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O QUE SE DEVE FAZER ANTES DE CONTRAIR UM EMPRÉSTIMO

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Academic year: 2021

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O QUE SE DEVE FAZER ANTES DE CONTRAIR UM EMPRÉSTIMO

ANTES DE CONTRATAR - Pesquise!

- Existem no mercado muitas empresas concedendo linhas de crédito pessoal.

- Desconfie daquelas que oferecem muitas facilidades.

- Informe-se no Banco Central, fone xyzwhijp 992345, ou pelo site www.bcb.gov.br, se a empresa tem autorização para realizar tais empréstimos.

- Ligue para o cadastro de reclamações fundamentadas da Fundação Procon . Analise se as vantagens oferecidas atendem às suas reais necessidades.

- Informe-se previamente se as taxas de juros cobradas não irão elevar demais o valor total de seu empréstimo e se elas estão tendo do que preconiza a legislação.

- Certifique-se de que as parcelas não irão comprometer o seu orçamento, dificultando o pagamento de outras despesas.

- Guarde todo o material publicitário. Ele integra o contrato e suas informações devem ser cumpridas.

ATENÇÃO AO CONTRATO

- Leia-o com atenção antes de assiná-lo. Não tenha pressa. Caso tenha dúvidas, recorra a um órgão de defesa do consumidor ou a um advogado de sua confiança.

- Jamais deixe espaços em branco. Risque o que não for preenchido. - Não acredite em promessas verbais. Tudo o que for acordado deve fazer parte do contrato.

- Verifique se a taxa de abertura de crédito (TAC) e o imposto sobre operações financeiras ou de crédito (IOF/IOC) estão inclusos no financiamento.

- Exija uma cópia do contrato. Ela é a sua garantia.

IMPORTANTE

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- Muitas empresas oferecem um seguro que garante a quitação do saldo devedor em caso de morte, invalidez ou desemprego. Informe-se.

- Depois de assinado o contrato, todos os valores que deixarem de ser pagos e se caracterizarem como descumprimento do mesmo poderão ser cobrados judicialmente.

- Saiba que se você deixar de pagar em dia uma das parcelas, seus dados poderão ser incluídos na xyzwhijp (Centralização dos Serviços dos

Bancos) e no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), desde que você seja notificado antecipadamente e por escrito.

- Em caso de atraso nas parcelas, lembre-se de que a empresa credora não é obrigada a renegociar sua dívida. Fica a critério da empresa decidir sobre um novo acordo.

ATENÇÃO!

1-Evite surpresas. Não empreste seu nome para terceiros.

2-Nunca faça um empréstimo apenas por meio de contato telefônico. 3-Jamais deposite valores em contas bancárias de pessoas físicas.

O QUE DIZ O CÓDIGO de DEFESA DO CONSUMIDOR

Os contratos de financiamento, como todo contrato de adesão, em que as cláusulas já vêm preestabelecidas, devem ser redigidos de forma clara, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor.

As cláusulas que limitam os direitos do consumidor devem aparecer sempre em destaque.

O consumidor pode liquidar seu débito antecipadamente, em sua

totalidade ou parcialmente, mediante a redução proporcional dos juros e demais acréscimos.

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É considerada prática abusiva prevalecer-se da fragilidade do consumidor para impingir-lhe a venda de qualquer serviço.

É proibida toda publicidade enganosa que possa induzir o consumidor a erro.

O consumidor pode exigir a correção de seus dados em cadastros de proteção ao crédito, em um prazo de cinco dias, quando eles estiverem incorretos.

Fonte:

Associação Brasileira do consumidor, lutando pelos seus direitos. O Código de Defesa do Consumidor não permite que o fornecedor, na cobrança de dívida, ameace ou faça o devedor passar vergonha em público.

Inúmeros são os casos em que consumidores buscam quitar seu empréstimo ou compra financiada com juros de forma antecipada e vêem negado seu direito à redução proporcional dos juros cobrados no momento da contratação. Evidente que não são todas as empresas que negam este direito ao consumidor. E dentro desta gama de empresas temos ainda aquelas que acabam dando um desconto inferior ao realmente devido e/ou cobram ilegalmente uma “taxa” ou “tarifa” para que seja possível a quitação antecipada.

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) trouxe em seu bojo o art. 52 tratando exatamente das operações de crédito e financiamento, regulamentando os DEVERES de informação, o valor da multa em caso de atraso no pagamento da prestação e o DIREITO de quitação antecipada com redução proporcional dos juros e demais acréscimos:

Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre:

I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional; II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;

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III - acréscimos legalmente previstos;

IV - número e periodicidade das prestações; V - soma total a pagar, com e sem financiamento.

§ 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por cento do valor da prestação.(Redação dada pela Lei nº 9.298, de 1º.8.1996)

§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos. (destacamos)

A quitação antecipada do débito com o desconto é direito do consumidor e as empresas de crédito não podem negar este direito, mesmo que esteja previsto contratualmente porque o CDC é norma de ordem pública e afasta qualquer disposição contratual que contrarie suas normas jurídicas.

Sobre o tema em debate o eminente Desembargador Sejalmo Sebastião de Paula Nery, do TJRS, manifestou-se no seguinte sentido:

Da quitação antecipada.

O Código de Defesa do Consumidor assegura, em seu art. 52, § 2º, a liquidação antecipada do débito, mediante redução proporcional dos juros e outros acréscimos.

Segundo o art. 1º, da Lei nº 8.078/90 (CDC), as normas de proteção e defesa do consumidor são de ordem pública e interesse social, indisponíveis, portanto. Insere-se nesse contexto o acima referido dispositivo legal, que encerra direito inarredável ao abatimento proporcional do encargos financeiros, ao qual não pode o credor opor-se.

Sobre o tema, assim manifesta-se Nelson Nery Júnior: “Uma das mais importantes conquistas do consumidor com o Código foi o direito de liquidação antecipada do débito financiado, com a devolução ou redução proporcional dos juros e demais encargos”. Os bancos e instituições financeiras em geral, bem como fornecedores com financiamento próprio (lojas com departamento de crediário), terão de proporcionar ao consumidor a liquidação antecipada do financiamento, se ele assim pretender, fazendo a competente redução proporcional dos juros e outros acréscimos. Cláusula contratual que preveja renúncia do consumidor à restituição ou diminuição proporcional dos juros e encargos previstos neste dispositivo é abusiva, sendo considerada nula, não obrigando o consumidor (art. 51, nºs I, II, IV e XV, CDC).

“Caso o fornecedor não assegure esse direito ao consumidor, além do direito previsto neste dispositivo, terá ele direito de haver perdas

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e danos, patrimoniais e morais, nos termos do art. 6º, nº VI, do CDC” (in Código Brasileiro de defesa do Consumidor Comentado Pelos Autores do Anteprojeto, Ada Pellegrini Grinover et all. – 4ª ed. – Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1995).

Portanto, havendo a alegação de que o devido abatimento não foi realizado de forma correta – de maneira desvantajosa ao consumidor -, é perfeitamente possível a devolução dos valores devidos ao consumidor, ainda que o contrato já tenha alcançado seu término quando da propositura da ação. (Agravo Nº 70028751964, Décima Quarta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sejalmo Sebastião de Paula Nery, Julgado em 23/04/2009)

Não há dúvida quanto ao direito do consumidor à redução proporcional dos juros em caso de compra a prazo, financiamento de veículo ou empréstimo bancário, inclusive o consignado.

O grande problema é que as empresas se negam a reconhecer este direito, muitos consumidores ligam para o call center destas empresa e os atendentes, na maioria das vezes despreparados e instruídos de forma equivocada, simplesmente negam este direito alegando inúmeras desculpas como falta de previsão contratual ou a existência de uma clausula contratual dispondo que em caso de quitação antecipada o contratante não tem direito à redução dos juros cobrados.

Tais práticas vão de encontro à norma inserta no art. 52, parágrafo 2° do CDC e como tal vem sendo elididas pelo poder judiciário, que vem incessantemente reconhecendo o direito ao abatimento dos juros e condenando as empresas a restituírem o valor devido.

Referências

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