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Técnicas de Cultivo: Crescimento e Desenvolvimento do Vegetal | Editora LT

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Academic year: 2021

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Introdução

Por muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considera-da de segunconsidera-da classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejaconsidera-da, pois alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhe-cer” e do “saber ser”; é a formação integral do estudante.

Este livro didático é uma ferramenta para a formação integral, pois alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológicas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.

Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor e de campo, o estágio, a visita técnica e outras atividades inerentes a cada plano de curso. Dessa forma, o livro, com sua estruturação pedagogicamente elaborada, é uma ferramenta altamente relevante, pois é fio condutor dessas atividades formativas.

Ele está contextualizado com a realidade, as necessidades do mundo do trabalho, os arranjos produtivos, o interesse da inclusão social e a aplicação cotidiana. Essa contextualização elimina a dicotomia entre atividade intelectual e atividade manual, pois não só prepara o profissional para trabalhar em ati-vidades produtivas, mas também com conhecimentos e atitudes, com vistas à atuação política na sociedade. Afinal, é desejo de todo educador formar cidadãos produtivos.

Outro valor pedagógico acompanha esta obra: o fortalecimento mútuo da formação geral e da formação específica (técnica). O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tem demonstrado que os alunos que estudam em um curso técnico tiram melhores notas, pois ao estudar para resolver um pro-blema prático ele aprimora os conhecimentos da formação geral (química, física, matemática, etc.); e ao contrário, quando estudam uma disciplina geral passam a aprimorar possibilidades da parte técnica.

Pretendemos contribuir para resolver o problema do desemprego, pre-parando os alunos para atuar na área científica, industrial, de transações e comercial, conforme seu interesse. Por outro lado, preparamos os alunos para ser independentes no processo formativo, permitindo que trabalhem durante parte do dia no comércio ou na indústria e prossigam em seus estu-dos superiores no contraturno. Dessa forma, podem constituir seu itinerário formativo e, ao concluir um curso superior, serão robustamente formados em relação a outros, que não tiveram a oportunidade de realizar um curso técnico.

Por fim, este livro pretende ser útil para a economia brasileira, aprimo-rando nossa força produtiva ao mesmo tempo em que dispensa a importação de técnicos estrangeiros para atender às demandas da nossa economia.

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Por que a Formação Técnica de Nível Médio É Importante?

O técnico desempenha papel vital no desenvolvimento do país por meio da criação de recursos humanos qualificados, aumento da produtividade industrial e melhoria da quali-dade de vida.

Alguns benefícios do ensino profissionalizante para o formando:

• Aumento dos salários em comparação com aqueles que têm apenas o Ensino Médio. • Maior estabilidade no emprego.

• Maior rapidez para adentrar ao mercado de trabalho. • Facilidade em conciliar trabalho e estudos.

• Mais de 72% ao se formarem estão empregados.

• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gostam e em que se

formaram.

Esses dados são oriundos de pesquisas. Uma delas, intitulada “Educação profissional e você no mercado de trabalho”, realizada pela Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Votorantim, comprova o acerto do Governo ao colocar, entre os quatro eixos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), investimentos para a popularização da Educação Profissional. Para as empresas, os cursos oferecidos pelas escolas profissionais atendem de forma mais eficiente às diferentes necessidades dos negócios.

Outra pesquisa, feita em 2009 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), órgão do Ministério da Educação (MEC), chamada “Pesquisa nacional de egressos”, revelou também que de cada dez alunos, seis recebem salário na média da categoria. O per-centual dos que qualificaram a formação recebida como “boa” e “ótima” foi de 90%.

Ensino Profissionalizante no Brasil e

Necessidade do Livro Didático Técnico

O Decreto Federal nº 5.154/2004 estabelece inúmeras possibilidades de combinar a formação geral com a formação técnica específica. Os cursos técnicos podem ser ofertados da seguinte forma:

a) Integrado – Ao mesmo tempo em que estuda disciplinas de formação geral o aluno também recebe conteúdos da parte técnica, na mesma escola e no mesmo turno. b) Concomitante – Num turno o aluno estuda numa escola que só oferece Ensino

Médio e num outro turno ou escola recebe a formação técnica.

c) Subsequente – O aluno só vai para as aulas técnicas, no caso de já ter concluído o Ensino Médio.

Com o Decreto Federal nº 5.840/2006, foi criado o programa de profissionalização para a modalidade Jovens e Adultos (Proeja) em Nível Médio, que é uma variante da forma integrada.

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Em 2008, após ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação pelo

Parecer CNE/CEB nº 11/2008, foi lançado o Catálogo Nacional de Cursos

Técnicos, com o fim de orientar a oferta desses cursos em nível nacional. O Catálogo consolidou diversas nomenclaturas em 185 denominações de cursos. Estes estão organizados em 13 eixos tecnológicos, a saber:

1. Ambiente e Saúde

2. Desenvolvimento Educacional e Social 3. Controle e Processos Industriais 4. Gestão e Negócios

5. Turismo, Hospitalidade e Lazer 6. Informação e Comunicação 7. Infraestrutura

8. Militar

9. Produção Alimentícia 10. Produção Cultural e Design 11. Produção Industrial 12. Recursos Naturais 13. Segurança.

Para cada curso, o Catálogo estabelece carga horária mínima para a parte técnica (de 800 a 1 200 horas), perfil profissional, possibilidades de

temas a serem abordados na formação, possibilidades de atuação e infra-estrutura recomendada para realização do curso. Com isso, passa a ser um

mecanismo de organização e orientação da oferta nacional e tem função indu-tora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, para formação do técnico de Nível Médio.

Dessa forma, passamos a ter no Brasil uma nova estruturação legal para a oferta destes cursos. Ao mesmo tempo, os governos federal e estaduais pas-saram a investir em novas escolas técnicas, aumentando a oferta de vagas. Dados divulgados pelo Ministério da Educação apontaram que o número de alunos matriculados em educação profissional passou de 993 mil em 2011 para 1,064 milhões em 2012 – um crescimento de 7,10%. Se considerarmos os cursos técnicos integrados ao ensino médio, esse número sobe para 1,3 millhões. A demanda por vagas em cursos técnicos tem tendência a aumentar, tanto devido à nova importância social e legal dada a esses cursos, como também pelo crescimento do Brasil.

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Comparação de Matrículas Brasil

Comparação de Matrículas da Educação Básica por Etapa e Modalidade – Brasil, 2011 e 2012.

Etapas/Modalidades de Educação Básica Matrículas / Ano 2011 2012 Diferença 2011-2012 Variação 2011-2012 Educação Básica 62 557 263 62 278 216 –279 047 –0,45 Educação Infantil 6 980 052 7 295 512 315 460 4,52% • Creche 2 298 707 2 540 791 242 084 10,53% • Pré-escola 4 681 345 4 754 721 73 376 1,57% Ensino Fundamental 30 358 640 29 702 498 –656 142 –2,16% Ensino Médio 8 400 689 8 376 852 –23 837 –0,28% Educação Profissional 993 187 1 063 655 70 468 7,10% Educação Especial 752 305 820 433 68 128 9,06% EJA 4 046 169 3 861 877 –184 292 –4,55% • Ensino Fundamental 2 681 776 2 516 013 –165 763 –6,18% • Ensino Médio 1 364 393 1 345 864 –18 529 –1,36%

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed.

No aspecto econômico, há necessidade de expandir a oferta desse tipo de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de trabalho, já que falta traba-lhador ou pessoa qualificada para assumir imediatamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar com o treinamento de seus funcionários, treinamento este que não dá ao funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.

Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estudantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.

Podemos observar o crescimento da educação profissional no gráfico a seguir:

Educação Profissional Nº de matrículas* 1 362 200 1 250 900 1 140 388 1 036 945 927 978 780 162 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: Adaptado de: MEC/Inep/Deed. * Inclui matrículas de educação profissional integrada ao ensino médio.

As políticas e ações do MEC nos últimos anos visaram o fortalecimento, a expansão e a melhoria da qualidade da educação profissional no Brasil, obtendo, nesse período, um crescimento de 74,6% no número de matrículas, embora esse número tenda a crescer ainda mais, visto que a experiência internacional tem mostrado que 30% das matrículas da educação secundária correspondem a cursos técnicos; este é o patamar idealizado pelo Ministério da Educação. Se hoje há 1,064 milhões de estudantes matriculados, para atingir essa porcentagem devemos matricular pelo menos 3 milhões de estudantes em cursos técnicos dentro de cinco anos.

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Para cada situação pode ser adotada uma modalidade ou forma de Ensino Médio pro-fissionalizante, de forma a atender a demanda crescente. Para os advindos do fluxo regular do Ensino Fundamental, por exemplo, é recomendado o curso técnico integrado ao Ensino Médio. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Médio, a oferta do PROEJA estimularia sua volta ao ensino secundário, pois o programa está associado à for-mação profissional. Além disso, o PROEJA considera os conhecimentos adquiridos na vida e no trabalho, diminuindo a carga de formação geral e privilegiando a formação específica. Já para aqueles que possuem o Ensino Médio ou Superior a modalidade recomendada é a subsequente: somente a formação técnica específica.

Para todos eles, com ligeiras adaptações metodológicas e de abordagem do professor, é extremamente útil o uso do livro didático técnico, para maior eficácia da hora/aula do curso, não importando a modalidade do curso e como será ofertado.

Além disso, o conteúdo deste livro didático técnico e a forma como foi concebido refor-ça a formação geral, pois está contextualizado com a prática social do estudante e relaciona permanentemente os conhecimentos da ciência, implicando na melhoria da qualidade da formação geral e das demais disciplinas do Ensino Médio.

Em resumo, há claramente uma nova perspectiva para a formação técnica com base em sua crescente valorização social, na demanda da economia, no aprimoramento de sua regulação e como opção para enfrentar a crise de qualidade e quantidade do Ensino Médio.

O Que É Educação Profissional?

O ensino profissional prepara os alunos para carreiras que estão baseadas em ativi-dades mais práticas. O ensino é menos acadêmico, contudo diretamente relacionado com a inovação tecnológica e os novos modos de organização da produção, por isso a escolari-zação é imprescindível nesse processo.

Elaboração dos Livros Didáticos Técnicos

Devido ao fato do ensino técnico e profissionalizante ter sido renegado a segundo pla-no por muitos apla-nos, a bibliografia para diversas áreas é praticamente inexistente. Muitos docentes se veem obrigados a utilizar e adaptar livros que foram escritos para a graduação. Estes compêndios, às vezes traduções de livros estrangeiros, são usados para vários cursos superiores. Por serem inacessíveis à maioria dos alunos por conta de seu custo, é comum que professores preparem apostilas a partir de alguns de seus capítulos.

Tal problema é agravado quando falamos do Ensino Técnico integrado ao Médio, cujos alunos correspondem à faixa etária entre 14 e 19 anos, em média. Para esta faixa etária é preciso de linguagem e abordagem diferenciadas, para que aprender deixe de ser um sim-ples ato de memorização e ensinar signifique mais do que repassar conteúdos prontos.

Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão afastados das salas de aula há muitos anos e veem no Ensino Técnico uma oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.

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O Livro Didático Técnico e o Processo

de Avaliação

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: realizar pro-va, fazer exame, atribuir notas, repetir ou passar de ano. Nela a educação é concebida como mera transmissão e memorização de informações prontas e o aluno é visto como um ser passivo e receptivo.

Avaliação educacional é necessária para fins de documentação, geralmente para em-basar objetivamente a decisão do professor ou da escola, para fins de progressão do aluno.

O termo avaliação deriva da palavra valer, que vem do latim vãlêre, e refere-se a ter valor, ser válido. Consequentemente, um processo de avaliação tem por objetivo averiguar o "valor" de determinado indivíduo.

Mas precisamos ir além.

A avaliação deve ser aplicada como instrumento de compreensão do nível de apren-dizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados (conhecimento), em relação ao desenvolvimento de criatividade, iniciativa, dedicação e princípios éticos (atitude) e ao processo de ação prática com eficiência e eficácia (habilidades). Este livro didático ajuda, sobretudo para o processo do conhecimento e também como guia para o desenvolvimento de atitudes. As habilidades, em geral, estão associadas a práticas laboratoriais, atividades complementares e estágios.

A avaliação é um ato que necessita ser contínuo, pois o processo de construção de conhecimentos pode oferecer muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se necessário. Em cada etapa registros são feitos. São os registros feitos ao longo do processo educativo, tendo em vista a compreensão e a descrição dos desempenhos das aprendiza-gens dos estudantes, com possíveis demandas de intervenções, que caracterizam o proces-so avaliativo, formalizando, para efeito legal, os progresproces-sos obtidos.

Neste processo de aprendizagem deve-se manter a interação entre professor e aluno, promovendo o conhecimento participativo, coletivo e construtivo. A avaliação deve ser um processo natural que acontece para que o professor tenha uma noção dos conteúdos assi-milados pelos alunos, bem como saber se as metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem dos alunos.

Avaliação deve ser um processo que ocorre dia após dia, visando à correção de er-ros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos. A esta correção de ru-mos, nós chamamos de avaliação formativa, pois serve para retomar o processo de ensino/ aprendizagem, mas com novos enfoques, métodos e materiais. Ao usar diversos tipos de avaliações combinadas para fim de retroalimentar o ensinar/aprender, de forma dinâmica, concluímos que se trata de um “processo de avaliação”.

O resultado da avaliação deve permitir que o professor e o aluno dialoguem, buscando encontrar e corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno e mantendo a motivação para o progresso do educando, sugerindo a ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados.

Se ao fizer avaliações contínuas, percebermos que um aluno tem dificuldade em assimilar conhecimentos, atitudes e habilidades, então devemos mudar o rumo das coi-sas. Quem sabe fazer um reforço da aula, com uma nova abordagem ou com outro colega professor, em um horário alternativo, podendo ser em grupo ou só, assim por diante.

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Pode ser ainda que a aprendizagem daquele tema seja facilitada ao aluno fazendo práticas discursivas, escrever textos, uso de ensaios no laboratório, chegando à conclusão que este aluno necessita de um processo de ensi-no/aprendizagem que envolva ouvir, escrever, falar e até mesmo praticar o tema.

Se isso acontecer, a avaliação efetivamente é formativa.

Neste caso, a avaliação está integrada ao processo de ensino/apren-dizagem, e esta, por sua vez, deve envolver o aluno, ter um significado com o seu contexto, para que realmente aconteça. Como a aprendizagem se faz em processo, ela precisa ser acompanhada de retornos avaliativos visando a fornecer os dados para eventuais correções.

Para o uso adequado deste livro recomendamos utilizar diversos tipos de avaliações, cada qual com pesos e frequências de acordo com perfil de docência de cada professor. Podem ser usadas as tradicionais provas e testes, mas, procurar fugir de sua soberania, mesclando com outras criativas formas.

Avaliação e Progressão

Para efeito de progressão do aluno, o docente deve sempre conside-rar os avanços alcançados ao longo do processo e perguntar-se: Este aluno progrediu em relação ao seu patamar anterior? Este aluno progrediu em relação às primeiras avaliações? Respondidas estas questões, volta a per-guntar-se: Este aluno apresentou progresso suficiente para acompanhar a próxima etapa? Com isso o professor e a escola podem embasar o deferi-mento da progressão do estudante.

Com isso, superamos a antiga avaliação conformadora em que eram exigidos padrões iguais para todos os “formandos”.

Nossa proposta significa, conceitualmente, que ao estudante é dado o direito, pela avaliação, de verificar se deu um passo a mais em relação às suas competências. Os diversos estudantes terão desenvolvimentos diferenciados, medidos por um processo avaliativo que incorpora esta pos-sibilidade. Aqueles que acrescentaram progresso em seus conhecimentos, atitudes e habilidades estarão aptos a progredir.

A base para a progressão, neste caso, é o próprio aluno.

Todos têm o direito de dar um passo a mais. Pois um bom processo de avaliação oportuniza justiça, transparência e qualidade.

Tipos de Avaliação

Existem inúmeras técnicas avaliativas, não existe uma mais adequada, o importante é que o docente conheça várias técnicas para poder ter um con-junto de ferramentas a seu dispor e escolher a mais adequada dependendo da turma, faixa etária, perfil entre outros fatores.

Avaliação se torna ainda mais relevante quando os alunos se envol-vem na sua própria avaliação.

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A avaliação pode incluir:

1. Observação 2. Ensaios 3. Entrevistas

4. Desempenho nas tarefas 5. Exposições e demonstrações 6. Seminários

7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um

alu-no ao longo de um período de tempo.

8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais) 9. Elaboração de projetos 10. Simulações 11. O pré-teste 12. A avaliação objetiva 13. A avaliação subjetiva 14. Autoavaliação

15. Autoavaliação de dedicação e desempenho 16. Avaliações interativas

17. Prática de exames

18. Participação em sala de aula 19. Participação em atividades

20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação

discente pelo grupo de professores.

No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações destaca-das poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em avaliações se-manais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo professor para o aluno perante a turma.

Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criativida-de em prol criativida-de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/ aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.

Objetivos da Obra

Além de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desenvolvi-mento das habilidades por meio da construção de atividades práticas, fugin-do da abordagem tradicional de descontextualizafugin-do acúmulo de informações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com o suporte da interdisciplinaridade. Visa também à ressignificação do espaço escolar, tor-nando-o vivo, repleto de interações práticas, aberto ao real e às suas múltiplas dimensões.

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Ele está organizado em capítulos, graduando as dificuldades, numa linha da lógica de aprendizagem passo a passo. No final dos capítulos, há exercícios e atividades complemen-tares, úteis e necessárias para o aluno descobrir, fixar, e aprofundar os conhecimentos e as práticas desenvolvidos no capítulo.

A obra apresenta diagramação colorida e diversas ilustrações, de forma a ser agradá-vel e instigante ao aluno. Afinal, livro técnico não precisa ser impresso num sisudo preto--e-branco para ser bom. Ser difícil de manusear e pouco atraente é o mesmo que ter um professor dando aula de cara feia permanentemente. Isso é antididático.

O livro servirá também para a vida profissional pós-escolar, pois o técnico sempre necessitará consultar detalhes, tabelas e outras informações para aplicar em situação real. Nesse sentido, o livro didático técnico passa a ter função de manual operativo ao egresso.

Neste manual do professor apresentamos:

• Respostas e alguns comentários sobre as atividades propostas. • Considerações sobre a metodologia e o projeto didático.

• Sugestões para a gestão da sala de aula. • Uso do livro.

• Atividades em grupo. • Laboratório.

• Projetos.

A seguir, são feitas considerações sobre cada capítulo, com sugestões de atividades suplementares e orientações didáticas. Com uma linguagem clara, o manual contribui para a ampliação e exploração das atividades propostas no livro do aluno. Os comentários sobre as atividades e seus objetivos trazem subsídios à atuação do professor. Além disso, apre-sentam-se diversos instrumentos para uma avaliação coerente com as concepções da obra.

Referências Bibliográficas Gerais

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e trabalho: dilemas na educação do trabalhador. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 maio 2009. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola: reelaborando conceitos e recriando a prática. Salvador: Malabares Comunicação e Eventos, 2003.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógi-cas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHEPARD, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented at the Annual Meeting of the American Educational Research Association. Available at: <http://www.aera. net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.

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TÉCNICAS DE CULTIVO:

CRESCIMENTO E

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Objetivos gerais

O livro Técnicas de cultivo: crescimento e desenvolvimento do vegetal aborda de maneira sistematizada as principais técnicas de cultivo visando o crescimento e o desenvolvimento do vegetal. Na introdução o fator planta é abordado, levando-se em consideração aspectos fisiológicos e respostas a fatores ambientais. Na sequência aborda as técnicas de preparo e manejo de solos, descrevendo as principais operações e equipamentos envolvidos no pro-cesso. Seguindo uma sequência lógica, a obra apresenta uma descrição sobre fertilização e nutrição vegetal e relata as principais técnicas de plantio e semeadura. Posteriormente são descritos os aspectos relacionados aos principais tratos culturais, manejo e controle de fatores climáticos, medidas de prevenção e controle de pragas, doenças e plantas invasoras, e ao final faz uma descrição sobre a tecnologia da irrigação agrícola.

Escrito em uma linguagem simples o livro apresenta as diversas técnicas de forma a manter a atenção do aluno, estimulando a curiosidade e a vontade de aprender mais. Ao longo do livro são sugeridas atividades simples voltadas ao desenvolvimento prático do conhecimento, visando facilitar o papel do professor enquanto mediador da relação ensino--aprendizagem. Os métodos apresentados visam o desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos por meio das atividades propostas.

Objetivos do material didático

Visa servir de suporte a diversas disciplinas na área da fitotecnia, principalmente agri-cultura geral, abordando os seguintes conteúdos:

• Apresentar noções básicas de fisiologia vegetal.

• Técnicas de preparo e manejo de solos e principais implementos agrícolas utilizados. • Introduzir manejo e fertilização de solos abordando o comportamento na planta e

no solo, bem como as formas de aplicação de macro e micronutrientes.

• Conhecer as principais técnicas de plantio, semeadura e propagação de plantas. • Empregar os principais tratos culturais utilizados em culturas anuais e perenes. • Sistematizar o controle de fatores climáticos, abordando tecnologias de proteção

de cultivo contra variáveis climáticas.

• Conhecer as principais pragas, doenças e danos causados aos cultivos e técnicas de prevenção e controle.

• Classificar as plantas invasoras e estratégias de manejo. • Saber sobre os sistemas de irrigação.

Princípios pedagógicos

O livro procurar apresentar os conteúdos de forma prática e próxima da realidade do aluno, partindo de uma abordagem clara e concisa de forma a facilitar o processo de apren-dizagem, fazendo uma articulação entre a teoria e a prática.

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Articulação do conteúdo

A obra pode servir como livro texto das disciplinas de agricultura geral e fitotecnia, caso constar essas disciplinas no projeto pedagógico do curso. No caso do curso não possuir essas disciplinas mais genéricas os conteúdos, conforme o capítulo, podem servir de suporte para diversas disciplinas, entre elas:

• Introdução à agricultura. • Irrigação.

• Culturas.

• Defesa sanitária vegetal. • Propagação de plantas. • Fruticultura.

• Plantas invasoras. • Olericultura.

Atividades complementares

• São sugeridas as seguintes atividades complementares conforme o conteúdo: • Preparo e manejo do solo

• Simulação do efeito da palhada presente na técnica de plantio direto:

A turma deverá delimitar duas área de 1 m2 cada. Em uma delas é feito o revolvimento

do solo, deixando-o exposto, sem palhada alguma. Em outro o solo é protegido com uma camada de 5 a 10 cm de palhada. Periodicamente o professor conduz os alunos para realizar avaliações comparativas do teor de umidade e da temperatura do solo nos dois locais. Com o passar do tempo pode-se também verificar a presença ou não de minhocas nos espaços.

• Fertilização e nutrição vegetal

– Verificação do efeito da adubação:

Em vasos de 5 litros, realizar o plantio de uma muda de alface de acordo com o orientado abaixo:

1 vaso contendo somente areia;

1 vaso contendo solo coletado em barranco; 1 vaso contendo solo coletado em uma horta; 1 vaso contendo substrato agrícola;

1 vaso contendo substrato agrícola, adicionando-se adubo químico formulado (pode ser 05-25-25);

1 vaso contendo substrato agrícola, adicionando-se adubo orgânico.

Obs.: comparar o desenvolvimento, medindo-se ao final do ciclo o diâmetro da cabeça, peso da raiz, da parte aérea e peso total da planta. Caso a instituição de ensino possua estufa, recomenda-se fazer a pesagem da matéria seca da planta.

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Outra sugestão é dividir a turma em duas equipes e realizar ensaios, testando diferentes níveis de adubação em alguma cultura (escolha da turma e/ou do professor), conforme disponibilidade local de recurso.

• Tratos Culturais

Realizar uma visita técnica a uma horta comercial ou pomar e solicitar aos alunos fazerem um relatório descritivo dos tratos culturais realizados naquela lavoura.

Medidas de prevenção e controle de doenças

Obs.: solicitar aos alunos fazerem um herbário com exsicatas de folhas doentes, acompanhado da diagnose. Também pode ser solicitada a ela-boração de um álbum fotográfico, a partir de doenças identificadas na fazenda experimental da unidade de ensino ou em alguma propriedade rural (escolha do professor ou alunos).

• Medidas de prevenção e controle de pragas

Solicitar aos alunos fazerem uma coleção com 20 pragas agrícolas iden-tificadas e espetadas em um isopor acompanhado de legenda e texto explicativo sobre aspectos relacionados à praga, prejuízos causados e estratégias de controle.

• Manejo de plantas invasoras

Realizar uma prática de controle de invasoras utilizando solarização. Utilizar filme plástico transparente daqueles indicados para cobertura de estufas agrícolas. Delimitar uma área infestada por uma invasora de difícil controle com a tiririca ou uma gramínea. Colocar o plástico sobre a área, cobrindo as bordas de 10 cm de solo para evitar a saída do calor. Aguardar 60 dias e analisar a eficácia do método. É importante deixar uma área do mesmo tamanho sem o controle para poder fazer a comparação.

Sugestão de leitura

AGUIAR, R. et al. Cultivo em ambiente protegido: histórico, tecnologia e perspectivas. Viçosa: UFV, 2004.

BARRADAS, C. A. A. Uso da adubação verde. Niterói: Programa Rio Rural, 2010. BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANOVANI, E. C. Manual de irrigação. 8. ed. Viçosa: UFV, 2008.

FONTES, J. R. A.; NEVES, J. L. Manejo integrado de plantas daninhas. Planaltina: Embrapa Cerrados, 2003.

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Sugestão de planejamento

Este manual foi elaborado para dar suporte e ser utilizado para 48 horas em sala de aula, podendo sofrer alguma variação conforme o projeto pedagógico do curso. A sugestão de planejamento está apresentada em acordo com essa carga horária (48 horas). O professor, conforme o andamento da disciplina pode optar entre as atividades propostas (citadas nas atividades complementares), quais poderão ser utilizadas, ou ainda, preferencialmente sugerir e aplicar outras conforme o seu conhecimento, disponibilidade de recursos, locais e andamento da turma.

Semestre 1

Primeiro bimestre

Capítulo 1 – Introdução aos processos fisiológicos das plantas

Capítulo 2 – Preparo e manejo do solo

Capítulo 3 – Fertilização e nutrição vegetal

Objetivos

• Apresentar conceitos básicos relacionados à fisiologia vegetal. • Discutir os diferentes sistemas de preparo e manejo de solos.

• Apresentar as principais operações e os respectivos implementos agrícolas utilizados. • Apresentar conceitos relacionados á fertilização de solos e nutrição vegetal. • Mostrar os diversos tipos de fertilizantes.

• Relacionar os macro e micronutrientes, com seu comportamento no solo e na planta além de demonstrar formas de disponibilização às plantas cultivadas.

Atividades

Para enriquecer o conhecimento, o aluno poderá navegar em sites confiáveis.

Segundo bimestre

Capítulo 4 – Técnicas de plantio e semeadura

Capítulo 5 – Tratos culturais

Capítulo 6 – Controle de fatores climáticos

Objetivos

• Estudar os principais cuidados, métodos e técnicas utilizados no plantio, semeadura e propagação de plantas.

• Apresentar os principais tratos culturais relacionados ao solo ou as plantas cultivadas. • Apresentar as principais técnicas de controle dos fatores climáticos relacionados

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Atividades

Promover discussão dos temas, pesquisas individuais e em grupos, bem como sanar possíveis dúvidas.

Semestre 2

Primeiro bimestre

Capítulo 7 – Prevenção e controle de pragas

Capítulo 8 – Prevenção e controle de doenças em plantas

Objetivos

• Apresentar as principais pragas agrícolas e seus respectivos danos às plantas cultivadas.

• Mostrar os diferentes sistemas de manejo e controle de pragas.

• Mostrar os principais agentes causadores de doenças em plantas cultivadas. • Discutir as relações entre os patógenos, as plantas e o ambiente.

• Apresentar os princípios gerais de controle de doenças em plantas.

Atividades

Pesquisa de imagens de pragas e doenças em plantas. Mesa redonda para discussão das imagens obtidas.

Segundo bimestre

Capítulo 9 – Manejo de plantas invasoras

Capítulo 10 – Irrigação

Objetivos

• Apresentar a classificação das plantas invasoras e seus mecanismos de propagação. • Mostrar os métodos de manejo e controle de plantas invasoras.

• Apresentar os conceitos básicos relacionados à irrigação. • Mostrar os principais sistemas de irrigação.

Atividades

Para os dois últimos capítulos é importante que o professor faça perguntas a respeito de todos os capítulos, bem como sanar possíveis dúvidas e sugerir pesquisas.

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Orientações didáticas e respostas das

atividades

Capítulo 1

Orientações

As aulas deverão ser teóricas e ao final de cada tema, promover um “bate-papo” para maior envolvimento do aluno.

O conteúdo para esse capítulo é a introdução aos processos fisiológicos das plantas. Os objetivos é apresentar conceitos básicos relacionados à fisiologia vegetal.

Respostas – página 15

1) As plantas de processo C4 são mais eficientes que as de processo C3, pois as plantas de fotossíntese C4 tem uma estratégia de realizar a fotossíntese em condições de baixa taxa de transpiração. As plantas C4 em comparação com as plantas C3, realizam a fixação de carbono em concentrações muito menores de CO2, permitindo a realização da fotossíntese mesmo com os estômatos fechados, sem a utilização do CO2 do ar exterior. Este processo ocorre pela captura e utilização do CO2 liberado pela respiração interna. As plantas C4 também evitam a ocorrência da fotorrespiração, por ser mais difícil para o O2 competir com o CO2 nas reações de escuro. Dessa forma, nessas plantas a fotossíntese ocorre em condições mais adversas em relação à temperatura e umidade, do que as plantas C3.

Porém as plantas mais eficientes são as plantas que realizam o metabolismo ácido das crassuláceas (MAC), pois pela noite com os estômatos abertos o CO2 é absorvido e é formado o malato do composto de quatro átomos de carbono, o qual é armazenado em organelas celulares chamadas vacúolos. Esse malato serve como fonte de CO2 durante o dia, para suprir as reações de escuro. As plantas que realizam esse metabolismo podem manter os estômatos fechados durante todo o dia (quando geralmente o ambiente vai estar mais quente e seco), absorvendo pela noite todo o CO2 necessário. 2) A radiação solar é o fator relacionado ao clima, que provê a energia necessária para

os processos associados à fotossíntese. A quantidade de horas de luz existe em um dia (fotoperíodo) vai corresponder ao tempo em que as plantas realizam a fotossíntese. A temperatura vai afetar processos que ocorrem nas plantas e que estão relacionados com a fotossíntese, como a respiração, a transpiração e o repouso vegetativo. A chuva e a umidade têm relação direta com a fotossíntese, pois em períodos secos, as plantas são induzidas a fecharem os estômatos, o que leva a fixar menos carbono, afetando de forma negativa a fotossíntese. Em velocidades baixas ou moderadas os ventos contribuem para as trocas gasosas, atuando na manutenção da transpiração das plantas, porém ventos fortes levam ao fechamento dos estômatos e à redução do tamanho e número de folhas das plantas.

(18)

3)

Fonte

Órgãos fontes são as estruturas vegetais onde a taxa de utilização ou estocagem de fotoassimilados é menor que sua taxa síntese (ex.: folhas em atividade fotossintética). Fontes são os produtos resultantes da fotossíntese.

Rota Os fotoassimilados são transportados via floema dos órgãos fontes para os órgãos drenos. Dreno

Tecidos vegetais, onde sua taxa de utilização ou estocagem de fotoassimilados é maior que sua taxa de síntese. São as áreas de crescimento e armazenamento (ex.: frutos e sementes em desenvolvimento).

4) Pelo processo de fotossíntese as plantas convertem a energia solar em ener-gia química, a qual é armazenada na forma de moléculas de açúcar. A seiva bruta absorvida pelas raízes das plantas composta de água e sais minerais é transportada pelo xilema até as folhas. Na prática a energia luminosa mais os minerais que são os nutrientes essenciais das plantas são transformados via processo de fotossíntese em grãos, raízes, folhas e caules que podem ser comestíveis, ou utilizados como fontes de energia e fibras utilizadas pelos seres humanos.

5) A partição de carbono é a forma como a planta distribui os compostos de carbono derivados da fotossíntese, alocando-os em partes distintas da planta e utilizando em diferentes processos fisiológicos. Os programas de melhoramento vegetal procuram alocar uma proporção maior de compostos nas partes da planta de interesse comercial em detrimento as demais partes da planta. Dessa forma, o conhecimento desse processo vai orientar os programas de melhoramento vegetal visando plantas mais produtivas. 6) A fotossíntese ocorre em dois processos distintos: reações luminosas e

rea-ções de escuro.

• Reações luminosas (fase fotoquímica) – Atuam na conversão da energia luminosa em energia química em forma de ATP (Adenosina Tri Fosfato) e NADPH, ocorrendo consumo de água e liberação de oxigênio.

• Reações de escuro (fase química) – Ocorrem sem a necessidade de luz. Utilizam átomos de carbono da atmosfera (na forma de CO2) para formar compostos orgânicos em um processo chamado fixação de carbono. Esse processo é desencadeado pelo ATP e pelo NADPH produzidos pelas reações luminosas. O produto final desse processo é o açúcar simples glicose, que serve como fonte de energia para o crescimento e metabolismo, atuando também na constituição de compostos orgânicos, como o amido e a celulose que é o principal componente estrutural das plantas.

7)

C3 C4 MAC

Trigo, arroz, tomate, café, aveia, feijão, soja, batata, algodão, uva, maçã, morangas, amendoim e mandioca.

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19

8)

C3 C4

Esse é o tipo mais comum de fotossíntese. Tem esse nome (C3) pelo fato do primeiro composto estável formado nas reações de escuro, ter três átomos de carbono (Gliceral-deído-3-fosfato). Nas plantas que realizam esse tipo de fotossíntese o CO2 é absorvido por intermédio dos estômatos durante o dia, e utilizado nas reações de escuro para formar a glicose. Essas plantas adaptam-se bem em condições de temperaturas de amenas para frias, pois as plantas de fotossíntese C3 têm como ótimas, as temperaturas medianamen-te baixas. Como os estômatos devem estar abertos durante o dia para absorverem o dió-xido de carbono, essas plantas têm a fotos-síntese limitada em períodos de calor ou clima excessivamente seco.

Nesse sistema ocorre a incorporação do CO2 em compostos de quatro átomos de carbono antes de entrar nas reações de escuro. Esse processo ocorre em células especiais da folha, que contém clorofila. Esse composto de quatro áto-mos de carbono é transportado para as células da bainha vascular, agrupadas ao redor da veia das folhas, onde as enzimas rompem ligações, deixando car-bonos extras, soltos na forma de CO2, os quais são empregados para formar compostos de três átomos de carbono usados nas reações de escuro, na forma como ocorre na rota C3. Essa rota, em comparação com a C3, permite a fixação de carbono em concentrações muito menores de CO2, permitindo a realização da fotossíntese mesmo com os estômatos fechados, sem a utilização do CO2 do ar exterior. Esse processo ocorre pela captura e utilização do CO2 liberado pela respiração interna.

Essa rota também evita a ocorrência da fotorrespiração, por ser mais difícil para o O2 competir com o CO2 nas reações de escuro. Dessa forma, nessas plantas a fotossíntese ocorre em condições mais adversas em relação à temperatura e umidade, do que as plantas C3, temperaturas elevadas e baixa concentração de CO2.

Capítulo 2

Orientações

O conteúdo para o Capítulo 2 é o preparo de solos e o objetivos são discutir os dife-rentes sistemas de preparo e manejo de solos e apresentar as principais operações e os respectivos implementos agrícolas utilizados.

Respostas – página 27

1) O plantio direto está avançando e predominando, principalmente nas áreas mais tecni-ficadas. Com o avanço do plantio direto a aração e gradagem vêm sendo deixadas de lado pelas vantagens que o sistema de plantio direto apresenta: conservação de água, nutrientes e do solo; economia de uso de máquinas e consequente economia de combustível e lubrificante; economia de tempo e mão de obra; menos riscos na seca pela maior retenção de umidade. Melhor resposta às chuvas após secas; estande mais uniforme pela melhor germinação e emergência; maior efeito de fertilizantes e defen-sivos; maior produtividade agrícola; aumento da matéria orgânica e atividade biológica; maior infiltração de água/reposição da água subterrânea; redução da poluição das águas. Esse processo vem acontecendo com mais intensidade na região Sul do Brasil, especialmente no estado do Paraná, além de ter um avanço significativo nos últimos anos, na região Centro-Oeste.

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2)

Plantio direto Cultivo mínimo Plantio convencional

Nesse sistema não se admite o revolvimento do solo. A semeadura é realizada por semeadoras especialmente adaptadas, sobre a palhada, prove-niente da resteva da cultura anterior ou adubos verdes plantados com esta finalidade. Nesse sistema a pa-lhada fica sobre o solo, protegendo-o dos impactos da gota de água da chuva e da insolação direta.

Trata-se de um sistema intermediá-rio entre o convencional e o direto. O preparo do solo é minimizado pelo menor uso de máquinas.

Nesse sistema realizam-se ope-rações de revolvimento do solo como escarificação, aração e gradagens. Com essas operações a palhada existente é triturada e incorporada ao solo.

3) A principal vantagem está relacionada com a conservação se solos, visto a palhada que esse sistema mantém sobre o solo, proporciona proteção contra o processo erosivo. A palhada funciona como uma camada protetora do solo, evitando o impacto direto das gotas de água da chuva, dificultando o processo de desagregação das partículas do solo, que é o desencadeador da erosão. A palhada também melhora a umidade do solo, ao diminuir as perdas de água por evaporação, além de aumentar a microvida do solo. O menor número de operações agrícolas também resulta em menor custo de produção. No médio prazo o sistema de plantio direto também confere melhor produ-tividade ao sistema.

4) O uso das enxadas rotativas apresenta o inconveniente de pulverizar excessivamente o solo e deixá-lo mais susceptível a processos de degradação, assim sua recomendação acaba sendo limitada para situações específicas como preparo e sistematização de áreas para cultivo de arroz irrigado. Além dos encanteiradores, dotados de enxadas rotativas que são utilizados para levantamento e preparo de canteiros para cultivo de hortaliças.

5) O uso excessivo além de pulverizar o solo, deixando-o mais susceptível aos processos erosivos, ocasiona compactação sub-superficial, com a formação do chamado pé-de--grade. Esse processo agrava o problema erosivo, pois além de pulverizar o solo, esta compactação sub-superficial dificulta a infiltração da água, facilitando as perdas de água e solo por escorrimento superficial.

6) A prática da rotação de culturas promove reposição da matéria orgânica no solo, permite uma produção diversificada de alimentos e outros produtos agrícolas, realiza incremento nas características físicas, químicas e biológicas do solo, auxilia no controle de plantas daninhas, doenças e pragas, protege o solo da ação dos agentes climáticos, otimiza a fertilidade do solo, ajuda a viabilização do sistema de semeadura direta e promove melhores possibilidades de resultados econômicos, por meio do adequado planejamento das culturas.

7) • Deve crescer rapidamente, principalmente nas fases iniciais, para conseguir com-petir com vantagem frente às invasoras.

• Deve produzir grandes quantidades de fitomassa, aportando elevadas quantidades de nutrientes e material orgânico aos solos.

• Sua implantação e manejo devem ser fáceis.

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21

• Seu sistema radicular deve ser bem robusto e atingir grandes profundidades para cumprir as funções de romper camadas compactadas de solo e mobilizar nutrientes das camadas mais profundas do solo para as camadas mais superficiais.

• Não devem ser susceptíveis a secas ou a geadas.

• Não devem ser muito exigentes em termos nutricionais e ter boa adaptação a solos degradados.

• Não devem ser muito agressivos e de difícil manejo ou erradicação.

8) • Proteger o solo do impacto direto das gotas da chuva e a sua consequente desagre-gação, evitando seu selamento superficial e reduzindo a velocidade de escoamento das enxurradas.

• Melhorar e/ou manter os níveis de infiltração de água no solo.

• Elevar e/ou manter ao longo dos anos, os teores de matéria orgânica do solo, pelo aporte de fitomassa.

• Proporcionar maior capacidade de retenção de água ao solo, pela melhoria de sua estrutura.

• Reduzir as perdas de água por evaporação. • Reduzir a amplitude térmica do solo.

• Promover o rompimento de camadas compactadas de solo, pelo crescimento de raízes robustas.

• Fornecer palhada ao solo, em sistemas de cultivo, como o plantio direto.

• Plantas com sistema radicular profundo e ramificado retiram nutrientes das camadas mais profundas do solo, promovendo a ciclagem mais eficiente dos nutrientes. • As leguminosas promovem o aporte de nitrogênio ao solo por meio da fixação

biológica.

9) As consequências negativas do desmatamento são diversas, podendo tanto ser ambientais como socioeconômicas. Dentre os prejuízos inerentes ao processo de desmatamento e que levam a desaconselhar essa prática, pode-se citar:

• Perda de biodiversidade: o desmatamento além de suprimir a flora, também destrói nichos importantes que permite a diversidade da fauna e de micro-organismos. • Destruição de mananciais d’água: as nascentes de água precisam de mata à sua

volta, para poderem manter-se ativas.

• Assoreamento de curso d’água: a retirada da cobertura vegetal e principalmente da mata ciliar, proporciona condições para as partículas de solo carregadas pela erosão, venham a ser depositas em cursos-d’água, promovendo seu assoreamento. • Redução das chuvas: o desmatamento é relacionado a mudanças no clima,

especial-mente longos períodos de estiagens.

• Redução da umidade relativa do ar: a evapotranspiração é um importante elemento regulador da umidade do ar.

(22)

• Aumento do efeito-estufa: o carbono é estocado em grande quantidade nas árvores que compõe as florestas, ao se desmatar e realizar queimadas o carbono é liberado para a atmosfera na forma de CO2, contribuindo para o agravamento do efeito estufa. • Desertificação: o desmatamento em locais de solos pobres e com posterior mau

manejo, desencadeia processos de formação de desertos.

• Perda do potencial turístico, farmacêutico e genético, proporcionado pela retirada da mata e extinção de espécies.

10) O preparo periódico do solo pode ser dividido em preparo primário e preparo secundário. Assim os principais implementos são: arado, subsolador e grade aradora (preparo primário); grade niveladora, enxada rotativa e sulcador (preparo secundário). O preparo periódico é aquele que é sempre realizado antecedendo a operação de plantio, envolvendo principalmente operações de aração e gradagem.

11) O preparo inicial é aquele realizado em uma área nova, que vai ser cultivada pela primeira vez, envolvendo operações como desmatamento ou derrubada, destocamento e enleiramento, sistematização, além da primeira aração e gradagem realizada neste terreno.

12) Não, pois o que define o plantio direto é exatamente a não realização do preparo pri-mário e secundário do solo, que envolve operações de aração e gradagem, pois esse processo promove revolvimento do solo, desagregando suas partículas além de triturar e incorporar restos vegetais (palhada) que no sistema de plantio direto devem ficar sobre o solo.

Capítulo 3

Orientações

Para esse capítulo o conteúdo é a fertilização e nutrição vegetal. Quanto aos objetos são apresentar conceitos relacionados à fertilização de solos e nutrição vegetal; mostrar os diversos tipos de fertilizantes e relacionar os macro e micronutrientes, com seu com-portamento no solo e na planta, além de demonstrar formas de disponibilização às plantas cultivadas.

Respostas – páginas 44-45

1) O solo funciona como um banco de nutrientes, a medida que realizamos a colheita, os produtos agrícolas colhidos carregam em sua estrutura diversos nutrientes. Além disso, os nutrientes podem ser perdidos via erosão e lixiviação. Como esse processo (perdas mais extração pelas plantas) é mais rápido que a alocação natural via intem-perismo e decomposição de resíduos orgânicos, estes nutrientes devem ser repostos no solo pelo processo de adubação químico, orgânica ou ainda adubação verde.

2) A produção agrícola é resultado do equilíbrio dos diversos nutrientes, sendo que a ausência de apenas um nutriente torna-se suficiente para limitar a produção. O excesso de um nutriente não substitui a escassez de outro nutriente. O que vai definir

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23

3)

Tipo de fertilizante Definição

Fertilizante mineral Produto de natureza fundamentalmente mineral, natural ou sintético, obtido por processo físico, químico ou físico-químico, fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas.

Fertilizante orgânico

Produto de natureza fundamentalmente orgânica, obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matérias-primas de origem industrial, urbana ou rural, vege-tal ou animal, enriquecido ou não de nutrientes minerais.

4) Eletrostaticamente, os cátions se ligam às cargas negativas e os ânions às positivas. As partículas de solo, predominantemente negativas, atraem os cátions adsorvendo-os na sua superfície. Quanto mais argiloso e maior o teor de matéria orgânica, maior o predomínio de cargas negativas. Em linhas gerais, os cátions (carga positiva) apre-sentam menores perdas por lixiviação e, consequentemente, menores possibilidades das plantas apresentarem deficiência aguda, devido ao solo possuir saldo de cargas negativas. Esses cátions adsorvidos nos colóides do solo (húmus e argila) podem ser substituídos por outros cátions. Os ânions (carga negativa), são nutrientes ligados à matéria orgânica e adsorvidos aos colóides do solo em suas cargas positivas. Como no solo, predominam cargas negativas os nutrientes com cargas negativas são mais facilmente lixiviáveis, principalmente o nitrogênio e o enxofre. O balanço de cargas (positivas ou negativa) é influenciado pela modificação do pH do solo. Na proporção que o pH é aumentado, há um aumento nas cargas negativas e um decréscimo nas cargas positivas.

5) O nitrogênio orgânico presente na matéria orgânica do solo, não é absorvido pelas plantas nesta forma. Micro-organismos aeróbicos atuam na decomposição da matéria orgânica para transformar o N orgânico na forma mineral (NH3), sendo assim absor-vido pelas plantas.

6) A disponibilidade de Fósforo para as plantas é afetada pelos seguintes fatores:

• Quantidade das formas de P no solo: em linhas gerais é baixa a concentração do elemento fósforo (P) na solução do solo. O P é absorvido pelo processo de difusão e sua retirada contínua pelas plantas, proporciona quantidades cada vez menores de P na solução do solo.

• pH: os níveis de acidez do solo, definidos pelo pH exerce influência na disponibi-lidade de fósforo para as plantas e determina as formas que elas podem utilizá-lo, considerando que o fósforo é absorvido pelas raízes principalmente como íon ortofosfato, H2PO4. Em geral, o pH que proporciona maior disponibilidade de P está entre 6,0 e 6,5, pois nessa faixa de pH é mínima a reação ou fixação do fósforo. A presença de Fe e Al em solo ácido induz a formação de sais insolúveis diminuindo a disponibilidade do fósforo.

• Teor de argila e/ou matéria orgânica e dinâmica dos resíduos no solo: o fósforo da matéria orgânica fica disponível quando os micro-organismos do solo transformam a matéria orgânica em formas simples, liberando os íons fosfatos inorgânicos. O fósforo disponível às plantas tende a ser facilmente fixado por argilas do solo.

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7) O sintoma típico de deficiência é a clorose das margens das folhas mais velhas, por ser móvel na planta. As plantas crescem lentamente e apresentam subdesenvolvimento do sistema radicular. Os caules ficam quebradiços proporcionando acamamento. A semente e os frutos são pequenos e enrugados; as culturas mostram pouca resis-tência a doenças e ao estresse por umidade.

8) A melhor forma de suprir o solo e as plantas com Ca é um bom programa de calagem, pois os calcários possuem teores de cálcio que variam de 15 a 38%, dependendo do tipo de calcário utilizado. Em caso de sintomas aparentes aplicações foliares de clore-to ou nitraclore-to de cálcio podem atuar como corretivos.

9) O magnésio compõe a molécula de clorofila, que dá a cor verde as plantas e atua na fotossíntese sendo um nutriente essencial na ativação do sistema enzimático das plantas. A prática da calagem com calcário magnesiano ou dolomítico é uma impor-tante forma de adição de magnésio. Na forma de adubo pode ser aplicado no solo a lanço e principalmente na linha. Como medida emergencial pode ser aplicada via foliar, na forma de sulfato de magnésio.

10) Micronutrientes são os nutrientes exigidos em quantidades menores que os macronu-trientes. Embora a exigência em quantidade seja menor não é possível afirmar que os macronutrientes sejam mais importantes que os micronutrientes, pois a carência de algum micronutriente configura-se como fator limitante à produção (Lei do Mínimo). 11) É a fase de desenvolvimento da cultura, como a brotação, a floração e a frutifivação. 12) Ao se realizar um cultivo, no momento da colheita os nutrientes são extraídos do solo

pelas plantas, seja pelos grãos, folhas, caules ou raízes. Se essas substâncias não forem repostas, gera-se um empobrecimento do solo. Fertilizantes são materiais que podem ser adicionados a terra para fornecer nutrientes às plantas, visando suplementar sua fertilidade natural. O uso correto de fertilizantes leva à produção de alimentos em maior quantidade por área.

13) Professor, permita que o aluno faça essa tabela (questão) em forma de trabalho. Ele pode encontrar a resposta no Capítulo 3, ou ainda, pesquisar na internet.

Capítulo 4

Orientações

No Capítulo 4 é abordado o conteúdo das técnicas de plantio e semeadura e como ob-jetivo temos: os principais cuidados, métodos e técnicas utilizados no plantio, e semeadura e propagação de plantas.

Respostas – página 60

1) Nível tecnológico do produtor – Vai auxiliar na escolha de variedades mais rústicas ou mais exigentes.

Condições de solo e clima – Existe cultivares mais adaptados a determinados tipos de solo ou a diferentes situações climáticas. O zoneamento agroclimático indica as

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culti-25

Época do ano em que se deseja plantar – Para uma mesma cultura existe cultivares de verão e cultivares de inverno. Exemplo alface.

Qual a próxima cultura a ser implantada na mesma área – Saber qual a próxima cultura a ser implantada pode implicar em optar por um cultivar mais precoce ou mais tardio.

Histórico de doenças na área – Possibilidade de optar por um cultivar com resistência ou tolerância a determinada doença.

2)

Variedade

Grupo de plantas que se distinguem das demais da mesma espécie por características de relevância agronômica e comercial, desenvolvidas por meio da seleção de plantas mediante a observação das características desejáveis.

Híbrido simples

Resultado do cruzamento de duas linhagens puras. Apresenta maior uniformidade de ciclo, bom porte de altura de plantas e altura da inserção das espigas. Tem maior potencial de produção que os demais, apre-sentando maior uniformidade de plantas e de espigas e são indicados para lavouras de alta tecnologia. Híbrido duplo

Resultado do cruzamento entre dois híbridos simples. São um pouco mais variáveis em características de plantas e espigas (no caso do milho) do que o simples e os triplos, os custos de aquisição são bem mais baixos e são indicados para lavouras de média tecnologia.

Híbrido triplo Resultado do cruzamento entre uma linha pura e um híbrido simples, são o meio termo entre os híbridos simples e duplos, tanto em características quanto em preço.

3) Propagação assexuada: feita por estruturas vegetativas, como caules, folhas, raízes, ramos, estolões, etc.

Vantagens: em algumas culturas é o único método possível de propagação (algumas frutíferas, por exemplo), mantém a mesma estrutura genética da planta-mãe permi-tindo a manutenção de características agronômicas desejáveis, possibilitar que se reduza a fase juvenil, promovendo redução do período improdutivo, obtenção de redução no porte ou tamanho da planta, facilitando a colheita e tratos culturais e permitir a obtenção de áreas de produção uniformes devido à ausência de segregação genética.

Propagação Sexuada: propagação feita via sementes.

Vantagens: existem plantas que a única forma viável de propagação é via sementes (principalmente culturas anuais), maior longevidade da planta, desenvolvimento vigoroso e sistema radicular mais profundo e permite a criação de novas cultivares obtidas via cruzamento.

4) Estaquia: método de propagação de plantas no qual partes vegetais destacadas da planta-mãe, são submetidas a condições favoráveis para induzir o enraizamento. Assim, a partir de uma estaca, forma-se uma nova planta.

Mergulhia: nesse processo um ramo da planta-mãe é coberto por uma porção de solo

ou substrato, criando condições para a ocorrência de enraizamento. Uma vez enrai-zado (galho), ele é separado da planta-mãe gerando assim outra planta que pode ser transplantada para outro local.

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5) A cana-de-açúcar é propagada de forma assexuada. A propagação vegetativa é realizada via estruturas especializadas chamadas colmos, que é o caule típico das gramíneas, sendo dotados de gemas que geram estruturas vegetativas quando em contato com o solo e a umidade, gerando assim uma nova planta.

6) Propagação sexuada (realizada via sementes). Nesse processo a semente é acondicio-nada no solo a uma profundidade adequada, conforme a espécie.

7) O material deve ter qualidade sanitária, pureza varietal, boa capacidade de germinação, vigor o suficiente para produção de mudas ou plantas vigorosas e deve-se conhecer os tratamentos para quebra da dormência para aquelas sementes que tenham esta necessidade.

8) Nesse estado os tecidos da semente contém baixo conteúdo de água e o metabolismo está paralisado. Assim, as sementes podem ficar estáticas, sem germinarem por um longo período de tempo.

• Água: as sementes exigem um percentual mínimo de umidade para que o processo germinativo seja iniciado. O teor de água na semente deve estar entre 30 e 60%. A água é necessária para que ocorram os processos metabólitos envolvidos na germinação, sendo considerado o fator de maior influencia neste processo, pois a hidratação dos tecidos proporciona condições para que o processo de respiração da semente seja estimulado, dando início ao metabolismo da germinação.

• Temperatura: afeta as reações bioquímicas e metabólicas envolvidas na germi-nação. Quanto maior a temperatura (até certo limite variável conforme a espécie) maior a velocidade das reações metabólicas, e por consequência, do processo de germinação. A temperatura ideal varia de 25°C a 30°C, dependendo da espécie. • Gases: os gases envolvidos no processo de germinação são o O2 e o CO2. O O2

é necessário para o processo de respiração, como a respiração fornece a energia necessária para a germinação e o estabelecimento da plântula, sua presença é indispensável. Assim a presença de CO2 em elevadas concentrações impedem ou dificultam o processo de germinação.

– Luz: existem espécies vegetais cujo processo de germinação é estimulado pela presença da luz (fotoblásticas positivas) e espécies cujo processo de germinação é inibido pela presença de luz (fotoblásticas negativas), além das indiferentes (fotoblásticas neutras).

– Qualidade das sementes: a qualidade é definida pela viabilidade e pelo vigor da semente.

9) Resulta da multiplicação da semente básica, registrada ou da própria certificada, por, no máximo três gerações, geralmente destinada a plantios para produção de grãos. É produzida pela entidade produtora de acordo com normas estabelecidas pela entidade certificadora.

10)

NPM = (P * E)/10 000

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27

NSM = (NPD * 100)/G NSM = (4,2 * 100)/90

NSM = 4,7 sementes por metro linear. Q = (1 000 · P · D) · 1,1 G · E Q= ((1 000 · P · D) · 1,1)/(G · E) Q = (1 000 * 32,5 * 4,2 * 1,1)/90*70 Q = 150 · 150/6 300 Q = 23,83 Kg/ha

Capítulo 5

Orientações

Nesse capítulo o conteúdo é sobre tratos culturais e o objetivo: os principais tratos culturais relacionados ao solo ou as plantas cultivadas.

Obs.:

Pesquisar o espaçamento recomendado para a cultura da cenoura e fazer um plantio desta cultura em um canteiro de 1 metro de comprimento, contendo 4 linhas. Pesquisar a técnica de raleio na cultura da cenoura. Em duas linhas realizar o raleio e em duas linhas deixar sem raleio. Ao final do ciclo observar as diferenças de qualidade, pesando os frutos e medindo o comprimento e o diâmetro médio. Comparar os resultados. O espaçamento recomendado varia de acordo com a cultivar e as condições de cultivo, porém a maioria dos cultivares com raízes cilíndricas ou cônicas podem ser cultivadas em um espaçamento de 15 a 30 cm entre as linhas de plantio e 5 a 10 cm entre as plantas. O raleio consiste na eliminação do excesso de plantas cultivadas e que estejam muito próximas, com o objetivo de diminuir a competição por nutrientes e espaço, deixando a cultura em seu espaçamento ideal. Essa prática faz-se necessária quando o plantio é realizado de forma mais adensada que o espaçamento ideal indicado para a cultura. É realizada na fase inicial da cultura quando as plântulas tiverem em torno de 5 cm de altura e seu sistema radicular ainda não está muito desenvolvido.

Respostas – página 67

1) Conjunto de ações e práticas associadas ou não, que visam as melhores condições de desenvolvimento da cultura permitindo que uma lavoura expresse ao máximo sua potencialidade produtiva. São realizadas visando manter o terreno como um meio adequado ao crescimento e desenvolvimento das plantas, estando também associadas às condições ambientais para a correta condução da planta.

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2) Remover, fragmentar, aerar e manter a umidade do solo, rompendo os seus vasos capilares formados pela ação das chuvas, irrigação e compactação. Também pode atuar no controle de plantas invasoras.

3) Proporcionar condições para a produção de raízes novas na base do caule e também proteger esta parte da planta do frio e/ou umidade excessiva, em plantas como o tomate. No caso da batata essa prática contribui para a formação de novos tubérculos. Pode-se aproveitar para realizar adubação de cobertura junto com essa operação. Essa operação também proporciona controle de invasoras, uma vez que durante a operação as invasoras são capinadas. No caso da cenoura a amontoa é importante para evitar que a parte superior da raiz fique exposta, o que ocasiona um problema chamado “ombro roxo” que reduz o valor comercial desta olerícola.

4) • Desbaste: essa prática, também chamada de raleio, consiste na eliminação do

excesso de plantas cultivadas e que estejam muito próximas, com o objetivo de diminuir a competição por nutrientes e espaço, deixando a cultura em seu espaça-mento ideal. Essa prática faz-se necessária quando o plantio é realizado de forma mais adensada que o espaçamento ideal indicado para a cultura.

• Decote: atividade realizada em culturas perenes como café e algumas frutíferas. Consiste na supressão do caule e dos ramos laterais da planta, a uma altura deter-minada, em culturas que apresentam algum desequilíbrio na parte aérea, estimu-lando a planta a emitir novas ramificações. Em culturas perenes a prática do decote elimina a gema apical, o que promove a formação de novos ramos (secundários e terciários) e mantém a planta em determinada altura.

5) Tem por objetivo orientar a planta a formar uma boa estrutura de copa permitindo aeração e bom aproveitamento da luz, promover maior resistência dos agentes atmos-féricos, além de construir uma arquitetura que facilite os tratos culturais e garanta re-sistência a tombamentos e quebra de galhos sustentando boas produções. É realizada nos primeiros anos após o plantio (de três a quatro anos, dependendo da espécie) e nesse período deve-se priorizar o desenvolvimento vegetativo, evitando que a planta entre em produção.

• Poda de frutificação – Consiste na retirada do excesso de ramos produtivos para obter o equilíbrio entre vegetar e frutificar, evitando alternâncias de safras. É rea-lizada durante a fase produtiva das plantas. Essa poda, não altera as características das gemas e não aumenta a produção de frutos, porém, melhora a qualidade da fruta, equilibra a planta, mantém a forma da copa e regulariza a produção.

• Poda de limpeza – Trata-se de uma poda pequena, realizada principalmente durante fases de baixa atividade fisiológica das plantas. As principais operações são a retiradas de ramos em excesso ou que estejam secos, fracos, mal posicionados, atacados por pragas ou doenças, ou ainda muito vigorosos. Essa modalidade é realizada em frutíferas que não demandam podas drásticas.

6) • Poda de inverno (ou poda seca) – Trata-se da poda realizada em plantas de clima

temperado, no período em que se encontram desfolhadas e lignificadas. Essa poda elimina os ramos que já frutificaram nas espécies em que eles não tornam a frutificar

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• Poda de verão (ou poda verde) – É a poda realizada na época que as plantas estão repletas de folhas verdes, o que coincide com a primavera e o verão. Ela comple-menta a poda de inverno. Nessa poda são retirados os ramos ladrões e os ramos muito vigorosos que crescem verticalmente dificultando a chegada da luz aos ramos produtivos.

7) As principais podas verdes são:

• Desbrota – Eliminação de brotos inúteis, e/ou ramos ladrões (retirada de ramos vigorosos) que provocam desequilíbrios nas plantas. Exemplo: eliminar um ramo que tem origem no porta-enxerto.

• Capação – É a quebra da ponta do ramo herbáceo para conter seu crescimento. Exemplo: melancia ou tomate.

• Desfolha – Eliminação de folhas, busca de uma melhor iluminação, arejamento de flores e frutos, diminuindo os focos de doença. Exemplo: bananeira.

• Desnetamento – Poda verde aplicada às videiras que consiste em eliminar os ramos vegetativos chamados netos, que nascem lateralmente do ramo principal. O excesso de ramos netos e gavinhas tendem a provocar desequilíbrio nutricional na planta e retardar o desenvolvimento dos brotos e cachos.

8) • Desbrota – Retirada de brotos, novos, improdutivos e/ou em excesso.

• Desfolha – É a remoção de folhas para favorecer a iluminação e o arejamento das flores e frutos, eliminando focos de doenças e pragas.

• Desponte ou capação – Corte da ponta do ramo, extirpando o meristema apical favorecendo o desenvolvimento dos frutos.

9) A poda em frutíferas pode ter as seguintes finalidades: alterar a forma natural da planta; regularizar a produção; manter a forma, a sanidade e o vigor da planta, além de promover um equilíbrio entre o crescimento vegetativo e a produção de frutos.

Capítulo 6

Orientações

Apresentar o controle de fatores climáticos. Para tanto, os objetivos são: as principais técnicas de controle dos fatores climáticos relacionados ao desenvolvimento das plantas cultivadas.

Respostas – página 80

1) O clima é um dos principais fatores que influenciam a produção vegetal, principal-mente as hortaliças. A falta de água é um fator limitante a produção das plantas, por outro lado as chuvas demasiadas podem danificar as hortaliças e criar condições favo-ráveis para o aparecimento de doenças. O frio, a geada e os ventos do inverno também são prejudiciais, podendo impossibilitar o cultivo de determinadas espécies em céu aberto em algumas regiões. O sol intenso também pode ser prejudicial a algumas cul-turas promovendo escaldaduras em frutos.

Referências

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