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Federação Portuguesa de Surf: intervenção na Federação Portuguesa de Surf

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Academic year: 2021

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Universidade de Lisboa

Faculdade de Motricidade Humana

Relatório de Estágio

Intervenção na Federação Portuguesa de Surf

Relatório de Estágio elaborado com vista à obtenção do Grau de Mestre

em Gestão do Desporto

Orientador: Professor Doutor Luís Miguel Faria Fernandes da Cunha

Júri:

Presidente

Professor Doutor Miguel António de Almeida Garcia Moreira

Vogais

Professor Doutor Luís Miguel Faria Fernandes da Cunha

Professor Doutor Alcides Vieira Costa

Luís Miguel Ferreira Viana

2018

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Agradecimentos

Concluindo mais uma etapa académica e pessoal, gostaria de expressar os meus agradecimentos por todas as pessoas que me apoiaram e motivaram a continuar o meu percurso.

Agradecer a toda a minha família pelo carinho, afeto e amor incondicional. Por acreditarem sempre nas minhas capacidades e motivarem-me a fazer tudo melhor.

À Federação Portuguesa de Surf pela oportunidade e o apoio. Especial obrigado ao presidente da FPS, João Aranha, ao Coordenador de Etapas Nacionais, Tiago Matos, à responsável do departamento administrativo, Vitória Pereira, e à estagiária, Mariana Pinto, pelos momentos de aprendizagem, trabalho e divertimento.

Aos meus amigos, Pedro, Sara, Rute, Joana, Daniel e Renata por estarem sempre presentes, pela motivação constante, e pela amizade e confiança que me transmitem.

Ao Professor Doutor Luís Miguel Cunha, pela motivação e disponibilidade prestada durante todo o decorrer do estágio.

Ao Professor Doutor Miguel Moreira, pela oportunidade de poder estar na federação bem como o apoio e esclarecimentos realizados.

Ao Exmo. Senhor Rui Santos, consultor e geo-mentor da plataforma ArcGIS no sector da educação, cultura e startup, pelo apoio e aprendizagem transmitida na plataforma ArcGIS. Um grande obrigado a todos!

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Índice Geral

Agradecimentos ... 2

Resumo ... 5

Abstract ... 6

Índice de Figuras e Tabelas ... 7

Índice de Figuras ... 7

Índice de Tabelas ... 7

Lista de Abreviaturas ... 8

Introdução ... 9

Problematização ... 10

Enquadramento na Prática Profissional ... 12

Contexto Legal – Direito ao Desporto ... 13

Macro Contexto ... 14

Desporto – Conceitos ... 14

Organizações e Estrutura - Conceitos ... 16

Federações Desportivas ... 18

Escolas de Surf ... 20

Desporto como Animação Turística ... 20

Conceitos ... 21

Contexto Institucional ... 23

Nível Internacional ... 23

Nível Nacional ... 25

Federação Portuguesa de Surf ... 27

Realização na Prática Profissional ... 31

Conceção ... 32

Identificação e georreferenciação de Instalações Desportivas e Organizações ... 32

Estrutura orgânica da Federação Portuguesa de Surf ... 41

Manual de Procedimentos – Federados ... 43

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Desenvolvimento do projeto – “Qualidade dos serviços prestados pelas escolas de surf /

empresas de animação turística” ... 45

Cooperação na gestão da primeira etapa do Allianz Ericeira Pro... 49

Problemas em estudo nas áreas de desempenho definidas... 51

Atividades, tarefas e ações ... 52

Utilidade das Atividades ... 54

Dificuldades e resoluções ... 55

Conclusão, síntese geral e perspetivas para o futuro ... 56

Conclusões ... 57

Estabelecimento de perspetivas futuras e sugestões a propor ... 58

Referências ... 60

Anexos ... 62

Anexo I: Estrutura Orgânica da Federação Portuguesa de Surf ... 64

Anexo II: Manual de Procedimentos sobre todos os intervenientes da FPS ... 72

Anexo III: Desenvolvimento de dados e classes de dados de qualidade para as escolas de surf ... 80

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Resumo

O presente relatório é o resultado do estágio desenvolvido na Federação Portuguesa de Surf, no âmbito da conclusão do Mestrado de Gestão do Desporto na Faculdade de Motricidade Humana. O estágio deteve um período de 4 meses, começando a 1 de fevereiro de 2017 até 31 de maio de 2017.

O objetivo deste relatório é descrever todas as atividades que foram realizadas e desenvolvidas na intervenção, incluindo a concretização prática dentro das várias atividades, os problemas e dificuldades, bem como as resoluções e soluções encontradas.

Do conjunto de atividades concretizadas destaca-se a georreferenciação dos clubes e escolas de surf de Portugal e a introdução de 200 zonas de surfing. Esta atividade foi desenvolvida através da plataforma ArcGIS, tendo passado inicialmente por um intervalo de preparação da informação para posterior elaboração do mapeamento.

Foram ainda realizadas outras atividades, como a estrutura orgânica da Federação Portuguesa de Surf, um manual de procedimentos para os federados, a criação de dados de qualidade para as escolas de surf, a presença num evento desportivo nacional e o trabalho administrativo.

PALAVRAS-CHAVE: DESPORTO; FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE SURF; DESENVOLVIMENTO DO SURF; CLUBES E ESCOLAS DE SURF; GEORREFERENCIAÇÃO; ARCGIS

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Abstract

This report is the result of the internship developed at the Portuguese Surfing Federation, within the scope of the Master's Degree in Sport Management at the Faculty of Human Kinetics. The internship held for a period of 4 months, beginning February 1, 2017 through May 31, 2017.

The basis of this report is to describe all the activities where an intervention was developed and accomplish, including the practical implementation within the various activities, the problems and difficulties, as well as the resolutions / solutions found.

The set of activities are within the framework of studies, highlighting the geo-referencing of surf clubs and schools in Portugal, as the introduction of 200 surfing zones. This activity was developed through the ArcGIS platform, having initially gone through a range of information preparation for further elaboration of the mapping.

Other activities were also executed, such as the organic structure of the Portuguese Surfing Federation, a manual of procedures for the associates, creation of quality data for surf schools, presence in a national sport event and administrative work.

KEY WORDS: SPORTS; PORTUGUESE SURFING FEDERATION; SURF DEVELOPMENT; SURF CLUBS AND SCHOOLS; GEO-REFERENCING; ARCGIS

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Índice de Figuras e Tabelas

Índice de Figuras

Figura 1- As cinco componentes básicas da organização... 17

Figura 2- Representação do poder hierárquico no Surf Mundial ... 23

Figura 3- Organismos relacionados com a Federação Portuguesa de Surf ... 25

Figura 4- Sede da Federação Portuguesa de Surf ... 27

Figura 5- Organograma da Federação Portuguesa de Surf ... 29

Figura 6 - Ficha de Escolas e forma de contato com a organização ... 33

Figura 7 - Divisão espacial do continente Australiano para mapeamento ... 33

Figura 8- Quadro de pesquisa para as escolas de surf australianas... 33

Figura 9- Mapeamento das escolas, clubes e zonas de surfing em Portugal Continental ... 38

Figura 10- Mapeamento das escolas, clubes e zonas de surfing na Madeira ... 39

Figura 11- Mapeamento das escolas, clubes e zonas de surfing nos Açores ... 39

Figura 12- Tabela de informação sobre a zona de surfing - São Pedro do Estoril ... 39

Figura 13- Tabela de informação sobre a escolas de surf, Pure Emocean ... 40

Figura 14 - Apresentação dos documentos necessários e de notas importantes no caso de um atleta ... 44

Figura 15- Infraestrutura da prova ... 49

Figura 16- Palanque de juízes ... 49

Figura 17- Posto de Beach Marshal na prova... 50

Figura 18- Infraestrutura da prova, parte frontal ... 50

Índice de Tabelas

Tabela 1- Campeonatos Nacionais ... 27

Tabela 2- Circuitos Nacionais ... 28

Tabela 3- Circuitos Regionais ... 28

Tabela 4- Mapeamento das escolas de surf espanholas e francesas ... 32

Tabela 5- Descrição dos campos sobre as escolas e clubes de surf ... 35

Tabela 6- Descrição dos campos sobre as zonas de surfing ... 37

Tabela 7- Apresentação e descrição dos fatores desenvolvidos ... 48

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Lista de Abreviaturas

ANS Associação Nacional de Surfistas COP Comité Olímpico de Portugal

COI Comité Olímpico Internacional

CDP Confederação do Desporto de Portugal ESF European Surfing Federation

FFS Federação Francesa de Surf FES Federação Espanhola de Surf FPS Federação Portuguesa de Surf

FD Fundação do Desporto

IPDJ Instituto Português do Desporto e Juventude ISA International Surfing Association

JO Jogos Olímpicos

LBAFD Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto SA Surfing Australia

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Introdução

O mundo do Surf está em expansão constante. A nível internacional o Surfing tem raízes em diferentes culturas, um exemplo é a Austrália. É de constatar que existem cada vez mais eventos das diferentes disciplinas de surfing por todo o mundo, levando a uma afluência maior às praias de todo o mundo.

Portugal apresenta uma onda de popularidade neste desporto. Este fator está a favor do desenvolvimento das disciplinas de surfing, mas é necessário proporcionar a este uma estrutura conceptual e orientada para que consiga alcançar um crescimento organizado enquanto desporto.

Os intervenientes deste crescimento, tanto institucionais e individuais, são quem transmite o desenvolvimento do desporto. Existem cada vez mais escolas e clubes no nosso país que querem proporcionar a experiência de surf a novos praticantes ou turistas, assim como as pessoas que querem começar a praticar ou a treinar uma ou várias disciplinas associadas ao surfing.

Assim, cabe às organizações com mais poder e competências, regular e direcionar todos os intervenientes neste contexto para o melhoramento progressivo de todas as disciplinas, começando com o praticante até ao atleta de alto-rendimento.

Com isto, o surfing precisa de organizações capazes de saber direcionar todos os seus intervenientes para uma perspetiva de melhoramento e planeamento estruturante para este desporto de ondas seja capaz de se desenvolver.

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Problematização

Com a realização de uma intervenção direta na Federação Portuguesa de Surf foram determinados vários problemas.

O primeiro problema em estudo é endereço de localização das organizações associadas à FPS. Muitas destas organizações exibem um endereço que não indica a localização exata onde se realiza a atividade, mas sim um endereço de habitações particulares ou mesmo garagens. O segundo problema apresentado para estudo é determinar os objetivos futuros, ou planos a longo prazo, da FPS. É essencial para qualquer organização, desportiva ou não, estabelecer os seus objetivos a curto, médio e longo prazo.

O terceiro problema é definido pela falha na transmissão de informação para os intervenientes associados acerca do processo federativo.

Estes problemas devem ser vistos como uma oportunidade para a federação criar valor para a mesma. Assim sendo, foram determinados neste estudo, três formas de materializar a expressão destes três problemas, através da:

1. Localização precisa das entidades associadas, clubes e escolas de surf, à FPS; 2. A inexistência de uma visão organizacional;

3. Falta de informação, para os intervenientes associados ou que se querem associar, sobre o processo federativo.

Na problematização não estão só os aspetos que foram abordados neste relatório, mas sim questões que levaram ao desenvolvimento do mesmo. Foram ainda realizados trabalhos em outros assuntos que não os mencionados na problematização.

No início do estágio, foram propostos objetivos dirigidos a dois níveis: a georreferenciação de todos os clubes e escolas de surfing inerente à Federação Portuguesa de Surf, assim como desenvolvimento um método para monitorizar a qualidade dos eventos desportivos delegados pela FPS.

No decorrer do estágio, tendo anteriormente detetado lacunas, surgiram alterações nas prioridades dos objetivos, deixando a criação de um método para monitorizar a qualidade dos eventos desportivos delegados pela FPS.

Foram introduzidos nos objetivos de estágio a estruturação de uma visão organizacional, a criação de manual de procedimentos sobre o processo federativo, e desenvolvimento do

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projeto “Qualidade dos serviços prestados pelas escolas de surf / empresas de animação turística”.

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Contexto Legal – Direito ao Desporto

O desporto é uma das atividades de forte expressão social mais reguladas. A atividade desportiva está subordinada a regras, sejam elas normas legais ou regulamentos, desde os movimentos essenciais da prática desportiva à máxima regulação da atividade, no plano nacional, passando pelos diferentes aspetos administrativos, competitivos, estruturais, organizacionais (Direito do Desporto, 2017, pág.13).

Nos artigos 70º e 79º, juventude e cultura física e desporto respetivamente, da Revisão da Constituição da República Portuguesa em 2005, demonstra exatamente o direito ao desporto. No artigo 70º, é mencionado que os jovens gozam de proteção especial para os diferentes tipos de direitos, na qual é referido no ponto 1, alínea d), “Na educação física e no desporto” (Revisão da Constituição da República, 2005, pág.24), dando assim importância ao desporto como meio de efetivação desses mesmos direitos. Já no artigo 79º, é citado que “todos têm direito à cultura física e ao desporto”, todos os cidadãos portugueses, incumbido “ao Estado, em colaboração com as escolas e as associações e coletividades desportivas, promover, estimular, orientar e apoiar a prática e a difusão da cultura física e do desporto” (Revisão da Constituição da República, 2005, pág. 27).

Já na Lei de bases da atividade física e do desporto de 2007, o artigo 7º que remete para o desenvolvimento do desporto, número 1, na qual “incumbe à Administração Pública na área do desporto apoiar e desenvolver a prática desportiva regular e de alto rendimento, através da disponibilização de meios técnicos, humanos e financeiros e exercer funções de fiscalização” (Lei de bases da atividade física e do desporto, 2007, pág. 2).

Juntamente com a Administração Pública na área do desporto funciona o Conselho Nacional do Desporto bem como a Autoridade Antidopagem de Portugal, com determinadas funções de controlo, como é referido no número 2 e 3 do mesmo artigo.

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Macro Contexto

Desporto – Conceitos

Para fazermos uma abordagem da nossa intervenção do domínio do desporto, particularmente na Federação Portuguesa de Surf, entendemos como necessário um esclarecimento sobre o próprio conceito de desporto, de modo a que a modalidade de surfing, encontre um enquadramento adequado.

Segundo Garcia, conforme o seu livro Antropologia do Desporto: O reencontro com Hermes a definição de desporto “tem que possuir duas características primárias: ser abrangente e, qual paradoxo, limitativa. Abrangente pois deve considerar tudo aquilo que lhe diz respeito. Limitativa dado que tem de excluir do seu enunciado tudo que não faça parte do seu próprio universo” (citado por Ávila, 2014, pág. 9).

Jean Marie-Brohm considera o desporto um sistema institucionalizado de práticas competitivas delimitadas, reguladas, codificadas, e regulamentadas convencionalmente, cujo objetivo é encontrar o melhor atleta ou registar o melhor desempenho.

Todos estes conceitos referidos demonstram a importância que o desporto teve no passado, e como ele deve ser desenvolvido futuramente. Todos estes autores remetem para um pensamento de criação de estruturas para o desporto, de forma a que este conceito não seja confundido com outro conceito.

O desporto tem um papel, não só no bem-estar físico, mental e social, mas também no alcance de objetivos pessoais e organizacionais. Pessoais, no que diz respeito à auto-realização1, que

possibilita desenvolver potencialidades de cada ser humano através das mais diversas atividades. Organizacionais, relativamente às suas realidades competitivas, paradoxais, conflituosas e alienantes. O facto de uma organização quer alcançar mais títulos e triunfos perante outras, seja a nível nacional ou internacional, deve ser visto positivamente, na medida em que não se “alimente” dos seus atletas, deixando de parte as necessidades do mesmo, e só ponha em causa a sua egocentricidade.

O conceito de Jean Marie-Brohm, anteriormente referido, demonstra uma vertente mais rigorosa do que é o desporto. Num lado mais institucional do desporto, este conceito leva-nos a relacionar com as organizações desportivas, particularmente as federações desportivas, que têm objetivos similares. São as federações que regulamentam e desenvolvem as diferentes modalidades que abrangem e detêm a responsabilidade pelas seleções nacionais, com o

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objetivo de encontrar os melhores atletas para representar Portugal e alcançar o melhor desempenho.

Segundo o artigo “O Sentido da Gestão do Desporto” por Pires (2016), o desporto moderno “está a multiplicar-se em variadas práticas que obrigam, de forma singular, a responder às novas e diferentes necessidades sociais”.

Para definir desporto é necessário ter em consideração os elementos constituintes das cinco componentes identificadas por Pires (2007).

• Componente lúdica – “competição; sorte; simulacro; ordem; desordem; vertigem”. • Componente agonística – “agressividade; tensão; supercompensação do

complemento; supercompensação de superação; exibicionismo; frustração.” • Componente do movimento – “força; velocidade; resistência; flexibilidade”

• Componente institucionais – “memórias; sistemas de valores; sistemas de interesses; o ilegal; as tradições; o legal”.

• Componentes do projeto – “uma ideia de projeto é de fundamental interesse para a definição de desporto sob pena do próprio desporto se transformar num instrumento de alienação de massas”. Esta ideia de projeto requer que haja uma ideia de futuro; o contexto; objetivos; estratégias; programas; recursos matérias, humanos e financeiros; execução e correções.

Estas cinco componentes determinam a ideia de desporto, não perdendo os seus aspetos fundamentais nem abicando de princípios e conteúdos teóricos.

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Organizações e Estrutura - Conceitos

Realizando uma abordagem centrada nas organizações e nas suas estruturas, Morgan (1986, pág. 22), define o conceito como “sistemas vivos, que existem numa envolvente mais vasta, da qual dependem para a satisfação das suas diversas necessidades”.

Já Scott (1987, pág. 22), explica este conceito como “coletividades orientadas para a procura de objetivos específicos, as quais exibem estruturas sociais com uma formalização relativamente elevada”.

Weick (1979, 1993, pág. 22) esclarece o conceito duas vezes, em 1979, na qual é um “corpo de pensamento pensado por pensadores pensantes” e em 1993, que é um “grupo de grupos, um conjunto de condições variáveis, ou uma federação de subculturas”.

No desenvolvimento do conceito de estrutura organizacional, Bolman & Deal (1991, pág. 561-562), baseiam-se em premissas que auxiliam a compreensão do conceito. Premissas essas que são:

• As organizações existem para alcançar objetivos;

• A estrutura de cada organização deve ser desenhada e implementada de forma a ajustar-se às características especificas dessa organização;

• As organizações tendem a funcionar melhor quando a incerteza é controlada por um conjunto de normas elaboradas com a finalidade precisa de evitar a ambiguidade; • A especialização facilita a obtenção de níveis elevados de desempenho,

nomeadamente por proporcionar a cada individuo o conhecimento das suas atribuições;

• A eficácia não pode ser alcançada sem a adequada coordenação e controlo das atividades individuais;

• Os problemas organizacionais resultam, frequentemente, de estruturas pouco apropriadas às necessidades da organização.

Segundo Mintzbert (1995, pág.37 a 53), as organizações são descritas em função dos diversos mecanismos de coordenação que utilizam. O autor menciona ainda que as organizações contêm cinco componentes básicas, como representado na figura 1.

• Centro Operacional – Encontram-se os operacionais que “executam o trabalho básico da organização” como “as atividades de input, processamento, de output, e de apoio direto, associadas com a produção dos produtos ou dos serviços”.

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• Linha Hierárquica – É a ligação entre o centro operacional e o vértice estratégico “pela

cadeia de quadros da linha hierárquica com autoridade formal”.

• Vértice Estratégico – Topo de comando da hierarquia, na qual fazem todos os “membros encarregados da responsabilidade global da organização”, assim como “qualquer quadro dirigente cujas responsabilidades sejam globais”. Tem como objetivo “assegurar que a organização cumpra a sua missão eficazmente”.

• Pessoal de Apoio – São funções que apoiam indiretamente o trabalho básico do centro operacional, não intervindo no seu fluxo de trabalho. Podem fazer parte desta componente, o departamento jurídico, investigação e desenvolvimento, assim como a cafetaria, entre outros.

• Tecnoestrutura – Composta por “analistas de controlo da tecnoestrutura” que “efetuam a estandardização na organização” permitindo assim que organização se adapte ao ambiente que está envolvida.

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Federações Desportivas

As Federações Desportivas são reconhecidas como “pessoas coletivas constituídas sob a forma de associação sem fins lucrativos que, englobando clubes ou sociedades desportivas, associações de âmbito territorial, ligas profissionais, se as houver, praticantes, técnicos, juízes e árbitros, e demais entidades que promovam, pratiquem ou contribuam para o desenvolvimento da respetiva modalidade”. (Lei de bases da atividade física e do desporto, 2007, pág. 5)

A presente legislação ainda estabelece dois tipos de federações desportivas, as unidesportivas e multidesportivas.

São unidesportivas “as que englobam pessoas ou entidades dedicadas à prática da mesma modalidade desportiva, incluindo as suas várias disciplinas, ou o um conjunto de modalidades afins ou associadas.” (Lei de bases da atividade física e do desporto, 2007, pág. 5)

São multidesportivas “as que se dedicam, cumulativamente, ao desenvolvimento da prática de diferentes modalidades desportivas, em áreas especificas de organização social, designadamente no âmbito do desporto para cidadãos portadores de deficiência e do desporto no quadro do sistema educativo.” (Lei de bases da atividade física e do desporto, 2007, pág. 6)

Desta forma, o que distingue os tipos de federações desportiva2, é a existência de um traço

comum de organização social, bem como a possibilidade da prática de diferentes modalidades desportivas pela aludida organização3.

As federações desportivas têm direitos desportivos exclusivos que mais nenhuma organização consegue alcançar. São esses direitos, a atribuição dos “títulos desportivos, de nível nacional ou regional”, bem como a organização de seleções, estando descrito estritamente no número 1 do artigo 16º da LBAFD.

Definido por lei está ainda os direitos e deveres das federações desportivas. Segundo o número 1 do artigo 13º do Decreto-Lei nº248-B/2008, de 31 de dezembro, intitulado de Regime jurídico das federações desportivas e as condições de atribuição do estatuto de utilidade pública desportiva, “as federações desportivas têm direito, para além de outros que resultem da lei:

2 O Novo Regime Jurídico das Federações Desportivas: Anotado e Comentado (2016). p.40 3 Decreto-Lei nº248-B/2008 de 31 de dezembro – (Regime jurídico das federações desportivas).

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a) À participação na definição da política desportiva nacional;

b) À representação no Conselho Nacional do Desporto; c) Às receitas que lhes sejam consignadas por lei;

d) Ao reconhecimento das seleções e representações nacionais por elas organizadas; e) À participação nos organismos internacionais reguladores da modalidade;

f) Ao uso dos símbolos nacionais;

g) À regulamentação dos quadros competitivos da modalidade; h) À atribuição de títulos nacionais;

i) Ao exercício da ação disciplinar sobre todos os agentes desportivos sob sua jurisdição; j) Ao uso da qualificação «utilidade pública desportiva» ou, abreviadamente, «UPD», a

seguir à sua denominação.”

De acordo com a legislação4 anteriormente referida, e para desenvolver o tema em torno das

federações desportivas, é obrigatório mencionar o conceito de Utilidade Pública Desportiva (UPD).

Este conceito está descrito para as federações desportivas como “a competência para o exercício, em exclusivo por modalidade ou conjunto de modalidades, de poderes regulamentares, disciplinas e outros de natureza pública, bem como a titularidade dos direitos e poderes”. (Lei de bases da atividade física e do desporto, 2007, pág. 7).

É complementado ainda que uma federação que alcance este estatuto “fica obrigada, nomeadamente a cumprir os objetivos de desenvolvimento e generalização da prática desportiva, a garantir a representatividade e o funcionamento democrático internos, bem como a transparência e regularidade da sua gestão. (Lei de bases da atividade física e do desporto, 2007, pág. 7).

4 Lei nº5/2007 de 16 de Janeiro – (Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto), Estatuto de utilidade

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Escolas de Surf

A Federação Portuguesa de Surf define no seu projeto de certificação de escolas de surf o respetivo conceito, deste modo: “Consideram-se escolas de Surf, Bodyboarding, Kneeboarding, Longboarding, Skimboarding, Stand Up Paddling (SUP) e Tow in/ Tow out todas as estruturas profissionais ou amadoras pertencentes a pessoas, clubes, autarquias, escolas ou outras Instituições públicas ou privadas onde se proceda ao ensino e/ou treino de Surf, Bodyboarding, Kneeboarding, Longboarding, Skimboarding, Stand Up Paddling (SUP) e Tow in/ Tow out. As escolas podem ser caracterizadas em função dos tipos de atividades, de acordo com o nível de prática, que podem ser apresentadas isoladamente ou em conjunto:

• Iniciação – é abordado o nível introdutório, onde se aprende a deslizar nas ondas e se inicia a autonomia para possibilitar uma prática livre;

• Desenvolvimento desportivo – é abordado o nível intermédio e avançado, onde se ganha autonomia e aprende as manobras a realizar na parede e no topo da onda, iniciando-se o processo de treino com desejável passagem para a competição;

• Experiências e batismos de surfing – é possibilitado o primeiro contato com a modalidade, permitindo ao cliente ficar com uma ideia dos benefícios da atividade, das necessidades de segurança e qual a sua disponibilidade para este tipo de prática.

Relativamente à estrutura de apoio à atividade, as escolas podem ser itinerantes, com licenças de exercício da atividade em várias praias, ou fixas quando a atividade é numa única praia. Estas últimas podem ou não ter instalações.” (Federação Portuguesa de Surf – Projeto de Certificação de Qualidade para Escolas de Surf, 2017, p.2)

Desporto como Animação Turística

No âmbito de um entendimento exato da natureza das modalidades diretamente relacionadas com a entidade na qual foi realizado o estágio, a presença de legislação auxilia, considerando os desportos de natureza como atividades de animação turística. São definidas pelo teor do artigo nº3, Decreto-Lei 95/2013, de 19 de julho, que estabelece as condições de acesso e de exercício da atividade das empresas de animação turística e dos operadores marítimo-turísticos, onde é referido que “as atividades lúdicas de natureza recreativa, desportiva ou cultural, que se configurem como atividades de turismo de ar livre ou de turismo cultural e que tenham interesse turístico para a região em que se desenvolvem”.

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Conceitos

Segundo o regulamento do plano de ordenamento da orla costeira (POOC) Sintra-Sado, (Diário da república – 1 Série-B nº144 de 25 de junho de 2003, pág. 3633 a 3661) é possível incluir termos que têm mais incidência no contexto abordado. Existem termos mencionados que podem ser entendidos como sinónimos dada a sua semelhança, sendo realizada a distinção dos mesmos abaixo.

Costa – O termo de costa é encontrado como “a faixa de superfície terrestre que se encontra

em contacto entre as terras emersas e o mar ou o oceano” (Gomes, 2014, pág.16).

Litoral – O conceito de litoral é definido como a “faixa do continente que está em contacto

com o mar, ou com fenómenos característicos dessa área. Outros autores restringem o litoral à faixa entremarés, outros estendem-no para o interior, por um espaço cujos limites nem sempre são fáceis de definir e para o largo pela linha de rebentação das ondas” (Gomes, 2014, pág.17).

Zona Costeira – Pode ser definido como a “porção de território influenciada direta e

indiretamente em termos biofísicos pelo mar (ondas, marés, ventos, biota ou salinidade) e que pode ter para o lado de terra largura tipicamente de ordem quilométrica e se estende, do lado do mar, até ao limite da plataforma continental”. (Ministério do Ambiente do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Social, 2007, pág.37)

Praia – De encontro com este conceito, a legislação portuguesa, no Decreto-Lei nº 159/12, de

24 de julho, define praia marítima como a “subunidade da orla costeira constituída pela margem e leito das águas do mar, zona terrestre interior, denominada «antepraia», e plano de água adjacentes”.

Frente de praia5 – É o “comprimento da faixa de areal sujeita a ocupação balnear”.

Areal6 – é uma “zona de fraco declive, contígua à linha máxima de preia-mar de águas vivas equinociais, constituída por depósitos de sedimentos, tais como areias e calhaus, sem ou com pouco vegetação, e formada pela ação das águas, ventos e outros agentes naturais e artificiais”.

5 Resolução do Conselho de Ministros nº86/2003 de 25 de junho - artigo 4º, alínea mm. Disponível em: https://dre.pt/application/conteudo/692252

6Resolução do Conselho de Ministros nº86/2003 de 25 de junho - artigo 4º, alínea q. Disponível em:

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Zonas de surfing – Esta expressão foi criada para a introdução dos locais onde se realiza a

prática das diferentes modalidades de surfing no mapeamento das mesmas. Desta forma, zona é uma “área” que poderá ser “qualquer porção da superfície da Terra”. A palavra “surfing”, sendo um estrangeirismo, é uma modalidade que consiste no deslize na parede das ondas, numa prancha, em direção à praia (Moreira, 2009). Foi utilizado o estrangeirismo na expressão devido à futura possibilidade de os leitores equivocarem-se, sendo zonas de surfing, abrangendo as disciplinas, como o bodyboard, longboard, entre outras inerentes à FPS.

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Contexto Institucional

Nível Internacional

A nível internacional o Surf apresenta uma hierarquia e divisão de poder mundial, europeu e nacional, conforme representado na figura 1. Esta figura, de forma triangular, facilita a compreensão da posição de cada organização perante o Surf. Estas organizações regulamentam o Surf, na região à qual são abrangidas, e devem ser descriminadas de forma a existir um maior conhecimento sobre as mesmas.

Figura 2- Representação do poder hierárquico no Surf Mundial

A International Surfing Association é a organização, a nível mundial, que administra e define o Surf e todas as vertentes relacionadas, como o surf em Shortboard, Longboard e Bodyboard, Stand-Up Paddle (SUP), Bodysurfing, Wakesurfing, e todas as outras atividades de deslize nas ondas em qualquer tipo de onda, e em águas paradas utilizando o equipamento para o Surf. Tem a principal missão de melhorar o mundo com o Surf. É reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional (COI) como a Autoridade Governamental Mundial do Surf (World Governing Authority for Surfing).

É responsável pela regulamentação sobre todos os assuntos relacionados com a prática de todas as modalidades que abrange, seja das normas de instrução de treinadores7 e juízes8,

7Judging & Officiating (2017). Disponível no website da International Surfing Association em: http://www.isasurf.org/development-programs/judging-officiating/

International Surfing

Association

European Surfing

Federation

Federação

Portuguesa de Surf

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critérios de anti-doping9 “fully supports the position of the International Olympic Committee

and World Anti-Doping Agency (WADA) against the use of banned substances and methods.”, bem como a organização de provas mundiais10 nas diferentes vertentes do surf, tais como:

• ISA World Surfing Games;

• VISSLA ISA World Junior Surfing Championship; • ISA World SUP and Paddleboard Championship; • Stance ISA World Adaptive Surfing Championship; • ISA World Longboard Surfing Championship; • ISA World Masters Surfing Championship; • ISA World Bodyboard Championship; • ISA World Kneeboard Championship.

A nível europeu existe a European Surfing Federation. Regulando-se pela ISA, cabe à ESF, promover11 todos os interesses do surf de todas as formas em todos os países da Europa. A

ESF, distinguindo-se da ISA, faz uma aproximação em cada país de forma a expandir e encorajar a formação de organizações, promover a segurança no surf e desenvolver métodos e estratégias para treinadores e juízes bem como a sua formação.

É responsável pela atribuição dos títulos de campeões europeus como dos tours de surf (European Tour of Bodyboard, European Tour of Surf, European Tour of Longboard, EuroSUP e ainda o EuroSurf).

A Federação Portuguesa de Surf está representada na figura 1, como a base a nível internacional, onde existe uma ligação direta com os intervenientes das modalidades de surfing portugueses. Assim é da responsabilidade da entidade a realização de um ajustamento de todos os regulamentos e critérios desenvolvidos pelas organizações internacionais de acordo com as leis e normas do país.

8 Coaching & Instructing Overview (2017). Disponível no website da International Surfing Association

em: http://www.isasurf.org/development-programs/coaching-instructing/

9 Anti-Doping Rules (2015). Disponível no website da International Surfing Association em: http://www.isasurf.org/wp-content/uploads/downloads/2015/04/2014-12-16-ISA-2015-AD-rules-FINAL.pdf

10 2017 Calendar (2017). Disponível no website da International Surfing Association em: http://www.isasurf.org/events/calendar/

11Mission Statement and Brief History (2017). Disponível no website da European Surfing Federation em: http://www.eurosurfing.org/index.php/esf/about-esf

(25)

25

Federação

Portuguesa

de Surf

Instituto Português do Desporto e Juventude Comité Olímpico de Portugal Confederação do Desporto de Portugal Fundação do Desporto

Nível Nacional

As federações desportivas situam-se no topo da hierarquia da estrutura desportiva de uma modalidade, gozando de um especial posicionamento juntos das organizações desportivas internacionais onde se inserem e onde representam os seus membros nacionais, constituindo, sem margem de dúvida, o principal interveniente do sistema desportivo português12.

A nível nacional existem várias entidades que atuam de forma a auxiliar/apoiar a FPS, são as de mais: o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), a Fundação do Desporto (FD), o

Comité Olímpico de Portugal (COP) e a Confederação do Desporto (CDP).

O IPDJ13 é uma entidade que “tem por missão a execução de uma política integrada e

descentralizada para as áreas do desporto e da juventude, em estreita colaboração com entes públicos e privados, designadamente com organismo desportivos, associações juvenis, estudantis e autarquias locais”. Intervém na promoção geral do desporto, na prática desportiva regular e alto rendimento, auxiliando assim nos meios técnicos, humanos e financeiros. Esta entidade é responsável pelo desporto federado, desporto para todos, e pelas certificações de formação bem como das entidades formadoras. A certificação de formação relacionado com contexto em questão é o curso de treinador de surfing – grau I, e o curso de treinador de surf – grau II. O primeiro grau do curso de treinador é geral, os temas envolventes

12O Novo Regime Jurídico das Federações Desportivas: Anotado e Comentado (2016). p.10

13 Missão e Atribuições (2017). Disponível no website do Instituto Português do Desporto e Juventude

em: https://www.ipdj.pt/missao.html

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26

distribuem-se pelas diferentes modalidades de surfing e assim dar um conhecimento abrangente nas respetivas áreas. No segundo grau, o curso é específico de uma disciplina de surfing, desta forma é dado ao formando um conhecimento aprofundando sobre a disciplina escolhida pelo mesmo.

O COP funciona em apoio da FPS para todos os assuntos relacionados com os Jogos Olímpicos. Com a aprovação da modalidade de surf no leque de modalidades para os JOs de 2020 em Tóquio, e sendo a primeira vez que esta modalidade é incluída no programa olímpico, a relação entre estas duas entidades fortalece assim como a responsabilidade, numa vertente de desenvolvimento da modalidade a nível nacional e internacional.

A Fundação do Desporto14 tem a missão de auxiliar o fomento e o desenvolvimento do

desporto português numa vertente social, no que diz respeito ao alto rendimento. Esta entidade obtém patrocínios de atletas, eventos nacionais e internacionais, bem como a concretização de seminários e conferencias. É da responsabilidade da FD a coordenação da Rede Nacional de Centros de Alto Rendimento.

“A CDP15 constitui um instrumento de cooperação, consulta, e representação das federações

desportivas suas associadas, nas relações com o Estado, nomeadamente, a Assembleia da República, o Governo, as Regiões, as Autarquias e ainda com a União Europeia, Confederações Internacionais e outras instituições nacionais e internacionais”. Dos diferentes objetivos16 que

o CDP tem é de destacar a promoção do associativismo desportivo e as relações com os organismos congéneres de outros países; a representação do conjunto das federações desportivas, perante o Estado, a União Europeia e organismos congéneres de outros países; a prestação de apoio às federações desportivas associadas – caso da FPS; a promoção da concertação de interesses entre as federações desportivas.

14 Missão (2017) Disponível no website da Fundação do Desporto em: http://fundacaodesporto.pt/a-fundacao/missao-da-fundacao-do-desporto/

15 Objetivos (2017). Disponível no website da Confederação do Desporto Portugal em: https://www.cdp.pt/cdp/confederacao/objectivos.html

16Declaração de Princípios (2017). Disponível no website da Confederação do Desporto Portugal em: https://www.cdp.pt/cdp/confederacao/declaracao-de-principios.html

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Federação Portuguesa de Surf

A Federação Portuguesa de Surf foi fundada em 1989 e já esteve localizada em Oeiras, Viana do Castelo, Porto e Sintra. Neste momento tem a sua sede em Carcavelos, Cascais. É uma entidade privada sem fins lucrativos e com o estatuto de UPD.

A FPS é a instituição que representa, nacional e internacionalmente, a modalidade de surfing nas suas diferentes disciplinas, na qual compõe: Surf, Bodyboard, Longboard, Skimboard, Stand-Up Paddle, Kneeboard, Bodysurf, Tow In e Tow Out. Até 2017 representou também o Skateboard.

É responsável pela regulamentação desportiva nacional, pela calendarização

das diversas atividades, pelo código disciplinar, pela arbitragem, pela formação de atletas, de treinadores, juízes e técnicos, pelo anti-doping, pela não violência no desporto, pela preservação ambiental e pela responsabilidade social. Responsável também pelas Seleções Nacionais, pelos seus resultados e pela preparação dos atletas de alta-competição.

Atualmente a FPS realiza 100 provas17, desde campeonatos a circuitos nacionais e regionais,

estando assim os mesmos divididos:

Campeonatos Nacionais Número de Etapas

Bodyboard Masters 1

Longboard Feminino 1

Skimboard (Masculino e Feminino) 1

Surf Masters 1

Surf Open Feminino – Liga MEO 6

Surf Open Masculino – Liga MEO 5

Surf Esperanças 5

Tabela 1- Campeonatos Nacionais

17Calendário de Provas (2017) Consultado a 6 dezembro 2017. Disponível no antigo website da

Federação Portuguesa de Surf: https://old.surfingportugal.com/index.php?opcao=calendario Figura 4- Sede da Federação Portuguesa de Surf

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Circuitos Nacionais Número de Etapas

Bodyboard Esperanças 5 Bodyboard Dropknee 4 Bodyboard Feminino 5 Bodyboard Masculino 5 Bodysurf 5 Longboard 5 SUP Maratona 5

SUP Race Técnico 5

SUP Wave 4

Tabela 2- Circuitos Nacionais

Circuitos Nacionais Número de Etapas

Bodyboard – Centro 4

Bodyboard – Norte 4

Bodyboard – Açores 4

Surf – Grande Lisboa 5

Surf – Madeira 3

Surf – Centro 4

Surf – Norte 4

Surf – Sul 4

Surf – Açores 4

Tabela 3- Circuitos Regionais

A FPS é composta por cerca de 15.000 federados — 1700 dos quais com licença desportiva, 83 clubes, 236 escolas, 3 associações nacionais e organiza cerca de 140 atividades por ano. É membro efetivo da International Surfing Association (ISA), da Federação Europeia de Surf (ESF), Comité Olímpico de Portugal (COP) e da Confederação do Desporto de Portugal (CDP). Também está filiada em muitas outras organizações e colabora com várias instituições de ensino, sociais e ambientais.

(29)

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DIRECÇÃO Competição Serviços Administrativos Secretária da Direcção Secretariado Comunicação Mediana

Direcção Técnica Nacional

Departamento Formação Director Técnico Surf e RVCC Técnico Bodyboard Técnico Longboard Técnico SUP Departamento Alto Rendimento Seleccionador Nacional Treinador Surf Junior Treinador Bodyboard Treinador Longboard Treinador SUP Treinador Surf Adaptado Coordenador Condição Física Treinador Condição Física Departamento Clinico Director Fisioterapeuta

Organizacionalmente a Federação Portuguesa de Surf está distribuída da seguinte forma

:

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A direção da FPS é constituída por dois vice-presidentes, dois vogais, um secretário e um tesoureiro, supervisionada e diretamente ligada com o presidente.

Com a realização de um número considerável de provas e intervenientes institucionais, escolas e centros de treino (clubes), é fundamental para a FPS ter um conhecimento da localização dos seus associados. Este conhecimento fará com que a federação consiga ter na sua posse material atualizado sobre os seus associados, assim como o local exato onde os seus intervenientes atuam.

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32

Conceção

Identificação e georreferenciação de Instalações Desportivas e

Organizações

No desenvolvimento deste trabalho existiu uma pesquisa previa sobre a georreferenciação no surf mundial, que remete para outras federações desportivas, designadamente, a Surfing Austrália (SA), Federação Francesa de Surf (FFS) e Federação Espanhola de Surf (FES).

Estas três entidades demonstram estar mais desenvolvidas que a FPS no que diz respeito à identificação e georrefenciação de instalações desportivas relacionadas com o surf.

Tanto a FFS18 e a FES19 apresentam uma georrefenciação similar das escolas de surf. Nos mapeamentos destas duas entidades é mencionada a localização atual das escolas de surf e uma caracterização das mesmas. Esta caracterização é apresentada como uma ficha de entidade que transmite aos utilizadores informações das organizações, como o seu nome, localidade, telefone, entre outros aspetos.

Federação Espanhola de Surf Federação Francesa de Surf

Tabela 4- Mapeamento das escolas de surf espanholas e francesas

A federação francesa apresenta um mapeamento mais rigoroso do que a federação espanhola, onde está definido na ficha das escolas de surf, o nome do responsável bem como a morada da organização desportiva. É possível também através da ficha de cada escola de surf entrar em contacto com a organização, tendo campos próprios para o envio de um e-mail, e pesquisar o itinerário de um local até à escola de surf.

18 Ecole cours surf france (2017). Disponível no website da Federação Francesa de Surf:

https://www.ecolefrancaisedesurf.fr/ecole-cours-surf-france

19 Escuelas Oficiales (2017). Disponível no website da Federação Espanhola de Surf:

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Figura 6 - Ficha de Escolas e forma de contato com a organização

A Surfing Austrália apresenta todos os clubes e escolas de surf associados em diferenciado, ou seja, os clubes são apresentados em modo de lista com informações dos mesmos, e com um link para mais detalhes de cada um dos clubes. Já para as escolas de surf, a SA criou um site20

onde estão todas as escolas associadas, bem como a sua localização divida pelas diferentes regiões da Austrália.

Figura 7 - Divisão espacial do continente Australiano para mapeamento

Conforme observado, esta divisão espacial vem auxiliar a localização das diferentes escolas de surf no continente australiano. Esta plataforma fornece informação geral sobre cada zona australiana, bem como informação detalhada como a temperatura da água, o tamanho da onda, a quantidade de pessoas dentro de água (crowd). É ainda mencionado, para os principiantes, se a zona é aconselhável para a iniciação. À parte desta informação, é demonstrado ainda o número de escolas de surf e SUP aprovadas.

Figura 8- Quadro de pesquisa para as escolas de surf australianas

20Pesquisa de escolas de surf na Austrália (2017). Disponível no website da Surfing Austrália em:

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Esta plataforma tem o objetivo de realizar uma pesquisa pormenorizada sobre as escolas de surf, para quem quer usufruir dos serviços das mesmas. Esta pesquisa ainda dispõe de filtros particulares de forma a garantir uma pesquisa detalhada e especifica.

Na figura 4, é possível ainda nesta plataforma australiana realizar três tipos de pesquisa sobre as escolas de surf: pesquisar por localização, pesquisar por escola de surf ou pesquisar pelo mapeamento do continente australiano. Neste último tipo de pesquisa podemos ainda reparar que existem buffers que mencionam o número de escolas de surf numa determinada região, na qual quando se realiza uma aproximação o número vai reduzindo, dando a localização exata da escola de surf.

Após esta pesquisa sobre estas entidades, foi então iniciado o desenvolvimento da identificação e georreferenciação de instalações desportivas e organizações.

Este trabalho consistiu no mapeamento de todas as escolas e clubes de surfing em Portugal, registados na FPS como federados, de maneira a ser criado um registo online de todas estas organizações. À parte da localização de todas as organizações inerentes à FPS, foi criado também um registo próprio para os spots de surf ou zonas de surfing portuguesas.

Inicialmente, para desenvolver este trabalho foi necessário fazer uma recolha de dados de todas as escolas e clubes de surfing federados. Para isso, foi necessário comunicar com os serviços administrativos da federação que já tinham um documento Excel com alguns do clubes e escolas. Apesar de estar muito resumido, foram acrescentados campos relevantes para a realização da georreferenciação. Caso existisse qualquer dúvida acerca de uma organização federada, era realizado o contacto com a mesma de forma a recolher a informação.

A utilização do software de federados foi essencial para a recolha de dados de todas as organizações. Através do software foi possível compilar toda a informação necessária das organizações federadas de forma mais rápida e prática.

Os campos do documento Excel eram: Último Ano Inscrito, Número, Nome do Clube/Escola, Morada, Distrito, Concelho, Localidade, Código-Postal, Tipo, Latitude, Longitude, Telefone, Telemóvel, E-mail e Website.

(35)

35

Nome do campo Descrição

Último ano Inscrito

Último ano em que a organização esteve associada na FPS

Número Numeração atribuída pela

FPS

Nome do Clube/Escola Nome da organização

Morada Designação do local onde

está sediada a organização

Distrito Localização pormenorizada,

a cada campo, onde está a organização

Concelho Localidade

Código-Postal

Código atribuído à localidade onde se encontra a organização

Tipo

Tipologia criada para diferenciar clubes de escolas de surf

Latitude Coordenadas em graus, e em

campos diferentes, para o mapeamento dos clubes e escolas de surf

Longitude

Telefone Contactos telefónicos

existentes da organização

Telemóvel

E-mail Contacto eletrónico da

organização

Website Site oficial da organização

Tabela 5- Descrição dos campos sobre as escolas e clubes de surf

Depois de concluída a primeira fase no que diz respeito às escolas e clubes de surfing, começou o trabalho de recolha de dados sobre as zonas de surfing em Portugal. Como foi anteriormente referido, foi criado uma base de dados com as zonas de surfing em Portugal. Toda esta informação foi recolhida através do livro “Surf Spots Portugal” e complementada com informação disponível na internet. Neste documento foram também criados campos para preenchimento com a informação recolhida. Os campos estabelecidos no documento foram:

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Praia de Surf, Praia Vigiada, Região, Localização, GPS, Seção Favorável da Onda, Tipo de Fundo, Crowd, Acessos, Restaurantes e Bares, Alojamento, Parque de Estacionamento, WC/Chuveiros, Latitude e Longitude. Na tabela 7 estão referenciados todos os campos utlizados assim como a sua descrição e tipologia.

Nome do campo Descrição Tipologia

Praia de Surf Nome da praia/zona de

surfing (Nome da zona de surfing)

Praia Vigiada

Informação básica sobre a vigilância nas zonas de surfing referenciadas

Sim ou Não

Região

Região geográfica onde se localiza a praia/zona de surfing

Portugal:

Alentejo, Centro, Lisboa, Norte e Sul.

Portugal Continental: Açores e Madeira

Localização Localidade onde se situa a

zona de surfing Diferentes localidades de Portugal e Portugal Continental GPS Coordenadas em Graus, Minutos e Segundos (DMS) (38°40'43,52"N 9°19'54,14"O)

Seção Favorável da Onda Direção para a qual a onda

tem mais tendência

Direita

Direita e Esquerda Esquerda

Esquerda e Direita

Tipo de Fundo

Material pela qual é

constituído o fundo da zona de surfing

Areia

Areia com: corais, pedras, rochas, rochas e corais; Areia e Lodo

Areia e Corais

Arenoso = 75% areia, 15% argila

Arenoso com rochas Pedras Recife Rochas = rochoso Crowd Quantidade de pessoas habitualmente dentro de água Pouco Médio Muito

Acessos Acessos às zonas de surfing

Pedestre Rodoviário Ferroviário Marítimo Teleférico

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Restaurantes e Bares Serviços de restauração

junto da zona de surfing

Sim = Restaurantes e Bares Não = Não tem nenhum dos serviços

Só tem Restaurantes Só tem Bares

Alojamento Serviços hoteleiros junto da

zona de surfing

Sim = possui serviços hoteleiros junto da zona Não = não possui serviços hoteleiros junto da zona

Parque de Estacionamento Parqueamento para viaturas

Sim = Parque para carros e caravanas

Não = Ausência de parqueamento

WC / Chuveiros Infraestruturas de higiene

pública

Não tem = Não possui nenhuma das infraestruturas WC = possui apenas serviços sanitários

Chuveiros = possui apenas infraestrutura balnear WC/Chuveiros = possui ambas as infraestruturas

Latitude e Longitude

Coordenadas em graus, e em campos diferentes, para a localização das zonas de surfing no mapa

(Lat. 38,678757 Log. -9,331706)

Tabela 6- Descrição dos campos sobre as zonas de surfing

Após estes dois documentos estarem finalizados, no diz respeito à recolha de dados, começou a ser desenvolvido o trabalho com a plataforma ArcGIS.

A plataforma ArcGIS serve para a criação de mapas, aplicações, ferramentas analíticas, administração, colaboração, com o objetivo de promover tomadas de decisão e potenciar o fator de inovação nas organizações e comunidades. Todos os trabalhos desenvolvidos na plataforma podem ser guardados numa cloud online, e podem ser visualizados em qualquer local através de um computador ou smartphone.

Este mapeamento contou com o apoio do consultor/geo-mentor Rui Santos na utilização da plataforma, assim como no esclarecimento de dúvidas sobre a mesma.

Para realizar a transferência de informação das bases de dados para a plataforma ArcGIS, foram abordadas duas metodologias.

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1º - Transferir um suplemento para o office Excel -

“ArcGIS Maps”

Este suplemento facilita o trabalho de mapeamento para a plataforma. O utilizador poderá selecionar dentro do documento Excel os dados que pretende, não tendo de apagar os restantes dados para a criação do mapa.

2º - Passar o documento Excel para um ficheiro csv. A segunda forma de transferir os dados é através da mudança de ficheiro, ou seja, o ficheiro de Excel (.xlsx) é alterado para .csv (Comma Separated Values) que separa todos os valores por virgulas e permite que todos os dados sejam guardados numa tabela estruturada. A seguir a esta alteração o processo

torna-se simples, bastando ao utilizador “arrastar” o ficheiro para a plataforma online.

Esta segunda fase consistiu em formular o documento Excel anteriormente realizado, de modo a que o mesmo consiga ser lido pelo software. Após estar disponível na plataforma da ArcGIS, é necessário observar se todos os dados introduzidos estão corretos ou alterar os mesmos caso seja preciso. Posteriormente à revisão de dados, o mapa foi personalizado de maneira a que o mesmo fique mais percetível e sofisticado.

Nas figuras 5, 6 e 7, está representado o mapeamento realizado sobre todos as escolas e clubes de surfing associados à FPS, bem como as zonas de surfing, na plataforma ArcGIS21.

Foram recolhidos dados até 17 de abril de 2017 sobre as organizações federadas, na qual estão representadas 198 escolas, 80 clubes e 200 zonas de surfing.

Representados estão: Clubes

Escolas de Surf Zonas de Surfing

21 Georreferenciação de Clubes e Escolas 2017 (2018). Disponível na plataforma ArcGIS em: http://arcg.is/GeoSurf2017

Figura 9- Mapeamento das escolas, clubes e zonas de surfing em Portugal Continental

(39)

39

Figura 10- Mapeamento das escolas, clubes e zonas de surfing na Madeira

Figura 11- Mapeamento das escolas, clubes e zonas de surfing nos Açores

Numa visão mais pormenorizada, todos os campos estão ligados a cada uma das escolas, clubes e zonas de surfing. O software transformou todo o conteúdo do documento Excel enviado numa tabela que exibe todos os campos e a respetiva informação de cada um.

Na figura 12, é demonstrada a tabela e a informação respetiva a cada campo de uma praia no Estoril. Todos os campos representados são importantes para descrever uma zona de surfing, como a seção favorável da onda, o tipo de fundo, a quantidade de pessoas que costumam estar dentro de água para surfar, bem como os acessos e os parques de estacionamento.

Figura 12- Tabela de informação sobre a zona de surfing - São Pedro do Estoril

(40)

40

Já na figura 13, é exibida uma tabela de informação

de uma escola de surf. Os campos de informação são diferentes como foi mencionado anteriormente, mas todos eles são importantes, não só para a georreferenciação, mas também para futura localização exata de todas as organizações inerentes à Federação Portuguesa de Surf.

Figura 13- Tabela de informação sobre a escolas de surf, Pure Emocean

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41

Estrutura orgânica da Federação Portuguesa de Surf

Este trabalho consistiu na criação de um documento que reúne informações sobre a estrutura orgânica da Federação Portuguesa de Surf.

A finalidade deste documento remete para uma demonstração da orgânica da FPS, de forma a existir um documento mais prático e acessível para compreensão da organização. Este mesmo documento poderá ser visto como um manual introdutório da FPS, dando assim um conhecimento geral da organização.

Dentro deste documento estão inseridas uma compilação de informações, desde a missão e visão, bem como o organograma, os membros dos órgãos sociais e as competências de cada um desses membros.

A estrutura orgânica é, por outras palavras, a estrutura organizacional de uma organização, na qual é representada por um organograma.

Segundo Pires (2007, pág.211), a criação de organogramas deve ter em alerta dois fatores, são eles: a coesão e a eficácia do sistema interno, bem com a adaptação à dinâmica do ambiente. No caso da FPS, o organograma possui uma estrutura hierárquica em linha. Este tipo de estrutura, consegue definir claramente as linhas hierárquicas dos líderes e dos subordinados. A estrutura hierárquica em linha tem as seguintes vantagens:

• Liderança definida;

• Evita Interferências de terceiros; • Simplicidade de estrutura; • Comunicação esclarecida.

De outra forma, é essencial ter em atenção várias precauções com a utilização deste tipo de estrutura. As chefias devem ter capacidades para conseguir liderar os subordinados. Caso a chefia não consiga liderar, poderão existir várias dificuldades na delegação de trabalho. Poderá existir uma excessiva dependência dos líderes, acabando assim com que o espírito de iniciativa dos subordinados seja reduzido ao longo do tempo.

Segundo Pires (2007, pág.188), a missão “atua em função dum espaço social principal e de segmentos”. A missão remete para os objetivos principais na existência da organização, que estão inseridos dentro de um espaço social, que poderá, ou não, estar divido em diversos segmentos. No caso da FPS, a prática desportiva do surf é considerada o espaço social onde

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42

está introduzido, existindo como segmentos as diferentes disciplinas de surfing abrangidas pela federação.

A visão “enquadra a atitude da organização em relação às suas perspetivas de futuro” (Pires, 2007, pág.202). Estas perspetivas de futuro devem ser compreendidas como organização e como contexto onde a organização está inserida, existindo assim uma visão perante o meio na qual a organização está inserida. As organizações devem criar uma visão que enalteça o futuro da mesma, não ficando presos a antigos objetivos ou a objetivos já alcançados.

Sendo a visão um ponto da problematização da intervenção na entidade, é relevante determinar a mesma de forma a seguir os pontos acima referidos. A visão estruturada para a FPS é apresentada da seguinte forma:

1. Assegurar e contribuir para a melhoria constante na prática desportiva das disciplinas de surfing a nível nacional;

2. Conservar e criar relações cooperantes com parceiros a nível nacional e internacional conseguindo benefícios para a estruturação da modalidade de surfing;

3. Aprimorar o desempenho dos atletas de alto rendimento com o objetivo de alcançar os melhores resultados para Portugal em todos os eventos que participa;

4. Aumentar o número de atletas de alto rendimento, ampliando assim as seleções nacionais;

5. Regulamentar as escolas e academias de surf com a criação de uma certificação e classificação destes intervenientes;

6. Garantir a presença de atletas na equipa olímpica, assim como a entrada nos programas olímpicos, para os Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio.

Anteriormente à realização da estrutura orgânica, foi necessário efetuar uma pesquisa nos estatutos da federação, bem como discussões com o presidente João Aranha, de forma a aprofundar o conhecimento da organização assim como dos membros que fazem parte da mesma. O documento finalizado encontra-se em anexo (A) do presente relatório.

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Manual de Procedimentos – Federados

O manual de procedimento é um documento informativo que rege o processo à qual os intervenientes realizam para se associarem à FPS. Desta forma, este documento vem informar e esclarecer os intervenientes sobre a documentação obrigatória para a realização do processo federativo.

Inicialmente, foi reunida toda a informação sobre os procedimentos de federar uma organização, escola e/ou clube, e seguidamente como federar um individuo e qual a respetiva categoria. Para obter toda a informação necessária, foram realizadas várias conversas com a Sra. Vitória Pereira, responsável pelos serviços administrativos da FPS, que explicou todos os processos de federados.

Obtida toda a informação necessária, foi agregada num documento word devidamente organizada, e posteriormente passada para um documento powerpoint para apresentação do mesmo. A informação recolhida foi dividida em duas vertentes que se complementam:

• Os documentos obrigatórios – São todos os documentos (ficha de inscrição, cópias, declarações, carimbos, atestados, pagamento, entre outros) que são obrigatórios para a inscrição do interveniente na FPS.

• As notas importantes – São registos que devem ser tidos em consideração nos diferentes casos abordados, como por exemplo, se for cidadão brasileiro. Estão ainda mencionadas as provas na qual os diferentes intervenientes podem participar.

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Assim é possível observar na figura acima, parte do manual criado, que menciona os procedimentos de federar um atleta. O documento finalizado encontra-se em anexo (B) do presente relatório.

Serviços Administrativos

Os serviços administrativos representam o trabalho diário realizado na FPS. O trabalho consistiu na introdução de processo de federados no sistema informático, atendimento ao público, assim como telefonemas dirigidos à federação.

Os trabalhos mencionados auxiliaram a produtividade da federação conseguindo assim existir uma maior resposta por parte da entidade a todos os intervenientes.

Figura 14 - Apresentação dos documentos necessários e de notas importantes no caso de um atleta

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Desenvolvimento do projeto – “Qualidade dos serviços prestados pelas

escolas de surf / empresas de animação turística”

Este projeto é iniciado devido à existência de escolas e centros de treino em grande quantidade, e por sua vez cria a necessidade de regular a atividade por parte da FPS. Tem a finalidade de criar uma estratégia, tendo como base um projeto de legalização e registo único das escolas de surfing e empresas de animação turística e o pressuposto que a qualidade dos serviços destas organizações é consolidado na formação dos treinadores e na informação ao consumidor.

A estratégia definida com este projeto é a criação de parâmetros de qualidade, com a apresentação dos benefícios para as escolas serem associadas à federação. Desta forma, criar uma base de dados das escolas de surf na qual permite conhecer cada uma mais detalhadamente. Inicialmente, é necessário validar um questionário e desenvolver os dados, bem como uma lista de boas práticas. O questionário deverá recolher toda a informação necessária para o conhecimento aprofundado das escolas de surf, assim como a criação dos dados de qualidade deverá por as escolas num campo em que os serviços prestados pelas mesmas sejam melhorados e consistentes.

Juran (1997, pág.30) define o conceito de qualidade dizendo que a mesma “inclui todos os requisitos que respondem às necessidades dos clientes, desde a cortesia no atendimento, até à durabilidade” sendo “vista como um problema estratégico do negócio.”

Esta estratégia potenciará o aumento do número de escolas registadas, elevando assim os padrões de referência para os serviços prestados pelas escolas bem como as instalações, material e transporte, caso exista.

A lista de benefícios para as escolas será atualizada ao longo do tempo, com a inclusão de vários parceiros, tendo como ponto de partida:

• Reconhecimento de qualidade no mercado; • Referenciais para os níveis de qualidade:

o Procedimentos adequados na gestão e organização; o Procedimentos pedagógicos e didáticos adequados; o Identificação dos produtos disponibilizados;

Imagem

Figura 1- As cinco componentes básicas da organização
Figura 2- Representação do poder hierárquico no Surf Mundial
Figura 3- Organismos relacionados com a Federação Portuguesa de Surf
Tabela 1- Campeonatos Nacionais
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Referências

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