MURO DE ARRIMO EM CONCRETO ARMADO
ÓRGÃO
DIRETORIA DE ENGENHARIA PALAVRAS-CHAVE
Muros de Arrimo. Concreto Armado.
APROVAÇÃO PROCESSO
PR 010974/18/DE/2006
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
OBSERVAÇÕES
ÍNDICE 1 OBJETIVO ...3 2 DEFINIÇÃO ...3 3 MATERIAIS ...3 4 EQUIPAMENTOS ...3 5 EXECUÇÃO ...4 6 CONTROLE...4 6.1 Materiais ...4 6.2 Execução ...5 7 ACEITAÇÃO ...5 7.1 Materiais ...5 7.2 Execução ...5 8 CONTROLE AMBIENTAL ...5
9 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO ...6
1 OBJETIVO
Definir os critérios que orientam a execução, aceitação e medição de muro de arrimo em concreto armado, para obras rodoviárias sob a jurisdição do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo – DER/SP.
2 DEFINIÇÃO
Trata-se de estruturas de arrimo em concreto armado construídas para contenção de taludes e terrenos rodoviários.
Normalmente, dos tipos básicos, são utilizados: - muros de flexão em “L” com fundação direta;
- muros de flexão com contrafortes, assentados sobre fundações profundas, em estacas.
3 MATERIAIS
A contratada deve prever a utilização dos seguintes materiais: - concreto com Fck ≥ 20 MPa;
- aço estrutural tipo CA-50 e CA-25;
- madeira em pinho de diversas categorias em painéis para formas e escoramento; - eventuais painéis de aço para formas principais;
- aditivo para o concreto;
4 EQUIPAMENTOS
Antes do início dos serviços todo equipamento deve ser examinado e aprovado pelo DER/SP.
O equipamento básico para execução de muro de arrimo em concreto armado compreende as seguintes unidades:
a) centrais de concreto ou betoneiras estacionarias; b) caminhões betoneiras;
c) vibradores de imersão; d) guindaste;
e) bombas de sucção;
f) caminhões basculantes ou outros; g) carrinho de mão, marretas e outros;
5 EXECUÇÃO
Inicialmente, o terreno, em caso de cortes rodoviários, deve ser parcialmente escavado para a execução de parte do paramento em atendimento às fases previstas no projeto.
As fases subseqüentes devem obedecer ao mesmo critério com a eventual inclusão de esco-ramento ou tirantes.
Para os casos de terraplenos em aterro, os procedimentos devem ser integralmente executa-dos na lª fase, deixando-se as obras de escoramento ou tirantes para serem executada simul-taneamente aos aterros.
Para o caso da fundação, prever perfis metálicos incorporados ao corpo do muro, deve ser executada a escavação parcial do maciço entre os perfis cravados, de forma intercalada, em nichos.
A armação dos painéis deve prever transpasse horizontal e vertical das armaduras para aten-dimento às emendas dos painéis contíguos.
O terreno escavado deve ser chapiscado de forma a garantir a sua estabilidade até a conclu-são da obra, antes da colocação das armaduras.
A contratada deve colocar as formas devidamente escoradas, objetivando a adequada con-cretagem do painel, após a colocação das armaduras,
O concreto deve ser lançado ou, bombeado para dentro das formas, em camadas progressi-vas de forma a efetuar seu adequado adensamento pelo vibrador de imersão.
A desforma contígua para execução dos painéis somente deve ser efetuada após o tempo mínimo para o endurecimento do concreto, da ordem de 3 dias.
Efetuada a desforma, deve-se reiniciar a fase de escavação para execução dos painéis ane-xos. A contratada deve efetuar o escoramento vertical do paramento concretado através de pontaletes de madeira estrategicamente espaçados.
A critério da fiscalização, as formas podem ser reutilizadas na execução de painéis posterio-res.
6 CONTROLE 6.1 Materiais
A contratada deve proceder a amostragem do concreto a cada 50 m³, com moldagem de 4 corpos de prova, para verificação da resistência compressão simples aos 3 e 28 dias de cura, conforme NBR 5739(1). Para comparação com os dados previstos em projeto.
As amostras de aço CA-25 e CA-50, coletadas durante a obra, devem obedecer aos critérios de coleta e aceitação conforme a NBR 7480(2).
6.2 Execução
A contratada deve controlar todo o processo construtivo, painel a painel, dia a dia, contando o número do painel, dimensão, volume concretado, ocorrências e outros.
Não são aceitos painéis que não estejam incluídos em planilha de controle com a devida vis-toria da fiscalização.
7 ACEITAÇÃO
Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam simultaneamente as exi-gências de materiais e de execução, estabelecidas nesta especificação e discriminadas a se-guir.
7.1 Materiais
O concreto é aceito desde que apresente fck estimado maior ou igual ao de projeto.
Os ensaios de tração no aço estrutural e especificado em projeto devem apresentar valores estabelecidos na NBR 7480(2).
7.2 Execução
Somente são aceitos os paramentos que atenderem às mesmas dimensões previstas no proje-to, salvo alterações previamente estabelecidas pela fiscalização. Os muros com dimensões 10% (dez por cento) inferiores ao do projeto, não são aceitos.
8 CONTROLE AMBIENTAL
Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegeta-ção lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências pa-ra proteção do meio ambiente a serem observados no decorrer da execução do muro de ar-rimo em concreto ciclópico.
Durante a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos.
a) deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as normas pertinentes aos serviços;
b) deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para evitar da-nos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;
c) caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se proce-der o cadastro de acordo com a legislação vigente;
d) as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser devida-mente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de lubrificantes ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas devem ser recupe-radas ao final das atividades;
e) todos os resíduos de lubrificantes ou combustíveis utilizados pelos equipamentos, seja na manutenção ou operação dos equipamentos, devem ser recolhidos em recipientes
adequados e dada a destinação apropriada;
f) deve-se providenciar a execução de barreiras de proteção, tipo leiras de solo, quando as obras estiverem próximas a cursos d’água ou mesmo sistema de drenagem que des-carregue em cursos d’água, para evitar o carreamento de solo ou queda, de blocos ou fragmentos de rocha em corpos d´água próximos a rodovia;
g) não pode ser efetuado o lançamento de refugo de materiais utilizados nas áreas lindei-ras, no leito dos rios e córregos e em qualquer outro lugar que possam causar prejuí-zos ambientais;
h) as áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas mediante a limpeza adequada do local do canteiro de obras e a efetiva recomposição ambiental;
i) é obrigatório o uso de EPI, equipamentos de proteção individual, pelos funcionários.
9 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
A execução dos muros de arrimo é medida por intermédio dos serviços de escavação e transporte de material escavado, e está completamente coberta pelos preços unitários contra-tuais correspondentes a esses serviços.
Os paramentos de concreto devem ser medidos em m³, obtidos pelo produto de espessura de projeto e a somatória das áreas dos painéis executados.
O aço utilizado deve ser medido em kg de acordo com projeto.
Somente são medidos os parâmetros executados e aceitos pela fiscalização.
A fundação e a drenagem devem obedecer aos projetos e às especificações correspondentes, não sendo objeto de remuneração deste item.
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739. Concreto - En-saio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 1994.
2 ____. NBR 7480. Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado. Rio de Janeiro, 1996.