• Nenhum resultado encontrado

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PARA LABORATÓRIOS DE ENSINO DE QUÍMICA: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO – CAMPUS AÇAILÂNDIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PARA LABORATÓRIOS DE ENSINO DE QUÍMICA: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO – CAMPUS AÇAILÂNDIA"

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

11

Programa de gerenciamento de

resíduos para laboratórios de ensino

de química: uma proposta de educação

ambiental no Instituto Federal do

Maranhão - Campus Açailândia

Diana Silva de Araujo1; Clenilma Marques Brandão2;

Nazaré do Socorro Lemos Silva Vasconcelos3;

1 Especialista em Educação Ambiental; Departamento de Ensino, IFMA Campus São Luís - Centro Histórico; E-mail: diana.silva@ifma.edu.br; 2 Mestre em Química; Departamento de Química, IFMA Campus São Luís - Monte Castelo; E-mail: clenilma.brandao@ifma.edu.br; 3 Doutora em Química; Professora do Departamento de Química, IFMA campus São Luís/Monte Castelo; E-mail: ndsocorro@ifma.edu.br;

RESUMO

A disposição inadequada de resíduos químicos gerados em laboratório de ensino leva a graves problemas ambientais e ainda pode prejudicar a saúde humana e a preservação do meio ambiente. O gerenciamento de resíduos de laboratório envolve uma série de etapas que incluem a execução de um inventário, medidas de mitigação, segregação, acondi-cionamento, rotulagem e tratamento de resíduos, armazenagem, transporte e disposição final dos resíduos. Alguns resíduos sólidos produzidos em laboratório podem ser descar-tados no lixo comum, desde que não estejam contaminados com substâncias perigosas. Os resíduos não perigosos recicláveis devem ser destinados a cooperativas de reutilização e reciclagem. Os resíduos perigosos devem ser eliminados de forma adequada após a aula experimental ou destinados a empresas especializadas em tratamento de resíduos. Esse trabalho teve como objetivo desenvolver uma proposta de educação ambiental a partir da implantação de uma rotina de gerenciamento dos resíduos gerados no Laboratório de Química do IFMA- campus Açailândia. Foi realizado um diagnóstico dos resíduos ge-rados, bem como os 5S’s no laboratório. Treinamentos de sensibilização e elaboração de materiais informativos e educativos foram etapas importantes no trabalho. O principal resultado obtido foi a implementação de uma rotina de minimização, segregação, armaze-namento e destinação dos resíduos perigosos e não perigosos do laboratório de química.

Palavras-chave: Resíduos Químicos. Gerenciamento de Resíduos. 5S´s em laboratórios.

Educação Ambiental.

(2)

12

Waste management for laboratories

of chemistry teaching: a proposal for

environmental education in Federal

Institute of Maranhão, in Açailândia

ABSTRACT

Improper disposal of chemical waste generated in teaching laboratory leads to serious environmental problems and can still harm human health and preservation of the environment. Laboratory waste management involves a series of steps that include performing an inventory, mitigation measures, segregation, packaging, labeling and treatment of waste, storage, transport and final disposal of residues. Some solid waste produced in the laboratory can be disposed in the trash, since not contaminated with hazardous substances. The recyclable non-hazardous waste should be destined to cooperatives for reuse and recycling. Hazardous waste must be disposed of properly after the experimental class or for businesses specializing in waste management. This article aims to show an environmental education proposal and a waste management routine in chemistry laboratories in IFMA, Açailândia. A diagnostic of the generated residues was carried out in the laboratory. Environmental awareness training, besides to prepare informative and educational materials were important stages to this work. Main result obtained was the implementation of appropriate practices for waste minimization, segregation, storage and disposal of hazardous and non-hazardous waste from the chemistry laboratory.

(3)

13

1 INTRODUÇÃO

A questão da disposição final de resíduos gerados nos laboratórios das instituições de ensino e pesquisa no Brasil vem sendo amplamente discutida no sentido de recu-perar e destinar estes resíduos de maneira ambientalmente adequada.

De acordo com a NBR 10004/2004, os re-síduos sólidos são aqueles rere-síduos nos es-tados sólido e semi-sólido que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos, dentre ou-tros, líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economica-mente inviáveis em face à melhor tecnolo-gia disponível. Esta norma classifica os re-síduos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente de acordo com as seguintes classes:

Classe I: São resíduos perigosos que, em

função de suas características intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, apresentam riscos à saúde pública através do aumento da mortalidade ou da morbidade, ou ain-da provocam efeitos adversos ao meio am-biente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

Classe IIA: São resíduos não perigosos e não

inertes, os quais podem apresentar caracte-rísticas de combustibilidade, biodegradabili-dade ou solubilibiodegradabili-dade, com possibilibiodegradabili-dade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente.

Classe IIB: São resíduos não perigosos e

inertes, os quais, por suas características in-trínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, por não terem seus consti-tuintes solubilizados a concentrações supe-riores aos padrões considerados para pota-bilidade da água, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei nº 12.305, em vigor desde 2010, define como geradores de resíduos qualquer pessoa física ou jurídica, de direi-to público ou privado, que geram resídu-os sólidresídu-os perigresídu-osresídu-os ou não, por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo e ainda as obrigações desses geradores em gerenciar adequadamente seus resíduos, evitando a poluição ambiental.

Um dos instrumentos desta política é a Educação Ambiental que tem como obje-tivo sensibilizar as pessoas em relação ao mundo em que vivem para que possam ter melhor qualidade de vida, sem desrespeitar o meio ambiente natural que as cercam. De Conto et al. (2002) observam que a educa-ção ambiental surge como importante ins-trumento de formação formal e informal, promovendo a construção de valores so-ciais, conhecimentos e habilidades.

Dentro da Educação Ambiental, uma das formas de se enfocar a diminuição do con-sumo e da geração de lixo é através dos 3R’s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar). Segundo as resoluções da Agenda 21 de 1992, o princí-pio dos “3R’s” é apontado como a solução ou minimização dos problemas relaciona-dos aos resíduos sólirelaciona-dos; redução ao

(4)

míni-14

mo dos resíduos; aumento ao máximo da reutilização e reciclagem ambientalmente saudáveis dos resíduos (AGENDA 21, 1996). Nesta concepção, cada um dos R’s represen-ta uma mudança de postura em relação ao consumo, sendo o primeiro – Reduzir – que seria o foco principal, pois enfatiza a redu-ção do consumo. Dos 3R’s este é o mais difícil de ser realizado, pois exige um alto grau de consciência; o segundo – Reutilizar - propõe a reutilização dos mesmos objetos, antes de descartar ou reciclar os produtos, usá-los de uma forma diferente e criativa; e por fim o terceiro – Reciclar – representa a reinserção do produto no processo produ-tivo, substituindo matérias-primas virgens, completando seu ciclo quando o produto volta ao mercado. É uma alternativa so-mente quando não é mais possível reduzir, nem reutilizar (ZACARIAS, 2000).

Gerenciamento de resíduos é uma prática que consiste em controlar o potencial de impactos ambientais dos resíduos gerados de uma determinada atividade (ROCCA et al.,1993). O gerenciamento de resíduos químicos envolve uma série de etapas que englobam a realização de um inventário, a proposição de medidas de minimização, a segregação, o acondicionamento, a rotula-gem dos resíduos, o tratamento, o armaze-namento, o transporte e a disposição final dos resíduos (VITTA DI, 2012).

O inventário tem como objetivo identificar qualitativa e quantitativamente a maior quantidade possível dos resíduos químicos já estocados (passivo) e os gerados (ativos). A minimização é entendida como uma série

de atitudes que, quando tomadas conjun-tamente ou em separado, culminam num produto final único: uma sensível redução não apenas na quantidade de resíduos gera-dos, mas também no seu potencial de im-pacto no meio ambiente (JARDIM, 2014). A etapa de segregação dos resíduos em di-ferentes correntes tem como principal ob-jetivo o de facilitar o seu tratamento e dis-posição final (JARDIM, 1998). A segregação deve ser sempre efetuada no momento e no local de sua geração (CETESB,2007).

De acordo com Machado (2005), o Dia-grama de Hommel é uma das simbologias usadas na rotulagem dos resíduos. Nesta simbologia, cada um dos losangos expressa um tipo de risco, aos quais são atribuídos graus de risco, variando entre 0 e 4, caracte-rizando o resíduo quanto aos danos à saúde (azul), inflamabilidade (vermelho), reativi-dade (amarelo) e riscos específicos (branco).

Figura 1: Diagrama de Hommel:

Riscos à Saúde Inflamabilidade

4 - Letal 4 - Abaixo de 23ºC

3 - MuitoPerigoso 3 - Abaixo de 38ºC 2 - Perigoso 2 - Abaixo de 93ºC 1 - RiscoLeve 1 - Acima de 93ºC

(5)

15

0 - Material Normal 0 - Não queima

0 - Estável Reatividade

OX - Oxidante 4 - Pode explodir ACID - Ácido 3 - Pode explodir

com choque mecânico ou calor ALK - Álcali(Base) 2 - Reação química

violenta COR - Corrosivo 1 - Instável se

aquecido W - Não misture

com água

0 - Estável

Fonte: Manual Proresíduos.

O tratamento dos materiais residuais pode ser feito através de métodos químicos, biológicos, térmicos e físicos, além da dis-posição final no solo. Segundo Figuerêdo (2006), podemos dividi-los em:

• Tratamento químico: neutralização ácido-base, precipitação química, oxi-dação-redução, absorção em carvão ativado e troca iônica;

• Tratamento físico: remoção física (des-tilação, evaporação, extração por sol-vente, extração por arraste de vapor, troca iônica, precipitação, cristalização, filtração, adsorção e osmose reversa); • Microencapsulação: estabilização; • Tratamento térmico: incineração,

co-processamento, combustão em caldei-ras e fornos, detonação, vitrificação; • Tratamento biológico: biorremedição; • Disposição no solo: aterro industrial. Quando os resíduos químicos não puderem ser tratados no laboratório de origem,

de-vem ser armazenados temporariamente em abrigos, até que sejam retirados por uma empresa especializada, de modo que suas características e suas quantidades não se al-terem (VITTA Di, 2012).

A disposição final de resíduo, de acordo com Jardim (2014), é o termo técnico usado para designar a forma e o local escolhido para receber definitivamente qualquer re-síduo descartado. No caso de rere-síduos ur-banos, a disposição final é geralmente um aterro sanitário (ou lixão). No caso de resí-duos químicos gerados em laboratórios de ensino, pesquisa e prestação de serviços, o destino final depende das características do resíduo. Por exemplo: resíduos ácidos ou al-calinos (desde que não contenham metais pesados) podem ser neutralizados, diluídos e descartados na pia. Resíduos sólidos não perigosos, como os de cálcio e magnésio, por exemplo, podem ser descartados em lixo comum. Caso contenham metais pesa-dos, devem ser destinados para aterros clas-se I por meio de empresas especializadas. O laboratório de química é um local que fornece conhecimentos práticos e enrique-cedores para o futuro profissional desta área e outras áreas ligadas, contudo, é um local que oferece perigos caso não utilizado com o devido cuidado, pois expõe os estudantes à substâncias corrosivas, tóxicas, inflamáveis, etc., sendo essencial o conhecimento e aces-so às normas de segurança (FERREIRA, 2016). No Brasil, a iniciativa em gerenciar resíduos químicos nas Universidades se deu em me-ados dos anos 90 (SILVA, 2008). Ao longo destes anos, estas instituições

(6)

implemen-16

taram ações voltadas para perspectiva do gerenciamento de seus resíduos, das quais pode-se destacar: Instituto de Química da Universidade de Campinas, Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), Uni-versidade Federal de São Carlos (UFSCAR), entre outras (ALBERGUINI, 2005).

Segundo Tavares (2005), as maiores gerado-ras de resíduos químicos são as indústrias, no que diz respeito ao volume e à pericu-losidade. Estima-se que 2,9 milhões de to-neladas de resíduos industriais perigosos sejam gerados anualmente no país, mas apenas 22% recebem tratamento adequa-do, aproximadamente. Já os laboratórios de universidades, escolas e institutos de pesquisas geram aproximadamente 1% do total de resíduos perigosos produzidos em um país desenvolvido.

Rotineiramente, apesar da baixa produção em laboratórios de ensino e pesquisa, são ge-rados resíduos compostos por metais poten-cialmente tóxicos, solventes halogenados, soluções ácidas e alcalinas, gases tóxicos, entre outros, que são muitas vezes tão noci-vos quanto os resíduos industriais e também possuem forte contribuição para a poluição ambiental, requerendo, portanto, um cuida-do tocuida-do especial por parte cuida-dos profissionais, quanto ao manuseio, ao correto tratamento e ao descarte final (SANTOS, 2006).

Gerbase (2005) cita ainda que os resíduos químicos apresentam uma grande diversi-dade de composição, o que dificulta a tare-fa de estabelecer um tratamento químico e/

ou uma disposição final padrão para todos. De maneira geral, esse problema atinge gra-ves proporções e tem sido relegado a um plano secundário. Além disso, na maioria dos casos os resíduos são estocados de for-ma inadequada, o que pode vir a gerar pro-blemas de poluição ambiental.

Alguns resíduos sólidos e líquidos produzi-dos no laboratório podem ser descartaproduzi-dos no lixo comum ou na pia, como exemplo: adsorventes cromatográficos, luvas, papel de filtro, papel toalha, sais de metais de al-calinos e alguns alal-calinos terrosos, desde que não contaminados com produtos pe-rigosos (USP, 2014). Há ainda os resíduos não perigosos recicláveis, tais como: papel, papelão, plástico, metal, que devem ser en-caminhados para associações e cooperati-vas de catadores ou ONG’s para reciclagem. A Coleta Seletiva, de acordo com a Políti-ca Nacional de Resíduos Sólidos, é definida como a coleta de resíduos sólidos previa-mente segregados conforme sua consti-tuição ou composição. A destinação e dis-posição final adequada para estes resíduos também são definidas por esta legislação, sendo que a destinação inclui a reutiliza-ção, a reciclagem, a compostagem, a recu-peração e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, enquanto a disposição é a distribuição ordenada de rejeitos em ater-ros (PNRS, 2010).

Os benefícios decorrentes da implementa-ção de um programa de gerenciamento de resíduos vão além do atendimento às exi-gências legais e da adoção dos princípios

(7)

17

éticos que orientam as ações institucionais. Esta prática traz visibilidade quanto à res-ponsabilidade socioambiental, contribui para a formação de novos hábitos, conso-lida a cultura do não desperdício, concorre para o aprimoramento de segurança quí-mica, proporciona economia de recursos materiais e financeiros e da minimização da geração de resíduos (DE CONTO, 2010). Porém, antes de se estabelecer uma rotina de gerenciamento de resíduos é necessária uma organização, e para isto utilizam-se os chamados 5S´s. Os 5S´s referem-se a pala-vras escritas em japonês capazes de trans-formar o ambiente de trabalho em um am-biente agradável, seguro e produtivo, sendo dividido em: SEIRI = Senso de Descarte ou Utilização; SEITON = Senso de Organização ou Ordenação; SEISOU = Senso de Limpe-za; SEIKETSU = Senso de Saúde e Higiene; SHITSUKE = Senso de Ordem Mantida (Au-todisciplina) (ISHIKAWA, 1986).

A aplicação dos conceitos do Programa 5S proporciona uma mudança cultural a todas as pessoas envolvidas e visa mudar a manei-ra de pensar e agir das pessoas na direção de um melhor comportamento para toda vida (CAMPOS, 1992).

Desta forma, este trabalho objetivou desen-volver uma proposta de educação ambien-tal a partir da implantação de uma rotina de gerenciamento dos resíduos gerados no Laboratório de Química do IFMA- campus Açailândia. O programa de gerenciamento contemplou inicialmente alternativas para minimização de resíduos e, por fim anali-sou o destino final desses resíduos.

2 METODOLOGIA

Inicialmente foi feita a apresentação do pro-jeto à direção do campus Açailândia. Nesta reunião foi apresentada a situação dos re-síduos gerados no Laboratório de Química e a necessidade de se adequar à disposição final dos mesmos. As atividades que seriam desenvolvidas com os funcionários terceiri-zados da área da limpeza, os docentes e os discentes também foram explicadas. Foram apresentados, ainda, alguns modelos de materiais informativos e de sinalização que seriam utilizados no laboratório durante a execução do trabalho.

Foi necessário um diagnóstico da situação do laboratório, para verificar quantidades de reagentes vencidos, soluções e resíduos armazenados, bem como a identificação de todos os resíduos gerados no laboratório (perigosos e não perigosos) com as destina-ções praticadas. Essa atividade foi realizada pela técnica do laboratório de química com auxílio de documentos de controles, verifi-cação in loco e informações obtidas com os professores usuários do laboratório. Foram realizados ainda os 5S´s no laboratório, uma organização no mesmo, para que as ativi-dades do gerenciamento de resíduos pudes-sem ocorrer de forma adequada e segura. Em seguida realizou-se levantamento, jun-to aos professores do campus, sobre as aulas práticas das disciplinas de Química Geral, Inorgânica, Analítica, Orgânica e Físico--Química, para verificar soluções produzi-das e estocaproduzi-das e os resíduos produzidos durante as aulas experimentais.

(8)

18

As etapas de sensibilização ambiental e orientação para as questões dos resíduos fo-ram iniciadas com o treinamento dos tercei-rizados que realizam a limpeza do laborató-rio, seguido da apresentação do trabalho aos professores, no qual também foram propos-tas mudanças pertinentes nas aulas práticas, a partir da avaliação dos roteiros, objetivan-do a reutilização de soluções e minimização de resíduos. Em seguida foi realizada apre-sentação do trabalho aos discentes.

Os treinamentos realizados tiveram uma abordagem e linguagem diferenciadas para os segmentos. Para os funcionários terceiri-zados foram trabalhados os conceitos bási-cos de coleta seletiva, resíduos, 5S´s, 3R’s e segurança em laboratório; e para os docen-tes e discendocen-tes os temas discutidos foram diretamente relacionados à implantação da rotina de gerenciamento dos resíduos ge-rados no Laboratório de Química, ou seja, melhores práticas para minimização de resíduos, a segregação, a rotulagem e o ar-mazenamento adequados dos resíduos, or-ganização e sinalização do laboratório (5S), legislação, 3R’s e tratamentos.

Para organização e orientação foram elabo-rados materiais informativos e educativos, como: placas de sinalização, banner’s, adesi-vos e o Manual para Segregação e Descarte de Resíduos de Laboratório, disponibiliza-dos no Laboratório de Química para os do-centes e disdo-centes do ensino técnico e do curso superior de Licenciatura em Química.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O diagnóstico feito no laboratório possibi-litou o conhecimento da real situação do laboratório antes de se iniciar o

gerencia-mento de resíduos. Foi verificado que no laboratório havia 152 tipos de reagentes sólidos, sendo um total de 248 unidades. Destes, 51,61% estavam vencidos e 14,11% não apresentavam mais data de validade no rótulo. Enquanto isso, para os reagentes líquidos foram quantificados 50 tipos dife-rentes, tendo 107 unidades no total, den-tre estas 70,09% estavam vencidas e 2,80% sem validade. Entretanto, observou-se que os reagentes, mesmo vencidos, poderiam ser ainda utilizados em experimentos qua-litativos, os que não requerem uma exati-dão. Desta forma, pode-se realizar a práti-ca de um dos 3R’s no laboratório, o Reuso. Quanto às soluções sem identificação, fo-ram contabilizadas 75 unidades, dentre re-síduos de aulas experimentais e pesquisas. Alguns frascos com resíduos sólidos e lí-quidos, resultantes das aulas práticas e de pesquisas, foram segregados em caixas de papelão. Dentre estes estavam frascos sem nenhuma identificação, reagentes vencidos e sem rótulo de identificação, caracterizan-do um passivo ambiental. Os resíduos pro-duzidos nas aulas práticas eram descartados na pia, após o término das aulas.

A partir do inventário foi possível verificar os tipos de resíduos gerados no Laboratório de Química, a forma de armazenamento e descarte realizados pelos usuários, bem como a destinação destes resíduos, confor-me descrito na Tabela 1.

Os resíduos, classificados como perigosos (classe I) e não perigosos (classe II), eram misturados e armazenados no lixo comum e destinados ao lixão local. Os resíduos es-pecíficos de química ficavam armazenados no laboratório.

(9)

19

De acordo com a Tabela 1, a maioria dos resíduos foi enquadrada nas classes I e II, ou seja, dependendo do seu uso, podem apresentar riscos, se descartados no meio ambiente. Podemos citar, por exemplo, o papel toalha: se tiver sujo de resíduo de metal pesado ou solvente orgânico é um resíduo perigoso, mas se for utilizado só para enxugar a mão, é classificado como não perigoso.

Tabela 1: Situação atual dos resíduos gerados no laboratório de química e destinação:

Resíduo Classe Descarte Armazenamento Destinação

Papel toalha I /II lixo comum container de lixo Lixão

Papel alumínio I /II lixo comum container de lixo Lixão

Filme de PVC I /II lixo comum container de lixo Lixão

Luva I /II lixo comum container de lixo Lixão

Papel II lixo comum container de lixo Lixão

Embalagens plásticas II lixo comum container de lixo Lixão

Garrafa plástica I/II lixo comum container de lixo Lixão

Magnésio em fita I/II lixo comum container de lixo Lixão

Fita de pH I/II lixo comum container de lixo Lixão

Vidraria quebrada I/II armazenado no

laboratório caixa de papelão Sem destino

Lâmina descartável I/II lixo comum container de lixo Lixão

Algodão I/II lixo comum container de lixo Lixão

Frascos vazios de reagentes I/II armazenado no laboratório armário no laboratório Utilizado para armazenar soluções

Resíduos químicos I/II pia/frascos caixa de papelão Sem destino

Fonte: Autor.

O programa de gerenciamento dos resíduos do laboratório de química foi iniciado com uma organização no laboratório. Nesta etapa houve a troca dos armários de madeira (Fi-gura 1A) por prateleiras embutidas (Fi(Fi-gura 1B), permitindo maior espaço e separação ade-quada dos reagentes sólidos e líquidos e, ainda, a possibilidade de realizar o controle de uso e estoque de reagentes.

Figuras: 1A (armário de madeira) 1B (prateleiras embutidas):

(10)

20

Os professores fizeram a seleção das soluções que não eram mais utilizadas nas pesquisas, destinando-as para as aulas práticas (Figura 2A). A maioria das soluções foi disponibilizada no laboratório, em local devidamente identificado, para reutilização e/ou tratamento de resíduos (Figura 2B).

Figuras 2A e 2B: Soluções de pesquisas destinadas para reuso em aulas práticas:

Fonte: Autor.

Já os frascos de resíduos químicos líquidos e sólidos, caracterizados como passivo, foram acondicionados e armazenados em caixas devidamente identificadas, conforme apresen-tado na figura 3, para destinação para empresa de tratamento de resíduos em Imperatriz, pois nas condições que eles se encontravam era muito difícil a realização do tratamento ou reuso no laboratório.

Figura 3: Acondicionamento dos resíduos químicos com identificação:

Fonte: Autor.

Para o processo de acondicionamento e armazenamento adequados foi elaborado um rótulo padrão para identificação dos resíduos gerados (Figura 4). Para este rótulo foi ado-tada a simbologia do Diagrama de Hommel ou Diamante do Perigo. Este diagrama possui sinais de fácil entendimento quanto ao grau de periculosidade das substâncias, como o risco à saúde, inflamabilidade e reatividade que são destacados nas Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ´S), disponíveis no laboratório.

(11)

21

Figura 4: Rótulo padrão: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DO LABORATÓRIO

Resíduo gerado: hexano + ácido acético glacial Gerador: prof. Pardal

Quantidade estimada de resíduo total coletado: 800 ml Data de início da coleta do resíduo: 15/07/14

Fonte: Autor.

Para o armazenamento das vidrarias quebra-das, foi utilizada lixeira plástica com devida identificação. Como a geração deste resíduo não é muita grande realizou-se apenas o ar-mazenamento no laboratório para posterior destinação. Foi identificado, ainda, um co-letor para resíduos perigosos sólidos (exem-plo: papel de filtro com resíduos químicos) e outro para pilhas e baterias (Figura 5). Estes resíduos também ficaram acondicionados e armazenados no laboratório para destina-ção para empresa especializada.

Figura 5: Coleta e identificação de pilhas /

baterias e resíduos perigoso (sólido):

Fonte: Autor.

Já para o lixo comum, composto por mate-riais não contaminados como luvas, algo-dão, papel de filtro, papel toalha, etc. foi

disponibilizado coletor devidamente iden-tificado, sendo somente estes materiais co-letados pela equipe de limpeza (Figura 6).

Figura 6: Coletores para lixo comum:

Fonte: Autor.

A avaliação dos roteiros das aulas práticas, disponibilizados pelos professores, mostrou que os experimentos realizados no labora-tório de química geravam resíduos perigo-sos e não perigoperigo-sos. A maioria dos resíduos perigosos avaliados tratava-se de práticas da disciplina Química Analítica. Dentre estas práticas, a de identificação de cátions foi sinalizada como preocupante, visto que são gerados poluentes de chumbo, mercú-rio, cromo, cádmio, cobre, dentre outros. Para esta situação foi proposta a realização

(12)

22

dos experimentos utilizando os metais me-nos tóxicos do experimento. Além disso, foi proposto que os professores fizessem o uso de experimentos virtuais como auxílio em suas aulas práticas.

Outro ponto avaliado foi o volume de solu-ções preparadas, que variavam de 0,5 a 1,0 L. Na maioria das aulas práticas não se faz o uso de todas as soluções preparadas para os expe-rimentos, ficando armazenadas no laborató-rio. Desta problemática, iniciou-se a prática do princípio dos 3R´s: Reduzir a quantidade de soluções preparadas e, ainda, fazer a Reuti-lização destas soluções em outros experimen-tos. O ideal é que as aulas práticas tenham uma sequência em que as soluções prepara-das sejam utilizaprepara-das nas demais aulas, não sendo necessária a preparação de mais solu-ções, o que diminui a geração de resíduos. Quanto aos treinamentos, a equipe da limpeza recebeu orientações gerais sobre os resíduos, principalmente os químicos. Foram apresentados ainda o conceito e a sistemática da coleta seletiva, segurança no laboratório, aplicação dos 3R’s (reduzir, reutilizar, reciclar) e a rotina de gerencia-mento a ser realizada no laboratório, para o descarte correto dos materiais depositados nos coletores. Com os professores e alunos, discutiu-se sobre os resíduos gerados no la-boratório, bem como sua classificação, de acordo com a ABNT 10.004. Foram suge-ridas melhores práticas para minimização de resíduos e a aplicação dos 3R’s. Orien-tações sobre segregação, rotulagem e ar-mazenamento adequados dos resíduos no laboratório foram repassadas para que o gerenciamento fosse colocado em prática.

Foram apresentados ainda alguns métodos para tratamentos que podem ser realizados no próprio laboratório, como por exemplo, a neutralização de ácidos e bases. Com o treinamento, docentes e discentes, ficaram cientes das suas responsabilidades e que o seu envolvimento é de suma importância para o sucesso do gerenciamento de resídu-os no laboratório de química.

A fim de envolver e sensibilizar a comuni-dade acadêmica, os alunos do curso superior de Licenciatura em Química participaram da Semana de Ciência e Tecnologia do campus Açailândia/2014, onde apresentaram a sis-temática de gerenciamento de resíduos rea-lizada no laboratório, fazendo algumas de-monstrações de tratamento dos resíduos, tais como: neutralização de ácidos e bases; preci-pitação de metais e filtração das soluções. Alguns banner’s com informações sobre gerenciamento de resíduos e a prática dos 3R’s no Laboratório de Química foram dis-postos no laboratório (Figura 7).

Figura 7: Banner informativo sobre

geren-ciamento de resíduos de laboratório:

(13)

23

Um manual de gerenciamento de resíduos foi elaborado com o objetivo de difundir os procedimentos referentes à rotina de ge-renciamento de resíduos no Laboratório de Química, despertando alunos, professores e pesquisadores para a necessidade de se de-senvolver aulas práticas e pesquisas com res-ponsabilidade ambiental, ou seja, realizan-do a destinação correta de resíduos gerarealizan-dos no laboratório, principalmente os perigosos. Neste manual são dados conceitos e orien-tações para a execução do gerenciamento de resíduos. Há a descrição de regras gerais para segregar, acondicionar, rotular e ar-mazenar os resíduos. Os resíduos químicos nem sempre são perigosos, como o caso de sais de metais alcalinos potássio, sódio, magnésio e alcalinos terrosos (exceto de bá-rio) na forma de cloretos, sulfatos, carbona-tos. Também, as soluções de ácidos e bases fracas: como ácido acético, cítrico, hidró-xido de amônio e solventes orgânicos com até 5 carbonos (com exceção do metanol). Desta forma podem ser descartados na pia (solução) ou no lixo comum (sólidos).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização dos 5S’s no laboratório facili-tou aos usuários executarem as etapas do gerenciamento dos resíduos. Alguns proce-dimentos para minimização da geração dos resíduos foram imediatamente aplicados pelos professores e pesquisadores, dimi-nuindo o consumo de reagentes e a pro-dução de resíduos. A segregação e o trata-mento de alguns resíduos, ao final das aulas

práticas, reduziram o acúmulo de resíduos no laboratório.

Dentre as etapas do gerenciamento propos-tas, a segregação e rotulagem (ou identifi-cação) dos resíduos ativos foram as mais relevantes, pois com a correta aplicação destas etapas possibilitou o tratamento e/ ou destinação dos resíduos gerados de for-ma adequada. A participação responsável de alunos, professores e pesquisadores é muito importante, pois são os atores prin-cipais deste processo.

O manual para gerenciamento de resíduos no Laboratório de Química foi uma ferra-menta de apoio importante para docentes, discentes e técnicos nas aulas práticas e ativi-dades de pesquisas. O trabalho de educação ambiental desenvolvido foi uma oportuni-dade de discussão e aprendizagem com alu-nos, professores e funcionários terceirizados.

(14)

24

REFERÊNCIAS

AGENDA 21 - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimen-to, 1992 - Rio de Janeiro. Brasília: Senado Federal, 1996.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: Resíduos sólidos. Rio

de Janeiro, 2004.

ALBERGUINI, A.; SILVA, L.; REZENDE, M. Tratamento de resíduos químicos: guia prá-tico para a solução dos resíduos químicos em instituições de ensino superior. São

Carlos: Rima 2005.

CAMPOS, V. Controle da Qualidade Total. Ed. FCO, 1992.

CETESB: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. P4.262: Gerenciamento de resíduos químicos provenientes de estabelecimentos de serviços de saúde: proce-dimento, 2007.

DE CONTO, S. M. et al. A educação ambiental como instrumento de promoção de apren-dizagem no processo de gerenciamento de resíduos sólidos. In: Seminário Nacional de Resíduos Sólidos, 6., 2002, Gramado/RS. Anais...Gramado: Abes, 2002a. 1 CD-ROM.

DE CONTO, S. M. Gestão de resíduos em universidades. Caxias do Sul, RS: Educs, 2010.

FERREIRA, C.; GONZALEZ, M.H.; VIANA, L. Gestão e gerenciamento de resíduos quími-cos dos laboratórios didátiquími-cos do departamento de química e ciências ambientais e do entreposto de resíduos do ibilce/UNESP. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista. São Paulo, v.12, n.01, p.118-128, 2016.

FIGUERÊDO, D. V. Manual para gestão de resíduos químicos perigosos de instituições de ensino e pesquisa. Belo Horizonte: Conselho Regional de Química de Minas Gerais, 2006.

GERBASE, A. et.al. Gerenciamento de resíduos químicos em instituições de ensino e pes-quisa. Química Nova, São Paulo, v.28, n.1, 2005, p. 3.

ISHIKAWA, K. TQC, total quality control: estratégia e administração da qualidade. São

Paulo:IMC, 1986.

JARDIM, W. F. Gerenciamento de Resíduos Químicos. Campinas, 2014.

JARDIM, W. F. Gerenciamento de resíduos químicos em laboratórios de ensino e pesqui-sa. Química Nova. São Paulo, v.21, n.5, 1998, p 673.

Lei n.º 12.305/10. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília, 2010.

MACHADO, A. M. Normas de procedimentos para segregação, identificação, acondi-cionamento e coleta de resíduos químicos. UFSCar. Set, 2005.

(15)

25

ROCCA, A. et al. Resíduos sólidos industriais. São Paulo: CETESB, 1993.

SANTOS, J. C. et al. Gerenciamento de resíduos químicos: uma questão de química e educação ambiental. Cartilha. Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza/CE. Brasil.

2006, p.1-75.

SILVA, R.; MACHADO, P. Experimentação no ensino médio de química: a necessária bus-ca da consciência ético-ambiental no uso e desbus-carte de produtos químicos: um estudo de caso. Ciência & Educação, São Paulo, v.14, n.2, 2008, p.233-249.

TAVARES, G.; BENDASSOLLI, J. Implantação de um programa de gerenciamento de

re-síduos químicos e águas servidas nos laboratórios de ensino e pesquisa no CENA/USP.

Química Nova, v.28, n.4, 2005, p. 732-738.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Disponível em: <http://www.pcarp.usp.br/pages/lrq/

pdf/normas_gerenciamento.pdf>, Acessado em: maio/2014.

VITTA Di, P. Gerenciamento de resíduos químicos gerados em laboratórios de ensino e pesquisa: procedimentos gerais. Instituto de Química da Universidade de São Paulo.

São Paulo, 2012.

ZACARIAS, R. Consumo, Lixo e Educação Ambiental, uma abordagem crítica, Juiz de

Imagem

Tabela 1: Situação atual dos resíduos gerados no laboratório de química e destinação:
Figura 3: Acondicionamento dos resíduos químicos com identificação:
Figura 5: Coleta e identificação de pilhas / baterias e resíduos perigoso (sólido):
Figura 7: Banner informativo sobre geren- geren-ciamento de resíduos de laboratório:

Referências

Documentos relacionados

III - ser ou ter sido sócio ou diretor de ETC ou CTC. Para fins de cumprimento do requisito de tempo de atividade profissional, poderá ser utilizada qualquer combinação dos

Desta forma, existem benefícios para os clientes que possuem melhores controles internos, como, agilidade na elaboração dos demonstrativos contábeis e até mesmo

Segundo [HEXSEL (2002)], há indicações de que o número de técnicos qualificados é pequeno frente à demanda e, portanto, estes técnicos tornam-se mão-de-obra relativamente

radia¸c˜ ao do campo espalhado para uma perturba¸c˜ ao de 10% na velocidade compressional para modelos: homogˆ eneos (em verde) e final (frequˆ encia de corte de 30 Hz) (em azul) -

In the present study, IPost protected the heart against IR injury in the C-IPost group through the recovery of LVEDP, LVDP and ± dp/dt, whereas no significant effects on the hearts

Gráfico 1 Porcentagem de enraizamento e de brotação A, número médio de raízes e brotos B de estacas caulinares e radiculares de amoreira vermelha Rubusrosifolius tratadas com

A partir deste momento é dada indicação para a seleção da população em estudo e é ativado o envio da medicação pelo promotor, ficando o FH da Unidade de

A médio/longo prazo será notória a diminuição do número de avarias, devido ao natural ajustamento do plano de manutenções preventivas implementado, a melhoria