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Abordagem fisioterapêutica das disfunções da coluna

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Academic year: 2021

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FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

Aula 10: Abordagem fisioterapêutica das

disfunções da coluna vertebral

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL Conceito

A relação entre equilíbrio e postura é formada por um sistema complexo denominado de controle postural, que envolve dois aspectos essenciais para o êxito desse controle: a compreensão das relações entre os diversos segmentos envolvidos na manutenção do equilíbrio e suas relações com o meio onde estão inseridas, assim como as forças atuantes no corpo para a manutenção do equilíbrio estático ou dinâmico.

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Fenômenos fisiológicos

O equilíbrio corporal e a postura corporal estão inter-relacionados por fenômenos fisiológicos como:

O sistema vestibular, responsável pelo controle do corpo no espaço quando o mesmo se encontra em posição estática ou dinâmica;

O sistema visual e o proprioceptivo interagem para o controle da postura e do movimento, já que, juntos com o sistema vestibular, transmitem ao cerebelo informações que são “descodificadas” por ele,

informando com precisão a atividade muscular a ser exercida;

Os músculos antigravitacionais permitem a manutenção da verticalidade do corpo ao mesmo tempo em que, por serem constituídos por fibras vermelhas de contração prolongada e com resistência à fadiga, conseguem gerar alavancas poderosas sem esforços significativos;

• Entretanto, outros fatores também precisam ser considerados, tais como as relações socioambientais, psicológicas e enfermidades.

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL Diferença entre Controle, estabilidade e equilíbrio postural

Outro fator de suma importância é saber as diferenças entre controle postural, estabilidade e equilíbrio postural.

O controle postural e a orientação postural são entendidos como sendo o domínio do posicionamento do

corpo, considerando seus segmentos, e deles com o meio ambiente. Enquanto, equilíbrio postural é a habilidade desenvolvida pelo corpo para manter uma proporcionalidade entre os torques, as forças e as alavancas para a efetividade do trabalho do corpo quando parado ou em movimento.

A estabilidade depende de fatores como o posicionamento mais próximo do solo do centro de gravidade

do corpo, maior base de sustentação, maior massa e melhor distribuição dessa massa ao redor de um eixo corporal.

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A relação entre Força e Reação

A relação entre a força da gravidade e a força de reação do solo produz sobre o corpo uma adaptação que se inicia pelo contato do pé no solo, passando para a pelve e chegando ao tronco que, por sua relação de

proximidade com os membros superiores, pescoço e cabeça, determinando a estratégia mais adequada para uma interação com o que está a sua volta e na interpretação, pelo sistema visual e vestibular, para que se atinja o equilíbrio estático ou dinâmico.

Alterações acentuadas nessas variáveis levam a desequilíbrios posturais, da mesma forma que posturas inadequadas levam a inquietações na manutenção do controle postural.

As alterações na postura causam desalinhamento da estrutura axial com consequentes alterações na estrutura segmentar do corpo, denominadas de “defeitos posturais”.

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL Causas dos Desequilíbrios

A definição de equilíbrio corporal como sendo a capacidade do homem de manter-se ereto ou realizar movimentos de aceleração e rotação do corpo de maneira eficaz sem oscilações, desvios ou quedas

(SCHMIDT et al., 2010), obriga a utilização de métodos e protocolos para avaliação desta qualidade de vida.

Müjdeci e Aksoy (2012) citam que a principal queixa do desequilíbrio é a tontura. Sua origem está associada a diversas condições, podendo ser proveniente do sistema vestibular ou não, como: as disfunções cérebro vasculares, as doenças metabólicas e vasculares, alterações cervicais, doenças neurológicas, hipotensão postural, uso de medicamentos, dentre outras.

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Causas dos Desequilíbrios

Existem também captores que interferem no controle postural: os pés e os olhos. O comprometimento de um desses causará um desequilíbrio tônico postural e, com ele, um desarranjo das forças responsáveis pela

organização dos ajustes posturais.

Quando as informações provenientes desses captores é desigual ou patológica, ela produz um ajustamento postural errôneo (que o organismo considera como correto), causando desequilíbrio (SOUZA et al., 2009).

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL Avaliação do Desequilíbrio

A avaliação do desequilíbrio do homem pode ser feita através de métodos simples e de baixo custo, que, entretanto, requerem um conhecimento sólido de anatomia e biomecânica.

Desses testes, pode-se citar a identificação e a localização dos segmentos corpóreos relativos à linha de

gravidade. Apesar de subjetivo, esse método pode ser utilizado quando se objetiva comparar atitude postural do indivíduo com um padrão definido de alinhamento corporal mais adequado.

O padrão de referência de postura normal aceito internacionalmente é o de alinhamento postural proposto por Kendall (FERREIRA,2005).

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Avaliação do Desequilíbrio

Outros métodos e protocolos são utilizados nessa avaliação: o escoliômetro, topografia de superfície, avaliação com simetrógrafo, baropodometria, os instrumentos de imagens, o software SAPO gratuito, para avaliação postural estática, plataforma de força, considerado como teste de padrão ouro, biofotogrametria, medidas de comprimento por paquímetros e/ou fita métrica das alturas de Espinha Ilíaca Anterossuperior -EIAS, Espinha Ilíaca Posterossuperior - EIPS, acrômio, ângulo inferior das escápulas, gibosidade e do

comprimento de membros inferiores, e termografia clínica.

As avaliações podem ser feitas e mensuradas utilizando como protocolo as Escalas de Equilíbrio de Berg e de Tinetti ou POMA (Performance Oriented Mobility Assessment), o Teste de TUG (Timed Up and Go) e Teste de Alcance Funcional Anterior (TAF), principalmente para avaliação do equilíbrio em idosos.

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL Exame de Imagem

Especificamente, para uma avaliação da coluna vertebral, o exame radiológico e o de Ressonância Magnética ainda são os mais confiáveis, apesar dos riscos devido à radiação.

O exame através de “RX” é feito em dois planos, sagital e frontal, podendo, também, utilizá-lo para uma projeção completa, para uma análise mais comparativa entre os segmentos corporais, como a escanometria.

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Atividade Laboral e influência sobre a postura

Uma estratégia muito importante, mas ainda pouco utilizada nas empresas e na consciência de sua importância de implementação por parte dos funcionários, muito mais adeptos de academias do que de alguns minutos diários de prática, é a Ginástica Laboral (GL).

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL Atividade Laboral e influência sobre a postura

Países desenvolvidos usam há muito a Ginástica Laboral devido a seus benefícios que podem ser enumerados como, entre outras vantagens:

• Redução de faltas dos funcionários; • Aumento da produtividade;

• Redução de quedas;

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Atividade Laboral e influência sobre a postura

O objetivo da Ginástica Laboral é promover adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas, por meio de exercícios dirigidos que:

• Trabalham a reeducação postural; • Aliviam o estresse;

• Diminuem o sedentarismo;

• Aumentam o ânimo para o trabalho;

• Promovem a saúde e aumentam a consciência corporal; • Aumentam a integração social;

• Melhoram o desempenho profissional;

• Diminuem as tensões acumuladas no trabalho;

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL Atividade Laboral e influência sobre a postura

Complicações

A Ginástica Laboral consiste de exercícios dinâmicos, alongamentos, relaxamentos, dependendo de suas funções na empresa.

Sua duração consiste de sessões de 15 minutos, pelo menos três vezes por semana. Sendo que os alongamentos devem ser de, no máximo, 15 segundos.

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A Avaliação Ergonômica do Trabalho é o conjunto de procedimentos que têm como objetivo avaliar

qualitativa e quantitativamente todos os riscos ergonômicos que possam existir ou já existem nos postos de trabalho, nas atividades desempenhadas por funcionários e na formas de manipulação e no tipo de seus equipamentos, e na obediência às normas de proteção.

Regido pelas Normas Regulamentadoras (NR17) visa à melhoria da qualidade de vida de seus trabalhadores, além de ser um documento oficial que protege as empresas diante de ações trabalhistas.

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

• Ergonomia • Decreto-Lei.

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• Norma Regulamentadora (NR) 17 • Ministério do Trabalho e Emprego

Exigências Referentes ao Organismo Humano:

• Posturas; • Movimentos; • Gastos Energéticos;

• Exigências sensoriais do trabalho.

Exigências antropométricas:

• Ações simultâneas das mãos ou dos pés; • Gestos.

Cognitivo

Afetivo

Físico

Custo

humano

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

DORT/LER

• Referem-se a um conjunto de doenças;

• Atingem principalmente os membros superiores e o pescoço;

• Ocorrem em razão, basicamente, da sobrecarga no sistema musculoesquelético; • São ocasionadas pelo trabalho contínuo e repetitivo.

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CAUSAS DE DORT/LER

• Repetitividade; • Força excessiva;

• Posturas inadequadas;

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

OBJETIVO DA FISIOTERAPIA NAS EMPRESAS

• Questionário;

• Avaliação Postural Estática e Dinâmica; • Laudo Ergonômico;

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CINESIOTERAPIA LABORAL

OBJETIVOS:

• Analisar a postura, os movimentos e o estilo de vida do indivíduo;

• Diminuir os desvios posturais, através da consciência postural, corporal e as mobilidade articular; • Saúde social - relações saudáveis no ambiente de trabalho.

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AULA 10: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DISFUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

Referências

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