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CAPÍTULO 4 CABOS DE FIBRAS ÓPTICAS

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Academic year: 2021

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CAPÍTULO 4 – CABOS DE FIBRAS ÓPTICAS

4.1 FUNDAMENTOS ... 4.2 4.1.1 REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ ... 4.2 4.1.2 REFLEXÃO INTERNA TOTAL ... 4.2 4.1.3 ÍNDICE DE REFRAÇÃO ... 4.2

4.1.4 RESUMO DAS CONDIÇÕES PARA OBTENÇÃO DA REFLEXÃO TOTAL ... 4.3

4.1.5 CONTRUÇÃO BÁSICA ... 4.3 4.1.6 NÚCLEO ... 4.4 4.1.7 CASCA OU COBERTURA ... 4.4 4.1.8 REVESTIMENTO PRIMÁRIO ... 4.5 4.1.9 RAIO DE CURVATURA ... 4.5 4.1.10 FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE ESCALONADO ... 4.6 4.1.11 FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE GRADUAL ... 4.6 4.1.12 FIBRAS MONOMODO ... 4.7 4.1.13 COMPRIMENTO DE ONDA ... 4.8 4.1.14 ATENUAÇÃO E LARGURA DE BANDA ... 4.8 4.2 CONECTORES ÓPTICOS ... 4.9 4.2.1 ACOPLADORES ÓPTICOS ... 4.9 4.2.2 CONECTORES ST ... 4.10 4.2.3 CONECTORES SC ... 4.10 4.2.4 CONECTORES MTRJ ... 4.10 4.2.5 CONECTORES LC ... 4.10 4.2.6 TERMINAÇÕES ÓPTICAS ... 4.11 4.2.7 ESPECIFICAÇÕES PARA TERMINAÇÕES E CONECTORES ... 4.12 4.3 CABOS DE FIBRAS ÓPTICAS ... 4.12 4.3.1 CABOS INTRAEDIFÍCIOS ... 4.12 4.3.1.1 DISEÑO TRENZADO ... 4.12 4.3.1.2 MULTICORDÃO ... 4.14 4.3.1.3 CABOS PARA CORDÕES DE CONEXÃO ... 4.14 4.3.2 CABOS INTEREDIFÍCIOS ... 4.15 4.3.2.1 CABOS SUBTERRÂNEOS ... 4.15 4.3.2.2 CABOS AÉREOS ... 4.16 4.4 SEGURANÇA NOS SISTEMAS DE FIBRAS ÓPTICAS ... 4.17 4.4.1 RADIAÇÕES LASER ... 4.17 4.4.2 DIODOS LASER ... 4.17 4.4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS LASER ... 4.17 4.4.4 DANOS AO OLHO HUMANO... 4.18 4.4.5 PRECAUÇÕES AO MANIPULAR FIBRAS ÓPTICAS ... 4.18 4.3.1 DISPOSITIVOS DE AUMENTO ... 4.19 4.5 FABRICANTES DE FIBRAS ÓPTICAS ... 4.20 4.5.1 PRODUÇÃO DA PREFORMA ... 4.20 4.5.2 ESTICAMENTO DA PREFORMA ... 4.20

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4.1 FUNDAMENTOS

4.1.1 REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ

A luz proveniente de um meio denso (como por exemplo a água – figura 4.1), será parcialmente refletida na fronteira com o outro meio de menor densidade (como por exemplo o ar – figura 4.1). Parte da luz passará para o meio menos denso (refração).

FIGURA 4.1 – REFLEXÃO E REFRAÇÃO

4.1.2 REFLEXÃO INTERNA TOTAL

Para ângulos iguais ou menores que um certo ângulo, chamado de ângulo crítico ou ângulo de Brewster, a luz não será capaz de passar ao meio menos denso. Este fenômeno é chamado reflexão interna total.

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As fibras óticas são fabricadas usando dois tipos de vidro, um deles com maior densidade. A densidade do material não é um parâmetro usado normalmente na indústria ótica, e em seu lugar se prefere utilizar o índice de refração do vidro.

O índice de refração define a velocidade de propagação da luz em um dado meio físico. Este parâmetro está relacionado diretamente a densidade de cada material.

Para representar o índice de refração se usa a letra N, e consiste sempre em um número positivo, que indica quantas vezes mais rápido viaja a luz no vácuo, que no material em questão.

4.1.4 RESUMO DAS CONDIÇÕES PARA A OBTENÇÃO DA

REFLEXÃO TOTAL

Em resumo, as condições para obtenção da refração total na fronteira entre os dois meios são as seguintes:

 Deve-se contar que os dois meios tenham índices de refração diferentes.

 A luz deve trafegar através do meio com maior índice de refração. O meio com menor índice de refração tem a função de criar uma fronteira para que a luz seja refletida.

 A luz deve incidir sobre o meio de menor índice de refração com um ângulo menor ou igual ao ângulo crítico.

4.1.5 CONTRUÇÃO BÁSICA

Uma fibra óptica é formada pela união de dois cilindros concêntricos feitos de vidro com diferentes índices de refração. Cada fibra óptica terminada tem um diâmetro menor que um fio de cabelo humano. A luz viaja refletindo na fronteira entre os dois cilindros.

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4.1.6 NÚCLEO

O núcleo (core) tem o maior índice de refração. A luz se propaga através do núcleo sempre, enquanto não exceda o ângulo crítico. O diâmetro máximo especificado pelas normas da ANSI para o núcleo é de 62,5 µm (fibras multimodo).

FIGURA 4.4 – NÚCLEO DA FIBRA ÓPTICA

4.1.7 CASCA OU COBERTURA

A casca ou cobertura (cladding) recobre o núcleo e evita que a luz saia da fibra. Esta cobertura é fabricada com vidro de menor índice de refração. O diâmetro especificado nas normas ANSI é de 125µm para todos os tipos de fibras ópticas.

FIGURA 4.5 – CASCA OU COBERTURA DA FIBRA ÓPTICA

Núcleo

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4.1.8 REVESTIMENTO PRIMÁRIO

Uma fibra óptica é um meio demasiadamente frágil para ser manipulado diretamente. Durante o processo de fabricação se aplica um revestimento plástico de 250µm para aumentar a resistência mecânica da fibra (primary buffer).

FIGURA 4.6 – REVESTIMENTO PRIMÁRIO

4.1.9 RAIO DE CURVATURA

Uma fibra óptica pode ser curvada contanto que não se exceda o ângulo crítico. Se a curvatura é muito acentuada, uma parte da luz se perderá através da cobertura. O raio de curvatura do cabo depende do ângulo crítico. O ângulo crítico é um parâmetro manejado somente pelo fabricante.

Os instaladores de fibras ópticas recebem a informação sobre o ângulo crítico na forma de um raio de curvatura mínimo para o cabo instalado.

O raio de curvatura é um dos parâmetros chave para o êxito de um projeto de fibra óptica.

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4.1.10 FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE ESCALONADO

As primeiras fibras produzidas no mercado tinham núcleos relativamente grandes 62,5µm, permitindo que a luz propagasse em múltiplas trajetórias.

Cada trajetória possível através do núcleo é chamada de modo de propagação. Uma fibra em que a luz se propaga através de múltiplas trajetórias é chamada de fibra multimodo.

A troca brusca do índice de refração do núcleo e da cobertura é o que lhe atribui o nome de fibra óptica multimodo de índice escalonado.

As fibras multimodo são tipicamente conectadas a transmissores ópticos com diodos emissores de luz (Light Emitting Diode / LED) e transportam informação digital em forma de pulsos de luz.

FIGURA 4.8 – FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE ESCALONADO

4.1.11 FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE GRADUAL

Por causa dos múltiplos modos de propagação através da fibra, os pulsos de informação transportados sofrem uma pequena variação na relação tempo-distância. Este efeito é conhecido como dispersão modal.

A dispersão modal limita a velocidade de transmissão de pulsos de informação. Se a velocidade aumentar muito os pulsos recebidos acabariam por se misturarem. Pode-se reduzir a dispersão modal de duas maneiras:

 Redução do diâmetro do núcleo.

 Troca da construção do núcleo para obter uma troca suave do índice de refração, aumentando desde a cobertura até o centro do núcleo.

Para reduzir a dispersão modal se constrói o núcleo depositando camadas sucessivas de vidro, e aumentando gradualmente o índice de refração de cada capa. Os modos que viajam por trajetórias mais largas encontram zonas de menor índice de refração, aumentando sua velocidade de propagação.

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FIGURA 4.9 – FIBRAS MULTIMODO DE ÍNDICE GRADUAL

As normas da ANSI/TIA/EIA recomendam dois tipos de fibras multimodo de índice gradual:

 Fibras multimodo 62,5/125µm

 Fibras multimodo 50/125µm (o adendo ANSI/TIE/EIA 568B.3.1 introduz as fibras ópticas 50/125µm de alto desempenho como uma terceira opção)

4.1.12 FIBRAS MONOMODO

A dispersão modal pode ser eliminada reduzindo o diâmetro do núcleo a valores da ordem de 10µm. Esta redução do núcleo requer um transmissor muito especializado que seja capaz de injetar luz em um área tão reduzida: um LASER.

As normas da ANSI/TIA/EIA recomendam o uso de fibras monomodo de índice escalonado. Este tipo de fibra permite maiores velocidades de transmissão de informação e maiores distâncias que as fibras multimodo.

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4.1.13 COMPRIMENTO DE ONDA

Nos sistemas de fibras ópticas se utiliza o comprimento de onda em lugar da freqüência para diferenciar os sinais que se propagam pela fibra. A unidade usada para medir o comprimento de onda é o nanômetro / m. Os comprimentos de ondas recomendadas pela ANSI pertencem a banda infravermelha.

 Sistema multimodo / diodos LED: 850m (primeira janela), 1.300m (segunda janela).

 Sistema monomodo / diodos LASER: 1.310m (segunda janela), 1.550m (terceira janela).

4.1.14 ATENUAÇÃO E LARGURA DE BANDA

A largura de banda é um parâmetro usado somente com as fibras multimodo. Os limites especificados nas normas ANSI/TIA/EIA para as fibras multimodo são os seguintes:

 Multimodo 62,5/125µm: - 850 m: 3,75 dB / km – 160 MHz / km - 1.300 m: 1,5 dB / km – 500 MHz / km  Multimodo 50/125µm: - 1.310 m: 3,75 dB / km – 500MHz / km - 1.550 m: 1,5 dB / km – 500MHz / km

A largura de banda não se aplica a fibras monomodo. A largura de banda é um parâmetro ligado com a dispersão modal e este fenômeno não se apresenta nas fibras monomodo. Os limites especificados nas normas são os seguintes:

 Monomodo – cabos de planta interna - 1.310 m: 1,0 dB / km

- 1.550 m: 1,0 dB / km

 Monomodo – cabos de planta externa - 1.310 m: 0,5 dB / km

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4.2 CONECTORES ÓPTICOS

Um conector de fibras ópticas é um encapsulado de precisão que enclausura a fibra, ou várias, com o propósito de manusear-las e alinhar-las perfeitamente com outras fibras. Só quando duas ou mais fibras são confrontadas nestas condições é que são possíveis as emissões de sinal de uma fibra para outra.

Os núcleos das fibras devem estar completamente alinhados para que a luz possa passar de uma fibra para outra. O polimento e a limpeza nos extremos de cada conector é essencial para uma mínima perda de sinal.

FIGURA 4.11 – CONECTORES ÓPTICOS

4.2.1 ACOPLADORES ÓPTICOS

Para possibilitar o alinhamento dos conectores se utiliza um cilindro com diâmetro nominal similar ao do conector. O acoplador se encarrega de confinar o conector no lugar correto e permite a ação do mecanismo de pressão do conector.

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4.2.2 CONECTORES ST

Conectores ST (Straigt Tip): Existe uma grande base instalada deste tipo de conectores. Disponíveis para aplicações multimodo e monomodo. Comum em equipamentos Ethernet. Não é possível organizar-los em pares (duplex) pela necessidade girar o conector um quarto de volta para sua conexão.

4.2.3 CONECTORES SC

Conectores SC (Subscriber Connector): Disponíveis para aplicações multimodo e monomodo. Comum em equipamentos Fast Ethernet. Estes conectores podem ser organizados aos pares evitando possíveis trocas involuntárias entre transmissores e receptores.

4.2.4 CONECTORES MTRJ

Conectores MT-RJ: Disponíveis para aplicações multimodo e monomodo. Comum em alguns equipamentos Gigabit Ethernet. Estes conectores terminam duas fibras ao mesmo tempo. Este tipo de conector é chamado de conector de “baixo fator de forma” (Small Form Factor – SFF) ou conector miniaturizado.

4.2.5 CONECTORES LC

Conectores LC: Estes conectores estão disponíveis para aplicações multimodo e monomodo (em muitos casos são preferidos para aplicações monomodo). Estes conectores terminam somente uma fibra, porém, podem organizar-se em pares facilmente. Este é outro tipo de conector de baixo fator de forma.

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FIGURA 4.13 – TIPOS DE CONECTORES ÓPTICOS

4.2.6 TERMINAÇÕES ÓPTICAS

Existem dois métodos de terminação óptica:

Terminações por fusão: produzem uma união permanente e perdas muito baixas. Quando o nível do sinal é um parâmetro vital, a melhor solução é uma terminação feita por fusão. Estas terminações são utilizadas pelas empresas telefônicas em projetos de planta externa e longas distâncias.

Terminações mecânicas: São soluções rápidas e de baixo custo. Muitos instaladores utilizam este método como solução provisória, preparando o a instalação para uma terminação por fusão posteriormente. Esta é uma opção válida em muitos cabeamentos de edifícios onde a distância de cada enlace em geral é relativamente curta.

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4.2.7 ESPECIFICAÇÕES PARA TERMINAÇÕES E CONECTORES

A norma ANSI/TIA/EIA 568B.3 recomenda para as terminações de fibras ópticas sejam elas por fusão ou mecânicas uma atenuação máxima de 0,3 dB.

A norma ANSI/TIA/EIA 568B.3 especifica uma atenuação máxima de 0,75dB para os conectores ópticos (esta especificação corresponde a um par de conectores instalados). Para os conectores, acopladores e instalações de cabos multimodo, estes requisitos devem ser verificados em ambas os comprimentos de onda 850m e 1.300m.

Para os conectores, acopladores e instalações de cabos monomodo, estes requisitos devem ser verificados em ambos os comprimentos de onda 1.310m e 1.550m.

4.3 CABOS DE FIBRAS ÓPTICAS

4.3.1 CABOS INTRA-EDIFÍCIOS

Os cabos ópticos de planta interna utilizam uma capa plástica de proteção adicional aplicada diretamente sobre o revestimento primário. O diâmetro externo desta capa é de aproximadamente 900µm. Esta capa, conhecida como revestimento compacto (tight buffer) utiliza um código de cores para reconhecer cada fibra.

NÚMERO DA

FIBRA

COR

NÚMERO DA

FIBRA

COR

1 Azul 7 Vermelho 2 Laranja 8 Preto 3 Verde 9 Amarelo 4 Marrom 10 Púrpura 5 Cinza 11 Rosa

6 Branco 12 Azul Esverdeado

O diâmetro do revestimento compacto é o mínimo recomendado para instalar conectores ópticos.

4.3.1.1 DISEÑO TRENZADO

Os cabos de distribuição em plantas internas possuem um elemento central para suportar tração, fibras com revestimento compacto são colocadas ao seu redor, fios de aramida sobre as fibras para maior resistência a tração e uma capa plástica externa. Estes cabos podem ter a sua construção completamente dielétrica.

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FIGURA 4.14 – REVESTIMENTO COMPACTO

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4.3.1.2 MULTI CORDÃO

Neste tipo de cabo, cada par de fibras recebe um invólucro plástico de aproximadamente 3mm de diâmetro. Cada subunidade é disposta ao redor de um elemento de tração central.

FIGURA 4.16 – MULTI CORDÃO

4.3.1.3 CABOS PARA CORDÕES DE CONEXÃO

Estes cabos incluem uma camada de fibras de aramida e uma capa plástica exterior exclusiva para cada fibra. O diâmetro aproximado de cada fibra com todos os seus elementos de proteção é de aproximadamente 3mm.

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4.3.1 CABOS INTEREDIFÍCIOS

Os cabos ópticos de planta externa utilizam tubos plásticos preenchidos por um gel não absorvente como proteção mecânica para as fibras que percorrem o interior do tubo livremente (loose tube). Esses tubos protetores isolam as fibras de qualquer esforço mecânico que possa afetar o cabo.

FIGURA 4.18 – TUBOS PROTETORES – CABO “LOOSE TUBE”

As fibras instaladas dentro dos tubos de proteção estão protegidas exclusivamente pelo seu revestimento primário (acrilato - 250µm).

Não se deve instalar um conector óptico em fibras que contam apenas com seu revestimento primário. Nestes casos deve ser utilizado um kit de revestimento secundário para cada fibra, conhecido como “breakout kit”.

Os tubos protetores e as fibras nos cabos de planta externa estão marcados com o mesmo código de cores utilizado para o revestimento secundário. Neste caso, quem recebe a coloração é o acrilato, pois a fibra não está revestida por um “buffer” – o “breakout kit” utiliza tubetes translúcidos para que a cor de cada fibra possa ser identificada.

4.3.2.1 CABOS SUBTERRÂNEOS

Os fabricantes oferecem diferentes tipos de modelos de cabos, incluindo cabos híbridos que contém fibras multimodo e monomodo em um mesmo cabo. Os cabos para aplicações subterrânea utilizam em muito casos uma armadura metálica para proteger o cabo de possíveis abusos mecânicos.

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FIGURA 4.19 – CABOS SUBTERRÂNEOS

4.3.2.2 CABOS AÉREOS

Os cabos ópticos para uso aéreo oferecem opções alternativas de construção, além do tradicional “figura 8”. Estes cabos utilizam uma capa protetora externa muito resistente e contém em seu interior fios metálicos para suportar o peso do cabo e sua carga de vento.

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4.4 SEGURANÇA NOS SISTEMAS DE FIBRAS ÓPTICAS

Esta seção do manual explica os procedimentos necessários para trabalhar de forma segura com os sistemas de fibras ópticas. Cada técnico ou instalador tem uma influência direta sobre sua própria segurança. É importante que cada técnico ou instalador conheça a fundo e que siga estritamente as cláusulas de segurança definidas por sua companhia, pelo fabricante do produto e por autoridades locais ou nacionais. As recomendações de segurança incluídas neste manual não pretendem de forma alguma suplantar as de nenhuma organização ou firma.

A Legrand não assume nenhuma responsabilidade por danos que o instalador possa causar a si mesmo durante a instalação de produtos ópticos Legrand.

4.4.1 RADIAÇÕES LASER

Os transmissores LASER emitem radiações que potencialmente podem causar danos irreversíveis ao olho humano. Todas os comprimentos de ondas utilizados pelos sistemas LASER caem dentro da porção do espectro eletromagnético conhecida com infravermelho. As radiações infravermelhas não são visíveis ao olho humano. Apesar de que, oficialmente, estes comprimentos de onda não são visíveis, para algumas pessoas eles são perceptíveis.

As radiações infravermelhas são aquelas que a pela humana interpreta como calor, por este motivo é de fundamental importância que não expor o olho a este tipo de radiação.

4.4.2 DIODOS LASER

O acrônimo LASER provém do inglês “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation” (Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação).

Quando a luz é amplificada mediante este mecanismo ela se torna mais intensa. Os átomos do diodo no equipamento que produz o LASER são estimulados até elevá-los a níveis muito altos de energia. Uma vez que o diodo tenha sido carregado de energia suficiente, o mesmo produz um intenso raio de luz ou emite radiação (dentro deste contexto, radiação não tem relação nenhuma com radioatividade).

As LASER’s tem níveis de potência entre –3 dBm (0,5 miliwatts) e +1 dBm (1,26 miliwatts), que é muito maior que o encontrado nos transmissores LED.

4.4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS LASER

O CDRH (Centro para Dispositivos e Saúde Radiológica) reguka os produtos LASER e seus fabricantes. Os regulamentos dentro do CRF1040 obrigam aos fabricantes a certificar seus produtos dentro de uma das quatro classes principais – 1, 2 ou 2a, 3, 3a ou 3b, 4) dependendo das características do LASER. Os LAS. Os LASER’s são classificados de acordo com seus limites de emissão, baseados em seu potencial de causar danos ao ser humano.

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Classe 1

LASER de muito baixa potência, considerado essencialmente seguro.

Classe 2

LASER visível cujo comprimento de onda varia de 400 a 700m. Dentro desta margem o olho humano se protege utilizando a reflexão causada pelo pestañeo.

Classe 2a

LASER visível cujo comprimento de onda varia de 400 a 700m, ele não foi projetado para ser visto. Este LASER requer somente 1mW para operar.

Classe 3

LASER de média potência que pode causar dano ao olho humano quando é olhado diretamente, com ou sem o uso de um dispositivo de aumento. Os óculos utilizados para corrigir defeitos de vista não são considerados dispositivos de aumento.

Classe 3a

LASER visível de média potência.

Classe 3b

LASER invisível de média potência.

Classe 4

LASER com muito alta potência que pode causar mal ao olho humano quando é olhado de forma direta ou indireta (refletido), ou de forma difusa. Estes LASER’s podem causar danos também a pele, assim como causar incêndios. Utilizam altas correntes e altas tensões, sendo sua fonte de alimentação potencialmente letal.

4.4.4 DANOS AO OLHO HUMANO

Os LASER’s e os LED’s podem causar danos ao olho humano quando são olhados diretamente ou através de dispositivos de aumento. A densidade da potência do raio de luz é amplificada cerca de 10.000 vezes quando chega na retina. Um raio de luz, com pouca densidade de potência, que penetre em um olho humano, pode acarretar em danos para a retina devido à amplificação que ocorre quando o raio atravessa a córnea.

Os cabos que interconectam componentes dentro de um sistema de fibras ópticas podem ser desconectados ou quebrados e isto pode expor as pessoas à emissões de radiações potencialmente daninhas.

4.4.5 PRECAUÇÕES AO MANIPULAR FIBRAS ÓPTICAS

Devido ao tamanho dos fragmentos de fibra produzidos durante trabalhos com a instalação de conectores ópticos, sua presença é normalmente difícil de detectar. É preferível seguir os procedimentos de segurança do que retirar fragmentos de fibra da pele. O manejo prudente e a eliminação apropriada dos resíduos de fibra óptica garantem ao técnico ou instalador, assim como ao pessoal que mantém contato com a área de trabalho, um ambiente seguro. Abaixo seguem algumas recomendações de segurança:

 Utilizar uma superfície de trabalho de cor escura proporciona contraste suficiente para manusear a fibra e ajuda a detectar com mais facilidade fragmentos de fibra. Melhor visibilidade conduz a uma maior segurança no manejo da fibra e na eliminação de resíduos.

 Descartar os resíduos de fibra em um recipiente plástico com tampa de rosca.

 Não colocar os resíduos em um cesto de lixo sem que os mesmos estejam confinados em um recipiente como o descrito anteriormente. Uma pessoa alheia ao trabalho poderia compactar a lixeira e receber fragmentos de fibra na sua pele e em seus olhos.

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 Lavar as mãos antes de tocar a face ou os olhos depois de manusear a fibra óptica.

 Varrer ou aspirar o piso ao término dos trabalhos com fibras ópticas.

 Nunca atirar resíduos de fibras ópticas para baixo de pisos elevados, pois os mesmos podem voar quando o piso é aberto devido a pressão de ar debaixo do piso.

4.4.6 DISPOSITIVOS DE AUMENTO

Antes de utilizar um microscópio para inspeção, deve-se garantir que a fibra que será examinada não está emitindo nenhum tipo de radiação óptica. Isto pode ser detectado com o uso de um equipamento medidor de potência óptica, sempre e quando o medidor esteja calibrado para responder a todos os comprimentos de onda gerados para aquele sistema. Em alguns casos pode ser necessário monitorar a fibra em mais de um comprimento de onda. O método mais seguro é inspecionar o extremo oposto da fibra em questão e desconecta-la de qualquer fonte de luz.

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4.5

FABRICANTES DE FIBRAS ÓPTICAS

4.5.1 PRODUÇÃO DA PREFORMA

Os fabricantes de fibra óptica começam com um tubo de vidro oco de aproximadamente três pés de comprimento (0,92m) fabricado com vidro da maior pureza disponível. Este tubo de vidro é montado em uma máquina que o faz girar constantemente, ao mesmo tempo em que faz transpassar vidro em sua fase gasosa no interior do tubo. Numerosas camadas de vidro são depositadas no interior do tubo enquanto o mesmo continua girando com freqüência. Depois de várias horas de processo o tubo de vidro é aquecido até colapsar e o orifício central ser colmatado completamente. O resultado é um bastão de vidro sólido chamado de preforma.O tubo de vidro original é a casca da fibra e o vidro depositado em seu interior é o núcleo.

4.5.2 ESTICAMENTO DA PREFORMA

A preforma terminada é montada em uma máquina que a coloca na entrada de um forno de alta temperatura (cerca de 1.500o C), instalado na parte superior de uma planta de produção (equivalente a um edifício de quatro pavimentos). A parte inferior da preforma é aquecida além da temperatura de fusão do vidro até reduzir o diâmetro original ao diâmetro apropriado para a fibra. A fibra passa por dispositivos detectores LASER que controlam o diâmetro do produto atuando sobre a velocidade do carretel que está recebendo a fibra na parte inferior da planta de produção. O diâmetro da fibra é mantido dentro de estritos limites de tolerância. O diâmetro final da fibra óptica é de 125µm ou aproximadamente 0,005” (cinco milésimos de polegada).

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4.5.3 APLICAÇÕES DE REVESTIMENTO PRIMÁRIO

São aplicadas camadas de polímeros para proteger a fibra de danos físicos ou de uma possível contaminação. A fibra passa através de um dispositivo similar a um forno para a secagem das capas protetoras. O diâmetro do revestimento primário (primary buffer) é de 250µm, ou cerca de 0,01” (um centésimo de polegada). A fibra então é dirigida a um carretel onde será armazenada e posteriormente testada para depois ser utilizada na fabricação dos cabos. Uma preforma pode render vários kilômetros de fibra.

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