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PREVALENCIA DO SEDENTARISMO COMO FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM PROFESSORES DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DE UBERLANDIA/MG.

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PREVALENCIA DO SEDENTARISMO COMO FATOR DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM PROFESSORES DE UM CENTRO

UNIVERSITÁRIO DE UBERLANDIA/MG. RESUMO

Sedentarismo é a ausência ou diminuição de atividade física, sendo um fator de risco modificável para o aparecimento de doenças cardiovasculares. O objetivo do presente estudo é avaliar a prevalência de sedentarismo como fator de risco para doença cardiovascular nos professores do curso de jornalismo de um Centro Universitário de Uberlândia/MG. Foram avaliados por meio de questionário perguntas voltadas para o índice de prática de exercício físico semanal, qual o motivo eles praticam ou não atividade física, e se eles possuem conhecimento da importância dessa prática, e medidas antropométricas. Foram considerados sedentários os professores que praticam menos de 150 minutos de atividade aeróbica moderada, ou 75 minutos de atividade física aeróbica vigorosa. Verificou-se que 50,0% (n=3) dos professores avaliados praticam atividades físicas regularmente de 3 a 5 vezes por semana com duração entre 50 a 60 minutos sendo suficiente para atingir os parâmetros de classificação ativo ou sedentário.

INTRODUÇÃO

Para Olbrichet al (2009), o sedentarismo é a falta ou grande diminuição de atividade física. Segundo os autores a atividade física estimula as funções do sistema cardiovascular, respiratório e musculoesquelético e ainda traz uma sensação de bem estar.

Segundo a World Health Organization (2010) o sedentarismo é o quarto principal fator da mortalidade global, sendo fator de risco para doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. Estima-se que a cada 10 mortes, 6 são causadas por doenças não transmissíveis.

De acordo com Gulfo e Zea (2012), o sedentarismo é um fator de risco modificável para o aparecimento de doenças cardiovasculares.

Rique, Soares e Meirelles (2002), citam ainda que as doenças cardiovasculares são as com maior índice de mortalidade no mundo e vem tendo um crescimento significativo principalmente nas classes menos favorecidas.

Castro et al (2004), relatam que as doenças cardiovasculares auxiliam de forma considerável no aumento da taxa de mortalidade em todas as regiões brasileiras, e ressaltam que as doenças cardiovasculares foram responsáveis pelos principais gastos dos recursos públicos nos hospitais.

Para Booth e Chakravarthynd (2002), chamam o sedentarismo de inimigo silencioso, segundo eles, a partir de vários consensos que o estilo de vida sedentário é responsável pelo aumento do risco de condições crônicas de saúde. Eles categorizam os distúrbios causados pelo sedentarismo como Síndrome da Morte Sedentária (SEDS).

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A SEDS tem como características o enfraquecimento dos músculos esqueléticos, baixa densidade óssea, hiperglicemia, glicosúria, obesidade, baixa resistência física e taquicardia.

Eles ainda citam uma série de doenças causadas ou agravadas pelo sedentarismo, dentre elas estão angina, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca congestiva, doença vascular periférica, diminuição do HDL sanguíneo, rigidez articular e mortalidade prematura.

A importância da atividade física melhora o perfil lipídico a longo prazo, e os exercícios aeróbicos são os que mais atuam nometabolismo das lipoproteinas, pois elevam a concentração sanguínia do HDL, e ainda reduzem a concentração dos triglicerídeos, e ocorrem mudanças no LDL, visto que praticantes desse tipo de atividade apresentam concentrações de LDL mais baixas do que pessoas sedentárias (RIQUE, SOARES, MEIRELLES, 2002).

Segundo Castro et al. (2004), a obesidade e a inatividade física estão ligados com o risco de doenças cardiovasculares, e são alguns dos principais fatores que contribuem para essa doença.

Com base nos dados da World Health Oganization (2010), em uma faixa etária de 18 a 64 anos são recomendados atividades de no mínino 150 minutos de atividade física aeróbica moderada, ou 75 minutos de atividade aeróbica de intensidade alta. A atividade aeróbica deve ter no mínimo 10 minutos de duração.

Tendo em vista vários estudos que ressaltam os males das doenças cardiovasculares, e que o sedentarismo é um fator de risco considerável para o risco dessas doenças, vimos grande importância em fazer essa pesquisa.

O intuito dessa pesquisa é avaliar a prevalência do sedentarismo como fator de risco para doenças cardiovasculares nos professores formados em jornalismo.

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada com o intuito de avaliar os fatores de risco de doença cardiovascular em 6 professores do curso de Jornalismo do Centro Universitário do Triângulo – UNITRI.

A pesquisa deu se por meio de um estudo de corte transversal, realizado no laboratório de avaliação nutricional na própria instituição, após a aprovação do comitê de ética da instituição sob o numero 1.881.455.

Os dados foram coletados durante o período de 04/05 a 12/05, do ano de 2017 no laboratório de avaliação nutricional da instituição.

O critério de inclusão foi que todos os participantes da pesquisa fossem graduados em Jornalismo. Os participantes foram convidados a comparecer no laboratório de avaliação nutricional, onde responderam o questionário e foram feitas as aferições antropométricas e de pressão arterial.

A metodologia foi baseada e um questionário, entregue à 06 professores do curso de Jornalismo, junto ao termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), onde constavam perguntas especificas para cada risco de doenças cardiovasculares. O questionário foi entregue para que os mesmos pudessem ler, interpretar, responder e devolver, para que os dados fossem coletados.

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As perguntas foram voltadas para o índice de prática de atividade física semanal desses participantes, o motivo pelo qual eles praticam ou não atividade física, e se eles possuem conhecimento da importância dessa prática. Os parâmetros para coleta dos dados foram os mesmos citados pela World Health Oganization (2010).

Foram considerados sedentários os professores que praticam menos de 150 minutos de atividade aeróbica moderada, ou 75 minutos de atividade física aeróbica vigorosa.O professor passa a ser considerado ativo quando ela atinge o parametro estabelecido. Levando em consideração que segundo a IPAQ (Questionário Internacional de Atividade Física) as atividades físicas classificadas como intensa ou vigorosa, são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirar muito mais forte que o normal, e as atividades classificadas como moderadas, são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar um pouco mais forte que o normal.

Foram analisados também os motivos pelo qual os professores praticam ou não atividade física e se eles têm conhecimento da importância dessa prática.

RESULTADOS

Participaram da pesquisa 6 professores do curso de Jornalismo do Centro Universitário do Triângulo – UNITRI, sendo 5 homens (83,33%), 1 mulher (16,66%), a média de idade para ambos os sexos foi de 42,3 ± 10,2, com amplitude de 28 a 58 anos.

Tabela 1: Prevalência dos fatores de risco dos professores do curso de Jornalismo, Centro Universitário do Triângulo – UNITRI, Uberlândia-MG, 2017. Variáveis de Risco Classificação N=6

Sedentários 50,00%

Ativos 50,00%

Em relação aos sedentários, ou seja, a realização de menos de 150 minutos de atividades físicas moderadas por semana ou menos de 75 minutos de atividade física intensa por semana encontrou-se 50,0% (n=3), dentre eles alguns não realizavam nenhum tipo de atividade física por falta de tempo ou desleixo e outros faziam alguma atividade, mas não o suficiente para atingir os parâmetros de classificação de ativo ou sedentário, onde todos os participantes declararam saber a importância da atividade física para a saúde. Os 50,0% (n=3) praticam atividade física regularmente como caminhada, hidroginástica, musculação, corrida, de 3 a 5 vezes por semana com duração entre 50 a 60 minutos (Tabela 1).

DISCUSSÃO

Neste estudo os participantes que não praticam atividade física, não a praticam por desleixo ou falta de tempo, sendo estes 50% da nossa amostra uma quantidade considerável, concluindo o resultado insatisfatório. Embora

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todos tenham conhecimento da importância da prática de atividade física, não conseguem se organizar para a prática da mesma.

O método utilizado para esta pesquisa foi um estudo de corte transversal, que nos possibilitou levantar o índice de prevalência do fator de risco sedentarismo nos professores do curso de jornalismo do Centro Universitário do Triângulo – UNITRI.

Devemos ressaltar que a falta de exercício físico contribui consideravelmente para aumento a incidência de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, sendo assim, além dele ser um fator de risco para as doenças cardiovasculares, ele ainda desencadeia outros fatores tornando a falta de atividade física ainda mais preocupante. (GUALANO, TINUCCI, 2011)

No estudo apresentado por Hilgenberg et al. (2016), os resultados foram satisfatórios devido ao tipo de trabalho que os cadetes exercem, que exigem um maior esforço físico. Já a atividade elaboral dos professores de jornalismo não os acomete a tanto esforço físico comparado aos cadetes, fazendo com que haja diferença nos resultados dos artigos.

Já no estudo apresentado por Knuth et al. (2008), as porcentagens de inatividades físicas foram menores que no presente estudo, isso pode ter ocorrido devido ao tipo de metodologia usada, pois neste estudo foram avaliados hábitos rotineiros como assistir TV, trajeto até o trabalho e atividades de lazer.

Este cenário reflete um alto risco de doenças cardiovasculares, tendo como argumento para a inatividade física o comodismo ou falta de tempo, necessitando de uma organização, ou melhor, distribuição do tempo para que os participantes inativos criem o hábito da prática de atividade física.

CONCLUSÃO

Concluímos que de acordo com a metodologia adotada, metade dos professores estão sedentário, caracterizando fator de risco cardiovascular. REFERÊNCIAS

BOOTH, F. W.; CHAKRAVARTHYND, M. V. COST AND CONSEQUENCES OF SEDENTARY LIVING: NEW BATTLEGROUND FOR AN OLD ENEMY. President’sCouncilonPhysical Fitness and Sports. p. 1-2, 2002.

CASTRO, L. C. V. et al. NUTRIÇÃO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES: OS MARCADORES DE RISCO EM ADULTOS. Revista de Nutrição, p. 370, 2004.

GUALANO, B. TINUCCI, T. SEDENTARISMO, EXERCÍCIO FÍSICO E DOENÇAS CRÔNICAS. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, p. 37, 2011.

GULFO, M. H. G.; ZEA, J. A. G.PREVALENCIA DE FACTORES DE RIESGO CARDIOVASCULAR EN JÓVENES DE UNA INSTITUCIÓN UNIVERSITARIA. Revista Salud Pública, v. 14, n. 5, p. 823, 2002.

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HILGENBERG, F. E. et al. FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR E CONSUMO ALIMENTAR EM CADETES DA ACADEMIA DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA. Ciências de saúde coletiva, v. 21, n. 4, p. 2, 2016.

OLBRICH, S. R. L. R. et al. SEDENTARISMO: PREVALÊNCIA E

ASSOCIAÇÃO DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR. Revista Ciência em Extensão, v. 5, n. 2, p. 30, 2009.

RIQUE, A. B. R; SOARES, E. A; MEIRELLES, C. M. NUTRIÇÃO E

EXERCÍCIO NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVACULARES. Revista Brasileira Med Esporte, v. 8, n.6, p. 250, 2002.

World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health. Geneva: WHO; 2010.

Referências

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