Ensaio de competição de cultivares de milho na
região sul sob irrigação e sequeiro em Condor, RS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Thiago Strobel
Ensaio de competição de cultivares de milho na
região sul sob irrigação e sequeiro em Condor, RS
por
Thiago Strobel
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de
Graduação em Agronomia, Área de Concentração em fitotecnia, da
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito
parcial para obtenção do grau de
Engenheiro Agrônomo
.
Orientador: Thomas Newton Martin
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Rurais
Curso de Graduação em Agronomia
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de
Conclusão de Curso
Ensaio de competição de cultivares de milho na região sul
sob irrigação e sequeiro em Condor, RS
elaborada por
Thiago Strobel
como requisito parcial para obtenção do grau de
Engenheiro Agrônomo
COMISÃO EXAMINADORA:
__________________________________
Thomas Newton Martin
(Presidente/Orientador)
__________________________________
Alberto Cargnelutti Filho
__________________________________
Patricia Bertoncelli
RESUMO
Trabalho de Conclusão de Curso
Curso de Graduação em Agronomia
Universidade Federal de Santa Maria
Ensaio de competição de cultivares de milho na região sul sob irrigação e sequeiro em Condor, RS
Autor: Thiago Strobel
Orientador: Thomas Newton Martin
Data: Santa Maria, 12 de Dezembro de 2012.
Objetivou-se com o presente trabalho avaliar as características fitomorfológicas das cultivares de milho do ensaio sul precoce e normal e sul superprecoce da rede nacional de genótipos de milho sob irrigação e sequeiro no município de Condor, Rio Grande do Sul e definir quais possuem o melhor desempenho para região em irrigado e sequeiro. O experimento foi realizado na Fazenda Taipa, de propriedade de Irmãos Strobel S/A. Foram avaliados o ensaio sul precoce e normal com 40 genótipos e sul super precoce com 21 genótipos, ambos sob irrigação e sequeiro. O experimento foi realizado segundo delineamento alfa látice.
O período experimental foi de setembro de 2011 até março de 2012, onde foram avaliados as seguintes variáveis: estatura de plantas e de inserção da primeira espiga, diâmetro do colmo, número de plantas por parcela, número de plantas quebradas mais as acamadas, comprimento da espiga, diâmetro da espiga, número de grãos por fileira, número de fileiras, massa de espigas, número de espigas, produção de grãos e massa de cem grãos. Os genótipos do ensaio sul super precoce irrigado obteve melhor desempenho produtivo em relação aos demais, demonstrando serem mais adaptados a essa região.
Palavras chaves: Zea Mays L., produtividade, interação cultivar x ambiente,
ABSTRACT
Course Conclusion Work
Graduation Course of Agronomy
Federal University of Santa Maria
Competition assay of maize cultivars in the southern irrigated and
rainfed conditions in Condor, RS
Author: Thiago Strobel
Advisor: Thomas Newton Martin
Date: Santa Maria, 11 june, 2012.
The objective of this study was to evaluate the characteristics of the test
cultivars phytomorphological south early / normal and super-young of the national
maize genotypes under irrigated and rainfed Condor municipality, Rio Grande do
Sul and define what are the best performance for the region and without irrigation.
The experiment was conducted at Fazenda Taipa, property of Irmãos Strobel S /
A. We evaluated the test early South / normal with 40 genotypes and south very
early with 21 genotypes, both irrigated and dryland. The experiment is performed
according to alpha lattice design.
The experimental period was from September 2011 until March 2012, which
will be assessed the following variables: plant height and first ear, stem diameter,
number of plants per plot, number of plants over the broken jumble, length of ear,
ear diameter, number of kernels per row, row number, ear yield, number of ears,
grain and weight of hundred grains. The genotypes of the test very early irrigated
south had better performance than the other, showing that they are better adapted
to this region.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Resultados dos genótipos Normal/Precoce em condição de sequeiro
avaliados estatura de plantas (EP, m), estatura de inserção da primeira espiga
(EE, m), diâmetro do colmo, média de três plantas (DC, cm), número de plantas
(NP, em milhares ha-¹), número de plantas quebradas mais as acamadas (QA, em
milhares ha-¹), comprimento da espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO,
cm), diâmetro da espiga, média de cinco espigas aleatórias (DE, cm), número de
grãos por fileira, média de cinco espigas aleatórias (NGF), número de fileiras,
média de cinco espigas (NF), massa de espigas (ME, Kg), número de espigas
(NEP, em milhares ha-¹), produção de grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos
(MCG, g)...19
Tabela 2. Resultados dos genótipos Normal/Precoce em condição de irrigação
avaliados estatura de plantas (EP, m), estatura de inserção da primeira espiga
(EE, m), diâmetro do colmo, média de três plantas (DC, cm), número de plantas
(NP, em milhares ha-¹), número de plantas quebradas mais as acamadas (QA, em
milhares ha-¹), comprimento da espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO,
cm), diâmetro da espiga, média de cinco espigas aleatórias (DE, cm), número de
grãos por fileira, média de cinco espigas aleatórias (NGF), número de fileiras,
média de cinco espigas (NF), massa de espigas (ME, Kg), número de espigas
(NEP, em milhares ha-¹), produção de grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos
(MCG, g)....23
Tabela 3. Resultados dos genótipos super precoce na condição de sequeiro
avaliados estatura de plantas (EP, m), estatura de inserção da primeira espiga
(EE, m), diâmetro do colmo, média de três plantas (DC, cm), número de plantas
(NP, em milhares ha-¹), número de plantas quebradas mais as acamadas (QA, em
milhares ha-¹), comprimento da espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO,
cm), diâmetro da espiga, média de cinco espigas aleatórias (DE, cm), número de
grãos por fileira, média de cinco espigas aleatórias (NGF), número de fileiras,
média de cinco espigas (NF), massa de espigas (ME, Kg), número de espigas
(NEP, em milhares ha-¹), produção de grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos
Tabela 4. Resultados dos genótipos super precoce em condição de irrigação
avaliados estatura de plantas (EP, m), estatura de inserção da primeira espiga
(EE, m), diâmetro do colmo, média de três plantas (DC, cm), número de plantas
(NP, em milhares ha-¹), número de plantas quebradas mais as acamadas (QA, em
milhares ha-¹), comprimento da espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO,
cm), diâmetro da espiga, média de cinco espigas aleatórias (DE, cm), número de
grãos por fileira, média de cinco espigas aleatórias (NGF), número de fileiras,
média de cinco espigas (NF), massa de espigas (ME, Kg), número de espigas
(NEP, em milhares ha-¹), produção de grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos
Lista de Figuras
SUMÁRIO
1. Introdução...9
2. Revisão de Literatura...10
3. Material e Métodos...14
4. Resultados e discussão...16
4.1 Normal/Precoce Sequeiro...16
4.2 Normal/Precoce Irrigado...19
4.3 Super Precoce Sequeiro...23
4.4 Super Precoce Irrigado...25
5. Conclusão...29
6. Referências Bibliográficas...30
1. INTRODUÇÃO
O milho (Zea mays) é uma gramínea, que se imagina ser americana, pois
já era cultivada desde o período pré-colombiano (FREITAS, 2002). Os europeus
não tinham conhecimento de sua existência até sua chegada a América. Não
diferente no Brasil, o cultivo do milho já era feito antes da chegada dos europeus.
O milho é base da alimentação humana, é amplamente utilizado na
fabricação de rações e na alimentação animal com silagem, com essas
características o milho se torna uma das mais importantes culturas mundiais, de
importância econômica elevada. É ingrediente para produção de uma gama
imensa de produtos, mas aves e suínos em sua cadeia produtiva consomem
aproximadamente 70% do milho mundial e no Brasil o valor fica entre 70 e 80%
do milho produzido (EMBRAPA, 2006).
A produção mundial de milho supera 700 milhões de toneladas, o Brasil
tem produção de 51 milhões de toneladas e o Rio Grande do Sul 4912 kg/há
(CONAB, 2011). Nota-se que a média produtiva verificada em nosso estado é
baixa, devido a diversos fatores, principalmente ao déficit hídrico. Esse fator pode
ser amenizado utilizando-se cultivares adaptadas a cada região e irrigação.
A produção de milho, no Brasil tem-se caracterizado pela divisão da
produção em duas épocas de semeadura. Os plantios de verão, ou primeira safa,
são realizados na época tradicional, durante o período chuvoso, que varia entre
fins de agosto, na região Sul, até os meses de outubro/novembro, no Sudeste e
Centro-Oeste (no Nordeste, esse período ocorre no início do ano). Mais
recentemente, tem aumentado a produção na segunda safra ou safrinha. A
safrinha refere-se ao milho de sequeiro, plantado extemporaneamente, em
fevereiro ou março, quase sempre depois da soja precoce, predominantemente
na região Centro-Oeste e nos estados do Paraná e São Paulo.
Sendo uma cultura de grande importância, várias pesquisas com milho no
Brasil vem sendo realizadas, para explorar seu potencial produtivo. (LUCIO et al.,
2001). Na safra 2011/2012 foram disponibilizados 61 cultivares, sendo que 21 são
do ensaio super precoce e 40 precoce normal, de alto potencial produtivo, mas
2. REVISÃO DE LITERATURA
Uma das culturas mais importantes do mundo, e também das mais antigas,
o milho (Zea mays L.), é importante por ser base da alimentação humana e
animal. Na alimentação humana não é diretamente muito importante, mas muitas
famílias, como as nordestinas, usam o milho como principal fonte energética
diária, o que mostra que o milho também tem um papel social (EMBRAPA, 2011).
É uma cultura de importância econômica mundial, devido a sua elevada
versatilidade, que vai desde a alimentação humana até a animal. Ganha
importância econômica devido as maneiras de se utilizar, pois vai desde a
alimentação humana e animal até a industria de alta tecnologia. A alimentação
animal consome a maior parte do cereal, aproximadamente 70% mundialmente.
Os Estados Unidos, possuem consumo destinado a esse fim menor, cerca de
50%, enquanto o Brasil tem um consumo aproximado de 60 a 80%, dependendo
de ano para ano (EMBRAPA, 2011).
Devido aos aspectos econômicos e sociais, anualmente diversas pesquisas
estão sendo realizadas, objetivando implementar e desenvolver tecnologias que
possam aumentar a produtividade de grãos. Diante disso, o uso das cultivares
mais adequadas a determinadas regiões, embora não tenha nenhuma influência
no custo de produção, seguramente afeta o rendimento e consequentemente o
lucro do agricultor.
Os riscos climáticos da cultura do milho, no Brasil, são basicamente
relacionados às condições térmicas, hídricas e a distribuição espacial das chuvas,
apesar de seu cultivo ser realizado nas mais diversas condições climáticas. No sul
geadas tardias, ocorridas de agosto a outubro, são um grande risco. Além disso
há também o risco de déficit hídrico e uma distribuição de chuvas irregulares. No
centro oeste, as precipitações irregulares, elevada evapotranspiração que ocorre
devido a elevadas temperaturas diurnas e noturnas, são os maiores riscos
(EMBRAPA, 2011).
Diversos fatores influenciam a produtividade da cultura do milho, podem
ser fatores ambientais ou com relação a planta, esses fatores podem ter influência
direta ou indireta. Destacam-se tratos culturais, fertilidade do solo, densidade de
inadequado de plantas invasoras, pragas e doenças (SANDINI & FANCELLI,
2000).
Para expressar seu potencial produtivo máximo, muitos fatores estão
envolvidos, destacando-se precipitações pluviais, temperaturas, comprimento do
dia, radiação solar, além de uma boa genética. Para que o milho possa alcançar
altas produtividades, precisa de temperatura entre 24ºC e 30ºC, elevada radiação
solar e adequada disponibilidade hídrica no solo (SILVA, 2001).
Segundo EMBRAPA (2011), os fatores mais importantes para a
produtividade são a interceptação da radiação solar pelo dossel, eficiência
metabólica, eficiência de translocação de fotossintatos para os grãos e
capacidade de dreno. As relações de fonte e dreno são funções de condições
ambientais e as plantas tentam se adaptar a essas condições.
Plantas que tiveram modificações verificadas em sua arquitetura,
modificações como menor estatura, folhas mais eretas e um menor número de
folhas (ALMEIDA et al., 2000) e um pequeno acamamento de colmos e de raízes
(DUVICK & CASSMAN, 1999), estas novas características para o milho,
possibilitaram mudanças no arranjo de plantas, o que gerou maior eficiência no
uso da radiação solar para obtenção de produtividades mais elevadas,
possibilitando uma maior infiltração de luz no dossel das plantas e a diminuição
da competição intraespecífica por recursos naturais (ARGENTA et al., 2001).
Com o aumento no número de plantas por hectare, mesmo nos estádios
fenológicos iniciais, a interceptação de luz fica mais eficiente devido ao aumento
no índice de área foliar, reduz-se a competição inter e intra-específica por água e
nutrientes, uma vez que esses são melhor aproveitados, o que gera um aumento
da matéria seca e produção de grãos (MOLIN, 2000).
É uma cultura bastante exigente, com grande extração nutrientes da solo,
para que possa produzir ao máximo, necessita que suas exigências nutricionais
seja atendidas em sua plenitude (SOUZA et al., 2003).
A interação genótipo e ambiente é associada a fatores simples, que são a
diferença de variabilidade entre genótipos nos ambientes e os fatores complexos,
que são a falta de correlação entre os desempenhos dos genótipos nos
ambientes (EMBRAPA, 2011). Os efeitos genotípicos e ambientais não são
genótipo e ambiente. Variações ambientais que não se preveem, são uma grande
dificuldade, variações essas que são fatores ambientais de muita variabilidade,
não se de forma espacial, como também temporal (EMBRAPA, 2011).
A falta de água no período vegetativo pode provocar atraso em alguns
estádios fenológicos da cultura, que pode causar uma necessidade de se ter um
maior acúmulo de graus-dia para que possa completar seu ciclo. Além disso
prejudica o índice de área foliar e o acumulo de matéria seca (FRANÇA et al.,
1999).
No estado do Rio Grande do Sul, a falta de regularidade nas precipitações
é o que frequentemente mais afeta o rendimento do milho (MATZENAUER et al.,
1995). O milho é eficiente no uso dos recursos hídricos (DOORENBOS &
KASSAN, 1979 apud PETRY et al., 2007),porem a distribuição e profundidade do
sistema radicular e a disponibilidade hídrica em diferentes solos e sistemas de
cultivo estão ligadas ao rendimento de grãos (PETRY et al., 2007). A água esta
ligada diretamente a fotossíntese, sua falta no crescimento vegetativo, tem como
consequência menor quantidade de CO2 disponível para o processo da
fotossíntese. A falta de água, é importante em três estádios de desenvolvimento
da planta, na iniciação floral e desenvolvimento da inflorescência, quando o
número potencial de grãos é determinado, no período de fertilização, quando o
potencial de produção é fixado. A água tem como importância também no
decorrer dessa fase, evitar a desidratação dos grãos de pólen e garantir
desenvolvimento e penetração no tubo polínico. No enchimento de grãos, a
fotossíntese é importantíssima, pois é quando ocorre a deposição da matéria
seca, portanto um estresse diminuiria a produção de carboidratos, o que geraria
grãos com menor volume de matéria seca e consequente menor produtividade
(EMBRAPA, 2006).
A época de semeadura é uma ferramenta importante para regiões onde na
estação de crescimento o ambiente gera restrições ao desenvolvimento das
plantas, uma vez que proporciona uma sincronização dos períodos em que as
condições são melhores a cultura (RECOMENDAÇÕES, 1995 apud MALUF,
2001). Na semeadura precoce, quando a produtividade é reduzida, a densidade
maior interceptação da radiação solar e maior capacidade fotossintética da
comunidade de plantas (SILVA et al., 1999).
Os trabalhos de melhoramento genético trouxeram inúmeras mudanças
nos genótipos, não apenas no aspecto de produtividade, mas também na redução
do porte das plantas, o que gera maior tolerância a condições de estresse hídrico,
maior aproveitamento de fertilizantes, menor ocorrência de acamamento, maior
tolerância à doenças e pragas e melhora na qualidade dos grãos. O
melhoramento refletiu diretamente na produtividade média nacional, que em 77/78
era de 1220 kg ha-1, e em 2002/2003 foi 3369 kg ha-1, uma diferença de 2140 kg
ha-1 50% desse aumento provém do melhoramento genético e os outros 50% são
provenientes de melhorias de cultivo (VILARINHO, 2003).
Este presente trabalho tem por objetivo comparar características
fitomorfológicas de diferentes genótipos de milho, do ensaio sul precoce e normal
e super precoce, além de definir quais os genótipos de milho que possuem melhor
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi desenvolvido na fazenda Taipa, de propriedade de
Irmãos Strobel S/A no município de Condor, no Rio Grande do Sul. A propriedade
está situada a uma latitude 28º06’07”S e longitude 53º28’18”W e uma altitude
média de 518 metros acima do nível do mar, na região noroeste do estado (Figura
1). O clima predominante é do tipo subtropical (Cfa), segundo a classificação de
Köppen (KUINCHTNER et al., 2001). O solo pertence a unidade de mapeamento
Cruz Alta, Latossolo Vermelho distrófico típico, textura argilosa e relevo ondulado.
Os genótipos utilizados foram fornecidos pela Embrapa Milho (Passo
Fundo, RS) e fazem parte dos ensaios de competição de cultivares de milho do
Brasil. Foram avaliados 40 genótipos do ensaio sul precoce/normal, sob irrigação
por pivô central e sequeiro e 21 genótipos do ensaio sul super precoce, também
sob irrigação por pivô central e sequeiro.
O delineamento experimental utilizado foi em alfa-látice com duas
repetições e dezesseis blocos para o ensaio Precoce/Normal e seis para o super
precoce. As parcelas foram constituídas de duas fileiras de cinco metros de
comprimento, espaçadas 50 cm entre si. As sementes foram semeadas no dia
20/10/2011, com posterior desbaste e ajuste para 60.000 plantas por hectare. A
adubação de base, nas fileiras da semeadura, foi realizada com 94 kg de P2O5 ha
-1 e 34 kg de N ha-1. Em cobertura foram aplicados 108 kg de K
2O ha-1 e 165 kg de
N ha-1. A germinação ocorreu no dia 26 de outubro de 2011 e o desbaste foi
realizado no dia 6 de novembro de 2011. No dia 01 de dezembro, foi feito controle
químico de lagartas com o inseticida Indoxacarbe (Avaunt) na dose de 300 ml ha
-1. No dia 17 de dezembro de 2011 foi feito aplicação do fungicida Piraclostrobina
mais epoxiconazol (Abacus® HC), na dose de 0,3 L ha-1 para controle de
doenças.
Os caracteres avaliados no ensaio foram estatura de plantas (EP, m),
estatura de inserção da primeira espiga (EE, m), diâmetro do colmo, média de
três plantas (DC, cm), número de plantas (NP, em milhares ha-¹), número de
plantas quebradas mais as acamadas (QA, em milhares ha-¹), comprimento da
espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO, cm), diâmetro da espiga, média
espigas aleatórias (NGF), número de fileiras, média de cinco espigas (NF), massa
de espigas (ME, g), número de espigas (NEP, em milhares ha-¹), produção de
grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos (MCG, g). Os caracteres EP e EE,
foram obtidos a partir da média de 5 plantas medidas no campo antes da colheita.
O NP e QA foram contados no campo no momento da colheita, já CO, DE, NGF e
NF foram obtidos a partir da média de cinco espigas. O PG e MCG foram
ajustados para 13% de umidade.
As variáveis foram analisadas estatisticamente e as médias agrupadas pelo
teste de Student Newman Keuls (SNK) a 5% de probabilidade de erro.
Figura 1 - Fazenda Taipa
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Precoce/Normal Sequeiro
Pelo teste SNK a partir das indicações de significância dados pela análise
de variância evidenciaram-se diferenças significativas para os caracteres estatura
de plantas, estatura de inserção de espigas, comprimento de espiga, número de
grãos por fileira, massa de espigas, número de espigas, peso de grãos e massa
de cem grãos (Tabela 1). O desempenho das cultivares ficou prejudicado devido a
grande estiagem verificada durante o seu desenvolvimento, o balanço hídrico
demonstra que as plantas foram submetidas a estresse praticamente durante todo
o ciclo, com apenas uma melhor disponibilidade em janeiro e fevereiro, já durante
o enchimento de grãos (Anexo B). A população média foi de 51.525 plantas por
hectare e o número médio de plantas quebradas ou acamadas foi de 600 plantas
por hectare. O efeito da densidade de plantio sobre a produção depende muito
das condições climáticas (Resende et al., 2003). Quanto ao diâmetro do colmo
houve diferenças entre as cultivares, sendo o melhor AX727, com 1,165
centímetros de diâmetro, sendo o pior 0,5 cm da cultivar ExpCr101. Farinelli e
Lemos (2010) verificaram em São Paulo, um diâmetro de colmo de 2,91
centímetros, com a mesma dose de nitrogênio aplicada nesse experimento, o que
indica que os colmos tiveram desenvolvimento abaixo de seu potencial.
Quanto a estatura de plantas o melhor resultado obtido foi obtido pelo
genótipo BRS 1002 (1,625 m), não diferindo das cultivares LAND-186, LAND-229,
30A91Hx, 20A55Hx, BMX 1105, CD 397YG, 2B604HX, 2B655HX, AL Avaré,
EMBRAPA 1J1013, AIGS 112, AIGS 316, AX727, 30F53H, 30R50H, XBX 70202,
XB 8016, XB 8018, sendo o pior desempenho da cultivar BMX 1126, cuja a altura
ficou em 0,97 metros. Argenta et al. (2001) verificou em Eldorado do Sul, estatura
de plantas de 2,62 metros, o que demonstra que as plantas ficaram com estaturas
baixas, provavelmente devido a condição de estiagem.
A estatura de inserção de espigas os resultados ficaram bem próximos,
com o melhor desempenho do genótipo LAND-229 (0,88 m) e o pior desempenho
foi 0,425 metros da variedade ExpCr109. Storck et al (2009), verificou na região
de espigas de 0,71 metros, sob estresse as plantas tiveram um desenvolvimento
satisfatório.
O comprimento de espiga e o diâmetro, revelaram diferenças, sendo que
os melhores foram EMBRAPA 1J1013 com 17,25 centímetros e BMX 1105 com
1,655 centímetros respectivamente, e o pior desempenho nos dois caracteres foi
LAND-205 com 8,25 centímetros de comprimento e 0,715 centímetros de
diâmetro, os genótipos de pior resultado, tiveram um desempenho muito ruim,
uma vez que Cancellier (2005), verificou um comprimento médio de espigas de 16
centímetros, no centro sul do estado do Tocantins. Quanto a número de grãos por
fileira e número de fileiras destaca-se CD 393 (15 grãos por fileira) e (9 fileiras),
como melhor desempenho e como pior desempenho BG7051H com 1,5 grão por
fileira e 1 fileira. Fernandes et al. (2005) verificou um número médio de 36,31
grãos por fileira e 13,69 fileiras, o número de grãos no experimento foi baixo,
sendo o que apresenta maior relação com a produtividade de milho (BELOW,
1995 apud TOMAZELA, 2006), o que se refletiu na produção de grãos. A massa
de espigas o melhor resultado foi XB 8018, que não diferiu de XBX 70202,
BG7060H, 30B39H, AX727, KSP 1354, EMBRAPA 1J1013, EMBRAPA 1J1012,
BRS 1002, AL Avaré, Dx 816, 2B604HX, CD 384Hx, CD 393, CD 386Hx, CD 324,
20A55Hx, 30A91Hx, LAND-229. O pior desempenho verificado foi de EMBRAPA
1J1017. A massa de espigas teve resultados ruins, se comparados com a
situação irrigada, principalmente pelo fato de as espigas terem muito poucos
grãos.
O número de espigas mais alto verificado foi do genótipo 30A91Hx (64
espigas), que não difere de Dx 815 (59 espigas), CD 384Hx (55 espigas),
20A55Hx (53 espigas), não sendo notadas diferenças significativas nos demais,
apenas no pior desempenho que foi o genótipo 2B655HX. O número de espigas
para os melhores desempenhos foi satisfatório, com mais de uma espiga por
planta, o numero de espigas é importante componente da produtividade final
(STORCK, 2002).
Na massa de cem grãos o melhor resultado foi obtido pelo genótipo CD
324 (41,275 g), que não difere de LAND-186 (34,63 g), que por sua vez não tem
diferença para os demais genótipos. Duarte et al (2007) verificou massa de cem
demonstra que a massa de cem grãos teve valores satisfatórios. Quanto a
produção de grãos o melhor resultado foi CD 393 com 1907 kg ha-1, não diferindo
de 30A91Hx, CD 324, AX727, 30B39H e XB 8018. O pior desempenho foi
verificado pela cultivar BG7051H com 50 kg ha-1. O desempenho baixo verificado
explica-se pela forte seca que se abateu sobre o estado durante o
desenvolvimento da cultura, o que não permitiu um desenvolvimento pleno das
cultivares, Cardoso et al (2003), verificou produtividade média de 7.166 kg ha-1,
Tabela 1 – Resultados dos genótipos Normal/Precoce em condição de sequeiro avaliados estatura de plantas (EP, m), estatura de inserção da primeira espiga (EE, m), diâmetro do colmo, média de três plantas (DC, cm), número de plantas
(NP, em milhares ha-¹), número de plantas quebradas mais as acamadas (QA, em
milhares ha-¹), comprimento da espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO,
cm), diâmetro da espiga, média de cinco espigas aleatórias (DE, cm), número de grãos por fileira, média de cinco espigas aleatórias (NGF), número de fileiras, média de cinco espigas (NF), massa de espigas (ME, kg), número de espigas
(NEP, em milhares ha-¹), produção de grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos
(MCG, g).
Tratam ento Cultivar NPE NPQ/A EP EE. DC. CO. DE NGF NF ME NEP PG MCG 1 LAND-186 52,00 0 a-n 1,24 a-t 0,68 a-k 1,09 a-h 13,75 g-t 1,04 n-t 5 h-t 3 d-t 1,6 i-t 36 p-t 0,16 n-t 34,63 a-t 2 LAND-205 50,00 0 a-n 1,16 j-t 0,57 d-t 1 a-t 8,25 t 0,71 t 1,5 st 1 s-t 1,35 n-t 41 i-t 0,31 d-t 32,94 i-t 3 LAND-229 57,00 0 a-n 1,45 a-e 0,88 a 1,01 a-s 14 c-t 1,26 a-q 7 a-t 3,5 a-p 2,65 a-h 49 a-i 0,65 b-j 36,08 a-o 4 30A91Hx 63,00 0 a-n 1,37 a-g 0,73 a-d 1,01 a-s 14,5 b-t 1,41 a-f 11,5 ab 6,5 a-c 2,7 a-f 64 a 1,15 a-c 36,07 a-p 5 20A55Hx 58,00 0 a-n 1,33 a-j 0,66 a-n 0,88 l-t 14 d-t 1,32 a-n 6,5 ct 3 e-t 2,2 a-p 53 a-e 0,55 b-q 36,04 a-r 6 BM X 1126 47,00 0 a-n 0,97 t 0,65 a-p 0,78 st 10 d-t 1,38 a-h 6 e-t 3,5 a-q 1 st 42 f-t 0,24 h-t 33,17 g-t 7 BM X 1105 55,00 0 a-n 1,54 ab 0,78 ab 1,08 a-j 14,75 a-s 1,65 a 4 o-t 3 f-t 1,55 l-t 42 g-t 0,72 b-h 34,81 a-t 8 CD 324 56,00 1 a-g 1,2 e-t 0,48 q-t 0,93 g-t 16,75 a-e 1,21 b-t 11,5a-c 5 a-e 2,2 a-q 51 a-g 1,42 a-b 41,27 a 9 CD 386Hx 54,00 0 a-n 1,04 o-t 0,56 h-t 0,95 f-t 16,5 a-f 1,18 c -t 4,5 k -t 2,5 j-t 2,35 a-l 45 a-n 0,16 m-t 30,32 q-t 10 CD 393 49,00 0 a-n 1,18 h-t 0,53 m-t 1,1 a-f 14 e-t 1,51 ab 15 a 9,00 a 3,05 ab 44,0 a-q 1,91 a 31,71 n-t 11 CD 384Hx 53,00 1 a-h 1,02 p-t 0,53 n-t 0,91 k-t 16 a-j 1,46 a-d 11 a-e 4,5 a-h 2,95 a-c 55 a-c 0,58 b-o 31,64 o-t 12 CD 397YG 55,00 1 a-i 1,26 a-r 0,69 a-h 1,04 a-q 15,5 a-l 1,3 a-o 6,5 d-t 4 a-j 1,65 f-t 45 a-o 0,59 b-m 33,41 e-t 13 ExpCr107 53,00 0 a-n 1,06 n-t 0,45 st 0,83 p-t 15,5 a-m 0,94 q-t 7 b-t 2,5 k-t 1,4 m -t 44 a-r 0,27 f-t 39,27 a-f 14 ExpCr101 52,00 1 a-j 1,21 c-t 0,69 a-i 0,5 t 15,25 a-q 1,17 d-t 8,5 a-i 4 a-k 1,65 g-t 43 b-t 0,71 b-i 37,73 a-l 15 ExpCr109 51,00 0 a-n 1,08 m-t 0,42 t 0,83 q-t 10,25 q-t 1,29 a-p 6 f-t 3,5 a-r 1,75 b-t 43 b-t 0,48 b-s 33,68 c -t 16 Dx 815 55,00 6a 1,28 a-n 0,69 a-j 0,95 d-t 12,5 k-t 1,24 a-r 8 a-m 3,5 a-s 1,85 b-t 59 ab 0,13 p-t 33,10 h-t 17 Dx 816 50,00 0 a-n 1,20 d-t 0,46 r-t 0,85 n-t 10,75 o-t 1,08 k -t 7,5 a-p 4 a-l 2,15 a-r 48 a-j 0,25 h-t 27,65 t 18 2B604HX 56,00 0 a-n 1,26 a-s 0,61 a-t 0,87 m -t 12 l-t 1,34 a-l 7,5 a-p 3,5 a-t 1,95 a-t 43 c-t 0,61 b-l 37,07 a-n 19 2B655HX 50,00 0 a-n 1,33 a-k 0,57 e-t 1,07 a-m 15,5 a-n 1,35 a-i 4,5 l-t 3,5 b-t 2,35 a-m 30 s t 0,27 g-t 39,83 a-d 20 AL Avaré 46,00 1 a-k 1,31 a-l 0,56 f-t 0,93 h-t 17 a-c 1,20 b-t 10 a-f 4 a-m 2,55 a-j 44 a-s 1,04 a-d 39,94 a-c 21 BRS 1002 43,00 0 a-n 1,62 a 0,73 a-e 1,16 a-c 17 a-d 1,46 a-e 8,5 a-j 7,5 a-b 2,85 a-d 47 a-k 0,23 j-t 32,19 j-t 22 EMBRAPA
1J1012
50,00 0 a-n 1,2 f-t 0,55 l-t 1,06 a-o 16,5 a-g 1,34 a-k 7 b-t 3 g-t 2,6 a-i 43 d-t 0,49 b-r 37,34 a-m 23 EMBRAPA
1J1013
43,00 3 a-c 1,37 a-h 0,55 j-t 0,95 e-t 17,25 a 1,35 a-j 8 a-n 3 h-t 2,7 a-g 33 q-t 0,61 b-k 38,1 a-j 24 EMBRAPA
1J1017
40,00 2 a-e 1,22 b-t 0,68 a-l 1,07 a-l 13 h-t 1,07 l-t 3 r-t 1,5 r-t 1 t 26 t 0,06 s-t 34,28 b-t 25 KSP 1354 49,00 0 a-n 1 st 0,55 k-t 0,99 b-t 10,65 p-t 1,23 a-s 9 a-h 4,5 a-i 2,35 a-n 40 k-t 0,44 b-t 39,22 a-g 26 AIGS 112 54,00 2 a-f 1,31 a-m 0,72 a-f 1,07 a-n 15 a-r 1,33 a-m 8,5 a-k 5,5 a-d 1,6 j-t 42 h-t 0,59 b-n 41,04 ab 27 AIGS 316 49,00 0 a-n 1,35 a-i 0,59 b-t 1,12 a-d 15,5 a-o 1 p-t 4,5 m-t 2 n-t 1,675 e-t 37 o-t 0,17 l-t 31,80 l-t 28 AIGS 318 44,00 0 a-n 1,01 r-t 0,58 b-t 1,08 a-k 11,25 n-t 1,09 j-t 5 i-t 2 o-t 1,15 q-t 41 j-t 0,18 k-t 29,12st 29 AX727 48,00 0 a-n 1,41 a-f 0,72 a-g 1,16 ab 16,25 a-i 1,25 a-r 8 a-o 4 a-n 2,45 a-k 47 a-l 1,01 a-e 35,01 a-s 30 30B39H 53,00 0 a-n 1,22 b-t 0,52 p-t 1,03 a-r 15,5 a-o 1,15 e-t 4 p-t 2,5 l-t 2,75 a-e 52 a-f 0,96 a-f 36,07 a-q 31 30F53H 52,00 1 a-l 1,28 a-p 0,63 a-r 0,98 c-t 8,75 s t 0,94 r-t 3,5 q-t 2 p-t 1,2 p-t 43 e-t 0,08 r-t 29,38 r-t 32 30R50H 60,00 0 a-n 1,28 a-o 0,53 o-t 0,85 o-t 16,5 a-h 1,11 i-t 4,5 n-t 2 q-t 1,7 d-t 51 a-h 0,11 q-t 33,3 f-t 33 BG7051H 54,00 0 a-n 1,01 q-t 0,62 a-s 1,1 a-g 11,5 m -t 0,78 st 1,5 t 1 t 1,1 r-t 46 a-m 0,05 t 31,88 k -t 34 BG7060H 53,00 0 a-n 1,19 g-t 0,56 g-t 0,82 r-t 12,9 i-t 1,11 h-t 5,5 g-t 2,5 m -t 2,05 a-s 44 a-s 0,16 o-t 30,37 p-t 35 XBX 70202 48,00 0 a-n 1,54 a-c 0,74 a-c 0,92 i-t 17,25 ab 1,14 f-t 11,5 a-d 5 a-f 2,25 a-o 39 l-t 0,56 b-p 31,75 m-t 36 XB 8014 51,00 3 a-d 1,14 k-t 0,58 c-t 1,09 a-i 14,75 a-t 1,01 o-t 5 j-t 3 i-t 1,25 o-t 45 a-p 0,28 e-t 37,88 a-k 37 XB 8016 58,00 1 a-m 1,27 a-q 0,66 a-o 1,23 a 15,5 a-p 1,51 a-c 7,5 a-r 3,5 c-t 1,725 c -t 38 n-t 0,33 b-t 39,57 a-e 38 XB 8018 56,00 0 a-n 1,49 a-d 0,68 a-m 1,12 a-e 15,75 a-k 1,14 g-t 7,5 a-s 3,5 c-t 3,325 a 54 a-d 0,91 a-g 39,21 a-i 39 RG-03 47,00 4 ab 1,13 l-t 0,64 a-q 1,06 a-p 14 a-t 1,41 a-g 9,5 a-g 4 a-0 1,65 h-t 39 m -t 0,24 i-t 39,22 a-h 40 RG -02 A Turbo 47,00 0 a-n 1,18 i-t 0,56 i-t 0,92 j-t 12,75 j-t 1,06 m-t 8,5 a-l 5 a-g 1,6 k-t 33 r-t 0,31 c-t 33,65 d-t Média 51,53 0,68 1,24 0,62 0,99 14,11 1,22 6,98 3,60 2,00 44,03 0,50 35,02 CV(%) 11,59 252,79 17,12 19,89 16,85 18,80 20,47 48,39 48,15 39,92 21,42 70,46 11,66
4.2 Precoce/Normal Irrigado
Pelo teste SNK a partir das indicações de significância dados pela análise
de plantas quebradas ou acamadas, estatura de plantas, estatura de inserção de
espigas, diâmetro do colmo, comprimento de espiga, número de grãos por fileira,
massa de espigas, número de espigas, massa de grãos e massa de cem grãos
(Tabela 2). As plantas desse experimento tiveram o efeito da estiagem
minimizado devido a irrigação por pivô central, como demonstra o balanço hídrico
(Anexo B). A população média foi de 43.325 plantas por hectare e o número
médio de plantas quebradas ou acamadas 16 050 plantas por hectare. O pior
desempenho em relação a plantas quebradas foi do genótipo Dx 815, com 47.000
plantas por hectare, e o melhor desempenho da variedade Dx 816, com 1.000
plantas hectare.
Em relação a estatura de plantas, houveram diferenças, sendo o melhor
desempenho do genótipo AIGS 112 (2,085 m), que é semelhante ao RG-02 A
Turbo (1,905 m), que não diferiu do pior desempenho, que foi da cultivar
ExpCr107 (1,675 m). Quanto a altura de inserção da espiga, o melhor
desempenho foi AIGS 112, que não diferiu de RG-03 (1,505 m), AIGS 316 (1,445
m), AIGS 318 (1,435 m), XB 8016 (1,385 m), XB 8018 (1,19 m), XBX 70202
(1,265 m), AL Avaré (1,385 m), Dx 815 (1,19 m), CD 397YG (1,32 m), CD 393
(1,345 m), 20A55Hx (1,21 m), LAND-205 (1,325 m), LAND-186 (1,29 m),
EMBRAPA 1J1013 (1,185 m), este último que não diferiu dos demais, à exceção
do genótipo ExpCr107 (0,94 m) de pior desempenho. Santos et al. (2002),
também verificou um aumento concomitante de estatura de plantas com a
estatura de inserção de espigas, que correlacionaram-se positivamente com a
produtividade. Para o diâmetro do colmo, o melhor foi AIGS 316 (1,515 cm), que
não diferiu de 30B39H (1,035 cm), que por sua vez não diferiu dos demais,
resultados que concordam com Sousa et al. (2012), que verificou diâmetro de
colmo de 1,5 centímetros utilizando biofertilizantes bovinos, sendo o pior resultado
da variedade BMX 1126 (0,84 cm). Uma característica fundamental do milho, para
produção em larga escala é a qualidade do colmo, o que pode ser avaliado pelo
numero de plantas acamadas ou quebradas (MIRANDA et al., 2003). Os colmos
não tiveram desempenho satisfatório, o que refletiu em número alto de plantas
acamadas ou quebradas.
Em relação ao comprimento de espigas, a de maior comprimento foi do
relação ao diâmetro, AIGS 316 (2,305 cm) foi o de espiga com maior diâmetro, e
XB 8014 (1,61 cm) foi a espiga de menor diâmetro. Souza et al (2003) verificou
comprimento de espigas médio de 19,8 centímetros e um diâmetro médio de 5,08
centímetros em condição irrigado no Mato Grosso do Sul. O que demonstra que
as espigas tiveram um desenvolvimento satisfatório em relação ao comprimento,
mas não em relação ao diâmetro.
O número de fileiras revelou o genótipo BRS 1002 com melhor
desempenho (36 grãos), não diferindo de AIGS 316, XB 8016, BG7060H,
BG7051H, 30R50H, 30F53H, 30B39H, AX727, EMBRAPA 1J1017, EMBRAPA
1J1013, EMBRAPA 1J1012, AL Avaré, 2B604HX, Dx 815, ExpCr101, CD 393, CD
324, LAND-205 e LAND-186 e o pior desempenho foi XBX 70202 (18,5 grãos). No
número de grãos por fileira, 2B655HX com 19,5 fileiras foi o que mais teve o
melhor desempenho e o pior foi LAND-229 (11 fileiras). Sendo nos demais os
resultados semelhantes. Meira et al (2009) que encontrou número de fileiras
médio de 15,46 e número de grãos por fileira de 37,12, o número de fileiras
ficaram semelhantes, porém o número de grãos por fileira ficaram parecidos
apenas para os melhores desempenhos. As espigas mostraram numero de grãos
por fileiras e fileiras satisfatório, o que segundo BALBINOT JÚNIOR et al. (2005)
tem correlação total com o rendimento de grãos. Mostrando também que as
plantas tiveram estresse reduzido em função da irrigação, o que refletiu em
melhores produtividades.
A massa de espigas revelou o genótipo 2B655HX como melhor, não
diferindo de XB 8016, XB 8014, 30R50H, 30B39H, AX727, AIGS 316, EMBRAPA
1J1013, EMBRAPA 1J1012, BRS 1002, AL Avaré, 2B604HX, ExpCr109,
ExpCr101, CD 397YG, CD 393, CD 386Hx, CD 324, 20A55Hx e LAND-205, e o
pior desempenho sendo da variedade BMX 1126. O número de espigas revelou
EMBRAPA 1J1013 como melhor desempenho, 73.000 espigas por hectare e XBX
70202 com 35.000 espigas por hectare como pior desempenho, os demais
ficaram com desempenho parecido. Veloso et al. (2006), verificou uma variação
de numero de espigas por hectare de 61.190 a 69.841, testando diferentes doses
de nitrogênio, sendo que os piores resultados neste experimento, ficaram muito
A produção de grãos máxima obtida foi da variedade CD 324 com 7 182,5
kg ha-1, não diferindo de XBX 8016, XBX 8014, 30R50H, 30B39H, AX 727, AIGS
316, EMBRAPA 1J1013, EMBRAPA 1J1012, BRS 1002, AL Avaré, 2B655HX,
2B604HX, Dx 815, ExpCr109, ExpCr101, CD 397YG, CD 393, CD 386Hx,
20A55Hx. O pior desempenho verificado foi de RG-02 A Turbo com 1830 kg ha-1.
A produtividade foi abaixo do esperado, pelo histórico da área que já produziu
mais de 14.000 kg ha-1, Resende & Oliveira (2005) com milho irrigado, semeado
em setembro, obtiveram uma produtividade média de 6037,7 kg ha-1, sendo que
os melhores resultados ainda tiveram um desempenho satisfatório. A massa de
cem grãos revelou o melhor desempenho do genótipo XB 8018, e o pior
desempenho foi 30B39H. A massa de cem grãos mostrou que os grãos tiveram
boa disponibilidade hídrica para enchimento, o que se reflete na produtividade,
sendo o melhor desempenho de XB 8018, com 46,485 gramas, não diferindo de
ExpCr101, BRS 1002, XBX 70202, RG-02 A Turbo, XB 8016, XB 8014, 30R50H,
AIGS 316, EMBRAPA 1J1017, EMBRAPA 1J1013, 2B655HX, ExpCr107, CD
393, CD 386Hx, CD 324, BMX 1105, 20A55Hx, LAND-229, sendo o pior
desempenho do genótipo ExpCr109 com 26, 885 gramas, a média da massa de
cem grãos ficou em 33,22 gramas, o que concorda com Meira et al (2009), que
realizando experimento em área irrigada com adubação nitrogenada de uréia
Tabela 2 – Resultados dos genótipos Normal/Precoce em condição de irrigação avaliados estatura de plantas (EP, m), estatura de inserção da primeira espiga (EE, m), diâmetro do colmo, média de três plantas (DC, cm), número de plantas
(NP, em milhares ha-¹), número de plantas quebradas mais as acamadas (QA, em
milhares ha-¹), comprimento da espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO,
cm), diâmetro da espiga, média de cinco espigas aleatórias (DE, cm), número de grãos por fileira, média de cinco espigas aleatórias (NGF), número de fileiras, média de cinco espigas (NF), massa de espigas (ME, Kg), número de espigas
(NEP, em milhares ha-¹), produção de grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos
(MCG, g).
Tratament Cultivar NPE NPQ/A EP EE. DC. CO. DE NGF NF ME NEP PG MCG 1 LAND-186 48ab 9 h-s 1,98 a-j 1,29 a-k 1,1 a-k 17,5 a-t 1,89 a-h 28,5 a-r 16 a-k 3 j-t 54 f-t 3,15 n-t 32,34 d-t 2 LAND-205 28ab 32 a-c 1,92 a-q 1,32 a-h 1,04 a-q 15,95 m-t 1,80 a-t 30 a-k 15 b-t 3,8 a-r 56 a-t 4,00 c-t 33,2 b-t 3 LAND-229 47ab 11 f-s 1,71 p-s 1,09 l-t 0,92 r-t 17,05 d-t 1,69 q-t 18,5 q-s 11 u 2,95 k-t 49 l-t 3,09 n-t 34,75 a-h 4 30A91Hx 46ab 15 a-r 1,8 i-s 1,17 b-t 0,97 l-t 15,5 r-t 1,82 a-q 26 j-s 16,5 a-i 2,7 o-t 51 k-t 3,31 m-t 29,92 o-t 5 20A55Hx 49ab 12 d-s 1,89 c-s 1,21 a-p 0,98 k-t 15,6 q-t 1,75 h-t 24,5 m-s 16 a-l 3,85 a-q 61 a-k 4,45 a-q 35,23 a-f 6 BMX 1126 56ab 4 q-s 1,77 l-s 1,22 a-n 0,84 t 15,25 st 1,91 a-d 27,5 e-s 16 a-m 2,05 t 36 st 2,14 r-t 31,52 j-t 7 BMX 1105 42ab 17 a-p 1,84 e-s 1,23 a-m 1,12a-h 17,25 c-t 1,70 p-t 18,5 rs 12 s-u 2,6 q-t 62 a-h 2,54 q-t 34,68 a-i 8 CD 324 50ab 10 g-s 1,80 g-s 0,98 q-t 1,01 d-t 21,25 a 1,80 b-t 32,5 a-c 17,5 a-e 5,25 ab 65 a-f 7,18 a 33,73 a-p 9 CD 386Hx 41ab 18 a-o 1,92 a-p 1,16 c-t 0,96 m-t 15,1 t 1,88 a-k 23 o-s 15,5 a-r 4,3 a-m 56 b-t 4,80 a-p 34,92 a-g 10 CD 393 54ab 5 m-s 2,08 a-d 1,34 a-g 0,93 p-t 17,5 b-t 1,74 j-t 31 a-i 14,5 g-u 4,95 a-e 60 a-m 6,84 ab 34,02 a-m 11 CD 384Hx 30ab 29 a-e 1,94 a-o 1,13 f-t 0,98 j-t 15,9 o-t 1,89 a-i 28 c-s 18,5 ab 3,1 h-t 43 p-t 3,50 k-t 31,06 k-t 12 CD 397YG 34ab 25 a-h 2,03 a-e 1,32 a-i 1,26 ab 16,65 i-t 1,76 g-t 26,5 h-s 16 a-n 3,8 a-s 54 g-t 4,77 a-p 30,58 m-t 13 ExpCr107 32ab 27 a-g 1,67 s 0,80 t 0,94 o-t 16,55 j-t 1,77 f-t 26,5 i-s 17 a-f 3,35 e-t 53 h-t 3,80 f-t 33,71 a-q 14 ExpCr101 33ab 25 a-i 1,85 e-s 1,16 d-t 1,07 a-n 19 a-e 1,89 a-j 31 a-j 18 a-c 4,25 a-n 58 a-s 6,08 a-f 41,37 ab 15 ExpCr109 46ab 14 a-s 1,79 j-s 1,06 m-t 1,14 a-f 16,75 g-t 1,85 a-n 27,5 f-s 18 a-d 4,45 a-k 63 a-g 5,52 a-l 26,88 t 16 Dx 815 14b 47 a 1,80 h-s 1,19 a-q 1,03 a-s 17,7 a-r 1,75 i-t 31,5 a-g 16 a-o 3,4 d-t 59 a-o 4,35 a-r 28,59 q-t 17 Dx 816 59a 1 s 1,68 r-s 0,90 st 0,96 n-t 15,9 p-t 1,87 a-l 20,5 p-s 15 b-u 3,05 h-t 56 c-t 3,60 j-t 32,99 c-t 18 2B604HX 39ab 21 a-j 1,99 a-i 1,10 j-t 0,93 q-t 17,75 a-p 1,80 b-t 29,5 a-n 17 a-g 4,1 a-q 53 i-t 5,035 a-o 32,08 f-t 19 2B655HX 56ab 5 n-s 1,98 a-k 1,13 g-t 1,04 a-r 18,45 a-j 2,01 ab 26 k-s 19,5 a 5,5 a 70 ab 5,47 a-m 35,53 a-e 20 AL Avaré 54ab 6 l-s 2,11 a 1,38 a-e 1,17 a-d 16,3 k-t 1,72 l-t 29 a-o 14 k-u 4,15 a-o 60 a-n 4,22 a-s 31,95 g-t 21 BRS 1002 38ab 21 a-k 2,02 a-f 1,12 h-t 1,13 a-g 18,75 a-g 1,83 a-p 36 a 14 l-u 4,7 a-g 69 a-c 6,34 a-e 39,43 a-c 22 EMBRAPA
1J1012
41ab 19 a-m 1,87 d-s 0,99 p-t 1,08 a-l 17,9 a-o 1,87 a-m 29 a-o 14 m-u 4,5 a-i 55 e-t 5,73 a-j 32,14 e-t 23 EMBRAPA
1J1013
35ab 25 a-i 1,94 a-n 1,18 a-s 1,00 e-t 17,55 a-s 1,71 n-t 29,5 a-n 13 r-u 4,85 a-f 73 a 6,50 a-d 34,48 a-j 24 EMBRAPA
1J1017
41ab 19 a-n 1,96 a-m 1,15 e-t 1,10 a-i 18,55 a-i 1,90 a-e 32 a-e 16 a-p 2,9 n-t 59 a-p 3,34 l-t 33,51 a-s 25 KSP 1354 27ab 33 ab 1,72 o-s 0,95 r-t 1,02 b-t 16,7 h-t 1,66 r-t 28,5 b-s 15 c-u 3,05 i-t 47 m-t 3,61 i-t 29,85 p-t 26 AIGS 112 46ab 14 b-s 2,08 ab 1,54 a 0,99 h-t 16,9 f-t 1,72 m-t 28,5 b-s 15 d-u 3,2 g-t 52 j-t 4,08 b-t 27,61 p-t 27 AIGS 316 52ab 8 j-s 2,00 a-h 1,44 a-c 1,51 a 20,35 ab 2,30 a 33,5 ab 17 a-h 5,2 a-d 56 d-t 6,66 a-c 33,96 a-n 28 AIGS 318 53ab 7 k-s 2,08 a-c 1,43 a-d 1,22 a-c 19 a-f 1,71 o-t 27 g-s 14,5 h-u 3,35 f-t 59 a-q 3,65 h-t 30,98 l-t 29 AX727 51ab 9 h-s 1,75 m-s 1,11 i-t 1,14 a-e 18 a-m 1,82 a-r 30 a-l 14,5 i-u 4,55 a-h 57 a-t 6,02 a-g 33,22 b-t 30 30B39H 43ab 17 a-q 2,01 a-g 1,3 a-j 1,03 a-t 16,95 e-t 1,90 a-f 32 a-f 16,5 a-j 4,5 a-j 69 a-d 5,85 a-i 28,54 r-t 31 30F53H 28ab 32 a-d 1,72 n-s 1,03 n-t 0,89 st 17,75 a-q 1,79 d-t 29 a-p 16 a-q 2,95 l-t 44 o-t 3,02 o-t 30,33 n-t 32 30R50H 39ab 21 a-l 1,82 f-s 1,21 a-o 1 f-t 18,65 a-h 1,92 a-c 29 a-q 15 e-u 4,4 a-l 62 a-i 5,14 a-n 33,25 a-t 33 BG7051H 31ab 29 a-f 1,7 q-s 1,10 j-t 0,99 i-t 18,1 a-l 1,73 k-t 31,5 a-h 15 f-u 2,95 m-t 45 n-t 3,86 e-t 31,77 i-t 34 BG7060H 55ab 5 o-s 1,78 k-s 1,01 o-t 1,07 a-o 18,15 a-k 1,80 c-t 30 a-m 14,5 j-u 3,5 c-t 59 a-r 3,77 g-t 33,88 a-o 35 XBX 70202 37ab 8 j-s 1,91 a-r 1,26 a-l 1,05 a-p 19,35 a-d 1,82 a-s 18,5 s 12 tu 2,65 p-t 35 t 2,13 st 36,24 a-d 36 XB 8014 46ab 14 c-s 1,97 a-l 1,21 a-o 0,99 g-t 15,95 n-t 1,61 t 28 d-s 13,5 p-u 4,15 a-p 61 a-l 5,92 a-h 34,46 a-k 37 XB 8016 58a 2rs 1,94 a-n 1,38 a-f 1,10 a-j 17,95 a-n 1,9 a-g 32,5 a-d 14 n-u 5,25 a-c 66 a-e 5,64 a-k 33,68 a-r 38 XB 8018 48ab 12 e-s 1,9 a-s 1,19 a-r 1,02 b-t 20 a-c 1,78 e-t 26 l-s 14 o-u 3,7 b-t 62 a-j 3,87 d-t 46,48 a 39 RG-03 55ab 5p-s 2,08 a-d 1,50 ab 1,07 a-m 17 d-t 1,84 a-o 24,5 n-s 15,5 a-s 2,2 r-t 41 r-t 2,65 p-t 31,8 h-t 40 RG-02 A Turbo 51ab 9 i-s 1,90 a-s 1,1 k-t 1,01 c-t 16 l-t 1,65 st 23 o-s 13,5 q-u 2,1 st 42 q-t 1,83 t 34,09 a-l Média 43,33 16,05 1,90 1,19 1,05 17,46 1,82 27,85 15,29 2,00 55,80 4,44 33,22 CV(% ) 23,48 58,11 6,47 9,67 13,84 8,84 8,26 12,64 7,14 23,68 21,86 27,29 14,42
4.3 Super Precoce Sequeiro
Pelo teste SNK, a partir das indicações de significância dados pela análise
de plantas eretas, número de plantas quebradas ou acamadas,estatura de
plantas, estatura de inserção de espigas, diâmetro do colmo, comprimento de
espiga, número de grãos por fileira, massa de espigas, número de espigas,
produção de grãos e massa de cem grãos (tabela 3). Assim como no ensaio
normal/precoce sequeiro, houve efeito severo da estiagem sobre os genótipos
(Anexo B). O número de plantas eretas o melhor desempenho foi de XBX 80281
com 64 000 plantas por hectare, não diferindo dos demais, apenas do genótipo de
pior desempenho, P1630H com 36 000 plantas por hectare. Quanto ao número de
plantas quebradas o pior desempenho foi P1630H com 20 000 plantas, diferindo
apenas da variedade XBX 80438, que não diferiu dos demais.
Nos caracteres estatura de plantas, estatura de inserção de espigas,
diâmetro do colmo, comprimento de espigas, diâmetro de espigas, número de
fileiras, número de grãos por fileira e massa de cem grãos, houve diferenças
significativas apenas entre o melhor e o pior genótipo.
A massa de espigas, a melhor variedade foi XBX 80408, que não diferiu de
AIGS 285. O pior genótipo foi AG 9020, que não diferiu dos demais. O número de
espigas apresentou diferenças significativas apenas entre o pior e o melhor
genótipo, sendo o melhor EMBRAPA 1F640, com 76 000 espigas por hectare e o
pior KSP 1356, com 55 000 espigas por hectare, valor bem acima do número de
espigas por hectare verificado por Possamai et al. (200) que foi de 40.000. O
número de grão por espiga é afetado pelo efeito da disponibilidade hídrica
(SERPA et al, 2012), o que afetou diretamente na massa de espigas.
A produção de grãos , assim como o número de espigas, apenas
apresentou diferenças significativas entre o melhor e o pior genótipo, 30A95Hx
que produziu 1.700,5 kg ha-1 e AIGT 321 com 95 kg ha-1, respectivamente. Foi
muito baixa, os genótipos sofreram estresse hídrico muito forte, Leal et al. (2005)
em produção de milho no cerrado com rotação de culturas obteve produtividade
Tabela 3 – Resultados dos genótipo super precoce na condição de sequeiro avaliados estatura de plantas (EP, m), estatura de inserção da primeira espiga (EE, m), diâmetro do colmo, média de três plantas (DC, cm), número de plantas
(NP, em milhares ha-¹), número de plantas quebradas mais as acamadas (QA, em
milhares ha-¹), comprimento da espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO,
cm), diâmetro da espiga, média de cinco espigas aleatórias (DE, cm), número de grãos por fileira, média de cinco espigas aleatórias (NGF), número de fileiras, média de cinco espigas (NF), massa de espigas (ME, Kg), número de espigas
(NEP, em milhares ha-¹), produção de grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos
(MCG, g).
Tratam enC u ltiva r N P E N P Q /A E P E E . D C . C O . D E NG F N F M E NE P P G M C G 1 30 A 95 Hx 57a b 0a b 1,25 a b 0 ,69 ab 0 ,81 b 14 b 1 ,33 ab 12,5 a b 4 ab 2 ,5 b c 6 6a b 1 ,07 a 32,26 ab 2 20 A 78 Hx 63a 0a b 1,25 a b 0 ,79 ab 0 ,92 b 10,2 5 b 1 ,35 ab 11,5 a b 4,5 ab 1,9 c 6 5a b 0 ,73 ab 31,90 ab 3 B M X 924 60a b 0a b 1,15 a b 0 ,52 b 1 ,01 ab 11,7 5 b 0 ,99 ab 4,5 ab 2,5 ab 1,4 c 5 8a b 0 ,17 ab 32,77 ab 4 E x pC r1 06 53a b 2a b 1,02 b 0 ,55 ab 0 ,91 ab 9,75 b 1 ,14 ab 3,5 ab 2 ab 1,7 c 52 b 0 ,22 ab 33,84 ab 5 E x pC r1 08 46a b 0a b 1,1 ab 0 ,53 b 1 ,08 ab 12,7 5 b 1 ,12 ab 9,5 ab 4,5 ab 1 ,65 c 47 b 0 ,32 ab 32,45 ab 6 D x 918 57a b 2a b 1,07 a b 0 ,58 ab 1 ,05 ab 11 b 1 ,33 ab 6,5 ab 2,5 ab 1 ,35 c 47 b 0 ,26 ab 28,49 ab 7 D x 919 59a b 1a b 1,13 a b 0 ,64 ab 0 ,92 ab 10,5 b 1 ,02 ab 6 ab 3 ab 1,6 c 50 b 0 ,62 ab 32,76 ab 8 2B 4 33 Hx 58a b 0a b 1,11 a b 0 ,77 ab 0 ,9a 14,2 5 b 1 ,23 ab 7,5 ab 2,5 ab 2,15 b c 6 2a b 0 ,73 ab 33,18 ab 9 2B 5 12 Hx 62a 1a b 1,36 a b 0 ,77 ab 0 ,91 ab 13,5 b 1 ,25 ab 6,5 ab 3,5 ab 2,25 b c 54 b 0 ,85 ab 35,71 ab 1 0 E M B RA P A 1 F 640 53a b 3a b 1,19 a b 0 ,7a b 1 ,15 ab 14,7 5 b 1 ,03 ab 8 ab 3 ab 2,55 b c 76 a 0 ,6 a b 40,20 a 1 1 E M B R A P A 1G 7 48 58a b 1a b 1,3 ab 0 ,64 ab 1 ,06 ab 9,5 b 0 ,97 ab 2 ab 1 b 1 ,75 c 5 8a b 0 ,12 ab 34,99 ab 1 2 E M B R A P A 1G 7 50 52a b 5a b 1,19 a b 0 ,72 ab 1 ,05 ab 10,7 5 b 0 ,84 ab 5,5 ab 4 ab 1,9 c 6 4a b 0 ,35 ab 34,33 ab 1 3 K S P 1 35 6 51a b 1a b 1,1 ab 0 ,69 ab 1 ,08 ab 13 b 1 ,08 ab 5,5 ab 2,5 ab 1 ,85 c 55 b 0 ,53 ab 36,52 ab 1 4 A IG S 285 55a b 0a b 1,22 a b 0 ,67 ab 1 ,17 a 16,5 b 1 ,28 ab 8,5 ab 4 ab 3,65 a b 6 0a b 0 ,87 ab 27,87 b 1 5 A IG T 321 57a b 3a b 1,13 a b 0 ,75 ab 1 ,08 ab 10,5 b 0 ,83 ab 2 b 1,5 ab 1,2 c 48 b 0 ,09 b 29,12 ab 1 6 32 R4 8H 56a b 0a b 1,24 a b 0 ,7 a b 0 ,89 ab 9,5 b 1 ,06 ab 7,5 ab 3 ab 1 ,15 c 51 b 0 ,18 ab 32,20 ab 1 7 P 163 0H 36b 20 a 1,24 a b 0 ,69 ab 0 ,96 ab 12 b 1 ,08 ab 7 ab 3,5 ab 1 ,15 c 46 b 0 ,20 ab 33,75 ab 1 8 XB X 80 281 64a 0a b 1,18 a b 0 ,82 ab 1 ,11 ab 14,7 5 b 1 ,23 ab 11 a b 5 ab 2,02 5 c 56 b 0 ,65 ab 31,80 ab 1 9 XB X 80 408 58a b 2a b 1,57 a 0 ,92 a 1 ,16 ab 22,5 a 1 ,40 a 13 a 5,5 a 4,4 a 6 5a b 0 ,97 ab 27,99 ab 2 0 XB X 80 438 58a b 0b 1,2 ab 0 ,61 ab 1 ,1 a b 12 b 1 ab 8,5 ab 3,5 ab 1 ,85 c 53 b 0 ,42 ab 31,30 ab 2 1 A G 90 2 0 61a 1a b 1,38 a b 0 ,77 ab 1 ,16 ab 11,5 b 0 ,77 b 4,5 ab 2 ab 1,1 c 51 b 0 ,27 ab 35,48 ab
Média 55,90 2,00 1,21 0,69 1,02 12,61 1,11 7,19 3,21 1,96 56,38 0,49 32,81 C V(%) 11,21 283,20 11,63 13,61 12,53 17,37 18,28 45,86 35,70 25,74 9,53 50,80 9,66
4.4 Super Precoce Irrigado
Pelo teste SNK, evidenciaram-se diferenças significativas para os
caracteres número de plantas eretas, número de plantas quebradas ou
acamadas, estatura de plantas, estatura de inserção de espigas, diâmetro do
colmo, comprimento de espiga, número de grãos por fileira, número de espigas,
produção de grãos e massa de cem grãos (Tabela 4). A irrigação por pivô central
minimizou os efeitos da estiagem, por quase todo o ciclo, ocorrendo estresse
apenas no final do ciclo (Anexo B).
Os caracteres número de plantas eretas, número de plantas quebradas
mais acamadas e estatura de plantas, apresentaram diferenças significativas
significativas. O numero de plantas eretas teve bom resultado sendo o melhor
desempenho de 30A95Hx e EMBRAPA 1G748 com 55.000 plantas por hectare,
não diferindo dos demais, a exceção do genótipo de pior desempenho P1630H
que teve um numero muito abaixo do esperado, com 10.000 plantas.
Consequentemente o número de plantas quebradas mais acamadas teve como
melhor desempenho os genótipos 30A95Hx e EMBRAPA 1G748, com apenas
5.000 plantas e o pior desempenho do híbrido P1630H com 50.000 plantas,
resultados que divergem de Sangoi et al. (2007) que colocou como densidade
ótima de plantas 81.016 plantas, testando produtividade em diferentes densidades
de plantas. A estatura de plantas mostrou plantas de porte alto, com bom
desenvolvimento vegetativo, sendo o melhor resultado de XBX 80438 com 2,17
metros, não diferindo dos demais, apenas do pior desempenho que foi
20A78Hx 1,945 metros, BELEZE et al. (2003), também verificou uma maior
estatura em genótipos super precoces em relação aos outros.
A estatura de inserção de espiga teve o melhor desempenho da variedade
EMBRAPA 1G748 (1,435 m), que não diferiu de AIGT 321 (1,41 m), XBX 80281
(1,365 m) e XBX 80438 (1,325 m). O pior desempenho foi da variedade ExpCr108
(0,99 m), os demais não tiveram diferenças significativas. Mendonça et al (1999),
verificou estatura média de inserção de espigas de 1,32 metros, não havendo
diferenças com os melhores resultados. Quanto ao diâmetro do colmo o melhor
foi ExpCr108 (1,28 cm), que não diferiu de BMX 924 (1,26 cm), Dx 918 (1,14 cm),
EMBRAPA 1G748 (1,205 cm), AIGS 285 (1,15 cm), XBX 80281 (1,135 cm), AG
9020 (1,25 cm) e os piores foram 32R48H (0,76 cm), seguido pelo P1630H (0,88
cm), os demais não houve diferenças significativas. Cruz et al. (2008) em
experimento com milho irrigado encontrou diâmetro de colmo de 2,43 centímetros,
resultado que demonstra que as cultivares tiveram diâmetro do colmo reduzido. O
diâmetro do colmo demonstra que as cultivares de menor diâmetro tiveram um
acamamento ou quebraram com mais facilidade, já as de melhor desempenho
tiveram um stand final mais consistente.
O comprimento de espigas revelou diferenças significativas apenas entre o
melhor XBX 80408 (22,55 cm), que não diferiu de XBX 80438 (21,05 cm), e os
outros, as espigas ficaram com alto comprimento, Cruz et al (2008) teve espigas
genótipo foi 20A78Hx (1,93 cm), que não difere de P1630H (1,93 cm), ExpCr108
(1,92 cm), AIGS 285 (1,915 cm), EMBRAPA 1G748 (1,9 cm), 30A95Hx (1,855
cm), BMX 924 (1,77 cm), ExpCr106 (1,865 cm), Dx 919 (1,82 cm), 2B433Hx
(1,885 cm), 2B512Hx (1,875 cm), KSP 1356 (1,825 cm), AIGT 321 (1,84 cm) e
XBX 80408 (1,83 cm), os piores foram os genótipos XBX 80438 (1,49 cm),
EMBRAPA 1G750 (1,5 cm) e 32R48H (1,53 cm). Resultado que discorda de
Santos et al. (2005), que verificou um diâmetro de espigas de 4,4 centímetros.
O número de fileiras e o número de grãos por fileira na espiga, revelaram
diferenças apenas entre os melhores e os piores resultados, sendo o melhor
P1630H com 33,5 grãos por fileira e 19,5 fileiras e o pior XBX 80281, com 13
grãos por fileira e 9,5 fileiras, à exceção dos piores resultados. Santos et al.
(2005), obteve um número médio de fileiras de 14, em milho orgânico, resultado
que concorda com a média do experimento que é de 15,59. Números
diferenciados se dão provavelmente pela variabilidade genética dos materiais
(GILO, 2011).
O número de espigas por hectare mostrou como melhor a variedade
EMBRAPA 1F640 (85.000 espigas), que não diferiu de EMBRAPA 1G750 (80.000
espigas) e 30A95Hx (75.000 espigas), o pior desempenho foi de AIGS 285
(44.000 espigas) que não diferiu das demais variedades, Schiavinatti et al (2011)
em milho irrigado obteve um número de espigas médio de 51.111. A exceção do
pior genótipo, os demais tiveram um bom número de espigas por hectare, o que
segundo Junior, et al (1997) eleva o rendimento de grãos.
A massa de cem grãos mostrou diferenças significativas apenas no melhor
e pior resultado, XBX 80281 (37,685 gramas) e P1630H (27,17 gramas)
respectivamente. A Produção de grãos não revelou diferenças significativas entre
os genótipos, apenas entre EMBRAPA 1F640 com 9.505 kg.ha-1 e XBX
80281 com 1.693 kg.ha-1, melhor e pior resultado respectivamente. A produção
de grãos foi boa, melhor que a média do estado, 4.912 kg ha-1 (CONAB, 2011) a
Tabela 4 – Resultados dos genótipos super precoce em condição de irrigação, avaliados estatura de plantas (EP, m), estatura de inserção da primeira espiga (EE, m), diâmetro do colmo, média de três plantas (DC, cm), número de plantas
(NP, em milhares ha-¹), número de plantas quebradas mais as acamadas (QA, em
milhares ha-¹), comprimento da espiga, média de cinco espigas aleatórias (CO,
cm), diâmetro da espiga, média de cinco espigas aleatórias (DE, cm), número de grãos por fileira, média de cinco espigas aleatórias (NGF), número de fileiras, média de cinco espigas (NF), massa de espigas (ME, g), número de espigas
(NEP, em milhares ha-¹), produção de grãos (PG, T ha-¹) e massa de cem grãos
(MCG, g).
Tratam entCultivar NP E NP Q /A E P E E . DC. CO . DE NG F NF M E NE P P G M CG 1 30A 95Hx 55 a 5 b 2,09 ab 1,22 b-e 1,06 c -e 16,75 c 1,85 a-c 31,5 a 18,5 ab 6,35 a 75 a-c 7,86 a 30,44 ab 2 20A 78Hx 49 a 11 b 1,94 b 1,19 b-e 1,06 c -e 17,3 c 1,93 a 29,5 ab 19,5 a 4 ab 54 c -e 5,17 a-c 28,97 ab 3 B M X 924 50 a 10 b 2,06 ab 1,20 b-e 1,26 ab 18,65 bc 1,77 a-d 31 a 14,5 c 4,55 ab 51 de 5,87 a-c 29,53 ab 4 E x pCr106 50 a 10 b 2,01 ab 1,17 c -e 1,09 c -e 15,85 c 1,86 a-c 26 a-c 17 a-c 4,15 ab 48 de 5,36 a-c 28, 42 ab 5 E x pCr108 49 a 11 b 1,96 ab 0,99 f 1,28 a 19,15 bc 1,92 a 30 a 16 a-c 4,05 ab 45 de 5,48 a-c 32,73 ab 6 Dx 918 32 ab 21 b 2,02 ab 1,08 ef 1,14 a-d 16,8 c 1,72 b-e 27 a-c 17 a-c 3,45 ab 46 de 4,13 a-c 31,66 ab 7 Dx 919 32 ab 28 ab 1,98 ab 1,2 b-e 1,11 b-d 17,2 c 1,82 a-d 31 a 14 c 4,2 ab 53 c -e 5,28 a-c 27,8 ab 8 2B 433Hx 45 a 15 b 2,09 ab 1,2 b-e 0,93 ef 15,85 c 1,88 a-c 26,5 a-c 17 a-c 4,85 ab 62 b-e 7,05 ab 30,3 ab 9 2B 512Hx 54 a 6 b 1,95 ab 1,2 b-e 1,03 c -e 18,15 bc 1,87 a-c 26 a-c 16,5 a-c 4,75 ab 63 b-e 6,55 a-c 34,17 ab 10 E M B RA P A 1F640 40 a 20 b 2,02 ab 1,20 b-e 1,05 c -e 19,15 bc 1,71 c -e 33 a 17 a-c 6,35 ab 85 a 9,50 a 30,57 ab 11 E M B RA P A 1G748 55 a 5 b 2,02 ab 1,43 a 1,20 a-c 17,15 c 1,9 ab 26 a-c 17 a-c 4,2 ab 59 c -e 4,72 a-c 30,88 ab 12 E M B RA P A 1G750 47 a 13 b 2,06 ab 1,34 a-c 1,03 c -e 17,4 c 1,5 f 30,5 a 14 c 5,65 ab 80 ab 7,54 a 31,23 ab 13 K S P 1356 28 ab 32 ab 1,98 ab 1,31 a-d 1,03 c -e 16,5 c 1,82 a-d 29 a-c 15 bc 3,8 ab 55 c -e 5,34 a-c 30,15 ab 14 A IG S 285 50 a 10 b 2,02 ab 1,16 c -e 1,15 a-d 19,2 bc 1,91 a 28,5 a-c 15,5 bc 4,65 ab 44 e 6,13 a-c 30,39 ab 15 A IG T 321 42 a 18 b 2,01 ab 1,41 a 0,98 d-f 18,1 bc 1,84 a-d 31 a 16 a-c 4,3 ab 55 c -e 5,25 a-c 28,87 ab 16 32R48H 32 ab 28 ab 1,96 ab 1,07 ef 0,76 g 16,7 c 1,53 f 30 a 14 c 4,2 ab 68 b-e 6,05 a-c 31,75 ab 17 P 1630H 10 b 50 a 2,09 ab 1,11 ef 0,88 f 18,15 bc 1,93 a 33,5 a 19,5 a 5,05 ab 55 c -e 8,17 a 27,17 b 18 XB X 80281 53 a 7 b 2,07 ab 1,36 ab 1,13 a-d 19 bc 1,67 de 13 d 9,5 d 2,85 b 49 de 1,69 a-c 37,68 a 19 XB X 80408 52 a 8 b 1,96 ab 1,24 b-e 1,08 c -e 22,55 a 1,83 a-d 22 bc 14,5 c 5,05 ab 54 c -e 5,25 a-c 31,92 ab 20 XB X 80438 43 a 17 b 2,17 a 1,32 a-c 1,05 c -e 21,05 ab 1,49 f 21,5 c 10,5 d 3,35 ab 62 b-e 2,19 bc 36,02 ab 21 A G 9020 49 a 11 b 2 ab 1,12 d-f 1,25 ab 17,8 bc 1,58 ef 32 a 15 bc 4,75 ab 65 b-e 7,57 a 29 ab
5. Conclusão
Após diversas análises, o trabalho demonstra um fraco desempenho tanto
nos genótipos precoce e normal quanto nos super precoce na condição de
sequeiro, devido a condição verificada esse ano de forte estiagem. Já os
conduzidos sob irrigação de pivô central tiveram desempenho bem superior em
todos os caracteres.
Os genótipos superprecoce irrigados demonstraram desempenho superior
a todos os demais no quesito produtividade de grãos, com produção superior a
9.000 kg ha-1.
Os genótipos normal/precoce com melhores desempenhos produtivos para
a região, em condição de sequeiro foram CD 393, CD 324, 30A91Hx, AL Avaré,
AX727, 30B39H e XB 8018. Já na condição irrigada CD 324, CD 393, AIGS 316,
EMBRAPA 1J1013, BRS 1002, 30B39H, XB 8016, CD 324, ExpCr109 e AX727.
Mostrando bom desempenho nas duas condições CD 393 e CD 324, tem maior
tolerância a estresse hídrico e boa resposta a irrigação.
Já nos genótipos super precoces, em condição de sequeiro o melhor
resultado foi de 30A95Hx e na condição irrigada o melhor EMBRAPA 1F640,
P1630H, 30A95Hx, AG 9020 e EMBRAPA 1G750, mostrando que o genótipo
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