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Análise de portal educacional em Histologia e de recursos didáticos diversificados por estudantes de graduação para viabilizar maior eficiência no ensino presencial.

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Análise de portal educacional e de recursos didáticos

diversifica-dos utilizadiversifica-dos por estudantes de Histologia

Title: Analysis of educational website and diversified instructive resources by undergraduate

stu-dents of Histology

Vitor Rios Valdez

Universidade de Brasília Instituto de Ciências Biológicas

v2rios@gmail.com

Carla Medeiros y Araujo

Universidade de Brasília Instituto de Ciências Biológicas

yaraujo@unb.br

Resumo

A disciplina Histologia, como introdutória aos estudos celulares, é essencial para cursos de graduação das áreas biológicas e da saúde. Para auxiliar o ensino presencial na Universidade de Brasília foi elaborado, por nossa equipe de pesquisa, um atlas virtual de imagens histológi-cas de acesso livre no endereço www.histologia.unb.br. Ao longo de dois semestres, estudantes de graduação avaliaram quantitativa e qualitativamente o uso desta ferramenta virtual no pro-cesso aprendizagem. Os alunos apresentaram boa aceitação pela ferramenta virtual, acessan-do-a durante as aulas presenciais e em estudos extraclasse, como complemento de aulas práti-cas de microscopia e como fonte de estudos para questões de avaliação da disciplina. As suges-tões coletadas dos usuários foram analisadas e, em sua maioria, incorporadas na fase de apri-moramento do portal educacional. Vale ressaltar que a diversidade de metodologias educacio-nais aplicadas ao longo dos semestres foi também muito bem aceita pela maioria dos alunos ao analisarem o impacto das mesmas nos seus processos individuais de aprendizagem. Essa opini-ão só fortaleceu a convicçopini-ão de que nopini-ão se deve empregar um só recurso didático, seja virtual ou presencial, no ensino da diversidade celular.

Palavras-Chave: Histologia, alunos, aprendizagem, ensino presencial, recursos didáticos.

Abstract

Histology as a introductory course of cell studies is essential in biological and health under-graduate courses. A free access website www.histologia.unb.br has been developed by our re-search group to assist histology classroom teaching at University of Brasília. Over two semes-ters, students evaluated quantitatively and qualitatively the website as a tool in their learning process. Website has been received good acceptance by students which approach it during classrooms or in their study times to supplement microscopical classes and as a source of study for assessments. The suggestions collected from histologia.unb.br users were analyzed and mostly incorporated in the website improvement actions. It is noteworthy that the diversity of educational methodologies applied over two semesters was also very well accepted by the ma-jority of students when impact of these methods were analyzed on their individual learning pro-cesses. This opinion only strengthens our conviction that it is important to diversify educational resources in cellular diversity teaching, independently if it is a virtual or a face-to-face re-source.

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1. Introdução

Histologia é o “estudo dos tecidos do corpo e de como estes tecidos se organizam para constituir órgãos” [1]. Disciplina básica em cursos de graduação das Ciências da Saúde e Biológicas em universidades brasileiras, conside-ra-se essencial para um médico, nutricionista ou biólogo, por exemplo, ter noções básicas da célula eucarionte, da sua matriz circundante (matriz extracelular) e da diversi-dade celular, assim como entender a maneira como os tecidos estão organizados e funcionam de maneira inte-grada no corpo humano. Normalmente, no Brasil, a disci-plina é ofertada nos períodos iniciais dos cursos universi-tários com os conhecimentos abordados em Histologia sendo importantes para o pleno desempenho acadêmico em diversas outras áreas de conhecimento como Fisiolo-gia, MicrobioloFisiolo-gia, Patologia e Zoologia.

O ensino de Histologia pode ser bastante estimulante e contribuir para a formação profissional do aluno de graduação caso sejam adotadas estratégias educacionais que auxiliem o desenvolvimento de habilidades e proce-dimentos do pensamento científico como a observação, o registro e a inferência, não restringindo-se à memorização de dados biológicos. O objetivo não é o de habilitar futu-ros histologistas, mas o de contribuir para a formação de um profissional mais atento, mais reflexivo e mais cuida-doso na sua práxis, seja como nutricionista, médico ou biólogo. Neste contexto, é relevante a qualificação técni-ca do profissional de ensino no uso de distintas estraté-gias de ensino incluindo ferramentas educacionais virtu-ais.

De 2008 a 2012, a Universidade de Brasília-UnB par-ticipou do programa Reuni-Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, financiado pelo Ministério da Educação, disponibilizando bolsas de graduação de assistência ao ensino. Docentes e discentes da UnB tive-ram acesso a um progtive-rama com a finalidade de apoiar o ensino de graduação e promover a reestruturação da uni-versidade. No transcorrer de 5 anos, houve possibilidade de criar e manter equipes técnicas (alunos e professores) para: o incentivo de práticas pedagógicas inovadoras; melhorar os índices de rendimento de estudantes; contri-buir para a redução do tempo de permanência e de evasão estudantil nos cursos de graduação; contribuir para a reestruturação dos cursos de graduação e para a formação de docentes para os ensinos básico e superior. Nosso grupo de trabalho, durante este período, propôs trabalhos acadêmicos relacionados ao desenvolvimento de materi-ais didáticos para Histologia, Citologia e Embriologia. Talentos no ensino destas 3 áreas do conhecimento bioló-gico foram detectados e estimulados, contribuindo-se para a formação de futuros professores. Os docentes da UnB também foram incentivados a participar de iniciati-vas para a convergência do ensino presencial com o

vir-tual, por meio de projetos financiados pela Capes/MEC ou pela própria universidade durante a vigência do Reuni.

Neste contexto acadêmico propício e estimulante para a efetivação de ações na área de ensino, de 2009 a 2012 deu-se a formação e manutenção de equipe envolvida na criação, desenvolvimento, publicação e avaliação de um portal educacional para a disciplina Histologia. As etapas deste processo são compartilhadas adiante, na Seção 3 deste artigo. A partir da publicação do portal www.histologia.unb.br, a preocupação centrou-se em seu aprimoramento aliado à dinâmica educacional estabeleci-da em sala de aula, em quase 20 anos de docência, e que valoriza o uso de diversificados recursos educacionais, o estímulo ao desenvolvimento do pensamento científico e uma prática de ensino mais centralizada no aluno.

Este trabalho buscou acompanhar e avaliar quantitati-va e qualitatiquantitati-vamente a utilização de um atlas histológico virtual desenvolvido para complementar e auxiliar os estudos presenciais de Histologia de alunos da UnB. Outro componente educacional avaliado foi a diversidade de estratégias presenciais de ensino já tradicionalmente adotadas na disciplina. Nossa meta foi a de, por meio da opinião do aluno, fornecer subsídios para a tomada de decisões acerca de qual caminho percorrer para o aperfei-çoamento do portal educacional e para a continuidade do uso dos recursos educacionais presenciais. Dentro desta meta mais abrangente, perguntas específicas relacionadas à estrutura e utilização da ferramenta virtual foram for-muladas, assim como, questionamentos quanto à validade dos recursos didáticos presenciais como facilitadores do processo de ensino e aprendizagem. A utilização da fer-ramenta virtual, de acesso livre no endereço www.histologia.unb.br, e dos outros instrumentos de ensino foi acompanhada e avaliada ao longo do ano de 2011, com duas turmas de alunos dos períodos iniciais dos cursos de graduação em Nutrição e Ciências Farma-cêuticas.

2. Histologia virtual: uma realidade no

ensino de graduação

Reformas curriculares vêm ocorrendo nos cursos de graduação em diversos países, entre eles o Brasil. São vistas como reflexos do desenvolvimento exponencial de novas tecnologias adotadas em pesquisa e, também, das diretrizes políticas de cada instituição de ensino. Como fruto do contínuo desenvolvimento tecnológico, novas áreas de estudo surgem e há acúmulo de informações nas áreas pré-existentes. Com a inviabilidade de estender os cursos universitários, a carga horária das disciplinas é revista e reduções, como ocorridas nos E.U.A., têm reca-ído principalmente nas disciplinas iniciais como a Histo-logia [2,3,4]. No caso da Universidade de Brasília,

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currí-culos já tiveram redução de créditos na disciplina Histo-logia, sendo atualmente ofertada como Biologia Estrutu-ral dos Tecidos para a maioria dos cursos de graduação com diminuição significativa de conteúdo biológico abordado.

Diversas iniciativas surgiram para manter ou melhorar a qualidade da aprendizagem dos alunos em Histologia, contornando principalmente estas reduções de carga horá-ria e/ou visando o aperfeiçoamento do ensino desta área do conhecimento biológico. A maioria dessas iniciativas se associa ao uso de tecnologias de informação e comuni-cação (TICs) e tem resultado na criação de ferramentas educacionais diversificadas como o desenvolvimento de microscópios virtuais (virtual microscope) [4,5,6,7,8], de ambientes virtuais como atlas histológicos e recursos didáticos interativos [2,9,10,11,12,13] e de animações [14]. Alguns autores empregam esses recursos como complementares às aulas presenciais de Histologia nas quais se dá o uso de microscópios, revelando resultados satisfatórios quanto ao aprendizado dos alunos. A manu-tenção do uso dos microscópios de luz é ainda defendida, dada a importância atribuída à experiência do aluno com esse instrumental [8,15]. Outros autores promovem a completa substituição das aulas tradicionais no laborató-rio de ensino pelo uso de microscópios virtuais justifi-cando que os alunos podem aprender a usar o microscó-pio de luz em outros momentos dos cursos de graduação e de sua vida profissional [5]. Em determinadas situações, é notória que essa substituição do presencial pelo virtual decorre principalmente de modificações curriculares profundas e da opção institucional em não mais sustentar laboratórios de ensino de Histologia em função dos cus-tos financeiros (por exemplo, para a conservação de cole-ções didáticas e microscópios) e operacionais (por exem-plo, preferência institucional pela liberação dos espaços laboratoriais para outras finalidades) [4].

Os profissionais de ensino mentores de recursos edu-cacionais virtuais para Histologia acentuam que um sis-tema de aprendizagem web-based proporciona um amplo controle do conteúdo educacional por parte dos alunos, especialmente se permitir o trabalho colaborativo on-line [7]. Atividades educacionais computacionais têm sido criadas especialmente em situações acadêmicas de mu-danças curriculares, como a já citada redução do ensino presencial, com constante incorporação do método pro-blem-based learning (PBL) na rotina escolar [2,4]. Na nova rotina acadêmica, deu-se também o aumento de alunos em cada sala de aula, às vezes com quase ou mais de 200 estudantes por classe em determinadas universi-dades [4,5]. Esta situação inviabiliza a realização de aulas presenciais de microscopia de luz sem a repartição da turma em pequenos grupos com conseqüente repetição de uma mesma aula pelo mesmo professor em horários dis-tintos, situação que naturalmente estimula a adoção de práticas educacionais on-line.

Análises qualitativas e quantitativas acerca do uso de ferramentas educacionais virtuais em histologia já apare-cem na literatura, principalmente com demonstrações dos atributos destes recursos didáticos no processo de apren-dizagem [4,16,17], mas também de suas limitações [15].

Ressalta-se que, independentemente do tipo de mate-rial didático empregado, seja virtual ou presencial, pode-se correr o risco do aluno praticar a memorização das lâminas histológicas se estratégias de ensino convencio-nais forem empregadas em sala de aula (por exemplo, aulas expositivas centradas no professor que utiliza um atlas histológico virtual). Algumas estratégias de ensino empregadas em histologia relacionam-se explicitamente com à minimização da memorização do conteúdo, pri-mando pela apreensão do conhecimento, sem fazer uso de objetos virtuais de aprendizagem [18]; mesclando estratégias tradicionais, como o desenho, com a observa-ção de imagens histológicas virtuais [19] ou adotando a formação de pequenos grupos de alunos para solução coletiva de atividades práticas por meio de ferramentas on-line [4].

Em nossa ação educacional, a adoção de atitude refle-xiva é rotineira e diante das oportunidades ofertadas por nossa instituição de ensino e do conhecimento de outras realidades deparamo-nos com o questionamento de como viabilizar maior eficiência no ensino presencial, aprimo-rar o uso ferramentas educacionais presenciais e criar recursos virtuais em Histologia para a realidade acadêmi-ca da UnB em conexão com as atuais tendências no ensi-no desta área do conhecimento biológico. E, acima de tudo, desenvolver esta prática didática em consonância com um pleno desenvolvimento acadêmico do aluno da UnB, tratando-os como protagonistas no ambiente de sala de aula, não meros receptores de conteúdo científico.

3. Metodologia

3.1 O portal histologia.unb.br

O portal histologia.unb.br foi elaborado para atender alunos das disciplinas relacionadas à Histologia de cursos de graduação da UnB. A ferramenta virtual foi desenvol-vida ao longo de 3 anos de trabalho (2009-2011) por uma equipe multidisciplinar, sendo essa a primeira experiência do grupo no desenvolvimento de um portal educacional. A equipe, formada por alunos de graduação em Ciências Biológicas, Desenho Industrial e Ciências da Computa-ção e por docente com experiência didática em Histolo-gia, teve como meta conceber um portal educacional nos moldes solicitados pelo Centro de Processamento de Dados-CDP-UnB, quais sejam: emprego do software Joomla!, na época a versão 1.5 e, consequentemente, limitações impostas no acesso da área de administração da plataforma Joomla! por motivos de segurança do sis-tema virtual da universidade.

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Cientes das regras impostas pela instituição de ensino, optou-se pela reelaboração do site www.unb.br/ib/gem/histologia, ambiente virtual criado em 2003. Porém, em comum acordo com a equipe mento-ra do citado site, fomento-ram propostas modificações que cul-minaram na criação de um novo espaço virtual. Não hou-ve possibilidade de reestruturar o site anterior em função de linguagem computacional obsoleta que resultou em sua desativação pelo próprio CPD-UnB.

O segundo movimento efetuado foi a realização de diagnóstico de sites de ensino de Histologia. Como sites histológicos são extremamente comuns na rede mundial, decidiu-se trabalhar com uma pequena amostra do mate-rial virtual publicado em português do Brasil e em inglês, com efetivação de análises mais pormenorizadas. O tra-balho resultou no diagnóstico de 12 sites, bastante diver-sificados em termos estruturais, com destaque para a melhor qualidade, em termos técnicos, dos ambientes virtuais de universidades de países de língua inglesa. Esta verificação pormenorizada foi extremamente valiosa, possibilitando a geração de ideias e catalogação de carac-terísticas de cada site, ampliando nossas alternativas no planejamento do portal histologia.unb.

Concomitantemente, um banco de imagens histológi-cas virtuais foi produzido a partir do laminário do Labo-ratório de Ensino de Histologia e Embriologia do Institu-to de Ciências Biológicas (IB-UnB) com auxílio de mi-croscópio Leica DM 750 e câmera DFC 290 e do LAS software 3.31 Leica. A edição das imagens, para sua inserção no portal, deu-se pelos softwares CorelDRAW X5 Graphic Suite e Adobe Photoshop CS5.

A análise de outros sites e a composição do banco de imagens permitiram a realização do planejamento e do desenvolvimento de uma versão beta do portal histologia UnB, em HTML, CSS e PHP, resultando em uma visão prévia com apresentação de determinadas funcionalida-des, englobando categorias de tecidos e sistemas de ór-gãos do corpo humano e de outros animais [20]. Uma destas funcionalidades foi a simulação da rede de links entre as lâminas histológicas relacionadas biologicamen-te. A versão beta já incluía mais de 230 imagens pré-selecionadas do banco de imagem compartimentalizadas em 3 sessões – Atlas, Tecidos e Sistemas – sendo possí-vel ter uma visão global de todas as lâminas histológicas da coleção didática, em Atlas, ou executar um estudo focado em determinado tecido ou sistema do organismo a partir das outras áreas do portal.

Além dos links, foi concebido um layout mais propí-cio para o processo de aprendizagem, na perspectiva de que o navegador permanece muito tempo em frente ao computador praticando leituras de imagens e de textos histológicos. Optou-se por um layout que auxilia na

concentração do navegador no conteúdo científico, evi-tando sua dispersão. A partir desta versão beta, deu-se a programação final do portal publicado pelo servidor da UnB, no início de 2011, por meio do software Joomla! versão 1.5.

Em resumo, para alcançar a publicação de www.histologia.unb.br, um caminho de mais de 3 anos de trabalho foi trilhado com a realização das seguintes tare-fas: análise (amostral) de conteúdo histológico disponível na internet; desenvolvimento do conteúdo científico; composição do banco de imagens da coleção didática e de esquemas didáticos; capacitação discente para pro-gramação computacional a partir do software Joomla!; criação da versão beta; capacitação docente para uso da área de administração do software Joomla! versão 1.5; desenvolvimento do layout, criação da identidade visual do portal; elaboração de manual de uso de marca [21] e, por fim, tratativas burocráticas para efetivar a publicação do portal pelo CPD-UnB.

3.2 O grupo de estudo

Na Universidade de Brasília-UnB, até 2011, eram ofertadas, por semestre, 4 turmas de Histologia e 4 tur-mas de Biologia Estrutural dos Tecidos para aproxima-damente 320 alunos dos cursos de graduação em Ciências Biológicas, Nutrição, Enfermagem, Ciências Farmacêuti-cas, Odontologia, Medicina Veterinária. Desse conjunto, deu-se o acompanhamento, ao longo de dois semestres no ano de 2011, de duas turmas de discentes. Os alunos constituíram o grupo de estudo, contando com 37 alunos no primeiro semestre (período) e 41 alunos, no segundo. A maioria dos alunos estava no primeiro período dos seus cursos de graduação e participaram voluntariamente desta pesquisa com concordância explicitada por meio do Ter-mo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

3.3 O laboratório de ensino e os métodos de

ensino

O laboratório de ensino comporta até 40 alunos por aula. Cada aluno tem acesso a um microscópio binocular das marcas Zeiss, Olympus ou Bioval e caixa individual com 46 lâminas histológicas. No transcorrer das aulas teórico-práticas, 4 alunos-monitores no primeiro semestre e 3, no segundo, revezaram-se para auxiliar na dinâmica da aula. O laboratório de ensino conta também com qua-dro, tela de projeção, aparelho multimídia, acervo adicio-nal de lâminas histológicas e coleção de modelos tridi-mensionais de algumas estruturas histológicas. A disci-plina Histologia Básica tem carga horária total de 90 horas/aula/semestre. Em 2011, foram destinadas quatro horas-aula, por semana, às aulas teórico-práticas no labo-ratório de ensino, e 2 horas-aula à aula teórica em sala de aula comum.

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No transcorrer da disciplina, o uso do portal foi esti-mulado por meio de execução de atividades específicas, inclusive questões avaliativas que ocorreram de forma não presencial com o auxílio da ferramenta. Em tais ques-tões, acerca do tecido muscular e dos sistemas circulató-rio e respiratócirculató-rio, os alunos elaboraram legendas de cará-ter histofisiológico. Em ambiente virtual de aprendiza-gem independente do portal, elaborado a partir da plata-forma Moodle (aprender.unb.br), deu-se a inserção de conteúdo didático complementar às aulas presenciais (slides de aulas, por exemplo) e de links de sites de Histo-logia de outras instituições de ensino, editados em portu-guês ou inglês.

Outros instrumentos didáticos foram empregados, e o são corriqueiramente, quais sejam: desenvolvimento de mapas conceituais; análises de modelos tridimensionais; construção de modelos tridimensionais com massa de modelar e materiais alternativos; atividades de registro de observação em microscopia com auxílio de apostila de aulas práticas [22]; leituras críticas coletivas de trechos do livro texto [1]; elaboração de quadros comparativos e leitura de imagens histológicas provenientes do portal e do livro texto. Nos processos avaliativos das duas turmas também ocorreu o emprego dessa diversidade de metodo-logias.

3.4 Os instrumentos utilizados na pesquisa

em ensino

Atividades de pesquisas quantitativa e qualitativa, sem caráter avaliativo, foram realizadas de forma inte-grada à disciplina e elaboradas a partir de revisão biblio-gráfica [23,24,25].

Como primeiro instrumento empregado nesta pesqui-sa para avaliar o portal utilizou-se a Enquete de Opinião

sobre o Portal –EOP caracterizada como ferramenta

avaliativa com questionamentos a respeito da opinião dos estudantes sobre características gerais, pontos fortes e fracos do portal histologia.unb e questões envolvendo comparações com outros sites. A EOP está acessível a qualquer usuário do portal na área denominada “Sua Opinião”, tendo sido inserida no portal por meio da ex-tensão RSForm!Joomla! O foco da EOP relaciona-se com os aspectos gerais do portal: navegabilidade, layout, qua-lidade das imagens, quaqua-lidade das legendas e tamanho das legendas. Os aspectos foram avaliados, de maneira geral, com notas em escala crescente de 1 a 5 e, em se-guida, detalhados por meio de perguntas mais específicas de respostas restritas à “Sim” ou “Não”, geralmente acompanhadas por caixa de texto, permitindo comparti-lhar algum comentário.

Torna-se necessário compartilhar nossa compreensão acerca dos aspectos abordados na EOP e esclarecidos ao

grupo de estudo antes da aplicação do questionário virtu-al. Navegabilidade refere-se à velocidade e facilidade com que o estudante consegue navegar pelo portal, aspec-to também relacionado com a organização do ambiente virtual. Layout compreende a organização espacial dos elementos, as cores e a tipografia de cada página, além da identidade visual do portal. Organização é referente às áreas do portal e à disposição dos conteúdos em cada página. Qualidade das imagens comporta as característi-cas técnicaracterísti-cas (foco, contraste, enquadramento) e científi-cas (estruturas mostradas, artefatos de técnica das lâminas histológicas) das imagens. Qualidade das legendas diz respeito à complexidade, profundidade e abrangência das legendas. Tamanho das legendas condiz à extensão do texto científico considerado ideal para o estudo.

A aplicação da EOP deu-se por observação partici-pante, método comum de coleta de dados qualitativos em pesquisas na área de educação [23,24,25]. Com cada turma organizada em pequenos grupos de alunos dispos-tos em laboratório de informática, os monitores da disci-plina acompanharam a realização da atividade de pesqui-sa on-line. Os monitores, sem a presença da docente, interagiram com os alunos em busca das suas opiniões não expressas nas respostas dadas à enquete, anotando-as e inserindo-as como resultados da EOP.

Para avaliar as estratégias de ensino empregadas no transcorrer da disciplina e complementar a coleta de da-dos sobre o portal foi aplicado o Questionário de

Avali-ação da Disciplina-QAD. Introduzido no final de cada

semestre, esse questionário intentou realizar uma avalia-ção geral da disciplina recapitulando a experiência edu-cacional vivenciada pelos alunos ao longo de cada semes-tre. O QAD foi estruturado por questões de múltipla escolha e questões discursivas relacionadas às metodolo-gias e aos recursos didáticos utilizados, à relevância da diversificação metodológica e contribuição dessa varia-ção para a formavaria-ção dos alunos. Também contou com questões de múltipla escolha sobre o uso do portal e da sua importância para o atendimento das necessidades surgidas na disciplina. A aplicação do QAD ocorreu em sala de aula comum por meio de questionários impressos.

Com a finalidade de identificar quão acostumados os alunos estavam em relação à diversidade de recursos didáticos empregados nas aulas utilizou-se, como instru-mento complementar para coleta de dados, o questionário de caracterização do grupo de estudo Queremos

Conhe-cê-lo Melhor-QCM, desenvolvido a partir dos resultados

do primeiro semestre e aplicado com o segundo grupo de alunos. Ao se detectar, na análise prévia dos primeiros resultados, que algumas respostas poderiam ser melhor interpretadas a partir de maiores conhecimentos sobre o grupo de estudo, o QCM buscou informações como: acesso à ferramentas eletrônicas e à internet nos seus domicílios e em aparelhos móveis; preferências de uso da

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internet; vivência de práticas educacionais diversificadas e com microscopia no ensino de Biologia (Ensino Mé-dio); uso de sites educacionais e propósitos desse uso. A coleta dessas informações deu-se por meio de questões objetivas de múltipla escolha (questões de resposta fe-chada) e campos para elaboração de respostas discursi-vas. O questionário impresso, aplicado em sala de aula comum, constituiu a primeira atividade da segunda etapa da pesquisa (2º semestre/2011), contando com metodolo-gia de sigilo de autoria dos questionários a partir da ado-ção de uma identidade secreta por parte de cada aluno. A mesma identidade foi utilizada por cada aluno ao respon-der a EOP e o QAD com favorecimento para a interpreta-ção dos dados coletados.

4. Resultados

4.1 Resultados EOP – Enquete de opinião

sobre o portal

A Figura 1 mostra o resultado da questão de avaliação quantitativa dos aspectos gerais do portal. São apresenta-das as notas médias resultantes apresenta-das questões avaliativas de escala sobre os aspectos gerais do portal. 27 alunos responderam a EOP no primeiro semestre e 32 no segun-do, os dados apresentados a seguir são os valores médios e as porcentagens para o total de 59 estudantes que efeti-vamente responderam à EOP. O total de alunos que res-ponderam à enquete não atingiu ao número total de alu-nos matriculados alu-nos dois semestres de 2011 (78 alualu-nos), pois alguns estudantes faltaram à aplicação do questioná-rio, não o respondendo on-line. Outros alunos, mesmo presentes, não expressaram desejo em participar da ativi-dade.

Figura 1: Resultados da avaliação dos principais aspectos do portal, com notas médias (escala de 1 a 5) na Enquete de Opinião sobre o Portal (EOP) sobre características do portal histologia.unb.br. A: nave-gabilidade; B: layout; C: organização; D: qualidade das imagens; E: qualidade das legendas; F: tamanho das legendas.

A nota mais baixa, 3,7, para o quesito navegabilidade se deu, principalmente, pela elaboração da página Atlas na qual foi detectada que as diversas imagens apresenta-das em pequenos formatos possuíam grandes dimensões que afetavam o carregamento da página e a eficiência do browser utilizado pelo usuário. Esse problema refletiu nas avaliações de todos os aspectos relacionados à nave-gabilidade e velocidade de navegação. Quando questio-nados sobre a velocidade de navegação, apenas 44% (26)

dos estudantes a avaliaram como rápida. 88% deles (52 alunos) avaliaram a navegabilidade como intuitiva, indi-cando que apesar da baixa velocidade, o estudo acadêmi-co por meio do portal pôde ser acadêmi-conduzido de forma efici-ente, graças à facilidade de entendimento e de interação com o recurso virtual.

Olayout do portal recebeu nota média 4,3, com 95% dos alunos (n=56) concordando que o layout colaborou com a visualização do conteúdo e a mesma porcentagem discordou que as cores venham a atrapalhar o estudo. Comentários como:

“O site ser simples ajuda a estudar”;

“...acho (o portal) bastante confortável e bem organi-zado...” expressam algumas opiniões em relação ao la-yout.

A organização recebeu nota 4,5 revelando satisfação dos alunos com a forma como o conteúdo foi distribuído. Adicionalmente, 98% dos alunos (n=58) responderam “sim” à questão que indagava se a disposição dos links das áreas principais do portal – Atlas, Tecidos e Sistemas – é uma boa maneira de agrupar o conteúdo. 95% dos alunos (n=56) concordou que a organização geral do portal auxiliava a navegabilidade, compartilhando os seguintes observações:

“Acho que o jeito que está organizado está muito bom...” ;

“...esse tipo de organização facilita muito o estudo e auxilia para que não nos esqueçamos de estudar nenhu-ma das lâminas relacionadas ao assunto...”;

“(a organização) ...auxilia de forma essencial, o que nos permite acessar de forma rápida e eficiente”.

A qualidade das imagens permaneceu como o aspec-to mais bem avaliado, mantendo a nota média de 4,7. Na pergunta se as imagens seriam comparáveis às de livros textos e atlas histológicos publicados, apenas 1 aluno discordou dos demais (98%) que assinalaram “Sim”. Em relação a essa questão foi detectado que alguns alunos apresentaram dúvidas quanto a marcação da resposta (entre “Sim” e “Não”) por julgarem as imagens do portal melhores do que de alguns livros consultados. A mesma quantidade de estudantes também respondeu que os es-quemas didáticos produzidos para introduzir os sistemas digestório e circulatório auxiliaram nos estudos. Um dos alunos acrescentou que:

“O site possui um acervo de imagens muito bom, e as legendas e marcações são bem esclarecedoras”;

Enquanto outro aluno sugeriu que:

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A avaliação da qualidade das legendas equivaleu à nota 3,9, enquanto o tamanho das legendas alcançou 4,4. 80% (47) dos alunos responderam que as legendas eram claras, explorando adequadamente os elementos das imagens. A necessidade por informações fisiológicas complementando as legendas de caráter estrutural foi reforçada por diversas apreciações, destacando-se:

“Acho que em alguns casos a legenda poderia explo-rar um pouco melhor a imagem”;

“as legendas (...) deveriam estar associadas também com a parte funcional das estruturas”;

“as legendas deveriam ter maior diversidade de in-formações, elas não exploram todos os elementos das imagens histológicas.”

Quando indagados, 35 dos alunos (59%) responderam já terem acessado outros sites de Histologia. A Figura 2 mostra o resultado de questão que solicitava aos alunos assinalarem aspectos em que o portal histologia.unb se destacava em relação a outros sites de Histologia.

Os aspectos indicados como superiores foram “orga-nização” e “qualidade das imagens”, com 71% e 70% dos votos respectivamente. Dos aspectos, julgados como de maior importância pela equipe, destacam-se a “familiari-dade com as imagens” e o “idioma português” que rece-beram 61 e 40 votos, respectivamente. Todos os alunos que acessaram algum outro site assinalaram, pelo menos, uma vantagem do histologia.unb.

Figura 2. Vantagens do portal virtual histologia.unb, na opinião de 59 alunos, sobre outros sites de Histologia. Os valores são referentes ao percentual (%) de respostas coletadas para cada item. A: organização do portal; B: qualidade das imagens; C: familiaridade com as imagens; D: idioma português; E: qualidade de marcações e legendas das imagens; F: layout; G: navegabilidade; H: nenhuma vantagem; I: outra vantagem.

A partir do acompanhamento e da interação com os alunos durante a realização desta pesquisa foi possível a detecção de que fatores não previstos, relacionados à programação do portal e às questões de acesso menciona-das anteriormente, influenciaram negativamente alguns aspectos da avaliação. Os problemas apontados foram: a falta de marcações didáticas nas imagens durante o perío-do inicial perío-do 1º semestre/2011; a exibição indevida de códigos de programação nas páginas do portal e proble-mas na interface do layout com o browser.

4.2 Resultados QAD – Questionário de

avali-ação da disciplina

Tanto no QAD quanto na EOP foram questionadas as finalidades pelas quais os estudantes acessavam o portal histologia.unb. Os resultados reunidos das duas enquetes, nos dois semestres, são apresentados na Figura 3. No QAD, especificamente, foram abordados quatro aspectos: “Estudar para avaliações”, “Acompanhar aulas”, “Sanar curiosidades” e “Estudar previamente para as aulas”.

O motivo mais citado para justificar o acesso ao portal relacionou-se com as atividades avaliativas da disciplina (93,3%), principalmente aquelas que utilizaram o ambi-ente virtual diretamambi-ente como fonte de pesquisa. 5 alunos afirmaram não ter utilizado o portal para estudar nem para as avaliações e 3 alunos afirmaram ter acessado apenas para realizar as duas avaliações que dependiam diretamente das imagens e legendas virtuais. Pelo QAD, o portal recebeu nota média 4,43 (escala de 1 a 5) no atendimento às necessidades de estudos dos alunos.

Figura 3. Motivos dos alunos para utilizarem o portal virtual histolo-gia.unb. Os valores são referentes às porcentagens de respostas para cada item. A: estudar para as avaliações; B: auxiliar nas aulas práticas; C: acompanhar as aulas; D: sanar curiosidades; E: estudar previamente; F: comparar com o livro-texto; G: ver imagens histológicas por apreciá-las.

Durante as aulas teórico-práticas foi observado que alguns alunos portando notebooks ou aparelhos celulares com acesso à internet os utilizavam para acessar o portal e acompanhar as aulas, individualmente ou em grupos. Os pontos “Auxiliar nas aulas práticas” e “Acompanhar as aulas” são referentes a essa prática, sendo que 74,5% e 62,6% dos alunos, respectivamente, assinalaram essas opções. No QAD, a avaliação do portal no atendimento a esse aspecto recebeu nota média 4,33 (escala de 1 a 5).

Quantidades menores de alunos utilizaram o portal para outros propósitos como aprimorar os estudos compa-rando as imagens com as do livro texto; estudar previa-mente para as aulas, quesito bem avaliado com nota mé-dia 4,84; e sanar curiosidades, com avaliação de 4,1.

Alguns alunos assinalaram a opção “Outro”, mencio-nando motivos como:

“melhorar o entendimento de conceitos histológicos”; “estudar para as tarefas pedidas pela professora em sala de aula”.

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Nesse quesito “Outro” ainda surgiu sugestão para aprimorar o uso do portal em sala de aula::

“Poderia ter uma versão do site para aparelhos por-táteis, com imagens menores, páginas compactas, etc”.

A importância do emprego de diversos recursos didá-ticos ao longo do semestre letivo beneficiando, ou não, o rendimento escolar foi objeto de avaliação pelos discen-tes no QAD. Em escala de importância no processo de ensino e aprendizagem, de 1 a 5, os alunos consideraram o livro texto como o recurso didático mais relevante (4,42), seguido do portal de Histologia (4,4), das anota-ções pessoais (4,17), da apostila de aula prática (4,06) e do uso de modelos didáticos tridimensionais (3,63).

Um aspecto em destaque no QAD relacionou-se ao impacto da diversidade de metodologias educacionais no processo de aprendizagem (Tabela 1), proporcionando um claro indicativo de que diversificar as estratégias de ensino é um bom caminho para o ensino da Histologia, pois a maioria dos alunos (81,08%) optou por considerar que a diversidade de metodologias educacionais empre-gada no transcorrer da disciplina “facilitou muito” o pro-cesso de ensino e aprendizagem.

Impacto da diversidade de metodologias

Número de alunos (%)

Facilitou muito 60 (81,08%) Facilitou pouco 11 (14,86%) Não facilitou, nem atrapalhou 2 (2,71%)

Atrapalhou pouco 1 (1,35%) Atrapalhou muito 0 (0) TOTAL DE ALUNOS 74

Tabela 2: Resultados do QAD em relação ao impacto da diversidade de metodologias educacionais empregadas na disciplina Histologia.

4.3 Resultados do QCM – Queremos

conhe-cê-lo melhor

Dos 38 alunos do segundo semestre que responderam o questionário QCM, 24 (63%) afirmaram que tiveram aulas práticas de Biologia no ensino médio. 22 alunos utilizaram microscópios pelo menos uma vez no Ensino Médio, realizando principalmente observações de tecidos vegetais e raspagem de mucosa oral. Quanto à disponibi-lidade de microscópios nas atividades relatadas, 16 alu-nos (72%) afirmaram que os microscópios eram compar-tilhados por grupos de 4 ou mais alunos, sendo que em alguns casos toda a turma (em média, 30 a 40 estudantes) aguardava para observar apenas em um aparelho. Foram assinaladas as experiências educacionais vivenciadas em aulas de laboratório (21 alunos – 55%), aulas com apre-sentações de seminários e/ou palestras (18 alunos – 47%)

e com o uso de lousa digital (12 alunos – 31,5). Poucos alunos tiveram contato com práticas de campo (5 – 13%); uso e construção de material didático (modelos) (7 – 18%); aulas em laboratórios de informática (2 – 5%); uso de mapas conceituais (3 – 8%) e visitas à museus ou exposições ( 5 – 13%).

Todos os alunos possuíam acesso à internet em casa e tinham como principais preferências de uso a navegação em redes sociais (35 alunos – 92%) ; fins acadêmicos ( 34 – 89%); buscar notícias (24 – 63%) e ouvir músicas (23 – 60,5%). Apenas dois alunos (5%) nunca haviam acessado sites educacionais, os demais o haviam feito por exigên-cia de professores no Ensino Médio (22 alunos - 58%) ou por vontade própria (20 - 52%). Esses alunos utilizaram tais sites para estudar para avaliações (31 – 81,5%), reali-zação de pesquisas para elaboração de trabalhos acadê-micos (28 – 74%) e por divertimento/curiosidade (9 – 24%).

5. Discussão

O objetivo do portal histologia.unb.br é tornar-se uma ferramenta virtual de aprendizagem de qualidade técnica, profundidade científica, fácil acessibilidade e interativa. Para alcançar essas características, entende-se que cole-tar, analisar e refletir sobre as opiniões do usuário é es-sencial para o aperfeiçoamento do espaço virtual educa-cional. Desenvolvido a partir de trabalho de equipe nova-ta em TICs, o pornova-tal apresentou problemas diversificados e que foram indicados pelos usuários como defeitos do ambiente virtual. Mesmo com a navegabilidade afetada por questões operacionais, as notas obtidas em cada cate-goria, nos distintos questionários, são consideradas favo-ráveis.

A inexperiência da equipe no desenvolvimento de um site educacional revelou-se como determinante para um dos quesitos mais relevantes: a eficiência da

navegabili-dade. Inclusive, a navegabilidade não foi considerada

como um diferencial para histologia.unb. Pelo contrário, somente 22% dos usuários a destacaram em relação a outros sites. Nesta especificação técnica, foi mister a solução de problemas pela equipe por meio da diminui-ção do tamanho dos arquivos das imagens científicas; modificações de determinados códigos computacionais; estreitamento da relação com o CPD-UnB para acessar o ambiente do layout, ação permitida somente para a equi-pe técnica esequi-pecializada do centro de processamento, por questões de segurança virtual.

Olayout bem avaliado pelo usuário foi fruto de cui-dadoso trabalho de planejamento da equipe. A aprovação do layout pelos usuários aponta para a falta de necessida-de necessida-de mudanças do portal neste quesito. Por meio do

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desenvolvimento do manual de uso de marca intentou-se, desde o início das atividades da equipe em 2009, estabe-lecer uma identidade visual para os produtos didáticos virtuais criados por nosso grupo de trabalho. Mas, apesar do layout ter agradado aos alunos, verificou-se que não foi uma característica considerada como um destaque para o portal, com apenas 26% do público considerando-o diferenciadconsiderando-o.

Um dos aspectos mais bem avaliados relacionou-se à

organização do portal em três links (Atlas, Tecidos e

Sistemas) por meio dos quais os estudantes podem chegar ao mesmo conteúdo por diferentes caminhos. Essa orga-nização permite buscas mais eficientes por estruturas ou temas específicos, a partir do conhecimento da coleção didática. Porém, um melhoramento da qualidade das informações histológicas nos links Tecidos e Sistemas é fundamental, mesmo não tendo sido uma característica apontada pelos usuários. Foi perceptível, para a equipe técnica pedagógica, que a estruturação do conteúdo em uma rede de links, apesar de favorável para a busca da informação, não foi eficiente em termos de apresentação do conteúdo científico.

Outro aspecto bem avaliado pelos alunos-usuários re-feriu-se à qualidade das imagens disponibilizadas. O conceito reflete o cuidado da equipe no desenvolvimento do banco de imagens histológicas. Houve sugestão, por parte de alguns usuários, de aumento de número de ima-gens de uma mesma lâmina histológica, meta ainda não inserida no processo de melhoria do portal. Entende-se que um passo adiante ao Atlas poderá ser a composição de um microscópio virtual (virtual microscope), prova-velmente aos moldes de Triola & Hollloway [7], talvez suprimindo a necessidade de aumento do número de imagens por lâmina.

As críticas relacionadas às legendas, com solicitações para ampliação dos textos incorporando não somente uma descrição morfológica, mas com ênfase na funcionalidade das estruturas biológicas, foram consideradas como perti-nentes e incorporadas nas mudanças planejadas para o portal, com a ampliação do conteúdo científico disponibi-lizado tornando-se uma das metas. Cientes de que a His-tologia é uma área biológica que requer atenta leitura de imagens proporcionada, para os iniciantes, principalmen-te pela qualidade da legenda científica disponibilizada, esforços convergirão neste quesito.

No que tange à superioridade de histologia.unb.br

em relação à outros sites histológicos, considera-se que

tal ponto de vista relaciona-se apenas ao fato dos estudan-tes avaliadores terem acesso à um conteúdo específico totalmente construído a partir de material didático famili-ar. Tanto que 61% dos usuários participantes da pesquisa apontou esta familiaridade como um componente de destaque.

Surpreendente verificar que o fato de ser editado na língua pátria, essa não foi uma característica que sobres-saiu perante à análise dos usuários, com menos da metade (40%) destacando-a. Como são alunos de 1º semestre (período), normalmente não familiarizados com a lingua-gem científica, a suposição era a de que o idioma fosse uma especificação relevante, não o sendo de acordo com os usuários.

Percentual similar (39%), comparado ao idioma, foi detectado em relação à qualidade das marcações e legen-das legen-das imagens histológicas, confirmando a necessidade de maior atenção para reformulações destas duas compo-sições do portal.

Cabe ressaltar que nosso usuário afirmou que acessou o portal, na maior parte do tempo, para efetuar atividades avaliativas direcionadas ou como auxílio nas aulas práti-cas. O resultado não surpreende, pois o conteúdo histoló-gico disponibilizado ainda apresenta um formato limitado e linear, que inclusive pode estimular a memorização de conteúdo. Se desejarmos que o aluno dispense mais tem-po na busca de ampliação de seus conhecimentos histoló-gicos por meio do portal histologia.unb, há necessidade de aprimoramento da ferramenta. Deve-se produzir recur-sos didáticos virtuais que estimulem o estudante a não somente procurar o portal para a resolução de uma de-manda específica (a solução de uma atividade avaliativa) ou como apoio ao estudo presencial (as aulas de micros-copia de luz). Santa-Rosa e Struchiner [9] acentuam que é necessário que os ambientes virtuais de aprendizagem “permitam aos alunos a construção de conhecimentos, ao invés da memorização de imagens e suas respectivas características”, o que somente será alcançado em histo-logia.unb.br quando recursos didáticos interativos forem elaborados e introduzidos no portal ou se conceber plata-forma educacional aos moldes do efetuado por Sander et al. [13].

Nos resultados, ficou demonstrada a importância

exercida pelo livro texto no processo de ensino e

apren-dizagem. O emprego dessa ferramenta didática foi incen-tivada ao longo dos semestres da pesquisa, como é feito tradicionalmente na disciplina. Na utilização do livro texto inclui-se a realização de atividades didáticas de leitura crítica do texto científico e leitura das imagens histológicas, podendo resultar na elaboração coletiva de esquemas didáticos, mapas de conceitos ou tabelas com-parativas no transcorrer das aulas. Ressalta-se que as imagens científicas utilizadas nos slides e nas avaliações foram retiradas do livro texto e do portal, enfatizando-se esta prática didática para o aluno. Entende-se que com um discurso docente tão explicíto, o aluno naturalmente recorreu às fontes bibliográficas salientadas e utilizadas nas avaliações, culminando na maior importância dada pelo usuário ao livro e ao portal.

(10)

A experiência pontual prévia em microscopia foi re-velada pelo QCM, tendo sido vivenciada por somente alguns alunos em momentos específicos das aulas de Biologia no Ensino Médio. De fato, a manipulação siste-mática do microscópio de luz foi uma grande novidade para a maior parte dos alunos participantes desta pesqui-sa. O QCM foi um meio relevante para solidificar a con-vicção de que nossos alunos não tem experiência prévia, ou esta é irrisória, com o uso de microscopia de luz e com o emprego de diversidade de recursos didáticos nas aulas de Biologia do Ensino Médio. Em uma disciplina como Histologia, na qual a observação é um requisito para o exercício de leitura de imagens científicas, salienta-se que recebemos um aluno desatento e pouco estimulado pelo campo da Biologia, identificando-a como uma área de conhecimento repleta de vocabulário técnico para ser memorizado. Como entusiastas do ensino de Biologia, especificamente o de Histologia, empregamos a diversi-dade de recursos didáticos, aprovada pelos alunos, com 81% considerando que seu uso “facilitou muito” o pro-cesso de ensino e aprendizagem, como um meio para minimizar a memorização do vocabulário histológicos, estimulando sua compreensão, apreensão e uso na prática profissional.

Parte do grupo de estudo, isto é, os 38 estudantes que participaram do QCM caracterizou-se por ter fácil acesso à tecnologia computacional, estar habituado ao uso do computador como ferramenta para possibilitar a integra-ção social (redes sociais) e a procurar conteúdo acadêmi-co on-line. Em acadêmi-contrapartida à pífia vivência e raro uso de recursos didáticos diversos nas aulas de Biologia do Ensino Médio, recebemos um aluno conectado às redes sociais (92%) e que afirma que utiliza a internet para fins acadêmicos (89%). Nosso aluno não tem dificuldade operacional para acessar a informação digital e tem o hábito de fazê-lo. Nossa equipe deve se valer deste perfil para tornar o portal histologia.unb interativo, transpondo a longa experiência no uso presencial recursos didáticos diversos para o ambiente virtual.

Para completar nossa análise, verificou-se sugestão interessante em um comentário de aluno:

“Eu nunca vi vídeo-aulas de Histologia em português. São um ótimo meio de aprender independentemente, se as aulas fossem integradas ao site, explorando as ima-gens seria muito bom. Elas poderiam estar disponíveis no site ou no Youtube.”

Apesar da opinião do usuário, vídeo-aulas em Histo-logia não são novidades, tendo como exemplo a coleção Visual Histology (www.visualhistology.com). A obser-vação feita pelo estudante pode estar mais relacionado com o fato de não termos utilizado a vídeo-aula como um recurso didático ou sugerido como material de apoio no ambiente virtual de aprendizagem. Recentemente, nossa

equipe de trabalho criou vídeos educacionais disponibili-zando-os no Youtube no endereço www.youtube.com/user/Somosfeitosdecelulas, iniciando a produção destes recursos didáticos.

6. Considerações finais

Tendo como meta deste trabalho a coleta de opiniões de alunos acerca do uso dos recursos didáticos aos quais foram expostos, houve coleta de inúmeras observações que estão auxiliando no aperfeiçoamento da prática do-cente, indo além da influência estudantil no melhora-mento das ferramentas didáticas utilizadas.

Cabe ressaltar que a diversidade de metodologias educacionais aplicadas ao longo dos semestres foi muito bem aceita pela maioria dos alunos ao analisarem o im-pacto das mesmas nos seus processos individuais de aprendizagem. Esse ponto de vista só fortaleceu a con-vicção de que não se deve empregar um só recurso didá-tico, seja virtual ou presencial, no ensino de histologia. Na realidade do programa Reuni houve apoio financeiro da UnB à projetos educacionais como o que incentivou o desenvolvimento de www.histologia.unb.br, categorizado como proposta de prática acadêmica inovadora em nossa universidade. Mesmo cientes de que não se tratou exata-mente de inovação para Histologia, ao considerar que recursos didáticos computacionais histológicos estão sendo desenvolvidos há, pelo menos, 20 anos [2,26], o portal foi um passo importante para o livre acesso ao conteúdo acadêmico específico, movimento essencial para estimular o aluno da UnB a estudar mais e a se qua-lificar.

Porém, não se considera que o ensino de Histologia em nossa universidade deva se restringir somente ao uso de recursos virtuais, incluindo a provável futura incorpo-ração de um microscópio virtual. Postula-se que a situa-ção de cada currículo e de cada instituisitua-ção de ensino deva ser considerada para a tomada de decisões educacionais. Análises recentes acerca da eficácia do uso de ferramen-tas virtuais para a apreensão do conteúdo histológico [15] revelaram que o uso de sofisticado recurso virtual não garantiu o sucesso acadêmico de alunos finlandeses. Os autores são adeptos de estratégias de ensino centradas no aluno, em atividades coletivas, com discussão dos temas histológicos, cientes de que estas ações implicam em diminuição do conteúdo ministrado. Inclusive, suge-rem mais aulas presenciais no laboratório de ensino. Na realidade estadunidense, Bloodgood [4] apresenta relato de atividades didáticas desenvolvidas para pequenos grupos de alunos com o uso do microscópio virtual, adap-tando a práxis docente à nova realidade do currículo do curso de medicina da sua universidade, obtendo dados favoráveis à aprendizagem escolar.

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Na realidade atual da UnB, o trabalho laboratorial ocorre em turmas de, no máximo, 40 alunos, afirmando-se que há possibilidade de uso diversificado de estratégias de ensino neste ambiente. O componente educacional virtual, embora valioso, é somente mais uma das possibi-lidades didáticas que se pode criar em uma área acadêmi-ca na qual a leitura de imagem científiacadêmi-ca é fundamental. Portanto, os estímulos educacionais podem e devem ser variados no ensino de Histologia na UnB para melhorar a compreensão do texto científico e o desenvolvimento de habilidades do pensamento científico, como o ato de observar, estimulando a inferência e minimizando a aprendizagem somente pela memorização. E, de fato, a opinião de nossos alunos apontou que a diversificação de recursos didáticos foi um elemento facilitador para o processo de aprendizagem.

Por fim, ter a oportunidade acadêmica para constituir equipe técnica para execução de projetos educacionais e elaborá-los de forma colaborativa com alunos de gradua-ção foi uma aprendizado excepcional. Mais frutífera e interessante torna-se a experiência quando há o avanço para a análise do produto pelo usuário, como foi o caso deste trabalho. Os resultados obtidos nos possibilitaram partir para o aprimoramento do portal histologia.unb.br com novas ações de elaboração de material didático em curso ou já concluídas como a produção de animações , vídeos educacionais e novos esquemas didáticos que estão sendo incorporados no ambiente do portal histolo-gia.unb e também disponibilizados em outras platafor-mas como o Facebook Histologia UnB e o Youtube So-mos feitos de células. Mas, primordialmente, estaSo-mos atentos para não esquecer que o processo de ensino e aprendizagem da Histologia na UnB pode e deve ser competente, criativo e diversificado, não se atendo so-mente ao plano virtual.

Apoio financeiro

Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal-FAPDF, auxílio financeiro Edital nº10/2009, processo 2009/00326-8.

Decanato de Ensino de Graduação-UnB-Programa de Bolsas de Graduação REUNI de Assistência ao Ensino da Universidade de Brasília. Editais DEG: 02/2009; 01/2010; 06/2011.

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Imagem

Figura 1: Resultados da avaliação dos principais aspectos do portal,  com notas médias (escala de 1 a 5) na Enquete de Opinião sobre o  Portal (EOP) sobre características do portal histologia.unb.br
Figura 3. Motivos dos alunos para utilizarem o portal virtual histolo- histolo-gia.unb
Tabela 2: Resultados do QAD em relação ao impacto da diversidade de  metodologias educacionais empregadas na disciplina Histologia

Referências

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