa, coordenando as atividades das Organizações militares que a compõe. São elas: a Comissão de Desportos do Exército (CDE), responsável pela gestão do desporto no EB; a Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), responsável pela capacitação de pesso-al na área de Educação Física, do desporto, no auxílio às pesquisas e programas de extensão; o Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx), na pesquisa, a Escola de Equitação do Exército (EsEqEx), na formação de pessoal para a equitação; a Ba-teria de Comando Estácio de Sá (Bia Est Sá), para auxílio em
manu-tenção às instalações; e o Destacamento Desportivo da Vila Militar (DDVM), para gestão das instalações esportivas da Vila Militar.
A figura 1 ilustra a estrutura desportiva da EsEFEx e localiza as Organizações Militares atuais da Fortaleza de São João.
No preparo para os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Comitê Olímpi-co do Brasil, Olímpi-com vistas à obtenção de alto nível de desempenho nas diversas modalidades esportivas e, especialmente, propiciar aos atle-tas brasileiros as melhores condições possíveis de treinamento, esco-lheu o CCFEx, em particular as instalações desportivas da EsEFEx, para abrigar atletas de alto rendimento de diversas modalidades.
Tal parceria iniciou-se pelo Protocolo de Intenções no EME 11-079-00, assinado em novembro de 2011, cuja finalidade era de re-gular a cooperação do EB na execução de atividades de interesse comum na área do desporto para os jogos olímpicos 2016, compro-metendo-se a auxiliar o COB na preparação e acompanhamento dos atletas da delegação olímpica brasileira (BRASIL, 2011).
Fruto dessa parceria, foi firmado o Termo de Execução Descen-tralizada no 43/2014, entre o Ministério do Esporte e o CCFEx, publi-cada no DOU de 16 de setembro de 2014, sendo destinados no total aproximadamente 20,5 milhões para melhoria de condições técnicas e de demandas de infraestrutura do CCFEx para apoio ao CTAP--Brasil (BRASIL, 2014). Desse montante, foram realizadas as refor-mas e adequação das instalações esportivas e não-esportivas do CCFEx em atendimento aos requisitos do COB; melhoria nos meios de telefonia e internet; nos sistemas de segurança; nas condições da estrutura de apoio de saúde e da infraestrutura de esgotamento, iluminação e acessibilidade do Complexo da Fortaleza de São João. Comitê Olímpico do Brasil
Entidade pioneira na América do Sul, fundada em 08 de junho de 1914, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) celebrou um século de existência intimamente ligado ao desenvolvimento do esporte no país, conquistando por meio de seus atletas 128 medalhas olímpicas: 30 de ouro, 36 de prata e 62 de bronze, nas 22 participações em Jogos Olímpicos de Verão.
Organização não governamental de direito privado, pertencen-te ao Movimento Olímpico Inpertencen-ternacional, trabalha na gestão técnica--administrativa do esporte, contribuindo para o desenvolvimento dos esportes olímpicos no Brasil, tendo como missões principais atuar no esporte de alto rendimento; liderar a estratégia de desenvolvimento do esporte e de preparação de modalidades olímpicas; e contribuir com os formadores (clubes, escolas, associações, estados e municípios) à inserção social através do esporte, à prática da cidadania e à formação de atletas para o alto rendimento (COB, 2017b).
O Time Brasil é a equipe formada por atletas de todas as modali-dades olímpicas e que representam o País nas principais competições esportivas do mundo. São competidores de alto rendimento, vestidos de verde-e-amarelo, que lutam para levar o nome do Brasil ao lugar mais alto do pódio, convocando a população em torno da seleção olím-pica nacional (COB, 2014).
Nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, o COB utilizou o Centro de Treinamento Crystal Palace, colocando em prática, após dois anos de planejamento, uma complexa operação, montando pela primeira vez na história olímpica do país uma base de treinamento exclusiva para o Time Brasil.
Localizado no sul de Londres, o Centro de Treinamento Crys-tal Palace ofereceu totais condições de preparação e treinamento aos atletas brasileiros, antes e durante os Jogos Olímpicos, tendo sido fun-damental para o aprimoramento final da preparação dos atletas para os Jogos, pela reunião no mesmo local de todas as necessidades de atletas e treinadores em suas preparações. Além disso, o Centro de Treinamento (CT) abrigou os membros da delegação brasileira que não estavam credenciados para os Jogos, o que resultou em mais qua-lidade de trabalho e de serviços oferecidos aos atletas.
O objetivo do COB era com o bem-estar dos atletas, fazer com que eles se sentissem o mais à vontade possível, para que tivessem no treinamento suas únicas preocupações. Além da identidade visual, que colocou as cores do Time Brasil por todo o local, os atletas tiveram a seu dispor uma excelente alimentação e o tempero brasileiro em suas refeições (COB, 2012).
Em Toronto, nos Jogos Pan-Americanos de 2015, o COB mais uma vez adotou a estratégia, escolhendo a Universidade de York para que as delegações de atletismo, judô, tênis, lutas olímpicas e basquete encontrassem a tranquilidade necessária para se prepararem. A Uni-versidade de York contava com uma área de reabilitação médica, re-feitório para o time, estrutura esportiva com ginásios, piscina, sala de musculação e dormitórios para a equipe brasileira usufruir.
Após o sucesso dos CT anteriores, o COB decidiu utilizar-se das instalações da Fortaleza de São João, como base do Time Brasil para os Jogos Olímpicos Rio 2016, em razão de sua localização geográfica, considerando-se aspectos logísticos, no qual além de treinamento e acomodação de atletas, seriam realizados eventos, como: reuniões de chefe de equipe, cursos de capacitação, reuniões de dirigentes, entre outras atividades.
Funcionamento do Centro de Treinamento de Alta Performance (Ctap-Brasil)
Mazzei et al. (2012) listam condições indispensáveis para a infra-estrutura de qualquer Centro de Treinamento Esportivo que são: • Possuir instalações de caráter multidisciplinar (várias modalidades esportivas) ou monodisciplinar (uma única modalidade esportiva), com equipamentos esportivos de alta qualidade, além de estrutura de alo-jamentos, com residências amplas, localizadas em áreas silenciosas, próximas dos espaços esportivos e de centros educacionais, oferecen-do ainda áreas de estuoferecen-do e de convivência, serviço médico-esportivo dirigido para a prevenção e tratamento de lesões e enfermidades, e de reabilitação Física;
• Dispor de um órgão de gestão administrativa que controla o funciona-mento da instalação, contando com uma equipe técnica esportiva; de departamentos científicos e de investigação, que ajudem tanto aos trei-nadores como aos esportistas a conseguir seus objetivos de rendimento; • Dispor de um centro educacional, na própria instalação ou próximo a ela.
Com o objetivo de estabelecer cooperação mútua na área do desporto e viabilizar o funcionamento do Centro de Alta Performance
do Time Brasil, foi assinado o Acordo de Cooperação no EME16-012-00, cujo objeto regulava a utilização, por parte do COB, da força de trabalho, instalações, equipamentos e áreas esportivas do CCFEx e Organizações Militares para a preparação e treinamento de atletas, e por sua vez, a capacitação e aperfeiçoamento técnico dos seus inte-grantes (alunos, pesquisadores, instrutores, monitores), em consonân-cia com o respectivo plano de trabalho, previamente acordado entre as partes (BRASIL, 2016b).
A figura 2 ilustra algumas das instalações utilizadas pelas equipes do Time Brasil no preparo para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Figura 2 – Instalações do CTAP-Brasil em apoio aos JO Rio 2016
Fonte: Relatório Final do CTAP-Brasil, EsEFEx (2016d), adaptado por Luiz F M Nóbrega.
O CTAP Brasil, maior das sete bases de apoio montadas fora da Vila Olímpica, foi local de treinamento de oito delegações brasileiras: tiro com arco, vôlei de praia, vela, boxe, handebol feminino, taekwon-do, lutas associadas e tênis de mesa. Recebeu ainda para treinamen-tos pontuais as equipes masculina de voleibol e basquete feminino. Além de instalações e equipamentos para treinos de alto nível, os atle-tas olímpicos tiveram à disposição toda a estrutura de hospedagem,
alimentação, laboratórios para aperfeiçoamento técnico, uma completa seção de saúde para atendimento médico, exames laboratoriais e fi-sioterapia, além da academia de musculação, que possui aparelhos modernos para todo tipo de treinamento. Dessa forma, os atletas pude-ram aperfeiçoar suas habilidades e obter uma excelente recuperação física (BRASIL, 2016c).
Figura 3 – Organograma do CTAP-Brasil em apoio ao COB
Fonte – Ordem de Serviço no 17 – DEPDG/CCFEx, de 01 de julho de 2016, adaptado por Luiz Nóbrega.
O CCFEx e demais OM adotaram a estrutura organizacional da Figura 3, para melhor operação do CTAP-Brasil, em conjunto com o Comitê Olímpico do Brasil, que possuía um staff e estrutura própria para sua direção.
As instalações do Exército Brasileiro na Urca-RJ também serviram de local para a entrega de uniformes e equipamentos utilizados pelos atletas brasileiros. A operação realizada pelo COB, NIKE e C&A, consistiu em re-cebimento, organização, montagem, armazenamento e entrega, permitindo que todas as equipes olímpicas passassem pelo CTAP Brasil para rece-berem os kits de competição, bem como uniformes de desfile utilizados na solenidade de abertura dos Jogos no Maracanã (BRASIL, 2016d).
Resultados
As instalações foram colocadas à disposição oficialmente do COB entre os dias 15 de julho e 22 de agosto de 2016, que montou um centro de convivência e posto de lavanderia (saguão da EsEFEx), secretaria, sala de reuniões e descanso (auditórios e salas de aula da EsEFEx), pos-to médico e fisioterápico (Seção de Saúde), depósipos-to de uniformes (Giná-sio Anexo da EsEFEx), estacionamento para veículos, refeitório (rancho do CCFEx), além das áreas para treinamento das modalidades (Ginásio Ling, Leite de Castro, sala de musculação e sala de lutas da EsEFEx). Foram utilizados 147 leitos, localizados na Hospedagem de Atletas, Com-plexo João do Pulo e CDE, para acomodação do Time Brasil. A solenidade de abertura aconteceu no dia 19 de julho.
A Tabela 1 apresenta as principais atividades realizadas no período de funcionamento do Centro de Treinamento.
Como resultados positivos apontados pelos integrantes do CTAP--Brasil destacam-se as benfeitorias realizadas em equipamentos e insta-lações desportivas (aquisição de holofotes para quadras de vôlei de areia e aparelhos de musculação) e não desportivas; interação com atletas e comissões técnicas de equipes de alto rendimento, agregando valor a ex-periência e a capacitação de militares; suporte adequado ao treinamen-to das equipes do Time Brasil e difusão positiva da imagem do Exércitreinamen-to Brasileiro como colaborador do esforço nacional esportivo para os Jogos Olímpicos Rio 2016, entre outras.
O resultado de tantos investimentos para que os 465 atletas brasileiros tivessem o melhor preparo, proporcionou a conquista pelo Time Brasil de 19 medalhas pela delegação brasileira, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze, considerado o melhor
desem-penho da história em Olimpíadas. Desse total, o Ministério da Defesa ultrapassou as metas estabelecidas, ao classificar 145 atletas milita-res e conquistar 13 medalhas (BRASIL, 2017).
Tabela 1 – Operação do Centro de Treinamento do Time Brasil (TB) na EsEFEx e demais OM do CCFEx
Fonte: Relatório Final do CTAP-Brasil, EsEFEx (2016d); Documento: EsEFEx, Pré-Games e Games Time (COB, 2016),
adaptado por Luiz F M Nóbrega.
Um total de 670 atletas militares brasileiros integram hoje o Pro-grama de Atletas de Alto Rendimento (PAAR) criado em 2008, que tem como objetivos principais o de representar as Forças Armadas em
competições nacionais e internacionais; motivar a prática esportiva e transferir conhecimento ao público interno; reforçar a imagem da For-ça no país e contribuir para o desenvolvimento do esporte nacional. A gestão do programa no Exército Brasileiro é realizada pela CDE, que de um total de 176 atletas, classificou 52 deles para os Jogos Rio 2016, obtendo medalhas com os sargentos Felipe Wu, Rafael Carlos da Silva e Poliana Okimoto (BRASIL, 2016c).
Dezenas de militares formados na EsEFEx também apoiaram o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, ao ocuparem postos da força de trabalho como gerente de esporte, de competição, oficiais téc-nicos, coordenador de equipamento, de campo de jogo entre outros cargos, contribuindo diretamente na realização da Rio 2016.
Considerações Finais
Historicamente militares vem contribuindo com o desenvolvimen-to do esporte no país, seja participando da organização de competi-ções nacionais e internacionais, provendo meios e instalacompeti-ções espor-tivas para o treinamento ou mesmo integrando as delegações como atletas, técnicos ou gestores desportivos.
Em 2016, a Escola de Educação Física do Exército e demais OM da Fortaleza de São João subordinadas ao CCFEx foram escolhidas pelo COB para dar vida ao Centro de Treinamento de Alta Performance do Time Brasil, em virtude de sua moderna infraestrutura, com insta-lações, equipamentos e laboratórios que permitem o preparo em alto nível, no local da fundação da cidade do Rio de Janeiro.
Essa cooperação mútua também permitiu a aquisição de conhe-cimentos e experiência decorrentes da interação de militares com atle-tas e comissão técnica de alto nível, bem como melhoria de instalações esportivas e não-esportivas, financiadas pelo Ministério do Esporte.
Referências
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