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Índice de massa corporal, apneia do sono e risco de acidentes de trabalho no setor de transporte do município de Chapecó- SC

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ROBERTA CAROLINE HEBERLE

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, APNEIA DO SONO E RISCO DE ACIDENTES DE TRABALHO NO SETOR DE TRANSPORTE DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ-SC

Tubarão 2019

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ROBERTA CAROLINE HEBERLE

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, APNEIA DO SONO E RISCO DE ACIDENTES DE TRABALHO NO SETOR DE TRANSPORTE DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ-SC

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do grau de Médico.

Orientador: Dr. Flavio Ricardo L. Magajewski

Tubarão 2019

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Perfil sociodemográfico dos motoristas do setor de transporte de cargas. Chapecó-SC, 2019... 45 Tabela 2 – Distribuição dos motoristas do setor de transporte de cargas segundo o risco de desenvolvimento de SAHOS de acordo com os critérios da escala de STOP-BANG e do Questionário de Berlim. Chapecó-SC, 2019...45 Tabela 3 – Frequência do relato de envolvimento em acidente de trabalho por trabalhadores do setor de transporte de cargas no último ano. Chapecó, SC, 2019...46 Tabela 4 – Comparação do IMC, sonolência diurna, risco de SAHOS e de acidente e quase acidente de trabalho nos motoristas do setor de transporte particular do município de Chapecó-SC...46 Tabela 5 – Análise multivariada pelo método de regressão logística para os fatores associados a quase acidentes de trabalho em motoristas do setor de transporte particular do município de Chapecó-SC... 46

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LISTA DE SIGLAS

ASO- Atestado de saúde ocupacional

CBO- Classificação Brasileiro de Ocupações DCV – Doenças cardiovasculares

DCNT – Doenças Crônicas Não-Transmissíveis DIP- Doenças infecto parasitárias

DM2 – Diabetes Mellitus tipo 2 HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica IMC- Índice de massa corporal

OMS – Organização Mundial da Saúde

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RESUMO

OBJETIVO: Analisar a relação do índice de massa corporal e sintomas de apneia do sono com o risco de acidente de trabalho em uma população de trabalhadores do setor de transporte com a função de motorista. MÉTODOS: Estudo observacional de tipo transversal, com base em informações de motoristas do setor de transporte do município de Chapecó-SC. A coleta foi feita por meio de entrevista com aplicação de um questionário composto por três partes: perfil sociodemográfico, verificação de sintomas de apneia do sono e percepção do risco de acidentes e quase acidentes de trabalho. RESULTADOS: A maioria dos pesquisados (n=376) era do sexo masculino, idade média 39,32 anos, com ensino médio completo e etnia branca. Quanto ao peso, 81,4% estavam acima do peso (35,3% com sobrepeso e 46,1% obesos). Em relação à circunferência cervical, 77,7% tinham medidas alteradas, e quanto à circunferência abdominal, 36,2% estavam fora da normalidade. No que concerne à classificação da sonolência diurna, segundo o escore da Escala de Epworth, verificou-se que 68,6% da amostra tinha sonolência diurna excessiva, 10,9% sonolência acima da média, e 20,5% sonolência normal. Segundo a escala de STOP-BANG, a maioria dos obesos (84,8%), apresentaram alto risco para a ocorrência da apneia do sono, os com sobrepeso apresentaram risco de 13,2%, enquanto os eutróficos, de apenas 2 %. Os resultados do Questionário de Berlim indicaram que os obesos apresentaram alto risco para apneia do sono (94,4%), sobrepeso (4,9%) e eutróficos (7%). Quanto ao risco de ocorrência de acidentes e quase acidentes de trabalho, o grupo que referiu mais eventos foi o de obesos (66,7% e 68,4%, respectivamente). CONCLUSÃO: A pesquisa realizada indicou a existência de relação entre obesidade, sindrome da apnéia do sono e maior risco de acidentes do trabalho entre motoristas profissonais.

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ABSTRACT

OBJECTIVE: To analyze a relationship of body mass index and sleep apnea symptoms with risk of occupational accident in a population of professional drivers. METHODS: This is an observational cross-sectional study based on information provided by drivers from the transportation sector in Chapecó-SC. The collection was made through interviews with the application of a questionnaire consisting of three parts: sociodemographic profile, verification of sleep apnea symptoms and perception risk of accidents and almost work accidents. RESULTS: Most respondents (n = 376) were male, with a mean age of 39.32 years, complete high school and white ethnicity. As for weight, 81.4% were overweight (of these 46.1% are obese). Regarding to cervical circumference, 77.7% had altered measurements and as for abdominal circumference, 36.2% were out of normal. About daytime sleepiness classification, according to Epworth Scale score, it was found that 68.6% of the sample had excessive daytime sleepiness, 10.9% above average sleepiness and 20.5% normal sleepiness. According to the STOP-BANG scale, most obese (84.8%) had a high risk of sleep apnea, the overweight had a 13.2% risk, while the eutrophic only 2%. The results of the Berlin Questionnaire indicate that the obese are high risk to sleep apnea (94.4%), overweight (4.9%) and eutrophic (7%). Regarding the risk of accidents and almost accidents at work, the group that reported more events was obese (66.7% and 68.4%, respectively). CONCLUSION: Research has indicated a relationship between obesity, sleep apnea syndrome and higher risk of occupational accidents in professional drivers.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 9 2 MÉTODOS ... 13 3 RESULTADOS ... 16 4 DISCUSSÃO ... 20 5 CONCLUSÃO...24 REFERÊNCIAS ... 25 APÊNDICES ... 28

APÊNDICE A- Questionário da coleta de dados... 29

ANEXOS ... 36

ANEXO A- Escala de sonolência de Epworth ... 37

ANEXO B- STOP-BANG traduzido ... 38

ANEXO C- Questionário de Berlim ... 39

ANEXO D- Parecer consubstanciado do CEP ... 40

ANEXO E- Normas da revista ... 43

ANEXO F- Tabelas...45

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ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, APNEIA DO SONO E RISCO DE ACIDENTES DE TRABALHO NO SETOR DE TRANSPORTE DO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ-SC

BODY MASS INDEX, SLEEP APNEIA AND RISK OF WORK ACCIDENTS IN THE TRANSPORT SECTOR IN THE CITY OF CHAPECÓ-SC

Roberta Caroline Heberle1, Flávio Ricardo Liberali Magajewski 2

1. Farmacêutica; Especialista em Análises Clínicas pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL, Tubarão,SC; Acadêmica do Curso de Medicina da UNISUL, Tubarão, SC, Brasil. 2. Médico Pediatra e do Trabalho. Mestre em Administração. Doutor em Engenharia de Produção - Ergonomia – pela UFSC, Brasil. Professor do Curso de Medicina da UNISUL, Tubarão, SC, Brasil.

Instituição:

Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Av. José Acácio Moreira, 787. Bairro Dehon – CEP: 88704-900 – Tubarão/SC. Telefone (48) 3279 1000.

Endereço para correspondência: Flavio Ricardo Liberali Magajewski

Endereço: Rua Almirante Lamego, 930, Apto 601, Florianópolis-SC E-mail: magajewski@hotmail.com

Fone: (48) 99638-6633

Artigo original

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1 INTRODUÇÃO

O índice de massa corporal (IMC), expresso pela relação entre a massa corporal e a estatura elevada ao quadrado e cuja unidade de medida é o kg/m2, é amplamente utilizado como

indicador do estado nutricional. Este pode ser classificado como baixo peso (IMC < 18,5 kg/m2), normal (IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2), sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9 kg/m2) e

obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2)(1) .

A obesidade é considerada uma doença integrante do grupo de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT), caracterizadas por história natural prolongada, múltiplos fatores de risco e evolução para diferentes graus de incapacidade ou morte(2).

A Organização Mundial de Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, e a projeção é de que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso, e mais de 700 milhões sejam considerados obesos(3).

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o excesso de peso cresceu 30% de 2006 a 2018, passando de 42,6 para 55,7%, enquanto os níveis de obesidade aumentaram 67%, passando de 11,8 para 19,8% nesse período. De acordo com este levantamento, uma em cada cinco pessoas no país está acima do peso recomendado(4).

Estudos têm demonstrado que a obesidade é causa de redução da qualidade e expectativa de vida, incapacidade funcional e aumento da mortalidade. A preocupação das empresas com esta doença está diretamente relacionada à sua forte associação com o aumento nos custos de assistência médica (despesas até 44% maiores) e do absentismo (obesos possuem um aumento de 74% nas faltas quando comparados aos trabalhadores de peso normal) (5).

Este fato é explicado pela associação entre o excesso de peso e condições crônicas como o câncer, diabetes, hipertensão arterial e doença cardiovascular. Entretanto a obesidade, isoladamente, pode ser considerada um fator associado à perda de produtividade no trabalho(6).

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Outras comorbidades relacionadas ao excesso de peso são os distúrbios do sono, o IMC acima de 30 tem sido associado a esses distúrbios, visto que o excesso de peso pode provocar acúmulo de gordura na região cervical, ocasionando um estreitamento das vias aéreas e aumento do risco de ocorrência de roncos e apneia(7).

O principal deles é a síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), que compreende episódios de obstrução total (apneia) ou parcial (hipopneia) da via aérea durante o sono, levando à queda da saturação de oxigênio sanguíneo e a despertares frequentes. Ela é definida pela presença de pelo menos cinco episódios de apneia e/ou hipopneia por hora de sono(8).

A prevalência da doença na população em geral é de, aproximadamente, 4% nos homens, e de 2% nas mulheres. Porém, tais dados são subestimados, pois cerca de 95% dos pacientes com distúrbio do sono não são diagnosticados(9).

A obesidade é o maior fator de risco para o desenvolvimento de SAHOS, e está presente em 60-90% dos obesos(10). Nesse sentido, um aumento de peso de 10% está associado a um

acréscimo de seis vezes no risco de desenvolver a SAHOS. Além disso, estudos epidemiológicos prospectivos demonstraram que doenças do sono predispõem à obesidade(11).

Quanto aos sintomas desta patologia, estes podem ser classificados em noturnos e diurnos. Os sintomas noturnos incluem roncos, apneia respiratória, sono agitado com despertares, noctúria e sudorese. Em contrapartida, os sintomas diurnos são principalmente sonolência excessiva, cefaléia matinal, redução da libido e sintomas depressivos e ansiosos(12).

Para avaliação subjetiva da sonolência diurna, pode-se empregar escalas como a

Epworth Sleepiness Scale (ANEXO A)(13), e para o diagnóstico qualitativo de SAHOS, existem

vários questionários validados disponíveis na literatura médica, entre os quais o STOP-BANG e o Questionário de Berlim (ANEXOS B e C). Contudo, a confirmação desta patologia é feita pela polissonografia, que é indispensável para o diagnóstico quantitativo e definitivo (12).

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Os quadros de sonolência associados à SAHOS, por si só, aumentam o risco de acidente automobilístico de 4 a 7 vezes nos seus portadores. Por conta disso, as pessoas que trabalham em profissões de risco, como motoristas profissionais, pilotos, trabalhadores em altura e operadores de máquinas, são de altíssima prioridade para avaliação e tratamento (14).

Em uma pesquisa realizada com 90 caminhoneiros que avaliou distúrbios respiratórios, sonolência diurna e obesidade com o envolvimento em acidentes, constatou-se que aqueles com as três características, se envolviam duas vezes mais em acidentes do que os sem as alterações estudadas. Agravando ainda mais essa situação, sabe-se que a prevalência de pessoas com SAHOS é maior na população de motoristas profissionais que na população em geral (14,15).

Os acidentes de trabalho são definidos como todos os eventos que decorrem do exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.Pode-se ainda identificar os quase acidentes (ou incidentes), como eventos imprevistos que não resultaram em lesão, doença ou dano para pessoas, equipamentos ou ambiente, mas tinham o potencial para fazê-lo(16).

Segundo os resultados do Anuário do Ministério Público do Trabalho brasileiro em 2017 houve um total de 675 mil acidentes de trabalho, dentre os quais 2.351 foram ocorrências fatais. Esse dado faz com que o Brasil ocupe atualmente o 4º lugar no mundo em ocorrência de acidentes de trabalho, atrás somente de China, Índia e Indonésia(17,18).

Dessa maneira, as pesquisas sobre condições específicas da saúde dos trabalhadores e suas relações com o aumento do risco para acidentes – caso da obesidade e da SAHOS - podem contribuir para a identificação de populações de risco que deverão ser atendidas em suas necessidades, e para a criação de medidas preventivas tanto para obesidade quanto para SAHOS, buscando não só a diminuição do número de acidentes de trabalho, mas também a melhora da qualidade de vida dos trabalhadores, o que diminuiria consideravelmente os gastos públicos, o impacto para as empresas e o custo social de eventos evitáveis.

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Tendo em vista o exposto, o objetivo geral do estudo foi analisar a relação do índice de massa corporal e sintomas de apneia obstrutiva do sono com o risco de acidente de trabalho em uma população de trabalhadores do setor de transporte com a função de motorista e a pergunta que orientou a elaboração do projeto de pesquisa foi: “Qual a relação entre o índice de massa corporal e os sintomas da apneia obstrutiva do sono com o risco de acidentes de trabalho em trabalhadores do setor de transporte?”

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2 MÉTODOS

Esta pesquisa se caracterizou como um estudo observacional de tipo transversal. A população foi composta por 400 trabalhadores do setor de transporte particular (CNAE 49-30-2-02) do município de Chapecó-SC, com a ocupação de motoristas (código da Classificação Brasileiro de Ocupação - CBO 7825 – Motoristas de Veículos de Cargas em geral, e CBO 7823- Motoristas de veículos de pequeno e médio porte), sendo 21 excluídos por estarem trabalhando há menos de um ano na profissão de motorista, dois por estarem afastados de suas atividades laborativas no momento da pesquisa e um por não aceitar participar da pesquisa. A amostra final foi de 376 motoristas.

Foram incluídos no presente estudo os indivíduos, de ambos os sexos, com 18 anos ou mais, que exerciam a função de motorista (desde que classificados nos CBO´s de interesse), vinculados a empresas que tinham contrato com a empresa de medicina do trabalho co-participante. Foram excluídos os trabalhadores que exerciam a função há menos de doze meses, os que por algum motivo estavam temporariamente afastados de suas funções laborativas no momento da aplicação do questionário programado e os que não aceitaram participar da pesquisa.

A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista, com aplicação de questionário (APÊNDICE A) composto por três partes: A primeira parte buscou caracterizar o perfil sociodemográfico dos pesquisados. A segunda, incluiu a aplicação de três instrumentos validados no Brasil para verificação de sintomas de SAHOS (CID-10 G 47.3) e distúrbios diurnos do sono: o Epworth Sleepiness Scale (ANEXO A), o STOP-BANG (ANEXO B) e o Questionário de Berlim (ANEXO C). A terceira pesquisou a percepção do risco de acidentes e quase acidentes de trabalho e a sua ocorrência entre os entrevistados.

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Os sintomas de sonolência diurna foram avaliados por meio da escala validada de

Epworth Sleepiness Scale (ANEXO A), que é composta por oito situações do cotidiano nas

quais o pesquisado deve dar uma nota de 0 a 3 para sua chance de cochilar ao realizar tais situações, sendo que: 0 se refere a nenhuma chance de cochilar; 1 denota uma chance pequena; a nota 2 consiste a uma chance moderada e a nota 3 corresponde em uma alta probabilidade de cochilar. A pontuação pode variar de 0 a 24, sendo que de 0-6 é considerada tendência ao sono normal, 7-8 uma tendência média à sonolência e 9-24 pontos sugere ocorrência de tendência de sonolência diurna excessiva (12).

A parte referente ao diagnóstico qualitativo de SAHOS foi avaliada por dois questionários padronizados, o STOP-BANG (ANEXO B) e o Questionário de Berlim (ANEXO C). No primeiro, a presença de duas ou menos respostas positivas indicaram baixo risco para SAHOS, enquanto três ou mais respostas afirmativas indicaram alto risco (12).

Já o segundo - Questionário de Berlim (ANEXO C) - é um instrumento composto de nove perguntas. Para a classificação, as categorias devem ser pontuadas separadamente, somando um ponto a cada resposta positiva. As categorias 1 e 2 são consideradas positivas quando obtiverem pontuação total maior que 2. A categoria 3 é positiva se o paciente possuir hipertensão arterial ou obesidade (IMC ≥ 30 kg/ m2). São considerados como alto risco para

SAHOS aqueles que tiverem duas ou mais categorias positivas (12).

Após o preenchimento dos questionários, foram aferidas as medidas antropométricas dos participantes para o cálculo do IMC como critério para a classificação da obesidade.

Foram considerados alto risco valores de circunferência abdominal maior que 102 cm nos homens, e de 88 cm nas mulheres, e circunferência cervical com valores maiores que 34 cm nas mulheres e de 37 cm nos homens.

O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul (CEP UNISUL) sob número CAAE 96347118.7.0000.5369 e aprovado pelo parecer 2.889.242. no dia 12/09/2018.

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Os dados foram transcritos para o programa Epi-Info versão 3.5.4 e seu processamento e análise estatística foram realizados pelo programa IBM-SPSS versão 20.0. As variáveis quantitativas foram descritas por medidas de tendência central e dispersão de dados, e as qualitativas por meio da frequência absoluta e percentual. O teste Qui-quadrado e a prova exata de Fisher testaram as diferenças das proporções. As diferenças entre as médias foram avaliadas pelo teste t-Student, ANOVA ou Kruskall Wallis. Entre as variáveis dependentes e independentes foram ainda calculadas as razões de prevalência e realizados testes de regressão simples e múltipla – Coeficiente de determinação (R2) e teste de correlação de Pearson e/ou

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3 RESULTADOS

A pesquisa foi conduzida com a entrevista de 376 motoristas vinculados a empresas de transporte de cargas com contrato, para serviços de medicina do trabalho, com a instituição co-participante da pesquisa, os quais apresentaram uma média de idade de 39,32 anos, sendo a idade mínima de 19 e máxima de 68 anos. A maioria da amostra era do sexo masculino (98,9%), possuía o ensino médio (69,1%) e era de etnia branca (70,5%), conforme mostra a Tabela 1 (ANEXO F).

Quando caracterizado o trabalho dos motoristas do município de Chapecó, o tempo de serviço como motorista profissional variou de 1 a 46 anos com uma média de 15,8 anos. Em relação ao tempo de serviço na empresa atual, variou de 1 a 40 anos, com média de 7,39 anos. O veículo utilizado foi predominantemente o de dois eixos (33,5%), sendo a tonelagem mais prevalente a de até 9 toneladas (13,6%). Quanto à área de atuação, a circulação no território brasileiro predominou com 60,4%.

Em relação às medidas antropométricas, o peso variou de 60 Kg a 125 kg, com uma média de 85,94 kg. A altura variou de 1,57m a 1,93m (média 1,72m), o IMC ficou entre 21,01 e 41,29 (média 29,06), a circunferência cervical variou de 30cm a 49cm (média 39,58cm), e a circunferência abdominal variou de 70cm a 122 cm (média de 95,91 cm). Quanto à classificação do IMC, 18,6% foram considerados eutróficos, 35,3% com sobrepeso e 46,1% obesos. Já para circunferência cervical, 77,7% foram consideradas como alto risco (acima de 37 cm nos homens e 34 cm nas mulheres), e 36,2% dos pesquisados tiveram circunferência abdominal alterada (acima de 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres).

Em relação à classificação da sonolência diurna nos entrevistados, segundo o escore da Escala de Epworth, verificou-se que 68,6% da amostra foi classificada como portadora de sonolência diurna excessiva, 10,9% como sonolência média e 20,5% como sonolência normal.

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Somando-se os domínios de moderada e grande chance de cochilar, os que obtiveram maior pontuação foram: sentado lendo (47,6%), assistindo TV (48,4%), deitado a tarde (75%) e sentado após o almoço (59%).

Quando a pontuação na escala de Epworth foi correlacionada com o índice de massa corporal, a maioria dos obesos (76,6%) apresentaram sonolência diurna excessiva; os classificados como sobrepeso apresentaram 65,6% de sonolência excessiva, enquanto 52,2% dos eutróficos foram classificados nesta condição.

A correlação dos dados de sonolência diurna com os índices de circunferência cervical e abdominal indicou que aqueles que foram classificados como sonolência normal tiveram uma circunferência abdominal média de 91,10, sonolência moderada de 95,66 e os com sonolência diurna excessiva de 97,39 (p= 0,0001). Essa mesma relação ocorreu com a circunferência cervical: indivíduos com sonolência diurna normal tiveram circunferência cervical média de 38,38, sonolência moderada de 38,82 e sonolência excessiva de 40,06 (p= <0,001). Quando comparadas as circunferências com as escalas de STOP-BANG e Berlim, essa mesma relação foi encontrada: os motoristas que apresentaram baixo risco nas escalas tiveram circunferência abdominal (91,14 e 91,03) e cervical (37,72 e 37,78) respectivamente. Os enquadrados como de alto risco para sonolência apresentaram circunferência abdominal (102,95 e 103,88) e cervical (42,32 e 42,52) respectivamente.

Quanto aos sintomas de SAHOS, segundo a escala de STOP-BANG, 59,6% dos entrevistados foram classificados como baixo risco e 40,4 % como alto risco. Em contrapartida, quando avaliados pelos critérios do Questionário de Berlim, 62% dos motoristas foram classificados como de baixo risco para SAHOS, e 38% como alto risco. A Tabela 2 mostra a frequência absoluta e relativa obtida em cada item avaliado por estes instrumentos (ANEXO F).

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A correlação entre o índice de massa corporal dos motoristas de transporte de cargas entrevistados e os critérios de risco da escala de STOP-BANG indicou que a maioria dos obesos (84,8%) apresentaram alto risco para SAHOS. Os motoristas com sobrepeso foram associados em 13,2% aos critérios de alto risco para SAHOS, enquanto apenas 2% dos que possuem peso normal foram classificados como de alto risco. Da mesma forma, a correlação entre o índice de massa corpórea e a classificação do risco segundo os critérios de Berlim indicou que os obesos apresentaram alto risco para a SAHOS de 94,4%, enquanto os classificados como sobrepeso e eutróficos apresentaram risco de 4,9% e 7%, respectivamente.

Quando avaliado o risco de acidente e quase acidente de trabalho, constatou-se que 7,18% dos motoristas entrevistados referiram envolvimento em acidentes de trabalho no último ano. Destes, 96,3% informaram envolvimento em um acidente e 3,7% em dois acidentes neste período. Os motoristas que sofreram acidente de trabalho nos últimos doze meses apresentaram idade média de 44,30 anos (DP 11,67), maior do que a média (38,94 anos) daqueles que não sofreram acidente (DP 10,71 e p=0,0013). Já a escolaridade não apresentou associação significativa com a ocorrência de acidente de trabalho (média 19,56; DP 12,82; p=0,843). Quanto ao tempo de serviço, os motoristas que sofreram acidente de trabalho nos últimos 12 meses tinham um tempo de serviço maior quando comparados aos que não sofreram (média 15,51; DP 10,01; p=0,049).

Em relação ao relato de quase acidente, 191 (50,8%) dos entrevistados relataram a experiência de um quase acidente de trabalho no último ano, e o número variou de 1 a 20, com mediana de 2 (29,8%). Os motoristas que relataram a experiência de quase acidente apresentaram tempo de serviço (média 17,80; DP 10,381) maior em comparação com os que não informaram este tipo de ocorrência (média 13,74; DP 9,27 e p=<0,0001), como pode ser observado na Tabela 3 (ANEXO F).

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Para aqueles que responderam sim quanto ao envolvimento em acidente de trabalho, procurou-se caracterizar melhor a ocorrência. Quanto ao horário do acidente, predominou o período matutino (40,74%), em solo brasileiro (92,59%), e associação com algum tipo de ferimento no acidente (11,4%). Dos acidentados, 8% informaram ferimentos na cabeça. Quanto ao tipo de acidente, predominou a colisão (70,4%), com prevalência de danos materiais (48,1%) relacionados ao acidente. Cerca de 29,6% dos trabalhadores ficaram incapacitados para o trabalho, e o período mais prevalente de afastamento foi de três meses (33,3%). Quando questionados sobre as situações que favoreceram a ocorrência do acidente, o cansaço (37%) e a desatenção (40,7%) foram os mais citados.

A frequência de acidentes e quase acidentes de trabalho foram maiores no grupo de sonolência diurna excessiva (85,2% e 77,0% respectivamente). A correlação do risco de acidente e quase acidente de trabalho com a escala de STOP-BANG foi de 70,4% e 63,4% respectivamente, e com a escala de Berlim, de 59,3% e 62,3% respectivamente.

No que diz respeito à correlação do IMC com os acidentes de trabalho, o grupo que sofreu mais acidentes foi o de obesos (66,7%), em comparação com sobrepeso (33,3%). Os eutróficos não sofreram acidente de trabalho. Já nos quase acidentes, 68,4% dos envolvidos eram obesos, 26,3% sobrepeso e 5,3% eutróficos. A tabela 4 resume a relação entre IMC, sonolência diurna, SAHOS e acidente de trabalho (ANEXO F).

A análise dos resultados obtidos por regressão multivariada indicou que os fatores que se associaram de forma independente com a ocorrência de quase acidente de trabalho foram o

STOP-BANG de alto risco ( risco 3,06 vezes maior de um quase acidente) e a classe de IMC de sobrepeso ( risco 4,36 maior de um quase acidente). (Tabela 5 – ANEXO F).

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4 DISCUSSÃO

Na população de motoristas de transporte de cargas estudados nesta pesquisa, houve predominância do sexo masculino, idade média 39,32, ensino médio e etnia branca.

O predomínio do sexo masculino exercendo a profissão de motorista foi observado em diversos estudos brasileiros. Na pesquisa de Ribeiro e Nunes (2016), a maioria dos motoristas era do sexo masculino (99,7%) e o intervalo de idade mais prevalente foi o de 24 a 34 anos(19).

Quanto à relação do peso com a área corporal (IMC) dos participantes, observou-se sobrepeso em 35,3%, obesidade em 46,1% e apenas 18,6% com índices de massa corporal considerados normais. No entanto, se forem somados os motoristas que estão acima do peso (sobrepeso mais obesidade), 81,4% da população estudada estava fora do padrão considerado normal. Esses resultados foram corroborados por outro estudo, realizado no Rio de Janeiro, que identificou, em amostras de motoristas de caminhão, que mais da metade estava acima do peso ideal(20). Tal fato se repetiu na análise da circunferência abdominal e cervical, que também

foram mais elevadas neste estudo quando comparadas a população geral da região Sul do Brasil(21).

Tais achados podem ser explicados pelo fato de que motoristas possuem horários incertos para refeições, a alimentação frequentemente é inadequada, e dispõem de menos tempo hábil para a prática de exercícios(22).

Com relação a sonolência diurna, a maior parte da amostra (68,6%) foi classificada como tendo sonolência diurna excessiva, valor aproximadamente duas vezes maior que o encontrado em estudo de Souza, et al (2008) realizado em Lisboa e São Paulo, de 32,00%,e cerca de cinco vezes maior que o valor encontrado na população em geral que é de 4 a 18,9%

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e confirmados pela pesquisa de domínios (deitar à tarde e sentar após o almoço) que obtiveram pontuação máxima para um grande número dos pesquisados, justificando assim o valor alto de sonolência obtido pelo estudo.

Quando a pontuação obtida na escala de Epworth foi correlacionada com o índice de massa corporal, mais de dois terços dos obesos (76,6%) tiveram sonolência diurna excessiva, como demonstrado na pesquisa de Silva et al (2015), que evidenciou que indivíduos que apresentavam sonolência diurna excessiva tinham maior IMC(25).

Confrontando os dados da escala de Epworth, STOP-BANG e Berlim com as circunferências abdominal e cervical dos motoristas pesquisados, houve uma relação diretamente proporcional entre aumento das circunferências, a sonolência diurna e alto risco de desenvolvimento da apneia do sono. Este achado corrobora os resultados dos estudos de Pinto et al (2011), que evidenciou que a circunferência cervical é o melhor preditor clínico da SAHOS, e de Deegan & McNicholas (1996), que demonstrou ser a circunferência abdominal a medida que mais se correlacionou com o distúrbio do sono(26,27).

Quando foi solicitado aos motoristas informações sobre a percepção de cansaço, verificou-se que 21,8% dos mesmos referiram dirigir cansados, e mais de um terço (37%) relatou já ter sofrido acidente por este motivo. Este mesmo padrão foi verificado em um estudo realizado por Adams-Guppy et al (2003) sobre a fadiga em motoristas, onde mais de um quarto (27%) referiram dirigir cansados(28).

Ao avaliar os sintomas de SAHOS, o percentual de alto risco encontrado foi de 40,4% na escala de STOP-BANG e de 38% nos critérios de Berlim, sendo esses valores superiores quando comparados a outros estudos realizados sobre o assunto, que observaram risco de 11,5% a 26% dessa população apresentar a doença(24, 29).

Nesse sentido, uma investigação realizada por Akerstedt (2001) concluiu que a obesidade, os distúrbios respiratórios do sono, a redução do tempo normal de sono e o trabalho

(22)

em turnos também são fatores de risco para acidentes automotivos (sendo que a função de motorista pode estar envolvida com diversos desses fatores) reforçando o achado deste trabalho, já que evidenciou uma maior sintomatologia neste grupo(30).

Ademais, pelas características da profissão (esse grupo de profissionais se destaca pela vulnerabilidade às diversas situações de risco para a saúde, apresentam condições laborais pouco saudáveis, suas jornadas de trabalho são longas, o sedentarismo é considerável, além de vivenciarem situações de estresse constantemente), evidenciando assim um maior risco para desenvolvimento de sintomas respiratórios(30).

Quando o índice de massa corporal foi correlacionado com os resultados da escala de

STOP-BANG, houve prevalência do alto risco nos obesos (84,8%) que foi ainda maior (94,4%)

quando correlacionado aos resultados da aplicação do Questionário de Berlim.

Enfim, este estudo corrobora a vasta literatura que demonstra a associação entre o excesso de peso e SAHOS (31,32,33). Este fato pode ser explicado pelo papel da obesidade como

fator de risco independente para hipóxia noturna (34).

Além disso, também evidenciou uma forte ligação entre a obesidade e a ocorrência de acidentes de trabalho, indicando que esta doença, por si só, é um fator de risco para acidentes. No relatório sobre acidentes de mergulho do Dive Alert Network de 2005, resultado semelhante foi encontrado: das 61 fatalidades investigadas, somente 36% ocorreram em indivíduos com índice de massa corporal normal. Dos óbitos restantes, 33% ocorreram em mergulhadores com sobrepeso, e 41% entre os obesos (6).

Por fim, quando relacionado o IMC, sonolência diurna e sintomas de SAHOS com a ocorrência de acidentes de trabalho, foi possível observar um aumento gradual e diretamente proporcional do IMC, da sintomatologia de SAHOS e do risco de acidente de trabalho. Essa mesma associação foi encontrada em outra pesquisa desenvolvida por Viegas e Oliveira (2006) onde 68% dos motoristas pesquisados estavam acima do peso ideal, sendo que 42% destes

(23)

tinham se envolvido em acidentes de trânsito e em 7,6% dos casos o acidente foi devido à sonolência excessiva (35).

Tendo em vista os resultados obtidos, torna-se relevante e urgente o desenvolvimento de programas de intervenção dirigidos aos trabalhadores, não somente os motoristas, que atuem na promoção de conhecimentos sobre os riscos envolvidos com o excesso de peso, bem como de informações nutricionais e quanto a importância do exercício físico na tentativa de mudar este cenário tão preocupante quanto prevalente.

Por outro lado, registramos aqui a limitação constatada na comparação dos resultados obtidos em decorrência das poucas pesquisas publicadas que correlacionaram as três variáveis utilizadas neste estudo (IMC, SAHOS e acidente de trabalho). Desse modo, visto não existir um número expressivo de pesquisas relacionadas ao tema, esperamos que este estudo possa ser um ponto de partida para outras pesquisas mais aprofundadas, podendo abranger diferentes realidades regionais/ nacionais para enriquecer ainda mais o conhecimento científico a respeito das relações entre estilos e opções de vida, situação de saúde e ocorrência de acidentes de trabalho.

(24)

5 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos indicaram relação entre obesidade, sindrome da apnéia obstrutiva do sono e maior risco de acidentes do trabalho. O perfil dos motoristas do setor de transporte do município de Chapecó-SC entrevistados foi de predomínio quase absoluto de profissionais do sexo masculino, com idade média de 39,32 anos, ensino médio completo e etnia branca, em sua maioria com sobrepeso ou obesidade (IMC entre 21,01 e 41,29, com média de 29,06).

Quando aplicada a Escala de Epworth, evidenciou-se que a maioria apresentou padrão de sonolência diurna excessiva. Em relação à presença de sintomas de SAHOS, as duas escalas utilizadas (STOP-BANG e Questionário de Berlim), indicaram elevados índices de alto risco para a doença na população estudada.

Ao observar o risco de acidente e quase acidente de trabalho, constatou-se que o número de acidentes de trabalho foi baixo, mas semelhante ao da literatura. Contudo, em relação aos quase acidentes, mais da metade da amostra relatou ter passado por esta experiência, um índice muito significativo e relacionado com o aumento de peso, a sonolência diurna excessiva e a SAHOS.

Enfim, observou-se aumento progressivo e proporcional das variáveis IMC, sonolência diurna e sintomas de SAHOS quando relacionadas com a ocorrência de acidentes de trabalho. Os resultados obtidos indicaram a existência de fatores de risco preocupantes associados ao exercício da profissão de motorista profissional, o que reforça a necessidade de intervenções de promoção da saúde que estimulem a mudança de hábitos e a opção por estilos de vida mais saudáveis, que possam induzir padrões de sono normais e a redução do risco de acidentes de trabalho, em geral com repercussões graves para a sua saúde e alto custo social.

(25)

REFERÊNCIAS

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9. Melo ME. Doenças Desencadeadas ou Agravadas pela Obesidade Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 2018 [acesso em 2018 14 Abr ];

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(26)

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15. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Resumos Clínicos -Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono. 2018 [acesso em 2018 Abr 28]; Disponível em:

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16. Mattos UAO, Másculo FS. Higiene e Segurança do trabalho. 2 ed., ver. e amp. Rio de Janiero: Elsevier, 2019.

17. Anuário Estatístico da Previdência Social. 2016 [cited 2018 Apr 28]; Available from: http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2018/01/AEPS-2016.pdf

18. Ministério Público do Trabalho. Observatório digital de Saúde e Segurança do Trabalho. 2019 [ acesso em 2019 Jun 02]; Disponível em: https://observatoriosst.mpt.mp.br

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31 Tufik S, Santos-Silva R, Taddei JA, Bittencourt LR. Obstructive sleep apnea syndrome in the Sao Paulo Epidemiologic Sleep Study. Sleep Med 2010;11:441-6.

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35. Viegas CAA, Oliveira HW. Prevalência de fatores de risco para a síndrome da apnéia obstrutiva do sono em motoristas de ônibus interestadual. J Bras Pneumol. 2006.

(28)
(29)

APÊNDICE A – Questionário para coleta de dados

CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO 1 – Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 2 - Idade: _________ 3 - Etnia: ( ) Branco ( ) Negro ( ) Pardo ( ) Amarelo ( ) Indígena 4 – Escolaridade: ( ) Sem escolaridade ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior CARACTERIZAÇÃO DO TRABALHO 5- Tempo de serviço como motorista profissional: ________________

(30)

6- Tempo de serviço na empresa: _____________________

7- Tipo de veículo que dirige quanto ao número de eixos? ( ) 2 eixos

( ) 3 eixos ( ) 4 eixos ( ) 5 eixos ( ) 6 eixos

7- Tipo de veículo que dirige quanto a tonelagem? ________________________

8-Qual a área de atuação profissional ? ( ) Apenas SC

( ) Apenas no Brasil ( ) Internacional

CARACTERIZAÇÃO DOS SINTOMAS DE SAHOS

9 – Dentre as alternativas abaixo classifique qual a chance de você cochilar ou adormecer em cada uma dessas ocasiões, sendo:

0- Nenhuma chance de cochilar 1- Pequena chance de cochilar 2- Moderada chance de cochilar 3- Grande chance de cochilar

(31)

( ) Sentado e lendo ( ) Assistindo TV

( ) Sentado em um lugar público sem atividade ( ) Como passageiro de metrô, ônibus, etc. ( ) Deitado à tarde

( ) Sentado e conversando com alguém ( ) Sentado após o almoço

( ) No trânsito parado por alguns minutos

10– Você ronca alto? ( ) Sim ( ) Não

11– Você sente-se frequentemente cansado ao longo do dia? ( ) Sim

( ) Não

12– Alguém já lhe disse que você parou de respirar durante o sono? ( ) Sim

( ) Não

13- Você trata ou já realizou tratamento para Hipertensão arterial? ( ) Sim

(32)

14- Você ronca? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei

15- Se ronca, o seu ronco é:

( ) Ligeiramente mais alto que sua respiração ( ) Tão mais alto que sua respiração

( ) Mais alto do que quando fala

( ) Muito alto que pode ser ouvido nos quartos próximos

16- Com que frequência você ronca? ( ) Praticamente todos os dias ( ) 3-4 vezes por semana ( ) 1-2 vezes por semana

( ) Nunca ou praticamente nunca

17- O seu ronco incomoda alguém? ( ) Sim

( ) Não

18- Alguém notou que você para de respirar enquanto dorme? ( ) Praticamente todos os dias

(33)

( ) 3-4 vezes por semana ( ) 1-2 vezes por semana

( ) Nunca ou praticamente nunca

19- Quantas vezes você se sente cansado ou com fadiga depois de acordar? ( ) Praticamente todos os dias

( ) 3-4 vezes por semana ( ) 1-2 vezes por semana

( ) Nunca ou praticamente nunca

20- Quando você está acordado você se sente cansado, fadigado ou não se sente bem? ( ) Praticamente todos os dias

( ) 3-4 vezes por semana ( ) 1-2 vezes por semana

( ) Nunca ou praticamente nunca

21- Alguma vez você cochilou ou caiu no sono enquanto dirigia? ( ) Sim

( ) Não

22- Você tem pressão alta? ( ) Sim

( ) Não ( ) Não sei

(34)

CARACTERIZAÇÃO DE ACIDENTE E QUASE ACIDENTE DE TRABALHO 23- Esteve envolvido em algum acidente de trabalho como condutor no último ano?

( ) Sim ( ) Não

Se sim responda as perguntas de 24- 32

24- Quantas vezes? ______________

25- Que dia, horário e local? _________________________________________

26- Sofreu algum tipo de ferimento? ( ) Sim

( ) Não

27-Se sim, em qual parte do corpo? _______________________________

28- Qual foi o tipo de acidente? ( ) Colisão

( ) Capotamento ( ) Atropelamento

( ) Outros : ____________________

(35)

( ) Apenas danos materiais ( ) Danos materiais e físicos ( ) Danos à terceiros

( ) Óbitos

30- Ficou incapacitado para o trabalho por algum período? ( ) Sim

( ) Não

31-Se sim, por quanto tempo? ________________________

32- Qual ou quais das situações abaixo favoreceu a ocorrência do acidente? ( ) Cansaço ( ) Stress ( ) Pressa ( ) Desatenção ( ) Sobrecarga de trabalho ( ) Outros : ________________________

33- Teve alguma experiência de quase acidente nesse período? ( ) Sim

( ) Não

(36)
(37)

ANEXO A

Escala de Sonolência de Epworth

(38)

ANEXO B

(39)

ANEXO C Questionário de Berlim

(40)

ANEXO D

(41)
(42)
(43)

ANEXO E

Diretrizes para Autores da Revista Ciência e Saúde Coletiva

Artigos de Tópicos Livres: devem ser de interesse para a saúde coletiva mediante apresentação gratuita dos autores no site da revista. Devem ter as mesmas características dos artigos temáticos: no máximo 40.000 caracteres com espaço, resultado de pesquisas e apresentar análises e avaliações de tendências teóricas, metodológicas e conceituais na área.

Artigos em jornais

1. Os originais podem ser escritos em português, espanhol, francês ou inglês. Os textos em português e espanhol devem ter título, resumo e palavras-chave no idioma original e em inglês. Os textos em francês e inglês devem ter título, resumo e palavras-chave no idioma original e em português. Notas de rodapé ou final de artigos não são aceitos.

2. Os textos devem ser digitados em espaço duplo, fonte Times New Roman, tamanho 12, margens de 2,5 cm, formato Word (na extensão.doc) e roteados apenas pelo endereço eletrônico (http: //mc04.manuscriptcentral .com / csc-scielo) de acordo com as orientações do site. 5. Questões éticas sobre publicações de pesquisa com seres humanos são de responsabilidade exclusiva dos autores e devem estar em conformidade com os princípios contidos na Declaração de Helsinque da Associação Médica World (1964, reformulado em 1975, 1983, 1989, 1989, 1996 e 2000).

8. Os textos são em geral (mas não necessariamente) divididos em seções com os títulos Introdução, Métodos, Resultados e Discussão, algumas vezes exigindo a inclusão de legendas em algumas seções. Os títulos e legendas das seções não devem ser organizados com numeração progressiva, mas com recursos gráficos (capital, margem inferior etc.).

9. O título deve ter 120 caracteres com espaço e o resumo / resumo, com um máximo de 1.400 caracteres com espaço (a palavra resumo está incluída até a última palavra-chave), deve indicar os objetivos, a metodologia, a abordagem teórica e os resultados do estudo ou pesquisa. Logo abaixo do resumo, os autores devem indicar até no máximo cinco (5) chave / palavras-chave. Chamamos atenção para a importância da clareza e objetividade na redação do resumo, o que certamente contribuirá para o interesse do leitor no artigo e as palavras-chave que ajudarão na indexação múltipla do artigo. As palavras-chave no idioma original e em inglês devem aparecer no DeCS / MeSH. (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh/ e http://decs.bvs.br/). Autoria

1. As pessoas designadas como autores devem ter participado da preparação dos artigos, para que possam assumir responsabilidade pública pelo seu conteúdo. A classificação como autor deve envolver: a) a concepção e delineamento ou análise e interpretação dos dados, b) a redação do artigo ou a revisão crítica ec) a aprovação da versão a ser publicada. As contribuições individuais de cada autor devem ser listadas no final do texto, apenas com suas iniciais (por exemplo: LMF trabalhou na elaboração e redação final e CMG, na pesquisa e na metodologia). 2. No início do artigo, o limite dos autores deve ser no máximo oito. Outros autores estão incluídos no final do artigo.

Nomenclaturas

1.As regras de nomenclatura da saúde pública devem ser rigorosamente observadas, bem como abreviações e convenções adotadas em disciplinas especializadas. Abreviações no título e resumo devem ser evitadas.

2. A designação completa a que uma abreviação se refere deve preceder a primeira ocorrência disso no texto, a menos que seja uma unidade de medida padrão.

(44)

Ilustracões e Escalas

1. O material ilustrativo da revista C&CS inclui uma tabela (elementos demonstrativos como número, medidas, porcentagens, etc.), quadro (elementos demonstrativos com informações textuais), gráficos (demonstração esquemática de um fato e suas variações), figura (demonstração esquemática informações através de mapas, diagramas, fluxogramas, bem como através de desenhos ou fotografias). Vale lembrar que a revista é impressa em apenas uma cor, preto, e se o material ilustrativo for colorido, será convertido em tons de cinza.

2. O número de material ilustrativo deve ser no máximo cinco por artigo, exceto exceções em relação aos artigos de sistematização de áreas específicas do campo temático. Nesta situação, os autores devem negociar com os editores-chefes.

3. Todo o material ilustrativo deve ser numerado consecutivamente em algarismos arábicos, com suas respectivas legendas e fontes, e a cada um deve ser atribuído um título curto. Todas as ilustrações devem ser citadas no texto.

4. As tabelas devem ser elaboradas no programa Word ou Excel e enviadas com título e fonte. Eles devem ser configurados em linhas e colunas, sem espaços extras e sem recursos de "quebra de página". Cada dado deve ser inserido em uma célula separada. Importante: As tabelas devem apresentar informações sucintas. As tabelas podem ter no máximo 15 cm de largura x 18 cm de altura e não devem exceder duas páginas (em formato A4, com espaço simples e tamanho carta 9).

5. Gráficos e figuras podem ser feitos no programa Excel, Word ou PPT. O autor deve enviar o arquivo no programa original, separado do texto, em um formato editável (que permite a função "copiar e colar") e também em PDF ou JPEG, tons de cinza. Os gráficos gerados nos programas de imagem devem ser enviados em JPEG, CINZENTO, resolução mínima de 200 DPI e tamanho máximo de 20 cm de altura x 15 cm de largura. É importante que a imagem original seja de boa qualidade, pois não é útil aumentar a resolução se o original estiver comprometido. Gráficos e figuras também devem ser enviados com título e fonte. Figuras e gráficos devem estar no máximo em uma página (em formato A4, 15 cm de largura x 20 cm de altura, tamanho 9 letras).

6. Arquivos de figuras, como mapas ou fotos, devem ser salvos no (ou exportados para) formatos JPEG, TIF ou PDF. De qualquer forma, o material deve ser gerado e armazenado na resolução mais alta (300 ou mais DPI) e no maior tamanho possível (dentro do limite de 21 cm de altura x 15 cm de largura). Se houver texto dentro da figura, ele deverá ser formatado na fonte Times New Roman, corpo 9. A fonte e a legenda também deverão ser enviadas em um formato editável que permita a função "copiar / colar". Este tipo de figura também deve ser enviado com título e fonte.

Referências

1. As referências devem ser numeradas consecutivamente, de acordo com a ordem em que são citadas no texto. No caso de as referências serem de mais de dois autores, no corpo do texto deve ser mencionado apenas o nome do primeiro autor, seguido da expressão et al.

2. Eles devem ser identificados por números arábicos

3. As referências citadas devem ser listadas no final do artigo, em ordem numérica, seguindo as regras gerais dos Requisitos Uniformes para manuscritos submetidos a jornais biomédicos (http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html) .

4. Os nomes dos periódicos devem ser abreviados de acordo com o estilo usado no Index Medicus (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/journals).

(45)

ANEXO F Tabelas

TABELA 1. Perfil sociodemográfico dos motoristas do setor de transporte de cargas. Chapecó-SC, 2019.

Variável Freq. absoluta

(N) Freq. Proporcional/ Amplitude Sexo Masculino 372 98,9% Feminino 4 1,1%

Idade (Média/ min-máx) 39,32 anos 19-68 anos

Nível de escolaridade Sem escolaridade 2 5% Ensino fundamental 105 27,9% Ensino médio 260 69,1% Ensino Superior 9 2,4% Etnia Branco 265 70,5% Negro 16 4,3% Pardo 92 24,5% Amarelo 0 0% Indígena 3 8%

Tempo Serviço (Média; min-máx) 15,8 anos 1-46 anos

Peso (Média; min-máx) 85,94 kg 60-125 kg

Altura (Média; min-máx) 1,72 m 1,57-1,93 cm

IMC (Média; min-máx) 29,06 kg/m2 21,01-41,29 kg/m2

Eutróficos 18,6%

Sobrepeso 35,3%

Obesos 46,1%

Circunf. Cervical (Média; min-máx) 39,58 cm 30-49 cm

>37 cm (alto risco) 77,7%

Circunf. abdominal (média/mín-máx) 95,91 cm 70-122

>102cm 36,2%

Fonte: elaborado pelos autores

TABELA 2. Distribuição dos motoristas do setor de transporte de cargas segundo o risco de desenvolvimento de SAHOS de

acordo com os critérios da escala de STOP-BANG e do Questionário de Berlim. Chapecó-SC, 2019.

Categorias STOP-BANG Freq. Absoluta (N) Freq. Proporcional (%)

RoncoS (altos) 138 36,7% FaTigado 99 26,3% Observada (apneia) 46 12,2% Pressão (hipertensão) 28 7,4% OBesidade (IMC >35cm) 23 6,1% IdAde (> 50 anos) 77 20,5% CircuNferência cervical (>40cm) 177 47,1% Gênero (masculino) 372 98,9% Risco SAHOS

STOP-BANG Freq. Absoluta (N) Freq. Proporcional (%)

Baixo risco (≤2) 224 59,6%

Alto risco (≥3) 152 40,4%

Risco SAHOS

(46)

Baixo risco (≤1) 236 62%

Alto risco (≥2) 142 38%

Fonte: elaborado pelos autores

TABELA 3. Frequência do relato de envolvimento em acidente de trabalho por trabalhadores do setor de transporte de cargas

no último ano. Chapecó, SC, 2019.

Tipo\Freq. SIM NÃO Freq. absoluta (N) Freq. proporcional (%) Freq. absoluta (N) Freq. Proporcional (%) Acidente de trabalho 27 7,18% 349 92,82% Quase acidente de trabalho 191 50,8% 185 49,2%

Fonte: elaborado pelos autores

TABELA 4. Comparação do IMC, sonolência diurna, risco de SAHOS e de acidente e quase acidente de trabalho nos

motoristas do setor de transporte particular do município de Chapecó-SC.

IMC\Escalas

Escala de Epworth Risco de SAHOS STOP-BANG Ocorrência de AT* Normal

(<10) Anormal (>10) Baixo Alto Acidente trabalho acidente Quase

<18,5 - - - -

18,5-24,9 47,8% 52,2% 95,7% 4,3% - 5,3%

25-29,9 34,4% 65,6% 15,3% 84,7% 33,3% 26,3%

≥30 23,4% 76,6% 25,1% 74,9% 66,6% 68,4%

Fonte: elaborado pelos autores *AT: Acidente de trabalho

TABELA 5. Análise multivariada pelo método de regressão logística para os fatores associados a quase acidentes de trabalho

em motoristas do setor de transporte particular do município de Chapecó-SC.

Variável ODDS RATIO IC 95% p-valor

STOP-BANG alto risco 3,06 1,59-5,89 0,001

IMC Normal REF REF REF

Sobrepeso 4,36 1,44-13,19 0,009

Obesidade 1,75 0,85-3,61 0,132

Tempo de serviço (anos) 0,98 0,94-1,03 0,451

Idade (anos) 1,01 0,97-1,05 0,667

Circunferência cervical (cm) 0,89 0,80-1,01 0,067

Referências

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