ELABORAÇÃO DE ROTAS DE FUGA EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE
POMERODE
Alexandre Takio Kitagawa
Secretária da Educação e Formação Empreendedora de Pomerode - Escola Básica Municipal Almirante Barroso
alexandrekitagawa@gmail.com
Josivaldo Emerick da veiga
Secretária da Estadual de Educação do Estado do Espirito Santo – SEDU Secretaria Municipal de Educação de Iúna - ES
josivaldoemerick@yahoo.com.br
RESUMO
A ocorrência de sinistros em Unidades Escolares onde há necessidade que esta seja evacuada é uma realidade. O Ponto de Encontro necessita possuir algumas características que possibilitem a estada dos alunos e funcionários por um determinado período de tempo. Objetivou-se apresentar uma metodologia de fácil utilização para localizar instalações que poderão ser utilizados como Ponto de Encontro pelas 11 Unidades Escolares de Ensino Fundamental do Município de Pomerode, não obstante, traçar rotas de fuga e calcular distância e tempo de deslocamento utilizando três formas de locomoção (caminhando, bicicleta e automóvel) até ao Ponto de Encontro. Para isso foi utilizado o programa Google Maps. O presente estudo oferece ao gestor do município ou da unidade escolar uma ferramenta e dados quali-quantitativos dos pontos de encontros próximos as Unidades Escolares, não obstante, as rotas, distâncias e tempo de deslocamento em diferentes formas de locomoção.
Palavras-chave: Defesa Civil. Desastres. Ponto de Concentração. Resiliência. Abrigo.
ABSTRACT
The occurrence of claims in School Units that needs to be evacuated is a reality. The meeting point needs to have some characteristics that make it possible for students and staff to stay for a certain period of time. The objective was to present an easy-to-use methodology to locate facilities that could be easy-to-used as Meeting Point by the 11 Elementary School Units of the Municipality of Pomerode, nevertheless, to trace escape routes and calculate distance and travel time using three forms of (walking, bicycle and car) to the Meeting Point. For this we used the Google Maps program. The present study offers the manager of the municipality or the school unit a tool and qualitative and quantitative data of the meeting points near the School Units, nevertheless, the routes, distances and time of displacement in different forms of locomotion.
Key words: Civil Defense. Disasters. Point of Concentration. Resilience. Shelter.
INTRODUÇÃO
Existem inúmeras ocorrências de causa naturais ou não que podem obrigar a gestão de uma Unidade Escolar a realizar uma evacuação deste local, como um incêndio, inundação, alagamento, entre outros.
A palavra evacuação tem origem do Latim evacuatĭo, e no Michaelis Dicionário
Brasileiro da Língua Portuguesa o verbo evacuar é descrito como:
“
Transferir ouremover alguém de área perigosa por medidas de segurança”.
Segundo de Castro (1998), autor do Glossário de Defesa Civil - Estudos de Riscos e Medicina de Desastres, o termo evacuação pode se definido por:
Procedimento de deslocamento e relocação de pessoas e de bens, desde um local onde ocorreu ou haja risco de ocorrer um sinistro, até uma área segura e isenta de risco. (DE CASTRO, 1998. Pág. 72)
A ocorrência de sinistros em Unidades Escolares é uma realidade, sendo possível citar vários fatores. Baumel (2013) cita que o plano de abandono será executado em casos de: Incêndio, explosão ou risco de, por exemplo, vazamento de gás, desabamento, abalo sísmico de grande intensidade, acidentes de grande vulto que ofereçam insegurança às pessoas e outras situações que o diretor entender necessárias. Podem ser citados também alguns eventos climáticos e atitudes criminosas, entre outros, que pode ser observadas através de noticiários vinculados a meios de comunicação como segue alguns exemplos abaixo:
“Uma ameaça de bomba no Colégio CEE 01 de Brazlândia mobilizou a Polícia Militar do DF na tarde desta segunda-feira [...] O colégio foi evacuado e, em seguida, o Esquadrão Antibombas foi acionado para procurar os explosivos”. (Jornal de Brasília, 15/05/2017).
“Bombeiros do quartel de Campo Grande, na zona oeste do Rio, foram acionados na manhã desta quinta-feira (19) para um princípio de incêndio em uma escola pública do bairro. [...] Houve pânico entre os alunos e a unidade teve que ser evacuada”. (R7, 19/05/2011).
“A Polícia Militar foi acionada por volta das 14h30 desta quinta-feira (24) por causa de uma suspeita de bomba na caixa de isopor preta dentro de uma escola infantil. [...] A escola foi evacuada”. (R7, 24/06/2010).
“Um vazamento de gás de cozinha na Escola Municipal Coronel Salomão, no Setor São José, em Goiânia ocasionou a evacuação do local.” (O Popular, 06/12/2017). “ “IINNCCÊÊNNDDIIOOAATTIINNGGEE EESSCCOOLLAA NNOO CCEENNTTRROODDEE FFOORRTTAALLEEZZAAEEAALLUUNNOOSS S SÃÃOO SSOOCCOORRRRIIDDOOSS AAPPÓÓSS DDEESSMMAAIIAARR [[……]] HHOOUUVVEE DDEESSMMAAIIOOSS DDEE A ALLUUNNOOSSAAFFEETTAADDOOSSPPEELLAAFFUUMMAAÇÇAA..””((OOPPOOVVOO,,2233//0022//22001188)).. “ “PPRRIINNCCÍÍPPIIOO DDEE IINNCCÊÊNNDDIIOO AASSSSUUSSTTAA AALLUUNNOOSS EE PPRROOFFEESSSSOORREESS DDEE E ESSCCOOLLAA EEMM BBLLUUMMEENNAAUU.. [[……]] OO FFOOGGOO CCAAUUSSOOUU AAPPEENNAASS DDAANNOOSS NNAA P PAARREEDDEE,, CCAADDEERRNNOOSS,, LLIIVVRROOSS EE AARRMMÁÁRRIIOOSS..”” ((JJOORRNNAALL DDEE SSAANNTTAA C CAATTAARRIINNAA,,1166//0055//22001188))..
“Alunos da Escola Municipal Zelita Francisca da Silva, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tiveram que deixar as salas de aula correndo na tarde desta quinta-feira, após a instituição ser invadida pela água da chuva.” (em.com.br, 22/03/2018).
“ “CCRRIIAANNÇÇAASSFFIICCAAMMIILLHHAADDAASSAAPPÓÓSSEESSCCOOLLAASSEERRIINNUUNNDDAADDAADDUURRAANNTTEE T TEEMMPPOORRAALL.. [[……]] IIMMAAGGEENNSS EENNVVIIAADDAASS ÀÀ RREEDDAAÇÇÃÃOO DDAA TTVV TTEEMM M MOOSSTTRRAAMM OO PPÁÁTTIIOO TTOOTTAALLMMEENNTTEE AALLAAGGAADDOO EE OOSS AALLUUNNOOSS A APPAAVVOORRAADDOOSSCCOOMMAAÁÁGGUUAA..””((GG11,,2255//1111//22001155))
Nota-se que o processo de evacuação não pode ser desconsiderado pela gestão da Unidade Escolar e, também da Secretaria de Educação. Saber, previamente, onde os alunos e funcionários da escola se deslocarão pode ser de extrema importância
para evitar atrasos no atendimento médico, suprimento de alimentos e retirada do
aluno pelos responsáveis. É necessário manter as linhas telefônicas desocupadas para casos de extrema urgência, gerenciamento do trafego de veículos automotores por parte do poder público, etc. Portanto são necessárias ações para incentivar a prática de planos de contingência em escolas para o caso de situações adversas. O processo de deslocamento de grandes grupos pode ser uma situação extremamente difícil, mesmo quando os atores envolvidos recebem instruções prévias. Em uma situação onde não houve um planejamento prévio e há pânico envolvido, essa situação pode se tornar catastrófica.
Para evitar situações de total descontrole, deve ser escolhido, previamente, um Ponto de Encontro para que os alunos e funcionários possam se deslocar e lá encontrarem seus responsáveis e assistência necessária. Miranda (2016), também, nomeia esse local como Ponto de Concentração. O Ponto de Encontro ou Ponto de Concentração é definido por Lino & Baumel (2013) no Plano de Abandono Escolar do Curso de Formação de Brigadistas Escolares como:
“Local seguro, previamente estabelecido, onde serão reunidos todos os alunos, professores, funcionários e outras pessoas que eventualmente estejam na escola”.
O local que será utilizado como Ponto de Encontro necessita possuir algumas características que possibilitem a estada dos alunos e funcionários por um determinado período de tempo, tais como: ser próximo à edificação escolar; ser amplo o suficiente para receber todas as turmas de cada turno da escola, de modo que os alunos permaneçam em linha; de preferência ser um local abrigado do sol e chuva; proporcionar segurança e possuir acesso à rua sem haver necessidade de passar pelo interior da edificação (LINO & BAUMEL, 2013; MIRANDA, 2016). Considerando-se as condições de um local urbano é importante avaliar e verificar a possibilidade de previsão de um ponto de encontro de modo a ficar num local que não atrapalhe o acesso e a operação das equipes de socorro nem exponha as pessoas aos seus efeitos (SEITO et al., 2008).
A locomoção para estes locais deve ser pensada observando-se vários fatores que podem causar entraves ou risco no deslocamento dos alunos. Esse percurso, a seguir, é chamado de Rota de Fuga, pois segundo os mesmos autores da citação anterior, esse caminho é o trajeto a ser percorrido, em passo rápido, do local onde esteja a pessoa na edificação (neste caso a escola), em direção ao Ponto de Encontro.
Objetivou-se, utilizando metodologia de fácil acesso, localizar instalações que poderão ser utilizados como Ponto de Encontro (Ponto de Concentração) pelas 11 Unidades Escolares de Ensino Fundamental do Município de Pomerode, não obstante, traçar rotas de fuga e calcular distância e tempo de deslocamento utilizando três formas de locomoção (caminhando, bicicleta e automóvel) da unidade escolar até ao Ponto de Encontro.
DESENVOLVIMENTO
Para obtenção dos dados das unidades Escolares, tais como nome e endereço, foi realizada uma pesquisa na página eletrônica da Secretaria de Educação e Formação Empreendedora de Pomerode. O Município de Pomerode possui, atualmente, 11 Unidades Escolares de ensino fundamental (anos iniciais e anos finais), algumas delas com uma grande quantidade de alunos matriculados do pré-escolar ao nono ano (Figura 01).
Figura 1 - Município de Pomerode, Santa Catarina e localização das 11 Unidades de Educação dos Anos Finais.
Fonte: Modificado do Goole Maps.
Identificadas as 11 Unidades Escolares, o segundo passo foi a localização do Ponto de Encontro e escolha da Rota de Fuga e tempo de deslocamento. Para isso foi utilizado o programa Google Maps, onde foi inserido o endereço da unidade escolar e após, no modo satélite, foi sendo realizada uma busca virtual por um local adjacente com características para ser utilizado como Ponto de Encontro. No município em estudo, os locais que possuem essas características são as igrejas, clubes de caça e tiro, sede de associações e órgãos públicos.
Após obter sucesso na busca pelo Ponto de Encontro, o passo seguinte foi o cálculo da distância em metros da Unidade Escolar ao Ponto de Encontro e o tempo de deslocamento em três formas: caminhando, bicicleta e automóvel. Todos esses
dados são fornecidos pelo programa supracitado depois de selecionado a devida função.
Após inserir todos os dados, foi possível obter dados para confecção de uma tabela onde é possível observar o nome da Unidade Escolar, o local a ser utilizado como Ponto de Encontro, à distância e o tempo de deslocamento nas três formas: caminhando, bicicleta e automóvel (Quadro 01).
Quadro 01 – Nome das Unidades Escolares, Ponto de encontro mais próximo, seguido da distância em metros e tempo de deslocamento em minutos em três formas.
UNIDADE ESCOLAR PONTO DE ENCONTRO DISTÂNCIA TEMPO DE DESLOCAMENTO
1 mim (caminhando) 1 mim (bicicleta) 1 mim (automóvel) 4 mim (caminhando) 1 mim (bicicleta) 1 mim (automóvel) 13 mim (caminhando) 4 mim (bicicleta) 3 mim (automóvel) 20 mim (caminhando) 7 mim (bicicleta) 3 mim (automóvel) 13 mim (caminhando) 5 mim (bicicleta) 4 mim (automóvel – outra rota)
8 mim (caminhando) 2 mim (bicicleta) 1 mim (automóvel) 1 mim (caminhando) 1mim (bicicleta) 1 mim (automóvel) 1 mim (caminhando) 1 mim (bicicleta) 1 mim (automóvel) 2 mim (caminhando) 1 mim (bicicleta) 1 mim (automóvel) 2 mim (caminhando) 1mim (bicicleta) 1 mim (automóvel) 2 mim (caminhando) 1 mim (bicicleta) 1 mim (automóvel – outra rota) 46 m
Escola Básica Municipal Olavo Bilac Comunidade Evangélica de Testo Central
Escola Básica Municipal Almirante Barroso Clube 25 de Julho 350 m
Escola Básica Municipal Dr. Amadeu da Luz
1500 m
Parque Municipal de Eventos de Pomerode 1000 m
650 m
Comunidade em Pomerode Fundos Apóstolo
Paulo 66 m
Sociedade Alto Rio do Testo (Salão Belz) 1100 m
Escola de Educação Básica Municipal Prof. Vidal Ferreira
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana
Rega Alta 120 m
Clube Esportivo e Recreativo Vasco da Gama 130 m Clube Desportivo Testo Central Alto 64 m Escola de Educação Básica Municipal Profª. Noemi
Vieira de Campos Schroeder
Escola Municipal Raulino Horn
Escola Municipal Dr. Wunderwald
Unidade de Ensino de Jovens e Adultos - UEJA Prefeitura Municipal de Pomerode (Pátio) 130 m Escola de Educação Básica Municipal Duque de
Caxias
Escola Básica Municipal Hermann Guenther
APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
Escola de Educação Básica Municipal Prof. Curt
Brandes Secretaria de Saúde
Como citado anteriormente o município possui, atualmente, 11 Unidades Escolares de ensino fundamental (anos iniciais e anos finais). Segundo dados do SEBRAE (2010) somente o ensino fundamental totaliza 3.352 matriculados. Em relação a essa grande quantidade de alunos, é de extrema importância que haja um levantamento prévio dos locais que servirão como ponto de encontro, pois de acordo com McCann (2011), a falta de desenvolvimento de soluções para vários cenários pode tornar-se problemática quando colocada em prática numa situação real. Somado a isso, um grande número de pessoas, alunos e funcionários, em uma rota
de fuga causará a diminuição da velocidade de evacuação, podendo até mesmo causar sua paralisação (BRAGA, 2006).
A escolha das rotas utilizando o Google Maps é extremamente simples, não requer programas específicos de alto custo, nem tão pouco, tempo de deslocamento ao local para estudos in situ. Stranders et al. (2011), também elaborou rotas de evacuação, usando imagens de satélite do Google Maps e visualizações panorâmicas do Google StreetView. A Escola Básica Febo Moniz, contempla em seu Plano de Emergência, produzido pelo Ministério da Educação e Ciências de Portugal, um mapa semelhante ao produzido nesta pesquisa para indicar o caminho a ser seguido em caso de evacuação para o ponto de encontro. Baumel (2013) também usou a mesma metodologia para indicar o caminho ao ponto de encontro. É necessário ter um olhar mais preventivo, visto que o Município de Pomerode já enfrentou situações oriundas de desastres naturais que atingiram algumas Unidades Escolares, como relata a reportagem do Jornal de Pomerode de 13/03/2011.
“Seis escolas de Pomerode foram alagadas em virtude da chuva. A C.E.I.M. Prof. Waltrut Siewerdt, E.E.B.M. Prof. Vidal Ferreira, a E.E.B.M. Prof. Curt Brandes, a C.E.I.M. Rosa Borck e a Extensão, no Centro, foram as mais atingidas. Na C.E.I.M. Prof. Reimart Ehlert entrou água na secretaria e caiu um muro. Na E.B.M. Almirante Barroso, a água invadiu quatro salas e o refeitório.”
Assim, é primordial conhecer estruturas e processos que contribuam para a eficaz preparação da resposta a uma emergência (CLAVER et al., 2013). Um conhecimento prévio é de extrema importância. No Município de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro, percebe-se que apenas 10% souberam informar onde ficam os abrigos e 82% acreditam, que de alguma forma, a Defesa Civil daria algum
tipo de suporte no momento de um sinistro (KITAGAWA, 2015).
Em caso de desastre natural a primeira opção de deslocamento para o abrigo, em um estudo realizado por Kitagawa (2015) no Município de Duque de Caxias, seria caminhando, seguido de veículo automotor e bicicleta. No caso de evacuação de uma escola, pode se dizer que a opção caminhando seria a mais provável de ser empregada visto que as Unidades Escolares de Pomerode não possuem ônibus próprio. Em relação a velocidade de deslocamento descrita no quadro, deve se ressaltar que é uma velocidade estimada pelo programa Google Maps. Akishino (2008), calcula que para crianças de 6 a 10 anos a velocidade média é de 1,1 m/s (4,0 km/h), para adolescentes é de 1,8 m/s (6,5 km/h) e mulheres acompanhadas
com crianças 0,7 m/s (2,5 km/h). Gouveia & Etrusco (2002) afirmaram que em áreas niveladas onde a densidade populacional é menor ou igual a 0,54 pessoas por metro quadrado, um adulto desloca-se a 1,2 m/s (4,4 km/h). Já em outro estudo, os resultados para homens de 40 a 79 anos, a velocidade média variam entre 1,34 (4,8 km/h) a 1,09 m/s (3,9 km/h) e para mulheres na mesma faixa etária 1,27 (4,6 km/h) a 1,02 m/s (3,7 km/h) (NOVAES, MIRANDA, DOURADO, 2011). Inserindo-se os dados apresentados pelo programa utilizado (distância e tempo) na fórmula de cálculo da velocidade “V = Δs/Δt”, obteve-se valores que variaram entre 0,77 (2,76 km/h) a 1,8 m/s (4,6 km/h). Esses resultados conferem com as informações da literatura aqui descrita, mostrando que o tempo mostrado pelo programa pode ser utilizado como base para cálculos num eventual evento de evacuação. Porém há um fator crítico que deve ser considerado que é o número de pessoas que irão se deslocar ao ponto
de encontro. Se a densidade populacional excede 3,8 pessoas por m2, o
deslocamento se torna difícil e o movimento pode cessar efetivamente (GOUVEIA & ETRUSCO, 2012). Corrobora Braga (2006) que diz que um grande número de pessoas em uma rota de fuga causará a diminuição da velocidade de evacuação, podendo até mesmo causar sua paralisação. Esse fator deve ser considerado quando o gestor da Unidade Escolar utilizar a metodologia adotada neste estudo para confecção de planos de evacuação. Fatores climáticos, com chuva, ventos e o período do dia devem ser considerados, visto que há Unidade de Educação de Jovens e Adultos (UEJA) atende também no horário noturno (18:00 as 22:00).
CONCLUSÕES
Fica claro que pode haver necessidade de evacuação de uma Unidade Escolar por diversos motivos e ter previamente estabelecido uma rota para o Ponto de Encontro é de extrema importância para salvaguardar a integridade dos alunos e demais funcionários. Nota-se, também que o grande número de alunos da rede municipal de ensino do município em estudo somado aos colaboradores pode chegar ou até ultrapassar a soma de 4.000 pessoas.
O presente estudo oferece ao gestor do município ou da unidade escolar uma ferramenta e dados quali-quantitativos dos pontos de encontros próximos as Unidades Escolares, não obstante, as rotas, distâncias e tempo de deslocamento em diferentes formas de locomoção.
Apesar da necessidade de melhores estudo in situ e simulados para averiguar o real tempo de deslocamento, é de extrema importância que o poder público não deixe de observar as informações e metodologias aqui apresentadas.
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