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PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL ARTESANAL E TURISMO RURAL: EXPRESSÕES DA IDENTIDADE LOCAL

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PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL ARTESANAL E TURISMO

RURAL: EXPRESSÕES DA IDENTIDADE LOCAL

Michele Lindner1 Silas Nogueira de Melo2

Introdução

Nas últimas décadas o espaço rural brasileiro tem passando por muitas transformações. Essas transformações se deram principalmente em decorrência da industrialização da agricultura, processo este que fez com que muitos pequenos proprietários de terra tivessem que abandonar suas atividades no espaço rural ou buscassem novas alternativas para ali permanecer, pois as atividades agrícolas isoladamente já não conseguiam garantir a reprodução socioeconômica das famílias rurais.

Assim, compreender o papel da diversificação do meio rural consiste em buscar entender um caráter multifuncional das pequenas propriedades e a pluriatividade das famílias rurais, que é expressa na combinação de atividades agrícolas e não-agrícolas dos membros das famílias. Essas combinações com as atividades agrícolas podem se dar com atividades dentro ou fora da propriedade, como atividades de beneficiamento de produtos agrícolas, pequenas agroindústrias, atividades de lazer na área rural, prestação de serviços a outras propriedades rurais ou então empregos urbanos.

As atividades de lazer no meio rural, como o turismo em áreas rurais tem apresentando um crescimento significativo. Em áreas onde há a predominância da agricultura familiar, a relevância da atividade do turismo rural torna-se mais clara, na medida em que a associação entre o turismo e a agricultura familiar passa a reverter-se

1 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia - UNESP – Rio Claro, integrante do Núcleo

de Estudos Agrários – NEA. Bolsista Cnpq.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) em novas oportunidades de trabalho e renda, ativando a economia local através da diversificação do trabalho no campo. Ao apresentar os modos tradicionais e artesanais da agricultura familiar como produto turístico, o turismo rural amplia suas possibilidades e passa a resgatar tradições gastronômicas e culturais que poderiam cair no esquecimento (BLANCO, 2004).

Portanto, aliadas a atividade turística na área rural é comum encontrar a comercialização de produtos agropecuários beneficiados em pequenas agroindústrias rurais. A comercialização desses produtos representa não só um incremento na renda dos envolvidos diretamente com as atividades turísticas, como também para a população local, que por intermédio dessa atividade tem mais uma alternativa de renda, colocando seus produtos para a comercialização nos pontos de venda. Deste modo, a transformação de produtos locais e sua posterior comercialização podem trazer mais benefícios para os produtores, pois ao transformar os produtos, estes passam a agregar valor, aumentando a renda das famílias rurais. Como geralmente se tratam de pequenos produtores, a transformação de seus produtos ocorre de maneira artesanal ou semi-artesanal através de pequenas agroindústrias.

Assim, este artigo procura fazer uma analise da importância e as dificuldades da inserção desses produtos coloniais artesanais na atividade turística rural e como podem contribuir para o desenvolvimento e resgate da cultura local. Dessa forma, parte-se de um breve esclarecimento das temáticas pluriatividade, multifuncionalidade e turismo rural, passando então para a discussão sobre o caráter artesanal da produção familiar, as pequenas agroindústrias familiares e a dificuldade que estas tem de adaptar-se as normas fiscais e sanitárias, buscando por fim entender a importância da comercialização de seus produtos aliados ao turismo rural, para o resgate e permanências de características culturais locais.

Pluriatividade, multifuncionalidade e turismo rural

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Graziano da Silva (1999), explica que o importante da pluriatividade, é que esta cria e recria novos espaços de produção e muitas vezes revigora regiões e/ou atividades tradicionais que se mostram decadentes. A pluriatividade é uma etapa da diferenciação social e econômica das famílias agrícolas, que já não conseguem se reproduzir nos espaços agrícolas do novo mundo rural.(GRAZIANO DA SILVA, 1999).

Portanto, percebe-se que a pluriatividade não engloba apenas o produtor rural, mas sim toda a família, demonstrando o caráter familiar da unidade agrícola, como lembra Alentejano (1999). Assim, muitas vezes a família pluriativa encontra-se em uma unidade produtiva na qual existem atividades variadas, que podem ser tanto agrícolas como não-agrícolas e a combinação delas, reforçando a colocação de Schneider (1999), de que a pluriatividade ocorre através das múltiplas formas de trabalho. E dessa forma, sem negar a importância da agricultura, torna-se claro que esse processo leva ao surgimento e à consolidação de outras formas de atividades, não-agrárias, que podem ser complementares ou alternativas às atividades tradicionais da sociedade rural (SANZ, 2000).

Essas atividades não-agrícolas muitas vezes ocupam o mesmo lugar que as agrícolas, ou seja, ocorrem respectivamente em uma propriedade rural, que pode ser denominada então de propriedade multifuncional. No entendimento de Carneiro e Maluf (2003):

A noção de multifuncionalidade rompe com o enfoque setorial e amplia o campo das funções sociais atribuídas a agricultura que deixa de ser entendida apenas como produtora de bens agrícolas. Ela se torna responsável pela conservação dos recursos naturais (água, solos, biodiversidade e outros), do patrimônio natural (paisagens) e pela qualidade dos alimentos (CARNEIRO; MALUF, 2003: 19).

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Entre as atividades de lazer no meio rural, o turismo em áreas rurais tem apresentado grande destaque. O turismo despontou enquanto atividade de destaque no meio rural, primeiramente na Europa, surgindo depois em outros países. Tulik (2003), afirma que na maioria dos países que seguem as diretrizes européias, a denominação “Turismo Rural” é usada para referir-se a qualquer forma de turismo. Já no caso brasileiro, alguns autores preferem usar, para a totalidade das atividades turísticas nas áreas rurais, a denominação Turismo em Espaço Rural ou Turismo em Áreas Rurais, deixando a expressão Turismo Rural apenas para as atividades que levam em conta as especificidades da vida e das atividades rurais.

Ressalta-se que, devido à grande diversidade de termos, o turismo adquire características de acordo com cada configuração socioespacial. Ao invés de falar em turismo rural, o correto seria falar em um conjunto de práticas turísticas em espaço rural. Assim, Portuguez (2002), em seu trabalho, considerou conveniente utilizar o termo “turismo em espaço rural”, pelo fato de ser abrangente, pois o agroturismo adquiriu uma infinidade de feições que, por vezes, confundem-no com modalidades diversas. Assim, segundo o mesmo autor, o turismo rural foi definido como:

um conjunto de modalidades, que consiste na atração de demanda eminentemente interna e citadina para os ambientes rurais, em que os turistas podem experimentar maior contato com o ambiente bucólico, bem como com os costumes locais e o dia-a-dia da vida no campo (PORTUGUEZ, 2002:76-77).

Porém, é necessário fazer distinções entre as diversas práticas de turismo em espaços rurais, pois, por exemplo, pode-se praticar turismo ambiental em espaço rural, e este não ser especificamente dentro de uma propriedade. Dessa forma, Portuguez (2002:77) coloca que o agroturismo pode ser entendido como “a modalidade de turismo em espaço rural praticada dentro das propriedades, de modo que o turista e/ou excursionista entra, mesmo que por curto período de tempo, em contato com a atmosfera da vida na fazenda, integrando-se de alguma forma aos hábitos locais”.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Portanto, ao abrir a propriedade rural para a atividade turística e de comercialização de produtos, além de gerar mais fontes de renda, passa-se a mostrar peculiaridades da cultura local, que se expressam através características dos modos de vida da população, nos costumes, na gastronomia e no trabalho, como no caso da transformação artesanal dos produtos.

O caráter artesanal da produção familiar

O caráter artesanal da transformação dos produtos da agricultura familiar confere a estes características peculiares, que se devem a fatores como a rusticidade do processo de transformação e a forma como é feito, de acordo com os costumes locais.

Esse caráter artesanal da agricultura familiar da à ela a alternativa de tentar atingir um tipo de mercado, que busca produtos com alto valor agregado em relação à qualidade nutricional (isentos de agrotóxicos) e ao cuidado com a preparação, no caso de doces, biscoitos, compotas e outros (BLANCO, 2004).

Esses cuidados com a preparação na produção artesanal que fazem com que ela diferencie-se da industrial, pois enquanto no processo industrial, o fundamental é a padronização do produto, no artesanal é a diferenciação do como fazer, através da criatividade e inovação dos produtores. Dessa forma, percebe-se que nos produtos artesanais o aspecto cultural está presente na valorização do saber fazer, que faz parte de uma herança histórico-cultural, onde as práticas e hábitos de determinadas regiões rurais, estão representadas (SILVEIRA; HEINZ, 2007).

A forma artesanal de produzir, significa que o processo de produção implica em uma dimensão de arte e não meramente técnica. O toque especial que cada produtor dá ao seu produto é o diferencial e o fundamental do artesanal, o que faz cada produto único (SILVEIRA; HEINZ, 2007, p. 02-03).

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) Esses produtos que se identificam com a produção familiar, são denominados por Mariot (2002), como Produtos Alimentares Típicos, os quais segundo o autor tem tido um papel de destaque em projetos de desenvolvimento rural na União Européia e no Brasil principalmente em Santa Catarina.

Os Produtos Alimentares Típico podem ser considerados como uma fonte de aumento de renda para as propriedades, principalmente através da agregação de valor à produção agrícola pelo processamento/beneficiamento desta, pelos próprios produtores. De acordo com um documento da FAO (1992), citado por Mariot (2002), se os produtores estiverem organizados, podem adiar a venda de parte de sua produção e incorporar valor a seus produtos, através do processamento a nível familiar ou comunitário (seleção, classificação, limpeza, transformação, secagem, embalagem, etc.) reduzindo o número de intermediários (MARIOT, 2002).

Esse processo retratado por Mariot (2002), citando a FAO, de beneficiamento/processamento, demonstra a importância que o processo de produção artesanal pode ter para os produtores e sua família. Quando esse processo é realizado em sua totalidade na propriedade, todo o valor agregado aos produtos durante o processo de produção se revertem para a família. Essa, por sua vez, também pode passar a beneficiar-se com a comercialização, quando a mesma acontece de forma direta entre produtor e consumidor, eliminando os intermediários.

Pequenas Agroindústrias Rurais Familiares

A agroindústria rural familiar é um, segmento que permite aumentar e reter, nas zonas rurais, o valor agregado da produção da agricultura familiar, através da execução de tarefas de beneficiamento dos produtos provenientes da exploração da agropecuária. Quando essas atividades ocorrem dentro da propriedade, o produtor agrega valor ao seu produto e conseqüentemente aumenta seu faturamento.

Baseando-se nesse preceito de agregação de valor aos produtos agropecuários, torna-se cada vez mais freqüente as pequenas agroindústrias rurais familiares inseridas no interior das propriedades rurais.

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transformação e ao processamento de matérias-primas agropecuárias (de origem vegetal e animal).

Analisando o tamanho dos empreendimentos em questão, Lourenzani e Silva (2007), se reportam as idéias de Vieira (1998), e colocam que:

Como o próprio nome já diz, as micro e pequenas agroindústrias caracterizam-se por apresentar baixa escala de produção. Geralmente, seus produtos são de baixa sofisticação tecnológica (tradicionais ou artesanais) e freqüentemente ligados à cultura local (atendendo, em geral, fatias de consumidores de menor poder aquisitivo, em mercados regionais). São produtos como farinha de mandioca, fubá, conservas caseiras, canjica, bebidas artesanais, produtos lácteos caseiros etc (LOURENZANI; SILVA, 2007: 08).

Nesse sentido, percebe-se que muitas vezes a transformação desses produtos é feita de forma artesanal ou semi-artesanal e informal em pequenas instalações nas propriedades e tem duas grandes motivações: a primeira está ligada a necessidade que o produtor tem de aproveitar os produtos que ele não consegue colocar no mercado e a segunda, surge das condições desfavoráveis dos preços da produção agrícola, sendo necessário dessa forma, agregar valor aos produtos através da agroindustrialização (LOURENZANI; SILVA, 2007).

Portanto, a principal motivação para as famílias constituírem uma agroindústria é de ordem econômica, ou seja, a agregação de valor aos produtos, através da transformação artesanal ou semi-artesanal de produtos produzidos no interior da propriedade. Dentre as motivações sociais mais importantes destaca-se a fixação do produtor no meio rural, através dessa atividade de transformação.

Dessa forma, as pequenas agroindústrias rurais representam um segmento de fundamental importância para os pequenos produtores rurais, os quais através dela tem encontrado uma nova fonte de renda e ocupação. Atualmente, as agroindústrias de pequeno porte tem importância considerável no Brasil, sendo estas responsáveis por mais de 70% do emprego no setor agroindustrial, representando dessa forma, uma importante fonte de empregos para mão-de-obra não-qualificada (LOURENZANI; SILVA, 2007).

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) destaca o lançamento em 1998, do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) Agroindústria, que tem como objetivo geral:

(...) incentivar e apoiar a inserção associativa de agricultores familiares ao agronegócio, pela "formação de conglomerados de pequenas e médias agroindústrias interligadas a uma central de serviços de qualidade de processamento e de mercado, gerenciada por eles e com o objetivo específico de apoiar os agricultores familiares e suas organizações na formação e consolidação de mercados de qualidade com marcas de distinção e valorização regionais (ou mesmo nacional). O projeto parte do princípio de que é necessário criar um modelo agro-industrial descentralizado, em que os próprios agricultores, organizados em grupo, transformem suas matérias-primas e comercializem seus produtos (MARIOT, 2002, p. 25-26).

Esse tipo de programa de incentivos, tem como objetivos, criar ocupações no campo, reduzir o fluxo migratório, distribuir melhor a renda e melhorar o bem-estar. Toda essa preocupação vem da importância das agroindústrias no Brasil e das dificuldades de permanência dos pequenos produtores no setor agroindustrial (LOURENZANI; SILVA, 2007).

Dificuldades de adaptação da produção familiar às normas fiscais e sanitárias Apesar de representar uma grande oportunidade de renda extra para produtores familiares, muitas vezes estes acabam encontrando dificuldades de permanências no setor agroindustrial. Essas dificuldades estão ligadas ao fato de que a produção artesanal, em grande parte não consegue acompanhar as exigências fiscais, as quais estão além das expectativas dos agricultores. Dessa forma, uma das grandes dificuldades de adaptação dos pequenos agricultores são as exigências fiscais e sanitárias, quando estas necessitam de investimentos, ocorrendo assim, incompatibilidade entre a produção almejada e a matéria-prima, o capital e a mão-de-obra disponível. Além disto, a introdução de máquinas e equipamentos para adotar um padrão industrial, pode fazer com que os produtos percam o seu caráter artesanal (SILVEIRA; HEINZ, 2007).

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Quando buscamos adequar o produto artesanal às normas legais, estamos nada mais do que implementando um conjunto de procedimentos, sejam estruturais ou relativos ao processo de produção (conhecimento sistematizado para garantir um padrão), orientados na preocupação com a segurança do consumidor. Mas isto pode significar o abandono do toque especial do artesão ou na melhor das hipóteses, minimizá-lo. Tal adequação argumenta-se, torna-se necessária para que o produto tenha certificação de sua “qualidade”, ou seja, o aval do poder público de que o consumidor pode consumi-lo sem risco (PREZOTTO, 1997, apud SILVEIRA; HEINZ, 2007:03).

Nesse sentido, muitos autores discutem dois pontos cruciais na transformação dos produtos nas agroindústrias de pequeno porte. A adequação da produção pode levar a produção artesanal ou semi-artesanal a uma padronização, perdendo assim a sua identidade. E o direito e a segurança dos consumidores em adquirir e consumir um produto dentro dos padrões de qualidade vigentes.

Devido a essas dificuldades, as agroindústrias familiares de pequeno porte passam a se caracterizar pela informalidade, o pouco aporte tecnológico e gerencial, pouca capacidade para assimilar informações técnicas gerenciais e mercadológicas e um enfoque empresarial voltado para a produção (VIEIRA, 1998).

Com base nisso, os projetos de agregação de valor pelos próprios agricultores defrontam-se com as exigências da participação no mercado formal de alimentos. Dessa forma, não deve-se buscar apenas a adaptação dos produtores aos requisitos de inspeção e vigilância sanitária, mas também de buscar uma adequação a realidade dos pequenos produtores (MALUF, 2004).

Considerações finais

A partir da discussão apresentada pode-se perceber a importância dos produtos artesanais para os pequenos produtores rurais, para o turismo rural e a economia e cultura local. Esses produtos artesanais típicos de determinados locais ajudam a manter vivas tradições passadas através das gerações, que podem cair no esquecimento se não houver motivações concretas para mantê-las.

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))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))) de uma determinada localidade ou região, como no caso de locais colonizados por imigrantes italianos, aonde irá se encontrar uma gastronomia típica, com queijos, salames, copas, vinhos e outros produtos que representam a permanência dessa cultura nos descendentes que ali estão.

Além da questão cultural, esses produtos também representam uma importante fonte de renda para pequenos produtores rurais, na qual eles mesmos de forma artesanal ou semi-artesanal podem beneficiar seus produtos. E é nesse sentido que se questiona se a adaptação rígida as normas fiscais e sanitárias não farão com que esses produtos passem a ter uma padronização e percam sua principal característica que é a diferenciação, dada no preparo individual e cuidadoso de cada produto.

Portanto, seria necessário buscar uma adaptação desses produtos de forma que eles garantissem a segurança alimentar dos consumidores sem perder suas características, pois se tratam de produtos inseridos em um mercado diferenciado, onde o consumidor busca exatamente algo diferente do que está acostumado a consumir em mercados ou grandes centros.

Referências bibliográficas

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