BELEM
13 de Março de 2014
Custos no Setor Público:
Ferramenta da Melhoria
da Qualidade do Gasto
Público e do
Teoria da legitimação
“ ... Se um tomador de decisão
sabe que está sendo observado
ao
tomar
a
decisão,
haverá
efeitos previsíveis no processo e
nos resultados
da tomada de
decisão.”
– Paul R. Kleindorfer, em “E se você souber que
Dupla Dinâmica
Transparência
Controle
Social
Melhoria da Qualidade da Gestão
TRANSPARÊNCIA
Um conceito normatizado
Artigo 48 LRF
• Os
planos,
as
leis
de
diretrizes
orçamentárias e os orçamentos;
• As prestações de contas e o respectivo
parecer prévio;
• O
Relatório
Resumido
da
Execução
Orçamentária (RREO) e o Relatório de
Gestão Fiscal (RGF).
Transparencia
A transparência será assegurada também
mediante:
I – incentivo à participação popular
e realização de audiências públicas
durante os processos de elaboração e
discussão dos planos, lei de diretrizes
orçamentárias e orçamentos;
Transparência
II
– liberação ao pleno conhecimento e
acompanhamento
da
sociedade,
em
tempo
real,
de
informações
pormenorizadas
sobre
a
execução
orçamentária
e
financeira,
em
meios
eletrônicos de acesso público;
Transparência
CONTROLE SOCIAL
• Fiscalização
exercida
pela
sociedade
sobre
o
governo,
partindo do envolvimento da
população
no
exercício
da
reflexão
e
discussão
para
politização de problemáticas que
afetam a vida coletiva.
Controle Social:
• O fortalecimento do Controle
Social pode
estabelecer um
modelo de gestão que fomenta
a
cooperação
e
participação
popular no planejamento e na
coordenação da ação com foco
no interesse coletivo.
Controle Social:
Visão de futuro
– Estado orientado ao cidadão e na busca
de:
• Mais serviços e de melhor qualidade;
• O Estado que escuta e se ajusta permanentemente;
• Criação de co-responsabilidades entre
Estado e sociedade.
Controle Social:
ORÇAMENTO
NO SETOR PÚBLICO
VISÃO / OBJETIVO IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS PRODUTOS E METAS Eficácia Eficiência
Decisão / Plano / Orçamento / Execução / Avaliação
Orçamento Público
DECISÕES OPERACIONAIS ADMINISTRATIVAS PPA (4 anos) LDO/LOA (Anual) Objeto de Mensuração Critérios de Avaliação Execução AÇÕES PROJETOS / ATIVIDADES PROGRAMAS TEMÁTICOS OBJETIVOS E INDICADORES PRODUTOS / AÇÕES / CUSTOS Efetividade FEEDBACK DECISÕES POLÍTICAS / ESTRATÉGICAS ORDENADORES DE DESPESAS SOCIEDADE / PODER LEGISLATIVO ÓRGÃOS CENTRAIS ÓRGÃOS SETORIAIS GERENTES DE PROGRAMASEstratégia e Diretrizes para
Implantação de Sistema de
GRADUALISMO – Modelagem do Sistema de Custos de forma Sistêmica:
1ª etapa – A partir dos Órgãos Centrais via sistemas
estruturantes para a base de dados do SIC;
2ª etapa – A partir da base de dados do SIC para
Unidades Administrativas (Centros de Custos);
Abrangência – Administração Direta e Indireta.
Concomitância, Circularidade
e Melhoria Contínua
O uso e aperfeiçoamento das informações de custos leva à melhoria do:
Planejamento; Orçamento;
Contabilidade do Setor Público; Processos de trabalho;
Contratualização de metas; Prestação de contas;
Controle dos estoques e do ativo imobilizado.
A MELHORIA DESSES SISTEMAS LEVA À MELHORIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CUSTOS.
Desenvolvimento de cultura de custos
no processo de tomada de decisão
As informações de custos podem/devem ser
utilizadas na tomada de decisão quanto: 1. Planejamento
2. Preparação do orçamento
3. Controle de custos dos serviços prestados 4. Avaliação do desempenho
5. Avaliação de programas
6. Definição de reembolsos e fixação de preços e tarifas
Desenvolvimento de cultura de custos
no processo de tomada de decisão
É fundamental desenvolver/incentivar o uso de informação de custos para fins gerenciais nos órgãos centrais e setoriais.
Os órgãos setoriais ainda estão muito focados na execução, é necessário ampliar foco para a qualidade
da informação e seu uso no processo de gestão.
Estratégia de Implantação
Diretrizes para a construção
do Sistema de Informação de
O sistema de informação de custo integra-se conceitual e sistemicamente aos subsistemas:
– orçamento público;
– contabilidade governamental.
• Esses subsistemas compõem o sistema de
informações contábeis gerenciais do ente público e têm como limite de atuação os dados e informações internas.
• O sistema de orçamento público é o
receptáculo das decisões sobre as políticas públicas e o balizador de sua execução.
• As informações dos valores e quantidades
orçadas, classificadas sob o prisma:
– institucional; – funcional; e – programático.
• São o ponto de partida do sistema de
informação de custo e da avaliação dos gestores do ponto de vista da eficiência, eficácia e efetividade.
• O sistema de contabilidade orçamentária
governamental reconhece as receitas e despesas mediante o Regime de Competência Modificado, registrando-as
conforme as especificações
orçamentárias.
• As despesas liquidadas orçamentárias
equivalem ao conceito de gasto e podem ser consideradas como custo dos produtos ou serviços prestados no período após as reclassificações e ajustes necessários.
• Programa: principal objeto de custo do
sistema.
• Esta diretriz impede a padronização das
contas do sistema de custo.
O conjunto de objetos de custo é formado por:
– categorias do sistema orçamentário-programática, funcional, institucional;
– produtos e serviços prestados, identificados e
mensurados no sistema orçamentário ou nos
subsistemas de informação de custos.
Diretrizes
• Sistema de acumulação de custos:
– Projetos por ordem e atividades processo.
– A partir do custo dos projetos e das atividades,
a acumulação se faz de acordo com a hierarquia das contas do sistema contábil-orçamentário. • Sistema de custeio baseia-se nos custos
histórico e orçado.
• Método de custeio direto.
Diretrizes
• O sistema de informação de custo deve
prover informações que permitam avaliar:
– a eficiência do uso dos recursos;
– a eficácia dos gestores na obtenção de suas
metas;
– a efetividade das políticas públicas na
resolução dos problemas apresentados pela
sociedade.
Relacionamento:
Gasto, investimento, custo e despesa
Gasto
Custo
Investimento Custo
Despesa
Contabilidade Aplicada ao Setor Público
Despesa orçamentária
liquidada
Investimento
Custo
Modelo Conceitual no Setor Público
Relacionamento:
Despesa orçamentária
“Despesa executada por entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho.”
Empenho: É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico. (art. 58 da Lei nº 4.320/1964)
Fonte: Manual de Despesa Nacional - 1ª edição - Volume II
Contabilidade Aplicada ao Setor Público
versus Contabilidade de Custos
Estágios da despesa orçamentária
Liquidação: Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, em função do cumprimento de obrigação contratual, e/ou da entrega de bens ou serviços, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Pagamento: Consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.
Ponto de partida para a
construção do sistema
de informação de custo
Contabilidade Aplicada ao Setor Público
A variável financeira
Despesa Orçamentária Executada
Custos (Ideal)
(–) Despesa Executada por inscrição em RP não-processados
Contabilidade Orçamentária
(+) Restos a Pagar Liquidados no Exercício
(–) Formação de Estoques (–) Concessão de Adiantamentos
(–) Investimentos / Inversões Financeiras / Amortização da Dívida
Contabilidade Patrimonial
(Despesa Liquidada + Inscrição em RP não-proc.)
(–) Despesas de Exercícios Anteriores
(+) Consumo de Estoques
(+) Despesa Incorrida de Adiantamentos (+) Depreciação / Exaustão / Amortização Despesa após ajustes orçamentários
Despesa após ajustes patrimoniais
Ajustes Patrimoniais
Ajustes Orçamentários
Sistemas Estruturantes que
compõem o SIC
Variável Física
Variável Financeira
Custo Unitário = Variável financeira Variável física Variável Financeira Variável Física Variável Física
Sistema de Informação de Custos:
É fundamental apoiar a construção
e desenvolvimento:
i. Setoriais de custos da União;
ii. Sistemas de Informações de Custos dos entes estaduais e municipais.
Na construção dos subsistemas
de custos é fundamental:
1) Envolvimento e mobilização da alta
gerência para definir:
• Objetos de custo • Método de Custeio
Passaporte para o sucesso!
Na construção dos subsistemas
de custos é fundamental:
2) Foco na mensuração do custo dos
serviços prestados aos cidadãos.
É o que a sociedade sente e valoriza!
Na construção dos subsistemas
de custos é fundamental:
3) Foco na mensuração do custo das
unidades
administrativas
(escolas,
hospitais, penitenciarias).
É o que os gestores precisam comparar
e avaliar.
4) RETRABALHO
PECADO CAPITAL
O que aprendemos?
Na construção dos subsistemas
de
custos
é
fundamental
Para pensar ....
Caminhante, são teus rastos o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho, e ao olhar-se para trás vê-se a senda que jamais
se há de voltar a pisar. Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar
Nelson Machado
nelson@aprimora.com.br Nelson.machado@fgv.br
Participe,
fiscalize,
cumpra
e faça cumprir!
www.socialiris.org
Controle Social:
A Sociedade como Instância de Controle
Muito
INFORMAÇÃO DE CUSTOS
PARA O SETOR PÚBLICO
GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS
Relacionamento entre Determinantes de Custo, Recursos, Atividades e Objetos de Custo
Escala Escopo Experiência Tecnologia Complexidade Modelo de Gestão Estrutura de Capital Participação Admin. Qual. Total
Utilização Capacidade instalada Layout da fábrica
Configuração do produto Ligações na cadeia de valor Competências e habilidades Capacidade de aprendizagem Pessoal Tecnologia Máquinas Materiais Desenho de produtos Treinamento Usinagem Montagem Gerenciamento
Objetos de custo: Produto, Linha de Produto. Cliente, Área de Responsabilidade
Medidas de Atividade (consumo) Medidas de Atividade (produto) DETERMINANTES DE CUSTO
atividades e os recursos necessários para executá-las
Rec ur so s Ativi da de s ESTRUTURAIS OPERACIO NAIS Direcionadores de Custo dos Recursos Direcionadores de Custo de Atividades
POLÍTICAS PÚBLICAS
determinam os programas, as atividades e os recursos para executá-las PPA LDO LOA RECURSOS NECESSÁRIOS PESSOAL MATERIAL E SERVIÇOS EQUIPAMENTOS PRODUTOS/SERVIÇOS OBJETOS DE CUSTO
RELACIONAMENTO: Políticas Públicas, Recursos, Atividades e Objetos de Custo
SISTEMA DE CUSTOS DO SETOR PÚBLICO
PROGRAMAS PROJETOS ATIVIDADES CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL Funções e subfunções CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL ( Centros de Responsabilidade) Poder Órgão UGO UGE
CUSTO DESPESA GASTO INVESTIMENTO CUSTO INVESTIMENTO DESPESA ORÇAMENTÁRIA LIQUIDADA CUSTO Definição Conceitual Diversidade Terminológica
Definições Conceituais
A variável financeira
Despesa Orçamentária Executada
Custos (Ideal)
(–) Despesa Executada por inscrição em RP não-processados
Contabilidade Orçamentária
(+) Restos a Pagar Liquidados no Exercício
(–) Formação de Estoques (–) Concessão de Adiantamentos
(–) Investimentos / Inversões Financeiras / Amortização da Dívida
Contabilidade Patrimonial
(Despesa Liquidada + Inscrição em RP não-proc.)
(–) Despesas de Exercícios Anteriores
(+) Consumo de Estoques
(+) Despesa Incorrida de Adiantamentos (+) Depreciação / Exaustão / Amortização Despesa após ajustes orçamentários
Despesa após ajustes patrimoniais
Ajustes Patrimoniais
Ajustes Orçamentários
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO CONTÁBIL:
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS / GERENCIAIS Contabilidade Governamental Orçamento Público SISTEMA DE CUSTO SISTEMA INSTITUCIONAL SISTEMA ORGANIZACIONAL
SISTEMA FÍSICO OPERACIONAL
RECURSOS PROCESSAMENTO PRODUTOS / SERVIÇOS
SISTEMA DE GESTÃO MODELO DE DECISÃO Planejamento/Execução/Controle MODELO DE MENSURAÇÃO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE GESTÃO ESTRATÉGICA SISTEMA SOCIAL INTEGRAÇÃO SISTÊMICA
Sistema de Custos do Setor Público:
Estratégia para construção
de subsistema de Informação de Custo
Envolvimento e mobilização da alta
gerência para definir:
• Objetos de custo • Método de custeio
• Fontes para coleta de Dados • Tecnologia de informação
Controle Social:
Uma definição inicial…
“...Conjunto de meios de intervenção, quer
positivos quer negativos, acionados por
cada sociedade ou grupo social, a fim de
induzir
os
próprios
membros
a
se
conformarem
às
normas
que
a
caracterizam, de impedir e desestimular
os
comportamentos
contrários
às
mencionadas normas....”
Bobbio, Norberto. Dicionário de Política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 11ª Ed. 1998
III
– adoção de sistema integrado de
administração financeira e controle, que
atenda a padrão mínimo de qualidade
estabelecido pelo Poder Executivo da
União.
» Art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal
(Incluído pela Lei Complementar nº 131, de 2009)