• Nenhum resultado encontrado

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 4ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO SUB-GRUPO DE TRABALHO DE TRATADOS INTERNACIONAIS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 4ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO SUB-GRUPO DE TRABALHO DE TRATADOS INTERNACIONAIS"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

FORMULÁRIO DESCRITIVO DA NORMA INTERNACIONAL Norma Internacional: Acordo-Quadro sobre Meio-Ambiente do Mercosul Assunto: Agenda comum de meio-ambiente no âmbito do Mercosul Decreto: 5208 Entrada em vigor: 17/09/2004

Apresentação.

O Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente no Mercosul foi celebrado em 2001, em Assunção, por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.Trata-se a nosso ver de tentativa inicial de se estabelecer uma agenda comum no bloco econômico no que tange ao meio-ambiente e ao desenvolvimento sustentável. É um ato internacional que se configura, a nosso ver, como uma declaração de intenções, já que praticamente não existem obrigações concretas estabelecidas em seu texto.

Secretariado: Não há. Existe apenas um sub-grupo de trabalho sobre meio-ambiente vinculado ao Grupo de Mercado Comum.

Sede: a mesma do Mercosul: Dr. Luis Piera 1992 Piso 1 - Edificio MERCOSUR C.P. 11.200 - Montevideo/República Oriental del Uruguay.

Ponto de Contato no Brasil: não há ponto de contato específico para este tratado. Reservas pelo Brasil: Inexistentes.

Procotolo: Sim, Protocolo Adicional que versa sobre procedimentos em caso de emergência ambiental que afeta países signatários do acordo.

Existência de fundo de financiamento: não Obrigações programáticas:

Art. 3º - Em suas ações para alcançar o objetivo deste Acordo e implementar suas disposições, os Estados Partes deverão orientar-se, inter alia, pelo seguinte:

a) promoção da proteção do meio ambiente e aproveitamento mais eficaz dos recursos disponíveis mediante a coordenação de políticas setoriais, com base nos princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio;

b) incorporação da componente ambiental nas políticas setoriais e inclusão das considerações ambientais na tomada de decisões que se adotem no âmbito do MERCOSUL, para fortalecimento da integração;

c) promoção do desenvolvimento sustentável por meio do apoio recíproco entre os setores ambientais e econômicos, evitando a adoção de medidas que restrinjam ou distorçam de maneira arbitrária ou injustificável a livre circulação

(2)

de bens e serviços no âmbito do MERCOSUL;

d)tratamento prioritário e integral às causas e fontes dos problemas ambientais; e) promoção da efetiva participação da sociedade civil no tratamento das

questões ambientais; e

f) fomento à internalização dos custos ambientais por meio do uso de instrumentos econômicos e regulatórios de gestão.

Art. 6º Os Estados partes aprofundarão a análise dos problemas ambientais da sub-região, com a participação dos organismos nacionais competentes e das organizações da sociedade civil, devendo implementar, entre outras, as seguintes ações:

a. incrementar o intercâmbio de informação sobre leis, regulamentos, procedimentos, políticas e práticas ambientais, assim como seus aspectos sociais, culturais, econômicos e de saúde, em particular aqueles que possam afetar o comércio ou as condições de competitividade no âmbito do MERCOSUL;

b. incentivar políticas e instrumentos nacionais em matéria ambiental, buscando otimizar a gestão do meio ambiente;

c. buscar a harmonização das legislações ambientais, levando em consideração as diferentes realidades ambientais, sociais e econômicas dos países do MERCOSUL;

d. identificar fontes de financiamento para o desenvolvimento das capacidades dos Estados partes, visando a contribuir com a implementação do presente Acordo; e. contribuir para a promoção de condições de trabalho ambientalmente saudáveis

e seguras para, no marco de um desenvolvimento sustentável, possibilitar a melhoria da qualidade de vida, o bem-estar social e a geração de emprego; f. contribuir para que os demais foros e instâncias do MERCOSUL considerem

adequada e oportunamente os aspectos ambientais pertinentes;

g. promover a adoção de políticas, processos produtivos e serviços não degradantes do meio ambiente;

h. incentivar a pesquisa científica e o desenvolvimento de tecnologias limpas;

Rua XV de Novembro, n.º 1305 – 10º Andar – Centro – Blumenau/SC Fone/Fax: (47) 3321-1700 e-mail: prmblumenau@prsc.mpf.gov.br

(3)

i. promover o uso de instrumentos econômicos de apoio à execução das políticas para a promoção do desenvolvimento sustentável e a proteção do meio ambiente;

j. estimular a harmonização das diretrizes legais e institucionais com o objetivo de prevenir, controlar e mitigar os impactos ambientais nos Estados Partes, com especial atenção às áreas fronteiriças

k. prestar, de forma oportuna, informações sobre desastres e emergências ambientais que possam afetar os demais Estados Partes e, quando possível, apoio técnico e operacional;

l. promover a educação ambiental formal e não formal e fomentar conhecimentos, hábitos de conduta e a integração de valores orientados às transformações necessárias ao alcance do desenvolvimento sustentável no âmbito do MERCOSUL;

m. considerar os aspectos culturais, quando pertinente, nos processos de tomada de decisão em matéria ambiental; e

n. desenvolver acordos setoriais, em temas específicos, conforme seja necessário para a consecução do objetivo deste Acordo.

Obrigações concretas: - Não há.

Mecanismos de controle / implementação (Plano nacional de Implementação, relatórios, etc): Não há.

(4)

ANEXO I - RELATÓRIO DESCRITIVO DOS PRINCIPAIS ASPECTOS DA NORMA INTERNACIONAL

O Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente no Mercosul foi celebrado em 2001, em Assunção, por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Trata-se a nosso ver de tentativa inicial de se estabelecer uma agenda comum no bloco econômico no que tange ao meio-ambiente e ao desenvolvimento sustentável. É um ato internacional que se configura, a nosso ver, como uma declaração de intenções, já que praticamente não existem obrigações concretas estabelecidas em seu texto.

Inicialmente, o acordo reafirma o compromisso das partes com os princípios fixados na Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio-Ambiente e desenvolvimento, de 1992, afirmando que o acordo tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável e a proteção do meio-ambiente nos países partes, a fim de proporcionar melhor qualidade de vida às populações.

Quanto à cooperação entre as partes, o acordo previu que as partes cooperarão em conjunto para a implementação de outros tratados internacionais, podendo adotar inclusive políticas comuns de proteção do meio-ambiente, se for o caso, além de comunicações conjuntas em foros internacionais.

Outrossim, o acordo previu que as partes aprofundarão a análise dos problemas ambientais da sub-região, devendo implementar várias ações, dentre as quais destacamos: buscar harmonização da legislação ambiental, levando em consideração as diferentes realidades ambientais, sociais e econômicas do Mercosul; identificar fontes de financiamento para o desenvolvimento das capacidades dos Estados partes, afim de contribuir com a implementação do acordo; promover a adoção de políticas, processos produtivos e serviços não degradantes do meio-ambiente; promover o uso de instrumentos econômicos de apoio à execução das políticas para a promoção do desenvolvimento sustentável e a proteção do meio-ambiente.

O acordo prevê ainda que sejam adotadas pautas de trabalho sobre áreas específicas definidas em anexo ao acordo, que serão desenvolvidas em consonância com a agenda de trabalho ambiental do Mercosul. As áreas temáticas citadas foram divididas em: gestão sustentável dos recursos naturais; qualidade de vida e planejamento ambiental; instrumentos de política ambiental e atividades produtivas ambientalmente sustentáveis.

Embora o acordo-quadro seja importante passo para o tratamento conjunto da questão ambiental no Mercosul, fica o desafio de se tornarem práticas todas as medidas previstas em seu texto, tanto no que diz respeito às medidas a que as partes

Rua XV de Novembro, n.º 1305 – 10º Andar – Centro – Blumenau/SC Fone/Fax: (47) 3321-1700 e-mail: prmblumenau@prsc.mpf.gov.br

(5)

se obrigaram, quanto com relação ao desenrolar das pautas de trabalho previamente definidas em seu anexo.

Referências

Documentos relacionados

Summary: In its 15 th edition with approximately 250 exhibitors, this international annual trade show is dedicated to the supermarket sector of northeast Brazil with

A Cooperativa participa de operações envolvendo ativos e passivos financeiros com o objetivo de gerir os recursos financeiros disponíveis gerados pelas operações. A avaliação de

O prazo de validade do registro de preços será de 12 (doze) meses, a partir da data da assinatura da Ata, não podendo ser prorrogado. 8.11 - A apresentação da proposta de

** Professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB; membro do colegiado de Matemática representando a área de Educação Matemática; Mestre em Ensino de Ciências

Os experimentos comparativos entre os desempenhos das células PEMFC com Nafion ® e Aquivion ® , utilizando como ânodo e cátodo Pt/C, mostraram que ambos

Efectua a leitura de comandos introduzidos na linha de comando e interpreta-os. A interpretação significa uma ou mais acções do sistema operativo, por exemplo executar o comando

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão desta relatoria que negou provimento ao agravo em recurso especial com base nos seguintes fundamentos: (a)

No que se refere à qualidade da água, atendendo que as águas residuais domésticas são conduzidas para fossa séptica estaque, que é esvaziada periodicamente pelos serviços