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Vila Leopoldina. zona Oeste

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Academic year: 2021

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Vila Leopoldina

O distrito conhecido pelos largos terrenos industriais

dá espaço para o mercado audiovisual e vira moda

no setor imobiliário

zona Oeste

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A

Vila Leopoldina não é mais a mesma. Acompanhando o aquecimento geral do mercado imobiliário na cidade, nos últi-mos dez anos a região se trans-formou de um pacato bairro de casas modestas em abrigo para empreendimentos de alto padrão e empresas da área do cinema e TV. Os novos moradores revitali-zaram trechos antes desocupados e deram um ar moderno à região. Na esteira do aumento do núme-ro de habitantes, cresce também o setor de serviços, que pode ser notado pela proliferação de bares e restaurantes.

No século 19, precisamente no ano de 1827, as terras pertenciam a João Correia da Silva, razão pela qual fi caram conhecidas como Vár-zea dos Correias. Depois de um tempo em mãos de padres jesuítas alemães, foi vendida em 1894 para a empresa E. Richter & Company. O nome foi uma homenagem a Leo-poldina Kleeberg, umas das sócias da companhia.

Em 1926, a incorporadora Sicilia-no & Silva e o empresário Antônio Vilares lotearam aproximadamente

Antigos galpões viraram casas de eventos e produtoras de vídeo

500 mil m2. Durante os anos se-guintes, a Vila Leopoldina abrigou olarias e pequenas indústrias. O crescimento só ocorreu a partir de 1950, com a construção do Cen-tro Industrial Miguel Mofarrej, que levou grandes empresas ao local, principalmente as metalúrgicas. A chegada da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) – consoli-dou o desenvolvimento, em 1969.

A crise dos anos 1970 e 80 afe-tou as indústrias, e os galpões co-meçaram a fi car vazios. Além de problemas de infraestrutura – as reclamações de alagamentos e iluminação das ruas ainda são fre-quentes – houve um crescimento de habitações irregulares, como a favela Japiaçu, cuja ocupação co-meçou em 1972.

Nas últimas décadas, a região se transformou em um espaço residen-cial altamente verticalizado de clas-se média e clasclas-se média alta. A rua Carlos Weber foi apelidada “Nova Moema”, em referência ao distrito que sofreu processo semelhante e tem hoje um dos metros quadrados mais valorizados da cidade.

A

o mesmo tempo em que a valorização imobiliária e o grande número de construções de classe média alta chamam a aten-ção para a “nova Moema”, a Vila Leopoldina enfrenta problemas de moradias irregulares e favelas em seu distrito. Na parte mais próxi-ma à Marginal Tietê, loteamentos como Humaitá II, Japiaçu e Favela da Linha ainda sofrem com proble-mas de saneamento básico e falta de infraestrutura, principalmente na época dos alagamentos que assolam toda a região. A mobiliza-ção da sociedade é fundamental para que as demandas de todos os moradores sejam solucionados, principalmente os que moram de maneira precária na região dos armazéns.

O outro lado

do distrito

T

ransformar a cidade, fazer de

São Paulo um melhor lugar pra se viver. E todos nós sabemos de uma coisa: essa mudança só é possível se nascer do lugar em que as pessoas realmente vivem: os bairros, os distritos da nossa metró-pole. Neste livrinho, você verá como na Vila Leopoldina as ideias e as práticas de um Bairro Vivo vêm mudando a vida de quem mora lá. Transformação que surge do conhe-cimento da região, de suas praças e ruas, de seus córregos e parques, do que existe e do que falta, do que foi feito e de tudo o que ainda pre-cisa e pode ser feito. Conhecimento do passado, do presente e do futuro. Bairro Vivo.

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O impacto das ações

de Police Neto no

seu distrito

Ao longo de seus dois mandatos como vereador, José Police Neto (PSD), que atualmente é também presidente da Câmara Municipal de São Paulo, criou diversos proje-tos que se transformaram em lei e benefi ciam a população de toda a cidade de São Paulo. Veja, no mapa abaixo, qual o impacto delas no dis-trito em que você mora.

vo c ê e s t á a q u i

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INDICADORES DE DESEMPENHO

Police é o autor da lei que criou os indica-dores de desempenho, que avaliam a qua-lidade do serviço público da cidade de São Paulo. O morador de Vila Leopoldina, por exemplo, pode entrar no site da Prefeitura e saber como está o serviço de educação de seu distrito em comparação com outros. Para acessar os dados, é só entrar no site da Prefei-tura, depois na página da Secretaria de Plane-jamento, Orçamento e Gestão e, em seguida, no link Indicadores.

LEI DO ALVARÁ CONDICIONADO

A lei do alvará condicionado veio para ajudar os peque-nos comerciantes da Vila Leopoldina, e pode auxiliar os empresários de bares e restaurantes recém-abertos, por exemplo. Quem ainda não tem a licença de funcio-namento agora pode abrir suas portas e trabalhar en-quanto providencia os documentos, no prazo máximo de quatro anos.

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READEQUAÇÃO DE EDIFICAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL

O projeto de Police Neto, quando aprovado, vai esta-belecer diretrizes para orientar o mercado imobiliá-rio na construção e recuperação de empreendimen-tos voltados para habitações de interesse social. A região do entorno da Ceagesp, com galpões aban-donados, por exemplo, pode ser uma das áreas be-nefi ciadas. Assim, fi cará mais fácil reverter o esvazia-mento de alguns locais.

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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

O projeto de lei de Police Neto, que fala sobre a regularização fundiária de interesse social, assim que virar lei, irá benefi ciar quem mora em loteamen-tos grilados, clandestinos, irregulares e em favelas, processo semelhante ao que ocorre atualmente na Favela Jar-dim Humaitá II.

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ISENÇÃO DE ISS PARA A CULTURA

Police também é autor da lei que isen-ta serviços artísticos, como peças de teatro, espetáculos de dança, concer-tos, entre outros, do pagamento do ISS (Imposto Sobre Serviços), um grande incentivo à arte popular. Na região, um dos benefi ciados é o Sesi Vila Le-opoldina, que tem intensa programa-ção cultural.

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PROCON DO SERVIÇO PÚBLICO

Esta lei de Police Neto equipara o usu-ário de serviços públicos ao consumi-dor comum, assegurando o direito de acompanhar e fi scalizar a qualidade de qualquer serviço oferecido pelo Poder Público. Exemplo: você não foi bem atendido na UBS Parque da Lapa? Vá até a Subprefeitura e reclame! Sua observação chegará até o setor com-petente e o serviço será checado. Pode haver punição para falhas graves.

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PLANO DE BAIRRO

Os novos rumos da Vila Leopoldina podem ser planejados por seus próprios moradores com ajuda de especialistas e o Poder Público. Police Neto participa das discussões para a realização de um Plano de Bairro na Vila Madalena. Para o vereador, a comunidade de cada local deve debater e estabelecer as demandas da área em que habita para os próximos 20 anos, como prevê o Plano Diretor do Município de São Pau-lo. Em Perus (Zona Norte), o projeto já é colo-cado em prática. 1 1 3 7 4 6 5 2

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A

s transformações que o distri-to sofreu não passam desper-cebidas pelos moradores, que nos últimos dez anos viram o local subir o status: de classe média baixa para referência em empreendimentos de alto padrão. O responsável por essa mudança de perfi l foi o mer-cado imobiliário, que viu na região potencial para se tornar a extensão do Alto da Lapa. A disponibilidade de terrenos vazios, aliada ao preço relativamente baixo do metro qua-drado, provocaram a alteração da paisagem: saem os galpões, entram as torres de edifícios.

A proximidade com as margi-nais dos rios Tietê e Pinheiros e as estações Vila Leopoldina e Ceasa, das linhas 8 e 9 da CPTM, também contribuem para o crescimento. Mesmo assim, problemas no trân-sito irritam os moradores, e obras viárias tornam-se cada vez mais necessárias, principalmente em ruas antes tranquilas que ganha-ram muito movimento, como a Car-los Webber.

Outra mudança positiva foi ter se tornado sede de estúdios de produtoras de cinema, TV e publi-cidade, pelos mesmos motivos que atraíram as corretoras de imóveis: grandes espaços e preços bai-xos. A pioneira foi a O2 Filmes, de

O comércio acompanhou o de-senvolvimento do entorno, e se es-pecializou na área de serviços. A proliferação de restaurantes e ba-res é evidente no entorno de vias importantes, como Avenida Im-peratriz Leopoldina. Há anos são discutidas operações urbanas que afetam a região, mas ainda estão em fase de planejamento.

Fernando Meirelles, instalada na Rua Baumann desde 2002. Atu-almente, várias empresas desse segmento podem ser encontra-das ali, como a TV Brasil, os estú-dios Quanta, a Burti HD e a Nation Filmes. A Cinemateca Brasileira mantém, na rua Othão, uma unida-de unida-de armazenamento e digitali-zação de seu acervo.

Mesmo com essa revitalização, muitos problemas antigos perse-veram. O principal é a questão dos alagamentos, ainda constantes na antiga Várzea dos Correias. O Po-der Público criou operações para remover os entulhos na região do Ceagesp e evitar o entupimento de bueiros. Também foram criadas mais áreas verdes. Em 2010, por exemplo, foi inaugurado o Parque Leopoldina/Orlando Villas-Bôas, terreno de 55 mil metros quadra-dos com playground, quadras, ci-clovias e pistas de caminhada e cooper. Além disso, mais de 400 mudas de árvores foram plantadas.

Uma nova Leopoldina

Em transformação, a

região pede diálogo

entre o povo e o

governo

T

ransformar a cidade a partir de quem

conhece a cidade. Esse é o grande desa-fi o de quem vive em São Paulo, uma grande metrópole, habitada por mais de 11 milhões de pessoas. Cidade pensada e administrada desde há muito de cima para baixo. Mas São Paulo não é só isso. É também um conjunto de comunidades, onde vive quem conhece, e muito bem, a megacidade: seus habitantes.

Essa é a proposta que transparece nestes cadernos, nestes retratos dos Bairros Vivos de São Paulo: alguns de seus problemas e muitas de suas soluções. Que passam pelas leis produzidas e votadas pela Câmara Mu-nicipal, mas que sempre nascem do conhe-cimento que os habitantes de São Paulo têm do seu bairro. Leis como a que trata do uso da propriedade e de seu principal fundamen-to, a função social. Ou a lei que permite uma organização maior das atividades produtivas, através do Alvará Condicionado. Ou a que tornou permanentes os Telecentros, fonte de informação e conhecimento, base do proces-so de inclusão moderna, digital. E é no bairro que essas leis adquirem vida. Bairro Vivo.

Sou e quero continuar sendo um agente a serviço dos habitantes de cada bairro, para que, juntos, possamos transformar para me-lhor o espaço em que as pessoas moram e convivem. Contem comigo sempre: um par-ceiro para ajudá-los nessa empreitada.

José Police Neto

Quem conhece a cidade,

transforma a cidade

O

maior entreposto de frutas e verduras da América Latina vive dias de incerteza. Ao mesmo tempo em que registra cresci-mento anual, problemas como a quantidade de caminhões – mui-tos estacionados fora do perímetro do mercado – e reclamações dos lojistas quanto às condições de armazenamento apontam para o esgotamento da capacidade do lo-cal, de 700 mil metros quadrados. Questões relacionadas ao entor-no, como sujeira e má iluminação, fazem com que a discussão sobre uma revitalização ou mesmo a re-moção do entreposto da Vila Leo-poldina ganhe força. A Prefeitura tem tomado medidas para minimi-zar a questão, retirando caixas de madeira e entulhos.

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Dados estatísticos de VILA LEOPOLDINA

População total 39.485 habitantes

Densidade

demográfi ca 5.484 habitantes/ km2 Área geográfi ca total 7,2 km2

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 0,907 (23º lugar entre os 96 distritos da capital)

Telefones úteis no distrito de VILA LEOPOLDINA

Subprefeitura Lapa (11) 3396-7500

UBS Parque da Lapa (11) 3836-8029

Telecentro (11) 3714-6658 Polícia Militar (11) 3645-0367 91º Distrito Policial (11) 3831-4907 Corpo de Bombeiros (11) 3396-2520 Guarda Civil Metropolitana (11) 3801-4206

serviços

Acidentes de trânsito ...156 Ambulância ...192 Auxílio à lista ...102 Bombeiros ...193 CET ... 1188

Guarda civil metropolitana ...3396-5830 Correios ...0800 725 7282 Defesa civil ...199

Delegacia de defesa da mulher ...2742-1701 Delegacia do idoso ...3237-0666 Disque-denúncia ...0800 156 315 ou 181 Disque saúde ...136 Hora certa ...130 Informações de trânsito ...156 Ouvidoria da câmara ...0800 322 6272 Ouvidoria do município ...0800 175 717 Polícia civil ...147 Polícia militar ...190 Prefeitura ...156 Previsão do tempo ...132 Procon ...151 PSIU ...156 ou 3101-3737 Receita federal...146 Vigilância sanitária...3397-8278 AES Eletropaulo ...0800 72 72 196 Sabesp...195 Itinerários de ônibus ...156 Metrô ...0800 770 7722 CPTM ...0800 055 0121 Telefones úteis em SP

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Sugestões fonte: Censo IBGE, 2010.

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Mariel Meira

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