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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO---3

2. CIDADANIA---4

2.1 O QUE É CIDADANIA---4

2.2 A CIDADANIA NO BRASIL---4

2.3 MARCAS DE CIDADANIA NA PRIMEIRA REPÚBLICA---6

2.4 ERA VARGAS---6

2.5 GOVERNO CONSTITUCIONAL---6

2.6 PRÊMIOS DE CIDADANIA---8

2.6.1 CIDADANIA DA EMPRESAS E ORGANIZAÇÕES---8

2.6.2 INSTITUTO DA CIDADANIA BRASIL---8

2.6.3 USIMINAS---8

3.DEMOCRACIA---9

3.1 O QUE É DEMOCRACIA---9

3.2 A IDÉIA MODERNA DE DEMOCRACIA---9

3.3FORMAS DA DEMOCRACIA---10

3.3.1 DEMOCRACIA DIRETA---10

3.3.2 DEMOCRACIA REPRESENTATIVA---10

3.3.3 DEMOCRACIA NA ATUALIDADE---11

3.4 DEMOCRACIA NO BRASIL---11

4. MANIFESTAÇÕES DEMOCRÁTICAS DE CIDADANIA---14

4.1 DIRETAS JÁ---14

3.5.2 OS CARAS PINTADAS---15

4. CONCLUSÃO---16

ÍNDICE DE IMAGENS---18

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1.Introdução

Democracia e cidadania são temas de grande importância para a sociedade moderna. Verifica-se isso nos diversos enlaces políticos, econômicos, religiosos, filosóficos e principalmente sociais. Os dois institutos visam, em geral, a consolidação da dignidade humana que corrobora a uma sociedade igualitária e isonômica.

Dentre todos os temas levantados, os que se mostraram de grande relevância, primordial, foram por meio de Aristóteles1 e Platão2 ainda na Grécia Antiga. Interessante é o fato de que a democracia e cidadania são alcançadas por meio de lutas através de revoltas ou movimentos capazes de reverter determinado quadro social.

Isso fica evidente na evolução do nosso processo democrático, onde várias manifestações populares marcaram nossa história devido à ampla demonstração explícita da vontade do povo. Estas manifestações também podem servir de exemplo de atos de cidadania garantida pela liberdade de expressão.

A democracia é um regime político que conta coma participação do povo na formação de sua administração e teve vários momentos importantes na sua evolução na nossa história. Em todo o momento no decorrer do material que se segue, será possível notar movimentos de cidadania, evidenciando que a cidadania é uma fatia importante numa democracia.

1 Aristóteles (em grego: Ἀριστοτέλης, – Atenas, 322 a.C.) Foi um filósofo grego, aluno de

Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, a poesia, o teatro, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.

2 Platão (em grego: Πλάτων,-Atenas, 348/347 a.C.) foi um filósofo e matemático do

período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.

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2. Cidadania

2.1 O que é cidadania

A cidadania é o ato de respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidadão está vinculado a fazer a sua parte para uma sociedade melhor,é nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. Aos orgãos públicos cabe criar políticas públicas que divulguem através de instituições de ensino e meios de comunicação para o bem estar e desenvolvimento da nação.

A cidadania está diretamente vinculada a atos tão simples que muitas vezes a sociedade não se dá conta. Está no gesto de não jogar papel na rua, que vai para os bueiros e provaca enchentes; em não pichar os muros para manter a cidade limpa; respeitar os sinais de trânsito para evitar acidentes; em repeitar o próximo e suas opiniões; em preservar o bem público como os telefones e praças; em fazer valer os direitos de idosos; está até em saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país.

2.2 A cidadania no Brasil

Discutir cidadania é descrever a história da evolução política brasileira não é um tema fácil, por envolver opiniões diferentes, todavia é sim um tema de extrema importância. Os direitos civis incluem leis que permitem ao cidadão exercer seus direitos e deveres de forma organizada sem ferir os direitos dos outros e os bens públicos, que permitem ao indivíduo ter garantido por lei o direito de exercer sua cidadania dos seus direitos de liberdade, como por exemplo, de propriedade, de manifestação do pensamento e associação. Os direitos de participação política, os direitos sociais, que abrangem os direitos de natureza econômica, como por exemplo, o direito ao trabalho, de assistência à saúde e à educação. São chamados de direitos de quarta geração o direito à preservação do meio ambiente e à qualidade de vida. O direito à privacidade, o direito ao protesto pacífico, o direito à investigação e julgamento justos em caso de suspeita de crime e direitos constitucionais mais generalistas, como o direito ao voto, o direito à liberdade pessoal, o direito à liberdade de ir e vir e o direito à proteção igualitária.

Através da cidadania política o cidadão possui um conjunto de direitos políticos que lhe permitem garantir sua opinião na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a cargo público (indireto). A cidadania política é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. Designa a participação do povo no exercício do poder político, no direito de escolher seus representantes. Este exercício implica de um lado a existência de um processo eleitoral autêntico e por outro de governantes que de fato governem.

Estes direitos foram conquistados pelo cidadão por meio de grandes lutas, mas mal distribuídos na sociedade entre suas classes. Este direito de liberdade civil apresenta um a um fator importante visto que o trabalhador pode exercer influência em decisões extremas do país já que podem votar e escolher seu representante. A ausência de consciência e informação política e social pode resultar em

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representantes despreparados para assumir algum cargo público e sem disposição para tratar de políticas públicas que tratem dos interesses da sociedade ou que mesmo que sejam criadas, fiquem no papel e não sejam concretizadas. A dinâmica política que envolve o Estado capitalista e as classes trabalhadoras contempla uma fase em que o aparelho de Estado, sob a pressão popular, declara novos direitos (civis ou políticos).

A evolução da cidadania política foi alcançada e para que hoje, pudéssemos alcançar este perfil, muitos trabalhadores, guerrilheiros e intelectuais sofreram lutando contra os regimes e governos que lideraram o país ao longo dos anos. Em uma retrospectiva podemos afirmar que a conquista da cidadania pelos brasileiros sofreu variações em quatro etapas de sua história.

Figura 1

2.3 Marcas de cidadania na primeira República

A busca pela cidadania teve marcas importantes na primeira República (1888-1891) em torno de muitas lutas e interdições.

Na época os projetos mais radicais que permitam a participação do povo eram liderados pela classe média que era representado pelos “liberais democráticos”, por outro lado, os burgueses que dominavam o mercado de exportação acreditavam que o direito ao voto deveria ser de sua custódia já que a economia do país dependia de sua produção. Esta classe, devido ao seu poder econômico, dominava o voto dos trabalhadores rurais e estes mesmos votos eram disputados de forma acirrada pelos liberais-democráticos. A classe dominante controlou o voto da população rural, manipulação por parte dos coronéis, viável devido a falta de um plano constitucional e do voto secreto e as constantes lutas pelo voto da mulher até a última metade da década de 20.

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2.4 Era Vargas

A Era Vargas foi o período compreendido de 1930 a 1945, foi marcado por métodos que pretenderam limitar a prática da cidadania no país. Durante a maior parte desse período, foi mantido o regime ditatorial. O "governo provisório" (1930-34) deu-se com o fechamento do Congresso Nacional e a intervenção nos Estados. Apesar de haver uma simpatia de grande parte das camadas urbanas pelo movimento tenentista e por muitos de seus representantes que chegavam ao poder com Vargas, os primeiros meses do novo governo foram de desilusão, principalmente porque a política adotada por Vargas e seus interventores foi marcada pela conciliação com a maior parte dos coronéis. O principal movimento de contestação à política centralizadora de Vargas eclodiu em São Paulo. A Revolução Constitucionalista que foi um exemplo de movimento que envolve a cidadania: o povo paulista foi "manobrado" pelas elites até então inimigas que se aliaram e comandaram o povo na luta contra o governo federal.

2.5 Governo Constitucional

O Governo constitucional (1934-37) foi marcado pela conquista de direitos políticos e de liberdade, tendo o nível de organização social e de participação se tornado maior. A imprensa destaca-se e parte dela assume uma posição crítica ante o governo. Surgem importantes grupos de oposição, apesar das liberdades, o governo Vargas determinou limites à cidadania, como o controle sobre o Congresso Nacional e a edição da Lei de Segurança Nacional. O Estado Novo (1937-45) foi uma ditadura e eliminou os direitos políticos e individuais e impôs ao país forte repressão. O governo adotou instrumentos importantes que atuavam como uma polícia política, encarregada de controlar movimentos de transformação da ordem social vigente.

O segundo estágio, o período entre 1945 e 1964 foi caracterizado pela reorganização das leis que foram respeitadas e as liberdades individuais, garantidas, salvo algumas exceções. Durante esse período, uma parcela significativa dos trabalhadores organizou-se de forma independente, enfraquecendo o poder do governo, e formaram-se, em alguns Estados do Nordeste, as Ligas Camponesas, num processo de organização que, apesar de reunir ainda setores minoritários do campo, já apresentava certo grau de politização.

O terceiro estágio foi a Ditadura Militar de 1964 a 1985, responsável pela eliminação da cidadania. É interessante perceber que o modelo político adotado pelos governos militares tentou disfarçar o autoritarismo por meio da manutenção de eleições para o Legislativo e para o Executivo da maioria dos municípios, além de permitir a existência de um partido de oposição. Ao mesmo tempo, líderes políticos e sindicais foram cassados, presos ou exilados, a imprensa foi censurada e as principais diretrizes do governo foram impostas pelos atos institucionais. Os governos militares inovaram e apostaram não apenas na repressão, mas também em um processo de alienação social, que se deu por meio da propaganda direta ou subliminar, caracterizada pelo orgulho nacionalista (militarista), represaria da educação, da qual não era permitida uma educação que permitisse uma formação crítica que permitisse a contestação do governo e do controle sobre os meios de comunicação de massa, principalmente da televisão.

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Com o final da ditadura militar manifestações importantes com o movimento “Diretas Já”, trouxeram ao cidadão brasileiro o direito à liberdade de expressão retirada pela ditadura.

Desde a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988 até os dias atuais a configuração da cidadania política no Brasil tem sido um dos temas importantes de estudiosos constitucionalistas.

O avanço da cidadania é referência à uma prática cheia de conflitos vinculada ao poder, que reflete as lutas acerca de quem pode dizer o que no processo de definir quais são os problemas comuns e como serão abordados e, nesse sentido, tanto a cidadania como os direitos estão sempre em processo de construção e mudança. O princípio básico sobre o qual se assenta a nova cidadania é o direito a ter direitos e a democracia transforma-se numa invenção constante de direitos. Isso porque sempre haverá novos direitos a serem conquistados

Figura 2 2.6 Prêmios de Cidadania

2.6.1 Cidadania da empresas e organizações

Entenda-se por cidadania empresarial e organizacional, o exercício de um vasto conjunto de direitos e deveres que visam possibilitar aos vários campos da sociedade o seu pleno desenvolvimento através do alcance de igual dignidade social e econômica, respeitando o ambiente.

A atribuição do prêmio é feita através da avaliação de um questionário online, desenvolvido com o apoio metodológico da Sustainable Asset Management (SAM), a preencher pelas empresas e pelas ONG. Conheça as empresas vencedoras da 4ª edição 2010:

ANA – Aeroportos de Portugal, SA (Transportes e Logística) AXA Portugal, Companhia de Seguros, SA (Seguros)

Banco Espírito Santo, SA (Banca)

EDP- Energias de Portugal, SA (Utilities)

Efacec Capital, SGPS, SA (Produtos Industriais) Grupo Soares da Costa, SGPS, SA (Construção)

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LIPOR- Serviço Inter municipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto (Outros Serviços)

Portugal Telecom, SGPS, SA (Tecnologia, Informação, Comunicação e Entretenimento)

Sonae, SGPS, SA (Retalho e Consumo). 2.6.2 Instituto da Cidadania Brasil

Trata-se de uma organização não governamental que reúne profissionais de várias com o intuito de difundir a cidadania como uma forma de defesa do cidadão.

O Instituto possui entre seus princípios fundamentais trazer a população o conhecimento que o Estado existe para servir o cidadão e que este deve exercer sua cidadania como plenitude trazendo a contribuição pessoal e profissional de cada membro ou voluntário que o compõe.

2.6.3 Usiminas

Em reconhecimento aos projetos de melhoria de vida de seus colaboradores e famílias que estão em torno de suas usinas, a Usiminas recebeu os prêmios de cidadania corporativa e desenvolvimento humano organizacional de 2011.

Na avaliação realizada pela revista a Usiminas se destacou como uma das melhores em Cidadania Coorporativa em um universo de 215 empresas que viabilizam projetos em quatro diferentes áreas: responsabilidade social empresarial, responsabilidade ambiental, qualidade de vida e ética e relacionamento com os públicos de relacionamento da empresa.

3.Democracia

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Democracia vem do Grego onde Demo significa Povo, Kracia significa Governo, A democracia é um regime político adotado por todas as civilizações do mundo atual, pois os outros países assim excluem aqueles que exercem a ditadura, o poder político que é totalmente contrario a democracia. Esse regime foi adotado pela primeira vez em Atenas, porém naquela época mesmo com o regime democrático, onde o povo tem o direito de tomar as decisões, havia algumas exceções como, por exemplo, os estrangeiros, escravos, e mulheres não podiam votar e nem decidir nada, ou seja, somente homens que não eram estrangeiros e nem escravos podiam votar.

Com o passar dos anos a sociedade foi adotando novas regras e leis, e nos dias atuais, grande parte do mundo adotou também o regime democrático, o regime democrático é o oposto da ditadura, pois na ditadura a população não tinha direito nenhum de escolha, já na democracia temos um regime político onde todos têm direitos iguais perante a lei, independente de raça, cor, religião e etc., mas muitas vezes a democracia não funciona dessa maneira, ou funciona pela metade, hoje em dia podemos ver a democracia em que vivemos, onde os mais ricos têm mais voz.

Nossa democracia esta parecendo à democracia grega, pois na antiga Grécia tinha o poder somente homens, lá mulheres, escravos e estrangeiros não tinham poder algum como já mencionamos anteriormente, mas depois de um tempo todos tiveram liberdade e poder.

3.2 A idéia moderna de democracia

A concepção moderna de democracia surgiu a partir do século XVIII, com as revoluções burguesas que derrubaram as monarquias absolutistas (as principais referências são a Revolução Americana de 1776 e Revolução Francesa de 1789). A democracia recuperou o princípio da cidadania: os homens deixaram de ser súditos (subordinados a um rei) para se transformar em cidadãos.

O princípio básico do funcionamento da democracia moderna é o direito dos cidadãos de participarem dos assuntos de interesse coletivo a partir do voto. A principal função do voto é a escolha de representantes. Os representantes eleitos dispõem de poderes que lhes foram delegados pelos cidadãos para cuidar dos assuntos políticos da comunidade.

3.3Formas da Democracia 3.3.1 Democracia Direta

É qualquer forma de organização na qual todos os cidadãos podem participar diretamente no processo de tomada de decisões. As primeiras democracias da antiguidade foram democracias diretas. O exemplo mais marcante das primeiras democracias diretas é a de Atenas (e de outras cidades gregas), nas quais o Povo se reunia nas praças e ali tomava decisões políticas.

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Figura 3

A democracia direta e a democracia indireta expõem as mudanças e limitações do sistema representativo.

3.3.2 Democracia Representativa

É o ato de um grupo ou pessoa ser eleito, normalmente por votação, para "representar" um povo ou uma população, isto é, para agir, falar e decidir em "nome do povo". Os "representantes do povo" se agrupam em instituições chamadas Parlamento, Congresso ou Assembléia da República. O conceito moderno de democracia é dominado pela forma de democracia eleitoral e plebiscitária majoritária no Ocidente.

3.3.3 Democracia na atualidade

Embora estejam notavelmente disseminadas no mundo de hoje e seja difícil encontrar argumentos doutrinários contrários a elas que mereçam consenso, em muitas áreas do mundo as idéias democráticas não são postas em prática pelos sistemas políticos.

Nos países em que houve tomada do poder por organizações de esquerda, sobretudo de caráter comunista, implantaram-se sistemas de dominação política e militar que, embora se proclamassem democráticas, impediam o livre exercício dos direitos e das liberdades fundamentais. Nesses sistemas políticos, afirmava-se que a organização democrática parlamentar não constituía uma tradução adequada das idéias democráticas, já que só serviriam para legitimar o exercício do poder por influentes grupos de pressão, sobretudo de tipo econômico. Para os sistemas que foram dominantes nesses países, a organização democrática parlamentar seria uma democracia formal, sem conteúdo, oposta à democracia real, que eles representariam.

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Em 1984, após 20 anos de Ditadura, iniciou-se a transição democrática no Governo brasileiro, onde o primeiro presidente civil, pelo processo de eleições indiretas, assumiu o cargo. E, desde então, a questão enfatizada por Tocqueville (só há Democracia onde a liberdade política convive com a igualdade social) tem sido almejada e discutida abertamente por políticos e pensadores brasileiros.

Quando a Constituição de 1988 foi promulgada, o então presidente da Assembléia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, afirmou: “A Constituição quer mudar o homem em cidadão... Só é cidadão quem ganha justo e eficiente salário, lê, escreve, mora, tem hospital e remédio, lazer quando descansa” (Weffort, 1992).

Figura 4

Ulysses Guimarães foi um importante nome na construção da Carta Magna de 1988.

O Brasil pode ser qualificado como um país democrático no que se refere às seguintes conquistas:

 Liberdade de expressão e de associação;

 Direito de voto e de informação alternativa;

 Direito dos líderes políticos de competirem por apoio;

 Elegibilidade para cargos públicos;

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Figura 5

Crise, fome, desemprego e pobreza: dificuldades de um país que abandona o Estado de Bem-Estar Social com uma enorme desigualdade em sua população.

Segundo Weffort3, uma Democracia social pressupõe uma classe trabalhadora muito bem organizada, um alto grau de consenso a respeito das questões decisivas para o desenvolvimento social e econômico do país e uma sociedade com capacidade de planejamento. Além disso, um regime social democrata pressupõe uma sociedade integrada, na qual existem as possibilidades de políticas redistributivas beneficiarem os que estão dentro, integrados. Neste regime não existem políticas redistributivas para marginalizados. No entanto, como já foi dito, cerca da metade da população brasileira é marginalizada, e atualmente, o Estado não é capaz de distribuir nem mesmo para os que já estão integrados.

Francisco Weffort classificou a Democracia brasileira como uma Democracia de conflito, com uma sociedade muito desorganizada e dividida entre integrados e marginalizados. Na época, enfatizou que, para consolidar a Democracia, era preciso fazê-la a partir das bases populares, promovendo a capacidade de organização democrática e luta social, particularmente entre os segmentos mais pobres. Quanto maior a participação popular, menor a distancia entre liberdade política e igualdade social.

3 Francisco WEFFORT. Formação do pensamento político brasileiro. São Paulo, Ática, 2006.

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4. Manifestações Democráticas de Cidadania 4.1 Diretas Já

O período do Regime Militar no Brasil teve início em 1964, com o golpe militar que resultou no afastamento do presidente João Goulart, e seu fim em 1985 com a eleição do civil Tranquedo Neves, eleito pelo colégio eleitoral.

Figura 6

Nas eleições indiretas a população não possui direito ao voto. Os representantes são escolhidos em um colégio eleitoral, constituído por uma assembléia fechada. Essa modalidade existe nos países parlamentaristas onde os primeiros-ministros são eleitos pelos parlamentares, estes sim eleitos em eleições diretas.

Diretas Já foi um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984. A possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República no Brasil se concretizou com a votação da proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso(formulado pelo deputado federal Dante de Oliveira (PMDB-MT) em 1984 que tinha por objetivo reinstaurar as eleições diretas para presidente da República no Brasil, uma vez que a tradição democrática havia sido interrompida no país pelo golpe militar de 1964).

Este movimento reuniu milhares de pessoas em várias cidades do país em manifestações populares como comícios e passeatas com o objetivo de restituir eleições diretas no país, extintas pelo regime militar. Este movimento reuniu vários membros da sociedade como cantores, atores políticos de vários partidos. Esta manifestação ganhou massa crítica e em menos de um ano já havia reunido condições para se mobilizar abertamente.

Em 25 de Janeiro de 1984 em São Paulo, o movimento “Diretas Já” reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas contra o regime militar. Porém, em 25 de abril de 1984, não se obtiveram os votos necessários à aprovação da emenda. A maioria dos deputados do partido de sustentação do regime votou contra ou então se ausentou do plenário. O que não impediu que um de seus principais líderes, Tranquedo Neves fosse eleito em 1985, mesmo que em eleições indiretas.

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3.5.2 Os caras pintadas

O movimento realizado no ano de 1992 teve como base denúncias de corrupção e medidas econômicas que pesaram contra o presidente em exercício.

Os “caras-pintadas” foi um movimento estudantil brasileiro que recebeu este nome devido à forma de expressão, símbolo do movimento: as cores verde e amarelo pintadas no rosto.

A primeira manisfestação ocorrida em maio chamou atenção pelo grande número de pessoas reunidas e a forte rejeição ao presidente. Uma CPI foi instalada em primeiro de Junho tendo como acusado o irmão do presidente.

As passeatas seguiram durante toda a CPI e no dia 11 de Agosto o movimento teve seu ponto alto: uma passeata reuniu cerca de 10 mil pessoas em frente ao MASP em São Paulo. As manifestações eram marcadas pela irreverência e diversividade política. O movimento ameaçava perder a característica política, deixando de lado os partidos... Surgiram as primeiras pessoas de rosto pintado.

O presidente Collor poucos dias depois pediu apoio à nação contra as denúncias que sofria. Em um ato de repúdio ao pronunciamento e luto por toda a corrupção que se abatiam sobre o país, milhares de jovens tomaram as capitais do país vestidas de negro e com o rosto pintado. A partir daí, “os caras pintadas” entravam para a história do país e o dia 16 de Agosto de 1992 ficou conhecido como “o domingo negro”.

Em 29 de Setembro de 1992 todo o mundo acompanhou pela televisão e rádio o impeachment de Fernando Collor. Encerrava-se de modo inusitado o primeiro governo civil e diretamente eleito após o Regime Militar. Seguindo o

impeachment do presidente, Itamar Franco, vice-presidente de Fernando Collor,

assumiu interinamente o papel de chefe de Estado e chefe de governo em 2 de

outubro de 1992 e o papel de Presidente da República em 29 de dezembro de 1992.

Figura 7

Figura 8 Figura 9

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4. Conclusão

Após todas as análises apresentadas, concluímos que a democracia só é possível se o cidadão tenha o direito de gozar de sua cidadania com seus direitos e deveres. Desde a implantação do primeiro regime democrático houve poder excessivo com o intuito de “podar” este direito do cidadão. Primeiro pela burguesia dominante e seus coronéis que utilizavam do seu poder econômico para influenciar opiniões a seu favor.

O golpe militar retirou este direito das mãos da sociedade punindo aquele que era contrário as suas regras com violência e atos que ao nosso ponto de vista poderiam ser comparados com as atrocidades cometidas em guerras mundiais. Aos que não manifestavam sua opinião as informações eram manipuladas pelo governo como se houvesse a intenção de fazer uma “lavagem cerebral” na sociedade (será que não era essa a real intenção?). Neste período foi implantada a censura a toda e qualquer forma de manifestação de opinião a todo e qualquer meio de comunicação (televisão, rádio, teatro, cinema, escolas, universidades (os estudantes se organizaram através da UNE).

Após o término do período militar, grandes manifestações populares para expressar o desejo da sociedade surgiram. Consideramos duas importantes:

O movimento “diretas já”, manifestou o desejo da sociedade em participar da escolha dos seus representantes de forma ativa... Por meio do voto. Este movimento contou com o apoio de artistas, trabalhadores, estudantes e lideres políticos todos unidos por um mesmo sentimento. A não aprovação do projeto do voto direto, não impediu que seu principal representante fosse eleito em eleições indiretas. Este representante faleceu um dia antes de tomar posse!

Pouco tempo depois, já conquistado o direito de eleições diretas, a sociedade viu como grande possibilidade de esperança as promessas de mudanças imediatas em um presidente com características bem diferentes dos presidentes antecessores. Esta esperança foi em vão. O governo Fernando Collor em um ato que causou choque em toda a nação com o congelamento das cardenetas de poupança com uma explicação pouco convincente, trazendo à tona um CPI que ocasionou no impeachment do presidente.

No decorrer deste processo, ocorreu outra manifestação que entrou para a história do país. O movimento dos “caras pintadas” foi marcado pela grande concentração de jovens estudantes unidos pelo impeachment do presidente Collor. Tudo foi feito como se a pressão publica fosse atendida. Mas o que presenciamos foi a utilização da opinião pública para camuflar as reais intenções da elite política que sempre dominou como os coronéis da primeira fase da república. Sempre sendo manipulado pelas forças políticas sem se preocupar em buscar informações concretas de várias fontes para formar sua própria opinião de forma limpa e concreta.

Mesmo dentro do conceito de democracia, onde o povo tem participação ativa na tomada de decisões do país, os anos que se seguiram tiveram presidentes “intuitivos” de certa forma. Com a saída de Collor, quem assumiu foi seu vice, “Itamar Franco”. Durante o governo Itamar, surgiu o “Plano Real” e a promessa de “fim a inflação”. Novo plano em andamento, foi fácil eleger o ministro da fazenda. Fernando Henrique Cardoso foi eleito por dois mandatos seguidos. Sua saída ocasionou na eleição de Lula por dois mandatos que diretamente elegeu nossa atual presidente.

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As contradições presentes no processo de cidadania, no que diz respeito às relações entre Estado e Sociedade estão implícitas nas políticas sociais que, se por um lado, visam resolver os problemas sociais, como a fome, o analfabetismo e a miséria, por outro, são ineficazes, incluindo sua própria vontade, mascarando preconceitos, e não tratando o problema, garantindo as necessidades básicas da sociedade.

O Estado propõe ao indivíduo uma situação de direito, que ele próprio não consegue incorporar e absorver. Na lógica deste conceito, nesta relação, gerada por uma forma de poder, estabelece a desigualdade entre indivíduos e Estado.

Assim, a cidadania vem sendo construída a partir de movimentos sociais, desvinculados do Estado.

Em nosso país há os que são mais cidadãos, os que são menos cidadãos e os que nem mesmo ainda são. Pois o cidadão deve ser multidimensional, onde cada dimensão agrega-se com as demais na procura de um sentido para a vida, de uma nova sensibilidade. As contradições fazem do país um contexto de desigualdade e subdesenvolvimento que ficam evidentes nas mais diversas áreas do poder público.

Com isso percebe-se que por mais que a sociedade tenha conquistado o direito ao voto, a liberdade de expressão, direito à saúde, à educação dentre outras coisas mais que foram citadas no decorrer da pesquisa, esta mesma sociedade, apesar de demonstrar melhoras significativas no desenvolvimento de suas próprias opiniões políticas, ainda se permite influenciar por vantagens superficiais, como cestas básicas, consultas médicas extraordinárias, transportes clandestinos, tudo em troca de voto. O que em nossa opinião se torna menos prático que fiscalizar seus representantes para fornecer saúde e transporte públicos bem como qualquer outro fruto de políticas públicas com qualidade.

Com isso pode-se dizer que a democracia em nosso país ainda está por ser inventada. Por democracia entendem-se a existência de eleições, de partidos políticos e da divisão republicana dos três poderes, além da liberdade de pensamento e de expressão. Em lugar de democracia, temos instituições vindas dela, mas operando de modo autoritário.

De forma que por mais que seja evidente a redução da desigualdade social e que o poder de aquisição da população tenha aumentado, se não houver uma conscientização cidadã da sociedade com todos os seus direitos e deveres a existência de uma democracia “real” com todos os benefícios que permitirão uma crescimento do país de forma realmente sustentável continuará sendo um pouco de um futuro próximo e não uma constatação do nosso presente.

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Índice de imagens

Figura 1

http://normandus303.files.wordpress.com/2010/10/passeata1.jpg. Acesso dia 23/07/2011 Figura 2 image/jpg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAkGBhQSERQUExQ WFRUWGBgaGRcWGBocGhcYHhoXGBweGB0fHCYeGBokHRgcHzAgJCcpLCwsG B4xNTAqNScrLCkBCQoKDgwOGg8PGikkHyQtLCwpLCwsLCwsLCouLCwsKSksLC wsLCwsKSwsLCwsLCwsLCwsLCwsLCwsLCwpLCwsLP. Acesso dia 03/08/2011. Figura 3 http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_24/demobrimagem/ulysses.jpg. Acesso dia 03/08/2011 Figura 4 http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_24/demobrimagem/crise.jpg. Acesso dia 03/08/2011 http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_24/demobrimagem/fome.jpg Acesso dia 03/08/2011 http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_24/demobrimagem/desemprego.jpg Acesso dia 03/08/2011 Figura 5 http://www.brasilescola.com/upload/e/Democracia%20Direta%20e%20Indireta%20-%20BRASILESCOLA.jpg. Acesso dia 04/08/2011

Figura 6

http://www.brasilcultura.com.br/wp-content/uploads/2011/03/Passeata.jpg Acesso dia 04/08/2011

Figura 7

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u397259.shtml. Acesso dia 04/08/2011 Figura 8

http://fdamiaonoticias.blogspot.com/2010/07/ex-presidente-collor-de-mello-ameaca.html

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Materiais em meio eletrônico

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