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Rodada #1 Direito Eleitoral

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Academic year: 2021

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Assuntos da Rodada

NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL: 1 Lei nº 4.737/1965 e suas alterações (Código Eleitoral). 1.1 Introdução. 1.2 Órgãos da justiça eleitoral. 1.2.1 Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 1.2.2 Tribunais regionais eleitorais. 1.2.3 Juízes eleitorais e juntas eleitorais: composição, competências e atribuições. 1.3 Alistamento eleitoral: qualificação e inscrição, cancelamento e exclusão. 2 Lei nº 9.504/1997 e suas alterações. 2.1 Disposições gerais. 2.2 Coligações. 2.3 Convenções para escolha de candidatos. 2.4 Registro de candidatos. 2.5 Sistema eletrônico de votação e totalização dos votos. 3 Lei nº 9.096/1995 e suas alterações. 3.1 Disposições preliminares. 3.2 Filiação partidária. 4 Resolução do TSE nº 21.538/2003. 4.1 Alistamento eleitoral. 4.2 Transferência de domicílio eleitoral. 4.3 Segunda via da inscrição. 4.4 Restabelecimento de inscrição cancelada por equívoco. 4.5 Formulário de atualização da situação do eleitor. 4.6 Título eleitoral. 4.7 Acesso às informações constantes do cadastro. 4.8 Restrição de direitos políticos. 4.9 Revisão do eleitorado. 4.10 Justificação do não comparecimento à eleição (com a alteração do Acórdão do TSE nº 649/2005). 5 Lei nº 13.165/2015. 6 Prestação de contas partidárias. 7 Prestação de contas de campanha.

Rodada #1

Direito Eleitoral

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DIREITO ELEITORAL

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a. Teoria em Tópicos

1. O Direito Eleitoral é o conjunto sistemático de normas e princípios que regulam o regime representativo moderno e a participação do povo na formação do governo. Por sua vez, Francisco Dirceu Barros ensina que “o Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público que trata de institutos relacionados com os direitos políticos e das eleições, em todas as suas fases, como forma de escolha dos titulares dos mandatos eletivos e das instituições do Estado”. (BARROS, 2010, p. 1)

2. A Justiça Eleitoral é uma das Justiças Especializadas da União, juntamente com a Justiça Militar e a Justiça do Trabalho (todas previstas na CF-88). É uma Justiça atípica, pois exerce atividade jurisdicional eleitoral (julga conflitos na seara eleitoral, crimes eleitorais, declaração de inelegibilidade, entre outros) e, de outro lado, atividade tipicamente administrativa, ao organizar todo o processo eleitoral das eleições (voto, apuração, diplomação dos eleitos, alistamento eleitoral, etc).

3. A Justiça Eleitoral NÃO possui Juízes Eleitorais de Carreira e Ministério Público próprio, todos são emprestados da Justiça Federal e Estadual e do Ministério Público Federal e Estadual.

4. A organização da JE é hoje definida nos 2 diplomas em estudo: Código Eleitoral (arts. 11-41) e na CF-88 (arts. 118-121). Por isso, faremos um estudo conjugado dos dois regramentos. São órgãos da Justiça Eleitoral:

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DIREITO ELEITORAL

3 4.1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE);

4.2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs); 4.3. JUÍZES ELEITORAIS;

4.4. JUNTAS ELEITORAIS.

5. As peculiaridades apresentadas pelo Código Eleitoral são as de que o TSE tem sede na Capital da República e jurisdição em todo o país, e de que cada Estado e o DF terão um Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em tese, quanto aos territórios, faz a ressalva da possibilidade do TSE propor a criação na sua capital.

6. Segundo o Código Eleitoral, o número de Juízes de cada TRE (leia-se aqui Juízes que atuam na própria Corte Estadual Eleitoral e não os Juízes Eleitorais que atuam nas comarcas estaduais) não poderá ser reduzido, mas poderá ser elevado a 9 (nove) Juízes por proposta e aprovação do TSE. No entanto, a CF-88 previu apenas a composição fixa de 7 Juízes nos TREs, o que deve ser considerado para fins de concurso. O art. 13 do Código, que prevê a quantidade Juízes dos TREs de até 9 Membros não foi revogado expressamente (apenas tacitamente). Para fins de prova, basta saber que são 7 membros fixos.

7. Os Juízes que exercem a função eleitoral (abarca todos os Juízes Eleitorais: os Membros de Tribunais – 2º grau - e os Juízes Eleitorais de 1º Grau) servirão obrigatoriamente por 2 ANOS (mínimo de tempo), sendo que estão vedados de cumprirem mais de 4 ANOS consecutivos (máximo de 2 BIÊNIOS consecutivos), salvo exceções justificadas perante o TRE de que faz parte.

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4 8. A CF-88 apenas faz 1 uma ressalva ao previsto no Código, ao prelecionar que os

Juízes servirão por 2 anos, no mínimo, na função eleitoral, e acrescenta, determinando que a escolha de substitutos dos Juízes seja realizada na mesma ocasião e pelo mesmo processo. A contagem de cada biênio deverá ser ininterrupta, isto é, não será suspensa por qualquer motivo. Ressalva-se a hipótese do Juiz afastar-se em decorrência do impedimento previsto no §3º do art. 14, decorrente de parentesco do Juiz Eleitoral com candidato a cargo eletivo na circunscrição. Neste específico caso a contagem do prazo será suspensa.

9. Destaco que os Juízes de Direito que exercem a função eleitoral afastados por motivos de férias e licença das funções principais que exercem na Justiça Comum, serão afastados automaticamente de suas funções perante a Justiça Eleitoral. O Código faz uma exceção: quando estiver em período de férias coletivas e coincidir com o período eleitoral (realização de eleição, apuração ou encerramento de alistamento), o Juiz deverá permanecer com suas funções eleitorais.

10. O código delineia os parentes do Juiz candidatos que geram o impedimento (cônjuge, parente consangüíneo ou afim, até o 2º GRAU). O afastamento do Juiz Eleitoral deverá dar-se, pelo menos, desde a homologação da convenção partidária até a DIPLOMAÇÃO (antes era até a apuração final da eleição).

11. O TSE já decidiu que o Membro do TRE (Desembargador no TRE – 2º grau) deve afastar-se caso parente seu de até 2º grau seja candidato nas eleições federais

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5 ou estaduais da circunscrição estadual do respectivo TRE. Exemplo: Membro do TRE/RJ que tenha parente até 2º grau candidato a Deputado Federal ou Deputado Estadual pelo Estado do Rio de Janeiro.

12. Quanto às eleições Municipais o TSE deixou claro que só subsistiria o impedimento para o Membro do TRE apenas em relação às eleições do município no qual o parente for candidato, não abrangendo o restante dos Municípios do Estado. Este mesmo raciocínio aplica-se às eleições presidenciais.

13. Segundo a CF-88, a composição mínima do TSE são 7 Ministros. A sua atual composição pode ser assim resumida, conforma CF-88, art. 119:

13.1. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos, mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

bem como por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

14. Os Advogados fazem parte de uma lista de 6 nomes, organizada pelo Supremo Tribunal Federal. O notável saber jurídico e a idoneidade moral são os requisitos

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DIREITO ELEITORAL

6 necessários para a nomeação dos advogados para o TSE. Esta nomeação de Advogados, segundo o Código Eleitoral, NÃO poderá recair:

14.1. em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (a qualquer tempo, sob discricionariedade. Ex: cargo em comissão), ou

14.2. que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com aa administração pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter político (federal, estadual ou municipal).

15. A Classe dos Advogados que compõe o TSE e os TREs são denominados no âmbito da Justiça Eleitoral como “Classe dos Juristas”, classe que não é Juiz de carreira, oriunda originariamente da Magistratura Estadual ou Federal, mas constitui operadores dos Direito na área eleitoral. Importante considerar que não há qualquer proibição aos Advogados membros da Justiça Eleitoral, tanto no TSE quanto nos TREs, de exercitarem a Advocacia, a despeito da previsão do art. 28, II, da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB), tendo em vista decisão permissiva do STF na ADINMC nº 1.127/94, que os excluiu da proibição legal.

16. Observem que o art. 119 da CF-88 prevê que a constituição do TSE é de, no mínimo, de 7 Juízes. Registro mais uma vez que a CF-88 não fala em composição mínima para os TREs.

17. A despeito da desatualização e de eventual derrogação tácita operada pela CF-88 sobre alguns dispositivos dos arts. 16 e 17, devemos enfrentá-los, pois, a despeito

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7 de referido posicionamento, são ainda cobrados por algumas bancas, a exemplo, a FCC: É vedada a existência de parentesco de até 4º GRAU entre os Ministros do TSE. Caso venha a ocorrer, será excluído o último que foi escolhido. O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente e o Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o Corregedor-Geral é do STJ.

18. Na realidade, o Corregedor-Geral é apenas 1 dos 2 Ministros oriundos do STJ que compõem a corte. Assim, o Ministro do STJ também Corregedor-Geral Eleitoral, acumula as funções de Corregedoria com as funções ordinárias de Ministro do TSE (propriamente como Magistrado da Corte). Nesse aspecto, não se aplica o caput do art. 17 do Código Eleitoral. Sobre o Corregedor-Geral Eleitoral, cabem as seguintes considerações:

18.1. as atribuições do Corregedor serão fixadas por resolução do TSE;

18.2. poderá se locomover aos Estados por determinação do TSE, a pedido dos TREs, a requerimento de partido ou quando necessário;

18.3. os provimentos emanados da Corregedoria-Geral vinculam as Corregedorias Regionais.

19. As funções de Procurador-Geral do TSE serão exercidas pelo Procurador-Geral da República (PGR), que é o Chefe do Ministério Público da União (MPU). Segundo a Lei Orgânica do MPU, o Procurador-Geral e o VICE-Procurador-Geral poderão designar Membros do Ministério Público Federal (MPF) para oficiarem perante o TSE. No entanto, estes outros membros do MPU designados pelo PGR para auxiliá-lo nas funções eleitorais não poderão ter assento no Plenário do TSE. Ademais, será substituto do Procurador-Geral Eleitoral, nas hipóteses de

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8 impedimento e vacância, o VICE-Procurador-Geral Eleitoral, designado entre os Subprocuradores-Gerais da República.

20. As deliberações do TSE serão realizadas por maioria de votos, em sessão pública, com presença da maioria de seus membros. Constitui a maioria de seus membros o 1º número inteiro acima da metade dos membros. No caso da Corte, que tem 7 Membros, o 1º nº inteiro acima da metade (3,5) é 4 Membros. Assim, para a Corte efetivamente deliberar sobre alguma matéria eleitoral, deverão estar presentes pelo menos 4 dos Ministros (a metade é 3,5, e o 1º nº inteiro acima da metade é 4). No plano prático, o que o Código Eleitoral exige é que para as deliberações do TSE devem estar presentes a Maioria Absoluta dos seus Membros (quórum mínimo é a maioria absoluta).

21. Com efeito, existem matérias que exigem Quórum Especialíssimo (a totalidade dos Membros do TSE presentes). São as seguintes:

21.1. interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição; 21.2. cassação de registro de partidos políticos;

21.3. análise de recursos que importem anulação geral de eleições; 21.4. análise de recursos que importem perda de diplomas.

22. Nestes casos excepcionais, caso algum membro do Tribunal falte, será convocado o substituto, porque a deliberação deverá ser com todos os membros presentes na sessão.

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9 23. Exceções ao Quórum da totalidade dos Membros do TSE:

23.1. Admite-se o julgamento com o quórum incompleto (sem a totalidade dos Ministros) em caso de suspeição ou impedimento do Ministro titular da Classe dos Juristas (Advogados) e quando impossível juridicamente a convocação de Juiz substituto;

23.2. Esta regra NÃO se aplica às deliberações dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais);

24. Para a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, será necessário o voto da maioria absoluta dos Membros do Tribunal (Cláusula Constitucional de Reserva de Plenário).

25. Segundo a Lei nº 13.165/2015, as decisões dos TREs sobre quaisquer ações que importem cassação de registro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença de TODOS os seus membros. Caso tenha impedimento de algum juiz, será necessariamente convocado o suplente da mesma classe.

26. O impedimento legal gera a presunção absoluta de parcialidade do Juiz (ex: um Juiz que seria parte no processo que ele mesmo julgaria). Já a simples suspeição gera presunção relativa de parcialidade, dependente de prova concreta da eventual parcialidade do magistrado (ex: amigo íntimo ou inimigo mortal de alguma das partes do processo – tem que provar que era amigo íntimo,

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10 senão não há suspeição). Segundo a doutrina, o impedimento diferencia-se da suspeição de acordo com o nível de comprometimento do juiz com o processo (nível de comprometimento de sua imparcialidade). No impedimento há presunção absoluta (juris et de jure) de parcialidade do Juiz, isto é, considera-se pelas circunstâncias fáticas que o Juiz realmente será parcial se decidir aquele processo. Por exemplo, ser cônjuge (marido) da autora ou da ré da ação. Com certeza, neste caso, o Juiz prolatará uma decisão parcial, pendendo para o lado da sua esposa, sendo considerado pela lei como presunção absoluta, sequer admitindo prova em contrárioo.

27. Já na suspeição há apenas presunção relativa (juris tantum) de parcialidade do Juiz. A Lei elenca algumas hipóteses em que se “suspeita” que o Juiz seja parcial (mas, sem certeza).

28. As causas de impedimento e suspeição são elencadas respectivamente nos arts. 144 e 145 do Código de Processo Civil (CPC), nos seguintes termos. Hipóteses legais de IMPEDIMENTO do Juiz de atuar no processo (de jurisdição voluntária ou contenciosa). As hipóteses de suspeição e impedimento estão previstas na Lei Civil e na Lei Penal (especialmente no Código de Processo Civil e no Código de Processo Penal), salvo quanto ao motivo de parcialidade partidária, que é prevista expressamente no Código Eleitoral, em seu art. 20.

29. A Parcialidade Partidária é conceituada pela Jurisprudência como uma forma de favorecimento ou beneficiamento de algum candidato ou partido político, de modo a conduzir os processos e as ações decorrentes do processo eleitoral. Um

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11 exemplo de parcialidade partidária seria um determinado Juiz Eleitoral julgar determinada ação eleitoral em favor de determinado candidato a Governador do Estado por ser este do partido preferido pelo Magistrado. A arguição de parcialidade partidária deve ser cabalmente provada, não valendo mera alegação sem lastro probatório.

30. Qualquer interessado poderá argüir a suspeição e o impedimento, mas não somente dos Juízes Eleitorais! Também poderá ser impugnada a imparcialidade também do Procurador Geral e de Funcionários da Secretaria do Juízo Eleitoral. Ademais, o Código Eleitoral dispõe que será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do argüido.

31. Será considerada ilegítima a suspeição se:

31.1. Excipiente a provocar – excipiente é o autor da exceção de suspeição (ação que visa declarar a suspeição do Juiz ou Desembargador), é quem propõe a exceção de suspeição, quem alega a suspeição do Juiz. O excipiente pode provocar a suspeição, por exemplo, quando deliberadamente cria uma animosidade com o Juiz para forjar uma eventual inimizada capital (declarada). Esta inimizade poder ser alegada em juízo como suspeição, mas como a lei prevê que se a suspeição for provocada pelo excipiente, esta será ilegítima. Esta é uma espécie de indução da suspeição. Outro exemplo seria a parte promover uma representação administrativa contra o juiz para, em seguida, alegar que, em razão disso, o juiz perdeu a sua parcialidade.

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12 31.2. Depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação

do arguido – nesta parte a Lei não foi nem um pouco clara. Neste caso, é reputada ilegítima a alegação de suspeição se a parte arguente já houver praticado atos processuais que signifiquem aceitação do órgão jurisdicional (aceitação do Juiz). Se a parte já praticou atos processuais e não apresentou oposição à eventual suspeição, tendo, portanto aceitado o órgão jurisdicional possivelmente suspeito, não poderá em seguida levantar a sua suspeição, posto ter precluído (perdido) seu direito.

32. Em regra, as decisões do TSE são IRRECORRÍVEIS, não cabe qualquer recurso das decisões do Tribunal, ressalvado somente quando contrariarem a Constituição ou quando forem denegatórias (negarem) de habeas corpus ou mandado de segurança. Então, somente CABERÁ RECURSOS das decisões do TSE caso:

32.1. contrariarem a Constituição;

32.2. forem denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

33. A competência para julgamento de recursos contra decisões do TSE é do STF (recurso ordinário ou recurso extraordinário).

34. As decisões e todos os atos normativos e regulamentares do TSE devem ter cumprimento imediato por parte dos TREs e Juízes eleitorais: Art. 21 Os Tribunais e juízes inferiores devem dar imediato cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral.

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13 35. Em cada capital de cada Estado da Federação e do Distrito Federal haverá 1 (um)

Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os TREs são compostos com 7 Membros, escolhidos mediante eleição ou nomeação do Presidente da República, resumida da forma abaixo. Antes, porém, friso que os TREs têm composição FIXA pela CF-88, pois o art. 120 da Carta não prevê composição mínima para as Cortes Regionais (como o faz para o TSE), apenas elenca a quantidade de juízes que as comporão. Desse modo, os TREs NÃO podem mais aumentar o número de Juízes.

QUANTIDADE DE MEMBROS ORIGEM FORMA DE COMPOSIÇÃO

2 JUÍZES DESEMBARGADORES DO

TJ do Estado

ELEIÇÃO (eleição no TJ)

2 JUÍZES JUÍZES DE DIREITO escolhidos pelo TJ

ELEIÇÃO (eleição no TJ)

1 JUIZ

JUIZ DO TRF com sede na Capital ou escolhido pelo

TRF ESCOLHA do TRF 2 JUÍZES ADVOGADOS NOMEAÇÃO pelo Presidente da República (entre 6 Advogados) – indicados pelo TJ (não

pela OAB)

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DIREITO ELEITORAL

14 36.1. TSE – Composição Mínima de 7 Membros

36.2. TREs – Composição Fixa de 7 Membros

37. Da mesma forma que os Ministros do TSE escolhidos dentre a lista de 6 Advogados, os Desembargadores dos TREs originariamente Advogados deverão ostentar notável saber jurídico e idoneidade moral. Os 2 Advogados que compõem os TREs são chamados de “Classe do Juristas”. Todos os 6 Advogados serão indicados pelo TJ local, mas a nomeação dos 2 Advogados para compor o pleno do TRE é feita pelo Presidente da República (Chefe do Poder Executivo Federal). O TJ Estadual organiza os nomes dos Juízes em lista tríplice e encaminha ao TSE, que a divulgará através de Edital.1 Cuidado! Vale frisar que a indicação dos Advogados não é feita pela OAB! A OAB não tem qualquer relação com a indicação dos Advogados para compor os TREs.

38. Nesta lista de Advogados não poderão constar nomes de Magistrados aposentados ou Membros do Ministério Público (agora Advogados). O entendimento atual é que esta regra NÃO se aplica ao TSE. Vale ressaltar que a Lei nº 7.191/1984, ao alterar o art. 25, não fez nenhuma referência aos parágrafos constantes do artigo modificado. Segundo decisões do TSE (Res.-TSE nºs 12391/1985, 18318/1992 e Ac.-TSE nº 12641/1996) e do STF (Ac.-STF, de 15.12.1999, no RMS nº 23123), os referidos parágrafos não foram revogados pela lei citada.

1 A Resolução TSE nº 21.461/2003 dispõe sobre o encaminhamento de lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça

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15 39. O Código Eleitoral prevê lista tríplice de Advogados. Professor, mas não são 6

(seis) os Advogados indicados pelo TJ para compor o TRE? Sim! Para cada vaga de Membro de TRE, das 2 previstas para Advogados, é elaborada 1 (uma) lista tríplice de nomes de Advogados, por isso que são 6 indicados para escolha de 2 como nomeados. Apesar da CF-88 prelecionar que são 2 Juízes dentre 6 Advogados, no plano fático, a escolha é por listas tríplices (de 3 Advogados) para cada vaga. Desse modo, não é elaborada 1 lista de 6 nomes para cada vaga, mas 1 lista de 3 nomes para cada vaga. Resumo assim:

39.1. surgiu 1 vaga no TRE: elabora-se 1 lista tríplice; 39.2. surgiu + 1 vaga: elabora-se mais 1 lista tríplice.

40. Seguindo à regra prevista para o TSE sobre a nomeação de Advogados para a Corte Superior, segundo o Código Eleitoral, a nomeação da Classe dos Juristas para exercerem a função de Desembargadores nos TREs também não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum (demitido a qualquer tempo, sob discricionariedade. Ex: cargo em comissão), que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter político (federal, estadual ou municipal).

41. A Resolução TSE nº 21.461/2003 prevê o requisito específico para os Advogados de pelo menos 10 ANOS de atividade profissional (consecutivos ou não).

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16 42. Igualmente, como previsto para o TSE, é também vedada a existência de

parentesco de até 4º GRAU entre os Desembargadores dos TREs. Caso venha a ocorrer, será excluído o último que foi escolhido.

43. O Presidente e o Vice do TRE serão eleitos pelo próprio TRE entre os Desembargadores do TJ Estadual. A previsão legal quanto à nomeação do Corregedor Regional é que está desatualizada. O Código Eleitoral, no art. 26, prevê que seria o Corregedor o 3º Desembargador do TJ. Ocorre que, hoje, com o regramento constitucional, são apenas 2 Desembargadores do TJ que compõem o TRE.

44. Desse modo, entende-se que o Corregedor Regional deverá ser eleito entre os 2 (dois) atuais Desembargadores do TRE oriundos do TJ, que são o Presidente ou o Presidente do TRE. Em regra, é nomeado como Corregedor o Vice-Presidente do TRE. Contudo, temos que ter atenção ao que dispõe o Regimento Interno do TRE, pois alguns preveem que caberá a ao Presidente a função de Corregedoria e, até mesmo, a outro membro do TRE (contrariamente ao previsto na Lei).

45. No mesmo sentido da Corregedoria-Geral Eleitoral (do TSE), para o Corregedor Regional, cabem as seguintes considerações:

45.1. as atribuições do Corregedor serão fixadas pelo TSE (Resolução) ou pelo TRE, em caráter supletivo;

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17 45.2. poderá se locomover às Zonas Eleitorais por determinação do TSE ou

do TRE, a pedido de juízes eleitorais, a requerimento de partido ou quando necessário;

45.3. os provimentos (regulamentos correcionais) emanados da Corregedoria-Geral vinculam as Corregedorias Regionais.

46. Por incrível que pareça, o Procurador Regional Eleitoral (PRE) não é o Chefe do Ministério Público Estadual e nem do Federal. É um Procurador Regional da República ou um Procurador da República com exercício no Estado. O Procurador Regional da República e o Procurador da República fazem parte da carreira do Ministério Público Federal (é como se fossem “Promotores Federais”). O Procurador Regional da República é o “fim de carreira” do Procurador da República. Na prática, o Procurador Regional Eleitoral acaba sendo um Procurador da República lotado no Estado (quase nunca é um Procurador Regional da República). O Procurador Regional Eleitoral chefia o MP Eleitoral no Estado, inclusive coordenando e chefiando os Promotores Eleitorais do Estado (Promotores de Justiça da Justiça Estadual de 1º Grau, com funções Eleitorais).

47. Sobre o Procurador Regional da República destaco os seguintes pontos:

47.1. O caput do art. 27 do Código Eleitoral está revogado, não regulamento mais a matéria;

47.2. O Procurador Regional Eleitoral pode ser um Procurador Regional da República ou um Procurador da República vitalício, tanto nos Estados quanto no Distrito Federal;

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18 48. As deliberações dos TREs serão realizadas por maioria de votos, em sessão

pública, com presença da maioria de seus membros. Mais uma vez, digo que constitui a maioria de seus membros é o 1º número inteiro acima da metade dos membros. No caso dos TREs que possuem 7 Membros, o 1º nº inteiro acima da metade é 4 Membros. Assim, para o TRE efetivamente deliberar sobre alguma matéria eleitoral, deverão estar presentes pelo menos 4 dos Membros (a metade é 3,5, e o 1º nº inteiro acima da metade é 4). Caso não haja quórum para início dos trabalhos, serão convocados substitutos dos membros.

49. Da mesma forma que para o TSE, a previsão legal de arguição de suspeição de algum Desembargador do TRE, do Procurador Regional, ou mesmo dos funcionários de sua secretaria, visa impedir eventuais decisões parciais em favor ou em desfavor de algum candidato ou partido. Observem que, diferentemente do TSE, para os TREs o Código Eleitoral somente previu a hipótese de arguição de suspeição, em nada mencionou sobre a arguição de impedimento. O art. 28, §1º, do Código Eleitoral preleciona sobre impedimento para Membro do TRE, porém, diferentemente do previsto para o TSE no art. 20 (faculdade de qualquer interessado arguir a SUSPEIÇÃO e o IMPEDIMENTO dos Membros do TSE, Procurador-Geral e funcionários), o art. 28 previu que somente poderá ser arguida a SUSPEIÇÃO de Membro do TRE, não facultando a possibilidade de arguição de impedimento.

50. Conforme o Código Eleitoral, em caso de impedimento, o membro do TRE será simplesmente substituído, não havendo a necessidade de arguição de impedimento e a mesma proporção jurídica na hipótese do TSE. Já em caso de

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DIREITO ELEITORAL

19 SUSPEIÇÃO de membro do TRE, cabe ARGUIÇÃO de suspeição e eventual recurso para o TSE.

51. Lembrando: das decisões do TSE cabe algum recurso? Segundo o art. 121, §3º, da CF-88, são IRRECORRÍVEIS as decisões do TSE (como regra), salvo as que contrariarem a Constituição e as denegatórias de Habeas Corpus e de Mandando de Segurança. Contudo, em relação às decisões dos TREs, são também irrecorríveis? Igualmente às decisões do TSE, como regra, das decisões dos TREs NÃO cabem recursos! Então, a regra é que, das decisões do TSE e dos TREs NÃO CABEM RECURSOS!

52. Somente caberá recurso de decisão do TRE nos seguintes casos, previstos no art. 121, §4º da CF-88, assim resumidos:

52.1. decisão proferida contra disposição expressa da Constituição ou de Lei;

52.2. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre 2 ou mais TREs – o TSE funcionará como uniformizador das decisões dos TREs;

52.3. decisão que verse sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas federais ou estaduais - NÃO CABERÁ RECURSO para o TSE de decisão sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova!

52.4. decisão que anular diploma ou decretar a perda de mandatos eletivos federais e estaduais - NÃO CABERÁ RECURSO para o TSE de decisão que anular

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20 diploma ou decretar a perda de mandato MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova!

52.5. decisão que denegar: 52.5.1. Habeas Corpus;

52.5.2. Mandado de Segurança; 52.5.3. Habeas Data;

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b. Mapas mentais

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c. Revisão 1

QUESTÃO 01 – CESPE – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO – TRE/PI - 2016 Acerca dos órgãos do Poder Judiciário, assinale a opção correta.

a) O TSE, órgão máximo da justiça eleitoral, atua como revisor de decisões de tribunais regionais e, nas eleições presidenciais, como instância originária.

b) É vedado ao STF exercer controle sobre decisões exaradas pelo CNJ.

c) O CNJ controla todo o Poder Judiciário brasileiro, sendo o órgão máximo na hierarquia desse Poder.

d) O TSE possui sedes nas capitais dos estados e no Distrito Federal.

e) Cabe ao TSE responder, em caráter vinculativo, a consultas sobre matéria eleitoral formuladas em caráter concreto.

QUESTÃO 02 – CESPE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO – TRE/MT - 2016 Acerca dos órgãos da justiça eleitoral, assinale a opção correta.

a) Deve haver, em cada estado e no Distrito Federal, um tribunal regional eleitoral (TRE), formado por sete membros, sendo dois deles advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil e nomeados pelo governador do respectivo estado.

b) Caso ocorra conflito de jurisdição entre tribunais regionais e juízes eleitorais de estados diferentes, o processamento e o julgamento desse conflito caberão originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

(23)

DIREITO ELEITORAL

23 c) A jurisdição de cada uma das zonas eleitorais deve ser atribuída a um juiz eleitoral da circunscrição, responsável por constituir as juntas, que são divididas em zonas eleitorais.

d) As juntas eleitorais, compostas de um juiz eleitoral e de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, têm a atribuição de expedir títulos eleitorais e conceder transferências de eleitor.

e) Em princípio, as decisões dos tribunais regionais eleitorais são irrecorríveis, mas admite-se recurso, excepcionalmente, caso a decisão seja contrária a dispositivo expresso na CF e em lei federal.

QUESTÃO 03 – CESPE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO – TRE/GO - 2015 Acerca do alistamento eleitoral e da organização da justiça eleitoral, julgue o próximo item.

O procurador-geral de justiça do Distrito Federal (DF) e dos territórios tem a atribuição de atuar como procurador-geral perante o Tribunal Superior Eleitoral e pode indicar outros procuradores em exercício no DF para auxiliá-lo.

QUESTÃO 04 – CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – TRE/GO - 2015 Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, julgue os item que se segue, acerca do processo eleitoral, da composição dos tribunais regionais eleitorais e

de cabimento recursal.

Exige-se dos advogados que integrarão os tribunais regionais eleitorais o exercício efetivo de, no mínimo, dez anos de atividade profissional, não estando prevista na

(24)

DIREITO ELEITORAL

24 Constituição Federal a participação do órgão de representação da classe dos advogados nesse processo de escolha.

QUESTÃO 05 – CESPE – JUIZ DE DIREITO – TRE/MT - 2014

Com relação à composição do TSE, determinada pela CF, assinale a opção correta. a) A vice-presidência do TSE deve ficar a cargo de ministro que tenha sido nomeado a partir de lista sêxtupla de advogados encaminhada ao colegiado.

b) O vice-presidente do TSE pode acumular a função de corregedor eleitoral, eleito pelo voto secreto, durante um único biênio.

c) Os advogados serão nomeados pelo presidente da República, escolhidos entre seis nomes de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Conselho Federal da OAB.

d) A presidência do TSE deve ser exercida por um dos cinco ministros oriundos dos tribunais superiores, eleito pelo voto secreto e colegiado para um único biênio.

e) O texto constitucional fixou em sete o número mínimo de ministros que devem compor o TSE, mas não estabeleceu um número exato de ministros para esse colegiado.

QUESTÃO 06 – CESPE – JUIZ DE DIREITO – TJ/RN - 2013

A respeito da composição e do funcionamento da justiça eleitoral, assinale a opção correta.

a) A perda de diploma pode ser decidida ainda que estejam ausentes integrantes do TSE, desde que as ausências sejam justificadas.

(25)

DIREITO ELEITORAL

25 b) Qualquer interessado pode arguir a suspeição de ministro do TSE por parcialidade partidária.

c) Dado o princípio do quinto constitucional, é assegurado ao MP o cargo de ministro corregedor do TSE.

d) As juntas eleitorais são competentes para o registro de candidato a prefeito.

e) Advogado ocupante de cargo comissionado pode ser ministro do TSE, desde que indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil.

QUESTÃO 07 – CESPE – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA - 2013

O advogado que estiver regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil poderá servir como juiz eleitoral de primeira instância.

QUESTÃO 08 – CESPE – DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – 2013

Participa da composição dos tribunais regionais eleitorais um representante do MP.

QUESTÃO 09 – CESPE – JUIZ DE DIREITO – TJ-MA - 2013

Considerando a composição e o funcionamento dos órgãos da justiça eleitoral, assinale a opção correta.

A Na hipótese de indicação de duas pessoas que tenham parentesco entre si para integrar tribunal regional eleitoral, deve-se proceder à exclusão do primeiro indicado. B É da competência exclusiva do MP arguir a suspeição de membro de tribunal eleitoral.

(26)

DIREITO ELEITORAL

26 C Os membros do TSE devem ser magistrados ou integrantes do MP.

D Entre os membros de cada tribunal regional eleitoral inclui-se um juiz federal.

QUESTÃO 10 – CESPE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – TRE/MS - 2013

A respeito da composição de competências e atribuições dos órgãos da justiça eleitoral, assinale a opção correta.

A Compete ao TRE processar e julgar originariamente os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais.

B Compete privativamente ao TSE responder às consultas sobre matéria eleitoral que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político.

C As zonas eleitorais são compostas de um juiz de direito, que ocupa a respectiva presidência, e de dois a quatro cidadãos de notória idoneidade.

D O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eleito entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), exerce a função de corregedor-geral eleitoral.

E Membro do Ministério Público (MP) pode integrar a lista tríplice destinada à composição de tribunal regional eleitoral (TRE).

(27)

DIREITO ELEITORAL

27

d. Revisão 2

QUESTÃO 11 – CESPE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – TRE/MS - 2013

A respeito de composição, competências e atribuições dos órgãos da justiça eleitoral, assinale a opção correta.

A Dois funcionários de uma mesma empresa privada podem integrar uma mesma junta eleitoral.

B Servidores do Poder Executivo são impedidos de compor junta eleitoral.

C Compete aos juízes criminais processar e julgar os crimes eleitorais cometidos por quaisquer indivíduos que já alcançaram a maioridade.

D Aos tribunais regionais eleitorais compete dividir as zonas eleitorais em seções eleitorais.

E O presidente do tribunal regional eleitoral nomeia os membros das juntas eleitorais somente após a aprovação dos nomes pelo tribunal regional eleitoral.

QUESTÃO 12 – CESPE – JUIZ DE DIREITO – TJ-PI - 2012

Assinale a opção correta a respeito da organização, da composição e das competências da justiça eleitoral.

A É vedado ao corregedor geral eleitoral praticar, em correição em zona eleitoral, atos atribuídos pelas instruções pertinentes aos corregedores regionais.

(28)

DIREITO ELEITORAL

28 C Compõem o TSE dois juízes nomeados pelo presidente da República, escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo próprio tribunal

D Compõem o TRE/PI dois juízes nomeados pelo presidente da República, escolhidos entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo próprio tribunal.

E As decisões a respeito de recurso que importe a perda de diploma só podem ser tomadas pelo TSE com a presença de todos os membros; caso ocorra impedimento de algum, deverá ser convocado o substituto ou o respectivo suplente.

QUESTÃO 13 - CESPE - TRE - MS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE 2013. No que se refere a juízes e tribunais eleitorais, assinale a opção correta com base no que dispõe a CF.

a) As zonas eleitorais são órgãos da justiça eleitoral.

b) O corregedor eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral será, necessariamente, um ministro oriundo do Supremo Tribunal Federal.

c) Entre os membros do Tribunal Superior Eleitoral, deve haver dois cidadãos de idoneidade moral indicados pelo presidente da República.

d) Cabe recurso das decisões do Tribunal Superior Eleitoral que denegam habeas corpus.

(29)

DIREITO ELEITORAL

29 QUESTÃO 14 - CESPE - TRE - MS - ANALISTA JUDICIÁRIO - ANALISTA DE SISTEMAS - 2013

Assinale a opção correta a respeito dos tribunais eleitorais.

a) Dois membros dos TREs devem ser nomeados pelo presidente da República entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados pelo tribunal de justiça.

b) Somente haverá TRE nas capitais em que haja, no mínimo, um milhão de eleitores. c) Os presidentes dos TREs devem ser eleitos por votação dos servidores do tribunal e dos advogados militantes no respectivo estado.

d) O Tribunal Superior Eleitoral (TSE ) compõe-se de sete ministros eleitos por voto secreto entre os membros dos tribunais regionais eleitorais (TREs).

e) As decisões dos TREs são irrecorríveis, em qualquer hipótese.

QUESTÃO 15 - CESPE - TRE - RJ - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA - 2012 A respeito dos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens subsequentes.

A presidência do TSE cabe a todos os ministros do tribunal, que se revezam no cargo.

QUESTÃO 16 - CESPE - TJ - BA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO - 2012

Acerca da estrutura e composição da justiça eleitoral, assinale a opção correta com base no que dispõem a CF e a legislação específica.

(30)

DIREITO ELEITORAL

30 a) É legítima a indicação de vereador para ministro do TSE na vaga reservada à categoria, desde que, além de deter reputação ilibada e notório saber, esse vereador não seja filiado a partido político.

b) O ministro-corregedor do TSE deve ser sempre oriundo do STJ.

c) Não há impedimento legal à indicação para o cargo de ministro do TSE de servidor comissionado que atue como assessor de ministro do STF, desde que o servidor seja advogado com notório saber e reputação ilibada.

d) É vedada a acumulação do cargo de ministro do TSE com o de ministro do STF, em razão do princípio da especialização.

e) Um dos integrantes do TSE é indicado pelo MPU, em respeito ao princípio do quinto constitucional.

QUESTÃO 17 – CESPE - TRE/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA - 2011.

Julgue os itens seguintes, referentes à composição e às atribuições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Um vereador que seja advogado não pode ser nomeado ministro do TSE para uma das vagas destinadas a tais profissionais.

QUESTÃO 18 - CESPE - TRE/ES – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA - 2011.

O sobrinho-neto de um ministro do TSE na ativa não pode ser nomeado ministro da mesma corte devido ao parentesco.

(31)

DIREITO ELEITORAL

31 QUESTÃO 19 - CESPE - TRE - BA - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA – 2010. Quanto aos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens seguintes.

As juntas eleitorais não são consideradas órgãos da justiça eleitoral, constituindo-se em mera divisão regional realizada pelo juiz que a preside.

QUESTÃO 20 – CESPE - TRE - MT - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA - 2010. Assinale a opção correta com relação aos órgãos da justiça eleitoral.

a) A justiça eleitoral é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo TRE, na capital de cada estado e no DF, pelo Ministério Público Eleitoral e pelas juntas eleitorais.

b) Os ministros do TSE são escolhidos entre juízes do STF e do STJ e entre representantes da advocacia.

c) Por determinação legal, a sede do TSE é na capital da República e, por isso, a sua jurisdição encontra-se limitada ao DF.

d) O corregedor do TSE deve ser escolhido entre os ministros do STF.

e) O presidente do TSE deve ser escolhido entre ministros do STF e o vice-presidente, entre ministros do STJ.

(32)

DIREITO ELEITORAL

32

e. Revisão 3

QUESTÃO 21 – CESPE - TRE - MT - ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA II - 2010. Assinale a opção correta a respeito da organização da justiça eleitoral e, especialmente, do TRE.

a) O juiz corregedor do TRE é o representante legal do Ministério Público Eleitoral. b) Três advogados de notável saber jurídico compõem o TRE e são responsáveis pela indicação do vice-presidente.

c) É vedada a indicação de juiz de primeira instância para compor o TRE.

d) O presidente do TRE deve ser um dos desembargadores do tribunal de justiça. e) Uma vaga do TRE é assegurada a membro do Ministério Público estadual.

QUESTÃO 22 - CESPE - TRE - MG - TÉCNICO JUDICIÁRIO -ADMINISTRATIVA – 2009. Considerando a organização e as competências do TSE, assinale a opção correta. a) Os advogados que compõem o TSE são nomeados pelo presidente da República entre os indicados, em lista sêxtupla, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

b) O presidente, o vice-presidente e o corregedor eleitoral do TSE são escolhidos entre os ministros do Supremo Tribunal Federal que compõem o tribunal.

c) As funções de procurador geral junto ao TSE são exercidas pelo procurador geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.

(33)

DIREITO ELEITORAL

33 d) Em razão de o TSE constituir a instância máxima da justiça eleitoral, suas decisões são sempre irrecorríveis

e) Cabe ao TRE de cada estado da Federação enviar ao presidente da República a lista organizada pelos tribunais de justiça, entre cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, para, em número de dois, compor os TREs.

QUESTÃO 23 – CESPE - TRE/BA – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA - 2009.

No que se refere às disposições contidas na CF acerca do Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário, julgue os itens seguintes.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) será composto, no mínimo, por sete membros, escolhidos mediante eleição pelo voto secreto de três juízes entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois juízes entre os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por nomeação do presidente da República, de dois juízes entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF.

QUESTÃO 24 – CESPE - TRE/BA – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA - 2009.

A legislação brasileira prevê que o TSE, composto de sete membros, pode ter sua composição aumentada, ao passo que os TREs, também compostos de sete membros cada um deles, não podem ter a sua composição aumentada.

QUESTÃO 25 – CESPE - TRE/BA – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA - 2009.

(34)

DIREITO ELEITORAL

34 É cabível recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das decisões dos TREs quando versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais.

QUESTÃO 26 – CESPE - TRE - PR - TÉCNICO JUDICIÁRIO - OPERAÇÃO DE COMPUTADORES - 2009.

O TSE é composto por ministros oriundos do STF, por ministros do STJ, de onde é escolhido o corregedor do TSE, e também por representantes da advocacia, indicados pelo STF e nomeados pelo presidente da República.

QUESTÃO 27 – CESPE - TRE - PR - TÉCNICO JUDICIÁRIO - OPERAÇÃO DE COMPUTADORES - 2009.

Os TREs são compostos por juízes escolhidos entre os desembargadores do TJ do respectivo estado, entre os juízes de direito, escolhidos pelo TJ do estado, e entre membros da advocacia, indicados pelo TJ e nomeados pelo governador do estado, com notável saber jurídico e idoneidade moral.

QUESTÃO 28 - CESPE - TRE - PR - ANALISTA JUDICIÁRIO - ANÁLISE DE SISTEMAS - 2009.

A justiça eleitoral é formada pelo TSE, por um TRE em cada estado e no DF, pelas juntas eleitorais e pelos juízes eleitorais.

(35)

DIREITO ELEITORAL

35 Assinale a opção correta a respeito da composição do TSE.

a) O advogado-geral da União integrará o TSE, caso seja indicado pelo presidente da República.

b) O advogado-geral da União integra o TSE, independentemente de indicação política. c) Um juiz de trabalho de primeira instância faz parte do TSE por indicação do Tribunal Superior do Trabalho.

d) Um advogado militante integrará o TSE mediante indicação do Superior Tribunal Militar.

e) O corregedor eleitoral do TSE será ministro oriundo do STJ.

QUESTÃO 30 – CESPE - TRE - MA - ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA - 2009.

Considerando a hipótese de que Antônio seja juiz federal e se candidate a juiz do TRE de determinada unidade da Federação, assinale a opção correta.

a) É impossível a pretensão de Antônio, pois juiz ou desembargador de TRF não integra TRE.

b) Uma única vaga de TRE é destinada a juiz de TRF, onde houver.

c) Desde que a indicação de Antônio seja do STF, é possível a pretensão desse magistrado.

d) É possível a pretensão de Antônio, desde que a sua indicação seja do STJ.

(36)

DIREITO ELEITORAL

36

f. Normas

CONSTITUIÇÃO FEDERAL – 1988 Seção VI

DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais;

IV - as Juntas Eleitorais.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:

I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

(37)

DIREITO ELEITORAL

37 Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.

§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: I - mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;

III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

§ 1º - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

(38)

DIREITO ELEITORAL

38 § 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de segurança.

§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, "habeas-data" ou mandado de injunção.

CÓDIGO ELEITORAL PARTE SEGUNDA

DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País;

(39)

DIREITO ELEITORAL

39 II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território;

III - juntas eleitorais; IV - juizes eleitorais.

Art. 13. O número de juizes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.

Art. 14. Os juizes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.

§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)

§ 2º Os juizes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente exceto quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento de alistamento. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)

§ 3o Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)

(40)

DIREITO ELEITORAL

40 § 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)

Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

TÍTULO I

DO TRIBUNAL SUPERIOR

Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

a) de três juizes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; e (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

b) de dois juizes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

(Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

§ 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último. (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor,

(41)

DIREITO ELEITORAL

41 proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilegio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Supremo Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral um dos seus membros.

§ 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos:

I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral; II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;

III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral; IV - sempre que entender necessário.

§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os Corregedores Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.

Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.

Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros membros do Ministério Público da União, com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento.

(42)

DIREITO ELEITORAL

42 Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o substituto ou o respectivo suplente.

Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá argüir a suspeição ou impedimento dos seus membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento. Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do argüido.

Art. 21 Os Tribunais e juizes inferiores devem dar imediato cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral. Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I - Processar e julgar originariamente:

a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e vice-presidência da República;

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juizes eleitorais de Estados diferentes;

c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua Secretaria;

(43)

DIREITO ELEITORAL

43 d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juizes e pelos juizes dos Tribunais Regionais;

e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; (Vide suspensão de execução pela RSF nº 132, de 1984)

f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;

g) as impugnações á apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República;

h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente interessada. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)

i) as reclamações contra os seus próprios juizes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 1966)

j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado. (Incluído pela LCP nº 86, de 1996) (Produção de efeito)

II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do Art. 276 inclusive os que versarem matéria administrativa.

(44)

DIREITO ELEITORAL

44 Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorrível, salvo nos casos do Art. 281.

Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, I - elaborar o seu regimento interno;

II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;

III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos;

IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juizes dos Tribunais Regionais Eleitorais;

V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juizes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei:

VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;

IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código;

X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;

XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do ar. 25;

(45)

DIREITO ELEITORAL

45 XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;

XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;

XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 1966)

XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;

XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria;

XVII - publicar um boletim eleitoral;

XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral.

Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do Ministério Público Eleitoral; I - assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;

II - exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de competência originária do Tribunal;

III - oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;

IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juizes, ou por iniciativa sua, se entender necessário;

(46)

DIREITO ELEITORAL

46 VI - representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme em todo o País;

VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições;

VIII - expedir instruções aos órgãos do Ministério Público junto aos Tribunais Regionais;

IX - acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral, pessoalmente ou por intermédio de Procurador que designe, nas diligências a serem realizadas.

TÍTULO II

DOS TRIBUNAIS REGIONAIS

Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

I - mediante eleição, pelo voto secreto: (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

a) de dois juizes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

b) de dois juizes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

II - do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e (Redação dada pela Lei nº 7.191, de 1984)

III - por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

(47)

DIREITO ELEITORAL

47 Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional serão eleitos por este dentre os três desembargadores do Tribunal de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional da Justiça Eleitoral.

§ 1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual servir.

§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:

I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;

II - a pedido dos juizes eleitorais;

III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional; IV - sempre que entender necessário.

Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Procurador Geral da República.

§ 1º No Distrito Federal, serão as funções de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador Geral da Justiça do Distrito Federal.

§ 2º Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou impedimentos, o seu substituto legal.

§ 3º Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do Procurador Geral.

Referências

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