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(1)

Risco infeccioso neonatal

Graça Oliveira

Serviço de Neonatologia Director: Carlos Moniz Departamento de Pediatria Directora: Maria do Céu Machado

D P

CLÍNICA UNIVERSITÁRIA DE PEDIATRIA

Infecção perinatal e congénita

Principal causa de mortalidade do feto e

recém-nascido no mundo

Fundamental : prevenção, diagnóstico precoce e

terapêutica atempada

Infecções maternas são subclínicas

Feto e recém-nascido é imuno-incompetente

(2)

Imunidade

Recém-nascido humano muito susceptível à

infecção : bactérias, vírus,protozoários e fungos

(intracelulares)

Maior Gravidade e disseminação hematológica e

cutânea

PORQUÊ?

Imunidade inata diminuida

Imunidade adaptativa “naif”

Barreira física frágil

Risco infeccioso Imunidade

Barreiras naturais

Pele

Olhos

Umbigo

(3)

Risco infeccioso Transmissão vertical

Mais susceptível a :

Infecção intrauterina :TORCH

Depende da idade gestacional e do microorganismo Infecção intraparto: Estreptococo B, gram-, listeria,

herpes, varicela

Infecção hospitalar neonatal: estafilococo, fungos, VSR

Infecção neonatal DST: VIH, Hepatites B e C, clamídia

Risco infeccioso Transmissão vertical

Transamniótica

Germes da vagina e colo após ruptura de membranas Transplacentária

Via hematogénea materna

(4)

A clínica depende do: •Agente infeccioso •Hospedeiro e •Idade gestacional Risco infeccioso Transmissão vertical Epidemiologia Transmissão Clínica Terapêutica Medidas preventivas

Infecção do grupo TORCH

Outrasinfecçõesvirais

VIH

HepatiteB eC Varicela

Risco infeccioso bacteriano

periparto

(5)

TORCH:

Toxoplasmose

Sífilis

Rubéola

Citomegalovírus

Herpes

Vigilância pré-natal

Terapêutica materna

adequada

Patologia pós-natal

grave

Sequelas graves

Terapêutica neonatal

Risco infeccioso Transmissão vertical Toxoplasmose TOXOPLASMOSE

Prevalência 30 a 60% seropositivas em idade fértil Incidência 1.1/1000 NN

124 casos /ano

Rastreio serológico na grávida

(6)

Infecção no feto – diagnóstico

Ecografias fetais seriadas:

Lesões cerebrais – ventriculomegália,

calcificações?

Amniocentese após 14-18 semanas ou 4 semanas após

seroconversão

Líquido amniótico

PCR (PolymeraseChainReaction) em 3dias

VP+ 100%

Se positivo terapêutica ou ITG

Se negativo ESPIRAMICINA até ao fim da gestação - Evita a passagem transplacentária

Toxoplasmose

Infecção no RN – diagnóstico Clínica ou diagnóstico pré-natal Laboratório:

Serologia: IgG/IgM (mãe/RN)

Hemograma,função hepática e renal PCR em 3dias (VP+ 100% )

Cultura em tecidos 5dias

Inoculação no ratinho gold-standard 5 a 9 semanas Placenta para exame histopatológico

(7)

Infecção grávida

“timing”infecção

Risco infecção

14% no 1ºT e 50% no 3ºT

Gravidade da doença fetal é inversa 40 a 79% no

1ºT e 3% no 3ªT

Devido ao crescimento da placenta e à maior agressividade dos quistos no desenvolvimento do SNC

Rastreio: serologia IgG/IgM nos 3 trimestres

Toxoplasmose

RN assintomático filho de mãe com toxoplasmose

confirmada, com DPN negativo ou não realizado

Avaliação ecográfica e oftalmológica

Avaliação laboratorial:

PCR, cultura em tecidos e inoculação no ratinho

Placenta estudo histopatológico

Serologias com IgM e IgG do RN e mãe.

(8)

Manter seguimento:

Se RN não infectado a IgG deve descer para metade de 28/28 dias e desaparecer aos 12 meses

Após negativar é necessário repetir ao fim de 1 mês para confirmar negatividade;

Se subida de IgG, RN infectado,

Reiniciar terapêutica e vigilância oftalmológica

até adolescência

toxoplasmose

Coriorretinite da toxoplasmose

(9)

Toxoplasmose

Ecografia cerebral – calcificações e dilatação ventricular

toxoplasmose

TACCE – dilatação ventricular, calcificações lesão porencefálica

(10)

Transmissão vertical rubéola

Rubéola

Vacinação é fundamental

95% eficácia

Reinfecção é rara

Infecção materna 1º T grave

Excreção VR (nasofaringe,LCR, urina)

durante 23 meses

Transmissão vertical rubéola

Sindroma de Rubéola Congénita

Defeitos estruturais permanentes

Cataratas, glaucoma, surdez, retinopatia “sal e pimenta”, lesões ósseas, cardiopatia(estenose pulmonar periférica)

Anomalias transitórias

Rash cutâneo, RCIU, trombocitopénia

Atraso do desenvolvimento

Insucesso escolar, APM, DM, panencefalite progressiva

(11)

Transmissão vertical rubéola

Diagnóstico

Clínica, imunização materna e serologia da

gravidez

Laboratório:

Serologia IgG/IgM ( mãe e RN) Cultura viral

PCR viral

Transmissão vertical rubéola

Diagnóstico

Imagiologia cerebral Ecografia

(RMN)

Radiografia do esqueleto

Ecografia cardíaca

(

estenose pulmonar periférica,

canal arterial)

Fundoscopia

(sal e pimenta)

Rastreio auditivo – potenciais evocados

(12)

Transmissão vertical rubéola

Transmissão vertical rubéola

Catarata, glaucoma Retinopatia Sal e pimenta

(13)

Transmissão vertical rubéola

Vasculite nos vasos lenticulo-estriados

Transmissão vertical

Citomegalovírus

Herpes

Assintomática durante a gestação

Patologia pós-natal grave Sequelas graves

Clínica sugestiva

(14)

Transmissão vertical CMV

Prevalência da infecção congénita 0,15-2% nos diferentes Países

Risco de TV na infecção 1ªária é e na reinfecção é

Risco de sequelas neurológicas e surdez na infecção “in útero”(replicação viral até 7 anos)

80-90% crianças com Infecção congénita tem DPM – normal

1/3 das crianças com infecção congénita tem bom prognóstico

Na infecção congénita – elimina vírus durante anos

Transmissão vertical CMV

Diagnóstico

Clínica sugestiva/ecografiacerebral/fundoscopia Laboratório

Cultura de vírus (urina, secreções faríngeas e leucócitos periféricos)

PCR (DNA viral) na urina, sangue tecidos e LCR Serologia RN ↑ 4 vezes/mãe

Exame histopatológico dos tecidos inclusões nucleares citoplasmáticas

(15)

Transmissão vertical CMV

Clínica no período neonatal

RCIU

Purpúra, hepatoesplenomegália, coriorretinite,

convulsões, surdez neuro-sensorial progressiva

Microcefalia e lesões ecográficas –

calcificações

periventriculares

MAU PROGNÓSTICO

Transmissão vertical CMV

Terapêutica:

Só com quadro clínico grave: pneumonite ,

dessiminação, coriorretinite, lesões SNC

Imunoglobulina específica CMV ? – pneumonite

Antiviral:

ganciclovir/valganciclovir/foscarnet/cidofovir

2/3 neutropenia

(16)

Transmissão vertical CMV Pneumonite Calcificações cerebrais características Transmissão vertical CMV

(17)

Transmissão vertical CMV

Seguimento:

Aleitamento materno excepto nos prematuros

Isolamento na unidade

“staff”

Lavagem das mãos

Vigilância Neuro-sensorial até 7 anos

Herpes simplex 1 – via oral

Herpes simplex 2 – via sexual

Maioria assintomática

Infecção primária é mais infecciosa que a

recorrência (50% v.s 1.2% risco para o RN)

Prevenção

Cesariana se lesões activas

Aleitamento materno se não houver lesões no peito

Transmissão vertical Herpes simplex

(18)

Clínica variável e por vezes intervalo livre

Sepsis

Lesões cutâneas vesiculares sugestivas Pneumonite

Hepatite viral Convulsões

Encefalopatia – Atraso grave DPM Mortalidade elevada Transmissão vertical Herpes simplex Transmissão vertical Herpes

Diagnóstico:

Laboratório

Teste Tzanck - exame citológico do conteúdo das vesículas com coloração Giemsa-celulas gigantes e inclusões eosinofilas intranucleares característico mas não específico

Cultura de tecidos(48h) – secrecões respiratórias,sangue,urina e LCR

(19)

Transmissão vertical Herpes

Diagnóstico

Imagiologia cerebral

EcografiaTF/TACCE/RMNCE

Tratamento

Aciclovir Transmissão vertical Herpes

(20)

Ecografia TF

Exame autópsia

Transmissão vertical Herpes Transmissão vertical Sífilis

Sífilis (Lues) = infecção por Treponema pallidum.

T.pallidum é uma bactéria “atípica” do grupo das Espiroquetas; não é

cultivável em laboratório, mas é visível na microscopia de campo escuro (apresenta-se como espiroqueta fina e helicoidal).

(21)

Transmissão vertical sífilis

Principais modos de transmissão

contacto sexual

via transplacentária- materno-fetal

Principais factores de risco – sexo não-protegido ,

promiscuidade sexual .

associação com outras DTS

RPR +/ testes treponémicos + VDRL com titulação

Sífilis materna activa

Risco de sífilis congénita

Terapêutica com Penicilina

Tratar sempre o companheiro

Doença de declaração obrigatória

Transmissão vertical sífilis

(22)

Sífilis congénita precoce

Manifestações clínicas até aos 2 anos: rash máculo-papular rinite purulenta úlceras nas mucosas hepatoesplenomegália Transmissão vertical sífilis Transmissão vertical sífilis Rinorreia purulenta Descamação cutânea

(23)

Transmissão vertical sífilis

Osteocondrite, osteíte, esclerose das metáfises e diáfises Pseudo paralisia de parrot

Transmissão vertical sífilis

Sífilis congénita Tardia

Manifestações clínicas depois dos 2 anos de vida:

Dentes de Hutchinson semelhantes a uma cavilha ou parafuso; molares em amora;

Surdez labiríntica Queratite

Nariz em sela de montar Tíbia em lâmina de sabre Atraso mental

(24)

Transmissão vertical sífilis

Diagnóstico

VDRL RN 4X Mãe Sífilis Activa no RN.  FTA ABS IgM se disponível (único teste treponémico no RN) e

PCR do treponema

 Hemograma, PCR, função hepática e renal

Em RN sintomáticos:

Estudo do LCR – VDRL e exame citoquímico. Radiografia ossos longos

Transmissão vertical sífilis

Terapêutica

Penicilina G aquosa (IV) durante 10 a 14 dias.

Casos particulares:

Terapêutica com eritromicina

Terapêutica no último mês de gestação, sem

comprovativo de cura

(25)

Transmissão vertical VIH

VIH 1 e 2 – retrovírus/citopático (RNA)

Situação em Portugal

Grupo de Trabalho VIH na criança – 2004 Grávidas infectadas - 3,6/1000

Transmissão vertical - 3,6% - 110 RN infectados

Transmissão vertical - Sem rastreio e Sem

profilaxia

 20 -30%

- in utero 23%

- Periparto 65%

- Aleitamento Materno

12%

 Pode atingir 63%

Transmissão vertical – com rastreio e profilaxia

adequado

2%

Tipo vírus (VIH1 vs VIH2)

CV > 100.000 cópias/ml

Seroconversão ou doença avançada Mau estado nutrição Transmissão vertical VIH

(26)

Transmissão vertical VIH

Medidas Preventivas Gerais

Rastreio universal às mulheres em idade fértil –

consulta pré concepcional

(circular normativa nº2/DSMIA de 1998)

2 Serologias durante a gravidez

(DGS 01/DSMIA de 2004)

1ª por volta das 14 semanas 2ª às 32 semanas

Se esta orientação não foi cumprida – teste rápido(determine ou ELISA) à grávida em TP

Transmissão vertical VIH

Medidas Preventivas Gerais

Grávidas seropositivas

Terapêutica antirretroviral - HAART

(incluindo ZDV)

Início ideal < 12 semanas

Se seroconversão durante a gravidez

– iniciar antes das 34 semanas

(27)

Transmissão vertical VIH

Medidas Preventivas Gerais

Parto

Cesariana electiva (sem TP, sem REBA)

Parto Vaginal – se for previsível um

parto rápido e não traumático

Evitar partos instrumentais e

monitorização interna - CTG

Cesariana se:

Teste rápido +(determine ou ELISA)

HIV + recente sem TARV

CV? ou CV>1000 cópias/ mL às 36 semanas

Transmissão vertical VIH

Medidas Preventivas Gerais

Dar banho

Em água corrente

Antes da administração da Vitamina K

Suspender o Aleitamento Materno

Garantir possibilidade de aleitamento

artificial

(28)

Transmissão vertical VIH

Medidas Preventivas Específicas

Situação normal controlada

Na gravidez – TARV(HAART) incluindo

ZDV desde 12- 34 semanas até ao fim da

gravidez

Intra parto – ZDV endovenoso até à

laqueação do cordão umbilical

Perfazer um total de 4 horas antes da

cesariana

Terapêutica ao RN

Transmissão vertical VIH

Terapêutica ao RN

• Inicia ZDV às 6-12 horas de vida • Máximo até às 48 horas

• Oral: 4mg/Kg/dose de 12/12 horas 30 minutos antes

ou 1 hora após as refeições, durante 4 semanas

• Ajustar a dose no prematuro

IG (semanas) IDADE (dias) HORAS < 29 0-28 >28 12/12 8/8

(29)

Transmissão vertical VIH

Situações Problemáticas

Diagnóstico pós parto de infecção VIH materna (teste rápido e ELISA)

Interrupção da terapêutica durante a gestação ou < 4 semanas

Carga viral previsível >1.000 ou CD4 em declínio (<200) no 2º ou 3º trimestre;

Terapêutica tripla( transfusão materno-fetal 3 a 5 ml de

sangue)

ZDV (Zidovulina) - 4mg/Kg 12/12 horas 4 semanas 3TC(Lamivudina) - 2mg/Kg 12/12 horas 4 semanas NVP(Nevirapina) - 4mg/Kg/dose 1xd 2 semanas

Transmissão vertical VHB

Vírus da Hepatite B - Altamente transmissível

Adultos recuperam completamente 90-94% Cronicidade 6-10%

Sem imunoprofilaxia 90% RN ficam infectados e com grande prevalência de formas crónicas

Imunoprofilaxia(VHB+IgHB) eficaz 95% casos

Mãe com AgHbe+ ou carga viral>107 ( fracasso 5-10% ) Nos RNMBP <1.500gr adaptar a IgHB e + 1 dose de VHB (-1)

(30)

Transmissão vertical VHB

IMUNOPROFILAXIA HEPATITE B

Recém-nascido termo

Vacina VHB e IGVHB até às 12h e mais 2 doses ( 2 e 6 M)

IGVHB - dose 200 UI IM em local anatómico diferente do

da vacina

Aleitamento materno

15-18 M avaliar Ac anti-HBs e AgHBs

Transmissão vertical VHB

IMUNOPROFILAXIA HEPATITE B

Recém-nascido prematuro <2.000gr

1ª dose (-1)Vacina VHB e IGVHB ao nascer 2ª (1) dose quando atingir os 2.000gr Mais 2 doses (2 e 6 M)

IGVHB - dose 100UI IM em local anatómico

diferente do da vacina

Aleitamento materno

(31)

Transmissão vertical VHB

IMUNOPROFILAXIA HEPATITE B

Particularidades

Recém-nascido Filhos de mãe VIH+

Se ficarem seropositivos

4ª dose Vacina 6 a 12 meses após a última

administração

Contra-indicação do aleitamento materno

15-18 M avaliar Ac anti-HBs e AgHBs

Transmissão vertical VHC

Vírus da hepatite C

Prevalência mundial 3%

Prevalência em Portugal 1.5%

Transmissão parentérica

60% toxicodependência – “snifar” cocaína

Co-infecção VIH

Assintomática em 80% casos

(32)

Transmissão vertical VHC

Transmissão sexual e vertical rara

Transmissão vertical - 3% ???

Mas com carga viral elevada e co-infecção com o

VIH – 17%

Passagem do anticorpo VHC por transplacentária

com eliminação até aos 18meses

Transmissão vertical VHC

Fluxograma

Recém nascido de mãe com VHC-RNA+ Anti-VHC aos 18 meses

negativo Positivo

ALTA VHC-RNA

(33)

Risco de infecção neonatal

Se doença materna 7dias antes do parto até 2

dias depois do parto

Imunoglobulina hiperimune da varicela-zooster

Aciclovir ev

Não amamenta enquanto lesões cutâneas

Transmissão vertical Varicela

(34)

Varicela congénita

Transmissão vertical Estreptococo B

ESTREPTOCOCO DO GRUPO B

Principal causa

Infecção neonatal Sepsis neonatal Mortalidade 5-15% 

Importante causa

Infecção uterina materna Septicemia

(35)

Estreptococo B

Streptococcusβ-hemolítico do grupo B ou S.

agalactiae

DiplococoGram (+) encapsulado

Agente mais frequente de infecção bacteriana perinatal

Serotipos Ia, III e V (74-98 %)

Serotipo III: meningite, infecção tardia

Colonização gastrointestinal e genitourinária em 4-40%

das grávidas

Diminui com a idade e é menor no Japão e Índia

Transmissão vertical 40-70%

Epidemiologia

Incidência

Redução da infecção precoce de 1,8 para 0,34/

1.000 RN devido ao Rastreio de Estreptococo

grupo B + Quimioprofilaxia intra-parto

Infecção tardia manteve-se constante

(0,35/ 1.000 RN)

(36)

Estratégia preventiva

Rastreio das grávidas com exsudado vaginal e

rectal entre 35-37 semanas

Tratamento agressivo das infecções urinárias na

gravidez

Quimioprofilaxiaintra parto com ampicilina

2g 1º dose seguida de 1g de 4/4 até ao parto

Excepto: cesariana electiva, sem trabalho de parto ou rotura de membranas

EstreptococoB

Estreptococo B

Protocolo - prevenção

Factores de risco:.

•Filho com infecção SB •Bacteriúria SB •Parto PT Exsudade rectal e vaginal para SB SIM Ampicilina/Penicilina intraparto Ampicilina/Penicilina intraparto SB positivo SB negativo

(37)

e PCR no RN

Amniotite ou Febre Intraparto ou REBA ≥ 18h Pesquisa Strep B + Urocultura +

Colher

Sangue 24h

Cesareana electiva STOP Trabalho de

Parto Ampicilinaintraparto ≥2 tomas de

Colher Sangue 24h Terapêutica Adequada Qualquer queixa clínica: (Instabilidade Térmica Queixas Respiratórias, Gastrointestinais, Neurológicas ou Cardiovasculares) Colher Sangue logo

Risco genético

Graça Oliveira Serviço de Neonatologia Director: Carlos Moniz Departamento de Pediatria Directora: Maria do Céu Machado DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA

(38)

Risco genético

(39)

Definições

Anomalia congénita: Qualquer anomalia estrutural ou

funcional, existente à nascença

Doença Congénita: Qualquer condição patológica presente

antes do nascimento; de causa genética, ambiental ou desconhecida, com manifestações no período neonatal ou mais tardiamente na vida

Risco genético

Epidemiologia

3% dos RN

10% em gémeos monozigóticos

Mortalidade e morbilidade significativa

30% dos internamentos hospitalares 19% mortalidade em UCI pediátricos

Recurso a cuidados continuados

70% podem ser prevenidos, melhorados ou tratados

eficazmente

Portugal (Registo de Anomalias Congénitas) RENAC

Prevalência 217/10.000NV

(40)

Epidemiologia

Anomalias congénitas Incidência estimada

Cardíacas 1 em 115 NV

SNC 1 em 235 NV

Pés equinovarus 1 em 735 NV

Fenda lábio-palatina 1 em 930 NV

Defeito do tubo neural 1 em 2000 NV

Anomalias cromossómicas 1 em 600 NV Trissomia 21 1 em 900 NV Doenças metabólicas 1 em 3,500 NV Urogenitais 1 em 800 NV Embriofetopatia alcoólica 1 em 1000 NV Risco genético

Mecanismos patogénicos

Deformação: Forças mecânicas que actuam sobre estruturas previamente sem alterações

Ex: pés equinovarus, plagiocefalia, micrognatia

Disrupção: destruição de tecidos previamente normais Ex: bridas amnióticas

(41)

Malformação: Defeito estrutural secundário à falha dos processos que participam no desenvolvimento embrionário Ex: fenda labial, defeito do tubo neural , cardiopatia congénita. Pode ser isolada ou afectar múltiplos órgãos e sistemas

Mecanismos patogénicos

Mecanismos patogénicos

Displasia: organização celular anormal de um tipo de tecido

específico que resulta geralmente da ausência ou produção de uma proteina disfuncional

(42)

Anomalias minor

•Baixa frequência(1-5%)

•Variante do normal em indivíduos saudáveis

•Se isoladas não requerem investigação extensa

•Podem ser parte de uma síndrome Ex: Clinodactilia do 5ºdedo, prega palmar transversa, sindactilia entre 2º e 3º dedos

Classificação clínica

Anomalias isoladas ~60% do total etiologia multifactorial agregação familiar  Anomalias múltiplas ~40% do total

Associações (Ex: VACTERL)

Sequências (Ex: Pierre-Robin, Potter) Complexos ( Ex: Poland, microssomia

hemifacial) Síndromes

(43)

Síndromes

Conjunto de anomalias que seguem um padrão mais ou menos linear de apresentação e que tem uma origem comum (Running together )

Etiologias

Desconhecida Cromossómica Monogénica Teratogénica Dominantes Recessivas Ligadas ao X Outras

Anomalias Cromossómicas

Aneuploidias frequentes causadas por não disjunção Autossomas

Sindrome de Down (47,XX +21; 47XY+21) Sindrome de Patau (47,XX +13; 47XY+13) Sindrome de Edwards (47,XX +18; 47XY+18) Cromossomas sexuais

Sindrome de Klinefelter (47,XXY) Sindrome de Turner (45,X)

(44)

Trssomia 21

•Hipotonia •Braquicefalia •Fácies achatada

•Pavilhoes auriculares de baixa implantação,

pequenos

•Prega palmar tranversa •Sinal da sandalia •Baixa estatura

•Cardiopatia (50-70%) Canal AV completo •Atresia duodenal

Trissomia 18

3 em 1000 RN

Hidrâmnios –atrésia do esófago Fenda lábio-palatina

Cardiopatia RCIU

Mãos características Calcâneo proeminente

(45)

1 em 2500 RN ♀

99% resultam em abortos espontâneos

À nascença edema dos pés e mãos

Pescoço alado

Tórax largo

Síndrome de Turner

Recém nascido com dismorfias

(46)

Acondroplasia

Abordagem do RN com suspeita de doença genética

Recém nascido com displasia óssea

Abordagem do RN com suspeita de doença genética

Anamnese

Gestação: acido fólico pré-concepcional, rastreio pré-natal, teratogéneos,

movimentos fetais (início,etc)

Parto: Tipo, complicações perinatais, IA. Periodo neonatal: somatometria e

patologia.. Consanguinidade

(47)

Abordagem do RN com suspeita de doença genética

Ex objectivo

Confirmar idade gestacional Aspecto geral

Assimetrias

Alterações da pigmentação

Configuração do crânio e implantação do cabelo

Dismorfias faciais (olhos, nariz, boca, pavilhões auriculares, etc) Tórax e abdómen

Coluna

Genitais, ânus

Extremidades (proporção, mobilidade) Mãos e pés

Tónus muscular, reflexos

Abordagem do RN com suspeita de doença genética

Estudos complementares

Imagiológicos

RX, TAC, RM, Ecografia (se indicados)

Rx de esqueleto (se suspeita de displasia óssea)

Laboratoriais

Citogenética convencional/ molecular -Cariotipo (se 2 ou mais anomalias major ou 1

anomalia major com múltiplos anomalias minor) -FISH (fluorescencein situ hybridization) para

detectar microdelecções

Ex: del 22q, S. Williams, S. Prader-Willi -CGH (Comparative Genomic Hybridization)  Estudos metabólicos

(48)

Avaliação do risco

Pré-concepcional

Identificação de portadores obrigatórios

Rastreio de doenças autossómicas recessivas com

elevada

Frequência de portadores na população em geral

Detecção precoce

Pré-natal Rastreio bioquímico Rastreio ecográfico Ecografia morfológica Pós-natal

Rastreio de doenças metabólicas (Teste do pezinho) Vasos linfáticos do pescoço dilatados- corte transversal. Translucência da nuca aumentada (4.1

mm) -corte sagital.

(49)

Prevenção

Planeamento familiar

Promover estilos de vida saudáveis nas mulheres em idade fértil

Prevenção das infecções antes e durante a gravidez

Aconselhamento genético em famílias de risco Avaliação do risco adequada

Bibliografia

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