• Nenhum resultado encontrado

O RISCO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE À INFECÇÃO POR HEPATITES B E C

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "O RISCO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE À INFECÇÃO POR HEPATITES B E C"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

*Graduanda do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. E-mail: josimara rodrigues<josimara24@yahoo.com.br

**Professora do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

O RISCO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE À INFECÇÃO POR HEPATITES B E C

THE RISK OF HEALTH PROFESSIONALS TO INFECTION BY HEPATITIS B AND C

SILVA, Josimara Rodrigues*; ALVES, Fabiana**

RESUMO

As hepatites virais, principalmente B e C, são um sério problema que ocorre em todo o mundo. Entre as mortes atribuídas especificamente às hepatites virais no Brasil, o maior número registrado entre os anos de 2000 a 2011 foi decorrente da hepatite C, com 16.896 óbitos, seguido por hepatite B, com 5.520 óbitos. Os profissionais de saúde, principalmente a equipe de enfermagem estão constantemente sujeitos à exposição a estas hepatites, pelo fato de terem contato direto com os pacientes, e também ao tipo e à frequência de procedimentos realizados. O objetivo do presente estudo foi avaliar o risco dos profissionais de saúde à infecção por hepatites B e C, de acordo com os dados publicados na literatura no período de 2000 a 2013. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em sites científicos, utilizando os seguintes descritores: Orthohepadnavirus; hepatite B; hepatite C; Hepacivirus; profissionais de saúde; vacina anti-hepatite B; vacina anti-hepatite C. Após a revisão, os dados foram tabulados e foi construída uma tabela com os resultados obtidos sobre os acidentes com profissionais da saúde e infecção com hepatie B e C. Foi possível verificar que há uma relativa frequência em acidentes de trabalho com profissionais de saúde, sendo que a maioria dos acidentes ocorre com materiais perfuro cortantes e com trabalhadores que possuem menor conhecimento e qualificação. Contudo, há necessidade de educação permanente destes profissionais quanto à saúde do trabalhador, abrangendo os riscos e prevenções de acidentes ocupacionais, uso de equipamentos de proteção, notificação imediata e acompanhamento sorológico completo.

Palavras-chaves: Orthohepadnavirus; hepatite B; hepatite C; acidente de trabalho; profissionais de saúde.

ABSTRACT

Viral hepatitis, especially B and C are a serious problem that occurs worldwide . Among the deaths attributed specifically to viral hepatitis in Brazil , the largest number recorded between the years 2000 to 2011 was due to hepatitis C , with 16,896 deaths , followed by hepatitis B , with 5,520 deaths . Health professionals , especially nursing staff are constantly subjected to exposure to these hepatitis , because they have direct contact with patients , and also the type and frequency of procedures performed . The aim of this study was to evaluate the risk of health professionals to infection by hepatitis B and C , according to data published in the literature between 2000-2013 . A literature search was performed on scientific sites , using the

(2)

following descriptors : Orthohepadnavirus ; hepatitis B ; hepatitis C ; Hepacivirus , health professionals , anti- hepatitis B vaccine , vaccine hepatitis C. After revision , the data were tabulated and was built a table with the results of accidents with health and infection with hepatie B and C. It was possible to verify that there is a relative frequency of accidents at work with health professionals , and most accidents occur with sharps materials and workers who have less knowledge and qualification . However , there is need for continuing education of these professionals regarding the health of workers , including the risks and prevention of occupational accidents , use of protective equipment , prompt notification and full serological monitoring .

Keywords: Orthohepadnavirus , hepatitis B , hepatitis C ; accident; health professionals.

INTRODUÇÃO

Trabalhar na área da saúde, principalmente em um ambiente hospitalar, é considerado insalubre, devido ao agrupamento de pacientes portadores de diversas enfermidades infectocontagiosas e o risco de acidentes existente em muitos procedimentos realizados (NISHIDE et al.,2004).

Na prevenção de acidentes os esforços devem ser concentrados inicialmente na eliminação dos perigos e/ou riscos, e posteriormente, orientações e fornecimento de equipamentos de proteção individual. A preocupação com os riscos biológicos surgiu somente à partir da epidemia da HIV/AIDS nos anos 1980, onde foram estabelecidas normas para as questões de segurança no ambiente do trabalho (FONSECA, 2006).

A equipe de enfermagem é uma das principais categorias ocupacionais sujeita à exposição por material biológico pelo fato de terem contato direto com os pacientes, e também ao tipo e à frequência de procedimentos realizados. As hepatites virais, principalmente B e C, são um sério problema que ocorre em todo o mundo (PINHEIRO e ZEITOUNE, 2008). A soroprevalência de infecção por hepatite B (HB) entre trabalhadores da saúde é de três a cinco vezes maior que na população em geral, sendo os mais acometidos aqueles que realizam procedimentos invasivos como punção venosa e algumas cirurgias. Já em relação à hepatite C (HC), a inoculação percutânea (absorção na pele através de feridas) é uma das formas mais documentadas de transmissão do vírus (FONSECA, 2006).

(3)

A HB é causada pelo vírus da hepatite B (VHB) pertencente ao gênero

Orthohepadnavirus e família Hepadnaviridae, e a HC é causada pelo vírus da hepatite C

(VHC) pertence ao gênero Hepacivirus e família Flaviviridae (ICTV, 2012).

A transmissão da HB ocorre através da exposição percutânea ou de mucosas a sangue ou fluidos corpóreos contaminados com o VHB, e as principais vias de contágio são: sexual, parenteral (são as vias de rápido acesso, como as injeções intramusculares, intravenosas e subcutâneas) e vertical, seja transplacentária, no momento do parto ou durante o aleitamento materno (PINHEIRO e ZEITOUNE, 2008).

A transmissão da HC é realizada através de sangue, seja por transfusões, contato direto ou compartilhamento de seringas. A transmissão sexual é rara, mas pode existir. O vírus também pode ser transmitido da mãe ao filho, se no momento do parto existir contato do sangue da mãe com o sangue do filho. Instrumentos como escovas de dente, alicates de unhas ou cutículas e aparelhos de barbear não devem ser compartilhados, pois podem contaminar. Instrumentos dentários devem ser esterilizados e desinfetados (CIORLIA e ZANETTA, 2007).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) dois bilhões de pessoas no mundo foram infectadas pelo VHB e cerca de 600.000 pessoas morrem a cada ano devido às consequências da HB. A HB é endêmica na China e outras partes da Ásia (OMS, 2012).

Altas taxas de infecções da HB também são encontrados nas regiões do sul da Europa Central e Oriental. No Oriente Médio e subcontinente indiano, 2 a 5% e da população em geral estão infectados. Menos de 1% da população na Europa Ocidental e na América do Norte são infectadas. Em países desenvolvidos (Europa Ocidental e América do Norte), os padrões de transmissão são diferentes dos países em desenvolvimento. A maioria das infecções por hepatites nos países desenvolvidos são transmitidas durante a vida adulta pela atividade sexual e uso de drogas injetáveis (OMS, 2012).

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a taxa de infecção por HB passou de 0,3% em 1999, para 6,9% em 2010, a região Sudeste concentra 36,6% dos casos, seguido do Sul, com 31,6% das notificações, entre 1999 e 2011. A região Sul registra os maiores índices desde 2002, seguida do Norte (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).

A HC apresenta distribuição mundial, todos os anos de 3 a 4 milhões de pessoas são infectadas com o VHC pelo mundo. Países como Egito, Paquistão e China apresentam altas taxas de infecção crônica, aproximadamente 150 milhões de pessoas são cronicamente

(4)

infectados com risco de desenvolver cirrose e ou cancro no fígado. Mais de 350.000 pessoas morrem de doenças relacionadas com a HC (OMS, 2012).

Do total de casos de hepatite C registrados no Brasil entre 1999 e 2011, 55.222 foram na região Sudeste e 18.307, no Sul. Juntas, essas duas regiões concentram 90% dos casos confirmados no país. As taxas de incidência mais elevadas também se concentram nessas regiões. Entre as mortes atribuídas especificamente às hepatites virais no Brasil, o maior número registrado entre os anos de 2000 a 2011 foi decorrente da HC, com 16.896 óbitos, em seguida, encontra-se a HB, com 5.520 óbitos declarados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012).

A maioria dos casos da hepatite B e C não apresentam sintomas, mas os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses após a infecção. As hepatites B e C apresentam fases semelhantes que podem se desenvolver de duas formas, aguda e crônica (JÚNIOR et al., 2000).

A aguda é quando a infecção tem curta duração. Os profissionais de saúde consideram a forma crônica quando a doença dura mais de seis meses. O risco de a doença tornar-se crônica depende da idade na qual ocorre a infecção e da resposta imunológica do infectado (CHAVEZ et al., 2003).

Uma particularidade da hepatite B é que a maioria dos pacientes elimina o vírus e evolui para a cura definitiva. Em menos de 5% dos casos, porém, o VHB persiste no organismo e a doença torna-se crônica. No caso da hepatite C quando os sintomas surgem o paciente já se encontra numa fase avançada da doença e o fígado pode estar gravemente comprometido, necessitando de um transplante (FERREIRA e SILVEIRA, 2004).

O diagnóstico da hepatite B é feito através de técnicas sorológicas, três marcadores são utilizados como referência para o diagnóstico da hepatite B: HBsAG (presente no início da infecção), anti-HBc (que aponta se o indivíduo teve contato com o vírus) e anti-HBs (capaz de sinalizar se o indivíduo está imunizado para o vírus), estes diagnósticos são feitos através da técnica imunoenzimática do tipo Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA) (CHAVEZ et al., 2003).

O diagnóstico da hepatite C também é feito através de exames de sangue que medem a quantidade de anticorpos específicos contra o vírus da hepatite C (VHC) produzidos pelo organismo (testes sorológicos como ELISA) e pela dosagem da quantidade de vírus no sangue (testes de biologia molecular como Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)). Para confirmar

(5)

hepatite crônica é necessário realizar a contagem do vírus no sangue através dos testes de biologia molecular que medem a carga viral (MIYAZAKI et al., 2005).

Para a hepatite C não existe vacina, mas existe tratamento a base de remédios como o antiviral ribavirina, medicamento que associado ao interferon diminui a atividade viral, melhorando as funções hepática e as características histológicas do fígado. Em 2002 apareceu o interferon peguilado, remédio que apresenta menos efeitos colaterais que pode ser associado à ribavirina é suficiente para obter resposta duradoura em 70% a 80% dos casos. O quarto e novo antiviral, o telaprevir, desenvolvido especificamente para bloquear a ação de uma enzima necessária para a replicação do vírus (MIYAZAKI et al., 2005).

Já para a hepatite B existe vacina que é distribuida gratuitamente nos postos de saúde, esta vacina é composta por 3 doses que comprovam sua eficacia. Todos profissionais de saúde devem tomar as 3 dose já que fazem parte do grupo de maior vulnerabilidade a doença (VALLEZI e JUNIOR 2011).

Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o risco dos profissionais de saúde à infecção por hepatites B e C, de acordo com os dados publicados na literatura no período de 2000 até 2013.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em sites como Scientific Electronic Library Online (Scielo), Ministério da Saúde, Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme), Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), limitando as ocorrências entre 2000 e 2013. Foram utilizados artigos em português e inglês, sendo descartados aqueles em outros idiomas, utilizando as seguintes palavras-chaves: Orthohepadnavirus; hepatite B; hepatite C; Hepacivirus; profissionais de saúde; vacina anti-hepatite B; vacina anti-hepatite C. Após a revisão, os dados foram tabulados e foi construída uma tabela com os resultados obtidos sobre os acidentes com profissionais da saúde e infecção com hepatie B e C.

RESULTADOS

Após a revisão bibliográfica relacionada, foi possível verificar que há frequência em acidentes de trabalho com profissionais da saúde (Tabela 1). Sendo que a grande maioria dos

(6)

acidentes aconteceu com materiais perfurocortantes, e com trabalhadores que possuem menor conhecimento e qualificação profissional. No entanto, a partir desta revisão, também foi possível verificar que profissionais com maior tempo de serviço acabam se arriscando mais, por adquirir autoconfiança na execução de suas atividades, por vezes, negligenciando medidas de precaução para proteção individual.

Tabela 1. - Estudos realizados sobre acidentes com profissionais da saúde e infecção com hepatie B e C.

AUTORES E

ANOS DE ESTADO NÚMERO

TIPO DE ACIDENTE DIAGNÓSTICOS PUBLICAÇÃO AMOSTRA L Hepatite B Hepatite C LOPES et al., 2000 Goiás 152 Acidente com agulha 13 ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ LUZ et al., 2001 Tocantins 20

Objetos perfurocortantes 3 ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ CARNEIRO e DAHER, 2003 Goiás 90 Fragmentos de Vidro 8 ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ BRAGA et al., 2004 Bahia 120 Objetos perfurocortantes

PAIVA et al., 2005 Goiás 680 Não houve 0 ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ SANCHES et al., 2006 Mato Grosso do Sul 332 Acidente com agulha 0 ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ do Sul CIORLIA e

ZANETTA, 2007 São Paulo 2305

Objetos perfurocortantes ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ 25 PAIVA, Enilza Maria Goiás 250 Objetos perfurocortantes 2 ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Mendonça, 2008 OLIVEIRA et al., 2009 Pará 528 Acidente com agulha 2 ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ SILVA et al.,2010 Porto Alegre 11

Objetos

perfurocortantes 2 6

Legenda: ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Não foi analisado

(7)

De acordo com os dados obtidos neste estudo, foi possível verificar que o exercício da atividade profissional no ambiente hospitalar, constitui fator de risco de infecção ocupacional pelo vírus da hepatite B e ou C (Tabela 1), em virtude da ocorrência de contato direto com os pacientes e da exposição constante aos fluidos corporais potencialmente contaminados pelos VHB e VHC.

Lopes et al. (2000), demonstraram que a exposição ocupacional e o não uso de equipamentos de proteção estiveram significativamente associados à soro positividade ao VHB. Estes autores também demonstraram que houve predomínio de lesão percutânea e acidentes com agulhas (LOPES et al., 2000). Já PINHEIRO e ZEITOUNE (2008) observaram uma maior positividade para os marcadores sorológicos da hepatite B com o aumento do tempo de profissão, demonstrando que o risco de exposição ao VHB é diretamente proporcional ao tempo de trabalho em hemodiálise.

LUZ et al. (2001) também encontraram uma prevalência global de 15% para a infecção pelo VHB, em profissionais com atividade em hemodiálise por mais de um ano. Os mesmos autores também correlacionaram tal prevalência a acidentes de trabalho com objetos perfurocortantes e história de múltiplos parceiros sexuais.

Carneiro et al. (2003) ao realizar testes com profissionais da saúde para HB, verificaram que esses profissionais não se protegem de forma adequada como uso de luvas, por exemplo, e que ferimentos nas mãos, produzidos por fragmentos de vidro, durante abertura de ampolas de medicamentos é o acidente mais comum.

No entanto, Braga et al. (2004) e Oliveira et al. (2009), relatam que apesar do uso de equipamentos de segurança, também há uma frequência de acidentes com material perfuro cortante. Já Paiva et al. (2005) fez associações significantes com a positividade ao VHB ao gênero, ao tempo de trabalho e ao uso incompleto de equipamentos de proteção individual.

Para Paiva et al. (2005) os resultados de seu estudo (Tabela 1) sugerem impacto positivo da vacinação. Sanches et al. (2006) também relatou a eficiência da imunização e utilização dos equipamentos de segurança. Os mesmos autores demonstraram em seus estudos que o acidente ocupacional mais frequente foi o ferimento por agulha, mesmo assim devido às medidas de profilaxia durante os acidentes e as vacinas não foram encontrados resultados positivo para a hepatite B. Oliveira et al. (2009) também demonstrou baixa prevalência (0,4%) para o VHB.

(8)

Ciorlia et al. (2007) e Silva et al. (2010) ao analisarem a prevalência da HC observaram que os profissionais da saúde apresentaram maior prevalência de VHC que os profissionais administrativos e que os fatores de maior risco foram: idade, tempo de serviço e acidentes com objetos perfurocortantes. Silva et al. (2010), também demonstrou que trabalhadores que possuem menor conhecimento e qualificação profissional estão mais sujeitos a sofrerem acidentes e que independente da categoria profissional, assim como trabalhadores com maior tempo de serviço que acabam se arriscando mais, por adquirir uma autoconfiança na execução de suas atividades, por vezes, negligenciando medidas de precaução para proteção individual.

Contudo, para Paiva et al. (2008) há relação ao tipo de atividade profissional exercida no ambiente hospitalar, pois os índices de prevalência de contaminação são maiores no pessoal do laboratório e da enfermagem, e menores nos indivíduos que trabalham no setor administrativo e nos de outras atividades que não têm contato direto com os pacientes. O mesmo autor sugere que campanhas de prevenção a acidentes devem ser priorizadas.

Após a análise dos resultados, foi possível verificar que independente da região, acidentes de trabalhos ocorrem entres esses profissionais e medidas de controle tornam-se necessárias, como campanhas de vacinação mais eficazes e uso correto dos equipamentos de segurança.

CONCLUSÃO

Os dados deste estudo demonstraram que há riscos evidentes de infecção durantes as atividades dos profissionais de saúde, principalmente, por ainda persistir um grau significante de desconhecimento ou banalização dos agravos causados pela contaminação pelo VHB ou VHC, entre profissionais da saúde.

Verifica-se à necessidade da educação permanente destes profissionais quanto à saúde do trabalhador, abrangendo os riscos e prevenções de acidentes ocupacionais, uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, importância da notificação imediata e acompanhamento sorológico completo, bem como o suprimento da estrutura das instituições em termos de recursos humanos e materiais.

Assim sendo, justifica-se o reforço de campanhas de esclarecimento dirigidas a esses profissionais, visando conscientizá-los da necessidade da utilização permanente dos equipamentos de proteção, e de fazer a prevenção da hepatite B, através da vacinação.

(9)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAGA, Adriana; MARQUES, Patrícia; ANDRADE, Jacy; SCHINONI, Maria Isabel; MENEZES, Izaura; DUQUE, Annie; LEMAIRE, Denise Carneiro; NASCIMENTO, Ivana; MEYER, Roberto; FREIRE, Songeli M. Soroprevalência de infecção pelo vírus da hepatite B e resposta de anticorpos anti-HBS à vacinação em cirurgiões-dentistas da grande Salvador-Bahia. Rev. baiana saúde pública;32(1):7-17, jan.-abr. 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hepatite B. Brasília, DF. 2010. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=32990>. Acessado em 10 de março 2013.

BRASIL. Organização Mundial de Saúde. 2012. Disponível em

<http://www.who.int/countries/bra/es/>. Acessado em 08 de março 2013.

CARNEIRO, Antônio Fernando e DAHER, Roberto Ruhaman. Soroprevalência do vírus de hepatite B em anestesiologistas. Rev. Bras. Anestesiol. [online]. 2003, vol.53, n.5, pp. 672-679.

CHAVEZ, Juliana Helena; CAMPANA, Sabrina Gonçalves e HAAS, Patrícia. Panorama da hepatite B no Brasil e no Estado de Santa Catarina. Rev Panam Salud Publica [online]. 2003, vol.14, n.2, pp. 91-96.

CIORLIA, Luiz Alberto de Souza e ZANETTA, Dirce Maria Trevisan. Hepatite C em profissionais da saúde: prevalência e associação com fatores de risco. Rev. Saúde Pública [online]. 2007, vol.41, n.2, pp. 229-235.

CLEMENS, Sue Ann Costa; CLEMENS, Ralf; CASTILHO, Márcia C. FONSECA, José Carlos da; AZEVEDO, Tânia; CAVALCANTI, Anamaria; SILVEIRA, Thêmis R.; . Soro prevalência para hepatite A e hepatite B em quatro centros no Brasil. Rev. Soc. Bras. Med.

Trop. [online]. 2000, vol.33, n.1, pp. 01-10.

FERREIRA, Cristina Targa e SILVEIRA, Themis. Reverbel da. Hepatites virais: aspectos da

epidemiologia e da prevenção. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2004, vol.7, n.4, pp. 473-487. FONSECA, José Carlos Da. Histórico das Hepatites B e D. I Consenso da Sociedade

Brasileira de Infectologia para o Diagnóstico e Manuseio da Hepatite B(e Delta). 2006, vol.

Supplemente. Disponível em: <

http://infectologia.org.br/anexos/SBI_I%20Consenso%20tratamento%20hepatite%20B%2020 05.pdf#page=10>. Acessado em 10 de março 2013.

(10)

International Committee on Taxonomy of Viruses.

Disponível em: <www.ictvonline.org/virusTaxonomy.asp?version=2012>. Acessado em 22 de março 2013.

LOPES, Carmen Luci Rodrigues; MARTINS, Regina Maria Bringel; TELES, Sheila Araújo; SILVA, Simone Almeida e; MAGGI, Priscila Souza e YOSHIDA, Clara Fumiko Tachibana. Perfil soroepidemiológico da infecção pelo vírus da hepatite B em profissionais das unidades de hemodiálise de Goiânia-Goiás, Brasil Central. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 2001, vol.34, n.6, pp. 543-548.

LUZ, Jônio Arruda; SOUZA, Karla Prado de ;TELES, Sheila Araujo; CARNEIRO, Megmar A. Santos; GOMES, Adriane S.; DIAS, Márcia A.; FERREIRA, Renata Carneiro; MARTINS, Regina Maria Bringel. SOROPRE VALÊNCIA DAS INFECÇÕES PELOS VÍRUS DAS HEPATITES B E C EM PROFISSIONAIS DE HEMODIÁLISE DO

TOCANTINS. Revista de Patologia Tropical 33.1 (2001).

http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/view/3251 Acessado em 27 de abril 2013.

MEDEIROS, Maria Teresa Gonçalves de et al. Prevalência e fatores associados à hepatite C

em pacientes de hemodiálise. Rev. Saúde Pública [online]. 2004, vol.38, n.2, pp. 187-193. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102004000200006 Acessado em 23 de março 2013.

MIYAZAKI, Maria Cristina de Oliveira Santos; DOMINGOS, Neide Aparecida Micelli; VALÉRIO, Nelson Iguimar; SOUZA, Ester Franco de; SILVA, Rita de Cássia Martins Alves Da. Tratamento da hepatite C: sintomas psicológicos e estratégias de enfrentamento. Revista brasileira ter. cogn., Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, jun. 2005 . Disponível em

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872005000100014&lng=pt&nrm=iso. Acessado em 30 de março 2013.

NISHIDE Vera Médice; BENATTI Maria Cecília Cardoso; ALEXANDRE, Neusa Maria Costa. Ocorrência de acidente do trabalho em uma unidade de terapia intensiva. Rev. Latino-am Enfermagem 2004 março-abril; 12(2):204-11. www.eerp.usp.br/rlaenf. Acessado em 23 de março 2013.

OLIVEIRA, Candida Maria Abrahão de; NUNES, Márcio Roberto Teixeira; NUNES, Heloisa Marceliano e SOARES, Manoel do Carmo Pereira. Prevalência de marcadores sorológicos do vírus da hepatite B em profissionais de saúde de um laboratório de pesquisa na Amazônia oriental, Estado do Pará, Brasil, 2007 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2012, vol.21, n.4, pp. 609-616.

http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742012000400010 Acessado em 7 de maio 2013.

PAIVA, Enilza Maria Mendonça de. Soroprevalência da infecção pelo vírus da hepatite B e avaliação da imunidade vacinal em cirurgiões-dentistas de Goiânia-GO. 2008. 140 f . Tese

(11)

(Doutorado em Ciências da Saúde)-Convênio Rede Centro-Oeste, UnB/UFG/UFMS, Goiânia, 2008.

http://hdl.handle.net/10482/2908 Acessado em 7 de maio 2013.

PAIVA, Enilza Maria Mendonça de; TIPLLE, Anaclara Ferreira Veiga; SILVA, Eliane de Paiva e CARDOSO, Divina das Dores de Paula. Marcadores sorológicos e fatores de risco relacionados ao vírus da hepatite B em dentistas da região Centro Oeste do Brasil. Braz. J.

Microbiol. [online]. 2005, vol.39, n.2, pp. 251-256. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-83822008000200010.

Acessado em 24 de abril 2013.

PINHEIRO, Joziane e ZEITOUNE Regina Celia Gollner. Hepatite B: Conhecimento e medidas de biossegurança e a saúde do trabalhador de enfermagem. Esc Anna Nery Rev Enferm, v. 12, n. 2, p. 258-64, 2008. http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n2/v12n2a09.pdf. Acessado em 20 de março 2013.

SANCHES, Gilza Bastos dos Santos; HONER, Michael Robin; PONTES, Elenir Rose Jardim Cury; AGUIAR, José Ivan e IVO, Maria Lúcia. Caracterização soroepidemiológica da

infecção pelo vírus da hepatite B em profissionais

de saúde da atenção básica no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Rev Panam Infectol 2006;10(2):17-22.

http://www.revista-api.com/2%20edicao%202008/pgs/art_3%200208.html Acessado em 30 de abril 2013

SILVA, Talita Rodrigues da; ROCHA, Suelen Alves; AYRES, Jairo Aparecido e JULIANI, Carmen Maria Casquel Monti. Acidente com material perfurocortante entre profissionais de enfermagem de um hospital universitário. Rev. Gaúcha Enferm. (Online) [online]. 2010, vol.31, n.4, pp. 615-622. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472010000400002 Acessado em 13 de maio 2013.

TOMAZIN, Cybelle Cristina e BENATTI, Maria Cecília Cardoso. Acidente do trabalho por material perfurocortante em trabalhadores de enfermagem. Revista gaúcha de enfermagem, Porto alegre, v.22. n.2, p. 60-73, julho 2008. www.seer.ufrgs.br . Acessado em 24 de março 2013.

VALLEZI, Débora Roberta Ribeiro; JUNIOR Gerson Zanusso. Diagnóstico laboratorial da

Hepatite B.Rev. Uningá. 2011, vol.1, n. 08, pp.69-76. www.uningareview.com.br/.../df1415cbf8462c19e2a0de2122688a3. Acessado em 13 de

Imagem

Tabela  1.  -  Estudos  realizados  sobre  acidentes  com  profissionais  da  saúde  e  infecção  com  hepatie B e C

Referências

Documentos relacionados

A fidelidade do realizador ao texto começa nessas palavras, ditas por um narrador que, falando pela voz de Eça, não pretende ser o escritor, nem imitá-lo, mas apenas contar a

O desenvolvimento das interações entre os próprios alunos e entre estes e as professoras, juntamente com o reconhecimento da singularidade dos conhecimentos

As relações hídricas das cultivares de amendoim foram significativamente influenciadas pela a deficiência hídrica, reduzindo o potencial hídrico foliar e o conteúdo relativo de

3259 21 Animação e dinamização de actividades lúdico-expressivas - expressão musical 50 3260 22 Animação e dinamização de actividades lúdico-expressivas -

Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p&gt;0,05) entre os três grupos de sobremordida horizontal (reduzida: &gt;0 mm e &lt;2 mm; normal-reduzida: ≥2 mm

In this work, TiO2 nanoparticles were dispersed and stabilized in water using a novel type of dispersant based on tailor-made amphiphilic block copolymers of

Apresenta a Campanha Obra-Prima, que visa a mudança comportamental por meio da conscientização diante de algumas atitudes recorrentes nas bibliotecas da

Para se buscar mais subsídios sobre esse tema, em termos de direito constitucional alemão, ver as lições trazidas na doutrina de Konrad Hesse (1998). Para ele, a garantia