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Reflexão sobre as estruturas sociais de apoio à criança: a especificidade das famílias de acolhimento

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Academic year: 2021

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REFLEXAO

SOBRE AS ESTRUTURAS SOCIAIS

DE APOIO

A

CRIANCA:

A

ESPECIFICIDADE DAS FAMILIAS DE ACOLHIMENTO

Patricia Ferreira

*

Corri este trabalho, procirra-se reJ7ectir sobre as cotrdicioriari/es sociais epsicologicos qrie aofclarri as fairi;lios de acolliiriierr/o, par. ticalaririerile sobre os joiwis qrre s2o colocados iieslas far~iilias. Reinee~ri-sepropostas de Nii~esligac2o e de i~ilen~ericZo a efctirar que possorri co~ifribairporo lmcar' riovos replos sobre eslas sitrrocoes.

Apesar da fecuiididade literaria estrangeira sobre a situacao de Colocacao Familiar, pouca investigacao tem sido realizada em Poihigalnesta area. Fala-se sobre a adopcao, sobre os menores colocados em instituicoes, mas escasseiam os esh~dos em familias de acolliimento. Deste modo, impoe-seumareflexiio acerca das dificiildades,vantageiis e protocolos de intervencao nesta area.

Ha um consenso geral de que a proteccao da crianca e dos jovens e essencial, que decorre da necessidade decrescer ese desenvolver dentro de urna familia que promovao envolviinento mais natural e propicio ao seu crescimento, desde oue deseinvenlie as fi~ncoes de nin suporte afectivi saidavel e estavel. Mas, e tambem do coiilieci~ento que esta situacao embora sendo desejavel, neni sempre ocorre. Sao muitas as sihiacoes de familias aparentemente "no~mais", por vezes, patogenicas epeih~rbadoras. Familias sem grande proximidade coinos filhos, ausentes ou inexistentes do ponto devista afectivo,

* Mestre eiii Psicopatologia e Psicologia Cliiiica pelo Iiistituto Superior de Psicologia Clinica, Docente

no Curso de Psicologia d a Universidade Lusofoiia de Humanidades e Teciiologias

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instituindo no seio das relacoes uma solidao individual midosa, que pode colocar a inte- gridade domenorem perigo, a nivel fisico,psico-afectivo emoial. Quando osproblemas se tornam demasiado insuportaveis na familia ou quando o meio envolvente detecta a , "carencia" destas criancas de um "meio familiar normal", deve proceder-se aum apoio psicologico individual, familiar e social e, em casos extremos pode16 oconer

a

separacao, temporaria ou definitiva, da crianca dos seusprogenitores.

As eshuiuras sociais de apoio h crianca

Actualmente, quais sao os recursos alternativos existentes emPoinigal, quando se considera p~cferivel sepaix a crianca de uma familia disfuncional?

Inicialmente o menor e colocado em Centros de Acolhimento de Urgencia.

-

. ...

pcrspcciivadosconio Iiigarcs derecolha, dc obscrvacio, dc avaliacao c dc inteivencao tecnica espcciali7ada junto tio iiienore dos sciis contextos familiares. Proc~ir;i-se enfio ,.

. . . .

oricniarc cncaiiiinharcstas criancas ejovcns para adoncao, coloracao insiitiicional da " .A

ci.i:iiicn em pcqucnos larcsdccaiicier familiar; ou colocacao f;iii,iliai. . . 1

Uni dadoalaimaiitceo fiicio da popiila$aode criaiicaspriv;~das de meio fiiniiliar noirnal

conlinunr a iiltrai)assaro iinivciso de fainili;isdc acolliiineiito c o iiiimero dc adontandos. - , . , ~ e b b i n ~ t o n e ~ i e s (1990)veiificmmque, n o ~ e i n o ~ n i d o , as areascommaior iiecessida-

de pai8 o acolhimento de criancas tinham baixas possibilidades de oferecerem estas solu- coes Bs criancas. Nos E.U.A., Slaght (1993) destacou quea maioria dosEstados enfrenta- va uma situacao de crise no que diz respeito ao reduzido numero de familias disponiveis para acolhiinento e adopcao, face ao acentuado numero de criancas necessitadas destes cuidados.

Muitos factores infliienciam aescollia do tipo de recurso paiaumacrianca.

Deu~nmodogeral,p~~cede-seaadopcaoquandooco~~e~ejeicaoafectiva eabandono, inviabilidadepsicossocial ou incapacidade da familia de oiigem. Sao encaminhadas para este recuiso as criancas pequenas, cujosprogenitores ou parentesnao pretendem ounao estao em condicoes de exercerem as suas funcoes. Podem ser adoptados menores com idade inferior a 15 anos eo(s) inembro(s) da familiaadoptiva deve ter idade superiora25 anos e inferior a 50 anos.

No codigo civil Portugues, a adopcao e um vinculo juridico semelhante a filiacao, podendo o proprio nome da crianca ser alterado para o da sua nova familia. O tribunal pode dar o consentimento do menorpara adopcao aum casal, apessoa singular ou a uma institui~ao, tendo como principal objectivo defendera cxianca, "evitando qne seprolon- mie~nsituacoesemqueestasofieascarenciasderivadasdaai~senciadeuma~~lalacaofamiliar

-

com um m i n h o de qualidade, em que os seus pais ou nao existem ou, nao se mostrando dispostos a dar o consentimento para uma adopcao, mantem de facto uma ausencia, um desinteresse euma distancia que nao pemitempiwer aviabilidadede proporcionarem ao filho em tempo util a relacao que elepitcisavapara se desenvolverhannoniosamente

. .

.''

(3)

Pecreto-ki1io185/93,DiaiiodaRepi~bli~

119, laSeilede22-05-93)

Os outros doisrecursos-colocac5o institucionalou familias de acolliimento

-

surgem por se considerar que a separacao e tempoisria, provisoria ou condicional, onde seprocu-

ia

a manutencao da ligacao com a familia natural. O objectivo e poderrestituir, logo que possivel, o menor aos seus progenitores.

A

colocacao institucional da crianca em pequenos lares de cai%cter familiar surge corno um recurso viavel para criancas e jovens em qualquer das seguintes situacoes: duvla orfandade ou abandono total: conflitos com o meio familiar ou social: necessidade d~pi.osseguimento dos estudos, foi&acaoprofissional ou obtencao dopriin&o emprego nasestmhms dointemato. O Decreto-LeinW86 (DiariodaReviiblica 1.1" Seriede02-01- 86) define os principios basicos a que devem obedecer os h e s de criancas e jovens, desinseridas do meio familiar do seminte modo: os lares nao devem acolher mais de

-

sessenta criancas e jovens e organizam-se em giupos, de preferencia mistos, com um numero de doze criancas e iovens."aue devem funcionar em moldes aoroximados aos de uma estrutura familiaf E& sao colocados os jovens que&opodem ou nao desejam ser colocados noutras familias.

Inerente a preferencia da colocacao deuma criancanuma familia, em detrimento da colocacao institucional. decorre anecessidade de ofereceri crianca um substituto varental. reforc&do o valor da kmilia como a instituicao ideal para a educacao das criincas. O estudo desenvolvido vos Colton eHellinckx. em 1994. em doze vaises da Comunidade Europeia, evidenciou; declinio da colocacao'institucioh que ac~mpanhouuin aumeiito da colocacao das criancas em familias de acolliimento. Contudo, destaca que a opcaopor familias de acolhimento em detrimento da colocacao das criancas em instituicoes e mais evidente nos paises do norte da Europa.

Sinclair (1988) destaca varias desvantagens na colocacao tradicional da criancas em iristiiuicoes. Oaut&posnila que cstes locais& possibilitain hcriancas iiin:i vida i~oinial poicolnparayao com os padrocs gerais da sociedade. O modo de vida nuiiia iiisiiiiiicioC bastante difercriic de uma hnili;i, as criancas vivem cin gnqioe as rclacoes que csiabclc- cem com adullossao, prcdoinii~antcmcnie, do sexo feminino. Cada crian$aoii jovem rccc- be cuidados de uma ~nulti~licidade de tecnicos e esta substituicao da f&llianatuial por varias figuras maternas pode provocaruma constante quebrados lacos afectivos, que nao permite uma continuidade nas relacoes, podendo trazer consequencias irreparaveis ao iiivel da evolucao psico-afectiva. Colton (1988) corrobora esta perspectiva, detectando maiores problemas de comportamento em criancas que foram colocadas em instituicoes porcomoaracao comcriancas aue foram inseridas em familias de acolliimento.

I)C f&o, ;nuitas irivcstigaC&s cvidcnciam unielevado iii~riicrode penurbac6es pico- Iijnicas rias criaiinis colocadas cni iiisiitiiicoes (Pillay, Vawda . . & Pollock, 1989; Walkiiid, 1

h).

No entanto, nao se devem generalir os m i t a d o s destes estudos ou assuinir que a colocacao institucional, vos si propria, 6 prejudicial.

. .

. - A maioria das investigacoes cir- - .

curiscrcve-sc a criancas em idades nniito precoccs e poucos eiiiidos rcflecicni sobio a qiialidadc dos cuidados que 530 ofeircidos as criancas. Os virios estiidos tambcm

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demonsham a existencia deuma p n d e heterogeneidade nestapopulacao, desde c~iancas compesiurbacoes acentuadas a criancas comum funcionamento psicologico saudavel.

Apesar destas criticas as tradicionais instituicoes, ~inclair (1988) reconhece que este recurso tem sofiido alteiacoes positivas no seu sistema. A dimensao destas sesidencias e . .

o numero de criancas que albergam tem diminuido e estao cada vez menos isoladas da comunidade. Amaioria das criancas ia tem apossibilidade de frequentar estabelecimentos de ensino fora destas i n ~ t i t u i ~ o e s . E m ~ o ~ l , o ~ e c r e t o - ~ e i n " 3 8 6 acrescentaqueestes lares devem "proporcionar condicoes para uma co~ecta insercao das criancas ejovens na comunidade

atkves

da sua integracao nas estiutuias locais; nomeadamente no que se refei~ a educacao, foimacao profissional, desposio e tempos livres" @. 6).

Suiclair (1988) acrescenta que sao poucos os sujeitos que desejam ser colocados nas instituici3es. No entanto, Walkind e Rushton (1994) observaram, a este proposito, que embom esta perspectiva seja verdadeira para a maioria, alguns adolescentes expsessam o deseio deviver em pequenas residencias com outsos gsupos de jovens.

Emespecifico, O re&so de~olocacao ~amiliar, "euka prestacao de accao social que consiste em fazer acolher tsansitoiia e temporariamente, por familias consideradas idoneas pala aprestacao desteservic0,crianps ejovens cuja fahilianatural nao estejaemcoiidi- coes de desempenhar a sua funcao socio-educativa" (Decreto-Lei n0190/92, Diario da RepUblica203, la Serie Ade 03-09-92)

O que se inteipreta por "familias idoneas"? O Decreto-Lei iio190/92 acrescenta que, para serem seleccionadas, as familias devem ser constituidaspor casais com idade infesior a 50 anos; capacidade intelectual e afectiva; estabilidade emocionale conjugal; equilibia- da siinacao economica; boas condicoes de saude; adequadas condicoes de higiene e habitacao. Alem destes requisitos, estas familias devem estar disponiveis para seguir accoes de formacao que, evenhiaimente, serao promovidas pela instituicao de eiiquadiamento.

Procuia-se efectuar o encaminhamento deuma ciiancapara Colocacao Familiar quan- do a familia naturalnao esta disponivelpara amanter a seu cargo, mas em que6 possivel - .

pi~vera~ossibilidade de,numfuturo, mais ou

menos proximo,^

~riancase~essar a fami- lia. E tambeninecessario que a familia de osigem de o seu consentunentopara que possa concsetizar-sea sua colocacao familiar.

Mas as situacoes de colocacao familiar tem a tendencia para nao conseguirnltsapassar um dos principios que se coiisiderava, a partida, factor decisivo para a escolha deste recurso: o seu caracter temporario e supletivo. O estudo classico de Maas e Engler (1959) nos Estados Unidos, mostrou que as familias de acolhimento, apesar de pretenderem acolher as criancas apenas tempoiariamente, tomaram-se pala mais demetade das crian- cas que a analisaram, um recurso que as acompanhou ao longo de toda a sua infancia e adolescencia, e poucas regressai~im a sua fainilianatural ou foram adoptadas. De acordo

com~ebbin~to~e~iles(1990) estefenomeno tem persistido ao longodo tempo. Seabia

Diniz (1993) denuncia este fenomeno em Postugal, aleitando para o facto de que tem sido propo&s &merosas colocacoes familiares, com o coihec~mento de que iriam

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durar todo o perlodo evolutivo da crianca. Destaca que, em muitas destas situacoes, a adopcao seria o recurso mais favoravelpara as criancas. De facto, as situacoes de cnsto- dia temnoriisiaetemizam-se.

~ o i k i n d eRusbton (1994) referemque amaioria das investigacoes que visa o estudo de criancas, inseridas em familias de acolhimento por longos periodos de tempo, tem identificado elevadas desadaptacoes, quando comparadas com criancas que foram adoutadas. Os autores sustentamaiiea exulicacao maisulausivel uara estes resultados A .

est&elacionada com o facto da chnca sentir um reduzido ~entidide~ermanencia e de pertenca a familia de acolhimento, por comparacao como vinculo legal estavel da adop- cao. Tiiseliotis eRussell(1984) conduzuamumaiuvestigacao com oprincipal objectivo de comparar as repercussoes da Colocacao Familiar,por longos periodos de tempo, com as duas outras alternativas: adopcao ecolocacao institucional. Metade da amosim do gnipo de criamas inseridasem familias deacolhimento referiu sentir-se bastante satisfeita coma qualidade das ielacoes familiares estabelecidasmas, emcontrastecom o gnipo de csiancas adoptadas, revelou sentimentos de inseguranca acerca da continuidade de permanencia nestas familias e uma preocupacao com as suas condicoes legais.

Para estas criancas aue sao inseridasnuma familia de acolhimento, iiin conjunto de

.

L

qnestoec se coloca: onde termina e se inicia a sua "familia"?

A

que familia a c;ianca se identifica? Nitida confusao aue se instala entre os uarentes nomeados e os flue sao biologicos. sabendo, a partida, que a colocacao famfiiar e um recurso temporaho, que investimento fazemestascriancas na familianatiira1 e na familia de acolhimento?

AE~perieiiciadaColocafloFamiuar: o seuimpactonasciianps,nafamnianatiitiil

ena

famiiiadeacolhimento

Assumido opotencial riscona crianca paravarios problemas psicologicos que a sepa- racao da sua familia coloca, varios profissionais tempropostouma variedade de explica- coes para os problemas detectados nestas criancas e constatado a necessidade premente de tecnicos especializados no auxilio destas familias e da crianca que se encontra neste orocesso.

Ginsberg (1989)postula que a insercao deumacriancanuma & d i a deacolhimento o11 adontiva renresenta uma m t u r a no nrocesso de desenvolvimento das criancas e das familias. A descontinuidadeio procesk e a dificuldadeem estabelecer a contia&a basica nanova familia e umdosprinci$s problemaspara estas criancas. De qualquer modo, nao uodemos postular uma relacao dinecta, decausalidade linear, enhe a separacao das crian-

ias da sua familia e a psicopatologia destas criancas. As situacoess%o complexas e

inscrevem-se numa diversidade de variaveis que se interrelacionam. A reaccao de uma

crianca ou jovem a separiicao dos seusprogenitoses eumprocesso complexoque variaem

funcao da duracao da experiencia, da qualidade dos cuidados maternos antes e apos a sepairicao, da idade, do estadio de desenvolvimento da crianca e dos principais conflitos afectivos do momento.

(6)

As consequencias podem, em paite, ser reversiveis sob resetva de modificar o meio envolvente, de modo areunir condicoes que possam reduzir as carencias associadas. Se a separacao for co~~ectainentepreparada, poderanao deixar nenhuma sequela. Apesardes- tas precaucoes a crianca podera apresentaruma susceptibilidade particular a separacao e dificuldades de relacao (David, 1989).

De facto,ummenor que e r e t i d o da sua familia natural pode arrastar consigo nume- rosos problemas e, portanto esta descontinuidade da relacao e consideradaum factor de risco. Mas "risco" nao significa inevitavelmente determinisino. Pretende-se que a adop- cao, acolocacao institucionalouas familias de acolhimento, proporcionema criancaum desenvolvimento harmoniosoea profilaxia de graves alteracoespsicologicas. Masnao devemos atribuir a total mponsabilidadepela educacao da crianca a estas novas familias ou instituicoes, descurando a influencia que o meio social exerce sobre os valores que se veicula serem necessarios. A entrega de uma crianca ou jovem a estes recursos pode conduzira uma estigma social devido a estereotipos que apropria comunidadevai formu- lando a este proposito. A sociedade elaborou as suas normas, os principios segundo os quais se classificam individuos semelhantes e diferentes, pela pertenca aunia familia, a umacategoriasocial eeconomica, aummeio culhal. Ospreconceitosque subtilmente a sociedade pode transmitir,peranteestas situacoes quenao seintegmmno "habitual", na "nonna", reforcam a desigualdade. Umasvezes acusa-se a familia de origem por abando- nar a crianca, outras e a familia que a acolhe, a instituicao e o proprio jovem que sao alvo de numerosas criticas. Mas neste discurso de nma procnra do culpado, esquece-se a interpenetracao entre os varios sistemas, excluindo uma compreensao de todos os ele- mentos no coniunto das eshiturassociaisAredesocia1 de supoitescapaa um pensar Molin (1994) procurou identificar a perspectiva de-sisterti&mitaisa~&~ados sobre as familias de acoihimento, nomeadamente as atitudes que os vizinhos, a escola e os siste- mas medicos transmitem peraotefamilias nao tradicion&. O autorve~~ficou que as famili- as de acolhimento sao muitas vezes consideradas santas e martires ou, por contraste, como exploradoras de criancaspelo facto de receberem uni suporte econ>mico para as sustentarem. E tambem frequente considerarem-nas como figuras parentais incoinpeten- tese ignorantes devido ao elevado risco de perturbacoes co&po~~arnentais das criancas que acolhem. As interaccoes das familias de acolhimento com a comunidadepodeiu con- duzir a determinadas crencas e estereotipos que sao sentidas como prejudiciais por estas familias.

E importante ter sempre em consideracao a variedade de situacoes que este recurso apresenta. As criancas podem ser colocadas com diferentes idades, ser admitidas por variados motivos e durante diferentes periodos de tempo, com ou sem outros irmaos e com ou sem continuidade nos contactos com os seus progenitores ou familiares.

Varios autores argumentam que a crianca deve se~'colOcada, preferenciahnente, com outros paientes da sua propria familia, em detrimento de familias desconhecidas com as

quaisn~eaestabelece~umcontactop~vio~egun, 1995;Beirick&Barth, 1994;Coumey &Barth, 1996; Hegar, 1993; Iglehait, 1994). Iglehart(l994)realizouumeshdo compaiativo

(7)

:..) entre um gmpo de adolescentes que foi inserido com familiares eumgrupo dejovens que

i 3 foi colocado em familias sem lacos deparentesco. Os resultados indicaram que a coloca-

~ ~

- \ -

.

. cao dosjovens com familiares einaisestavel eorganizadora, facilitando os processos de > identificacao e a formacao de uma identidade mais estavel.

Destaaue-se tambem o vasto coniunto de investirracoes aue tem sido desenvolvido coiii o inhiito dc estudar as rclac6c fraternas d a s &i&casscparadas da siia familia

iiatiiral e os beneficiosda siiacolocacao iiiiina iiiesiiia faiiiilia @wr& Snieriiia. 1991: Bocr, . .

Wcsknberg& VaiiOoyeii llouben,'1995; Hegar, 1993; ~olkiiid& l(i;slitoii~l994):

. , A invcstigacaodc Hegiiii(1995)evidencia quciini imporiaiitcobjectivo d a colocacao

f~niiliar deve ser n pirservacao dos iayos fraieriios c que, scmprc: que for possivel, estas criaiicas dcvciii scr colocadiis cin coiiiiiiito na incsiiia familia de acolliiiiieiiio. Nas sitiia-

.. .

<

..

.

-

coes &nquea colocacaodeirmaosnuma inesma familia for impossibilitada, o autorsugere

aue desde o inicio da separacao se devem desenvolver todos os esforcos vara que estas

... &iancas mantenham o contacto, atraves de visitas fiqnentes. para esteefeGo, se& neces-

sario aue as familias responsaveis por estas criancas cooperem entre si. no sentido de oferechcin oportiiiiidad& i s criaii(.us para o dcscii~olviin~iiio e coiitinuhade dos lacos iifectivos fiatenios. Contudo. Flowkiiis ( 1989) dcstacn aiicsO deve111 scradniitidas iiiiia oii

. i duas criancas em familias de acolhimento com o intiiiio de facilitar a individualizacao e

evitar a modelagem e o reforco dos coinpoitamentos deshutivos ou anti-sociais dos giu-

I pos de criancas perturbadas.

: v Para se decidira i q e i t o da ColocacaoFamiliai; enecessaria uma adequada avaliacao do subsistema familiar e tambemuma avaliacao especifica das criancas. Gimeno (1 996) considera aue a avaliacao do menor deve ter em consideracao uma analise das carencias > que este apresenta e incluir aspectos medicos epsicossociais. Coma avaliacaopsieologi-

. ~

capretendese determinar o nivel de desenvolvimeuto, incluindo aspectos vsicoinotores, cognitivos, afcctivos, cmocioiiais, de iiitegracao faiiiiliar c social. Eiii funcao da idadc

tnnih6tii sc devcia obter inforiixicao sobrc a siia iiitc~raciio ;i nivel social e a adauiacao

...

- .

.

,

~.

. .:, escolar, em telmos derendunento escolar, relacionamento com os colegas e com os profes-

sores.

A selccq,iodss faiiiilins qucscofeircciii yarancolliiiiiento Ciiiiiatarcfa bnstaiitcdeli- cada. colocando i orovn a canacidade e ;i sensibilidade dos iecnicos eiivolvidos iiestc

processo. A seleccko deve te;. em conta a qualidade do relacionamento familiar e uma perspectiva evolutiva do desenvolvimento da crianca. Multiplos factores exigem uma ponderacao cuidada, nomeadamente

a idade dos candidatos; as suas motivacoes, as

preferencias e os desejos que apresentam; a maturidade, a lucidez, e a estabilidade do Gilligan (1996) conduziuurna investigacao corno objectivo deanalisar as motivacoes do casal de aeoihimento, quando se oferecem para albergarem ao seu cuidado criancas provenientes de outras familias. As motivacoes que reconhecem sao, essencialmente, alhuistas, "em beneficio da sociedade" e u m interesse por criancas privadas de um meio familiar normal. No entanto, algurnas familiasrefermnecessidades afectivas emonetarias.

(8)

O autorconsidem qnea avaliago do subsistema familiar deve ter ein conta: uma an8lise da estnihiiri e inteiaccoes actuais da familia nuclear; una anamnese centradanas transicoes, exitos e conflitos'do ciclo de vida familiar; os modelos educativos que a familia pode oferecer; uma avaliacao psicologica destas figuras parentais que tambem inclua os seus habitos esaude fisica; euma avaliacao do contexto familiar e social ondea familia esta inserida (i.e., amigos,parentes, vizinhos, colegas).

Considera-se auedenko deuma familia, as figuiris paieutais exercem accoes importan- tes decompleme&ridade para a identificacao da cria& epara o estabelecimento de urna

identidade solida, assemrando a socializacao e a individualizacao. Um meio fariiiliar que .

pennita que a construcao da sua evolua atraves de experiencias gatifican-

tese solidas. Mas isso nao imnlica aue se trmsinita a imagem de personagens idilicas, totalniente boas. Alias, e ei~oii~a a id& subjacente A defa~n~ias~ei~eitas, excessivamente idealizadas. A imagem denessoas em constante Iiaimonia fica, de iinediato, destihiida de

.,

significadosempre que se'coiisideram os problemas comuns de qualquer fa&ia. Assim, ao contrario de ideais, as familias substitutas devem proporcionar relacoes de qualidade, sendo inevitavel aiieum coniunto de adaptacoes seia negociado. A introducao deuma crianca on jovem no seio de &a nova fakilia acasseia sekpre transformacoes em toda a nova dinamica familiar. As suas tarefas nao sao faceis. E as tsansfoimac6es e adaptacoes

.

.

surgem quotidianamente, mergulhadas empadroespreferidos que oferecem resistencia ;i

mudanca.

Por estes motivos, e tambemnecessario esclarecer e preparar estas familias antes de ocorrer o processo de acolhimento. Gimeno (1996) afirma qneuin dos requisitos funda- mentais para que o acolhimento ocorra dc iim modo satisfatorio e a formacao inicial e continua das familias de acolhimento.

Laforesirie e Giliiissard-Tremblev(1980~

.

.

referem-se a tses etapas aue deve150 aconte- A .

cernarelacao enhE a familiade acolhimentoe acrianca. Apriineira fase, de aceitacao da crianca nomeio familiar deacolhimento, e fundamental e condiciona as duas etapas se- guintes.

De igual importaucia, e a aceitacaoporparte da crianca da nova familia que apreteride acolher. Nesta pewnectiva, parece ser fiuidainerital considerar os individuos como subsistemas dentro deuma fahlia, em que cada subsistema deseinpenhadeteiminadas fiuicoes e fazexigencias esnecificas (Minucliin, 198011988). Devido auma mudancana " coniposicao familiar, a crianca e os elementos que integram essa familia teinde fazernego- ciacoes para se acomodarem entre si. Surge um novo subsistema e, portanto deve ser delineada uma nova reesminiracao. CoinorefereM~iiichui(1980/1988, p. 68): "Quando uma familia absoiveuin novo inembro, esse novo membro deve se adaptar 6s regras do sistema e o sistema antigo deve ser modificado p a a inclui-10".

~ a f o ~ t s h i e e ~ ~ ; l u s s ~ d - ~ ~ ~ m b l a (1 980) takbemconside~atnc~ue, doianteestapsimei- ra fase, a familia que acolhe e a csianca devem fazer esforcos reciprocospara reorganiza- remos seus habitos quotidianos. Umavez aceite acrianca, pode entao ocorrer asegunda

(9)

etapa, a sua integracaono meio familiar. Mas, esta evolucao coloca, na opiniao das auto- ras, certosproblemas enao se realiza deummodo automatico. Acrianca queviveu algum tempo com os seus pais, deve modificar os seus habitos em funcao do modo de vida da sua familia de acolhimento. O seureaiustamento deoende da sua conduta diaria nessa familia. Eexigido a crianca que estabeleca lacos comdesconhecidos, o que requer um tempo p m uma adaptacao e reconstituicao do seunovo espaco. Espaco interno, familiar, social.

Nao esquecer tatnbemque esse novo membro e ummeiior que sofie a tuptura na sua ligacao com a familia de origem. A familia Que a acolhe deve oartilhar a realidade alie acompanha a sua dor, respot;der com o mhx&o de honestidade as questoes que lhe &o colocadas e empreender esforcos para conduzir a nova crianca a aceitar, apouco e pouco, o seu novo modo devida (M. David, 1989). No entanto, a familia pode tomar-se perigosa etraumatica para a crianca se instalar uma duravel incompreensao.

Nestes processos de aceitacao e integracao, travam-se numerosas batalhas e, por vezes, e dificil a adaptacao a esta novarealidade. Os caininhos que a crianca trilha,perante a nova sih~acao que lhe e imposta, podem servariados. A necessidade de ajudar a crianca a resolver os problemas das experiencias passadas e a manutencao do contacto com os progenitores pode ser essencial para assegurar uma colocacao satisfatoria (Wolkind &

Rushton. , - - - 1994). ,

SegundoM. David (1989) acriancanestas duas primeiras fases poder5 tentar mouopo- lizar toda a atencao de um dos membros do casal de acolhimento, gerahnente a figura feminina desta familia. Neste movimento deproximidade, e tambe&i?equenteigno~aro ouiro elemento que, porvezes, sentindo-se excluido, tem tendencia a retirar-se darelaao.

A

autora tambem refere que,comfrequencia, estas criancas sentem os filhos legitimos desta familia como intnisos e veriposos, assim como tudo o Que se encon&a em redor da mae de acolliimento (e.g., escola,-iocaii de recreio, locais d i tratamento). Deste modo, David (1989) alertaque as familias de acolhimento devem procurar evitarestas relacoes de dependencia excessiva e de superprotecao que a crianca procura obter.

A terceki fase, que os autores intitulam de identificacao afectiva, completa oprocesso e, em geral, tambem nao e pacifico (Laforesirie & Graussard-Trembley, 1980). Os elos fainiliares estreitam-se coniribuindo para a emergencia deconflitos coma familia biologi- ca. Efirauenteestes iovens deseiarem ser adootadosuela familiadeacolhimento.

~ w i k ( 1 9 9 4 ) pr&rou avaliar os efeitos daexperkncia da colocacao familiar no con- tacto das criancas com os seus progenitores. Atraves de entrevistas verificou que a principal prrocupacao referida porestas criancas ejovens consistiano afastamento afectivo dos progenitores. A medida que se prolongava o acolhimento havia tendencia para ocor- rer ummaior espacamentonas visitas euma perda do interesseporparte dos progenitores. SeabraDiniz (1989) tambemdestaca o problema da"duplicacao das figuiasparentais", ou seja, o confroi~to da crianca com dois modelos parentais - os pais bio&c& e os que desempenham as funcoesparentais. O autor postula que este fenomenopode conduzir a

(10)

crianca

a

viver na realidade, e nao apenas na fantasia,

a escolha entre uns pais e outros.

Dos varios estudos realizados com estas criancas, M. David (1989) observou duas posi- coes opostas. Por um lado,

a crianca pode procurar um afastamento dos progenitores,

percebidos como nefastos e facilmente procuram na familia de acolhimento um maior

sunorte. tornando-se naia ela o ambientemais safisfatorio. Em ouosicao, existeum outro

.

,

.

. gnipo dc criancasque,cni gemi, prucii1o cviiarum rclacioria~~ientoproxiinocoiii n mic dc acolliiiiieiiio, seniintloque esta podc por eni risco o tlesaparcciinento d a sua mic biologi- ca. E comnm nestes casos surgirem crises sucessivas, com manifestacoes constantes de agessividade em direccao a familia de acoliimento, alternadas por estados depressivos.

O eshido realizado por Salahu-Din e Bollman (1994), que incluiu 1 16 jovens, com idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos de idade, pemitin concluir que a manuten- cao de relacoes positivas com as duas familias pode facilitar o desenvolvimento deuma identificacaopositiva com os progenitores e contribuirparaum aumento da auto-estima destes jovens.

Varios autores argumentam que acontinuidade dos contactos entre as criancas e as familias naturais possibilita um conhecitnento sobre as suas origens, facilitando os pia- cessos de identidade, e oferece apossibilidade de um suporte mais organizador qual ocoue arecolocacao desta criancana sua familia de origem (Berridge & Cleavei; 19 Thobum&Rowe, 1988;Wokd &Rushton, 1994). Contudo, e inipoitante ter emconside- racao que estes contactos exercem diferentes efeitos sobre as criancas, dependendo de multiplos factores como:

a

natureza e

o

contexto do contacto;

a idadedo desenvolvimento

e apersoualidade dacrianca; o tipode colocacao familiar; arelacao que se estabelece entre

os progenitores da ciianca e a familia de acolhimento.

Assim, este problemanao se coloca apenas a crianca, mas pata ambas as familias. Para a famllia de origem,

a separacao de um filho pode ser vivida com sentimentos de culpa,

devido a sua incapacidade pala educara crianca. Paranegaou diminuir esta culpabilidade sao frequentes as atribuicoes de todos os tipos de defeitos a familia de acolhimento, que contnbuempam anmentar

a tensao que se vive entre as familias (Gimeno, 1996).

O casal de acolhimento tambimpode afastar da crianca

a familia biologica, durante o

tempoquea crianca Ihes econfiada, justificando esta atitude devido asmanifestacoes de desadaptacao da crianca durante e apos as visitas dos seuspais (Laforestrie e Graussard- Tremble~ , , 1980).

Gilliga~i (1996) procurou idcntificar os pmblciiiasqiic atas hi~iilias~ti.,ivcssaiii tlnniii-

tc iodo o percurso de colocacao faniiliar. Verificaram qne, cmbora ;i iniiioria dos casais I

sentisse satisfacao com o papel qne desempenhava, muitas familias apresentavam gran- des dificuldades. De salientar aspreocupac6es com o snporte tecnico e administrativo;

a

possibilidade semprepresente de serem separadas das criancas que estao a seu cuidado, surgindo muitas vezes desejos de

as adoptarem; eproblemas no relacionamento com

a

familia biologica da crianca. Gimeno (1996) tambem considera que o problema mais

(11)

frequente para a familia de acolhimento ocoireapos o estabelecimento de fortes vinculos afectivos com o menor, devido apossibilidade de um dia se sepaiarem.

Investigacoes sobre as perturbacties decriancas ejovens na situacao deCoIocacao Familiar

Umconiunto diveisificado de investiaacoes tem orocuirido avaliar o imvacto da colo- cac50 das ckinca~ em familiils de acolh&i&o.

uni

anigo de rcvisao,

&

nbningcu I3 iiivesli~ncbes A viihlicadas eiitrc 1974 e 1994. Pilowskv (1995) verilicoii uiic a 1n:iioria dos estudosrevelavam queapresenca depeiturbacoesp~C'ologicas em criancas inseridas em familias de acolhimento, era bastante elevada, mesmo quando comparadas com criancas que tiveramum passado de privacoesprecoces. Osproblemas mais predominantes sao as perturbacoes do comportamento (e.g., agessividade, roubo, comportamentos de oposi- cao, fugas, hiperactividade). Pilowsky (1995) sugere que factores sociais, psicologicos e biologicos contribuem para a vulnerabilidade destas criancas a psicopatologia.

Estudos realizados noutros contextos culturais tambem sublinham a wlnerabilidade destas criancas para oerturbacoes osicoloaicas. Em Israel, uma investigacao conduzida

. .

por ~eiibeni;lii~ e ~ ~ s e m i i i n (1995), cstiidOii a situacao dc 590 criaiicas,~iiireiime dezoi- to anos de idade, colocadas cni familins de acolliiinenio. Os rcsiihados dctcciariiiii alguns casos de graves como a delinquencia, a toxi~ode~endencia ou fugas de c&, e tambemproblemas de identidade, baixa auto-estima e dificuldades deaprendizagem.

M.David(1989) % ,

observouauemuitasc~ancas.emsituacaodeCo1ocacaoFamiliai:nao

.

,

gostam dc ser iiiterrogatlas sobrc a sua Iiistoria, li50 colocam quesioes sobrc a sua situn- cao oii sobrco seu Fuiiiro. Manifcsiam-sc iiidifcrcntcs ou ate violentas ao ser abordada a sua historia. E como se procurassem ignorar ou esquecer o passado e o futuro fosse impossivel de couceber. Rouyer (l985)realizouum estudo com criancas, entre os 3 e os 6 anos, colocadas em familias de acolliimento, tendo observado alguns comportamentos que considera prejudiciais ao desenvolvimento destas criancas, nomeadamente, a nao &balizac?io dos~eussentimentosdetristeza ou prazer, as constantes passagens aoacto eas &quentes somatizacoes. A escola e, em geral,pouco investida evivida com poucoou nenhum interesse.

Um vasto conjunto de investigacoes sugere que a complexidade das perturbacoes destas criancas e jovens e a combinacao com um suporte inadequado, conduz, muitas vezes, as familias de acolhimento a exaustao emocional e conseqnente rejeicao destes jovens. Fanshe1,Finscb e Grundy (1989) estimaram que, aproximadamenteuinterco das criancas inseridas em familias de acolhimento, nos Estados Unidos, sao submetidas a ir& ou mais colocacoes e que este numero e substancialmentemais elevado nos adolescentes (i.e., sete a dez colocacoes). Namaioria das vezes, estes jovens sao colocados em peque- nos lares residenciais, apos terem sido removidos da Colocacao Familiar, devido aos problemas que apresentam (Fanshelet a]., 1989; Wells, 1991).

Resultados diferentes foram obtidos em outros estudos. Fanshel e S l i m (1978) con- duziramum estudo longituduial, com criancas inseridas em familias de acolhimento e

(12)

verificaramque, apos cincoanosdepermanencianestas famiiias, ossintomas disfuncionais dllnmuiramsignificativamente. Estes resultados sugeremque, se for oferecido as criancas um meio familiar estavel e de boa qualidade os problemas originais, que emergem logo apos a separacao da familia biolbgica, tem tendencia a desaparece^

O recurso"ColocacEio Familiar": que futuro?

Actualmente alguns estudos evidenciam as potencialidades e os limites de inteiven- coes nas familias de acolhimento.

Nas ultimas duas decadas. os oromarnas de intervencao em familias de acolhimento tem incluidouma componente te&&tica activa. ~uito~destes~rogramas deiratamento esoecializado lidam com criancas com vroblemas comportamentais e emocionais (c'hamberlain&~eid, 1991).

Em temos de intervencao, defende-sca necessidade deum irabaiho inultidiscipliar, em aue os diversos intervenientes. nomeadamente os osiauiatras. os vsicbloaos. os as- ' , .

.

- .

sis&tes sociais e os professoirs dCver8o ser facilitadores da coiniiiiicncao (Cliniiiberlain

62 Reid. 1994: Gimeno. 1996: Kates, Jolnison. Ilnder & Stricdcr, 1991 ;'hvian, 1991 . ).A interve&o deve oco& a&el individual, familiar e comunitarik.

Tratatido-se de jovens em risco psicossocial, emerge a necessidade de prevencao atraves de uma analisepsicolbgica destas criancas e, quando necessario, reconer autn hatamentopsicologico individualizado, A intervencao do psicologo coma criauca ou com o jovernpoderh inscrever-se ao nivel deuma psicoterapia de apoio e de aconseihamento sobre problemas concretos de natureza pessoal, familiar, profissional, gnipo de jovens, no sentido devromoveruma boa adavtacao psicossocial, facilitando os processos deauto- nomia e deprepai;icaoparaumavida&de~endente. ~liamberlaui e R e 2 (1994) enfatizam que apsicoterapia dos jovens deve focalizar-se nas relacoes inteipessoais, estrategias de auto-controlo da agressividade e de resolucao de problemas.

Moore e Chamberlain (l994)desenvolverain uni programa de tratamentopara adoles- centes que fomm inseridos em familias de acolhimento e que apresentavam graves peitur- bacoes ~mocionaise ~om~oiiarnentais. ~aseando-senu&odelo comunita20, os autores propoem a estas familias ejovens, consultas comprofissionais especializados, para trata-

mentoindividualizadoetemia familiar. Consideram essencialummaior envolvimentoaor

pai tc d:i escola. Analisar os problcmas destas criancas ejovciis, tendo apcnas cm consi-

de~icio as dinhicas Iaiiiili;ires, vode tomar-sc redutor para nma intcrvendo maisefic;ii.

ates

ecolaboradores (1991jpropoem queaintei~ncao terapeuticanao se reduza perspectiva individual da crianca, mas deve ter em consideracao todo o sistema familiar que arodeia. Sublinhamanecessidadedeclarificar os papeis de cada participantede modo apermitir a crianca saber quem e.

Twigg (1991) sustenta que os servicos sociais que dao formacao e apoio as familias de acolhimento devemconsideid-Ias, nao como merosclientes de umprograma de foimacao, mas como companheiros deequipa, favorecendouma rede decomunicacao entre a equipa

(13)

de profissionais e a familia. Os programas devem ser adaptados as sihiacoes reais e problemas especificos de todo o sistema familiar que envolve o menor, durante todo o ciclodeacolhimento (Guneno, 1996).

Urge assim influir rias iiiteraccoes familiares, atraves de uma disponibilizacao de su- norte aue deve. em certos casos. assumir uma inteivencao ao nivel do modelo sistemico de terapia famhar.~h;ives de sessoes de terapia familih, comuma analise cuidadosa da sua dinamica. vmcum-se a intemacao de novas redes coinunicativas e uma mudanca nos varios sistemas, com registos r&&exiveis. Outro dos objectivos dos tecnicos queiuter- vem neste processo relaciona-se coma facilitacao da comunicacao entre a familia natural e a familia de acolhimeuto.

Biehal e Wade (1996) sublinham a necessidade de um continuo contacto entre ainbas as familias e deum acomvanhatneuto vsicolonico aue facilite a interaccao. Pelo facto da

- .

relacao quese estabeleceentre a crianca e o casal que a acolhenunca dever substihiir a relacao com a mae biologica na sua totalidade, decorre a necessidade de preservar a continuidade das ligacoes com os progenitores, particularmente com a mae, durante o tempo que a ciianca viveua familia de acollumeiito.

De acordo comGimeno (1996), as accoes quese desenvolvemcoma familia de oilgem nao devem liinitailse aos apoios economicos mas ao desenvolvimento de programas de fonnacao que possibilitem um clima adequado a futura re-introducao do menor nesta familia. Porem, os esforcos que tem sido idizados paraizintroduzir a crianca ou ojovem na sua familia de origemnao tem obtido resultados satisfatorios. Slaght(1993) considera que arecolocacao prematura, compoucapreparacao,pode aumenta o risco da dissolucao familiar e esta situacao de instabilidade pode resultar em problemas emocionais, comportamentais e educacionaispara a crianca.

Levin (1992) desenvolveu no Caiiada, umprograma de apoio e de fonnacaopara fami- lias que colocarain os seus filhos em acolhimento, com oprincipal objectivo de impedir a separacao definitiva entre os menores e a sua familia biologica. Para o efeito o programa procurou incrementar as expectativas de futuro da familia de origem, ajudando-a a reestntturar o seu relacionameuto com o menor e a preparar o regresso do filho a casa. Gillespie, Bymee Worhan(1995) tambem sugerem que se devem desenvolverprogramas intensivos antes de se efectuar de novo a introducao da crianca ou dojovemnasua familia tiatural. O nroeiama deve incluir um treiuo e aooio a ambas as famllias. auevisenma maior

.

" , z

aproximacao entre as familias e um aumento na fiequencia das visitas dosprogenitores. Paralelamenteaos modelos de intervencao clinica e familiar, sao tambem importantes os de intervencao social e educacional, abrangem areas de prevencao, edicacao e suporte social.

Relativamentea areas denrevencao orimaria toma-se necessario efectuar um tiabalho

.

A

precoce no ambito da saude matema e infantil. A nivel psicologico destacam-seos aspec- tosrelacionadoscoma emvidezdamae. a formacomo a familianaturalencamamatemida- dc c patcriiidnde, uni k u d o aprofun;lado sobre o desenvolviinciito tla crianca e nina observac~o da aualidade nas inleraccoes dihdicas. Sabelido c~uc ccrtas circunslaiicias adversas, tais como o desempizgo e apobrezapodem contribu&pa~a que osprogeuitores abandonem as criancas ou as entreguem a centros de acolhimento, parececiucialestar Inlen'en$ao Social n021,2W0

(14)

A

investigacao sobre a prevencao e intervencao nestasprobleniaticas e fundamental para que se possa reflectir e aceder complexidade dos factores quemedeiam estas siht- acoes, abrindo caminhos a novos "fazeres", para dar resposta as necessidades destas criancas, jovens e familias, integradas numsisteina alargado. Prevenir eintenirterii senti-

donnmaredemultidisciplinar,numa

cadeiade esforcos que facaumaaiialise das necessi- dades, pmmova accoes de fo~macao e facilite a coinunicacao e n h ~ os varios intervenientes neste piacesso.

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1) o café não se queixa quando deitamos natas em cima 2) uma xícara de café tem bom aspecto de manhã 3) não adormecemos depois de tomar um café 4) pode-se sempre aquecer um café.

M: Por que os homens empurram a cabeça de gente pra baixo quando querem um boquete?. H: Porque se pedir vocês

No carnaval, quando algum cara fantasiado de mulher vem sacanear ele, ao invés de ficar meio constrangido, fica super à vontade, abraçando, alisando o cara, falando que vai