CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA
-SOBRE 0 RENDIMENTO NO PROCESSAMENTO INDUSTRIAL DE ALGUNS PEIXES MARINHOS
NO ESTADO DO CEARA (BRASIL)
Verônica Cysne Pinteiro
Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ci-encias Agririas da Universidade Federal do Ceará, como parte das exigenclas pa-ra a obtenção do titulo de Engenheiro de Pesca.
Fortaleza - Ceará - Brasil Dezembro/1980
Biblioteca Universitária
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P713s Pinteiro, Verônica Cysne.
Sobre o rendimento no processamento industrial de alguns peixes marinhos no estado do Ceara (Brasil) / Verônica Cysne Pinteiro. – 1991.
26 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1991.
Orientação: Prof. Raimundo Saraiva da Costa. 1. Peixes - Processamento industrial. I. Título.
CDD 639.2 1980.
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. Ass. Jose Raimundo Bastos Presidente
Eng9 de Pesca Joio Airton de Holanda
VISTO
Prof. Ass. Jose Raimundo Bastos
Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca
Prof. Ass. Francisca -Hnheiro Javentino Coordenadora do Curso de Engenharia de Pesca
Ao Prof. Raimundo Saraiva da Costa pela orientação e amizade.
Ao Prof. Jose Raimundo Bastos nelas sugestões apre sentadas.
A
IPESCA Indüstria de Frio e Pesca S/A, em parti cular a pessoa do Dr. João Airton de Holanda, Gerente Indus-trial, por ter cedido as instalações da indüstria para o de-senvolvimento deste trabalho.A
amiga Nilda Maria Augusta Vieira Leite, pela va-liosa ajuda prestada na realização deste trabalho.A
minha mie e irmãos, que muito me incentivaram. Em especial ao meu marido Julio Cesar da Mota Pin-teiro, pelo apoio constante, na realização deste trabalho.XES MARINHOS, NO ESTADO DO CEARA (BRASIL)
VerOnica Cysne Pinteiro
A produção de files de pescado nas indústrias pes-queiras do Estado do Ceará (Brasil), constitui uma das ativi dades usuais e das mais importantes do processamento indus-trial, pelo valor que o produto representa.
Da tecnica empregada na obtenção dos files, impli-ca em maiores ou menores rendimentos do pesimpli-cado submetido ao processo, calculados em função do peso dos files e da mate-ria prima restante - a carcaça (esqueleto, vísceras e as "a-paras", estas resultantes de cortes para aparelhamento dos files). Neste aspecto, as indústrias pesqueiras operam de acordo com as suas condigOes e com rendimentos diferencia- dos, por não existir estudos padronizados.
0 presente trabalho objetiva contribuir ao conheci mento do rendimento de quatro espécies de peixes marinhos: o pargo, Lutjanca punputeuz Poey; a guaiuba, Ocycouus chnyzuku4 Gill; o dentio, Lutjanws foca. Poey; e o cangulo, Baliztez vetwea Linnaeus, consideradas dentre as mais importantes, no processamento industrial de pescado do Estado do Cear ã (Bra-sil).
MATERIAL E METODO
0 material que serve de fundamento ao presente tra balho, foi capturado na costa do Estado do Ceará (Brasil), por embarcações da pesca comercial e desembarcado nos portos de Fortaleza e Camocim (Ceará - Brasil), tendo sido transpor tado em caminhões frigoríficos rara uma indiistria pesqueira localizada em Fortaleza, onde se processaram os estudos, no period() de 01 de setembro a 30 de novembro de 1980.
De cada partida de pescado desembarcado na indús-tria, foram aleatoriamente selecionados 10 exemplares de nei xes das seguintes especies: pargo,
Lutjanus putputeus
Poey; guaiuba, Ocyutusehtysutus
Gill;
dentão,Lutjanus
jacu Poey; e cangulo,Batistes
vetuta
Linnaeus. Cada agrupamento de 10 peixes de uma determinada espécie, constituiu uma amostra,ten do-se trabalhado com 5 amostras para cada espécie.De cada amostra, foram feitas as seguintes opera- ç ões: a) numeração com etiquetas dos indivíduos componentes; b) medição do comprimento total de cada peixe, tomado com Da- _
quimetro e a partir da parte anterior do focinho at a extre midade da nadadeira caudal; c) o peso de cada peixe e do con junto dos 10 indivíduos componentes da amostra; d)prenaragão dos peixes para a filetagem fazendo a descarnação no pargo, guaiuba e dentão ou retirando o couro, no cangulo; e) retira da de 2 files de cada individuo, obtidos das suas partes la- terais, utilizando uma faca e procedendo um corte nrofundo perpendicular ao comprimento do Deixe, no limite la cabeça com o corpo e a partir do qual foi feito um corte no sentido latero-longitudinal, sem atingir as vertebras e o tecido que envolve as vísceras, ate o limite do corpo com a nadadeira caudal, onde foi feito um outro corte no sentido nernendicu-lar ao comprimento do peixe, para liberação do file; f) nesa
gem dos files de cada individuo e de sua carcaça, separada - mente, bem como, o conjunto dos files e o conjunto das carca gas de cada amostra.
Foram realizadas 20 amostras, tendo-se analisado um total de 200 indivíduos, sendo 50 de cada especie em estu
•do.
A partir dos dados coligidos, foram os mesmos tabu lados e processados, de modo a permitir a aplicação de cglcu los, com vista ao procedimento de analises.
Para cada especie e do registro individual do peso e tamanho dos peixes de cada amostra, bem como das pesagens do conjunto dos 10 indivíduos inteiros, das suas carcaças e dos seus files, foi calculada a variação mgximo e médio) _ do peso e do tamanho dos indivíduos de cada amostra e no conjunto das amostras; e, tambem, foram obtidos os pe-sos globais dos indivíduos inteiros, das carcaças e dos fi-les, de cada amostra e no conjunto das mesmas (Tabela I).
Das pesagens globais dos indivíduos inteiros, das carcaças e dos files, de cada amostra, foi calculado o rendi mento por amostra, através de calculo percentual. Também, Lo ram obtidas as medias de rendimento no conjunto das amostras, para cada espécie em estudo (Tabela II).
Dos dados de registro do peso individual da carca-ça e dos files (em numero de 2) de cada amostra, foi calcula da a variação (mínimo, máximo e medio) dos mesmos por amos-tra e no conjunto das amosamos-tras, para cada espécie sem estudo (Tabela III).
Foram calculadas as relações entre o comprimento total - peso da carcaça e comprimento total - peso dos files, para cada espécie. Também, foram calculadas as relações en-tre o peso do peixe - peso da carcaça e peso do peixe - peso dos files, para cada especie. Nos cglculos das relações men-
cionadas, foram utilizadas, para cada espécie, os dados obti dos de 50 individuos. Os dados de comprimento total foram a-grupados em classes de intervalo que variaram de 5,0 cm para o pargo, 2,0 cm para a guaiuba, 4,0 cm para o dentio e 3,0 cm para o cangulo. Os dados de peso do peixe foram agrupados em classes de intervalo que variaram de 519 g para o pargo, 106 g para a guaiuba, 741 g para o dentgo e 104 g para o can guio (Tabelas IV e V).
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
As espécies estudadas no presente trabalho,sgo bas tante conhecidas e constantemente citadas na bibliografia ci entifica. Na citação de seus nomes vulgares e os correspon - dentes em sistemgtica, recorremos aos trabalhos de • Brandão (1964) e Lima (1969).
t bastante escassa a bibliografia dentro da linha de estudo que ora se apresenta, o que torna dificil efetuar comparag5es. Trabalhando com corvina do Atlintico,Miciwpogon
undu1atu4 e com o pargo, Catamu's spp., Miysuchi & Steimberg
(1970), obtiveram rendimento da ordem de 25 a 30% em relação a files. Bastos & Alves (1971), em estudo sobre a elabora-ção de salsicha de pescado, determinaram os seguintes rendi-mentos de files a partir do peixe inteiro: para a albacora - Thannu4 atbacate4, bonito - Euthynnta attettetatta e o
seri-gado - Myctetopenca bonaei, o correspondente a 40%, e para o
xareu-preto, Catanx tuguEoLiz o equivalente a 32%.Silva (IMO),
an estudo de rendimento do cangulo, 8atite4 vetuta, durante a salga e a secagem natural, encontrou na filetagem conven-cional rendimentos entre 32,57% e 42,00%, utilizando metodo-logia diferenciada do presente trabalho.
r• sabido que o rendimento de files e da carcaça em peixes, depende principalmente do tamanho ou peso e da forma do animal e da tecnica usada no nrocesso. Nas amostras efetu adas para cada especie em estudo, evidencia-se uma nitida di ferenciação quanto ao neso e tamanho dos individuos e, canse quentemente, quanto ao peso apresentado em cada amostra, do conjunto dos individuos inteiros, das carcaças e dos files obtidos (Tabela I). Em geral, .nas amostras de cada esp6- cie, constata-se a existencia de uma relação direta entre 0 neso medio e o tamanho medic dos individuos, bem como, entre estes e o peso apresentado em cada amostra, do conjunto dos individuos inteiros, das carcaças e dos files obtidos, isto 6, quanto mais elevado o neso ou maior tamanho dos indivi- duos, mais elevado 6 o peso da amostra seja quanto ao peso dos individuos inteiros, das carcaças ou dos files(TabelaI).
Do peso dos individuos inteiros que constituiram cada amostra e a media obtida no conjunto das amostras para cada especie, constata-se que: para o pargo, a menor amostra alcança valor igual a 8,425 kg e a maior de 18,050 kg, com a media correspondente a 13,810 kg, o que o nosiciona dentre as espécies em estudo, como a que apresenta media mais eleva da apOs a do dentio; para a guaiuba, a menor amostra atinge valor igual a 6,825 kg e a maior de 7,875 kg, com a media equivalente a 7,255 kg, o que a posiciona dentre as esPecies em estudo, como a que apresenta media mais elevada, ap6s a do pargo; para o dentio, a menor amostra alcança valor igual a 17,475 kg e a maior de 27,575 kg, com a media corresnonden te a 23,680 kg, a mais alta dentre as das espécies em estudo; e, Para o cangulo, a menor amostra atinge valor ' igual a 6,075 kg e a maior de 7,575 kg, com a m614_ia equivalente a 7,056 kg, o que o 2osiciona dentre as esnecies em estudo, co mo a que apresenta media de menor valor (Tabela II).
Do peso das carcaças dos individuos integrantes de cada amostra e a media obtida no conjunto das amostras para cada especie, evidencia-se que: nara o pargo, a menor amos-tra corresponde a 5,850 kg e a maior 10,250 kg, com a media equivalente a 7,855 kg, o que o nosiciona dentre as especies em estudo, como a que anresenta media mais elevada ap5s a do dentao; nara a guaiuba, a menor amostra alcança valor igual a 3,650 kg e a maior de 4,325 kg,ccm a media correspondente a 3,905 kg, o que a posiciona dentre as especies em estudo, co mo a que apresenta media de menor valor; nara o dentio, a me nor amostra atinge o valor igual a 10,525 kg e a maior 16,575 kg, com a media equivalente a 14,150 kg, a mais alta dentro as especies em estudo; e, nara o cangulo, a menor amostra corresponde a 4,575 kg e a maior 5,425 kg, com a média cor - respondendo ao valor de 5,171 kg, o que o posiciona dentre as espécies em estudo, como a que apresenta media mais alta, ap6s a do pargo (Tabela II).
Do peso dos files obtidos dos indivIduosque cons tituiram cada amostra e a media obtida no conjunto das amos tra e a media obtida no conjunto das amostras nara cada espg cie, constata-se que: para o pargo, a menor amostra corres - nonde a 3,650 kg e a maior 7,800 kg, com a media equivalen-te a 5,955 kg, o que o posiciona dentre as espécies em estu do,como a que apresenta media mais elevada, apOs a do dentão. para a guaiuba, a menor amostra alcança valor igual a 3,150 kg e a maior 3,550 kg, com a media corresnondendo a 3,350 kg, o que a p6siciona dentre as epespecies em estudo, como a que apresenta media mais elevada ag6s a do pargo; para o dentio, a menor amostra alcança _valor igual a 6,950 kg e a maior 11,000 kg, com a media correspondente a 9,530 kg, a mais al-ta dentre as das espécies em estudo; e, para o cangulo, a me nor amostra corresponde a 1,500 kg e a maior 2,150 kg, com a media equivalente a 1,885 kg, a mais baixa dentre as das es pecies em estudo (Tabela II).
Considerando os dados percentuais do mesa dos indi viduos inteiros, das carcaças e dos files, integrantes de ca da amostra e no conjunto das amostras, Para cada especie, ve. rifica-se que os rendimentos das carcaças e dos "files sio bastante variiveis (Tabela II). Para o. pargo, o menor rendi mento das carcaças nor amostra, atinge 56,7% e o maior 57,4%, com media de 56,8%, o que o posiciona dentre as especies em estudo, como a que apresenta media de rendimento das carca-ças das mais baixas e somente suplantada pela da guaiuba; ji o menor rendimento dos files por amostra alcança 42,6° e o maior 43,9%, com media de 43,2%, das mais elevadas dentre as das espécies em estudo, somente suplantada pela da guaiuba. Para a guaiuba, o menor rendimento das carcaças por amostra, atinge 52,5% e o maior 54,9%, com media de 53,8%, o que a po sicinna dentre as espécies em estudo, como a que apresenta mé dia de rendimento das carcaças mais baixa; ji o menor rendi- mento dos files por amostra alcança 45,1% e o maior 47,5%; com media de 46,2%, a mais elevada dentre as das especies em estudo. Para o dentio, o menor rendimento das carcaças DOT
amostra, corresponde a 59,4% e o maior 60,2%, com media de o que o posiciona dentre as esnécies em estudo, como o que apresenta media de rendimento das carcaças das mais al tas, somente suplantada pela do cangulo; ji o menor rendimen to dos files por amostra alcança 39,3% e o maior 40,6%, com media correspondente a 40,2°, a mais baixa apOs a do cangulo. Para o cangulo, o menor rendimento das carcaças por amostra, atinge a 71,6% e a maior 75,3%, com media de 73,3%, o que o posiciona dentre as espécies em estudo, como o cue apresenta media de rendimento das carcaças mais alta; ji o menor rendi mento dos files nor amostra alcança 24,7% e so maior 28,4%, com media equivalente a 26,7%, a mais baixa dentre as espé-cies em estudo (Tabela II).
A variação (minim), mg_xinu e médio) do peso da car caga dos individuos integrantes de cada amostra, bem como dos
filés obtidos, para cada especie, pode-se verificar na Tabe-la III. Em geral, tal variação constatada é a seguinte: para o pargo, o mínimo peso da carcaça equivale a 0,200 kg e dos filés 0,125 kg, enquanto o miximo Peso da carcaça correspon-de a 3,175 kg e dos files 2,325 kg, sendo a media do Desoda carcaça iguala 0, 786 kge ados files equivalente a 0,592 kg; para a guaiuba, o mínimo peso da carcaça corresponde a 0,175 kg e dos files 0,125 kg, enquanto o mãximo peso da carcaça equivale a 0,700 kg e dos files 0,650 kg, sendo a média do peso da carcaça igual a 0,390 kg e a dos files equivalente a 0,335 kg; para o dentio, o mínimo peso da carcaça correspon de a 0,325 kg e dos files 0,275 kg, enquanto o m6ximo nesoda carcaça equivale: a 4,900 kg e dos files 3,100 kg, sendo a media do peso da carcaça igual a 1,454 kg e a dos filés cor respondente a 0,953 kg; e, para o cangulo, o mínimo peso da carcaça equivale a 0,275 kg e dos files 0,100 kg, enquanto o máximo peso da carcaça corresponde a 1,025 kg e dos files 0,400 kg, sendo a media do peso da carcaça igual a 0,504 kg e a dos files equivalente a 0,189 kg.
No estudo das relagaes peso do peixe - peso da car caça e peso do neixe peso dos files, para cada espécie, ve rificou-se a tendência dos pontos se distribuirem segundo uma linha reta, os quais depois de ajustados pelo método dos mínimos quadrados, forneceram as seguintes equag6es:
a) relação peso do pargo: y =-0,082
7oeixe - Peso da carcaça, + 0,624x (r-= 0,997) guaiuba: y = 0,089 + 0,423 x (r = 0,959) dentio: y =-0,136 + 9,645 X (r = 0,994) cangulo: y = 0,023 + 0,715 X (r = 0,988)
b) relação neSo do peixe - peso dos files, parco; y = 0,044 + 0,427 X (r = 0,990) guaiuba: y =-0,015 + 0,487 X (r = 0,993) dentio: y = 0,015 + 0,395 X (r = 0,995) cangulo: y = 0,020 + 0,240 X (r = 0,930)
onde X 6 o peso do peixe em kg, e Y 6 o peso da carcaça ou o peso dos files, em kg.
No estudo das relações comprimento total do peixe - peso da carcaça e comprimento total do peixe - peso dos. fi les,para cada es7n6cie, usou-se a equação que as representam:
TN aLb,
onde W = peso em g, L = comprimento do peixe em cm, os para.- metros a e b são constantes, e foram calculados atrav6s _ _ da reta de regressão linear (metodo dos mínimos quadrados) dos valores logarítmicos:
log W = log a + S log L,
tendo-se obtido as seguintes equações:
a) relação comprimento total do peixe - peso 2a car caça,
cargo: log W = -2,296 + 3,077 log L (r = 0,996) guaiuba: log W = -0,431 + 1,859 log L (r = 0,908) dentio: log W = -2,145-1- 3,066 log L (r = 0,986) cangulo: log W = -0,277 + 1,812 log L (r = 0,992)
files, pargo: log W = guaiuba: log W = dent-do: log W = cangulo: log W = -2,413 + 3,074 log L (r'= 0,998) -1,744 + 2,627 log L fr - = 1-,000D -2,037 + 2,908 log L (r = 0,999) 0,012 + 1,378 log L (r = 0,976)
Nas Tabelas IV e V, são evidenciados os dados refe rentes 'is relag5es peso do Peixe peso da carcaça, peso do peixe - peso dos files e comprimento total do peixe peso da carcaça, comprimento total do peixe - peso dos filgs, pa-ra cada uma das espécies do presente tpa-rabalho.
SUMARIO
0 trabalho apresenta os resultados de um estudo so bre o rendimento de files e de carcaça a partir de neixes in teiros, de quatro espécies marinhas consideradas importantes no processamento industrial: o pargo, Latjanu4 pcapimeuz Poey; a guaiuba, Ocybutu6 chtouxuA Gill; o dentio, Lu-janto Pica Poey; e o cangulo, Batatez ventula Linnaeus, que habitam as
águas costeiras do Estado do Cear i - Brasil.
o estudo foi realizado numa indUstria pesqueira de Fortaleza (Ceari - Brasil), no período de 01 de setembro a 30 de novembro de 1980, com base em 5 amostras dV10 indivl-duos, para cada uma das esnecies, totalizando 20 amostras e o correspondente a 200 peixes analisados.
Os individuos de cada amostra foram medidos e nesa dos isoladamente e em seu conjunto, bem como, deles retira-dos os files e consideradas as carcaças, que tambem foram ne.: sados isoladamente e eM seu conjunto.
Dos registros das Pesagens efetuadas, foram fei- tas as tabulagOes dos dados, os quais, atraves de cilculos, nermitiram oferecer os rendimentos de cada amostra e no to-tal, para cada uma das espécies em estudo.
Em geral, os rendimentos medios das amostras para cada esnecie, em nercentagens Jos -pesos são os seguintes: na ra o pargo, 56,3% de carcaça e 43,2% de files; para a guaiu ba, 53,8% de carcaça e 46,2% de files; para o dentão, 59,7% de carcaça e 40,2% de files; e, para o cangulo, 73,3% de car caga e 26,7% de files.
0 trabalho tambem contempla os resultados das rela gaes entre o peso do peixe - peso da carcaça, peso do neixe-nwsx dos files, comnrimento total - neso da carcaga e comnri mento total - peso dos files, para cada uma das esnecies em estudo. As equagOes obtidas foram as seguintes:
a) relação peso do peixe - peso da cai-caça, pargo: guaiuba: dentão: cangulo: Y = -0,082 Y = 0,089 = -0,136 Y = 0,023 + 0,624 X
(r =
+ 0,423 X (r = + 0,645 X(r =
+ 0,715 X(r =
0,997) 0,959) 0,994) 0,988)Peso do peixe peso dos files; b) relação pargo: guaiuba: y dentão: y cangulo: y = 0,044 = -0,015 0,015 0,020 + 0,427 x (r = 0,990) + 0,487 x (r = 0,993) + 0,395 X (r = 0,995) + 0,240 xfr = 0,930)
i=,0,996) = 0,908) = 0,986) = 0,992) caga,
pargo: log W = -2,296 + 3,077 log E (r guaiuba: log W = -0,431 + 1,859 log L (r dentão: log W = -2,145 + 3,066 log L (r cangulo: log W = -0,277 + 1,812 log L (r
d) relação comprimento total do peixe - peso dos
+ 3,074 log L + 2,627 log L + 2,908 log L + 1,373 log L (r = 0,998) (r = 1,000) (r = 0,999) (r = 0,976) files, pargo: log W = -2,413 guaiuba: log W = -1,711 dentão: log W = -2,037 cangulo: log W = 0,912
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Dados do ndmero de
individuos em
cada amostra e da variação do peso (kg) e tamanho (cm) dos indivl-duos amostrados , bem como as pesagens em cada amostra dosindividuos
inteiros, das carcaças e dos Li les obtidos, de cada esp6cie de peixe em estudo. Material proveniente das amostragens realizadas nu-ma - indilstria de pesca de Fortaleza (Cear g - Brasil), no periodo de 01 de setembro a 30 de novembrode 1980. Amostras Milner° de individuos das amos- tras
Variação do peso e tamanho dos individuos Pesagens das amostras (kg) Peso (kg) Tamanho (cm) dos indi
viduoi- inteiros das carcaças dos files obtidos Mínimo i Miximo Médio MinimmiNgximo Medic)
PARGO I 10 0,400 1,400 0,843 32 50 41 8,425 4,775 3,650 II 10 0,450 1,825 1,032 32 53 41 10,325 5,850 4,475 III 1Q 0,350 4,950 1,760 30 75 47 17,600 10,100 7,500 ry 10 0,425 5,500 1,805 32 77 51 18,050 10,250 7,800 V 10 0,325 4,125 1,465 30 65 46 14,650 8,300 6,350 Total 50 0,325 5,500 1,381 30 77 45 69,050 39,275 - 29,775
Amostras
Niimero de individuos
das amos- tras
Variação do peso e tamanho dos indivIduos Pesagens das amostras (kg) Peso (kg) Tamanho (cm) dos indi
viduos- inteiros das carcaças dos files obtidos Minimo Máximo i Médio Minim° Mriximo Médio
GUAIUBA I 10 0,625 1,125 0,650 40 51 44 7,875 4,325 3,550 II 10 0,450 1,050 0,733 32 50 42 7,325 3,850 3,475 III 10 0,400 1,350 0,693 32 51 40 6,925 3,775 3,150 ry 10 0,375 1,150 0,733 34 51 42 7,325 3,925 3,400 V 10 0,300 1,225 0,683 31 52 41 .6,825 3,650 3,175 Total 50 0,300 1,350 0,698 31 52 42 .36,275 19,525 16,750 ENTA 0 I 10 0,800 6,100 2,650 36 73 54 26,500 15,750 10,750 II 10 1,000 8,000 2,758 39 77 54 27,575 16,575 11,000 III 10 1,225 6,000 2,433 42 71 53 24,325 14,450 9,875 ry 10 0,600 5,400 1,748 34 68 46 17,475 10,525 6,950 V 10 0,850 7,200 2,253 36 77 50 22,525 13,450 9,075 Total 50 0,600 8,000 2,368 34 77 51 118,400 70,750 47,650
Nilmero de indivíduos
das amos tras
Variação do peso e tamanho dos indivíduos Peso (kg)
Médio Mínimo Máximo Medici
Pesagens das amostras (kg) dos indi viduos-inteiros Amostras Mínimo Máximo Tamanho (cm) das carcaças dos files obtidos CANGULO I 10 0,525 1,425 0,756 35 53 42 7,575 5,425 2,150 II 10 0,400 1,232 0,726 32 56 44 7,257 5,355 1,902 III 10 0,450 0,975 0,713 40 56 48 7,125 5,150 1,975 117 10 0,450 0,750 0,608 41 SO 45 6,075 4,575 1,500 V 10 0,475 1,175 0,725 40 58 46 ,-- 7,250 5,350 1,900 Total 50 0,400 1,425 0,706 32 58 45 35,282 25,855 9,427
TABELA It
Dados das pesagens (kg) das amostras e rendimentos em carcaças e filés obtidos, de cada espécie de neixe em estudo. Material proveniente das amostragens realizadas numa indiistria de pesca de Fortaleza (Ceará - Bra
sil), no período de 01 de setembro a 39 de novembro de 1980.
Pesagens (kg) das amostras e rendimentos (%) dos individuos
inteiros das carcaças I dos filés obtidos Amostra kg kg o o kg o o PARGO I 8,425 100,0 4,775 56,7 3,650 43,3 II 10,325 190,0 5,957 56,7 4,475 43,3 III 17,600 109,9 19,199 57,4 7,590 42,6 ry 19,059 100,0 10,250 56,8 7,800 43,2 V 14,650 100,0 3,300 56,7 6,350 43,3 Média 13,910 100,0 7,255 56,3 5,955 43,2 GUAIUBA I 7,875 100,0 4,325 54,9 3,550 45,1 II 7,325. 100,0 3,350 52,5 3,475 47,5 III 6,925 100,0 3,775 54,5 3,150 45,5 IV 7,325 100,0 3,925 53,5 3,400 46,5 V 6,825 100,0 3,650 53,4 3,175 46,5 Média 7,255 100,0 3,905 53,8 3,350 46,2
Amostras
Pesagens (kg) das amostras e rendimentos (%) dos individuos
intêiros das carcaças dos fires obtidos kg O O kg kg o O DENTRO I 26,500 100,0 15,750 59,4 10,750 40,6 II 27,575 100,0 ' 16,575 60,1 11,000 39,9 III 24,325 100,0 14,450 59,4 9,875 40,6 IV _ 17,475 100,0 10,525 60,2 6,950 39,3 V 22,525 100,0 13,450 59,7 9,075 10,3 Mgdia 23,630 100,0 14,150 59,8 9,530 I 40,2 CANGULO I 7,575 100,0 5,425 71,6 2,150 23,4 II 7,257 100,0 5,355 73,8 1,902 26,2 III 7,125 100,0 5,150 72,2 1,975 27,3 IV 6,075 100,0 4,575 75,3 15,09 24,7 V 7,250 100,0 5,350 73,7 1,900 26,3 Mgdia 7,056 100,0 5,171 73,3 1,825 26,7
Amostra
Variação do peso (kg) da carcaça e dos files
Files
CarcaçaMinima Mxiiiio Médio I Minimo Mãximo Medic, Dados da variação (minima, mgxima e media) do peso (kg) da carcaça e dos files por amostra e em seu conjunto, de cada especie de peixe em estudo. Material proveniente das amostragens realizadas numa industria de pesca de Fortaleza (Ceará - Brasil), no Period° de 91 de setembro a 39 de no-
vembro de 1930. PARGO I 0,225 0,800 0,478 0,175 0,600 0,365 II 0,250 1,000 0,585 0,175 0,825 0,447 III 0,200 2,975 1,010 9,150 1,975 0,735 TV 0,350 3,175 1,025 0,250 2,325 0,780 V 0,200 2,425 0,830 0,125 1,700 0,635 Geral 0,200 3,175 0,786 0,125 2,325 0,592 GUAIUBA 1 0,325 0,600 0,433 0,275 0,525 0,355 II 0,275 0,525 0,335 0,175 0,525 0,348 III 0,200 0,700 0,378 0,175 0,650 0,315 ry 0,200 0,575 9,393 0,175 0,575 0,340 V 0,175 0,650 0,365 0,125 0,575 0,318 Geral 0,175 0,700 0,390 0,125 0,650 0,335
Amostra
Variação do peso (kg) da carcaça e dos filés
Carcaça Fires
Mlnimo Malmo Medic) NInimo Ngximo I Médio DENTA0 0,450 3,650 1,575 0,350 2,450 II 9,575 4,900 1,653 0,425 3,100 III 0,650 3,600 1,445 0,425 2,400 IV 0,325 3,106 1,053 0,275 2.300 0,475 4,550 1,549 0,375 2.650 Geral 0,325 4,999 1,454 0,775 3,100 1,075 1,100 0,988 0,695 0,908 0,953 CANGULO I - 0,325 1,925 0,543 0,150 0,400 0,215 II 0,275 0,930 0,536 0,100 0,302 0,190 III 0,350 0,700 0,450 0,125 0,275 0,198 TV 0,300 0,600 0,453 0,125 0,200 0,150 V 0,325 0,925 0,535 0,125 0,300 0,190 Geral ! 9,275 1,025 0,504 0,100 0,490 0,189
Fires
Carcaça Filgs ses - g)f trados CarcaçaPeso do INUmero del peixe(cen- 1 indivi-trodeclas duos amosl
Peso total mgdio (g) observado
Peso total (g) - calculado Dados sobre o peso do peixe - peso total da carcaça e dos filgs,por .clas ses de peso, de cada espgcie de peixe. Material proveniente das amostra-gens realizadas numa indiistria de pesca de Fortaleza (Ceará - Brasil),
no period° de 01 de setembro a 30 de novembro de 1980
PARGO 579 12 280 206 291 279 1.098 17 619 472 603 513 1.617 8 881 716 927 734 2.136 2 1.300 1.100 1.251 956 2.655 2 1.500 1.200 1.575 1.178 3.174 1 2.025 1.525 1.899 1.399 3.693 2 2.200 1.675 2.222 1.621 4.226 3 2.425 1.700 2.555 1.849 4.731 2 2.975 1.975 2.870 2.064 5.250 1 3.175 2.325 3.194 2.286 Total 50 - - - - GUAIUB 349 4 213 169 240 155 455 10 270 205 I 286 207 561 3 316 266 331 258 667 9 355 311 377 310 773 7 410 350 1 423 361 879 4 463 394 469 413 985 5 513 463 1 514 465 1.091 1.197 4 568 2 616 500 1 560 516 606 568 1.303 2 700 650 652 620 Total
SO
Carcaça Filas Carcaça
Fires
Peso do Namero delpeixe(cen-, indivi-tro de clas ¡duos amos
ses - g)7
tradosPeso total madio Peso total
(g) - observado (g) - calculado DENTRO 968 21 590 422 483 397 1.709 7 933 662 966 690 2.450 8 1.419 997 1.444 983 3.191 5 2.045 1.285 1.922 1.275 3.932 3 2.333 1.625 2.400 1.568 4.673 1 2.900 1.675 2.878 1.861 5.414 1 3.100 2.300 3.356 2.154 6.155 2 3.625 2.425 3.834 2.446 6.896
1
4.550 2.650 4.312 2.739 7.6371
4.900 3.100 4.790 3.032Total
50
CANGULO 452 9 345 135 346 128 556 10 439 150 421 153 660 7 491 178 495 178 764 10 558 203 569 203 868 6 650 230 644 228 972 2 725 258 718 253 1.076 1 725 300 792 278 1.180 2 925 250 867 303 1.284 2 930 302 941 328 1.388 1 1.025 400 1.015 353 Total I 50Dados sobre o comprimento do peixe DOSO total da carcaça e dos files,
por classes de tamanho, de cada esnecie de peixe. Material proveniente das amostragens realizadas numa ind5stria de Pesca de Fortaleza (Ceari -
Brasil), no período de 01 de setembro a 30 de novembro de 1980.
Comprimen-IN6mero de' Peso total médio Peso total todoneixe
(centro de
indivi-! duos amosi
(g) - observado (g) - calculado classes-al trados Carcaça Files Carcaça
Files
PARGO 32 8 234 159 217 164 37 7 332 260 311 256 42 5 530 405 500 378 W 12 642 490 707 534 52 10 850 678 965 728 57 2 1.300 1.100 1.280 966 62 67 1
1
1.500 2 2.216 1.200 1.633 1.658 2.105 1.251 1.588 72 1 2.975 1.975 2.626 1.981 77 2 3.175 2.325 3.226 2.435 Total 50 - - - - GUAIUBA 32 3 , 216 166 230 1 160 34 8 257 196 261 190 36 4 270 215 293 224 38 2 300 262 327 262 40 8 356 303 363 303 42 6 388 325 400 348 44 8 1 459 406 439 397 46 4 500 450 480 451 48 3 583 533 522 503 50 4 632 563 566 569 Total 50 - - - -Comprimen- todopeixe (centro de classes-al Niimero de indivi- duos amos trados ---
Peso total médio
(g) - observado (g) - calculado Peso total Carcaça Files Carcaça Files
D NTÃO 39 6 458 354 427 311 43 10 612 438 608 434 47 9 794 550 834 586 51 2 988 700 1.111 769 55 6 1.387 975 1.444 936 59 7 1.818 1.186 1.838 1.210 63 3 2.192 1.467 2.299 1.533 67 3 2.808 1.883 2.833 1.369 71 2 3.625 2.425 3.444 2.249 75 2 4.725 2.875 4.138 2.667 Total 50 - - - - CANGULO 31
