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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCENCIA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCENCIA

FORMAÇÃO INICIAL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL: REFLEXÔES INICIAIS SOBRE O PIBID DE PEDAGOGIA

Laís Vitória Silva de Lima 1

Cleriston Izidro dos Anjos2

Peterson Willian de Souza2

RESUMO

O presente trabalho procura trazer reflexões sobre as possíveis contribuições do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) para a formação do futuro profissional de educação infantil cujas atribuições dos bolsistas trazem elementos para uma reflexão sobre o diálogo entre atividades mais teóricas (projetos de pesquisa e de intervenção, relatórios, produção de artigos, fichamentos, dentre outras), e as experiências de cunho mais prático propiciadas pelo contato com a realidade cotidiana da escola por meio de observações intervenções, participação e contato com as crianças e adultos em contexto educacional.

1 Autora, graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas – Campus A. C.

Simões. Maceió- AL. Bolsista do PIBID – Educação Infantil. laisvlima@hotmail.com

2 Coordenador do PIBID – Educação Infantil.

2 Supervisor do PIBID – Educação Infantil; Prof. Esp. Ed. Infantil - Semed-Maceió-AL; Mestrando

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Palavras-chave: educação infantil; docência; PIBID.

INTRODUÇÃO

Muitos profissionais da educação recém graduados, por meio de relatos, se deparam com a sala de aula, junto com o medo, a ansiedade e as expectativas. A identificação à docência nem sempre acontece, existe a falta de valorização pessoal e salarial, as poucas condições de trabalho, como também a não identificação com as determinações do dia a dia, as horas extras de trabalho com o planejamento das aulas, entre outros, segundo Sonia Kramer (2006),

Resoluções e deliberações estaduais e municipais confrontam-se com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, gerando nos profissionais que trabalham em creches e pré-escolas incertezas quanto ao que lhes será exigido com relação à formação inicial e ao processo de formação continuada. Na prática, observa-se a tentativa de conciliar, numa mesma situação, profissionais com níveis de escolaridade distintos. (p.805)

Assim, encontra-se profissionais fadados e inexperientes. O Programa Institucional de bolsa de Iniciação à Docência surge com o sub projeto “Melhorando a educação básica” para que os bolsistas da educação, e neste caso especificamente da educação infantil, iniciem à docência durante a graduação.

O PIBID tem o objetivo de promover o contato do futuro profissional com o ambiente de trabalho, com as crianças e as situações cotidianas, assim como a reflexão prática e teórica, para que se tenha a experiência embora seja prévia, e este se construa e reconstrua profissionalmente. Assim como a escola, que recebe o programa, e tem demonstrado grande satisfação pelos resultados obtidos, pela visibilidade que o PIBID dar, pela troca de conhecimentos,

Portanto, a entrada no campo, durante a graduação, propõe diversas experiências, e o contato com as crianças é bastante significativo, tratando-se de

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crianças de creche (0 a 3 anos) pois faz com que haja uma reflexão sobre as mesmas e suas determinações. Ou seja, entende-las como sujeito e a si próprio como sujeito em construção.

DESENVOLVIMENTO

Ao lidar com a experiência inicial do PIBID – Educação Infantil, pensa-se nas crianças, o modo como trata-las e suas reações, visto que o bolsista é uma terceira pessoa adulta em sala de aula. Desta maneira argumenta-se com Corsaro (2005) sobre este período inicial: “A aceitação no mundo das crianças é particularmente desafiadora por causa das diferenças óbvias entre adultos e crianças” (p.2) Ou seja, embora pareça uma simples ação, existe um processo de aceitação no qual requer uma postura profissional, visto que não sabia exatamente o que iria fazer, que espaço teria por parte das professoras e da escola e que crianças o programa estaria atendendo, além do fato de não haver ter tido antes experiência na docência.

Diante disso, pensa-se na relevância do PIBID, por possibilitar a aproximação da universidade, com os bolsistas em formação na escola, segundo Oliveira, “Se a formação é compreendida como base do processo constitutivo da profissionalização, é necessário considerar esses aspectos na redefinição dos cursos e projetos de formação docente.” (p. 13). Diante disso, é possível pensar em que sujeitos estão sendo formados para uma melhor educação.

Contudo, as idas para a escola causa aproximação e consequentemente a afetividade às crianças, facilitando cada ação, como também o envolvimento da escola com o PIBID, para contribuir no avanço e melhoria da qualidade do ensinoaprendizagem. Conhecer a vivencia diária das crianças que requer cuidado é um aprendizado que faz compreender que, de acordo com o Conselho Nacional de Educação (2009):

O cuidar como atividade meramente ligada ao corpo e destinada às crianças mais pobres, e o educar como experiência de promoção intelectual reservada aos filhos dos grupos socialmente privilegiados. Para além dessa especificidade, predominou ainda, por muito tempo, uma política caracterizada pela ausência de investimento público e pela não profissionalização da área. (p.1)

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Refletindo na realidade das crianças pensando na questão do cuidar e educar e de toda comunidade escolar, foi decidido pelos bolsistas, supervisor e pela escola que o projeto a ser realizado seria sobre o resgate da cultura popular alagoana, observando a necessidade da presença da cultura do estado, que é tão rica, para que seja aproveitada não somente em épocas folclóricas ou no final do ano com o pastoril, mas que essa cultura venha a ser apropriada nas diversidades diárias, seja por meio das músicas, nas rodas, com o coco, nas histórias, nos folguedos, nas brincadeiras, entre outros.

Cada bolsista fez o projeto que atendesse as necessidades da turma, e o concretiza só para sua turma e os mesmos pensariam em atividades a se realizar a todas as turmas, em atividades coletivas. Cada projeto e ação, deve atender os princípios como propostas pedagógicas de acordo com as Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil (2010), são eles:

a) Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades. b) Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. c) Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais. (p.16)

Ao deparar com a situação de intervenção do projeto coletivo na creche, e pôr em prática uma ação foi assustadora, já que não é algo que se tem na universidade durante a formação, a não ser na teoria, portanto, de acordo com Oliveira (2013)

Os desafios para a formação inicial docente para atuar na educação básica são muitos e exigentes, o que requer discutir profundamente e reconhecer as identidades presentes nesse suposto grupo homogêneo que, na realidade, apresenta complexidades muitas vezes ignoradas. Conhecer as distinções entre esses profissionais, seus saberes e fazeres, seus vínculos e sentimentos de pertencimento institucional, as exigências que lhes são postas, as responsabilidades e os constrangimentos aos quais estão expostos são condições essenciais para se pensar a adequação curricular da formação, que deverá promover a porta de entrada para o exercício docente. (p.13)

Assim sendo, ser protagonista de uma ação apesar de algo que traz muitas complexidades, por sem uma experiência nova, e por aquele momento ser uma ação

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observada e esperada tanto para os bolsistas quanto pela comunidade escolar, o projeto foi realizado com o auxílio dos professores.

A ação foi realizada em uma sala com um grande espelho começando primeiro pela história do bumba meu boi (A história que envolve a dança é a seguinte: Um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabe dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer sua mulher Catarina, que está grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade.), que reflete bem a cultura popular da região, contada em uma roda com a figura dos personagens da história, após o conto, cada criança recebeu uma máscara do boi a ser personalizada por eles com pedaços de papel picado, brilho, tiras de papel crepom.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi interessante ver como as crianças reagiram, em produzir suas máscaras olhando o reflexo no espelho, igualmente, compreendendo mais de si mesmos, desenvolvendo o lúdico, o imaginário, na brincadeira de ser o boi que sabia dançar e por fim, o aprendizado sobre a cultura local e a produção de sua própria cultura.

Além da realização própria, de concretizar os objetivos que foram traçados e alcançados no projeto e a sensação de ser protagonista de uma prática à docência, que irá prosseguir, mas de maneira diferente, pois cada ação contribui para a reflexão da prática na questão da qualidade do ensino-aprendizagem, ou seja uma ação, embora simplória, onde não há neutralidade, pois de maneira coletiva trouxe um significado diferente referente ao programa tanto do olhar do bolsista quanto do olhar da comunidade escolar.

O PIBID trouxe e tem trazido uma incrível experiência em meu processo de ensino-aprendizagem e teórico-prático, pois tem ocasionado uma maior valorização à docência, uma maior reflexão sobre a prática pedagógica, causando portanto

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incômodos em relação a realidade que possivelmente encontrarei e tenho encontrado diante da prática pedagógica, que leve a uma compreensão e aprofundamento maior e melhor da esfera educacional.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. PARECER CNE/CEB Nº: 20/2009.

CORSARO, William A. Entrada No Campo, Aceitação e natureza da participação nos estudos etnográficos com crianças pequenas. Educ. Soc., Campinas, vol. 26, n. 91, p. 443-464, Maio/Ago. 2005.

KRAMER, Sonia. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no brasil: educação infantil e/é fundamental. Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 96 - Especial, p.

797-818, out. 2006.

OLIVEIRA, Dalila Andrade. Docência na Educação Infantil – texto 1: A profissão docente na Educação Infantil. Salto para o futuro – TV Escola. Ano XXIII - Boletim 10, JUNHO 2013. P. 8 - 15.

Referências

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