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Simespi comemora a suspensão de mudança no ICMS após manifestações

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Academic year: 2021

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EXONERADO

O cartunista Erasmo Spa-dotto foi exonerado das funções de diretor do Cedhu (Centro Na-cional de Documentação, Pes-quisa e Divulgação do Humor Gráfico), onde permaneceu por vários anos. É do segundo esca-lão da Semac – Secretaria da Ação Cultural –, cujo secretário no-meado pelo prefeito Luciano Al-meida (DEM) é o professor Adol-pho Queiroz (PL). Registrado.

MÁSCARA

Foi ótimo o prefeito Luciano Almeida (DEM) visitar as depen-dências da Prefeitura Municipal, destacando-se ontem o setor da

Cultura, acompanhado pelo pro-fessor Adolpho Queiroz (PL). Foto-legenda nesta edição. Para o Ca-piau, Luciano merece ter pelo me-nos 200 dias para mostrar o seu Governo; entretanto, não precisa esperar seis meses para deixar a máscara (necessária) dos De-mocratas (25) e colocar a da Prefeitura do Município. Precisa?

CRÍTICAS

Não faltaram, nas redes so-ciais, críticas aos deputados es-taduais Roberto Morais (Cid) e Alex de Madureira (PSD), pelo apoio ao governo estadual em relação ao aumento do ICMS, considerado “a morte dos peque-nos produtores”. Pelo jeito, o governador João Dória (PSDB) cancelou a decisão e está tentan-do estar “de bem” com os agricul-tores. Com imposto mais alto, im-possível sobreviver como político.

Edição: 8 páginas

Simespi comemora a suspensão de

mudança no ICMS após manifestações

A notícia da suspensão de qualquer alteração de alíquota de ICMS em

alimentos, medicamentos e insumos agrícola ocorreu na manhã de ontem (7)

As manifestações em relação ao aumento do ICMS-SP realiza-das em Piracicaba e diversas par-tes do Estado surtiram efeito. O Simespi (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Ma-terial Elétrico, Eletrônico, Siderúr-gicas e Fundições de Piracicaba) havia elaborado um Nota de Re-púdio e, na manhã de ontem (7), participou como apoiador do tra-toraço promovido pela Coplacana, quando mais de 30 tratores per-correram ruas da cidade. O mo-vimento contou também com o apoio da Acipi e sindicatos rurais. A notícia da suspensão do cance-lamento de qualquer alteração de alíquota de ICMS em alimentos, medicamentos e insumos agríco-la ocorreu praticamente junto ao movimento realizado em Piraci-caba. A comitiva se reuniu na Es-tação da Paulista e seguiu em ve-ículos com faixas alertando a população sobre o impacto nega-tivo para o consumidor final. A4

Tratoraço promovido pela Coplacana teve mais de 30 tratores percorrendo as ruas da cidade Divulgação

Divulgação/PDT

O prefeito Luciano Almeida (DEM) percorreu, na manhã de quinta (7), alguns espa-ços administrados pela pas-ta da Cultura para conhecer as estruturas, conversar com as equipes e saber sobre os projetos desenvolvidos nos espaços. As visitas aconte-ceram no Parque da Estação da Paulista, na Pinacoteca Municipal, na Casa do Povo-ador e no Engenho Central. O prefeito estava acompa-nhado do secretário da Ação Cultural, Adolpho Queiroz (PL). Luciano solicitou às

equipes que o receberam, a elaboração de relatórios com informações de recursos hu-manos, número de atendi-dos, valores investiatendi-dos, um panorama completo de cada local. Informa-se que o pre-feito aproveita esta primeira semana para conhecer in loco os espaços internos e externos da Prefeitura para balizar planos e ações para cada pasta. Nos pri-meiros dias, Luciano percor-reu o prédio do Centro Cívico e, ontem, começou as visi-tas aos espaços externos.

VISITAS

Moção faz apelo ao Estado

contra corte de 12% no SUS

Corte nos repasses mensais do SUS afeta atendimentos hospitalares

O vereador Gilmar Rotta (CID) apelará ao governador do Estado de São Paulo, João Dó-ria (PSDB), para que reveja a decisão de corte de 12% nos re-passes mensais de atendimento ao SUS (Sistema Único de Saú-de). A resolução 1/2021, já em

vigor, foi publicada no Diário Oficial do Estado na última ter-ça (5). Como a moção de apelo dará entrada na Casa somente em fevereiro, com a retomada nas reuniões ordinárias, e, a fim de agilizar o processo, o parla-mentar também encaminhará

ofício ao governador. A medida afetará diretamente entidades filantrópicas, autarquias, fun-dações e instituições de saúde universitárias – em Piracicaba, a Santa Casa e o Hospital dos Fornecedores de Cana - em ações não relacionadas à Covid-19. A5

Para quem se distanciou do mercado, sempre há a possibilida-de possibilida-de um recomeço, possibilida-de se pensar em uma nova carreira ou mesmo de retomar a que já havia inicia-do. Hoje, as faculdades auxiliam muito nesse processo de recoloca-ção, com cursos livres, orientação profissional e até mesmo com va-gas de estágios. O diretor da Anhanguera Piracicaba, Marcelo Francisco, diz que o Enem (Exa-me Nacional do Ensino Médio) tem ajudado muitas pessoas a co-meçarem uma faculdade, já que a seleção do exame permite in-gressar em universidades públi-cas e privadas, estudar no exteri-or e participar de programas de financiamentos estudantis. A4

Enem garante

o acesso

ao ensino

superior

Sebrae ampliará

capacitação a

empreendedores

em Ártemis

Será ampliada a parceria para a capacitação de empreendedores do distrito de Ártemis pelo pro-grama Empreenda Rápido, do Sebrae e do governo do estado de São Paulo. A iniciativa de conti-nuar o trabalho de capacitação realizado para a implantação da Feira Cooperativa Ártemis/Lago Azul é do vereador José Everaldo Borges, o Josef Borges (SD), que participou de reunião com a ge-rência regional do Sebrae Piraci-caba nessa quarta-feira (6). A6

Janeiro é o mês dedicado à conscientização a respeito da saú-de mental, cada vez mais reconhe-cida como uma prioridade global de saúde e desenvolvimento eco-nômico. Para chamar a atenção sobre o tema e reforçar a impor-tância dos cuidados, em especial no contexto vivido em decorrên-cia da pandemia do novo coro-navírus, a ANS (Agência Nacio-nal de Saúde Suplementar) des-taca informações relevantes. A4

Janeiro Branco:

sinal de alerta

à saúde mental

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A2 Sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

É hora de priorizar os brasileiros

Basilio Jafet

Q

uando Jair Bolsonaro as-sumiu a Presidência da República, duas mensa-gens de sua campanha fica-ram gravadas: o Brasil para os brasileiros; menos Estado e mais empreendedorismo.

A força dessas mensagens autorizou a acreditar que iniciarí-amos uma nova jornada. Sabía-mos que o primeiro ano de man-dato seria complicado, dedicado à articulação com o Congresso Nacional, pois, sem ele, nenhum governo democrático consegue governar. E o ministério técnico nomeado foi grata surpresa.

Também é preciso lembrar a atuação governamental para aprovar a reforma da Previdên-cia, lastreada em intenso tra-balho de esclarecimento e con-vencimento da população. Foi uma vitória da sociedade.

Mesmo assim, algumas expectativas foram frustra-das, em especial a aplicação da bem-elaborada agenda econô-mica, onde a chance de um Estado menor e mais liberal

animou o setor produtivo e faz brilhar os olhos de investido-res locais e internacionais.

Pouco se avançou nesse cam-po. E menos ainda em 2020, quan-do a pandemia desestruturou o grande projeto nacional de priva-tizações, concessões, parcerias e outros avanços necessários para reduzir o déficit fiscal. Déficit que levou a dívida a incríveis 91% de nosso Produto Interno Bruto (PIB), uma das maiores do pla-neta entre os países de renda mé-dia. Precisamos mostrar um pro-jeto crível e eficiente de país para que seu carregamento possa ocorrer sem maiores traumas.

A pandemia por covid-19 re-velou o tamanho da desarticula-ção entre os governos federal, es-taduais e municipais. De repen-te, deixamos de ser uma federa-ção. Passamos à condição de es-tados desunidos. Os interesses políticos sobrepujam os do País. E o mesmo cenário se repete quanto à chegada da vacina que, imunizando a população, permiti-rá que voltemos a focar em outras questões prioritárias, como com-bater o enorme desemprego, com

milhões de famílias lançadas à miséria, rezando para que o se-tor produtivo nacional volte a ope-rar e a geope-rar postos de trabalho.

Muito se falou em novo nor-mal. Mas será que podemos con-siderar normal a irracional dis-puta entre os Poderes e entre os próprios ministérios? Que se de-mande ao STF, guardião da Cons-tituição, desrespeitá-la? Que se considere lícito burlar o teto de gastos por conta do auxílio emer-gencial? Que os parlamentares fi-quem meses sem votar pautas fundamentais para o desenvolvi-mento nacional, atribuindo tal paralisia à pandemia, às eleições municipais ou às eleições das me-sas diretoras das came-sas? Que, dada a divergência de opiniões, poderá ser reeditada a Revolta da Vacina, rebelião popular de

opo-A pandemia por

A pandemia por

A pandemia por

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covid-19 revelou

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o tamanho da

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desarticulação

desarticulação

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entre os governos

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federal, estaduais

federal, estaduais

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e municipais

e municipais

e municipais

e municipais

e municipais

Data da fundação: 01 de agosto de 1.974

(diário matutino - circulação de terça-feira a domingo)

Fundador e diretor: Evaldo Vicente COMERCIALIZAÇÃO Gerente: Sidnei Borges

SB – Jornais Regionais – EIRELI - 27.859.199/0001-64 Rua Madre Cecilia, 1770 - Piracicaba/SP - CEP 13.400-490

- Tel (19) 2105-8555

IMPRESSÃO: Jornais TRP Ltda, rua Luiz Gama, 144 – CEP 13.424-570

Jardim Caxambu - Piracicaba-SP, tel 3411-3309

Covid-19: o tratamento precoce (de baixo custo)

Dirceu Gonçalves

Q

uando boa parte dos dos e municípios reativa hospitais de campanha e toma outras providências para en-frentar o novo avanço da pande-mia, chama a atenção a determi-nação do novo prefeito de Porto Alegre (RS), Sebastião Melo (MDB). Tratar precocemente com hidroxicloroquina, ivermec-tina e outros medicamentos tra-dicionais e de baixo custo, os pa-cientes logo após testarem posi-tivo. E, ao mesmo tempo, man-ter em funcionamento a econo-mia do município - restaurantes, bares, shoppings, comércio de rua e prestadores de serviços – observadas as medidas sanitárias básicas como o uso de máscaras, assepcia das mãos, distanciamen-to pessoal e não aglomeração.

Ao mesmo tempo em que se-tores advertem que os medicamen-tos do tratamento precoce não têm eficácia cientificamente comprova-da para o combate ao coronavírus (um mantra que vem sendo repe-tido desde a chegada do ma epidê-mico), torna-se interessante obser-var que o tratamento do mal em sua fase inicial é recomendado por

O enfrentamento

O enfrentamento

O enfrentamento

O enfrentamento

O enfrentamento

a Covid-19

a Covid-19

a Covid-19

a Covid-19

a Covid-19

requer união,

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comprometimento,

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desprendimento

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desprendimento

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e até patriotismo

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e até patriotismo

e até patriotismo

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dos envolvidos

dos envolvidos

dos envolvidos

dos envolvidos

dos envolvidos

experientes especialistas nacionais e internacionais como forma de evitar que o quadro se torne grave e exija internação e cuidados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Lembremos, ainda, que os medicamentos tradicionais cus-tam menos de R$ 100 a caixa com 30 comprimidos, enquanto a exe-cução dos protocolos indicados para pacientes graves se eleva a alguns milhares de reais. Ainda mais: se conseguir barrar a in-fecção na fase inicial, os pacien-tes que responderem bem ao tra-tamento estarão salvos e não ne-cessitarão do socorro mais one-roso, que restará disponível como retaguarda aos que chegarem ao estágio grave da epidemia.

A partir dessa corajosa deci-são do prefeito Melo, a capital ga-úcha - que tem 1 milhão e 483 mil habitantes e hoje registra 78.339 casos e 1.878 óbitos decorrentes da Covid-19 - passa a ser vista como referência no combate à pan-demia. Em vez de participar da indigesta e estéril discussão sobre medicamentos, quarentenas e for-mas de combate, parte para o tra-tamento primário que poderá re-sultar na tão discutida comprova-ção (ou não) da eficiência dos

me-dicamentos simples. O prefeito não seria louco a ponto de tomar ati-tudes desse porte sem ter o asses-soramento de autoridades do meio científico e de saúde do município e, pela natureza do trabalho, sua equipe acompanhará a evolução do quadro de cada um dos paci-entes precocemente tratados para chegar à conclusão, que será uma importante contribuição à ciência. Ninguém tem, a priori, meios de garantir o acerto da medida. Mas, em curtíssimo prazo, os números nos darão a informação. Se dimi-nuírem os novos casos de doentes ou pelo menos reduzir o percentu-al de letpercentu-alidade, o esforço porto-alegrense terá produzido os efei-tos desejados e, principalmente, gerado o conhecimento que pode-rá beneficiar outras localidades brasileiras e até do exterior cujas populações padecem. E essa expe-riência ocorrerá sem riscos pois,

se os níveis continuarem os mes-mos, restará provada a ineficiên-cia até hoje não definida do trata-mento precoce e dos antivirais sim-ples e baratos. Mas os pacientes não terão sido prejudicados por-que, da forma que se procedeu desde o começo da pandemia, fa-talmente iriam para a internação e o tratamento de alto custo e en-frentariam a possibilidade da fal-ta de vaga. Os que não responde-rem ao tratamento precoce fica-rão onde estariam se o novo sis-tema não tivesse sido implantado. Mais uma vez repetimos. O enfrentamento a Covid-19 requer união, comprometimento, des-prendimento e até patriotismo dos envolvidos. As contendas que te-mos assistido no setor não podem continuar. Os governantes e seus auxiliares têm nas mãos a no-bre missão de salvar vidas. Se não cumprirem, estarão deson-rando o mandato popular...

———

Tenente Dirceu Cardo-so Gonçalves, dirigen-te da Aspomil (Associ-ação de Assistência So-cial dos Policiais Mili-tares de São Paulo); aspomilpm@terra.com.br

Enquanto isso...

"In Extremis"

o certo teria sido alimentar-me, fortalecer-me para – numa de-cisão justa – lutar contra a pos-sível fome de meus irmãos. Não se pode, num naufrágio, deixar-se afogar com os afogados. Há-que salvar-se e tentar salvá-los. Algo semelhante ocorreu-me nessa pandemia. Penso ter que-rido sofrer com tantos outros sofredores, uma solidariedade mórbida. E, nessa morbidez, dei-xei de contar as maravilhas que, apesar da pandemia, continua-vam acontecendo. Ora, quem vira aquele filete de Lua, brilhan-do na imensidão brilhan-do azul mati-nal? Pois, eu tinha visto. Quem ouvira o dueto do bem-te-vi com a rolinha? Pois, eu ouvira. No entanto, por que não con-tei? Por que não entendi que, ape-sar de tudo, seguia, a nature-za, o seu curso deslumbrante? Confesso o meu mal estar por equivocar-me com uma so-lidariedade que pensei espon-tânea. Permaneci no meu can-to, como permaneço há déca-das. E as belezas do cotidiano tão simples pareceram-me opressivas, culposas. E, no en-tanto, a vida continuava pulsan-do apesar de um vírus que, na realidade, é, apenas, parte do todo. De que fazemos parte e, não, de que pensamos ser donos. Eu vi botões de rosa florin-do, colorindo o canteiro. E, dias depois, vi formigas devorando as pétalas tão tenras. Vi abelhas e beija-flores sugando o suave fru-to da terra. E, pela primeira vez, vi um ninho de urubu, atrás de uma imagem de Nossa Senhora. O gato tentava caçar o calango. A brisa e as folhas das árvores sussurravam coisas. Schu-mann, Schubert fruíam da cai-xa de som. Vida e morte, harmo-nia e luta pela existência convivi-am num mesmo espaço de terra. Enquanto isso, um novo ví-rus chegara. Apenas mais um.

———

Cecílio Elias Netto, escri-tor, jornalista, decano da imprensa piracicabana (celiato@terra.com.br) Cecílio Elias Netto

N

ão tenho qualquer dúvi-da: o homem é herdeiro da criança que foi. Para o bem, para o mal. Somos qual a página em branco que, dia a dia, está a receber impressões. Hoje, uma gota de azul; ontem, um pingo de vermelho. E um borrão, um rabisco. Aos poucos, compõe-se, assim, uma paisagem radian-te ou sombria. A criança encan-tada gera o homem que se en-canta. E o desencanto, também. Nestes nossos dias assus-tados e assustadores, hesitei, diversas vezes, em comentar a beleza que, apesar de tudo, con-tinua existindo. Algo me blo-queava, como se, ao fazê-lo, vi-esse a faltar com a solidarieda-de a tantos sofredores com suas perdas, separações, dores. Mas eu me perguntava o porquê da hesitação. Se noite e dia convi-vem, se o belo e o feio coexis-tem – por que hesitar? Foi quan-do – sei lá se numa inspiração, se numa advertência – lembrei-me de um episódio da infân-cia. Da tão distante infâninfân-cia.

Vivíamos, então, a tragé-dia da morte de minha irmãzi-nha num brutal acidente, vimada por um caminhão. Eu ti-nha cinco anos. Meus pais pa-reciam ter deixado de existir. Perderam todas as forças. Lem-bro-me deles deitados lado a lado, chorando. A fome nos rondava. E, então, fui levado para a casa de tios meus, em ou-tra cidade. Lugar aprazível, se-reno. Tudo era alegria. E farta, a mesa. Lembro-me de ter-me per-turbado com aquele contraste entre luz e sombra, o sombrio de minha família destroçada.

Num dia, ao almoço na casa deles, saí correndo, criança per-turbada por sentimentos que eu não entendia. Minha tia servi-ra-me um prato apetitoso, co-mida abundante, cheiro sedu-tor. Não suportei. Corri, fugin-do. Era-me impossível comer sa-bendo que meus irmãos poderi-am estar passando fome. Foi – depois, entendi – um sentimen-to de solidariedade tão violensentimen-to que me iria acompanhar ao lon-go da vida. Se parecer ter sido bom, generoso, não o foi. Acon-tecera-me uma dor sentimental, sem justificativa racional. Pois

O homem é

O homem é

O homem é

O homem é

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herdeiro da

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criança que

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foi; para o bem,

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para o mal

para o mal

para o mal

para o mal

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sição à imunização contra varío-la, em 1904, no Rio de Janeiro?

Sabemos que temos de confi-ar. Confiança é o combustível do empreendedor, assim como segu-rança jurídica, crédito, juros bai-xos e inflação controlada. Essa si-tuação kafkiana tem de acabar. É primordial romper a muralha do corporativismo, construída tijolo por tijolo sob as nossas vistas.

Precisamos mudar. Não se tra-ta de mero desabafo, mas um cha-mamento. Precisamos de políticas (e políticos) que priorizem os brasi-leiros. A nossa hora tem de chegar. Temos homens de bem e com privi-legiada inteligência para conduzir o País. E nossa tarefa é garantir que eles tenham espaço para traba-lhar por nós, sem as amarras do partidarismo, do corporativismo, da ideologia e do protecionismo.

Quem põe comida na mesa das famílias é o emprego. Quem diminui a desigualdade social é o empregador do setor priva-do. E tudo o que ele pede é sa-ber para onde vai o Brasil.

———

Basilio Jafet, presi-dente do Secovi-SP

Epifania do Senhor

Antonio Lara

N

um mosteiro, um jovem monge passou meses, jun-to com outros, para tecer um grande tapete. Estava enjoado daquele trabalho cansativo e repe-titivo. Um dia levantou de sua cadeira e saiu gritando com raiva: -Chega. Todo dia a mesma coisa. Não consigo mais continuar. Es-tava procurando um fio de ouro e me mandam cortá-lo, depois jun-tá-lo de novo, depois corjun-tá-lo mais uma vez. Sempre assim, - Meu fi-lho – lhe disse o monge mais ve-lho, correndo atrás dele – pare, por favor. Você não viu o tapete do lado certo. Você estava trabalhan-do no avesso e somente num pon-to. – Pegou o jovem pelo braço e o reconduziu na sala onde todos os outros tinham parado de traba-lhar e estavam estendendo o tape-te. – Veja e admite – disse o velho monge ao jovem. O noviço ficou encantado. Descobriu que estava trabalhando nos detalhes de um maravilhoso desenho: o Mago que se ajoelhavam na frente do Meni-no Jesus cheios de alegria, o ado-ravam e lhe apresentavam os seus dons. O fio de outro que ele estava cortando e juntando era a auré-ola dourada do Menino Deus. O

A verdadeira

A verdadeira

A verdadeira

A verdadeira

A verdadeira

liberdade exige

liberdade exige

liberdade exige

liberdade exige

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a busca

a busca

a busca

a busca

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fadigosa

fadigosa

fadigosa

fadigosa

fadigosa

da verdade

da verdade

da verdade

da verdade

da verdade

jovem entendeu o valor do seu humilde trabalho. Estava cola-borando com uma obra grande e de extrema beleza. Ficou feliz.

No dia da Epifania do Se-nhor, celebrado domingo passado, podemos lembrar quantas vezes já vimos pintada, desenhada ou mes-mo representada à cena dos Ma-gos, ajoelhados em adoração, na frente do Menino Jesus e de Ma-ria, sua mãe. Sempre tem muitas estrelas, mas uma brilha mais do que as outras. É aquela que guiou os Magos. É bom. Mais difícil, é entender o sentido desta festa maravilhosa e ao mesmo tempo desafiadora. O Menino que nas-ceu no Natal é o salvador de todos e não somente de alguns. Esta é a boa noticia. A dificuldade é con-duzir as pessoas ao encontro com o Salvador para que possam ao mesmo tempo em que o acolhem deixar-se acolher e amar por Ele.

Vivemos numa época em que tanto valores, inclusive os religio-sos, são discutidos

superficialmen-te, reduzindo-os a historias do passado ou literalmente silencia-dos. Cada um acredite no que qui-ser, decida como achar melhor. A religião parece ser questão de gos-to; é inútil discutir, confrontar, aprofundar. Com tantas coisas mais urgentes para fazer – como consumir e se divertir – parece tem-po perdido. Como acordar estes nos-sos irmãos e irmãs do desinteres-se, da indiferença, do relativismo? Não tenho receitas mágicas. Posso somente repetir a mensagem da festa da Epifania. O que Jesus veio nos revelar não somente para alguns ou para quem quiser. Diz a respeito da vida de todos porque quer nos ajudar a dar um sentido á própria vida. Quando tiramos Deus da nossa existência e o redu-zimos aos nossos gostos, de fato o substituímos com outras coisas ou com nós mesmos. Nós nos torna-mos o critério de tudo. Do bem e do mal, do que está certo e errado, do que é justo e do que é injusto. O que nos parece liberdade de fato se torna uma prisão: não enxer-gamos mais nada além do que “nós” – o “eu” de cada um, afinal – pensamos, achamos, decidimos. Desta maneira não existem mais valores que sejam tais para todos e que, portanto, possam ori-entar a vida de todos e a convi-vência entre todos. A verdadeira liberdade exige a busca fadigosa da verdade, precisa ser construí-da sobre algo de sólido que nos faça crescer nos relacionamentos também com os outros porque todo ser humano cresce e se realiza somente no encontro com os ou-tros e com o “Outro” que é Deus.

———

Antonio Lara, articulis-ta da GP; Alprocol_ harum@hotmail.com

Século XX, vinte anos se passaram

Douglas Nogueira

V

inte anos se passaram de um século que antes de ser vivido, já trazia à tona como e o que iríamos viver. Guerras políticas, sociais e econômicas, tragédias constantes de proporções gigantescas, desa-certos humanos desencadeando em uma grande desunião da socie-dade, ganância por poder ou status no coração de todo homem e ainda o pior, em meio a tudo isso o tempo disparou em uma correria sem li-mites proporcionando a nós um aproveitamento incorreto da vida. O século XXI parece ter vindo para complicar o viver humano, pois hoje a sociedade na sua gran-de maioria, gran-desconhece o amor Cristão, mal sabe como agir religi-osamente. Por quê? Pelo simples fato de que estamos vivendo um século filosófico, onde a ciência é a grande maestra e persuade dire-tamente a cabeça do povo. Tenta-tivas de cura de doenças crônicas em diversas experiências da medi-cina, a insistência da NASA de pro-var ao mundo que há vida nos demais planetas ou galáxias, são grandes exemplos de que hoje a filosofia juntamente com a ciência estão dominando todo o pensar e agir humano. E Deus, onde fica Deus nessa história? Infelizmen-te permanece firme somenInfelizmen-te no coração daqueles fiéis às suas palavras e ensinamentos, ou seja, para o cumprimento do tes-tamento bíblico de que “O evan-gelho deverá ser pregado nos quatro cantos da Terra” está fi-cando cada vez mais difícil.

Parece que o

Parece que o

Parece que o

Parece que o

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início do século

início do século

início do século

início do século

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XXI está sendo

XXI está sendo

XXI está sendo

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apenas o ponto

apenas o ponto

apenas o ponto

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de partida de um

de partida de um

de partida de um

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grande desacerto

grande desacerto

grande desacerto

grande desacerto

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humano

humano

humano

humano

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Vinte anos deste século já se passaram, sem que por incrível que pareça tenhamos percebido. Lem-bra-se que nos anos noventa, a len-da de que tudo se encerraria no ano 2000 movimentou e contur-bou a cabeça de praticamente toda a humanidade, já que foi uma jun-ção filosófica, científica e religio-sa, ou seja, isto é, o mundo não sabia em que tese ou firmamento acreditar, além do mais o povo ini-ciou uma confusão em relação ao início do século XXI, seria em 2000 ou em 2001? E depois de dois ou três anos, a humanidade veio a compreender que a conta-gem do novo século se iniciou no ano de número 1, ou melhor, em 2001, após isso a tese era de que segundo a teoria dos Maias, o fim seria em dezembro de 2012. Notavelmente a área tecno-lógica, desenvolveu-se imensa-mente nesses vinte primeiros anos do século XXI. Empresas que in-vestiram na tecnologia estão co-lhendo faturamentos exorbitan-tes dia após dia, principalmente aquelas que apostaram na TI (Tec-nologia da Informação), pois a in-formática pelo que se vê irá do-minar por completo daqui em di-ante os passos da humanidade.

O ser humano nesses vinte anos tomou um formato de “ser

elétrico”, pois vive e convive em meio à uma sobrecarga de funções e afazeres, não se alimentando e dormindo corretamente e logica-mente transformando-se em se-dentário. Em consequência disso, como já provado pela mídia, nos últimos anos o índice de doenças e problemas de saúde menos inten-sos que atingiram a sociedade, ganharam proporções monstruo-sas, não se esquecendo também das principais enfermidades re-lacionadas ao estresse, como a depressão, por exemplo, que já matou centenas de indivíduos nesse “pequeno” início de século. Não há como negar, tive-mos um avanço significativo na questão desenvolvimento inte-lectual do ser humano, se as-sim focarmos tecnologia e ciên-cia, todavia, no âmbito religio-so decaímos de maneira expres-siva, já que a filosofia através dos dois últimos fatores cita-do, tomou conta de uma gran-de fatia da mente humana.

Parece que o início do século XXI está sendo apenas o ponto de partida de um grande desacerto humano que ainda está por vir. A religião com seus princípios de união devem pelo que se indica nos próximos anos serem deixa-dos de lado, dando lugar a um viver humano da ganância, into-lerância e tristezas constantes.

———

Douglas S. Nogueira, Téc-nico de Planejamento da Manutenção. BLOG: www. douglassnogueira.blogspot. com - E-mail: douglas_s nogueira@yahoo.com

(3)

Deputada Bebel: “Santas Casas são a única opção de atendimento à população pobre”

A

A

A

A

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TENDIMENTOS

TENDIMENTOS

TENDIMENTOS

TENDIMENTOS

TENDIMENTOS

SUS

SUS

SUS

SUS

SUS

Contingenciamento de 12%

do Estado vai impactar

Santa Casa de Piracicaba faz carta aberta à população para expor a

decisão estadual; redução não interfere nos tratamentos de Covid-19

Célia Parnes

V

ários caminhos levam, em geral, um homem ou mu-lher a assumir a monopa-rentalidade, situação em que apenas um dos genitores resi-de com os filhos no mesmo lar. Isto pode acontecer em casos de viuvez, divórcio, adoção, simples opção ou abandono.

No que tange a monoparen-talidade feminina, o Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que 12 milhões de mães criam seus filhos sozinhas, sendo mais de 64% as que vi-vem abaixo da linha da pobreza. Ou seja, a monoparentalida-de feminina ainda está associa-da a múltiplas vulnerabiliassocia-dade sociais, em que, por conta das circunstâncias, a mulher é obri-gada a se dividir entre as fun-ções domésticas, a criação dos filhos e como a provedora do lar. Neste árduo contexto de so-brevivência, frequentemente essas mães ocupam um ou mais traba-lhos - geralmente mal remunera-dos e com grandes cargas horári-as -, impedindo-horári-as de participarem mais da vida de seus filhos, cau-sando fragilidade nos vínculos fa-miliares e frustração pessoal.

Outro aspecto desta realida-de, são os mais de 5,5 milhões de adultos que nunca tiveram, em seus registros, o reconhecimento do pai. Segundo a Associação Na-cional dos Registradores de Pes-soas Naturais (ARPEN), apenas em 2020, quase 81 mil crianças re-gistradas nos cartórios brasileiros possuem apenas o nome das mães nas certidões de nascimento.

Vale destacar também que o número de famílias chefiadas por mulheres praticamente dobrou nas últimas duas décadas. Dados do estudo "Retrato das Desigual-dade de Gênero e Raça" do IPEA, revelam que de 1995 a 2015, este índice saltou de 22% para 40%.

Ainda que não possua um es-tatuto próprio ou política pública específica para essa entidade fa-miliar, esse modelo de família re-cebeu menção no Artigo 226 da Constituição Federal: "Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes."

O Cadastro Único quantifi-ca e enquantifi-caminha a população em situação de vulnerabilidade so-cial para programas e benefícios de assistência social, abrange mais de 1,1 milhão de mulheres responsáveis por famílias mono-parentais no Estado de São Paulo. Neste sentido, o novo pro-grama do Estado de São Pau-lo, Prospera Jovem, será fun-damental para que estas mi-lhões de famílias comecem a superar a vulnerabilidade so-cial via recursos para poupan-ça e posterior investimento in-vestimento no plano familiar de geração autônoma de renda.

Convergir para criação de uma política direcionada às famí-lias monoparentais, em especial, as que se encontram em vulne-rabilidade social - que proporci-one mecanismos de autonomia, mobilidade social e fortalecimen-to de vínculos familiares -, é um dever da sociedade e o olhar cui-dadoso do Governo João Doria.

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Célia Parnes, secretária estadual de Desenvolvi-mento Social de São Paulo, é formada em Administração de Em-presas pela FEA-USP

O Cadastro Único

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Canta, canta minha gente...

Plinio Montagner

Canta, canta minha gente, Deixa a tristeza pra lá, Canta forte, canta alto, Que a vida vai melhorar... Que a vida vai melhorar... Que a vida vai melhorar...

(Martinho da Vila)

E

xiste alguma maneira de a vida melhorar sem trabalhar mais e cuidar bem da saúde? Quem canta, seus males es-panta, diz o ditado. Na verdade não é bem assim, cantar só ajuda esquecer, não espanta nada, nem dívidas nem doenças. Can-tar demonstra paz e contenta-mento; só os boêmios cantam com o coração triste. Quem pas-sa o tempo cantando, igual à história da cigarra e da formiga, vai passar fome na hora da escas-sez e do esmorecimento do corpo, salvo se algum benfeitor o aco-lher a sua mesa e ao seu abrigo.

Ano novo é só mais um ano, não muda nada, não causa tris-teza nem alegria, apenas acres-ce uma unidade ao calendário. As datas de aniversários e ou-tros eventos são as mesmas.

Excluindo as pandemias e infortúnios da natureza, é a nós que cabe o dever de fazer me-lhor e de sermos meme-lhores.

Que o ano novo traga coisas boas? O novo ano não é carteiro nem entregador de pizza. Ano bom e melhor é aquele que compra as sementes, planta e cuida. Ano Novo mais feliz acontece quando nos dedicamos com mais constân-cia ao estudo e ao trabalho, e cor-remos mais riscos. Ano bom é o da safra produtiva, de amor mai-or à própria vida e a dos outros.

Afora as intempéries, o melhor ano novo depende das pessoas praticarem a ho-nestidade, a generosidade e a gratidão sem limites.

Lembrando a música

canta-da por Geraldo Vandré, “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, tudo tem a ver com o tema:

“Vem, vamos embora, Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, Não espera acontecer...”. Também escreveu sobre o tema Helena Ignácio:

“Quem tem de mudar so-mos nós. Eu serei uma pessoa excelente em 2021? Dentro dos limites do humano e de sua de-cisão de ser melhor, nada vai mudar de um ano para outro”.

Ano novo é só

Ano novo é só

Ano novo é só

Ano novo é só

Ano novo é só

mais um ano, não

mais um ano, não

mais um ano, não

mais um ano, não

mais um ano, não

muda nada, não

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muda nada, não

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causa tristeza

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nem alegria,

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apenas acresce

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uma unidade

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uma unidade

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Que história é essa de o ano novo ser melhor se o homem não muda? Ano é um significado abs-trato, um signo, como as previsões e desejos diletantes dos horóscopos. Quem está continuamente ativo não empaca, não decai, e as-sim se prepara melhor para ven-cer as dificuldades. A provisão da tuia só é abastecida com o fruto da labuta do dono da terra, assim como o tempero do prato que é preparado pelo cozinheiro. Os in-gredientes não se comunicam. São dependentes da decisão do “chef”. Pé de milho não faz curau.

Daí o antigo provérbio sobre a estagnação: Pedra que rola não cria limo nem forma bolor.

Willian Shakespeare presen-teou a humanidade com essa cita-ção: “Plante o seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores”.

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Plinio Montagner, pro-fessor aposentado

Aumento do ICMS prejudica

a população. Sou contra!

Recorremos à

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Justiça para

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que anule a

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do PL 529

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Professora Bebel

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Partido dos res sempre defendeu a ne-cessidade de uma reforma tributária no país e no Estado de São Paulo, que desonere a população mais pobre, propicie de forma justa e equilibrada o desenvolvimento das ativida-des produtivas e evite que a carga tributária incida de forma drástica sobre os produtos da cesta básica, como hoje ocorre. O PT também defende que haja transparência na política fis-cal que vem sendo praticada nas últimas décadas no estado de São Paulo, sobretudo no que se refe-re às isenções fiscais, guardadas sob sigilo por sucessivos gover-nos do PSDB. O Governo do Es-tado, inclusive, desrespeita deci-são judicial para que remeta es-ses dados e dê conhecimento à sociedade sobre essa questão.

Por isso a bancada do PT na Assembleia Legislativa, juntamen-te com outras bancadas, se opôs e lutou contra o projeto de lei 529/ 2020 (atual lei 17.293/2020), que, entre outras medidas das quais discordamos, permitiu ao gover-no estadual alterar a base de

cál-culo do ICMS. Por meio de uma série de decretos, o governador João Doria efetivou essa alteração, aumento da carga tributária so-bre diversas atividades produti-vas, o que deve provocar aumento de preços ao consumidor. Também recorremos à Justiça para que anule a aprovação do PL 529 em função de graves irregularidades verificadas na sua tramitação.

Acreditamos que alterações tributárias não podem ser fei-tos desta forma pontual e pre-judicial à população. Devem ser resultado de um amplo e pro-fundo debate, envolvendo a po-pulação, de forma a produzir maior justiça tributária e mais desenvolvimento econômico e social no estado de São Paulo.

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Professora Bebel, De-putada Estadual pelo PT e líder da minoria na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

Santa Casa de Piracicaba oferta 205 leitos SUS e 34 leitos de UTI

A Santa Casa de Piracicaba comunica à população a decisão do Governo do Estado, que deter-minou o corte no faturamento de 12% mensal de atendimento ao SUS (Sistema Único de Saúde), de acordo com a Resolução 1, pu-blicada no dia 4 de janeiro no Diário Oficial, que em seu Artigo 1º, determina a redução de 12% sobre a base mensal dos convê-nios de subvenção celebrados entre a Secretaria de Estado da Saúde e algumas entidades, en-tre elas, as Santas Casas e as Fi-lantrópicas sem Fins Lucrativos. A redução não interfere nos tratamentos de Covid-19. "Lamen-tamos sob todos os aspectos a ati-tude governamental, em momen-to que está havendo necessidades de atendermos pacientes em face à pandemia, o que impacta dire-tamente na cobertura de outros serviços ofertados pela institui-ção. Não podemos nos calar e não deixaremos de comunicar tal ato à população que depende da as-sistência SUS. A redução dos re-cursos de custeio impactará em todos os atendimentos de alta complexidade, como oncologia, cardiologia e transplantes", decla-ra o provedor da Santa Casa de Piracicaba, João Orlando Pavão. Em Piracicaba, a Santa Casa oferta 205 leitos SUS e 34 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensi-va) sendo 16 de UTI Adulto, 6 UCO (Unidade Coronariana), 8 UTI Neonatal e 4 UTI Pediátrica. Nas UTIs a média de internação/ mês foi de 975 em 2019 e 866 em 2020. Na assistência ambulatori-al, a média de atendimento é de 5.600 pacientes/mês. Nessas áre-as áre-assistenciais atuam 861 funcio-nários (Fisioterapia, Enfermagem, Técnicos da Radiologia, Técnico em Ressonância, Fonoaudiolo-gia, Psicólogo, Técnico de Imobi-lização Ortopédica, Nutrição). A

redução de 12% do Governo vai gerar impacto de mais de R$1,2 milhão a esses serviços.

Diante a decisão de contin-genciamento do Governo, a Fehosp (Federação dos Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo), enviou carta ao governa-dor João Dória para expor a reali-dade das 1.832 Santas Casas e hospitais sem fins lucrativos, que atendem anualmente mais de 10 milhões de consultas nas mais di-versas especialidades médicas, sen-do responsáveis por mais de 45% de todas as internações realiza-das por meio do SUS. Na Santa Casa de Piracicaba, 70% dos atendimentos hoje são para pa-cientes do sistema público de saúde. Só no Estado de São Paulo, há dados impressionantes que de-monstram a importância do setor filantrópico da saúde não só para o atendimento médico assistenci-al, mas para o próprio desenvolvi-mento econômico-social. São 382 unidades hospitalares, 47.068 lei-tos destinados ao atendimento SUS, 7.485 leitos de UTI, mais 1,2 milhão de internações por ano, mais de 110 mil trabalhadores li-gados à assistência, 50,26% dos leitos existentes em todo Estado estão nos hospitais filantrópicos, 50,78% das internações são fei-tas nos hospitais filantrópicos.

Atualmente, há grande dife-rença entre custo e remuneração no atendimento SUS. De cada R$ 100,00 gastos no atendimento aos pacientes, o SUS somente ressarce R$ 65,00. Dados do governo fe-deral informam que a situação financeira das Santas Casas, que é a maior rede hospitalar no País, é crítica e preocupante. As dividas chegam a R$ 22 bilhões e embora 90% dos pacientes sejam atendidos pelo SUS, as verbas federais cobrem apenas 60% dos custos. São 2.172 hospitais sem fins lucrativos, dos

quais 1.704 atendem o SUS, dos 193.550 leitos, 132.463 são vincula-dos ao Sistema Único de Saúde.

Em meio à maior crise de saúde mundial, as 180 entidades que realizam a maior parte do atendimento no Estado terão cor-te de R$ 80 milhões no ano. O setor que destina mais de 47 mil leitos de enfermaria, mais de 7 mil leitos de UTI ao SUS, repre-senta mais de 50% das interna-ções e mais de 70% dos atendi-mentos em alta complexidade, como oncologia, cardiologia e transplantes, está indignado com a resolução do governo estadual. A redução dos recursos de custeio impactará em todos os atendimentos dessas unidades. Os programas estaduais já sofriam com defasagem dos valores e cor-tes anteriores, mas não irão su-portar o mesmo volume e qualida-de qualida-de atendimento com esse corte

em plena pandemia. “Temos espe-rança de que o governador impe-dirá qualquer tipo de redução dos recursos comprometidos para o setor filantrópico da saúde. Caso não encontre uma forma de reme-diar essa injustiça e se a legítima expectativa do setor que represen-ta aproximadamente 60% dos atendimentos SUS não comover seu coração, a população só terá como alternativa buscar atendi-mento nos hospitais públicos esta-duais. Isso não significa que nos recusaremos a continuar dialo-gando em busca de alternativas. Jamais o faríamos. Significa ape-nas que nossa disposição ao diálo-go se vivificará não mais no "modo mendicidade. Esse é o nosso permanente e inegociável compromisso com a verdade, a justiça e, sobretudo, a dignidade dos usuários do SUS”, disse o pre-sidente da Fehosp, Edson Rogatti. Divulgação

Monoparentalidade

feminina em foco

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Bebel denuncia que Doria reduz repasse de verbas

A deputada estadual Profes-sora Bebel (PT) denuncia em suas redes sociais que em plena pan-demia do coronavírus, o gover-nador de São Paulo, João Doria (PSDB), publicou decreto que re-tira 12% dos repasses financeiros para Santas Casas. “Como cida-dã e deputada estadual, não fica-rei passiva frente a esse ataque. Vou me empenhar para que a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) derrube este decre-to do governador”, ressalta.

Bebel adverte que em muitas regiões do Estado, as Santas Ca-sas são a única opção de atendi-mento à população pobre, tendo em vista a ausência de serviços de saúde do Estado. “O governa-dor João Doria parece empenha-do em passar à história como des-truidor de direitos. Ele concorre

com Bolsonaro (presidente Jair Bolsonaro) nesse quesito. Suca-teia serviços públicos, extingue e privatiza empresas e órgãos esta-tais essenciais à população, per-segue servidores públicos, au-menta impostos, confisco salári-os de apsalári-osentadsalári-os, retira a gra-tuidade nos transportes para ido-sos e outras medidas”, critica.

Em menos de dois anos de mandato, a deputada estadual Professora Bebel tem priorizado a destinação de emendas parla-mentares para as Santas Casas. “Fiz questão de destinar recur-sos para as Santas Casas de Pi-racicaba, São Pedro, Charquea-da e Tietê, na nossa região, por-que sei da importância destas instituições, que são responsáveis pelo atendimento de mais de 80% dos pacientes do SUS”, conta. Divulgação

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A4 Sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

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Simespi comemora suspensão após manifestações

A notícia da suspensão de qualquer alteração de alíquota de ICMS em alimentos, medicamentos e insumos agrícola ocorreu na manhã de ontem (7)

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Enem dá acesso ao ensino superior

As provas na versão impressa serão dias 17 e 24 de janeiro Divulgação As mudanças nas conexões

entre educação, formação e em-prego estão diferentes em relação ao século anterior, mas o merca-do ainda exige competências merca-dos profissionais e o ensino superior é uma das portas para as oportu-nidades de trabalho. O conheci-mento especializado adquirido na graduação é um diferencial, seja para o mercado ou para o futuro profissional, que conhecerá um leque de profissões no decorrer do curso. Para quem se distanciou do mercado, sempre há a possibi-lidade de um recomeço, de se pen-sar em uma nova carreira ou mesmo de retomar a que já havia iniciado. Hoje, as faculdades au-xiliam muito nesse processo de recolocação, com cursos livres, orientação profissional e até mesmo com vagas de estágios.

O diretor da Anhanguera Pi-racicaba, Marcelo Francisco, diz que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) tem ajudado mui-tas pessoas a começarem uma fa-culdade, já que a seleção do exame permite ingressar em universida-des públicas e privadas, estudar no exterior e participar de progra-mas de financiamentos estudan-tis. As provas do Enem na versão

impressa estão marcadas para os próximos dias 17 e 24 de janeiro. Já a versão digital será nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Francisco explica que o Enem é importante porque, além de ava-liar os conhecimentos dos alunos do ensino médio, beneficia aque-les que se mostram bem capacita-dos, já que os vestibulandos po-dem iniciar a graduação por meio de três programas principais: o Sisu (Sistema de Seleção Unifica-da), que seleciona novos alunos para as universidades públicas; o Prouni (Programa Universida-de para Todos), que distribui bolsas de estudos parciais e inte-grais em universidades privadas; e o Fies (Fundo de Financiamen-to Estudantil), que financia os cursos para pagamento a longo prazo em universidades privadas. O diretor da Anhanguera lembra que todos esses progra-mas exigem a participação no Enem e a conquista de mais de 450 pontos nas provas objetivas e mais que zero na redação. “O Enem é uma possibilidade para quem não pode pagar a faculda-de, já que a principal vantagem é que a bolsa pode ser tanto parci-al quanto integrparci-al”, ressparci-alta.

ANHANGUERA -

Funda-da em 1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteú-do compatível com o mercaconteú-do de trabalho em seus cursos de gra-duação, pós-graduação e exten-são, presenciais ou a distância. Presente em todos os estados bra-sileiros, a Anhanguera presta inúmeros serviços gratuitos à po-pulação por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcle-os de Práticas Jurídicas, locais em

que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais. Em 2014, a insti-tuição passou a integrar a Kro-ton. Para mais informações, aces-se: https://www.anhanguera. com e https://blog.anhanguera. com/category/noticias/ As manifestações em relação

ao aumento do ICMS-SP realiza-das em Piracicaba e diversas par-tes do Estado surtiram efeito. O Simespi (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Ma-terial Elétrico, Eletrônico, Siderúr-gicas e Fundições de Piracicaba) havia elaborado um Nota de Re-púdio e, na manhã de ontem (7), participou como apoiador do tra-toraço promovido pela Coplacana, quando mais de 30 tratores per-correram ruas da cidade. O mo-vimento contou também com o apoio da Acipi e sindicatos rurais. A notícia da suspensão do cancelamento de qualquer altera-ção de alíquota de ICMS em ali-mentos, medicamentos e insumos agrícola ocorreu praticamente junto ao movimento realizado em Piracicaba. A comitiva se reuniu

na Estação da Paulista e seguiu em veículos com faixas alertando a população sobre o impacto ne-gativo para o consumidor final.

Euclides Libardi, presidente do Simespi, celebrou a suspensão da mudança tributária. “Inicial-mente sentimos pelos deputados que votaram a favor do aumento do imposto porque é uma medi-da que afeta diretamente empre-sários, trabalhadores e o consu-midor final. O cancelamento foi uma decisão sensata”, comenta. Na opinião do presidente do Simespi, o tratoraço teve tamanha adesão que sua repercussão sur-tiu efeito antes mesmo das mani-festações ocorrerem. “Apoiamos a iniciativa porque o setor metalúr-gico já vem sofrendo com os efei-tos da pandemia. Sentimos uma insensibilidade muito grande por

parte do governador João Doria em um momento tão delicado e sofrido. Fizemos nossa parte du-rante 2020 negociando tudo o que foi possível para não demitir fun-cionários e, agora, nos deparamos com esse aumento de imposto. Fe-lizmente foi um ato suspenso”.

NOTA DE REPÚDIO - No

contexto de externar a insatisfa-ção em relainsatisfa-ção ao aumento do ICMS-SP, o Simespi se encontrou, no dia 18 de dezembro, com o de-putado estadual Alex de Madurei-ra (PSD) paMadurei-ra a entrega de uma nota de repúdio com relação ao aumento do ICSM-SP. O mesmo documento foi compartilhado com o deputado estadual, Roberto Morais (PPS), na semana de 21 de dezembro, também com o objetivo de destacar o descontentamento

sobre a mudança na tarifação. Paulo Estevam de Camargo e Euclides Libardi, do Simespi; Arnaldo Bortoletto,da Coplacana e Marcelo Cançado, vice-presidente da Acipi

Divulgação/Simespi

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Sinal de alerta para a saúde mental

Janeiro é o mês dedicado à conscientização a respeito da saúde mental, cada vez mais re-conhecida como uma prioridade global de saúde e desenvolvimen-to econômico. Para chamar a atenção sobre o tema e reforçar a importância dos cuidados, em especial no contexto vivido em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a ANS (Agência Na-cional de Saúde Suplementar) destaca informações relevantes.

De acordo com estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Opas (Organização Pan-americana da Saúde), o Bra-sil é o país mais ansioso do mundo (9,3%) e o segundo maior das Américas em depressão (5,8%). A saúde mental representa mais de 1/3 da incapacidade total no mun-do, com transtornos depressivos e ansiosos como maiores causas – os quais respondem, respectiva-mente, pela 5ª e 6ª causas de anos de vida vividos com incapacidade no Brasil. Ainda segundo a OPAS, entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais em países de alta renda não recebem tratamen-to adequado e, nos países de baixa e média renda, o percentual é ain-da maior, ficando entre 76% e 85%. A saúde mental também cau-sa reflexos no desenvolvimento econômico, sendo a segunda cau-sa de afastamento laboral, geran-do ainda grande estigma pessoal de incapacidade – especialmente com o advento da pandemia do novo coronavírus. Pesquisa da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) demonstrou que casos de depressão dobraram no período de quarentena e que ocorrências de ansiedade e es-tresse tiveram aumento de 80%,

causadas pelas incertezas com o novo coronavírus e as mudanças impostas pelo isolamento social.

Esses dados demonstram a relevância de se ampliar o debate e as estratégias para enfrentamen-to desse panorama, sendo também um desafio para a saúde suplemen-tar. No Brasil, em 2019, os benefici-ários de planos de saúde realiza-ram cerca de 29 milhões de proce-dimentos relacionados ao cuidado em saúde mental - um crescimento de aproximadamente 167% em re-lação ao número realizado em 2011.

SIMPÓSIO - A ansiedade e

depressão provocadas pela pande-mia foram tema de discussão no I Simpósio Virtual ANS, realizado em setembro, quando houve um amplo debate e troca de experiên-cias de operadoras de planos de saúde e de contratantes empresa-riais sobre a integração dessa li-nha de cuidado na gestão de saú-de corporativa. Na ocasião, a ANS apresentou um painel sobre a im-portância do cuidado em saúde mental para a promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças, a evolução do número de iniciativas em saúde mental nos programas de Promoprev e abordagens em saú-de mental na Atenção Primária.

Através de parceria e sob co-ordenação do Sesi, a Agência também está desenvolvendo uma pesquisa quantitativa jun-to a empresas contratantes de planos de saúde para abordar, dentre outros temas, as ações para cuidados com a saúde men-tal dos trabalhadores da indús-tria durante e no pós-pandemia.

PANDEMIA - Em contexto

de pandemia, é recorrente o au-mento de sofriau-mento psíquico na população, principalmente em quem

já tinha fatores preexistentes. É es-perado que o frequente estado de alerta, preocupação, solidão e sen-timento de falta de controle frente às incertezas do momento, aumen-te o estresse e sofrimento psíquico. Além disso, as medidas de isola-mento social, embora baseadas em evidências científicas e essenciais para a proteção da saúde da popu-lação, podem impactar a saúde mental daqueles que as experienci-am. Devido ao período de distan-ciamento social, quarentena ou isolamento, a redução de estímu-los, perda de renda pela impossi-bilidade de trabalhar e alterações significativas na rotina geram for-te impacto na vida das pessoas.

Entretanto, é importante des-tacar que nem todos os problemas psicológicos e sociais apresentados poderão ser qualificados como doenças. A maioria será classifi-cada como reações normais dian-te de uma situação anormal. Rea-ções comuns diante deste contex-to englobam sentimencontex-to de impo-tência e desamparo perante os acontecimentos, solidão, irritabi-lidade, angústia, tristeza, raiva.

É importando ainda conside-rar que, tendo em vista a instabili-dade dos cenários em decorrência da pandemia, o volume de infor-mações e as mudanças constantes experimentadas, é esperado que as pessoas apresentem queda na ca-pacidade de concentração, bem como sensação de letargia, o que muitas vezes leva à diminuição do interesse para realizar atividades cotidianas. Adicionalmente, o medo de ser acometido por uma doença potencialmente fatal, cuja causa e progressão ainda são pou-co pou-conhecidas, afeta o bem-estar psicológico das pessoas. Em certa

medida, quando experienciadas de maneira leve, essas reações podem atuar como fatores de proteção, pois levam a comportamentos mais cautelosos no que diz respeito à ex-posição aos riscos de contágio.

Em caso de sofrimento inten-so, a procura por ajuda especializa-da é primordial. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, estima-se que entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode vir a sofrer alguma manifes-tação psicopatológica, caso não seja feita nenhuma intervenção de cuidado específico para as reações e sintomas manifestados. A rápi-da murápi-dança nos modos de virápi-da habituais pode contribuir para o desencadeamento de reações e sin-tomas de estresse, ansiedade e de-pressão. Observa-se também, mai-or probabilidade de ocmai-orrência de distúrbios do sono, abuso de subs-tâncias psicoativas e ideação sui-cida, bem como agravamento de transtornos mentais preexistentes. Por todas essas razões, é fun-damental que as pessoas que vi-vem com condições de saúde men-tal tenham acesso contínuo ao tra-tamento durante a pandemia. Se-gundo a OMS, mudanças nas abordagens da prestação de assis-tência à saúde mental (telessaú-de) e apoio psicossocial estão mos-trando sinais de sucesso em al-guns países. O atendimento remo-to apresenta vantagens para a ofer-ta de suporte psicossocial durante a Covid-19, uma vez que corrobora com as recomendações de distan-ciamento social, quarentena e/ou isolamento domiciliar. Dessa for-ma é possível evitar a circulação desnecessária e, ao mesmo tempo, garantir atendimento psicossocial e/ou psicoterápico de qualidade.

Uma verdadeira união en-tre os setores do agronegócio, comércio, serviços e indústria. A Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba) e enti-dades representantes desses segmentos se organizaram e ma-nifestaram, ontem (7), protesto contra o aumento do ICMS (Im-posto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços), proposto no decreto 65.254/2020, pelo Go-verno do Estado de São Paulo.

A iniciativa é da Coplacana, da Afocapi (Associação dos For-necedores de Cana de Piracicaba) e Sindirpi (Sindicato Rural de Pi-racicaba e região). Acompanharam o manifesto, também, 55 tratores de produtores rurais, sindicatos e Câmara de Vereadores. Os parti-cipantes se concentraram na Es-tação da Paulista e, depois, segui-ram o trajeto pela rua Governa-dor Pedro de Toledo, no Centro.

O presidente da Acipi, Luiz Carlos Furtuoso, também apoiou o ato contra os aumentos. “Isso é o que eu chamo de patriotismo. Temos de ser patriotas e enfren-tar tudo o que tem de ser muda-do neste país. Se o povo não se unir, todos sofrerão. A participa-ção é importante e representa uma vitória para a democracia e para a população”, ressaltou.

Mauricio Benato e Marcelo Cançado, vice-presidentes da Aci-pi, comparecerem ao ato para re-presentar os associados na luta contra a elevação das alíquotas. “Somos contra esse aumento de

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Comunicação Acipi

Ato seguiu na rua Governador Pedro de Toledo

impostos que o Doria está lançan-do. Apoiamos os empresários e produtores que acordam cedo para lutar e para produzir pelo país, trazendo benefícios para a população”, afirmou Benato.

Esse aumento dos impostos, segundo Cançado, influenciará não só os produtores, mas toda a população. “Isso chegará à mesa das famílias. São inúme-ros impostos que o Governo do Estado pretende implantar, inclu-sive de produtos de uso necessá-rio e extremamente importantes para a população”, destacou.

A união dos esforços entre o campo e a cidade, de acordo com Arnaldo Bortoletto, presidente da Coplacana, mostra a força do movimento. “Os impostos afetam a todos. O campo produz, gera alimentos e traz para a cidade. A população da cidade, por outro lado, deu total apoio. O movi-mento se tornou forte. A cadeia rural se juntou a associações como a Acipi para mostrar a for-ça que podemos ter quando o Governo toma atitudes contra a população. Queremos um basta aos impostos e taxações”, disse.

Após o anúncio da onda de “tratoraços” no interior paulis-ta, o governador de São Paulo, João Doria, determinou a sus-pensão das mudanças no ICMS para alimentos e medicamentos genéricos. Em nota, o Executivo afirma que o aumento das alíquo-tas foi proposto quando a pan-demia dava sinais de melhora.

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Tema: Cadeia Produtiva

da Cana-de-açúcar

Uma nova formatação para compartilhar o conhecimento ge-rado na Esalq/USP (Escola Supe-rior de Agricultura Luiz de Quei-roz) e a celebração dos 120 anos de uma instituição que contribui para a evolução sustentável do agronegócio e da agricultura fa-miliar do Brasil. Esse é o mote que norteará a edição 2021 do Esal-qShow, evento que acontecerá nos dias 7 e 8 de outubro, na Esalq/USP, e terá a Cadeia Produtiva da Cana-de-açúcar como temática central.

Na programação, especialis-tas do setor e representantes da academia debaterão, em formato híbrido (presencial e virtual), tó-picos como a eficiência e o

aumen-to da produção agrícola, questões logística e de regulamentação, tec-nologias de comunicação no cam-po (5G), indicadores sócio econô-micos, otimização de processos in-dustriais incluindo exigências do Renovabio, redução da emissão do carbono e economia circular.

Além dos painéis e confe-rências temáticas, a Esalq cele-brará durante o evento seus 120 anos de fundação. Assim a pro-gramação incluirá feira de ino-vação, exposição de empresas, painéis profissionais e debates sobre carreiras, atividade para o público infantil, eventos culturais e estandes de projetos de exten-são desenvolvidos na Escola.

Referências

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