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AVALIAÇÃO DE ARGAMASSA DE TERRA PARA REBOCOS INTERIORES

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Academic year: 2019

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TÂNIA SANTOS

Estudante de Doutoramento (FCT UNL) Caparica PAULINA FARIA Professora Associada (FCT UNL) Caparica

SUMÁRIO

As argamassas de terra foram muito utilizadas no passado em Portugal para rebocos interiores e para o assentamento de algumas alvenarias rebocadas. Durante algumas décadas a sua utilização cessou e o conhecimento empírico inerente à sua aplicação perdeu-se quaperdeu-se na totalidade. Enquanto antigamente eram associadas a uma escolha de recurso, quando não existiam outros materiais disponíveis, atualmente e particularmente na Europa, América do Norte e Austrália, são consideradas como uma escolha de elevada qualidade para a execução de rebocos interiores.

As qualidades ecológicas das argamassas de terra já são bem

conhecidas. A eficiência técnica destas argamassas quando aplicadas

em sistemas de reboco e, particularmente, as suas características precisam de ser avaliadas através de procedimentos normalizados, de modo a poderem ser comparadas entre diferentes argamassas à base de terra e com os requisitos de argamassas de reboco. Recentemente tem sido dedicado a este tipo de argamassas um

maior interesse a nível científico e da indústria. Existe inclusive uma norma DIN recente, de 2013, que define os requisitos (e os ensaios)

que estes tipos de argamassas devem cumprir para poderem ser comercializadas no mercado alemão.

Existe pelo menos uma argamassa de terra pré-doseada para rebocos interiores de produção nacional comercializada e utilizada em Portugal. Na falta de normalização nacional aplicável, esta argamassa foi preparada de acordo com a informação técnica disponível do produtor e caracterizada com base nos requisitos e procedimentos

de ensaio definidos na referida norma DIN. Os resultados são

apresentados e discutidos, comparativamente a outras argamassas de terra e a argamassas mais correntes para reboco, nomeadamente argamassas com base em cal aérea. São salientados os bons resultados apresentados pela argamassa nacional e enfatizadas algumas das vantagens técnicas que podem advir de um uso mais generalizado de rebocos com este tipo de argamassas.

ABSTRACT

Earth mortars have been commonly used in the past for plastering and as masonry mortar. For some decades their use stopped and the knowledge was almost lost. While in the past this type of mortars was a fallback solution, when no other raw material was available, nowadays and particularly in Europe, North America and Australia they are considered high quality plastering mortars.

The ecological qualities of earth mortars are well known. The

technical efficiency of these plastering mortars and their properties

need to be assessed by standardized testing procedures so different

earth mortars can be compared and with requirements specifically defined for plasters. Recently they gath-ered a greater interest from the scientific field and from the industry. A recent DIN standard (from 2013) have been established defining the requirements these mortars have to fulfill and the testing procedures to assess them, to

be accepted in the German market.

There is at least one ready-mixed earth mortar produced in Portugal. This mortar has been prepared and characterized bearing in mind

the requirements and testing procedures defined in the DIN

stand-ard. Results are presented and discussed, compared with other earth mortars and with common plastering mortars, namely with air lime mortars. The good results presented by the earth mortar are highlighted, as well as some of the technical advantages that can be obtained by a more frequent use of this type of plasters.

(2)

1.

Introdução

Este artigo teve por base um anteriormente apresentado pelas autoras no I Simpósio de Argamassas e ETICS, Argamassas2014. Após décadas de esquecimento, as possibilidades de utilização da terra como material de construção têm evoluído nos últimos anos em todo o mundo, a nível industrial e científico. Tal situação permite que a terra possa ser cada vez mais utilizada, com vantagens técnicas e ecológicas. Estas vantagens residem no facto de: a terra ser uma matéria-prima abundante e de, muitas vezes, poder ser utilizada para a construção a própria terra que é escavada durante a implantação de uma nova construção ou escavada para a execução de estruturas enterradas; a utilização da terra não necessitar de processos de transformação dis-pendiosos em termos de energia (normalmente apenas um desterroamento e homogeneização); da utilização da terra poder contribuir para a melhoria do comportamento higrotérmico e do conforto acústico dos edifícios; dos elementos construtivos construídos com terra poderem ser reciclados e a matéria-prima terra poder ser reutilizada (desde que não estabilizada com ligantes); a terra ser incombustível, não ser tóxica e poder até contribuir para a melhoria da qualidade do ar interior [1]. Para além destes aspetos e no que respeita à utilização da terra em argamassas de reboco interior, destacam-se ainda eventuais qualidades estéticas, juntamente com efeitos benéficos a nível do clima interior e de bem-estar geral, tais como a capacidade de contribuir para regular a humidade relativa do ar interior [2] [3]. Esta última vantagem advém das argamassas de terra serem muito higroscópicas e permeáveis ao vapor de água. Para além disso, o seu comportamento mecânico é semelhante ao de uma parede de terra e de paredes de edifícios antigos com base em alvenaria de pedra argamassada. Esta situação faz com que estas argamassas sejam mais compatíveis com estas paredes que as argamassas à base de cimento; estas últimas, apesar de apresentarem melhor comportamento face à ação da água, são excessivamente rígidas para este tipo de alvenarias [4]. As argamassas de terra foram muito utilizadas no passado, nomeadamente em rebocos interiores de paredes construídas com terra (nas técnicas construtivas monolíticas da taipa, em alvenarias de adobe ou em paredes ligeiras de tabique) mas também em paredes de alvenaria de pedra argamassada. Foram também muito usadas como argamassas de assentamento em alvena-rias de pedra, por exemplo de xisto [5].

Uma argamassa de terra é genericamente constituída por terra argilosa, desterroada e sem agregados de grandes dimensões, e areia, em quantidade proporcional ao teor de argila da terra, que é misturada com água. A argila presente nas argamassas de terra desempenha o papel de ligante ou aglutinante e pode ser responsável pela eventual retração de rebocos de argamassas de terra, enquanto as areias formam o esqueleto granular que forma a estrutura mecânica do reboco. Uma boa formulação de argamassas de terra para reboco deve conter argila suficiente para ligar todo o esqueleto granular, permitir a plasticidade necessária para a sua aplicação e prevenir a sua erosão; não deve existir em demasiadamente grande quantidade, de modo a ser possível limitar a retração [4]. Segundo Torraca [6], a composição da terra para a construção deve conter 20% a 30% de argila e silte e 70% a 80% de areia. A retração é considerada nociva no caso de causar fendas profundas ou destacamento do reboco, podendo a pequena microfissuração não ser necessariamente prejudicial. Para além da retração do reboco, também a trabalhabilidade e a aderência do reboco à parede são muito importantes. Esta ligação depende da natureza da parede (como, por exemplo, dos materiais constituintes, modo de aplicação desses materiais, textura e eventuais heterogeneidades), do estado hídrico da parede e da natureza do reboco [4] [6].

(3)

Nova de Lisboa, com o apoio da empresa EMBARRO, e outra amassadura foi produzida em laboratório mas através de pro-cesso facilmente reprodutível em obra. No âmbito do referido workshop a argamassa de terra foi aplicada como reboco sobre muretes experimentais constituídos por alvenarias de tijolo furado, de blocos de betão, de adobe e de pedra argamassada, e foi posteriormente caracterizada, com bons resultados [11]. A argamassa em análise, para além de terra argilosa, é constituída por areia siliciosa e fibras vegetais (cortadas com 1-2 cm), sem qualquer outro ligante, e foi formulada com água suficiente para se poder proceder à sua fácil aplicação por projeção. Foram executados provetes em laboratório, que foram caracteriza-dos através de ensaios físico-mecânicos.

Neste artigo apresentam-se e discutem-se os resultados obtidos com esta argamassa de reboco, procurando-se classificá-la de acordo com a norma DIN [9] em vigor na Alemanha e comparar os resultados desta argamassa de terra nacional com ou-tras argamassas, de terra ou com base em cal aérea, consideradas como referência.

2.

A norma DIN 18947

A avaliação das argamassas de terra segundo a norma alemã inclui a análise da retração inicial, da massa volúmica no estado endurecido, da resistência à compressão e à flexão, da aderência ao suporte, da resistência à difusão de vapor de água, da condutibilidade térmica, do comportamento ao fogo, da capacidade de adsorção de água e da resistência à abrasão. No caso de se suspeitar da existência de sais prejudiciais em quantidades inaceitáveis que possam provocar degradação, a norma aconselha a realização de um ensaio para a determinação do teor de sais ao produto pré-doseado. Para a realização de gran-de parte dos ensaios gran-de caracterização gran-destas argamassas a norma DIN 18947 [9] remete para as normas EN 1015-2 [12], EN 1015-3 [13], EN 1015-4 [14], EN 1015-6 [15], EN 1015-7 [16], EN 1015-11 [17] e EN 1015-12 [18]. Neste capítulo vão apenas descrever-se os procedimentos de ensaio referidos na norma DIN [9].

2.1. Teor de sais

A norma DIN [9] define que o produto pré-doseado das argamassas de terra têm de obedecer a valores limites no que diz respeito ao teor de sais, nomeadamente de nitratos, de sulfatos e de cloretos. Para a além da quantidade de cada sal presente na argamassa, a norma impõe que o total de sais presente também não ultrapasse um determinado valor limite.

2.2. Preparação de argamassas, caracterização no estado fresco e provetes

A norma alemã define que as argamassas de terra ensaiadas devem ser preparadas de acordo com o estabelecido na norma europeia EN 1015-2 [12], tendo em consideração alguns desvios. Desta forma a norma DIN 18947 [9] define que a produção da argamassa deve ser realizada através de um equipamento mecânico de amassadura, seguindo o seguinte procedimento: inicialmente é colocada a água para a mistura no recipiente da amassadura; posteriormente é adicionada a quantidade de sólidos, ao longo de 30 segundos de amassadura em velocidade lenta; efetua-se uma agitação por mais 30 segundos em velocidade mais elevada, após terminada a colocação dos sólidos; segue-se um período de descanso de 5 minutos e por fim mais 30 segundos de agitação constante. A quantidade de água necessária para a amassadura deve ser definida pelo produtor, de modo a cumprir o espalhamento definido.

A norma define que a argamassa no estado fresco deve ter massa volúmica superior a 1,2 kg/dm3 e uma consistência por

(4)

2.3. Retração linear por secagem

Para a determinação da retração linear por secagem utiliza-se um mínimo de três prismas de argamassa de dimensões de 40x40x160 [mm] acondicionados, desde a moldagem e até estarem em condições de massa constante (é considerada massa constante quando a diferença de massa em 24h for menor do que 0,2%), a 23

±

5°C e 50

±

15% de HR. A medição é feita com o auxílio de uma craveira sobre o lado mais longo do prisma, a meia altura. Os resultados de retração são obtidos através da redução do comprimento, em percentagem de alteração relativamente ao comprimento inicial do prisma. A norma estabelece que os resultados das medições individuais devem ser arredondados a uma casa decimal e que o resultado final para cada argamassa de reboco de terra resulta da média dos prismas, arredondada a uma casa decimal. A norma DIN [9] define que a retração linear de secagem não deve ser superior a 2%, embora considere que rebocos que incorporem fibras possam apre-sentar uma retração linear até 3%. Não é feita referência na norma DIN [9] à variação volumétrica.

2.4.

Massa volúmica no estado endurecido

No estado endurecido, a norma DIN [9] estabelece a determinação da massa volúmica dos prismas de argamassa de dimen-sões de 40x40x160 [mm], mantidos acondicionados, até atingirem massa constante, nas mesmas condições de temperatura e HR. Utilizando uma craveira, são medidas as dimensões dos provetes ao centro de cada face, realizando-se ainda a deter-minação da massa através de uma balança com um erro não superior a 0,1g. A massa volúmica no estado endurecido é cal-culada a partir da relação da massa com o volume exterior dos prismas de argamassa. A norma [9] define que os resultados das medições individuais têm de ser arredondados para duas casas decimais e expressos em kg/dm3. O resultado final para

cada argamassa é a média das três medições individuais, arredondada para duas casas decimais, podendo ser classificadas, segundo a norma [9], de acordo com a Tabela 1, em classes de massa volúmica no estado endurecido.

Tabela 1: Classe e massa volúmica de argamassas para reboco de terra (com base em [9])

2.5.

Resistência à flexão e à compressão

A norma DIN [9] define que o ensaio de resistência à flexão e à compressão deve ser realizado de acordo com a norma EN 1015-11 [17] a um mínimo de três prismas de argamassa. Os prismas devem ser armazenados, pelo menos nos últimos 7 dias antes do ensaio, a 23

±

2ºC de temperatura e a 50

±

5% de HR. Os resultados dos ensaios de resistência à flexão e à compressão devem ser expressos em N/mm2, arredondados para uma casa decimal. A argamassa de terra é classificada em termos de

(5)

2.6.

Aderência ao suporte

De acordo com a norma [9], o ensaio de aderência é feito de acordo com a norma EN 1015-12 [18], sendo a argamassa de terra classificada em termos de resistência segundo a Tabela 2. O ensaio realiza-se sobre a argamassa de terra aplicada sobre um suporte (tijolo cerâmico ou bloco de betão). Também este conjunto deve ser mantido, pelo menos nos últimos 7 dias antes do ensaio, a 23

±

2ºC de temperatura e 50

±

5% de HR. Os provetes são cortados nas superfícies de argamassa de terra, com uma broca central, com 50 mm de diâmetro, segundo a norma EN 1015-12 [18]. Esta norma refere que os provetes danificados devem ser postos de parte, devendo garantir-se um mínimo de cinco amostras utilizáveis e a sua média.

Tabela 2: Classe de resistência mecânica das argamassas para rebocos de terra (com base em [9])

2.7.

Resistência à difusão do vapor de água e condutibilidade térmica

Em relação à resistência à difusão do vapor de água, μ, a norma DIN 18947 [9] considera que pode ser assumido o valor μ=5/10 (consoante se utilizem os métodos de ensaio com cápsula seca ou húmida, respetivamente) sem ser necessária a rea-lização de nenhum ensaio. No caso de se querer ensaiar a argamassa de terra para determinação da resistência à difusão de vapor de água, é possível aplicar a norma EN ISO 12572 [19] ou a norma NP EN 1015-19 [20].

A norma DIN [5] define que a condutibilidade térmica de argamassas de terra deve ser determinada com base na norma DIN V 4108-4 (à qual não se acedeu).

2.8. Reação ao fogo

A norma [9] refere que o comportamento ao fogo de rebocos de terra deve ser determinado segundo normas alemãs es-pecíficas – DIN 4102-1 [21] e DIN 4102-4 [22], sendo as respetivas argamassas classificadas em conformidade. O ensaio de resistência ao fogo é definido consoante a classe de cada material: A1, A2 ou B1. Na Tabela 3 é possível observar qual o ensaio a realizar à argamassa, consoante a classe do seu material e a periodicidade com que o ensaio deve ser realizado.

Tabela 3: Classe e ensaios de resistência ao fogo de argamassas de reboco de terra (com base em [9])

2.9. Abrasão

(6)

Tabela 4: Classe de resistência à abrasão e abrasão máxima de argamassas de reboco de terra (com base em [9])

2.10. Adsorção do vapor de água

A adsorção de vapor de água por uma argamassa para reboco de terra é determinada em amostras retangulares de argamassa com 15 mm de espessura e 1000 cm2 de área, realizadas em moldes de aço, sendo selados os cincos lados, para que a

adsor-ção ocorra apenas na superfície superior [9]. A amostra tem de se encontrar em equilíbrio a 50% de HR, sendo posteriormente exposta a uma HR de 80%, com temperatura constante de 20ºC. Determina-se o aumento de massa de cada provete após 0,5h, 1h, 3h, 6h e 12h a essa HR, com o auxílio de uma balança de 0,01g de precisão. Com base no valor médio das amostras, a argamassa é classificada de acordo com a Tabela 5.

Tabela 5: Classes de adsorção do vapor de água de argamassas de reboco de terra (com base em [9])

3.

Desenvolvimento experimental

3.1. Argamassa e provetes

A argamassa pré-doseada de terra para reboco analisada é comercializada pela empresa EMBARRO e é composta por terra argilosa, areia siliciosa e fibras de palha de aveia com 1 a 2 cm de comprimento. A argamassa foi produzida no decorrer do

workshop que se realizou Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL), tendo sido

(7)

Figura 1 - Provetes prismáticos de 40x40x160 [mm] nos moldes (esquerda); preparação dos provetes circulares (centro); provetes de argamassa sobre tijolo (direita)

O manuseamento da argamassa, tanto in situ, como em laboratório, permitiu verificar que apresentava uma excelente

tra-balhabilidade. Todos os provetes foram deixados secar em condições controladas de laboratório – 20

±

2ºC de temperatura e 65

±

5% de HR – e foram utilizados para caracterização física e mecânica. Estas condições (as existentes no laboratório) são, no entanto, distintas das definidas na norma DIN 18947 [9] e que, tal como referido anteriormente, são de 23ºC e 50% HR.

3.2. Procedimentos de ensaio adotados

Na campanha experimental de caracterização da argamassa pré-doseada à base de terra foram realizados alguns dos ensaios referidos na norma DIN [9] mas também alguns ensaios complementares de caracterização. Relativamente aos ensaios referi-dos na norma [9], referem-se as diferenças ocorridas nos procedimentos face ao definido nessa norma.

A baridade do produto pré-doseado foi determinada com base na norma EN 1097-9 [23]. As argamassas produzidas in situ

e em condições laboratoriais foram caracterizadas no seu estado fresco, tendo sido determinada: a consistência por espalha-mento (Figura 2, centro) segundo a norma EN 1015-3 [13]; a massa volúmica, segundo a norma EN 1015-6 [15]; o teor de ar com base na norma EN 1015-7 [16] e o teor de água, determinado através da perda de peso depois de ser seca em estufa. Para além destes ensaios de caracterização no estado fresco, realizados às duas amassaduras da argamassa, foram ainda realizados os ensaios de consistência por penetrómetro (Figura 2, esquerda) segundo a norma EN 1015-4 [14] e o ensaio de retenção de água com base no draft da norma prEN 1015-8 [24] na argamassa realizada em laboratório. Nesta amassadura por berbequim da argamassa foi ainda realizado um ensaio de abaixamento (Figura 2, direita) que consistiu em avaliar o abaixamento ocorri-do na amostra de argamassa pelo ensaio de consistência por espalhamento.

Os provetes foram deixados secar inicialmente em sala de laboratório localizada na cave e cumprindo aproximadamente as condições ambientes definidas na norma DIN [5] (23

±

5°C de temperatura e 50

±

15% de HR). Quando os provetes foram des-moldados foi observado que a retração existente era mínima. Os provetes foram posteriormente colocados em laboratório condicionado a 20±2ºC de temperatura e 65±5% de HR até sujeitos a ensaio.

Figura 2 - Ensaio de consistência por penetrómetro (esquerda); ensaio de consistência por espalhamento (centro); ensaio de abaixamento (direita)

A massa volúmica aparente da argamassa de terra em estudo foi determinada com base na norma DIN 18947 [9], tendo sido utilizados seis provetes prismáticos de 40x40x160 [mm] (da argamassa preparada in situ), uma craveira digital e uma balança com 0,001g de precisão.

(8)

EN 14146 [25] através da utilização do equipamento ZEUS Resonance Meter. As resistências à flexão (Figura 3, esquerda) e à compressão foram determinadas de acordo com a norma DIN 18947 [9] e EN 1015-11 [17] com uma máquina de tração Zwick-Rowell, respetivamente com uma célula de carga de 2kN e de 50kN. A aderência ao suporte foi determinada com base na norma EN 1015-12 [15] com o equipamento de pull-off PosiTest AT-M e com pastilhas de 50mm de diâmetro coladas em amostras da argamassa aplicada no revestimento de tijolos furados. Embora com necessidade de cuidado na manipulação, não houve problema na realização deste ensaio com a argamassa de terra.

A determinação da condutibilidade térmica realizou-se com o equipamento Heat Transfer Analyser ISOMET 2104 e a res-petiva sonda de superfície API 210412 com 60 mm de diâmetro, com gama de leitura de 0,30 a 2,00W/m.K. Neste ensaio a sonda é colocada sobre o provete a ensaiar e, passado algum tempo de estar em contacto com a argamassa, o equipamento fornece o valor da condutibilidade térmica do material (Figura 3, centro). O equipamento define que deve ser utilizada uma superfície no mínimo com 60mm de diâmetro e 15mm de espessura. Para este ensaio foram utilizados seis provetes de 90 mm de diâmetro e 15mm e 20mm de espessura, dois provetes de argamassa com 1,5cm sobre tijolos furados de 7cm, seis prismas de 40x40x160 [mm] e três provetes planares de 500x200x15 [mm] em molde metálico. De entre todos os provetes ensaiados apenas os provetes prismáticos não cumprem a recomendação do equipamento.

A capacidade higroscópica é determinada utilizando os moldes planares de 500x200x15 [mm] em molde metálico, com 1000cm2 de área, com base na norma DIN 18947 [9], mas também utilizando os provetes circulares de 90mm de diâmetro,

com 15mm e 20mm de espessura, com área de 55,6cm2. Os provetes foram revestidos, em todas as superfícies exceto a

su-perior, com pelicula aderente de polietileno (Figura 3, direita); os em molde metálico foram mantidos no respetivo molde. Os provetes planares de 500x200x15 [mm] foram pesados numa balança com precisão de 0,1g, enquanto os provetes circulares foram pesados numa balança de precisão de 0,001g.

Figura 3 - Ensaio de resistência à tração por flexão (esquerda); ensaio de

condutibilidade térmica (centro); ensaio de adsorção de vapor de água (direita)

4.

Resultados e discussão

A baridade do produto seco da argamassa pré-doseada registou um valor de 1,17

±

0,01 kg/dm3.

Na Tabela 6 é possível observar os valores obtidos na caracterização no estado fresco da argamassa preparada in situ e da mesma argamassa preparada em laboratório. Tal como já foi referido, a norma DIN 18947 [9] define que a argamassa no estado fresco deve ter massa volúmica superior a 1,2 kg/dm3 e uma consistência por espalhamento de 175

±

5 mm, pelo que

se pode concluir que a argamassa de terra preparada in situ cumpre o exigido pela norma [9], enquanto a argamassa pre-parada em laboratório, com o mesmo teor em água, apresenta um espalhamento ligeiramente superior ao definido como limite. No entanto, nenhuma das argamassas foi preparada exatamente de acordo com o procedimento definido na norma (vide 2.2 e 3.1).

(9)

Constata-se que a massa volúmica, o teor de ar e o teor de água das duas amassaduras da mesma argamassa apresentam reduzida variação, o que demonstra uma boa estabilidade da argamassa face à utilização de equipamento distinto de amas-sadura (no caso, um equipamento mecânico de amasamas-sadura e projeção, face à utilização de berbequim e lâmina helicoidal). Em termos de retração linear, a argamassa de terra em estudo apresenta um valor de retração bastante inferior a 3%, uma vez que não foi medida redução significativa do comprimento dos provetes prismáticos ao serem desmoldados no estado seco; está, por isso, de acordo com os requisitos definidos na norma [9]. Normalmente os materiais de construção de terra podem retrair significativamente. Segundo Röhlen e Ziegert [7] as argamassas de reboco de terra apresentam um grau de retração que pode chegar aos 2,5%, enquanto a retração do betão ou de argamassas de cimento é de apenas 0,04% e 0,09%, respe-tivamente. No entanto, num outro estudo realizado com argamassas de terra [26], estas também apresentaram um grau de retração inferior a 2%.

Os resultados obtidos de massa volúmica aparente, módulo de elasticidade dinâmico, resistência à flexão e compressão e aderência ao suporte, em termos de média e desvio padrão, constam na Tabela 7.

Tabela 7: Massa volúmica aparente, módulo de elasticidade dinâmico, resistência à tração e à compressão e aderência ao suporte

De acordo com a norma DIN 18947 [9] esta argamassa pode ser classificada como pertencente à classe 1,8 em termos de massa volúmica aparente, uma vez que apresenta valores entre 1,61 e 1,80kg/dm3. Em termos de resistência mecânica, pode

ser classificada como sendo de classe SI, uma vez que apresenta resistência à flexão não inferior a 0,3N/mm2, resistência à

compressão superior a 1,0N/mm2 e aderência ao suporte superior a 0,05N/mm2 [9].

Habitualmente, as misturas de terra têm uma resistência à compressão mínima de 0,6 N/mm2. Enquanto os valores mais

típicos para paredes de taipa variam entre 1 e 3N/mm2 [7]. Gomes et al. [26] com argamassas de terra formuladas com

ma-terial de antigas paredes de taipa e com uma terra caulinítica obtiveram valores entre 0,47 e 0,51MPa. Comparativamente, argamassas de reboco com base em cal aérea costumam apresentar resistências à compressão que rondam 1 a 1,5N/mm2 [7],

sendo admissíveis valores entre 0,4 e 2,5N/mm2 para argamassas de reboco de paredes de edifícios antigos ou com

caracterís-ticas mecânicas similares [27]. Estudos desenvolvidos por Matias et al. [28] mostram que argamassas de cal aérea com resíduos de cerâmica (material semelhante à terra mas cozido) podem atingir valores de resistência à compressão aos 120 dias de idade que ultrapassam 7N/mm2 e de resistência à flexão que se aproximam de 0,35N/mm2. Em termos de resistência à flexão por

tração, Gomes et al. [26] obtiveram valores entre 0,14 e 0,17MPa com argamassas de terra formuladas para reparação de paredes de taipa e com terras de antigas taipas ou uma terra caulinítica; estes valores são inferiores aos obtidos no presente estudo.

As argamassas de reboco de terra devem apresentar uma resistência à aderência entre a superfície e as camadas de reboco de, pelo menos, 0,03N/mm2 [7]; no entanto Röhlen e Ziegert [7] também afirmam serem comuns valores até 0,15N/mm2.

Os valores obtidos relativos à caracterização mecânica demonstram que as argamassas de terra, e esta em particular, apresen-tam características semelhantes à de outros tipos de argamassas, nomeadamente com base em cal aérea.

No que diz respeito à condutibilidade térmica, os valores obtidos no ensaio realizado sobre os vários tipos de provetes, em termos de média e desvio padrão, constam da Tabela 8.

(10)

Tal como já foi referido, todos os provetes cumprem as recomendações do equipamento, exceto os provetes prismáticos de 40x40x160 [mm]. No entanto todos os provetes apresentam um valor de condutibilidade térmica na casa dos 0,9 W/(m.K). Tipicamente, os materiais de construção de terra apresentam valores entre de 0,17 e 1,1W/(m.K), dependendo da massa volú-mica aparente [7] e das condições ambientes (temperatura e HR). No caso particular da argamassa de terra analisada, encon-trando-se os provetes em condições de laboratório de 20ºC e 65% de HR, o valor é da mesma ordem de grandeza do valor definido no ITE 50 [29] para argamassas e rebocos de cal e areia com massa volúmica de 1,60kg/dm3, que é de 0,80W/(m.K).

A higroscopicidade é uma medida dinâmica que descreve a capacidade de adsorção de vapor de água do ambiente pelas camadas de um elemento de construção. Os valores médios obtidos no ensaio de adsorção de vapor de água constam da Tabela 9 para os diferentes provetes ensaiados.

Tabela 9: Vapor de água adsorvido por unidade de área, pelos diferentes tipos de provetes, ao longo do ensaio

Comparando os resultados dos provetes planares com os circulares, com áreas expostas e correspondentes perímetros – e eventual influência do bordo dos moldes - muito distintas, é possível concluir que as dimensões da superfície dos provetes têm uma grande influência na quantidade de vapor de água adsorvida pelos provetes por unidade de área. Com efeito, entre os provetes com 55,6cm2 de área e comparativamente aos com 1000cm2 verifica-se um aumento significativo do acréscimo

do vapor de água adsorvido por unidade de área, com a área superficial dos provetes. Não se verifica uma grande influência a nível da espessura comparando os resultados obtidos com os provetes circulares com 15 e 20mm. Com efeito, entre provetes com 15mm e 20mm de espessura verifica-se uma adsorção nos primeiros períodos um pouco maior, mas ligeiramente inferior a partir das 3h de ensaio. A diferença de comportamento entre os provetes pode observar-se a partir da Figura 4.

Figura 4 – Curvas de adsorção médias da argamassa em

provetes planares e circulares, de área e espessuras distintas

No entanto, comparando os valores obtidos com as classes definidas na norma DIN [9], verifica-se que, de acordo com os resultados de todos os provetes, a argamassa é classificada como WSIII. Röhlen e Ziegert [7] afirmam que o valor médio da adsorção do vapor de água por argamassas de terra para rebocos encontra-se geralmente entre 50-70g/m2, sendo possível

(11)

e remete para as normas DIN EN 4102-1 [21] e DIN EN 4102-4 [22]. Este ensaio não foi levado a cabo porque, de acordo com estas normas, a terra e materiais contendo elevado teor em terra podem ser diretamente classificados como sendo não-infla-máveis (classe A). Röhlen e Ziegert [7] referem que, através de ensaios realizados, argamassas de terra com fibras de palha com massas volúmicas superiores a 1200kg/m3 cumprem os requisitos para serem classificadas como não-inflamáveis.

5.

Conclusões

Neste documento apresentam-se os aspetos considerados mais importantes que constam na norma sobre argamassas de reboco de terra [9] que se conhece, bem como os resultados da caracterização de uma argamassa pré-doseada de terra de fabrico nacional. O estudo efetuado permitiu salientar diversos aspetos, que de seguida são mencionados.

A trabalhabilidade apresentada pela argamassa foi excelente, tanto quando preparada in situ, como quando preparada em laboratório, embora por método reprodutível in situ. Os valores de consistência por espalhamento e massa volúmica no estado

fresco estão de acordo com o imposto na norma DIN 18947 [9]; no entanto, pela trabalhabilidade apresentada, considerou-se que a argamassa poderia ter sido efetuada com ligeiramente menor quantidade de água. Mesmo assim (efetuada com eventual excesso de água), o facto de esta argamassa apresentar um valor de retração linear por secagem reduzido, e que cumpre o limite definido na norma [9], é uma muito boa indicação.

A nível de massa volúmica no estado endurecido esta argamassa pode ser classificada como sendo da classe 1,8 [9] uma vez que apresenta valores entre 1,61 e 1,80kg/dm3.

Em termos de resistência, esta argamassa pode ser classificada como sendo de classe SI [9], uma vez que apresenta valores de 0,3N/mm2 de resistência à flexão, superiores a 1,0N/mm2 de resistência à compressão e superior a 0,05N/mm2 de aderência ao

suporte. Os valores obtidos são comparáveis com os de outras argamassas para rebocos, nomeadamente à base de cal aérea e adequadas para aplicação na reabilitação de edifícios antigos [27].

Quanto à condutibilidade térmica, todos os tipos de provetes apresentaram valores consistentes e que não ultrapassam 0,9W/(m.K). Esta característica não se traduz, no entanto, num grande acréscimo de resistência térmica, devido à reduzida espessura com que as argamassas de reboco interior são normalmente aplicadas. Já a influência seria maior se a argamassa fosse aplicada para o assentamento de alvenarias, por exemplo de alvenaria de xisto a serem rebocadas, em que a utilização de argamassas de terra era tradicional.

A nível da adsorção de vapor de água, esta argamassa de terra pode ser classificada como de classe WSIII [9] pelos resultados apresentados nos provetes planares de 500x200x15 [mm], mas também pelos dos provetes circulares de 90mm de diâmetro, com 15mm e 20mm de espessura. Como estes últimos provetes são de mais fácil execução e manipulação, fica a hipótese do tipo de provetes a utilizar no procedimento de ensaio de adsorção de vapor de água poder, eventualmente após de confirmação em curso na continuação do estudo apresentado, vir a ser ampliado. Apesar da argamassa conter fibras de palha, uma vez que apresenta massa volúmica superior a 1200kg/m3 (logo numa quantidade limitada), a norma DIN permite

atribuir-lhe boas características em termos de comportamento ao fogo, obviando a necessidade da argamassas à base de terra ser especificamente ensaiada.

Em face dos resultados obtidos e da discussão efetuada, verifica-se a qualidade apresentada pela argamassa de terra pré-doseada de fabrico nacional analisada. Considera-se que, em face das características que se demonstraram que uma argamassa de terra pode ter, este tipo de argamassas poderiam ser mais utilizadas em rebocos interiores de edifícios, com evidente ecoeficiência.

6.

Agradecimentos

(12)

7.

Referências

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(13)

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Imagem

Tabela 1: Classe e massa volúmica de argamassas para reboco de terra (com base em [9])
Tabela 2: Classe de resistência mecânica das argamassas para rebocos de terra (com base em [9])
Tabela 4: Classe de resistência à abrasão e abrasão máxima de argamassas de reboco de terra (com base em [9])
Figura 2 - Ensaio de consistência por penetrómetro (esquerda); ensaio de  consistência por espalhamento (centro); ensaio de abaixamento (direita)
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