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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO

A.O.S. DIOCESE DE ABAETETUBA EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER

COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA_____2ª série do Ensino Médio Professor: José Carlos

Cronograma de Atividades do 4º Compêndio Quinta-feira

22/12 Aula 01 – Globalização e meio ambiente, ATIVIDADE 01, questões de

01 a 07.

05/01 Aula 02 – Globalização e desemprego, Atividade 01, questões de 08 a

15.

Globalização e meio ambiente

Para garantir uma boa relação entre globalização e meio ambiente, é preciso que as sociedades vençam o desafio de se desenvolverem em uma perspectiva sustentável. A relação entre globalização e meio ambiente expressa-se na perspectiva dos impactos gerados pelas transformações técnicas, sobretudo aqueles referentes à Revolução Técnico-Científica-Informacional, que propiciou avanços suficientes para integrar as diferentes partes do planeta e alterar os sistemas de produção no campo e na cidade.

Por definição, a globalização é entendida como o processo de integração global das sociedades, correspondendo ao período de maior avanço e expansão do sistema capitalista. Mesmo que de maneira desigual e, por vezes, contraditória, todas as partes do mundo encontram-se conectadas, com um grande fluxo de informações, capitais, bens e valores culturais. Tal panorama influencia, sem dúvidas, a forma como o ser humano interage e gera impactos sobre o meio natural.

No âmbito da questão ambiental na Globalização, podemos considerar como o principal marco histórico para a intensificação da alteração do meio natural pelas sociedades a emergência da Revolução Industrial e suas posteriores transformações. Com a industrialização, ampliou-se o consumo e a pressão sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis, como o solo, as florestas, os minérios e os recursos

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hídricos. Além disso, a transformação desses elementos primários passou a ser acompanhada da produção de um grande volume de poluição, tanto atmosférica quanto dos solos, hídrica e de outros tipos.

No campo, os efeitos dessas mudanças também foram sentidos com a evolução das técnicas agropecuárias, incluindo a mecanização, a Revolução Verde e as transformações recentes introduzidas por conhecimentos científicos, como a biotecnologia. Tudo isso foi desenvolvido com vistas a aumentar a produtividade no meio rural, gerando, em contrapartida, uma maior demanda sobre o consumo e extração dos recursos naturais.

As consequências geradas pelo desenvolvimento industrial dos últimos 250 anos são bastante discutidas, e os seus limites exatos ainda não são muito precisos, sendo alvo de grandiosos debates no meio científico. De todo modo, as alterações na composição da atmosfera e o esgotamento dos recursos naturais são, sem dúvidas, os impactos mais duramente sentidos no contexto socioespacial. Além disso, somam-se os eventos climáticos, que, na opinião da maioria dos cientistas, podem ganhar contornos dramáticos em um futuro próximo, com a intensificação do efeito estufa e o avanço do Aquecimento Global.

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No mesmo contexto, insere-se o fenômeno socioespacial da urbanização, que vem se intensificando nos países em desenvolvimento após ter se consolidado nos países centrais e alguns emergentes. Com isso, emergem os problemas socioambientais urbanos, como a extrema poluição, a formação das ilhas de calor, a questão da inversão térmica e os impactos gerados pela má destinação dos resíduos sólidos e da ausência de saneamento ambiental.

Contudo, no cerne do processo de transformação e evolução das técnicas e dos objetos técnicos que atuam no processo de produção do espaço geográfico, existe uma incessante busca por alternativas que defendam o desenvolvimento econômico das sociedades com a preservação do meio natural. Nesse sentido, emerge o conceito de sustentabilidade, defendido por muitos como a saída necessária e possível para conciliar o crescimento social com a conservação ambiental.

De todo modo, a atenuação dos efeitos da globalização sobre o meio ambiente perpassa por uma série de desafios, tais como vencer a lógica de desenvolvimento via consumismo, os impactos negativos da urbanização concentrada e da produção

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conscientização individual, é preciso um sistema mútuo de cooperação entre as nações a fim de desenvolver metas ambientais que atendam às necessidades básicas para a conservação da natureza.

Um dos principais desafios da globalização é garantir o desenvolvimento sustentável Publicado por: Rodolfo F. Alves Pena

Globalização econômica e exclusão social

Globalização econômica vincula-se à exclusão social a partir do momento em que a

expansão massiva dos meios tecnológicos e de informação não atinge de forma democrática toda a população do planeta, favorecendo o acúmulo de riqueza para os mais ricos e dificultando, assim, a emancipação social dos mais pobres.

A Globalização econômica consolidou-se no mundo a partir de meados do século XX com a III Revolução Industrial, também chamada de Revolução Técnico-Científica. Entretanto, o seu surgimento está vinculado ao período das grandes navegações europeias do final do século XV e início do século XVI.

Durante esse período, intensificou-se o processo de colonização. Desse modo, as nações colonizadoras impuseram sobre os povos colonizados sua cultura e o seu modo de ver o mundo. Além disso, esses países foram responsáveis pela exploração maciça das riquezas naturais e sociais daquilo que viria a ser mais tarde chamado de “mundo subdesenvolvido”. Como produto, emergiu a exclusão social predominante nos países mais pobres.

A Globalização, nos moldes atuais, é comandada pelas grandes multinacionais e pelo neoliberalismo. Assim, grandes corporações se instalam em muitos países

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subdesenvolvidos em busca de matéria-prima abundante e mão de obra barata. Essa mão de obra barata não encontra alternativa a não ser a de se sujeitar a receber baixos salários, o que, em termos gerais, acaba configurando a origem da miséria em todo mundo.

Outro problema que se configura nesse processo é a grande dependência econômica dos países mais pobres para com os mais ricos, ocasionada não só pela colonização, mas também pelo imperialismo. Isso acontece justamente por conta da integração econômica mundial, que sempre acompanhou a globalização. Sendo assim, essas nações não apresentam condições de oferecer infraestrutura, moradia e educação para a maioria da população, o que também contribui para a intensificação da exclusão social. Por conta dessa realidade, existem muitos movimentos antiglobalização que, apesar do nome, não lutam necessariamente pelo fim da Globalização, mas sim para que ela ocorra de uma forma diferente, em que haja a inclusão das classes sociais menos favorecidas e que o conhecimento e os bens de consumo não sejam privilégio de poucos. O principal movimento de contestação da Globalização é o Fórum Social Mundial.

Em tempos de Globalização, o contraste entre riqueza e pobreza é visível no espaço das cidades Publicado por: Rodolfo F. Alves Pena

Globalização econômica e exclusão social

Globalização econômica vincula-se à exclusão social a partir do momento em que a

expansão massiva dos meios tecnológicos e de informação não atinge de forma democrática toda a população do planeta, favorecendo o acúmulo de riqueza para os mais ricos e dificultando, assim, a emancipação social dos mais pobres.

A Globalização econômica consolidou-se no mundo a partir de meados do século XX com a III Revolução Industrial, também chamada de Revolução Técnico-Científica.

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Entretanto, o seu surgimento está vinculado ao período das grandes navegações europeias do final do século XV e início do século XVI.

Durante esse período, intensificou-se o processo de colonização. Desse modo, as nações colonizadoras impuseram sobre os povos colonizados sua cultura e o seu modo de ver o mundo. Além disso, esses países foram responsáveis pela exploração maciça das riquezas naturais e sociais daquilo que viria a ser mais tarde chamado de “mundo subdesenvolvido”. Como produto, emergiu a exclusão social predominante nos países mais pobres.

A Globalização, nos moldes atuais, é comandada pelas grandes multinacionais e pelo neoliberalismo. Assim, grandes corporações se instalam em muitos países subdesenvolvidos em busca de matéria-prima abundante e mão de obra barata. Essa mão de obra barata não encontra alternativa a não ser a de se sujeitar a receber baixos salários, o que, em termos gerais, acaba configurando a origem da miséria em todo mundo.

Outro problema que se configura nesse processo é a grande dependência econômica dos países mais pobres para com os mais ricos, ocasionada não só pela colonização, mas também pelo imperialismo. Isso acontece justamente por conta da integração econômica mundial, que sempre acompanhou a globalização. Sendo assim, essas nações não apresentam condições de oferecer infraestrutura, moradia e educação para a maioria da população, o que também contribui para a intensificação da exclusão social. Por conta dessa realidade, existem muitos movimentos antiglobalização que, apesar do nome, não lutam necessariamente pelo fim da Globalização, mas sim para que ela ocorra de uma forma diferente, em que haja a inclusão das classes sociais menos favorecidas e que o conhecimento e os bens de consumo não sejam privilégio de poucos. O principal movimento de contestação da Globalização é o Fórum Social Mundial.

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Publicado por: Rodolfo F. Alves Pena

A GLOBALIZAÇÃO E A CRISE DO DESEMPREGO: POLÍTICA DE AUSTERIDADE COMO SOLUÇÃO PARA A CRISE DO DESEMPREGO NA EUROPA

Luiz Alberto Pereira RibeiroPontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR Francisco Carlos DuartePontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR Resumo

A globalização econômica/financeira produz impactos no mundo, tendo por fundamento principal o respaldo no argumento da liberação dos mercados. Não se trata de um fenômeno atual, sendo que o seu apogeu se deu após os anos setenta com a crise financeira, inicialmente pelos Bancos e Multinacionais. Como origem de um movimento econômico/financeiro, a globalização gerou reflexos na sociedade e, por conseguinte, gerando forte impacto no aumento do desemprego, na desregulamentação e na flexibilização dos direitos trabalhistas. Para tentar conter o desemprego decorrente, principalmente, da globalização econômica/financeira, surge a política da austeridade imposta na Europa, mais especificamente em relação aos países que adotaram a moeda euro, como um modelo a ser seguido a fim de resolver o problema da crise de desemprego. A finalidade deste trabalho é analisar a globalização e sua relação com o desemprego, bem como a política de austeridade imposta em alguns países do Euro como mecanismo de solução para a crise do desemprego. Para tanto, o presente trabalho se baseou em pesquisas doutrinárias e em dados fornecidos pelo IBGE, EAPN e pela OIT. Por fim, apresentaremos as considerações finais a respeito da pesquisa realizada, respondendo a indagação se a política de austeridade imposta em alguns países do Euro tem contribuído para a diminuição do desemprego.

Terrorismo, Globalização e Tecnologia 02/09/2016 por Damásio Evangelista de Jesus

A forma atual de terrorismo que a todos ameaça é de uma guerra típica de um mundo globalizado e que utiliza todas as vantagens tecnológicas postas à sua disposição, até mesmo contar com suporte interno nas áreas em que pretende atuar. O impacto é tanto maior, em nível mundial, na medida em que corpos de militantes, transformados em artefatos de destruição, são trazidos para dentro de nossas salas, de nossos quartos.

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Ninguém está imune. É natural que um fenômeno de tal envergadura, que atinge a todos em todo espaço, direta ou indiretamente, promova um clamor social sem cor e sem bandeira em prol de uma solução jurídica capaz de deter ou pelo menos conter o flagelo dos atos terroristas. Cada nação, de conformidade com sua cultura e tradição diplomática, tem respondido aos apelos da humanidade e contribuído para aperfeiçoar os já existentes e propor novos mecanismos. Há uma vigilância permanente por parte de organismos internacionais, especialmente criados para esse fim, sobre todos os desdobramentos decorrentes de ações terroristas, dos mais diferentes matizes.

Se eu dissesse que há motivos que levam à prática de ações terroristas, estaria de certa forma justificando-as. Elas, no entanto, são indefensáveis, injustificáveis. O que temos são explicações que nos permitem entender o que acontece no mundo. Ao nos debruçarmos sobre o quadro mundial, veremos que o Ocidente (em que pese a perda de significado do termo) desenhou uma geografia perigosa a partir do século XV. Ignorou velhos atritos, criou áreas novas de conflitos, permitiu o recrudescimento de um espírito de revanche, que passa pela Ásia e África e se cristaliza no Oriente Médio, a partir do momento em que ele adquire consciência de seu poder de barganha no campo econômico e de sua pequena significação no campo político. Daí a forçar, por meio de uma nova “guerra santa”, a solução de suas velhas desavenças sobre terras, de soberania, de controle de suas próprias decisões, foi um passo. Qualquer conjunto de medidas, não basta uma, tomado pelos organismos internacionais deve acontecer o mais rapidamente possível e tem no diálogo a sua arma mais poderosa. Não podemos descrer do diálogo, sob pena de perder nossa identidade enquanto espécie, por mais ingênua que essa alternativa possa parecer.

O terrorismo é, em sua base, um problema moral e, como tal, suas manifestações têm que ser analisadas e respondidas sob (e a partir de) um prisma de absoluta isenção de ânimos, reta intenção e o mais objetivamente possível. O contínuo desrespeito às leis internacionais, nos mais variados campos, é uma razão mais do que suficiente para promover um interesse comum em torno da busca de soluções capazes de prevenir e combatê-lo. Desde que o terrorismo assumiu uma lógica assimétrica de fazer a guerra e elegeu a população civil para os seus ataques, colocou em risco a segurança dos cidadãos, as liberdades civis e a própria democracia. Colocou, também, em estado de alerta os seus alvos preferidos que podem estar nos Estados Unidos, países ricos da

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União Europeia, Rússia, Índia, Japão ou China. O alerta partilhado expressa-se por via de propostas, apoio e aprovação das mesmas em inúmeras resoluções do Conselho de Segurança da ONU. Antes mesmo do atentado de 11 de setembro, a Resolução n. 54/109, da Assembleia Geral de 09 de dezembro de 1999, firmou um Convênio Internacional para a Repressão do Financiamento ao Terrorismo, cujo objetivo era fazer frente a ele; contou com o apoio de instituições financeiras internacionais que se manifestaram pela elaboração de diretrizes e de um sistema de auto-avaliação capazes de conferir eficácia, além de instrumentos jurídicos internacionais aptos a fundamentá-los. Após o atentado, e ainda em setembro de 2001, foi criado um Comitê contra o Terrorismo que complementou a Resolução n. 54/109, e tinha também a função de vigiar e garantir o cumprimento da Resolução n. 1.373/2001 que declara e define os atos, métodos e práticas terroristas como sendo contrários aos princípios que norteiam o organismo internacional e, como tal devem ser combatidos. A Corte Penal Internacional, fundada no Estatuto de Roma e com vigência a partir de 1.º de julho de 2002, constitui-se na jurisdição especial para julgar crimes considerados de lesa-humanidade. Quanto aos órgãos competentes para julgamento de crimes de terrorismo internacional, primeiramente temos que citar a Corte Internacional de Justiça de Haia (Holanda), principal órgão de justiça das Nações Unidas, que começou a funcionar em 1946. Embora originariamente não pudesse prever esse tipo de terrorismo, sua função primordial é resolver litígios entre países, baseando-se nas convenções e tratados internacionais. Suas decisões são definitivas e sem apelação, embora não disponha de meios coercitivos para impor a aplicação de sanções, sentindo-se prejudicada em seu poder de decisão.

Na passagem do século XX para o século XXI estiveram no auge as discussões para a criação de uma instância jurídico-penal transnacional que gozasse de jurisdição nominalmente global, de caráter permanente e legitimada pela comunidade internacional. Trata-se da Corte Penal Internacional ou Corte Criminal Internacional, cuja legitimidade jurídica é conferida pelo Estatuto de Roma (junho/julho de 1998), e que entrou em vigor em 01/07/2002. Seu objetivo principal é investigar e trazer a julgamento indivíduos (não Estados) que tenham incorrido nos chamados grandes crimes internacionais. Visando, antes de tudo, proteger a pessoa humana, sua dignidade e bem estar, a Corte Penal Internacional teve, para a sua criação, a aprovação de 120 países,

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Unidos, a China e Israel. O Brasil tem, em relação ao terrorismo, uma posição definida, constitucional, para a qual não cabe qualquer tipo de discussão: inciso VIII do art. 4º da Carta Magna, que determina o repúdio ao terrorismo. Essa postura do Estado brasileiro em ação diplomática reflete, e é consonante com um valor consagrado na ordem interna, no que se refere aos direitos individuais e coletivos (art. 5.º da Carta Magna), especialmente no inciso XLIII que considera o terrorismo crime inafiançável e insuscetível de graça e anistia. Tanto no nível parlamentar, quanto nas esferas do Executivo e Judiciário, há permanente atenção à diferente coloração assumida pelas várias formas de violência cometidas no país. Recentemente, com a aprovação da Presidência da República, em reunião com o Ministério da Justiça, foi criada uma Força Federal para atuar nos Estados: a Força Nacional de Segurança Pública. Trata-se de uma força tática, uniformizada e armada, organicamente integrada à Polícia Federal. Reúne policiais dos Estados e do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT). Continuam, porém, os reclamos da Polícia Federal pela construção de uma Escola Superior de Segurança e Proteção Social, bem como a criação de uma Ouvidoria e aumento do efetivo. Quanto à necessidade de debates sobre o problema certamente eles se fazem necessários em todos os níveis, não só na esfera do poder.

Assim como qualquer país, também o Brasil não está livre de risco de atentado. Quanto a estarmos preparados, é uma questão de difícil resolução. Quando os terroristas realizaram o atentado nos centros financeiro e político dos Estados Unidos, em 11 de setembro, deram um triste recado para o mundo: nem mesmo a nação mais poderosa do planeta tem garantias com o seu sistema de segurança. Isto não deve motivar nenhum tipo de paranóia, mas é interessante refletir a que ponto chegou a intolerância desses homens que aspiram pelo martírio, sabem que não tomarão o poder em qualquer lugar do mundo, mas querem exatamente a desestabilização de poderes constituídos, principalmente em países muçulmanos afinados com o Ocidente, e da sociedade, de um modo geral.

O terrorismo, conforme o conhecemos neste início de terceiro milênio, mais do que qualquer outro tipo de terror conhecido pela humanidade, reúne todos esses elementos elencados na questão. Tem coloração cultural, mas não nos permite falar em embate entre civilizações. Seria negar o multiculturalismo que nos caracteriza enquanto espécie. Os muçulmanos têm tentado imprimir um caráter de guerra santa às suas ações

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terroristas. A conotação religiosa que existe, entretanto, não é suficiente para caracterizar as ações como de natureza religiosa. Isto porque um bom número de países islâmicos acredita na integração da economia mundial e na comunidade internacional. É um ataque à civilização ocidental, visto de onde têm partido e os alvos visados e, dessa forma, atinge as democracias vigentes porque fere as liberdades individuais e coletivas. Quanto à organização para a prática dos crimes, fala por ela a precisão cirúrgica com que são deflagrados, apesar da variedade de situações escolhidas e as diferentes nacionalidades dos agentes do terror. Sem sombra de dúvida, trata-se de um terrorismo alimentado pela globalização: o estímulo à formação do jovem, o alto grau de capacidade competitiva exigido de homens e de países, as facilidades de comunicação e acesso ao conhecimento sem fronteiras colocados ao alcance de todos pela tecnologia avançada e ousada do fim do século XX. A livre circulação de todos, de qualquer origem, pelo mundo democrático com garantias asseguradas pelo próprio: direitos civis, direito de ir-e-vir, respeito à cidadania, pluralidade étnica, racial e religiosa. Tudo isso tem permitido que terroristas se especializem nas universidades das nações escolhidas como alvos, estabeleçam uma rede de apoio dentro dos próprios países, conheçam os caminhos mais rápidos para a aquisição, guarda e manipulação de armamentos de alto poder de destruição. Somente dessa forma eles têm tido possibilidade de sucesso em suas ações.

Bibliografia

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ATIVIDADE 01

Questão 1

(Enem-2015) Não acho que seja possível identificar a globalização apenas com a criação de uma economia global, embora este seja seu ponto focal e sua característica mais óbvia. Precisamos olhar além da economia. Antes de tudo, a globalização depende da eliminação de obstáculos técnicos, não de obstáculos econômicos. Isso tornou possível organizar a produção, e não apenas o comércio, em escala internacional.

HOBSBAWM, E. O novo século: entrevista a Antonio Polito. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).

Um fator essencial para a organização da produção, na conjuntura destacada no texto, é a:

a) criação de uniões aduaneiras. b) difusão de padrões culturais.

c) melhoria na infraestrutura de transportes. d) supressão das barreiras para comercialização. e) organização de regras nas relações internacionais. Questão 2

(Enem-2015) No final do século XX e em razão dos avanços da ciência, produziu-se um sistema presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema uma presença planetária. Um mercado que utiliza esse sistema de técnicas avançadas resulta nessa globalização perversa.SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2008 (adaptado). Uma consequência para o setor produtivo e outra para o mundo do trabalho advindas das transformações citadas no texto estão presentes, respectivamente, em:

a) Eliminação das vantagens locacionais e ampliação da legislação laboral. b) Limitação dos fluxos logísticos e fortalecimento de associações sindicais.

c) Diminuição dos investimentos industriais e desvalorização dos postos qualificados. d) Concentração das áreas manufatureiras e redução da jornada semanal.

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Questão 3

(Enem-2015) Tanto potencial poderia ter ficado pelo caminho, se não fosse o reforço em tecnologia que um gaúcho buscou. Há pouco mais de oito anos, ele usava o bico da botina para cavoucar a terra e descobrir o nível de umidade do solo, na tentativa de saber o momento ideal para acionar os pivôs de irrigação.

Até que conheceu uma estação meteorológica que, instalada na propriedade, ajuda a determinar a quantidade de água de que a planta necessita. Assim, quando inicia um plantio, o agricultor já entra no site do sistema e cadastra a área, o pivô, a cultura, o sistema de plantio, o espaçamento entre linhas e o número de plantas, para então receber recomendações diretamente dos técnicos da universidade.

CAETANO, M. O valor de cada gota. Globo Rural, n. 312, out. 2011.

A implementação das tecnologias mencionadas no texto garante o avanço do processo de:

a) monitoramento da produção. b) valorização do preço da terra. c) correção dos fatores climáticos. d) divisão de tarefas na propriedade. e) estabilização da fertilidade do solo. Questão 4

(Enem-2015) Um carro esportivo é financiado pelo Japão, projetado na Itália e montado em Indiana, México e França, usando os mais avançados componentes eletrônicos, que foram inventados em Nova Jérsei e fabricados na Coreia. A campanha publicitária é desenvolvida na Inglaterra, filmada no Canadá, a edição e as cópias, feitas em Nova York para serem veiculadas no mundo todo. Teias globais disfarçam-se com o uniforme nacional que lhes for mais conveniente.

REICH, R. O trabalho das nações: preparando-nos para o capitalismo no século XXI. São Paulo: Educator, 1994 (adaptado). A viabilidade do processo de produção ilustrado pelo texto pressupõe o uso de:

a) linhas de montagem e formação de estoques. b) empresas burocráticas e mão de obra barata. c) controle estatal e infraestrutura consolidada. d) organização em rede e tecnologia de informação. e) gestão centralizada e protecionismo econômico.

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Questão 5

(UFRN) - No contexto da globalização, uma tendência crescente é a formação de blocos econômicos regionais. Esses blocos apresentam diferentes níveis de integração. Um desses níveis é a zona de livre comércio que se caracteriza pela: a) criação de uma moeda única a ser adotada pelos países membros.

b) livre circulação de mercadorias provenientes dos países membros.

c) unificação de políticas de relações internacionais entre os países membros. d) livre circulação de pessoas, serviços e capitais entre os países membros. Questão 6

(UFPI) A organização dos países em blocos econômicos visa facilitar a economia dos países, estimulando as trocas e a produção. Sobre os principais blocos, suas

características e finalidades, assinale a alternativa correta.

a) ALCA – constituída por países africanos, promove a valorização de seus produtos, possibilitando a concorrência com a economia asiática.

b) MERCOSUL – reúne todos os países da América Latina e visa ampliar as trocas comerciais e o fluxo de pessoas entre os seus membros.

c) CEI – reúne os países da Europa Ocidental que são liderados pela Inglaterra que, por sua vez, detém a hegemonia econômica desta parte de continente.

d) União Europeia – formada por todos os países da Europa, permite a livre circulação, no continente, de pessoas e mercadorias.

e) NAFTA – formado pelos países da América do Norte, eliminou as barreiras tarifárias entre os seus membros

Questão 7

(UECE) A questão ambiental deve ser compreendida como um produto da intervenção da sociedade sobre a natureza. Diz respeito não apenas a problemas relacionados à natureza, mas às problemáticas decorrentes da ação social.

RODRIGUES, Arlete Moysés. Produção do e no espaço - problemática ambiental urbana. Ed. Hucitec, 1998, p.8.

A partir do excerto acima, pode-se concluir corretamente que os problemas ambientais globais residem:

a) na forma como o homem em sociedade apropria-se da natureza. b) nas relações de consumo e não nas relações de produção.

c) principalmente na forma de exploração dos recursos naturais não renováveis. d) apenas nas relações de produção, porque estas não têm vinculação com o

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Questão 8

(UFAL) Um dos temas mais debatidos na Geografia Humana da atualidade é o da globalização. Sobre esse tema, é incorreto afirmar o que segue:

a) Sua origem pode ser identificada no período mercantilista iniciado, aproximadamente, no século XV.

b) A globalização das comunicações tem sua face mais destacada na rede mundial de computadores, que permite um intenso fluxo de troca de ideias e informações.

c) A globalização das comunicações, paradoxalmente, diminuiu a universalização do acesso a meios de comunicação, apesar da inovação tecnológica. Isso se deve à lógica de mercado do Sistema Capitalista.

d) Os efeitos da globalização no mercado de trabalho são evidentes com a criação de modalidades de emprego para países com mão de obra mais barata voltada à

execução de serviços que não exigem alta qualificação.

e) A globalização intensifica o ritmo das mudanças nos meios de produção, tendendo a um aumento de tecnologias limpas e sustentáveis.

Questão 9

(UFRN) A globalização faz parte do processo de expansão do capitalismo, que atinge as diversas esferas da sociedade, em escala planetária.

Sobre a globalização, é correto afirmar que se trata de um processo o qual:

a) embora apresente tendência à homogeneização do espaço mundial, é seletivo e excludente.

b) embora apresente tendência à fragmentação do espaço mundial, tem reduzido as desigualdades socioeconômicas.

c) eleva a produção da riqueza e conduz à distribuição equitativa de renda entre os países do mundo.

d) reduz a competitividade entre os países e ameniza os conflitos nacionalistas. Questão 10

(UEPB) A globalização que marca a nova fase do desenvolvimento capitalista se caracteriza pela mundialização da produção, da circulação e do consumo. Processo este que foi viabilizado pelo avanço técnico acelerado.

As transformações rápidas que ocorrem na economia e na sociedade têm hoje a finalidade de intensificar a competitividade, que é mola propulsora do processo de globalização.Podemos identificar como estratégias competitivas do capitalismo globalizado:

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I - A produção de transgênicos que, embora polêmica, é mais produtiva, aumenta a resistência às pragas e cria a dependência dos produtores junto às empresas que controlam as sementes geneticamente modificadas.

II - A customização, ou seja, a fabricação de produtos sob encomenda para atender às especificações do consumidor final, em substituição à produção padronizada em série e com grandes estoques.

III - A flexibilização da produção através da adoção de um mesmo padrão produtivo das linhas de montagem, distribuídas pelos vários países do mundo, o que reduz custos e retira a identificação de um produto como sendo de uma nacionalidade.

IV - A adoção do protecionismo às empresas nacionais através dos subsídios e das cotas para dificultar a concorrência dos produtos estrangeiros dentro dos territórios nacionais. Estão corretas apenas as alternativas:

a) I, II e III b) I, III e IV c) I e IV d) II, III e IV e) II e III Questão 11

A globalização foi um processo iniciado nos anos 90. Para a indústria, uma das principais consequências foi:

a) reorganização do mercado de trabalho, com a diminuição dos direitos trabalhistas somente nos países desenvolvidos.

b) desconcentração espacial da indústria e da tecnologia que pode estar em qualquer parte do globo.

c) melhora das condições de trabalho nos países asiáticos, em geral e na China, em particular.

d) fim do trabalho escravo registrado nos países da periferia do capitalismo. Questão 12

Entre as características da Globalização podemos citar: a) reorganização produtiva baseada no Toyotismo.

b) surgimento de novas empresas baseadas no capital estatal

c) ampliação de políticas sociais aliada à incorporação de novas tecnologias. e) expansão do capital financeiro e surgimento de blocos econômicos.

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Questão 13

Sobre a Globalização, NÃO podemos afirmar

a) A maioria das instituições financeiras globais tem sua sede localizada nos países desenvolvidos.

b) O avanço das telecomunicações não causou impacto no mundo do trabalho. c) O Estado deixa de intervir na economia através de suas empresas estatais, limitando-se ao papel de regulador.

e) Os blocos econômicos regionais foram constituídos visando fortalecer os mercados dos vizinhos continentais.

Questão 14

Ao analisar o avanço tecnológico ocorrido durante o processo de Globalização é correto afirmar:

a) Os avanços tecnológicos aconteceram de maneira simultânea em todo o planeta. b) O setor de serviço perdeu espaço no mundo globalizado, enquanto a indústria “verde” ganhou terreno devido à pressão do movimento ecologista.

c) Observa-se uma tendência dos monopólios dos meios de comunicação asiáticos em detrimento das empresas americanas que dominavam o mercado.

d) Os fluxos de informações e capitais estão em crescente aumento, obedecendo a nova tendência tecnológica.

e) O crescimento econômico dos países em desenvolvimento tornou-se uma realidade, pois agora o saber é difundido democraticamente através da internet.

Questão 15

A globalização é um processo econômico, social e cultural que aproxima as nações de todo o mundo. Sobre o aspecto cultural podemos observar:

a) na popularização do idioma inglês, em todos os âmbitos sociais. b) na hegemonia europeia através de programas de financiamento científico e cultural c) no surgimento de movimentos de nacionalização que são contra a globalização d) no fortalecimento das relações culturais entre países em desenvolvimento e desenvolvidos.

Referências

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