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A logística na visão de empresas do ramo metalmecânico do Norte do Estado do RS

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Academic year: 2021

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Fabio Rodrigo Gomes de Oliveira 2 Marcos Paulo Dhein Griebeler 3

RESUMO

O artigo aborda uma pesquisa realizada junto a empresas do setor metalmecânico, situadas no norte do Rio Grande do Sul, com o objetivo de compreender a relevância que elas atribuem à logística no desenvolvimento e no resultado de suas atividades. Para tanto, recorre à bibliografia para apresentar alguns conceitos de logística. Em seguida apresenta os dados coletados a partir da aplicação de questionários a gestores das organizações pesquisadas, com gráficos ilustrativos do entendimento manifestado em cada uma das respostas. Na sequência, traz uma análise dos dados coletados, que demonstra a necessidade do gestor de logística ter conhecimento não só dos processos dentro da empresa, mas um saber sistêmico que lhe permita estabelecer relações entre os setores e os processos a fim de encontrar alternativas que otimizem a utilização dos recursos e os resultados. A última parte do trabalho enfatiza em que medida as empresas contatadas consideram a logística como diferencial competitivo em suas atividades.

Palavras-chave: Logística. Empresas. Processos. Gestor. Competitividade.

INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta o tema da logística na visão das empresas, sendo que para desenvolvê-lo foi realizada uma pesquisa em organizações do norte do estado do Rio Grande do Sul, através da aplicação de um questionário composto por dez perguntas cujas respostas são apresentadas e analisadas no decorrer deste texto.

Na primeira parte do trabalho, apresenta-se conceitos de logística que contribuem para o entendimento da temática, a fim de garantir a compreensão da importância de que as organizações estruturem os setores e qualifiquem seus colaboradores para atuar de forma sistêmica no que se refere à logística.

A segunda parte do artigo detalha as perguntas que integraram a entrevista e apresenta a distribuição percentual dos resultados (APÊNDICE A), a fim de, na sequência, analisar-se como a logística contribui ou deve contribuir diante dos desafios para a redução de custos e

1 Artigo apresentado ao Curso de Pós – Graduação – MBA em Logística da Universidade Regional do Noroeste

do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.

2Pós-graduando. Graduado em Tecnologia em Logística. fabio_gom_oli@hotmail.com

3Orientador. Docente do Curso de Pós – Graduação – MBA em Logística da Universidade Regional do Noroeste

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para a agilidade dos processos nas empresas do norte do Estado do Rio Grande do Sul, no ramo metalmecânico.

Por fim, analisa-se o resultado do questionário aplicado, abordando o perfil que um gestor de logística deve assumir diante dos desafios para redução de custos e para agilizar os processos nas organizações, bem como a influência que a área tem nas decisões estratégicas e como as direções das empresas enxergam a logística em suas atividades. A última parte do trabalho enfatiza em que medida as empresas contatadas consideram a logística como diferencial competitivo em suas ações, sendo que estas são nomeadas como Empresa e numeradas de 1 (um) a 13 (treze), ou seja Empresa 1, Empresa 2 e assim sucessivamente, a fim de preservar sua identidade.

1 A LOGÍSTICA COMO DIFERENCIAL PARA A COMPETITIVIDADE

Recorreu-se à pesquisa bibliográfica para conceituar logística bem como para apresentar alguns aspectos que as organizações empresariais devem considerar ao investir na área. Segundo Gil (2002, p. 44-45), a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos científicos”. Aborda-se, então, os estudos de Christopher (1997); Ballou (1993); e Bowersox (1986).

Christopher (1997) diz que a logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, a movimentação e a armazenagem de materiais de modo a poder maximizar as lucratividades presentes e futuras por meio de atendimento dos pedidos a baixo custo.

Para Ballou (1993), a logística pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e aos consumidores através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visem facilitar o fluxo de produtos.

Segundo Bowersox (1986), a logística é um esforço integrado, que objetiva ajudar a criar valor para o cliente com o menor custo total possível.

Gil (2002) diz que a coleta de dados geralmente apresenta a forma de uma coleção de itens ordenados em seções correspondentes ao desenvolvimento que se pretende dar à pesquisa. Para coletar os dados, então, elaborou-se um questionário incluindo os itens considerados relevantes pelo pesquisador, com oito questões de múltipla escolha e duas descritivas.

Sendo assim, para realização da pesquisa foram enviados os questionários (APÊNDICE A) via e.mail para 190 (cento e noventa) organizações, sendo que 150 (cento e

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cinquenta) responderam, e 14 (quatorze) delas deixaram suas considerações sobre como percebiam a logística. As respostas tabuladas estão no Apêndice A e ao longo desta sessão aparecem sintetizadas em gráficos.

Os gráficos ilustram o entendimento manifestado em cada uma das respostas. Na sequência, uma análise dos dados coletados demonstra a necessidade do gestor de logística ter conhecimento não só dos processos dentro da empresa, mas um saber amplo que lhe permita estabelecer relações entre os setores e os processos a fim de encontrar alternativas que otimizem a utilização dos recursos e os resultados.

Para responder a primeira pergunta do questionário aplicado (APÊNDICE A), deveria ser manifestada a existência ou não de um setor voltado aos processos de logística na empresa, pelo que se verificou, conforme a Figura 1, que 62% das pesquisadas têm um setor de processos logísticos. Essas podem se beneficiar dos conceitos para obterem um processo mais enxuto e rentável em suas organizações, tomando o setor como um diferencial competitivo para melhorar sua eficiência. Porém, 38 % das empresas ainda desconhecem os referidos processos e a evolução da logística com sua diversidade de alternativas para as operações na área de estoque, armazenamento e transporte.

Figura 1: Existe um setor voltado a processos de Logística na empresa?

Fonte: Pesquisa (2015).

Em seguida, perguntou-se como se apresenta a logística na empresa do pesquisado. Pelas respostas, apurou-se que 19% consideram-na bem definida na organização; 75% manifestaram que a área está interligada com outras; e 6% afirmaram que não há uma clara definição de logística na empresa. (FIGURA 2).

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Figura 2: Como se apresenta a Logística na sua empresa?

Fonte: Pesquisa (2015).

A terceira questão abordou a importância da logística na empresa. No que se refere a esse aspecto, como se pode verificar na Figura 3, 50% das respostas afirmaram ser muito importante; para 37% é importante; para 13% ela é pouco importante na empresa; nenhum dos entrevistados disse que logística não teria importância para sua organização.

Figura 3: Qual a importância da Logística para a empresa?

Fonte: Pesquisa (2015).

Na Figura 4 estão representadas as respostas para a questão: O setor de logística tem poder de decisão no planejamento estratégico e no desenvolvimento de novos projetos? Constatou-se que 68% afirmaram que sim e 32% responderam que não.

1 2 3

(1) 19% Bem definida (2) 75% Interligada com outras áreas (3) 6% Não ha uma clara definição de logística aqui

1 2 3 4 5

(1) 0 Nenhuma importância (2) 13% Pouco importante (3) 37% Importante (4) 0 Não sei responder (5) 50% Muito importante

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Figura 4: O setor de Logística tem poder de decisão no planejamento estratégico e no desenvolvimento de novos projetos.

Fonte: Pesquisa (2015).

Em caso de resposta afirmativa à pergunta sobre o poder de decisão do setor de logística no planejamento estratégico e no desenvolvimento de novos projetos, deveriam ser apontados os referidos projetos, pelo entrevistado. (FIGURA 5). Os percentuais ficaram assim distribuídos: 56% compras; 63% fornecedores; 37% embalagens; 69% transporte 43% logística reversa; 31% comercial; 31% faturamento; 44% armazenamento; 12% controladoria; 38% estoque; 19% layout no desenvolvimento de novas linhas de produção; 44% PCP ; 44% movimentação interna; 19% sistemas ( WMS); 44% importação e exportação.

Figura 5: O setor de Logística tem poder de decisão no planejamento estratégico e no desenvolvimento de quais projetos?

Fonte: Pesquisa (2015). 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Série1 Série2

(1) 56% compras (2) 63% ) fornecedores (3) 37% embalagens (4) 69% transporte (5) 43% logística reversa (6) 31% comercial (7) 31% faturamento (8) 44% armazenamento (9) 12% controladoria (10) 38% estoque

1 2

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Na Figura 6, observa-se que 69% dos entrevistados acreditam que a organização em que trabalham vê a logística como um diferencial competitivo e 31% , em contrapartida, acreditam que não.

Figura 6: A empresa vê a Logística como um diferencial competitivo?

Fonte: Pesquisa (2015).

Questionou-se em qual área a logística possui maior influência. Entre as empresas, o percentual de influência da logística, conforme as organizações pesquisadas, ficou distribuído entre os setores da forma como está expresso na Figura 7.

Figura 7: Em qual área ela possui maior influência. Entre as empresas pesquisadas o percentual dos setores em que a logística tem maior influência recai sobre...

Fonte: Pesquisa (2015). 1 2 (1) 69% Sim (2) 31% Não 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Série1 Série2

(1) 25% compras (2) 12% fornecedores (3) 25% embalagens (4) 75% transporte (5) 19% Logística reversa (6) 12% comercial (7) 12% faturamento (8) 37% armazenamento (9) 0 controladoria (10) 12% estoque (11) 6% layout no desenvolvimento de novas linhas de produção (12) 5% PCP (13) 37% movimentação interna

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Pela Figura 8, percebe-se que transporte, processos e estoques são os mais beneficiados com redução de custos, seguidos por fornecedores, prazos e programação. Figura 8: No seu entendimento, a Logística contribui na redução de custos em quais destes itens?

Fonte: Pesquisa (2015).

A última pergunta visou verificar a existência de interação da logística com alguma das seguintes áreas: comercial (24% conforme respostas); marketing (12%); RH (9%); produção (55%), como mostra a Figura 9. A maior interação se dá com a área de produção, 55%.

Figura 9: Existe interação da Logística com algumas dessas áreas?

Fonte: Pesquisa (2015). 1 2 3 4 5 6 7 0 20 40 60 80 100 Série1 Série2

(1) 69% processos (processos mais eficaz lean manufacturing) (2) 88% transporte ( cotação de fretes e análise dos diversos modais de transporte ) (3) 63% estoque (redução de estoque e processo Just in time) (4) 37% fornecedores ( desenvolvimento de novos fornecedores com maior eficácia) (5) 44% prazos ( prazos de entregas e com lead time menor) (6) 25% programação (suta pé mais curtos com maior produção de itens com maior giro) (7) 6% nenhum

1 2 3 4 (1) 24% Comercial (2) 12% Marketing (3) 9% RH (4) 55% Produção

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Na continuidade, serão apresentadas as considerações sobre a relação logística e competitividade, na visão dos entrevistados que responderam as duas últimas perguntas do instrumento de coleta de dados, de forma descritiva.

2 A LOGÍSTICA NA VISÃO DE EMPRESAS DO RAMO METALMECÂNICO DO NORTE DO ESTADO DO RS

Com as informações obtidas na pesquisa, pode-se analisar a necessidade de um gestor de logística ter conhecimento não só dos processos dentro da empresa, mas conhecer aspectos como a aquisição da matéria prima, dos processos da área fabril, do armazenamento, da expedição e do transporte até o cliente final.

Conhecer a Cadeia de Suprimentos ou Supply Chain Management é importante para o planejamento de processos nas empresas que integram toda cadeia, não somente as áreas funcionais da organização, mas também o alinhamento dos esforços de diversas áreas em busca da redução de custos. Isso visando agregar o máximo de valor ao cliente final e, consequentemente, maior rentabilidade com o uso das diversas ferramentas da logística como Just In Time, Kaban, Cross-Docking e sistema Lean, para diminuir os custos e aumentar a produtividade. (WOMACK, 2004). Possuir esse conhecimento pode ser considerado um diferencial na hora da empresa se posicionar no mercado.

Um dos maiores custos envolvidos na logística são os modais de transporte, que giram em torno de 60%. Saber dimensionar esses custos, utilizando os diversos tipos de modais para baixá-los pode trazer grandes resultados, com a redução sem deixar de atender as necessidades dos clientes e sem comprometer o planejamento da empresa. Embora não existam levantamentos específicos, estima-se que no Brasil os gastos com as atividades logísticas correspondam a cerca de 17% do PIB, com base no fato de que os gastos com transporte correspondem a 10% do PIB, e que na média o transporte corresponde a 60% dos custos logísticos. (FLEURY, 2000).

Buscar novas alternativas em todas as áreas, utilizando as ferramentas de que a logística dispõe, como mesclar os diversos tipos de modais, pode auxiliar as empresas a desenvolverem novos fornecedores, além de melhorar os processos de produção com sistema mais enxuto Diante disso, são muitos os desafios inerentes ao cotidiano de um gestor de logística. Com um mercado cada vez mais exigente, eficiência e agilidade com menor custo são demandados. Por isso, cada vez mais a logística inbound e outbound (BOWERSOX; CLOSS, 2001) devem ser exploradas e os gestores de logística devem ter como base, em seu

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perfil, domínio ou conhecimento em diversas áreas para poder analisar e tomar as melhores decisões num mercado altamente competitivo.

Logística inbound e logística outbound, segundo Bowersox; Closs (2001), incluem a tomada de decisão em transportes, o que requer informações disponíveis e equipes capacitadas e treinadas para processar as informações, a fim de que a empresa possa atender suas necessidades operacionais e as estratégicas

Além disso, a armazenagem e o manuseio de materiais, segundo Ballou (1993), são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas, e seus custos podem absorver até 40% das despesas com logística.

Por se tratar de um setor que é responsável por suprir as necessidades da produção e também do atendimento às obras, se a logística funcionar de forma satisfatória, isso se refletirá positivamente nos demais processos da empresa. Por isso, o setor deve ser dinâmico e funcionar de forma ágil, a fim de atender à demanda de entrada e saída de materiais na empresa, buscando de todas as formas reduzir custos, tempo de processos e satisfazer as necessidades da empresa, tal como do cliente final.

Os questionários (APÊNDICE A) foram respondidos por 150 (cento e cinquenta) empresas, sendo que 14 (quatorze) deixaram suas considerações sobre como percebiam a logística. A partir deste ponto da sessão, serão apresentadas as considerações sobre a relação entre a logística e a competitividade, na visão dos entrevistados.

A Empresa 1 não vê a logística como diferencial competitivo porque, segundo o entrevistado, não é o foco da empresa. A Empresa 2 vê a logística como um diferencial competitivo por estar afastada dos clientes e fornecedores dos grandes centros. O diferencial foi referido principalmente no que tange à movimentação de materiais no tempo certo e sem avarias, considerando que equipamentos entregues com avarias geram descontentamento e retrabalho para a área de pós-vendas.

A próxima empresa pesquisada, Empresa 3, percebe a logística como um diferencial competitivo porque contribui diretamente com os processos produtivos da empresa, através da criação de dispositivos para facilitar a movimentação, produção, transporte e armazenagem, assim como a obtenção de matéria prima, a definição de métodos e processos, entre outros. Entende, ainda, que a logística poderia ser um diferencial ainda maior com ênfase no uso dos recursos como JIT, que procura constantemente a melhoria do processo produtivo. (SCANDOLARA et al, 2002). e Lean, manufatura enxuta, também chamado de Sistema Toyota de Produção, uma filosofia de gestão focada na redução dos sete tipos de desperdícios: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário,

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movimento e defeitos. (CHRISTOPHER, 1997).

A Empresa 4 acredita na logística como um diferencial competitivo, por entender que esta, dentro do parque fabril, em um layout bem definido e trabalhado, diminui o custo de logística da matéria prima tanto na sua entrada quanto na saída dos produtos acabados, bem como do frete, porque o valor de um transporte pode interferir em uma futura venda. A logística também pode ser mais eficaz e contribuir com uma visão ampla e detalhada dos pontos de compra e venda da empresa.

A Empresa 5 vê a logística como um diferencial competitivo, porque influencia diretamente nos custos, nos prazos e, assim, na satisfação do cliente. Entende que a logística precisa ser algo definido e estratégico; precisa ser envolvida e pensada desde o momento comercial, na venda de uma obra, até na expedição do produto pronto, assim, pode contribuir para diminuir os custos.

A Empresa 6 entende a logística como um diferencial competitivo porque é um setor de apoio fundamental à área de produção. Faz um intercâmbio de processos e execuções entre os demais setores operacionais. Por outro lado, aponta que isso depende da sistemática interna de cada empresa.

Quanto à Empresa 7, compreende que a logística é a principal fonte de abastecimento e movimentação de recursos para a produção, gerando como consequência maior produtividade e eficiência produtiva. Para ela, a logística contribui na otimização dos custos, diminuição do lead time e melhoria na competitividade. Além disso, pode ser mais eficaz e contribuir buscando entre os modais disponíveis o melhor custo benefício possível, analisando tempos e valores.

A Empresa 8 informou que apesar de na empresa não haver um departamento de logística – é interligado às áreas comercial e suprimentos – entende o processo como diferencial, uma vez que à medida que encurta o prazo desde a compra de matérias primas até a fabricação dos produtos, é possível disponibilizar menor volume de recursos para estoques e receber matérias primas e consumíveis no menor prazo possível e necessário para a fabricação.

Para a Empresa 9, a logística pode ser mais eficaz e contribuir tendo maior participação nas decisões desde quanto aos novos fornecedores como também na manufatura enxuta para redução dos estoques. A Empresa 10 acredita que a logística é um diferencial na busca constante da qualidade e de preços atrativos. Outra organização entrevistada, a Empresa 11, defende a logística como um diferencial competitivo porque é um departamento que controla o estoque e o transporte, em função dos altos valores agregados. A logística, como os

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demais departamentos da empresa, tem a missão de proporcionar melhores resultados, para isso deve utilizar ferramentas como A3, Ishikawa, 5 Por quês, etc. O objetivo dessas ferramentas é entender todo tipo de problema e atacar a causa raiz, fazendo com que as ações sejam efetivas e eficazes. A logística deve ter a visão de resolver seus problemas de uma forma definitiva para depois conseguir trabalhar em melhoria contínua (Lean).

A Empresa 12 expõe que a logística apresenta-se como um diferencial competitivo na redução de custos de movimentação e estoques. Cita, ainda, manufatura enxuta, respostas rápidas, otimização de tempos e eliminação de perdas.

Outra organização pesquisada, a Empresa 13, diz que a logística tem diferencial competitivo no seu caso, em função da distância entre a sede e seus clientes. Defende que a integração entre os setores é a chave do sucesso da logística, sendo que todas as áreas devem ser envolvidas nas questões da logística, pois todas têm grande influência para a excelência deste aspecto.

As respostas aos questionários aplicados e devolvidos pelas organizações, sendo um total de quatorze, demonstram que treze delas consideravam a logística como um diferencial para a competitividade, o que reitera a importância de estudos que esclareçam conceitos e indiquem possibilidades de atuação na área.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização da pesquisa permitiu avaliar-se as áreas de uma empresa que apresentam maior deficiência no que se refere à logística e que devem ser melhor exploradas para que se tornem um diferencial e tragam melhores resultados. Na visão das organizações que responderam à pesquisa, a maior interação com a logística se dá com a área de produção, seguida da área comercial, entretanto, áreas como marketing e RH apresentam pouco envolvimento com este aspecto fundamental que é a logística dentro de uma empresa.

Além disso, concluiu-se sobre a importância de sempre buscar atualização através da melhoria contínua com conhecimento de novos conceitos dentro e fora da empresa. Mais que isso, possuir um saber sistêmico, como da aquisição da matéria prima, dos processos da área fabril, do armazenamento, da expedição e do transporte até o cliente final.

Por outro lado, pode-se analisar que uma grande porcentagem das empresas (38%), estão deixando de se beneficiar das ferramentas que a logística tem para reduzir seus custos e maximizar seus lucros. Essas estão, portanto, perdendo oportunidades de se tornarem mais competitivas dentro de um mercado que cada vez mais exige agilidade e respostas rápidas

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com menores custos, através de processos enxutos e com menores perdas, sem deixar de atender as exigências dos clientes.

Dentre os benefícios apontam que a logística controla e reduz custos de estoque e de transporte; garante manufatura enxuta, respostas rápidas, otimização de tempos e eliminação de perdas; busca constantemente qualidade e preços atrativos; encurta o prazo desde a compra de matérias primas até a fabricação dos produtos; faz um intercâmbio de processos e execuções entre os demais setores operacionais;

REFERÊNCIAS

BALLOU, R. H. Logística empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São Paulo. Atlas, 1993.

BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo. Atlas, 2001.

CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para redução de custos e melhoria de serviços. São Paulo: Pioneira, 1997.

FLEURY, Paulo Fernando. Perspectivas para a logística brasileira. Revista Tecnologística, v. 30, n., 1998. Disponível em: <http://professorricardo.tripod.com>. Acesso em: 20 out. 2015. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002.

SCANDOLARA, Neudi Luís; HOLANDA, Lucyanno Moreira Cardoso; COLMENERO, João Carlos; FRANCISCO, Antonio Carlos de. K. A. Logística e transportes: uma discussão sobre os modais de transporte e o panorama brasileiro. In: ENEGEP, v. XXII, n. 6, out. 2002. Disponível em: <http://tecspace.com.br>. Acesso em: 22 out. 2015.

WOMACK, James; JONES, Daniel. Lean Thinking, a mentalidade enxuta nas empresas. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

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APÊNDICE

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIOS PARA COLETA DE DADOS

Com base nas informações vamos analisar o perfil que um gestor de Logística deve assumir diante dos desafios para redução de custos e agilidade nos processos nas empresas do norte do Estado do Rio Grande Do sul no ramo metal mecânico. Vamos analisar e influencia nas decisões estratégicas e como as direções das empresas enxergam a Logística em suas entidades.

A) Existe um setor voltado a processos de Logística na empresa? ( 62% ) sim

( 38% ) não

B) Como se apresenta a Logística na sua empresa? ( 19% ) Bem definida

(75% ) Interligada com outras áreas

(6% ) Não ha uma clara definição de logística aqui C) Qual a importância da Logística para empresa? ( 0 ) Nenhuma importância

( 13% ) Pouco importante ( 37% ) Importante ( 0 ) Não sei responder ( 50% ) Muito importante

D) O setor de Logística tem poder de decisão no planejamento estratégico e no desenvolvimento de novos projetos.

( 68% ) sim ( 32% ) não Se sim, em quais? ( 56% ) compras ( 63% ) fornecedores ( 37% ) embalagens ( 69% ) transporte ( 43% ) Logística reversa ( 31% ) comercial ( 31% ) faturamento ( 44% ) armazenamento ( 12% ) controladoria ( 38% ) estoque

( 19% ) layout no desenvolvimento de novas linhas de produção ( 44% ) PCP

( 44% ) movimentação interna ( 19% ) sistemas ( WMS)

( 44% ) importação e exportação

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( 69% ) sim. ( 31% ) Não.

F) Em qual área ela possui maior influência ( 25% ) compras ( 12% ) fornecedores ( 25% ) embalagens ( 75% ) transporte ( 19% ) Logística reversa ( 12% ) comercial ( 12% ) faturamento ( 37% ) armazenamento ( 0 ) controladoria ( 12% ) estoque

( 6% ) layout no desenvolvimento de novas linhas de produção ( 5% ) PCP

( 37% ) movimentação interna ( 6% ) sistemas ( WMS)

( 25% ) importação e exportação

G) No seu entendimento, a logística contribui na redução de custos em quais destes itens abaixo ?

( 69% ) processos ( processos mais eficaz lean manufacturing )

( 88% ) transporte ( cotação de fretes e analise dos diversos modais de transporte ) ( 63% ) estoque ( redução de estoque e processo Just time )

( 37% ) fornecedores ( desenvolvimento de novos fornecedores com maior eficácia ) ( 44% ) prazos ( prazos de entregas e com lead time menor )

( 25% ) programação ( suta pé mais curtos com maior produção de itens com maior giro ) ( 6% ) nenhum

H) Existe interação da Logística com algumas dessas áreas? ( 24% ) comercial

( 12% ) marketing ( 9% ) RH

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