• Nenhum resultado encontrado

SER BACHAREL E PROFESSOR: SABERES NESCESSÁRIOS PARA DESENVOLVER HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOCENTES

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "SER BACHAREL E PROFESSOR: SABERES NESCESSÁRIOS PARA DESENVOLVER HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DOCENTES"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

Graduada no curso de Administração e cursando Especialização em Docência do Ensino Superior na Faculdade Sul Brasil – FASUL

² Graduada no curso de Administração de Empresas, Especialista em Gestão de Pessoas e cursando Especialização em Docência do Ensino Superior na Faculdade Sul Brasil – FASUL

Mestre em Desenvolvimento Regional e Agronegócio (UNIOESTE) e Professor da Faculdade Sul Brasil –

FASUL

SANTOS, dos Lucimar1 MACHADO, Vanessa2 CRESTANI, Leandro de Araújo 3 Faculdade Sul Brasil – FASUL

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo compreender o porquê que o bacharel buscou e se capacitou como professor do Ensino Superior. Além disso, a construção de suas competências e habilidades e de que forma desenvolveram-se para se identificar com as práticas docentes. Neste, também, compreender-se-á o estudo dos saberes pedagógicos utilizados por esses professores e se o mesmo contribui para o aprimoramento e assimilação de suas identidades em sala de aula. Em primeiro momento, apresentar-se uma pesquisa bibliográfica compondo a fundamentação teórica sobre formação de professores, competências e habilidades. No segundo momento, realiza-se entrevistas com professores de uma faculdade privada de Toledo/PR nas quais os entrevistados possuem graduação com bacharelado e atuam no Ensino Superior. Com estas entrevistas evidenciou-se o quanto se faz necessário a formação continuada para a construção dos saberes pedagógicos e didáticos para a prática docente.

PALAVRAS-CHAVE: Bacharel; Competências; Professor.

1 INTRODUÇÃO

O presente tema de pesquisa fala sobre a prática docente do Professor Bacharel. E ainda, como são construídos os saberes necessários para se tornar um profissional da docência, quais competências, buscar e o quanto irão contribuir para tornar-se um professor com habilidades e conhecimentos necessários da pedagogia.

(2)

O diplomado que não contempla à licenciatura em sua formação, possui suas competências e habilidades voltadas para atuação no mercado em determinados campos do saber, ou seja, o bacharel é formado para atuar de forma mais ampla, podendo trabalhar em áreas mais diversas, e ser, por exemplo, administrador, médico, advogado, publicitário etc.

O bacharel possui uma ampla área de estudo e conhecimento que lhe permitem identificar competências de acordo com cada disciplina. Para ingressar na área da docência os mesmos desenvolvem aptidões diferentes dos demais colegas de formação.

A falta da Didática e da Pedagogia na formação do bacharel pode ocultar a identificação das competências necessárias para se tornar um professor no Ensino Superior.

Este artigo proporciona informações sobre elementos que ajudam a desenvolver competências e onde buscá-las a fim de preencher o vácuo existente na formação de um bacharel para então, torná-lo um professor acadêmico.

Com propósito de evidenciar tais saberes permite-se o norteamento para os bacharéis que atuam ou atuaram como professores da Educação Profissional. A característica central do estudo é compreender como os atuais professores ampliam suas destrezas na área da licenciatura, como se adaptam na docência e, ainda, quais literaturas se pode utilizar como base para esse aprimoramento.

2 PROFESSOR BACHAREL

A competência pode ser utilizada para qualquer profissão, o importante é estabelecer diretrizes que apresentam uma problematização a ser planejada, analisada e avaliada conforme cada necessidade. Um esclarecimento sobre o que buscamos e em que se deve aprimorar, transparecer e orientar o caminho que queremos seguir.

Para que isso ocorra é necessário saber como identificar competências essenciais para o desenvolvimento. Mas, primeiramente precisa-se conhecer um pouco mais sobre competência e suas virtudes.

ParaBeatriz (2007, p. 17):

(3)

Quando o autor cita a palavra análise, é o momento de identificação, pois se procura analisar todas as competências que um profissional da área da administração tem quando o mesmo é docente, realiza-se, assim, a junção de competências, qualidades e prática.

Conforme Silva (2009, p.36):

A segurança com que a autoridade docente se move implica uma á outra, a que se funda na sua competência profissional. Nenhuma autoridade docente se exerce ausente dessa competência. O professor que não leve a sério sua formação, que não estude que não se esforce para estar á altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua competência científica. Há professores e professoras cientificamente preparados, mas autoritários a toda prova. O que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor.

A citação descreve situações onde o professor tem quantidade técnica adequada para ser um profissional da área da docência, porém a qualidade de seus conteúdos não são o suficiente para a competência profissional. Não se implica em sua formação, mas em suas habilidades e aperfeiçoamentos que representará a qualidade do ensino.

Segundo Freire (1996, p.27):

É, na realidade, um processo de identificação, de reafirmação às crenças e representações, bem como a busca por certezas futuras para desenvolver de capacidades e competências professorais, manifestando a sua maneira pessoal de organizar, planejar e ministrar suas aulas com conhecimentos adquiridos ao longo de toda sua trajetória.

Desta forma, não se fala diretamente que o professor mais indicado é aquele que tem formação em licenciatura. Sabe-se, contudo, que sua capacidade de planejamento é diferenciada dos bacharéis, porém nas citações dos autores não se identifica formação, somente citam àqueles que pretendem atuar como professores no ensino superior devem procurar se aperfeiçoar, desenvolver novas habilidades e conhecer as características essenciais, pela qual deve atender as necessidades que a profissão de docente exige.

Rios (2006) afirma que o educador, enquanto profissional, enquanto trabalhador numa determinada sociedade, precisa realizar sua “obrigação” de uma maneira específica. O que compete ao educador? Ao perguntar isso, deve-se estabelecer o que se entende por competência.

(4)

Qual é o propósito de desenvolver competências? Realmente se faz necessário? Assim, para aprimorar e estar sempre apto a ser um docente independente de sua formação estar aberto ao novo propicia-se o poder de tomada de decisões rápidas e seguras e, acima de tudo, acessível ao aprendizado constante.

Vasconcelos (2000, p. 31) entende que:

É da competência pedagógica que surge, naturalmente, o comprometimento com as questões do ensino e da Educação. É quando se trabalha a formação pedagógica do professor que se dá a ele o tempo, absolutamente indispensável, para “pensar” a

Educação; seus objetivos, seus meios, seus fins, seu raio de influência, seu envolvimento com a sociedade, seu compromisso com todos os alunos que pela escola passam.

A competência pedagógica se constituirá em diferencial para qualidade do professor. O

docente verdadeiramente comprometido com o seu desempenho irá formar, além de profissionais competentes, cidadãos atuantes e responsáveis.

Conduz que qualquer que seja a área de graduação o profissional que lhe permita a profissão como docente deve-se desenvolver capacidades de planejamentos que abordam a prática da Andragogia, pois esta prática permite orientar adultos a aprender, segundo Malcom Knowles (1970).

Perante análise realizada de autores que buscam mostrar que a didática durante o processo de amadurecimento e aprendizagem se torna a identidade do professor, notou-se que estes consideram que a aprendizagem docente transforma-se em ato flexível todas ou qualquer situação que o professor se encontra. De acordo com Gil (2009, p.22), “A Didática deve ser entendida não apenas como ciência e técnica, mas também como arte do ensino. Dessa maneira a atuação do professor enquanto didata precisa envolver aspectos artísticos de

ensino”.

O autor cita a flexibilidade que o professor deve desenvolver através de competências significativas e caracterizadas pelo perfil, ambiente, conteúdo, horários das aulas e sua própria motivação e, ainda, podendo identificar demais variáveis durante a execução de suas aulas.

De acordo com Ferreira (2005, p. 8):

(5)

áreas do conhecimento. Esses precisam ser cada vez mais preparados para acompanhar as inúmeras transformações da sociedade contemporânea.

Ferreira pontua a questão primordial para se tornar um professor apto a ensinar e não somente a transmitir conhecimento.

Seguindo este pensamento, Libâneo (2008, p.10) acrescenta:

O novo professor precisaria, no mínimo de uma cultura geral mais ampliada, capacidade de aprender a aprender, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informacional, saber usar meios de comunicação e articular com as mídias e multimídias.

Ótica exploratória capaz de identificar a cultura, meio social e conhecimento primário dos alunos permite ao docente planejamento e auto ajuste de suas disciplinas. Desta forma o professor que consegue conhecer e compreender o meio em que está aplicando o seu conhecimento e habilidades. Possui, assim, uma ferramenta primordial para realizar seu trabalho com eficiência e eficácia. Por não lhe permitir visualizar tais situações, o professor muitas vezes acaba vivenciando de acordo com a abordagem de Ferreira (2005), Freire; Shor (1986, p.18):

Os professores têm poucas oportunidades de ver salas de aula libertadoras. Os programas de formação de professores são quase sempre tradicionais e as escolas que eles frequentam não estimulam a experimentação. Assim, o problema dos modelos é a primeira questão que os professores levantam. Parte desse problema envolve outras questões: Como a educação libertadora se diferencia da educação tradicional? Como se relaciona com a mudança social?

Quando o professor bacharel basear-se somente na sua formação inicial, em pós-graduações de especialização em áreas seguidas de sua formação, não procurar se atualizar nem buscar habilidades e competências que modernizem sua aula, ele pode se transformar em um profissional totalmente tecnicista, sem princípios do novo.

Desta forma Souza; Nascimento (2013, p.416):

Podemos inferir que a falta de uma fundamentação teórica e prática que oriente o exercício da docência como ocorre nos cursos de licenciatura, traz certos entraves e dificuldades para os bacharéis professores no seu desenvolvimento na profissão docente.

(6)

O saber do professor se fundamenta na tríade saberes das áreas específicas, saberes pedagógicos e saberes da experiência. É mobilização dessa tríade que os professores desenvolvem a capacidade de investigar a própria atividade e, á partir dela, constituírem e transformarem seus saberes-fazeres docentes.

Caracterizado por sua formação, o professor bacharel agrega valor a suas práticas, pois são elas que mostram o porquê de procurar conhecimento em uma área diferente, são elas que mostram o quanto se faz necessário à extensão do próprio saber.

Perante Abreu e Masetto (1990, p.1):

No desempenho do docente do ensino superior, é comum existir uma lacuna: o professor se caracteriza como um especialista no seu campo de conhecimentos; este é, inclusive, o critério para sua seleção e contratação; porém, não necessariamente este professor domina a área pedagógica, de um ponto de vista mais amplo, mais filosófico.

Todo professor com formação em licenciatura, ou não, deve olhar para seu aluno da mesma forma, aquele que está ali para aprender. As Instituições de Ensino sejam elas públicas ou privadas são organizações como qualquer outra empresa, porém, o trabalho dos docentes é diferente dos gestores e outros profissionais das diversas áreas do mercado de trabalho. Isso porque, tal ofício deve acrescentar valor educacional, atitude diferente da sua profissão. O aluno não é seu funcionário e nem seu colega de trabalho e sim um receptor, o que receber vai conduzi-lo para ser um novo profissional.

Transmitir o saber Tardif (2007, p. 41):

Porque, A relação dos docentes com os saberes não se reduz a uma função de transmissão dos conhecimentos já constituídos. Sua prática integra diferentes saberes, com os quais o corpo docente mantém diferentes relações. Pode-se definir o saber docente como um saber plural, formado pelo amálgama, mais ou menos coerente, de saberes oriundos da formação profissional e de saberes disciplinares, curriculares e experienciais.

Com o surgimento de ações para desenvolver os professores, entre outras situações, o próprio professor do Ensino Superior Bacharel procura se desenvolver para se encachar no perfil inovador que as Instituições de Ensino Superior estão buscando, torna-se, deste modo, impreenchível essa reformulação.

Perante Libâneo (2004, p. 125):

Começou-se a perceber que assim como para a pesquisa se exigia desenvolvimento de competências próprias, e a pós-graduação buscou resolver esse problema, a docência no ensino superior também exigia competências próprias que desenvolvidas trariam aquela atividade uma conotação se profissionalismo e

(7)

apenas para ‘complementação salarial’, ou ainda somente para se ‘fazer alguma coisa no tempo que restasse do exercício da outra profissão’.

O professor universitário bacharel deve desenvolver antecipadamente e continuamente as deficiências em sua formação, pois, considerando o mundo globalizado da revolução das tecnologias de comunicação e informação, aprimorar seu conhecimento valoriza as novas gerações e ainda, torna-se motivador para além de si mesmo, passando, também, para seus alunos.

Buscar o aprimoramento, habilidades e competência de seu ofício são a diferenciação de qualquer bom profissional, principalmente na área da docência, da qual outros profissionais se formaram através das habilidades e competências do atual professor.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa possui caráter descritivo, pois permite o aumento do conhecimento do pesquisador sobre os fatos. Sendo a mesma utilizada como norteadora para o levantamento e compreensão das informações colhidas.

De acordo com Malhotra (2006, p. 102), uma pesquisa descritiva é “um tipo de pesquisa conclusiva que tem como principal objetivo a descrição de algo, normalmente são

características ou funções de mercado”.

A pesquisa exploratória também utilizada para levantamento de informação é aquela que estabelece critérios, métodos e técnicas para a elaboração de uma pesquisa e visa oferecer informações sobre o objetivo desta e orientar a formulação de hipóteses (CERVO; SILVA, 2006).

Conforme Gil (2008, p.27):

Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.

(8)

A pesquisa qualitativa trabalha geralmente com pessoas e com suas criações e estes sujeitos de pesquisa devem ser compreendidos como atores sociais, respeitados em suas opiniões, crenças e valores. Todo trabalho de coleta de informação, deve

observar que “[...] a fala dos sujeitos de pesquisa é reveladora de condições estruturais, de sistemas de valores, normas e símbolos [...]” (MINAYO, 2008, p.

204, grifo nosso) e por isso mesmo é tão rica e reveladora.

Compreender o ponto de vista de cada professor com relações aos seus anseios e expectativas, que permitirão avaliar e analisar seus argumentos sobre ensino, aprendizado, contribuição profissional, planejamento estratégico, ética e planejamento docente.

Nesta pesquisa utilizou-se a entrevista estruturada que é definida por utilizar-se um modelo com questões preestabelecidas dentro de um contexto, que por sua vez tende a direcionar o caminho de pesquisa a ser seguido, delimitando o campo. Ela decorre respaldada por um formulário organizado, além disso, é realizada prioritariamente entrevistando pessoas escolhidas diante de um planejamento prévio. (LAKATOS; MARCONI, 2003).

A partir das informações recebidas através da entrevista realizada com 10 (dez) questões abertas e optativas foi possível avaliar e atribuir informações sobre a escolha de ser um professor com formação em bacharel.

Abaixo as questões utilizadas na respectiva entrevista.

 Qual formação, onde e tempo?

 Além da formação em Bacharel, possui outras Especializações? Quais?  O que o levou atuar como docente?

 Trabalha com outras funções além desta (professor)?

 Como é a sua didática em sala de aula? E qual a importância da didática do professor para você?

 De qual forma selecionou as disciplinas que leciona?  Pontos fortes de ser professor?

 Seus valores e princípios estão alienados com a função de professor?  Como você vê os professores bacharéis em seu curso.

 Você vê a necessidade de uma formação pedagógica para o professor bacharel?

Sobre a entrevista, GIL (2008, p.109), define:

(9)

Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação.

Há necessidade do pesquisador em articular o objeto de estudo com o campo de pesquisa de forma que a problematização, formam as questões de pesquisa.

Durante as entrevistas e no andamento do levantamento de dados, conseguimos identificar situações que permitem, ou não, os professores de se desenvolver e quais foram elas. Apresenta-se informações e resultados em forma de Quadro e Gráfico, para uma visão ampla e crítica da pesquisa, facilitando o entendimento de cada etapa que os professores se puseram a enfrentar.

Neste momento, foi possível fazer alguns questionamentos e avaliações sobre a didática utilizada, habilidades e competência desenvolvidas e como desenvolveram todo esse processo, possuindo formação bacharel. Cabe salientar que os bacharéis, durante a graduação não aprendem como e quando buscar as competências e habilidades inerentes à docência. Os professores apresentaram em forma de diálogo, situações que vivenciaram e contribuem para hoje serem professores do Ensino Superior.

Os dados foram coletados em uma Faculdade privada de Ensino Superior, a qual possui uma diversidade de cursos com formação de Bacharéis como: Administração, Direito, Contabilidade e Jornalismo, Publicidade e Propaganda. Esta, ainda, apresenta um quadro significativo de professores Universitários com formação em Bacharel e ser uma das referências em Educação Superior no Município de Toledo-Pr.

Foram entrevistados e acompanhados seis (06) professores que ministram aulas nos diversos cursos citados anteriormente. Os horários de acompanhamento e entrevista foram escolhidos propositalmente para identificar as habilidades e competências utilizadas em diferentes situações, como horários iniciais e finais de aulas.

Durante um período de três meses todas as informações foram colhidas, selecionadas e distribuídas por semelhança. Desta forma, a verificação e levantamento das competências e habilidades desenvolvidas pelos Bacharéis ficam visivelmente entendidos ao processo de transição do Bacharel para o Docente.

(10)

A questão principal é compreender os motivos que fizeram bacharéis atuarem como professores no Ensino Superior, saber se durante a graduação já buscavam pertencer à docência, como foi o início dessa profissão e como se avaliam no hoje.

Para maior representação da coleta de dados foi desenvolvido no Quadro 1, o qual descreve informações colhidas durante a entrevista, contribuindo para maior entendimento e evidenciando uma melhor compreensão da finalidade deste trabalho.

Os dados no Quadro 1 estão organizados de forma que cada professor segue identificado com uma letra (A; B; C; D; E; e F.), não foi apresentado os seus respectivos nomes. Depois de identificados, realizou-se o histórico acadêmico com propósito de saber o curso de formação e possíveis especializações realizadas pelos professores.

A entrevista nos revelou a maneira que cada professor desenvolve e atribui valor a sua profissão. Pôde-se observar que todos buscaram se aperfeiçoar em diversas áreas do conhecimento. Sobre a prática em sala de aula, podemos observar a descrição abaixo de cada professor:

O professor (A), que teve formação em Administração, buscou Pós-Graduação em Marketing e Gestão Empreendedora de Negócio, na sequência realizou um Mestrado e hoje está finalizando o Doutorado, todos atribuídos a sua graduação. Quando questionado sobre sua capacidade como professor - por não possuir nenhuma formação ou especialização na área da Docência - o mesmo pontuou que existe a necessidade de realizar essa especialização. Entretanto, escolheu se aperfeiçoar em sua área, por acreditar e vivenciar que no momento é o que atribui valor na função de professor.

O professor (B), com formação em Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, após sua graduação buscou uma Pós Graduação em Tecnologia. Por estar em sala de aula autuando como professor, teve a iniciativa de realizar uma Pós-Graduação em Docência no Ensino e hoje é mestre na área de Ciências Sociais. O mesmo difere de demais professores, isso porque, buscou, além do bacharel, aprender como se trabalhar em sala de aula.

O professor (C), Graduado em Ciências Contábeis, realizou Pós-Graduação em Gestão Estratégica e Gestão Empresarial, Docência no Ensino Superior e Mestre em Administração e Negócio. Pode-se perceber que buscou várias especializações e uma delas para agregar valor e aprimorar seu desenvolvimento em sala de aula.

(11)

Agronomia. Possui um belo currículo em apenas oito (08) anos de formação. Chamou-nos a atenção, porque, além de se especializar em Docência também buscou na Formação de Professores, um diferencial para contribuir e agregar valor em suas aulas. Durante a entrevista, demonstrou uma grande paixão pela função de professor, por este motivo, deixou bem claro que a busca pela perfeição nunca é demais.

Professor (E), também teve sua graduação na área de Administração assim como o professor (A) e buscou especializar-se em Gestão Financeira anexa de sua área de formação e no momento está cursando doutorado em Administração. Levantou que futuramente vai buscar Especialização na área da Docência.

O professor (F), e o último entrevistado com formação em Economia, Pós Graduado em Desenvolvimento Gerencial, Gestão e Administração e cursa no momento Docência no Ensino Superior. De acordo com os anos de formação sendo vinte e três (23), Ao ser questionado do por que somente agora buscar se aperfeiçoar em sua área de atuação, o mesmo contribuiu dizendo que como sempre trabalhou em outras atividades, além de professor, estas não lhe permitiram fazer Mestrado e nem Doutorado, mas está se desenvolvendo no momento na área da Docência e, na sequência, pretende sim capacitar-se como mestre e doutor. Deixou evidente que sempre há tempo para buscar mais aprimoramento.

Através das informações foi possível visualizar o desenvolvimento profissional que cada professor obteve devido à força e vontade de tornarem-se competentes em seu trabalho. Conhecer o que praticam e a busca por esta prática, na qual são cada vez mais serão melhores no que fazem, demonstrando que é possível um bacharel chegar a ser um professor com eficiência, valores e princípios fazer a diferença em uma sala de aula e dizer que a didática é de suma importante.

De acordo com relato acima o Quadro 1 apresenta professores, formação, especialização e o tempo de formação dos professores entrevistados.

QUADRO 1 – Desenvolvimento Profissional dos Bacharéis

PROFESSOR FORMACÃO ESPECIALIZAÇÃO TEMPO DE

FORMAÇÃO

Professor A Administração Pós Graduação em Marketing e Gestão

Empreendedora de Negócio.

Mestrado: Desenvolvimento Rural

Sustentável.

Doutorado cursando: Base Desenvolvimento Regional Cadeia Produtiva do filé.

(12)

Professor B Comunicação Social Publicidade e Propaganda

Pós Graduação em Tecnologia em Marketing.

Pós Graduação em Docência no Ensino Superior.

Mestrado: Em ciências sociais cultura sociedade e inovação.

(09) anos

Professor C Ciências Contábeis Pós Graduação em Planejamento e Gerência.

Pós Graduação em Estratégicos, Gestão Empresarial e Docência no Ensino Superior.

Mestrado: Administração e Negócio.

(14) anos

Professor D Agronomia Pós Graduação em Docência no Ensino Superior, Produção de Leite, Formação de Professores.

Mestrado: Agronomia.

Doutorado: Agronomia

(08) anos

Professor E Administração MBA em Gestão Financeira.

Mestrado: Administração.

Doutorado: Administração

(09) anos

Professor F Economia Pós Graduação Desenvolvimento Gerencial.

Pós Graduação Gestão e Administração.

Pós Graduação Docência no Ensino Superior

(23) anos

Fonte: Dados coletados na pesquisa (2016).

Apresentado no Quadro1 o histórico de formação que cada um dos seis (06) professores entrevistados e suas respectivas Especializações. Podemos observar que todos buscaram além da graduação como Pós Graduação, Mestrado, Doutorado e até Pós Doutorado.

(13)

De acordo com as respostas dos professores bacharéis, alguns iniciaram sua carreira docente já em sua graduação, muitos foram levados pela necessidade que surgiu em sua sala de aula, e sentiram satisfação e vontade de seguir esse caminho.

A busca pelo aperfeiçoamento com especializações ao primeiro momento foi em sua área de formação, porém no decorrer de sua função como professor, alguns sentiram a necessidade de aprimorar seus conhecimentos, habilidades e competências na sala de aula, para chegar a esse propósito decidiram, então, capacitar-se através da Pós Graduação em Docência no Ensino Superior ou Formação de Professores. Mesmo já obtendo anos de profissão nesta área. Levantou-se, também, que alguns professores possuem outras funções além do professor: Sendo estes os professores (C) e (F), já os demais atuam na nesta profissão exclusivamente e um fato muito interessante os professores (C) e (F), são os que possuem mais anos de formação e os que menos têm Especializações. O que podemos observar sobre isto? Está nos mostrando algo?

Ao serem questionados sobre a importância da didática e como cada professor utiliza em sala de aula, grande parte dos entrevistados relatam que varia de acordo com o clima, curso, disciplina e alunos. Explicaram também que por mais que se planeje a aula tudo pode mudar, pontuaram de forma geral que a didática pode ser atribuída de diversas formas através das aulas expositiva utilizando ferramentas diferenciadas como data show, slides agregando outros locais para pesquisa como exemplo a sala de informática e diversas outras formas de ensino, ficando a cargo de cada professor.

Foi questionado se os professores que atuam na mesma instituição de ensino buscam se organizar em grupos para discutir melhorias na forma de ensino e aprendizado. Os mesmo de forma geral pontuaram que realizam outras atividades fora da sala de aula.

Atividades que estão alienadas com sua função de professor exemplificaram algumas rotineiras e que são praticadas com frequência como preparar aulas, corrigir trabalhos avaliar conteúdo e outras variáveis que o trabalho como professor necessita. Pela compreensão visualiza que o demais trabalho dificulta a troca de experiência entre os professores onde poderiam utilizar diferentes áreas de atuação como um aglomerado de informações ricas e produtivas, porém o tempo restrito de cada um não permite.

(14)

Evidencia a pesquisa que cada professor se adapta de acordo com a necessidade da instituição em relação às disciplinas lecionadas, não há uma escolha especifica para atuar e muitas vezes cada professor pode ter mais de seis disciplinas para lecionar em um só semestre.

Questionado sobre todo esse caminho que devem percorrer, pois sabe-se que não é simples e fácil solicitamos para nos apresentar quais são os pontos fortes de ser um professor, sendo um fato geral os professores citaram que é a forma que cada um consegue desenvolver e transmitir o conhecimento para seus alunos interpretado de maneira geral todos passaram o mesmo sentimento.

Sobre os valores e princípios, sendo uma das perguntas estruturadas, os mesmos colocaram que seus valores e princípios estão com certeza alienados à função do professor, pois é representado na forma como ele age, trabalha e o interesse que tem em fazer a diferença na vida da sociedade, em relação aos seus alunos.

A forma com que os professores bacharéis se veem é muito interessante, porque eles não estão satisfeitos em somente transmitir conhecimento e sim aprender a aprender com seus alunos, também a experiência ajuda a desenvolver tudo isso e com um pouco mais de interesse a finalidade desse processo é positiva, isso porque, são capazes de fazer a diferença na profissão de professor docente.

O professor E - formado em Administração - colocou que “A maior recompensa que o professor tem de fazer uma coisa bem feita é olhar para aquilo que tem feito e ver que deu resultado positivo”.

O professor F pontua que” O professor nunca sabe o suficiente e que para ser professor

não precisa ter dom é muito mais do que isso é ter vontade e buscar mais”.

(15)

Gráfico 1- Especialização Docência no Ensino Superior/Formação de Professores

Fonte: Dados coletado na pesquisa (2016)

Pode-se observar, de acordo com o Gráfico 1, que 80%, dos professores entrevistados procuraram aperfeiçoamento em relação ao ser professor no Ensino Superior. Além de outras especializações que trazem em seus currículos, buscaram capacitar-se para ter maior flexibilidade em sala de aula. Os 20% que não possuem ainda essa especialização, não descartaram que futuramente estarão atribuindo essa especialização em sua carreira profissional.

(16)

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os professores bacharéis que se encontram nesta entrevista possuem muitas competências e habilidades, que agregam valor em sua profissão como docente e nota-se que cada vez mais esses profissionais buscam maior aperfeiçoamento, sendo na sua área de atuação como em diversas áreas diferenciadas para compreender o que é didática e como utiliza-la em sala de aula preenchendo o vácuo que existe na profissão docente em relação ao que optaram a essa profissão sem a licenciatura.

Compreende-se que são poucos os professores bacharéis que apresentam somente a formação, a maioria dos entrevistados tem especializações, mestrado e até doutorado. Isso mostra que a preocupação com os futuros profissionais a serem formados é visivelmente demonstrado por profissionais bacharéis, sendo possível escolher o caminho docente quando o interesse em seguir a área da educação surge no período da graduação.

Através desta pesquisa foi possível identificar e conhecer as pedagogias utilizadas por professores bacharéis e a constante busca pela melhor forma de passar o conhecimento que possuem: sendo na prática como na teoria para futuros profissionais ou futuros docentes, melhorando a qualidade do ensino contribuindo com uma visão ampla e diversificada.

(17)

REFERÊNCIAS

ABREU M.C, MASETTO M.T. O professor Universitário em Aula: prática e princípios teóricos. 8 ed., São Paulo: MG Editores Associados, 1990.

BEATRIZ, Julieta. Gestão Estratégica de Competências: A “Mão Visível” na Formação

do Cidadão. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.

FERREIRA, Andrea. T. B. Formação de Professores: Princípios e Estratégias Formativas.

Caderno de Educação. Ministério da Educação e Cultura MEC, 2005.

FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e Ousadia, O Cotidiano do Professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 33ª ed., São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Gil, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. - São Paulo : Atlas, 2008.

GIL, Antonio Carlos. Didática do ensino superior. 1º ed. São Paulo: Atlas, 2009.

RIOS, Terezinha Azeredo. Ética e Competência. 16ª. ed. Coleção Questões da Nossa Época, São Paulo: 2006.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

________LDB nº9.394, Dezembro de 1996.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Anotada e Comentada e Reflexões sobre a educação Superior.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática (Coleção Magistério. Série formação do professor). 28ª ed.Cortez, São Paulo: 2008.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. 11 ed., São Paulo: Hucitec, 2008.

MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

PIMENTA, S. G. Formação de Professores: identidade e saberes da docência. In PIMENTA, S. G. (Org.) Saberes Pedagógicos e atividade docente. São Paulo (SP): Cortez, 2005.

(18)

SILVA, Marilda. Complexidade da Formação de Profissionais: Saberes Teóricos e Saberes Práticos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

SOUZA, F.C.S.; NASCIMENTO, V.S.O. Bacharéis Professores: Um Perfil Docente em Produção do conhecimento, Políticas e Formação Docente em Educação Profissional.

Campinas, SP: Mercado de Letras: 2013.

TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. 8. ed., Petrópolis: Vozes, 2007.

Imagem

Gráfico 1- Especialização Docência no Ensino Superior/Formação de Professores

Referências

Documentos relacionados

Foram identificados 25 itens alimentares (Apêndice 11), número maior do que o encontrado no período seco, onde Copepoda Calanoida (IA=51,09%), Copepoda Cyclopoida

telos:.. Por exemplo: há quem considere que a justiça consiste na igualdade. Assim é, com efeito, mas não para todos e apenas para os que são iguais. Outros consideram que

Como o predomínio de consumo energético está no processo de fabricação dos módulos fotovoltaicos, sendo os impactos da ordem de 50 a 80% nesta etapa (WEISSER,

Esses gatekeepers são pessoas que se destacam como facilitadoras do fluxo de informação e disseminação de conhecimentos nas organizações, por terem habilidades de obter

Apesar de grande quantidade de lítio ser produzida a partir dos concentrados minerais no pós-guerra, em 1966 se iniciou a produção de Silver Peak (Nevada, EUA) pela

For the other techniques considered, stop word removal enhanced the performance of the IR system but that was not the case as far as Stemming and Lemmatization are

Os Centros Integrados de Comando e Controle (Ciccs) foram concebidos como parte do planejamento nacional de segurança para os grandes eventos que o Brasil receberia entre os anos

Tendo em conta os objetivos que se pretendem atingir com este estudo, começa-se por conduzir uma revisão de literatura no âmbito do comportamento organizacional, mais