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INOCULAÇÃO DE BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO EM SEMENTES DE ALFACE

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UNIGUAÇU – UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DO IGUAÇU LTDA FAESI – FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SÃO MIGUEL DO IGUAÇU

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Trabalho de Conclusão de Curso

Renata Aparecida Delfino

INOCULAÇÃO DE BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO EM SEMENTES DE ALFACE

São Miguel do Iguaçu 2018

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Renata Aparecida Delfino

INOCULAÇÃO DE BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO EM SEMENTES DE ALFACE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu

Orientador: Drª Graciela Maiara Dalastra

São Miguel do Iguaçu 2018

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AGRADECIMENTOS

O primeiro agradecimento, A Deus, a Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora Das Graças, por todas as graças alcançadas.

Não existe trabalho sem cooperação. Por isso, agradeço a todos que ajudaram na parte intelectual, no trabalho de campo, no estímulo e incentivo para que esta etapa,

da minha vida, se realizasse.

Ao meu pai José (in memoriam) que sempre me deu força para não desistir ao longo do tempo, minha mãe Neusa meu muito obrigado primeiramente por ser essa mãe maravilhosa e meu porto seguro, agradeça a ti minha mãe por todo incentivo carinho

e cuidado nessa etapa que não foi fácil, mais foi vencida, aos meus irmãos Eliane e Rodrigo, por toda ajuda pelas noites em claro que me ajudaram e não deixaram que

meu mundo desmoronasse.

A minha avó Messias (in memoriam) que quando em vida não media esforços para me ajudar no que fosse necessário, as minhas sobrinhas Evelyn e Emanuely pela

alegria que me propõe, aos meus familiares em geral que me apoiaram nessa caminhada em especial ao meu tio Mauro, por nunca nos deixar só nos momentos

difíceis. Fica a gratidão e o carinho por todo incentivo e apoio prestado ao longo desses anos e da jornada De estudo.

Ao meu melhor amigo e parceiro para todo sempre Thalis Henrique, pelo convivo e amor, ombro amigo e porto seguro. Por me incentivar, ajudar e ter muita paciência

em todo o processo de aprendizado.

Aos meus queridos professores, orientadora e colaboradores pela oportunidade de ter vocês durante essa longa jornada.

A professora Danielle Cadorin, por todo apoio e auxilio prestado. Pela orientação, apoio, convivência paciência fica o meu agradecimento a Professora Drª Graciela Maiara Dalastra, Além da amizade, fica o respeito e a

admiração profissional e pessoal. Aos amigos do dia a dia, Claudinei, Rafael, Vanderlei, Mateus, Tatiana, Roque, kauan, Thais, Lori, Douglas, Sinara, Nilson, Diomar, Werique Vinicius, Claudete, Daniela, Rosana, Matheus, Marcelo e Jefferson

por sempre me incentivarem.

Aos colaboradores da Golden Agro por todo apoio, em especial ao Renato, pelos materiais cedidos. Agradeço.

A FAESI e seu corpo docente pela minha formação acadêmica.

As minhas colegas de turma, Gabriela, Thais, Okiane, Tatiane, Tatiana, por todo companheirismo e ajuda durante esse tempo convivido.

Aos professores e diretores dos colégios aos quais tive oportunidade de aplicar os estágios supervisionados. Agradecimento aos alunos que levarei para sempre em meu coração, Isabelli, Maria, Emilly, Weslley, Bruno, Matheus, Eduardo, pelas boas

ideias e pelo convívio.

Certamente, os que aqui não foram citados, também tiveram e terão importância nos próximos passos do meu caminho.

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“Em meio à dificuldade encontra-se a oportunidade” Albert Einstein

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RESUMO

A alface (Lactuca sativa L.) é uma importante fonte de vitaminas e minerais tornando-se assim a hortaliça folhosa mais popular, destacando-se pelo sabor, valor nutricional e facilidade de aquisição, Parte das exigências da alface em relação ao nitrogênio pode ser suprida pelo processo de fixação biológica, por meio da simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio. Diante do exposto, torna-se importante entender se a inoculação de sementes de alface com Azospirillum brasilense substitui a adubação nitrogenada e aumenta a produtividade, garantindo desenvolvimento sustentável e menos poluente ao solo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de diferentes doses de bactérias fixadoras de nitrogênio em sementes de alface. O experimento foi realizado na área destinada à horticultura da propriedade de Neusa Bartolomeu Delfino. O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso, com quatro tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram referentes às seguintes doses de inoculante: T1 - testemunha, T2 - 4 ml, T3 - 6 ml, T4 - 8 ml e T5 - 10 ml, para 100 sementes. Utilizou-se a cultivar Ariel. As sementes de alface foram homogeneizadas no inoculante liquido nitro azo, composto por bactérias do gênero Azospirillum brasilienses, estirpes AbV5 e AbV6. As variáveis avaliadas foram: número de folhas, altura das plantas, massa fresca da parte aérea por meio da pesagem em balança analítica e volume de raiz utilizando proveta graduada. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Verifica-se que para doses de inoculante utilizadas não apresentaram efeito significativo para altura de planta, massa fresca da parte aérea e número de folhas. Sendo verificado diferenças significativas apenas para a variável volume de raiz, sendo que a dosagem 5 (10 ml de inoculante/100sementes) apresentou maior valor, diferindo significativamente apenas da testemunha. Concluindo que o uso do inoculante nitro azo na dosagem 5 ml/100 sementes resultou em maior volume de raiz. Para a altura de planta, massa fresca de parte aérea e número de folhas as doses de inoculante utilizadas não promoveram incrementos.

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ABSTRACT

Lettuce (Lactuca sativa L.) is an important source of vitamins and minerals, making it the most popular vegetable, standing out for flavor, nutritional value and ease of acquisition. Part of the requirements of lettuce in relation to nitrogen can be supplied by the biological fixation process, by means of symbiosis with nitrogen-fixing bactéria. In view of the above, it is important to understand if the inoculation of lettuce seeds with Azospirillum brasilense replaces nitrogen fertilizing and increases productivity, ensuring sustainable and less polluting development to the ground. The objective of the present work is to evaluate the effect of the application of different doses of nitrogen fixing bacteria on lettuce seeds. The experiment was carried out in the área intended to the horticulture of the Neusa Bartolomeu Delfino.The experimental design was a randomized block design with four treatments and five replications. The treatments included the following inoculant doses: T1 - control, T2 - 4 ml, T3 - 6 ml, T4 - 8 ml and T5 - 10 ml, for 100 seeds. The cultivar Ariel. The lettuce seeds were homogenized in the inoculant liquid nitrogen azo, composed of bacteria of the genus Azospirillum brasilienses, strains AbV5 and AbV6. The variables evaluated were: number of leaves, height of plants, fresh mass of the aerial part by weighing in analytical balance and root volume using graduated beaker. The data were submitted to analysis of variance and the means were compared by the Tukey test. Verifying that for doses of inoculant used did not present significant effect for plant height, fresh shoot mass and number of leaves. Significant differences were verified only for the root volume variable, and the dosage 5 (10 ml of inoculant / 100 seeds) had a higher value, differing significantly only from the control. Concluding that the use of the nitro azo inoculant in the dosage 5 ml / 100 seeds resulted in higher root volume. For plant height, fresh shoot mass and number of leaves the doses of inoculant used did not increase.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 10 2 JUSTIFICATIVA ... 12 3 OBJETIVOS ... 13 3.1 OBJETIVO GERAL ... 13 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 13 4 REVISÃO DE LITERATURA ... 14

4.1 ASPECTO E CULTURA DA ALFACE (LACTUCA SATIVA L.) ... 14

4.2NITROGÊNIOEFIXAÇÃOBIOLÓGICA ... 15

4.3AGRICULTURA ... 16

5 MATERIAL E MÉTODOS ... 17

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 19

7 CONCLUSÕES ... 22

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1. Analise de medias de altura, volume de raiz, massa fresca da parte

aérea e numero de folhas de plântulas de alface inoculadas com Azospirillum brasilense. São Miguel do Iguaçu 2018...18

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LISTA DE SIGLAS

VR: Volume de raiz NF: numero de folhas AlT: altura

MFPA: massa fresca parte aérea CM: centímetro

G: gramas T: tratamento

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1 INTRODUÇÃO

A alface (Lactuca sativa L.) é uma importante fonte de vitaminas e minerais tornando-se assim a hortaliça folhosa mais popular, destacando-se pelo sabor, valor nutricional e facilidade de aquisição. De acordo com Rezende et al. (2005) a cultura se adapta a condições climáticas adversas, possibilitando diversos cultivos anuais e comércio seguro.

Dentre os nutrientes, pelo fato de a alface ser uma hortaliça folhosa, a cultura apresenta maior resposta ao N (nitrogênio). (FILGUEIRA, 2000; MALAVOLTA, 2006).

O nitrogênio é o elemento mais abundante na atmosfera terrestre. Nas plantas é o componente responsável por várias reações. Para Ryle et al. 1979 por ser elemento essencial, afeta na formação de raízes, produção, translocação de nutrientes, fotossíntese e taxa de crescimento, sendo crescimento foliar o primeiro a ser afetado.

Segundo Hungria (2011), as bactérias promotoras do crescimento vegetal, são um grupo de bactérias benéficas que se encontram dispersas nos solos, próximos as raízes, podendo até mesmo ser encontradas colonizando as raízes, e tecidos internos. Estas bactérias promovem o crescimento vegetal devido a sua capacidade de fixar nitrogênio proveniente da atmosfera.

De acordo com Gallo (2013), a fixação biológica é o processo por meio do qual o nitrogênio N2, presente na atmosfera é convertido em formas que podem ser

utilizadas pelas plantas. A reação é catalisada pela enzima nitrogenase, que é encontrada nas bactérias. Os organismos responsáveis pela fixação são bactérias, retiram o nitrogênio do ar fazendo com que este reaja com o hidrogênio para formar amônia NH4+.

Parte das exigências da alface em relação ao nitrogênio pode ser suprida pelo processo de fixação biológica, por meio da simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio.

Diante do exposto, torna-se importante entender se a inoculação de sementes de alface com Azospirillum brasilense substitui a adubação nitrogenada e aumenta a produtividade, garantindo desenvolvimento sustentável e menos poluente ao solo.

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Assim, o trabalho assume como hipótese que a associação de alface com bactérias Azospirillum brasilense é uma tecnologia capaz de substituir, pelo menos parcialmente, a adubação nitrogenada.

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2 JUSTIFICATIVA

A presente proposta de pesquisa se justifica devido ao papel estratégico dos microrganismos como ferramenta para o aumento da produtividade, especificamente o gênero Azospirillum.

O inoculante, se corretamente utilizado, pode ser mais um aliado ao produtor para o aumento da sua produção, e obter uma maior lucratividade.

A sustentabilidade nos sistemas produtivos exige a aplicação de tecnologias que permitam a ampliação da produção. Devido ao alto custo dos adubos químicos e também pela conscientização em busca de uma agricultura sustentável e um menor grau de poluição, existe um interesse crescente pelo uso de inoculantes.

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo do presente trabalho é avaliar o efeito da aplicação de diferentes doses de bactérias fixadoras de nitrogênio em sementes de alface.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Analisar a resposta agronômica do inoculante Azospirillum brasilense na cultura da alface.

Avaliar os efeitos do inoculante a base de Azospirillum brasilense sobre as características de crescimento e produção da alface.

Indicar qual a melhor dose do inoculante nitro azo que promove a maior produção de alface.

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4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 ASPECTO E CULTURA DA ALFACE (Lactuca sativa L.)

A alface (Lactuca sativa L.) originou-se de espécies silvestres, ainda atualmente encontradas em regiões de clima temperado, no sul da Europa e na Ásia Ocidental (FILGUEIRA, 2003).

Para Fernandes et al. 2002:

A alface é a mais popular das hortaliças folhosas, sendo cultivada em quase todas as regiões. Pode ser considerada uma boa fonte de vitaminas e sais minerais, destacando se seu elevado teor de vitamina A, além de conter vitaminas B1 e B2, vitaminas C, cálcio e ferro.

Segundo Filgueira (2003), a planta é herbácea, delicada, com folhas presas ao caule. Folhas amplas crescem em forma circular, envolta ao caule, podendo ser lisas ou crespas, formando ou não uma cabeça, colorações variadas, conforme a cultivar, e são essas características que determinam a preferência do consumidor. O sistema radicular é muito ramificado e superficial, explorando apenas as primeiras camadas do solo.

De acordo com Katayama (1993), apresenta baixo teor de calorias, sendo consumida em grande parte in natura. Entretanto, o seu cultivo apresenta limitações por ser uma planta sensível às condições climáticas como chuva, temperatura elevada, umidade excessiva entre outras.

Conforme Medeiros et al. (2007), a alface é uma cultura amplamente distribuída por todo o país, representando uma das mais cultivadas mundialmente, fato este que pode ser atribuído pela diversidade nas variedades as quais se adaptam as condições climáticas adversas, possibilitando cultivos sucessivos no mesmo ano, pois a alface apresenta seu ciclo reprodutivo rápido, conferindo à espécie grande importância econômica devido ao baixo custo de produção.

Segundo Filgueira (2003), no Brasil são utilizados diferentes sistemas para o cultivo dessa hortaliça sendo eles, convencional, sistema orgânico e cultivo protegido em estufas o qual se aplica a hidropônia ou cultivo direto no solo.

O cultivo protegido de hortaliças em casas de vegetação ou em telados depende do tipo de exploração agrícola e, principalmente, condição climática de cada região. (HENZ & SUINAGA, 2009).

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4.2 NITROGÊNIO E FIXAÇÃO BIOLÓGICA

Dentre os organismos fixadores de nitrogênio, destacam-se as bactérias que se associam com plantas. Segundo Graham e Vance (2003), a simbiose entre leguminosas e rizóbios é a fonte mais importante de nitrogênio fixado biologicamente em sistemas agrícolas.

Miflin e Lea 1976 descrevem que:

O nitrogênio (N) é considerado elemento essencial para as plantas, pois está presente na composição das mais importantes biomoléculas, tais como ATP, NADH, NADPH, clorofila, proteínas e inúmeras enzimas e participa diretamente da expansão da área foliar. (MIFLIN & LEA, 1976; HARPER, 1994).

O nitrogênio (N) está presente em muitas formas na biosfera, a atmosfera contém aproximadamente 75% de nitrogênio molecular (N2). N2 não pode ser

absorvido pela maioria dos organismos, em decorrência da ligação tripla entre os átomos de nitrogênio (N≡N), o que torna a molécula quase inativa. Para quebrá-la, de modo que seus átomos possam combinar com outros átomos, são necessárias quantidades substanciais de energia (VIEIRA, 2017).

A mineralização do nitrogênio é um processo enzimático resultante da conversão de formas orgânicas de N para forma inorgânicas disponíveis para as plantas, ela é conduzida por microrganismos heterotróficos, aeróbios e anaeróbio. Para ser absorvido pelos organismos o N orgânico é, primeiramente, quebrado em unidades menores pelas enzimas nitrogenase presente nos organismo fixadores dispersos no ambiente (MOREIRA; SIQUEIRA, 2006). Os compostos resultantes podem ser absorvidos diretamente ou serem mineralizados para a forma amoniacal (NH3, amônia forma gasosa), ou (NH4 +, amônia), no solo, a amônia reage

rapidamente com a água para formar íons amônio (VIEIRA, 2017).

De acordo com Moreira e Siqueira (2006), uso de inoculantes contendo rizóbios, substitui total ou parcialmente os adubos nitrogenados que se fornecidos em excesso prejudicam o solo, o uso de inoculantes propicia uma economia significativa nos custos de produção, pois o valor da adubação mineral está cada vez mais elevado.

Conforme Ladhy e Reddy (2003) os riscos de aplicação de adubos nitrogenados são fatores que justificam a utilização de bactérias para fixar nitrogênio proveniente da atmosfera, podendo assim reduzir perdas para o ambiente, poluição de afluentes, contaminação dos solos, tornando-a mais viável aos produtores.

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Segundo Vitousek et al. (1997), o nitrogênio é o componente mais abundante na atmosfera encontrado na forma combinado de N2 que as plantas são capaz de

utilizar. Nos sistemas terrestres, é o elemento químico mais limitante para o crescimento vegetal que se aplicado em excesso afeta o desenvolvimento da planta.

Lima et al. (2017), afirmam que houve efeito significativo entre as doses de nitrogênio e aplicação de Azospirillum na cultura de alface, com e sem enraizador, houve efeito expressivo em relação a altura, diâmetro de caule e de cabeça, dimensão de raiz, biomassa fresca da raiz e parte área. Ainda de acordo com os autores, tanto o enraizador mais Azospirillum, quanto a inoculação com Azospirillum, apresentaram efeito praticamente similares em relação à altura média de plantas de 14,81 cm, na dose de 50% de recomendação de N, indicando a importância dessa bactéria no crescimento da planta.

4.3 AGRICULTURA

Segundo Siqueira et al. (1994), a agricultura é a atividade de produção de alimento e outras matérias-primas, que vem em constante evolução, essa evolução se da pelo uso de novas técnicas e praticas que permitem aumento na produtividade. Porém em muitos casos as atividades agrícolas tem provocado degradação nos recursos naturais, incluindo solo e água. Através do uso de práticas agrícolas sustentáveis do ponto de vista ambiental, é possível minimizar os impactos negativos da atividade agrícola sobre o meio ambiente.

O solo é o principal substrato para a agricultura e suporte para outros diversos tipos de infra estrutura. De acordo com Moreira e Siqueira (2006), o solo é o habitat onde se encontra a maior diversidade de organismos que mediam os processos biológicos importantes, tais como a fixação biológica de nitrogênio. O uso dessas bactérias tem sido utilizado para superar obstáculos e alcançar novas alternativas que auxiliam no fornecimento de nitrogênio para as plantas, já que a busca por práticas agrícolas sustentáveis, é urgente em nossa sociedade.

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5 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na área destinada à horticultura da propriedade de Neusa Bartolomeu Delfino, localizada na comunidade de Linha Castelo Branco, na cidade de São Miguel Do Iguaçu- Paraná.

O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso, com cinto tratamentos e quatro repetições, totalizando vinte parcelas experimentais. Os tratamentos foram referentes às seguintes doses de inoculante: T1 - testemunha, T2 - 4 ml, T3 - 6 ml, T4 - 8 ml e T5 - 10 ml, para 100 sementes. Utilizou-se a cultivar Ariel, que pertence ao grupo das alfaces crespas.

As sementes de alface foram homogeneizadas no inoculante liquido nitro azo, as dosagens foram pipetas e dispostas sobre as sementes dentro de sacos plásticos e agitadas ate absorver completamente o liquido, o inoculante é composto por bactérias do gênero Azospirillum brasilienses, estirpes AbV5 e AbV6, seguiu-se as dosagens descritas anteriormente e posteriormente semeadas em bandeja de isopor de 200 células, com substrato (TN GOLD) para hortaliças, mantidas em casa de vegetação, até o momento do transplante para o local definitivo de cultivo. A irrigação das mudas foi realizada com regador de acordo com a necessidade.

A casa de vegetação, utilizada nesse experimento, era composta por teto de plástico filme 150 micras, com as laterais protegidas por sombrite. As mudas foram transplantadas para o local definitivo quando apresentaram quatro folhas definitivas 44 dias após a semeadura, Os canteiros foram preparados e adubados 7 dias antes com esterco de aves 150 kg para uma área correspondente a 735 m2. As parcelas experimentais foram constituídas de 20 plantas, espaçadas de 20x30cm, distribuídas em quatro linhas de plantio.

A colheita foi realizada aos 49 dias após o transplante das mudas, sendo utilizadas quatro plantas centrais de cada parcela para a realização da avaliação. As variáveis avaliadas foram: número de folhas, altura das plantas, massa fresca da parte aérea por meio da pesagem em balança analítica e volume de raiz foi determinado após a lavagem das mesmas em água corrente e secagem a sombra por aproximadamente uma hora. As raízes foram mergulhadas em uma proveta contendo (150.0000cm³/ 150 ml). Sendo o volume radicular obtido pelo volume deslocado do liquido.

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Após tabulados, os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de significância, utilizando-se o programa estatístico SISVAR 5.3 (FERREIRA, 2011).

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6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Observando-se os resultados apresentados na tabela 1, verifica-se que para doses de inoculante utilizadas não apresentaram efeito significativo para altura de planta, massa fresca da parte aérea e número de folhas. Sendo verificadas diferenças significativas apenas para a variável volume de raiz, sendo que a dosagem 5 (10 ml de inoculante/100sementes) apresentou maior valor, diferindo significativamente apenas da testemunha.

TABELA 1. Altura (ALT), volume de raiz (VR), massa fresca da parte aérea

(MFPA) e numero de folhas (NF) de plantas de alface inoculadas com diferentes doses de Azospirillum brasilense.

DOSES

(ml/100 sementes) ALT (cm) VR(cm³) MFPA (g) NF

0 24,25 a 25,75 b 188,25 a 14,75 a 4 23,25 a 28,00 ab 193,25 a 15,75 a 6 23,25 a 38,25 ab 188,00 a 15,50 a 8 23,75 a 35,25 ab 190,00 a 16,25 a 10 25,25 a 42,25 a 183,00 a 15,75 a CV(%) 4,24 21,39 10,51 7,21

Médias seguidas da mesma letra em minúsculo na coluna não diferem pelo teste de tukey (p ≤ 0,05). Em relação à altura de plantas as doses do inoculante não apresentaram efeito significativo, observando-se um crescimento constante para todas as dosagens analisadas. Na média as plantas de alface apresentaram 23,95 cm de altura (Tabela 1). Resultados distintos foram observados por Barassi et al. (2006), que cultivou alface americana (Mantecosa) inoculada com Azospirillum via semente, essa bactéria promoveram um aumento de 56% na parte aérea da planta, comparado com as sementes não-inoculadas.

O maior volume de raiz foi verificado na dosagem 5, ao qual promoveu um aumento de 64% no volume de raiz, quando comparado com a testemunha (Tabela 1), Resultado semelhantes foram obtidos por Cassán et al. (2009) em milho e soja, os quais relataram efeitos positivos de Azospirrillum brasilenses na capacidade de promover o enraizamento e a formação de nódulos, devido a excreção de produtos metabólicos reguladores do crescimento da raiz.

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De acordo com Bashan et al. (2004),o Azospirillum apresenta capacidade de produzir ou alterar hormônios de plantas, incluindo as giberelinas, responsáveis pelo crescimento de caule, folhas, modificando a altura da planta, além aumentar o número de raízes, o que ajuda a planta a absorver mais água e nutrientes, além de resistir melhor aos estresses, devido ao maior volume de solo explorado pelas raízes.

A alface apresenta cerca de 96% de água na sua composição, a capacidade das plantas para obter água, nutrientes e minerais do solo está relacionada com o desenvolvimento de seu extensivo sistema radicular. O desenvolvimento da raiz em relação a volume e boa arquitetura é essencial para otimizar a utilização dos recursos disponíveis no solo. (Taiz & Zeiger, 2004)

Quanto a massa fresca da parte aérea, a não significância das médias do parâmetro estudado, ocorre em função da não influência estimulante dos microrganismos nos processos fisiológico do desenvolvimento (Tabela 1), divergindo dos dados coletados por Barassi et al. (2006), cultivando alface americana, observaram que as plantas inoculadas com Azospirrillum brasilense, apresentaram peso de biomassa fresca da parte aérea, mais elevadas do que plantas não inoculadas.

As médias de massa fresca dos tratamentos analisados em relação a parte aérea não apresentaram diferenças significavas, mas atenderam aos padrões indicados pelo mercado consumidor, apresentando uma média geral de 188,50 g.

As plântulas não apresentaram inflorescência ao qual não se encaixa nos padrões exigidos para consumo.

A inoculação não obteve efeitos significativos em relação ao número de folhas. Resultados semelhantes foram obtidos por Bernard (2017), que avaliou os efeitos de bactérias promotoras do crescimento em alface (Quatro estações), também não observou efeito significativo para o de número de folhas por plantas.

Segundo Sottero (2003), a não interferência nos resultados obtidos pela aplicação de Azospirillum brasiliense, podem ser explicadas em função da incompatibilidade das bactérias com a espécie vegetal utilizada no estudo. Diferentes espécies vegetais e diferentes estirpes de isolados podem se relacionar de formas a provocar diferenças em sua influência mútua, assim como diferentes variações de habitat, podem influenciar na forma como as plantas e microrganismos interagem. De maneira geral, tudo indica que promotores de crescimento de uma

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espécie de planta podem não apresentar efeitos em outras, e que a compatibilidade da bactéria utilizada com a hospedeira é de grande importância e necessidade na promoção do crescimento vegetal.

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7 CONCLUSÕES

O uso do inoculante nitro azo na dosagem 10ml/100 sementes resultou em maior volume de raiz.

Para a altura de planta, massa fresca de parte aérea e número de folhas as doses de inoculante utilizadas não promoveram incrementos.

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REFERÊNCIAS

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