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A ÁGUA EM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE CASTANHAL Divino, E. P. A. (1) ; Silva, M. N. S. (1) Caldeira, R. D. (1)

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1 A ÁGUA EM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE

CASTANHAL

Divino, E. P. A.(1); Silva, M. N. S.(1) Caldeira, R. D.(1) mairanathiele@gmail.com

(1)

Faculdade de Castanhal – FCAT, Castanhal – PA, Brasil.

RESUMO

A água é considerada o componente mais abundante de quase todas as células vivas, justificando o fato de nenhum organismo poder sobreviver sem água. A água é normalmente habitada por vários tipos de microrganismos e muitos deles podem causar doenças em humanos. Uma água sem tratamento adequado para o consumo é um risco à saúde da população. Foi desenvolvido no município de Castanhal, estado do Pará, um estudo para verificar as condições dos meios utilizados no armazenamento da água utilizada na rotinados Centro de Educação Infantil, através da aplicação de questionário. Foram obtidos dados acerca da rede de abastecimento, as formas de reservatório, a higienização e vedação dos reservatórios e o consumo de água pelas crianças matriculadas nos Centros. Foi possível concluirque a água utilizada para o consumo nos Centro de Educação Infantil no município de Castanhal, apresenta um baixo índice de possível contaminação, visto que em sua maioria a captação é feita por meio de rede subterrânea, por meio de poços artesianos, além de também, haver em sua maioria bebedouro com filtro, intensificando o cuidado para o consumo da água.

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2 INTRODUÇÃO

A água é considerada o componente mais abundante de quase todas as células vivas, compõe pelo menos 5 a 95 % de todas as células, com a média situada entre 65 e 75%, justificando o fato de nenhum organismo poder sobreviver sem água (TORTORA et al, 2005). Apesar de ter tanta importância para a vida, não há na natureza algo a que possamos chamar "água pura" (AQUAAMBIENTE, 2004).

A água é normalmente habitada por vários tipos de microrganismos de vida livre e não parasitária, que dela extraem os elementos indispensáveis á sua subsistência (BRASIL, 2004), no entanto segundo Burton & Engelkirk (2005) é necessário que a água seja tratada de forma apropriada para o consumo humano. Uma água sem tratamento adequado para o consumo é um risco à saúde da população, pois abriga vários parasitas e microrganismos patogênicos. Para Tucci, Hespanhol e Horowitz (2002), os patógenos mais comuns são Salmonella spp,

Shigella spp, Escherichia coli, Campylobacter. Protozoários e

helmintos também podem parasitar e/ou intoxicar o organismo humano veiculados pela água (SZEWZYK et al ,2000).

No mundo todo, estima-se que doenças transmitidas pela água sejam responsáveis por mais de 2 milhões de mortes a cada ano, principalmente crianças menores de cinco anos, hoje a água é um dos principais meios de transmissão de doenças (TORTORA et al, 2005;

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3 GRASSI, 2001). A qualidade da água nas escolas é de suma importância, visto que as crianças são mais susceptíveis a doenças por apresentarem uma imunidade menor (CASALI, 2008).

Em preocupação com a forma de armazenamento e manejo da água, usada no consumo e na fabricação de alimentos, em Centros de Educação Infantil, o presente trabalho teve como objetivo averiguar as condições dos meios utilizados no armazenamento da água utilizada na rotina das escolas municipais de Castanhal, tendo em vista que o mau acondicionamento dessa água também pode acarretar em doenças de veiculação hídrica, não associadas apenas à falta ou um mau tratamento em rede de saneamento básico.

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi desenvolvido no município de Castanhal, localizado a 65 quilômetros da capital do estado, Belém, e está entre as cinco principais cidades do Estado do Pará, possui 173.149 habitantes, com aproximadamente 1.028,889 Km2 (IBGE, 2013).

O município apresenta 18 Centros de Educação Infantil (CEI), onde estão matriculadas crianças de 04 a 06 anos de idade. Foi aplicado nos CEI um questionário de análise (Anexo), com a professora responsável pela coordenação do Centro, sendo abordadas questões sobre o abastecimento de água do centro, meios utilizados no armazenamento

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4 desta água, período de higienização, vedação e localização do reservatório, material do reservatório, utilização da água e presença de bebedouro com filtro.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo obteve que 88,88% dos CEI apresentavam rede de abastecimento por meio de poço artesiano (Figura 1), o que representa uma solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano, é modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, com captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de distribuição (BRASIL, 2006). No censo de 2010 foi registrado que 5.750.394 domicílios brasileiros com a presença de poço ou nascente na propriedade (IBGE, 2011)

Figura 1. Ocorrência de rede de abastecimento.

Dentre os centros que apresentaram o poço artesiano como forma de abastecimento, 100% dos reservatórios eram do tipo caixa d’água. Segundo a Portaria 224/ 2009 Instituto Nacional de Metrologia,

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5 Qualidade e Tecnologia (INMETRO) o recipiente ou local onde a água potável é armazenada, é comumente chamado caixa d`água.

Em sua maioria o material do reservatório era o que é aceito pela legislação, no entanto foi registrada a ocorrência de somente um reservatório fabricado por amianto (Figura 2). Até pouco tempo, o amianto era largamente utilizado na confecção de caixas d’água, especialmente as de pequeno volume, mas por conter fibras tóxicas, prejudiciais a saúde, não é mais permitida o uso do amianto na fabricação de caixas d’água ou quaisquer outros produtos, nos termos da Lei Estadual nº 12.684/2007 (SÃO PAULO, 2011).

Figura 2. Materiais de fabricação dos reservatórios.

Todas as responsáveis alegaram que é realizada a higienização dos reservatórios dos CEI’s, onde a maioria aponta como principal responsável a Secretaria Municipal de Educação (SEMED). Todos declararam realizar a higienização de seus reservatórios pelo menos uma vez ao ano, algo também firmado pela Norma técnica 2/07

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6 Coordenadoria Geral da Vigilância e Saúde (PORTO ALEGRE, 2007), “a limpeza e desinfecção bacteriológica dos reservatórios de água potável devem ser feitas anualmente ou a critério da autoridade sanitária, na dependência do risco sanitário associado”, no entanto deve ser inspecionado a cada 6 meses.

Em relação à vedação dos reservatórios 87,5% das responsáveis declararam que seus reservatórios estavam totalmente vedados. O reservatório deve ser sempre conservado fechado, cuidando-se do correto ajustamento da tampa de vedação à abertura de inspeção (RIO GRANDE DO SUL, 1988). A vedação é um fator muito importante visto que 81,25% dos reservatórios dos CEI foram localizados na área externa do CEI.

Em relação ao consumo da água da rede utilizada pelas crianças foi registrado que 94,44% consomem a água da rede utilizada na escola, sendo que no mesmo percentual é a ocorrência de bebedouros com filtro como meio do consumo.

CONCLUSÃO

Com base no estudo é possível concluir que a água utilizada para o consumo nos Centro de Educação Infantil no município de Castanhal, apresenta um baixo índice de possível contaminação, visto que em sua maioria a captação é feita por meio de rede subterrânea, por meio de

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7 poços artesianos, além de também, haver em sua maioria bebedouro com filtro, intensificando o cuidado para o consumo da água.

REFERÊNCIAS

AQUAAMBIENTE. Tratamento de água potável. 2004. Disponível em:<

http://mariorebola.com/home/wp-content/uploads/2011/09/AquaAmbiente-Tratamento-de-%C3%81gua-Pot%C3%A1vel.pdf > Acesso em: 15 jun. 2013.

BURTON, G. W & ENGELKIRK, P. G. Microbiologia: para as ciências da Saúde. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

BRASIL. Manual de Saneamento. 3. ed. Ver. Brasília: Fundação Nacional de Saúde,

2004. Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_saneamento_3ed_rev_p1.pdf >

Acesso em: 17 jun. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e

controle da qualidade da água para consumo humano. Brasília: 2006.

CASALI, C. A. Qualidade da água para consumo humano ofertada em escolas e

comunidades rurais da região central do Rio Grande do Sul. 15 de fevereiro de

2008. Dissertação em Ciência do solo - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil, 15 de fevereiro de 2008.

GRASSI. M. T. As águas do Planeta Terra. Ed. Especial. Caderno Temático de Química Nova na Escola, 2001. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/01/aguas.pdf > Acesso em: 15 JUN 13.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010.

Características da população e dos domicílios. Resultados do universo. Rio de

janeiro. 2011.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades@. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=150240 > Acesso em 19 jun. 2013.

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INMETRO. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Portaria 224/2009, – Código 3423. Mar. 2013. Disponível em < http://www.inmetro.gov.br/fiscalizacao/treinamento/reservatorio-agua.pdf > Acesso em: 18 set. 2013.

PORTO ALEGRE (Estado). Norma Técnica 2/07. Coordenadoria Geral de Vigilância

em Saúde. Disponível em: < http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/norma_2.pdf> Acesso

em: 21 set. 2013.

RIO GRANDE DO SUL (Estado). Secretaria da Saúde e do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande Do Sul. Portaria nº 21/88. Porto Alegre, RS, 19 jan.1988. Disponível em: < http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/portaria21.pdf> Acesso em: 20 set. 2013.

SÃO PAULO (Estado). Comunicado CVS 006, de 12 de janeiro de 2011. Diário Oficial do Estado, Poder Executivo, São Paulo, SP, 13 jan. 2011. Seção 1. P. 32-33.

Disponível em: < ftp://ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2011/iels.jan.11/Iels09/E

_CM-CVS-6_120111.pdf > Acesso em: 21 set. 2013.

SZEWZYK, U.; SZEWZYK, R.; MANZ, W.; SCHLEIFER, K.H. Microbiological safety of drinking water. Revista de Microbiologia. 2000.

TORTORA, G.J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia, 8ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2005.

TUCCI, C. E. M.; HESPANHOL, I.; CORDEIRO NETTO, O. M. Cenários da Gestão da Água no Brasil: uma contribuição para a visão mundial da Água. 2002. Disponível em: < http//:www.profrios.hpg.ig.com.br/ html/artigos/cenarios.html >. Acesso em: 28 jun. 2013.

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Questionário aplicado nos Centros de Educação Infantil

1. Como se dá o abastecimento de

água na escola?

a) Rede pública/ COSANPA (Companhia de Saneamento do Pará) b) Poço

c) Outros. Quais? _______________

2. Esta água é armazenada, se SIM

qual o tipo de reservatório utilizado no armazenamento?

a) Caixa d’água b) Cisternas

c) Outros. Quais?________________

3. Qual o tipo de material do

reservatório? a) Aço inoxidável b) Fibra de vidro c) Polietileno d) Amianto 4. É realizada a higienização do reservatório de água? a) SIM b) NÃO

5. Qual o período aproximado em que

é realizada a limpeza do reservatório de água?

a) 01 a 03 meses b) 04 a 06 meses c) 07 a 09 meses d) 01 vez por ano

e) Outros. Qual?__________ f) Não soube informar

6. Quem é o responsável pela

higienização dos reservatórios? a) A própria escola

b) Empresa terceirizada

c) Governo municipal (secretaria) e) Outros

está totalmente vedado, contra a entrada de insetos, pequenos animais e luz?

a) SIM b) NÃO

8. Onde se encontra localizado o

reservatório utilizado no armazenamento da água?

a) Área externa da escola.

b) Área Interna da escola. Onde? ____

9. A água consumida pelos alunos, faz

parte da rede de abastecimento, da escola?

a) SIM b) NÃO

10. O consumo da água se dá por meio

de bebedouro com filtro? a) SIM

b) NÃO

11. A água da rede de abastecimento

da escola é utilizada na fabricação de alimentos, consumidos pelos alunos? a) SIM

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