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Desenvolvimento com redução da pobreza e das desigualdades através do desenvolvimento regional

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Academic year: 2021

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Desenvolvimento com redução da

pobreza e das desigualdades

através do desenvolvimento regional

Um modelo iniciado pelo Prof. Pedro Sisnando Leite, elaborado e implementado no Ceará pelos Governos de

(2)

Participantes

Equipe Fundadora:

Pedro Sisnando Leite, Mônica Clark Nunes Cavalcante, Carlos Matos Lima

Conselho Gestor:

Francisco Queiros Maia Junior –Secretaria do Planejamento e Coordenação Alex Araújo – Secretaria do Desenvolvimento Local e Regional

Prof. Pedro Sisnando Leite (ex-secretario do Desenvolvimento Rural) Carlos Matos Lima – Secretario da Agricultura e Pecuaria

Helio Guedes de Campos Barros – Secretário da Ciência e Tecnologia

Alci Porto – Superintendente do SEBRAE (anteriormente: Regis Dias, Sérgio Alcântara)

Marcos Holanda – Presidente do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica

Coordenador Geral:

Jair do Amaral Filho – Consultor da SDLR

Coordenadores:

(3)

Problema:

a pobreza e a desigualdade

persistente juntamente com o

crescimento econômico.

(4)

Não é invenção do Ceará: é uma característica de muitos países em processo de

crescimento econômico (Cardoso e Helwege 1992, Selowsky 1981, Haddad and Hewings 1999; Schalk e Unitiedt 2000, Cannon, 1980)

Explicação básica: os esforços para o crescimento macro-econômico levam à

concentração em setores e regiões específicos

(5)

A questão:

Como alcançar tanto o

crescimento econômico

quanto a redução da

(6)

Resposta 1:

Assistencia direta às

pessoas mais pobres

:

remessas, previdência social.

Efeito imediato da redução pobreza, nenhum ou um efeito negativo no

crescimento e no equilíbrio social de médio e longo prazo

(7)

Resposta 2:

Assistencia direta a os

setores mais pobres:

setor agrícola e rural:

– Desenvolvimento agrícola (Dorward et.al., 2004, Kidd et.al., 2004),

reforma agrária (Balisacan and Fuwa, 2004).

– “Empoderamento”, educação, participação (Berner and Phillips 2005, Timmer 2004, Banik and Bhaumik 2005, Burger and O’Neill 2004, Galster et.al., 2004).

Suposições ocultas sobre a contribuição da agricultura para o crescimento econômico e sobre a distribuição da população entre os setores rurais e urbanos.

(8)

Nossa tese

• As raízes do problema estão na existência de uma falha básica de mercado no processo de adaptação às mudanças estruturais.

• A resposta deve estar, portanto, na solução dessa falha de mercado.

(9)

Um modelo tradicional

Crescimento econômico

Transformação da estrutura econômica

Menos agricultura, mais indústria e posteriormente mais serviços

Transformação da estrutura espacial demográfica

(10)

A falha de mercado:

A estrutura econômica em

transformação a nível estadual

não é atendida por uma

transformação demográfica e

sócio-econômica no interior.

(11)

Área rural: 6% produto agrícola 32% emprego agrícola Nenhum crescimento da produtividade Emprego não agrícola Condições insuficientes de apoio urbano, serviços e capital humano Migração para as cidades locais Condições insuficientes para competitividade industrial: baixo crescimento industrial, baixo crescimento demográfico Baixo potencial Migração para a RMF Incapacidade de parte da população de migrar. Incapacidade da RMF de prover o apoio necessário.

Elevada concentração de atividade

econômica e populacional

Na área rural:

Desemprego disfarçado, baixa produtividade, pobreza. Nas cidades locais:

Base urbana insuficiente, incapacidade de integrar-se à economia do estado, baixa

produtividade, baixa atratividade à

população rural. RMF

Na RMF:

Incapacidade de apoiar

econômicamente o crescimento demasiado rápido da população, desigualdade crescente entre grupos populacionais.

C

C C

(12)

A abordagem da política

Adaptação estrutural do interior às mudanças econômicas e demográficas que são

necessárias naturalmente para o desenvolvimento:

(13)

RMF RMF C C C 1. Reestruturação espacial: fortalecimento dos centros urbanos 2. E apoio à colaboração regional: aumento das economias de aglomeração 3. Estimulação do aumento da produtividade: educação, empreendedorismo, organização rural, tecnologia Consequência 1: maior oferta de oportunidades de emprego para a população rural das cidades próximas

Consequência 2: desvio da migração - mais para as cidades do interior, menos para a RMF

Consequência 3:

crescimento demográfico mais equilibrado na RMF

Consequência 4: menos mão de obra excedente na área rural, produtividade

(14)

Diretrizes da política: integração das medidas de desenvolvimento aos níveis estadual (macro),

regional (intermediário) e municipal (micro)

Estado Região Município

Reestruturação urbana do Interior: cidades secundárias e terciárias

Medidas de apoio para o aumento da competitividade da economia no Interior

1

2 Estado Região Município Região

(15)

Implementação:

algumas medidas

tomadas pelo Estado do

Ceará nos últimos anos

(16)

Reestruturação espacial urbana

• Identificação de 4 centros secundários urbanos e de 13 centros terciários urbanos (cada um

envolvendo um número de municípios).

• Preparação de um Plano de Desenvolvimento Regional para cada um com base em diretrizes específicas com respeito a:

– Potencial econômico da região.

– Necessidades de infraestruturas físicas, humanas e organizacionais.

(17)

Criação da SDLR

Diálogo contínuo do governo com as regiões do Interior:

• Redistribuição dos orçamentos, em uma base regional

• Coordenação das ações do estado ao nível local

Para desenvolver capital social, criar economias de escala e fazer uma coordenação entre a economia da região e a

(18)

Conselhos regionais

Incluindo as lideranças econômicas e sociais da região, e os representantes públicos regionais, como participantes ativos do processo de

planejamento

A fim de melhorar o “capital social” regional, aumentar a sinergia entre as forças sociais e

(19)

Unidades de desenvolvimento econômico regional, ou:

Escritórios regionais

Apoiam os conselhos regionais nos esforços para o desenvolvimento regional:

identificação das necessidades, contatos

com o governo, coordenação entre as várias entidades regionais, apoio para cooperação entre os municípios.

A fim de aumentar a coesão regional, externalidades, renda.

(20)

Apoio à atividade empresarial

Programa de consultoria para PMEs do

Interior, com base em uma abordagem de ir ao alcance (reach out), 15 horas de

consultoria para o diagnóstico dos

problemas principais e recomendações

preliminares, pode ser continuado com uma segunda fase de consultoria específica.

(21)

Apoio ao avanço tecnológico

Programa “Agente Regional de Inovação”, ajudando as empresas no desenvolvimento tecnológico, na promoção da cooperação entre empresas com os mesmos problemas tecnológicos, e coordenação entre

universidades ou institutos de pesquisa e empresas.

A fim de melhorar a produtividade mesmo das atividades tradicionais, e a integração da

(22)

Empreendedorismo rural

(piloto)

Apoio à organização de agricultores nas

iniciativas de comercialização conjunta, compra de insumos, processamento

industrial de produtos agrícolas.

A fim de aumentar a produtividade rural e a competitividade, e estimular o emprego

(23)

Outros programas criados

• Educação • Transferência de tecnologia • Apoio rural • Desenvolvimento agrícola • Etc…

(24)

Outros programas sendo

considerados

• Atividades turísticas no setor rural. • Consultoria a micro-empresas.

• Industrialização rural.

• Melhoramento do capital humano. • Criação de uma rede tecnológica.

(25)

Contribuição para a diminuição

da pobreza e da desigualdade

• 2000 pequenas e médias empresas com nível de

produtividade mais elevado, e crescimento previsto, com influência sobre toda a região.

• 7 conselhos regionais e escritórios regionais, cooperando na melhoria da produção,

comercialização, e aumentando a coerência regional, renda e fontes de emprego.

• Em três regiões, maior produtividade e

competitividade através de um melhoramento tecnológico.

• Melhor distribuição dos recursos financeiros do estado através da SDLR, possibilitando maiores

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Indicadores globais:

mudanças na pobreza e na desigualdade

• Pobreza: maior diminuição do índice de pobreza de 71%

em 1992 para 54% em 2003, comparado com: NE- de 68%

para 55%, Brazil- de 43% para 32%.

• Renda p/c: maior aumento, de $R135 para $R191 (41%), comparado com NE- de $R147 para $R197 (34%) e Brazil-de $R273 para $R360 (32%)

• Redução do índice Gini de 0.62 durante 15 anos para 0.57

em 2003, agora mais baixo do que no Nordeste (0.59) e no Brasil (0.58).

(27)

Resumindo

• Pobreza e desigualdade são influenciadas por uma falha

do sistema de mercado livre

• Apoio à agricultura ou à população rural não é uma

resposta suficiente

• O modelo: uma política tridimensional integrada:

– No nível macro, reestruturação espacial urbana a fim de criar uma base para a indústria e os serviços nas regiões não

metropolitanas, e oferecimento de serviços de apoio às atividades rurais.

– No nível micro, proporciona atividades de emprego não

agricola no espaço rural com apoio em fatores que eram menos acessíveis em um ambiente basicamente agrícola:

empreendedorismo industrial, avanço tecnológico, e também iniciativas empresariais rurais.

– No nível regional, fortalecimento das forças regionais, através da promoção do capital social: organização de lideranças

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Conclusão

A aplicação destas medidas pelo governo do Ceará resultou até agora em tendências animadoras: um processo de crescimento econômico mais equilibrado regionalmente, com menor pobreza e desigualdade.

Esta política deve ser ampliada no futuro, para incluir mais Secretarias, e para ser aplicada em mais regiões do

estado.

Referências

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