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Economias de escala e de diversificação : uma análise da bibliografia no contexto das fusões hospitalares

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w w w . e l s e v i e r . p t / r p s p

Artigo

de

revisão

Economias

de

escala

e

de

diversificac¸ão:

uma

análise

da

bibliografia

no

contexto

das

fusões

hospitalares

Helda

Azevedo

a,∗

e

Céu

Mateus

b

aAssociac¸ãodeInovac¸ãoeDesenvolvimentoemSaúdePública(INODES),EscolaNacionaldeSaúdePública,UniversidadeNova deLisboa,Lisboa,Portugal

bDepartamentodeCiênciasSociaisemSaúde,EscolaNacionaldeSaúdePública,UniversidadeNovadeLisboa,Lisboa,Portugal

informação

sobre

o

artigo

Historialdoartigo: Recebidoa9deabrilde2013 Aceitea10dedezembrode2013 Palavras-chave: Economiasdeescala Economiasdediversificac¸ão Análisesdefronteira Func¸ãocusto Fusõeshospitalares

r

e

s

u

m

o

Perante o atual contexto de contenc¸ão de gastos no sector da saúde e consequente preocupac¸ãocomaeficiênciadosistema,tem-seassistidoamudanc¸asváriasnomodelode gestãoeorganizacionaldosistemadesaúde.Destaca-seacriac¸ãodecentroshospitalares atravésdefusõesadministrativas,semquaisqueralterac¸õesnonúmerodeestruturas físi-cas,apresentando-secomoargumentosprimordiaisoaproveitamentodesinergiaseouso maiseficientedosrecursosdisponíveis.Dadaaimportânciadestamodalidadeorganizativa nosúltimosanos,foiobjetivodopresenteestudoperceberosmotivossubjacentesao redi-mensionamentohospitalar,bemcomooseuoimpactonosganhosdeeficiênciaatravésdo aproveitamentodeeconomiasdeescala,tendoporbasearevisãodaliteratura.Pretendeu-se aindaanalisarastécnicasmaisadequadasdeavaliac¸ãodaestruturadecustosdos hospi-tais,bemcomoasuaeficiência.Aliteraturasugereapresenc¸adeeconomiasdeescalaede diversificac¸ãoporexplorar,masapenasasfusõesentrehospitaisdepequenadimensãoe denaturezasemelhantepodembeneficiardestesganhosdeescala.

©2013EscolaNacionaldeSaúdePública.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.Todosos direitosreservados.

Economies

of

scale

and

scope:

A

literature

review

in

the

context

of

hospital

mergers

Keywords:

Economiesofscale Economiesofscope

a

b

s

t

r

a

c

t

Drivenbythecurrentpressureonresourcesinduced bybudgetarycuts,thePortuguese MinistryofHealthisimposingchangesinthemanagementmodelandorganizationofNHS hospitals,includingthecreationofhospitalcentresasaresultofadministrativemergers

Autorparacorrespondência.

Correioeletrónico:h.azevedo@ensp.unl.pt(H.Azevedo).

0870-9025/$–seefrontmatter©2013EscolaNacionaldeSaúdePública.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.Todososdireitosreservados. http://dx.doi.org/10.1016/j.rpsp.2013.12.001

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Frontieranalysis Costfunctionmodel Hospitalmergers

ofexistinghospitals.Accordingtothepoliticaldiscourse,oneofthemaingoalsexpected fromthismeasureisthecreationofsynergiesandmoreefficiencyintheuseofavailable resourcesbyadjustingtheirscaleoptimisation.Giventhisactivepolicyofhospitalmerger, thisstudyintendstodescribetheunderlyingreasonsandtheimpactonefficiencygains,by lookingateconomiesofscalenamelythroughreductionsinexpenditures,basedonthe literature review.It wasalsosoughtto analysetheappropriate techniquestoevaluate thehospitals’efficiencyandthecoststructure.Theliteraturesuggeststhatthereare econo-miesofscaleandscopetoexplore,butonlymergersofrelativelysmallandsimilarhospitals weresuccessful.

©2013EscolaNacionaldeSaúdePública.PublishedbyElsevierEspaña,S.L.Allrights reserved.

Introduc¸ão

PortugalapresentaumaConstituic¸ãotípicadeEstadosocial, integrandoumconjuntodedireitossociais,entreosquaiso direitofundamentalàprotec¸ãodasaúde,consagradonoart.◦

64.◦daConstituic¸ão,atravésdeumServic¸oNacionaldeSaúde

(SNS)universal,geraletendencialmentegratuito. Não obs-tante,trata-se deumsectorcomelevadoscustos,realidade quesetemvindoaagravarprogressivamente.

O crescimento sistemático das despesas emsaúde nas últimasdécadas,frequentementeataxasmaiselevadasdo queasobservadasparaocrescimentoeconómico,pode colo-caremcausaasustentabilidadefinanceiradoSNS.Segundo dadosdaOCDE1,osgastostotaiscomasaúde(em%doPIB) aumentaram,emPortugal,de5,1para9,7%entre1980-2011, ultrapassandoamédiadaUniãoEuropeia,quegastou9,3% doseuPIB em2011.Segundoprojec¸õesdaOCDE2,aindase podeinferirque,naausênciademedidaspolíticas,amédia degastosestimadaquaseduplicaráaté2050,levandoauma consciencializac¸ãoeinteressepelaanálisedasituac¸ãoatual dopaísediscussãodealternativasàorganizac¸ãodosistema desaúde.

Aoaumentocrescentedosgastosemsaúdeéaliadaa ine-ficiênciadosectorpúbliconaprestac¸ãodecuidados,dadaa convicc¸ãogeneralizadadequesepoderiaproduzirmaiscom osrecursosdisponíveis3,4.Sendooshospitaisumapec¸a fun-damentaldosistemadesaúde,namedidaemquelhessão atribuídoscercade50%doorc¸amentodasaúde5,foramvárias asanálisesrelativasàineficiênciahospitalareàssuasformas demedic¸ão,natentativadeintroduzirumamaior racionali-dadenagestãodestesector.

Peranteanecessidadedecontenc¸ãodosgastos ea con-sequentepreocupac¸ãocom aeficiênciadosistema, tem-se assistido à introduc¸ão de uma nova filosofia de gestão hospitalar, assenteessencialmente nasquestões da oferta. Destaca-se a alterac¸ão da estrutura hospitalar, numa ten-tativa de racionalizac¸ão dos seus recursos internos, onde aquestãoda dimensãoótima surge comênfasereforc¸ada. A ideia de que a agregac¸ão de hospitais de pequena e médiadimensão permitiria criar sinergias e, consequente-mente, racionalizar recursos, tem impulsionado a criac¸ão de vários centros hospitalares nos últimos anos, em que 2 (ou mais) hospitais são colocados sob a mesma equipa de gestão. Assistiu-se, assim, à passagem de aproximada-mente 98 unidades hospitalares para 55 unidades entre 1999-2011.

As políticas relativas à criac¸ão de centros hospitalares apresentam como argumentosprimordiais aexplorac¸ão de economias de escala e, em alguns casos, o acesso facili-tadodosutentesaumaestruturaqueofereceumagamade cuidados mais vasta. O Ministério da Saúde justifica esta alterac¸ão dopanorama hospitalarcomo uma«gestão inte-grada e mais eficiente de todos os meios assistenciais, humanos, técnicos efinanceiros, diferenciando, neste pro-cesso,ascaracterísticasprópriasdas unidadeshospitalares atuaiseaadequac¸ãodosequipamentosexistentes»(Portaria n.◦83/2009,de22dejaneiro6).

Dada a importância desta modalidadeorganizativa nos últimos anos, foi objetivo do presente estudo perceber o impacto das fusões hospitalares, a nível nacional e inter-nacional,nosganhosdeeficiênciapeloredimensionamento hospitalar,tendoporbasearevisãodaliteratura.Pretendeu-se tambémanalisarosmétodosdemedic¸ãodessaeficiência,em particularosmétodosdefronteira,bemcomoaespecificac¸ão dafunc¸ãocusto.a

Numa primeira fase definiu-seeficiência,com destaque para a questão da escala ótima, seguindo-se uma breve descric¸ãodassuastécnicasdemedic¸ão(capítulo1). Posterior-mente,abordou-seaquestãodasfusõeshospitalares(capítulo 2),sendoumadasatuaisreformashospitalaresquesurgiram emrespostaànecessidadedousomaiseficientedosrecursos disponíveis.

Eficiência

produtiva

e

formas

de

medic¸ão

Conceitodeeficiência

Oaumentocrescentedasdespesasemsaúde,emparticularno sectorhospitalar,temsidoobjetodediversosestudos,anível nacionaleinternacional,nosquaissepretendemidentificar eanalisarascausassubjacentesaessa tendência.É relati-vamenteconsensualPortugalapresentarcomoumdosseus grandesproblemasaineficiênciadosistema,namedidaem quegastamalosrecursosdequedispõe7.

Apesarde seramplamenteaceiteanecessidadede pro-mover a eficiência, não é, contudo, clara a sua definic¸ão, sendováriososconceitosusadosporeconomistas8.Barros7

aNaliteraturaanglo-saxónicaotermodeeficiênciatecnológica correspondeaeficiênciatécnicaeaeficiênciatécnicaaeficiência alocativa.

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identifica3níveisdeeficiênciaeconómica,apresentando-os porordemdeabrangência:eficiênciatecnológica, eficiência técnicaeeficiênciaeconómica1.

Segundooautor,aeficiênciatecnológicapretende elimi-narodesperdícioderecursos,podendoseranalisadacomoa fronteiradepossibilidadesdeproduc¸ão,conceitogeralmente implícito nas discussões sobre a importância do aumento da eficiência no sistema. A eficiência técnica já implica a considerac¸ãodeumdadoníveldeproduc¸ãoaomínimocusto, tendoemconsiderac¸ãoosprec¸osdosfatoresdeproduc¸ão.

Aineficiênciadosistemadesaúdeportuguêsnãose asso-ciasimplesmenteaodesperdíciodosrecursosafetosàsaúde, mastambémaoseusubaproveitamentoeàcapacidade insta-ladanasunidadesdesaúde9.Énestecontextoqueseintroduz umterceiroconceitodeeficiência–eficiênciaeconómica,que correspondeàdefinic¸ãodaescalaótimadeatividadedo pres-tador,obtendo-sequandoobenefícioresultantedaproduc¸ão demaisumaunidadeéigualaocustodeproduc¸ãodessa uni-dadeadicional7.Foiesteconceitodeeficiênciaqueseanalisou maisemdetalhenasecc¸ãoseguinte,dadaasuaimportância nocontextoatualdefusõeshospitalares.

Economiasdeescalaedediversificac¸ão

Aanálisedaescalaótimadasentidadesprestadorasde cui-dadosmédicosdeveterpresenteadimensão(economiasde escala),bemcomoadiversificac¸ãodeatividades(economias dediversificac¸ão).Apresenc¸adeeconomiasdeescalaresulta emganhosdeeficiênciacomoaumentodadimensãodeuma empresa10,sendopossívelhaverganhosnosectorhospitalar atravésdefusões.

Oestudodasfunc¸õescustopermiteavaliarosganhosde eficiência11,ondeafunc¸ãocustototaldelongoprazopodeser alteradadeformaafornecerinformac¸ãorelativaàseconomias deescalaedediversificac¸ão,namedidaemqueocustomédio deumaempresaécalculadopeloquocienteentreumdado níveldecustoseaproduc¸ãocorrespondente.Numaempresa multiproduto,amedidadaseconomiasdeescalaédadapelo inversodasomadaselasticidadesdocustorelativamenteaos produtos12. Paraisso,éimportanteaespecificac¸ãoadotada paraafunc¸ãocusto(analisadanasecc¸ão2.4).

Umaempresaestánazonadeeconomiasdeescalaquando o customédio de longoprazo diminui com oaumento da produc¸ão,ouseja,quandoumaumentoproporcionalemtodos osfatoresprodutivosgeraumaumento,maisdoque propor-cional,dooutput.Oconceitodeeconomiasdediversificac¸ão, igualmenteimportantenaanálisedaestruturadaoferta,está presentequandoocustodeproduc¸ãode2oumaisprodutos emconjuntoémenordoqueasuaproduc¸ãoemseparado7.

Aquestão que seimpõe éa de sabero nível ótimode produc¸ãodeumaempresalucrativa.Atendênciaseriaoptar pelaquantidadequeminimizaocustomédio,maspodenão seramelhordecisão.Quandoumaempresaquermaximizar oseulucronãoestáinerente ointeresseemproduziruma quantidadequeminimizeocustomédio,amenosque, coin-cidentemente,aproduc¸ãoqueminimizaoscustossejaaque tambémmaximizaoslucros11.Adicionalmente,amaioriadas instituic¸õesdesaúde,comoéocasodoshospitais,nãooperam emambientedeconcorrênciaperfeita7,nãoexistindoforc¸as competitivasqueosforcemaoperaràescalamaiseficiente.

Assim,épossívelqueonúmerodeprestadoresseja insufici-ente,ouexcessivo,faceàsnecessidades.Sehouvereconomias deescalasignificativasporexplorarnoshospitais,será razoá-velafirmarquehaverávantagensnoaumentodadimensão doshospitais,nomeadamenteatravésdafusãodosmesmos. O conceitode economiasdeescalaé, portanto,importante querparapolíticaspúblicas–macrogestão–querparaos ges-tores–microgestão.

Métodosdefronteira

Aprimeiratentativademedic¸ãodeeficiênciadeumhospital, através daanálisederegressão,foirealizadaporFarrellem 195713.Foiestimadaafunc¸ãodeproduc¸ãodoshospitaisde agudosdoSNSbritânico,paraatecnologiauniproduto,sendo osresíduosinterpretadoscomoumamedidadeeficiência téc-nica.Contudo,estemétodopermiteapenasumaavaliac¸ãode eficiência técnica e pressupõe que as variac¸ões nos erros de cada observac¸ão se devem exclusivamente a ineficiências14.

Foram várias as técnicas empíricas usadas desde então para medir aeficiência, sendo estas agrupadasem2 cate-gorias:métodosfronteiraemétodosdenãofronteira.Nestes últimos,osoutputs,oucustosincorridos,por2oumais empre-sassãocomparados,enquantotentativadecontrolodeefeitos devariáveisestranhas.Nosmétodosfronteira,osoutputsou custos da empresa são comparados à melhor experiência possível,estandoconceptualmentepróximosdadefinic¸ãode eficiênciatécnicaealocativa.Foramdesenvolvidos2tiposde análisedefronteiraempírica:osbaseadosemmétodosnão paramétricos–DataEnvelopmentAnalysis(DEA),desenvolvida primeiro;eosquesebaseiamnaestimac¸ãoeconométricacom umaabordagemparamétrica–StochasticFrontierAnalysis(SFA), comaplicac¸õesnaáreadasaúdeapartirdofinaldosanos80. Os métodos não paramétricos derivam das técnicas de análiseenvoltória dedadosintroduzidasporCharnes, Coo-per e Rhodes (CCR)15, em 1978, com influência do estudo de Farrell13.Este primeiromodelo CCR,também designado por ConstantReturns toScale (CRS), avalia aeficiência total, identifica asunidades eficienteseineficientes edetermina aquedistânciadafronteiradeeficiênciaestãoasunidades eficientesconsiderandoumafronteiraderetornosdeescala constantes.SegundoRego9,cadaumadasunidades produti-vaséconfrontadacomasrestantes,podendo-se,destemodo, identificar as unidades best-practice como constituintes da fronteiradeproduc¸ãoetodasasoutrassãoconsideradas ine-ficientes.OmodeloCCRfoiposteriormentedesenvolvidopor Banker,CharneseCooper16,em1984,designando-seporBCC ouVariableReturnstoScale(VRS),queincluiretornosvariáveis deescala,seguindo-seoutrosestudos17–21.

Autilizac¸ãodaDEAtemcomovantagemnãoser necessá-rioatribuirumaformafuncionalespecífica.Aaplicac¸ãodeste modelo tem sido generalizada aos servic¸os de saúde22–28. Contudo,afronteirapodeestardistorcidaseosdados incor-porarem ruído estatístico. A grandecrítica apresentada ao modeloéprecisamenteofactodeasdistânciasdasempresas àfronteiraseremexclusivamenteatribuídasàineficiência11.

No método estatístico estocástico (SFA), os desvios das posic¸õesobservadasemrelac¸ãoàfronteiraeficienteresultam, paraalémdaineficiência,dainfluênciadefatoresaleatórios

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foradocontrolodaorganizac¸ãoprodutiva(outliers)edoruído estatístico4.Estaabordagemafasta-sedafilosofia determinís-tica,namedidaemqueosinvestigadorestêmdeassumirà prioriadistribuic¸ãoestatísticadasineficiências.Osque pre-feremaSFAargumentam queaDEAassume quetodas as empresasquedistamdafronteirasãoineficientes.A possibili-dadedestemétodoestarsujeitoafatoresaleatóriosexternos éreferidaporAigneretal.29eMeeuseneBroek30.Umadas limitac¸ões da medic¸ão de eficiência através deste método passaporter queseescolher afunc¸ãoa utilizar.Não obs-tante, este método tem sido muito utilizado na eficiência relativaàindústriahospitalar4,14,31–37.Aescolhadomodelode estimac¸ãodatecnologia,nomeadamenteafunc¸ãoautilizar, queseráanalisadanapróximasecc¸ão.

Modelosdeestimac¸ãodatecnologiahospitalar

Nasúltimasdécadastêm-severificadomudanc¸asnos procedi-mentosdeestimac¸ãodoimpactodadimensãoedaproduc¸ão hospitalarsobreoscustos9.Osprimeirosestudosbasearam-se emfunc¸õescustocomoformadeanalisarocomportamento hospitalar, recorrendo a regressões dos custos, com base numamedida deoutput (númerodecasos tratadosoudias de internamento)38,40 e incluíam também entre os regres-soresvariáveis relativasàcomplexidadedoscasostratados eservic¸osprestados.Estudosrecentesavaliamo comporta-mentohospitalaratravésdefunc¸õescustoneoclássicas,em queavariáveldependentedizrespeitoaoscustostotaiseas variáveisindependentessãoasmedidasdeoutputseprec¸os dosinputs,tendocomoumdosobjetivosaestimac¸ãode eco-nomiasdeescala.

Na teoria neoclássica, a tecnologia de produc¸ão é nor-malmenteapresentadaporumafunc¸ãodeproduc¸ão,sendo estaumarelac¸ãotécnicaqueindicaaquantidademáximade produc¸ãoparaasdiferentescombinac¸õesdeinputs3,quese poderepresentarpelafunc¸ãodetransformac¸ãogenérica:

F(Y,X)=0 (1)

ondeYrepresentaovetordedimensãomdosníveis máxi-mosdeproduc¸ão,Xovetordedimensãondaquantidadede fatoresconsumidoseFfunc¸ãodetransformac¸ãoquedescreve atecnologiaeficientedeproduc¸ãodeservic¸oshospitalares.

Tecnicamente,seafunc¸ãodetransformac¸ãodaproduc¸ão satisfizerdeterminadascondic¸õesderegularidade(fechada, monótonaeconvexa)eseaorganizac¸ãominimizarosseu custosde produc¸ão para um dado nível de output, conhe-cidaatecnologia,osprec¸osdosfatoreseoníveldeproduc¸ão, entãoateoriadadualidadedemonstraqueexisteumafunc¸ão custos que é dual da func¸ão transformac¸ão que lhe está associada38,39.

Emboraoshospitaispúblicossejaminstituic¸õessemfins lucrativos, é de esperar que as administrac¸ões hospitala-res procurem minimizar os custos, utilizando os recursos damelhorforma possível paraque seobtenhaaproduc¸ão máxima10,40,41. Assumindo que os gestores minimizam oscustosparaumdadoníveldeproduc¸ãoenãocontrolam osprec¸os dos inputs,e afunc¸ão de transformac¸ãosatisfaz algunsrequisitos,entãoexisteumafunc¸ãocustoeconómica,

quecaracterizaoprocessodeproduc¸ãoemtermosdeoutputs eprec¸osdeinputs10:

C=C(Y,W) (2)

emqueWrepresentaovetordedimensãondeprec¸osdos fatoreseCrepresentaoscustosdeproduc¸ãohospitalarb.

Aestimac¸ãodeumafunc¸ãocustomultiproduto, apropri-adanosmétodoseconométricos,éassimpossívelpelateoria dadualidade,predominandoemváriosestudossobreservic¸os hospitalares40–43. Carreira12 afirma que nas indústrias em que o nível de produc¸ão não é muito influenciável pela empresaeoprec¸odosfatoressãoexógenos,aestimac¸ãoda func¸ãocustoégeralmentemaisadequada.

Aseconomiasdeescala,comosetemanalisado,são defi-nidaspelaformadafunc¸ãodoscustosmédiosdelongoprazo. Enquanto o longoprazocorresponde ao períodode tempo necessário para quetodos os fatoresprodutivos sejam fle-xíveis, o curto prazo caracteriza-sepelo período de tempo em que existem fatoresprodutivos pré-determinados7. No curtoprazohá,portanto,pelomenosumfatordeproduc¸ão cuja quantidade a firma não pode alterar com facilidade. Definindo-seaquantidadedestefatorporK,afunc¸ãocusto decurtoprazoédadapor:(4)C5=C(Y,W,K)

ondeKéoparâmetroindicadordedimensãodohospital. Váriosestudosconsideramaexistênciadeumfatorfixo41,44. Estudostêmdemonstradodiferenc¸asnosresultados, conso-anteseassumaumequilíbriodecurtooudelongoprazo44,45. Os custosestimados de curtoprazopodem serusados,na medidaemqueapartirdelessepodeinferirafunc¸ãocustos associadanolongoprazo10.

Na estimac¸ãodefunc¸õescustodeumhospital,Breyer46 distingue2gruposdeestudos:ostradicionais,queutilizam umaespecificac¸ãoad-hocdaequac¸ãoderegressão,eosque têmfunc¸õescustoquesebaseiamnateorianeoclássica da dualidadeentreafunc¸ãocustoeafunc¸ãoproduc¸ão, introdu-zindoformasfuncionaismaisflexíveis,quetêmavantagem denãorequereremapriorinenhuma restric¸ão.Asvariáveis incluídas são consideradas relevantes para uma realidade específica, permitindo distinguir hospitais no mundo real. Porexemplo,podeserconsideradaumavariávelquedistinga hospitaisuniversitáriosdosrestantes,jáqueoshospitaisde ensinotêmcustosmaiselevados47,48.SegundoFollandetal.11, asvariáveisinteressamparaoscustosmasnãotêmumpapel claronateoriadasfunc¸õescusto,havendoporvezesfunc¸ões custocomportamentaisqueomitemvariáveis,como ataxa salarialouoequipamento.

As formas funcionais flexíveis têm-se tornado mais comunsporpoderemrepresentaraproximadamentequalquer estruturadeproduc¸ãoarbitrária.Estasformasflexíveis mul-tiprodutopermitemaestimac¸ãodeeconomiasdeescalaede diversificac¸ão,conceitosquesetêmdesenvolvidonaliteratura modernaemproduc¸ãomultiproduto41,44.Asprincipaisformas

bParaqueafunc¸ão(2) sejaumarepresentac¸ãoteoricamente válidadafunc¸ãodecustodual,deverápossuirasseguintes propri-edades:i)nãonegativa,ii)linearmentehomogéneanosprec¸osdos fatores,iii)nãodecrescenteemw,iv)côncavaemw,v)contínua emw,vi)nãodecrescentenoníveldeoutputevii)diferenciávelem w(Diewert,1982).

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funcionaisflexíveisdafunc¸ãocustosãoafunc¸ãocusto mul-tiprodutohíbridadeDiewert49,oudetecnologiageneralizada deLeontief,afunc¸ãocustomultiprodutotranslogarítmica50e afunc¸ão custo multiproduto quadrática. Noentanto,estas func¸õescustocontêmfalhas,umavezquenãosatisfazem, respetivamente,osrequisitosdehomogeneidadedosprec¸os dosfatores, da parcimónia dosparâmetrosa estimar eda admissibilidadedeoutputsiguaisa04.

Afunc¸ãocustotranslog,umadasformasfuncionais flexí-veis,equepermiteaentradadeváriosoutputscomovariáveis separadas,éumadasfunc¸õescustomaisutilizadasnoestudo da tecnologia de produc¸ão3,12,40,41,43,44,51. Trata-se de uma func¸ãocustovariável,influenciadapelofatorfixode dimen-são,aspetoconsideradoporVita44eScuffhametal.41.Apesar de não admitiro valor0 no seu domínio devido aos seus valoresseremexpressosnaformalogarítmica,estudos recen-tesultrapassamestalimitac¸ãoatravésdatransformac¸ãode Box-Cox44,52,designando-seporfunc¸ãotransloggeneralizada. Como alternativa à transformac¸ão Box-Cox, alguns estudos optaram por substituir os outputs com valor nulo por um númeropositivomuitopróximode012,35,43,53.

Conceitodeproduc¸ãohospitalar

Comoemqualquerindústria,aanáliseempíricado compor-tamentodecustosconfronta-secomoproblemadadefinic¸ão daproduc¸ão12.Relativamenteàavaliac¸ãodaproduc¸ão hospi-talar,tem-severificadoumaevoluc¸ãonasunidadesdemedida usadasqueincidiamem2grandeslinhasdeproduc¸ão hospi-talar:osservic¸osdeinternamentoeotratamentodedoentes externos(ambulatório).

Aunidadedeproduc¸ãodeservic¸osdeinternamento hospi-talarmaisutilizadaéonúmerodecasostratados,emtermos denúmerodedoentesadmitidosousaídos3,45.Noentanto, investigadoresqueapontamofactodeestamedidanãoreter otipode tratamentoefetuado.Umaalternativaaonúmero decasostratadoséonúmerodediasdeinternamento40,43. Noentanto, esta medida também éalvo decrítica, já que nãoéindiferente,emtermosdecustos,omodocomose pro-cessaoaumentodosdiasdeinternamento,sendoosprimeiros diasmaisdispendiososdoqueosúltimos.Adicionalmente,a utilizac¸ãodestavariávelpodenãorefletirnoscustosoefeito doaumentodonúmerodecasostratados.

Mais recentemente, alguns estudos utilizam conjunta-mente o número de casos tratados – doentes saídos ou admissões–eademoramédiadeinternamentopara repre-sentaraproduc¸ãodosservic¸osdeinternamento12,44,45,51.

Relativamenteàproduc¸ãoemambulatório,aunidadede medidamaisutilizadaéonúmerodeconsultaseonúmero deurgências.Háestudosqueconsideramestasunidadesde medida em conjunto3,12,44,45, ou apenas o número de urgências43ouonúmerodeconsultas41.

Fusões

hospitalares

e

efeitos

de

escala

AineficiênciadaindústriahospitalaréjustificadaporSinay54 quando afirma haver hospitais demasiado pequenos para gozardeeconomiasdeescalaeoutrosexageradamente gran-desquelevamàsuasubutilizac¸ão.Surgeassimanecessidade

de ajustaraescala de produc¸ãoporforma ahaverganhos de eficiência48. Rego9 valoriza esta questão quando refere quemuitosdosestudosempíricosrealizados,natentativade medir a eficiência económica, se focam precisamente na avaliac¸ãodoimpactodovolumedaproduc¸ãohospitalarna estruturadecustos,analisando-seapresenc¸adeeconomias de escala.SegundoBrookseJones55, oshospitaisdemaior dimensão, com uma gestão informada e racional, tendem a potenciar economiasde escala,obtendo melhores níveis de eficiênciadoqueasunidadespequenas, principalmente quandosereconhecequeaseconomiasdeescalaestãopara alémdaproduc¸ão.

Foicombasenestesargumentosque,noiníciodosanos 90,seassistiuaumelevadonúmerodefusõeshospitalares nosEstadosUnidosdaAmérica(EUA),jáqueaintroduc¸ãodo sistemadepagamentoprospetivoeaforteconcorrênciaentre prestadoresdecuidadosdesaúdeexigiaquefossemtomadas medidasmaisracionais.Acorrentedeconsolidac¸ões hospita-laressugerequeafusãoé,defacto,umaformadeseaumentar aeficiênciaeassegurarasobrevivência delongoprazodas instituic¸ões54.

Àreduc¸ãodecustos,comoumadasgrandesjustificac¸ões das fusões hospitalares, acrescenta-se o aumento da reputac¸ão56,namedidaemqueaintegrac¸ãopoderádiminuir oscustosparaosconsumidoresqueprocuramqualidade ele-vada.Mesmoqueoshospitaismaiorestenhamcustosmédios inferioresaodoshospitaispequenos,issonãosignificaquea fusãovágeraracréscimosdeeficiência,umavezqueafusão sóatingeosresultadosesperadossehouverintegrac¸ão das func¸õesclínicase/ouadministrativas,agindocomoumúnico hospital57.

Algumas explicac¸ões possíveis para a presenc¸a de eco-nomias de escala passam pela existência de custos fixos substanciais, reduc¸ãodoscustosadministrativos, oportuni-dadesdeespecializac¸ãonaaplicac¸ãoderecursos,comuma consequentediminuic¸ãoderedundâncias,reduc¸ãoda capa-cidadesubutilizadaeaumentodopoderde mercado.Entre estasfontesgeradorasdeeconomiasdeescala,adistribuic¸ão decustosfixosdecapitalparaummaiorvolumedeproduc¸ão éumadasrazõescommaiorenfoquenaliteratura10,53,56.Os custosfixospodemestarrelacionadoscom bensdecapital, como instalac¸ões e equipamento, ou custos de não capi-tal,comodespesasadministrativas,incluindomarketingou outras func¸ões operacionais que tenham componentes de custosfixossubstanciais53.DeacordocomDranoveetal.58, há economias de escala associadas à prestac¸ão de muitos servic¸osdealtatecnologia,jáqueestesexigem equipamen-tosdispendiosos,sendonaturalhaverumareduc¸ãodecustos comoaumentodaproduc¸ão.

Arepartic¸ãodecustosassociadosàgestãoeadministrac¸ão por mais unidades de produc¸ão é umafonte potencial de criac¸ãodeeconomiasdeescalanoshospitais.Sealgunsdesses custossãofixos,asuarepartic¸ãopormaisdoqueum hospi-talimplicaumareduc¸ãodoscustosmédios(administrativos egerais).Umexemplotípicoéodepartamentode contabili-dadeque,aoencarregar-sedediversasunidades,podeterum crescimentoreduzidodecustos56.Defacto,aespecializac¸ão naaplicac¸ãoderecursosexigeumcertovolumedeproduc¸ão paraseobterelevadosníveisdeeficiência53.Oaumentodesse volumedeoutputséconseguidopelafusãohospitalar,jáqueé

(6)

possívelconsolidar2(oumais)departamentosclínicos peque-nosnumaunidademaior.

Seguindoeste raciocíniodeconsolidac¸ão econsequente especializac¸ão,através das fusões hospitalares, Lynk59 res-salta esse aspeto por permitir reduzir a volatilidade da procura.Destaforma,épossívelreduzirospicosdeprocura e,porconseguinte,oscustoscompessoal.Umexemplodado poresteautorconsistenaconcentrac¸ãodacirurgiacardíaca numcampushospitalareda pediatrianoutro.Este tipode consolidac¸ão clínica, possível com as fusões, é uma fonte de eficiência. Connor et al.60 acrescentam ainda que o aumentodovolumedeprocedimentosespecializadospermite obterumamaiorqualidadedosservic¸osprestados.

Noentanto,estasconfigurac¸õespodemserlimitadaspelos custosdetransac¸ão,associadosaalgunselementosdo pro-cesso produtivo, pelo que só alguns elementos produtivos devem estar concentrados. Deve-se esperar economias de escalaquandoháelevadoscustosfixosassociadosàprestac¸ão de um tipo particular de cuidados como, por exemplo, a grandedespesacomequipamentoespecializado,exigidopara cuidadosterciários10.

É ainda plausível que hospitais maiores tenham maior poderdenegociac¸ãocomosfornecedores.Sehospitais mai-orescomprambenseservic¸osemmaiorquantidadedoque hospitaismaispequenos,entãopodembeneficiardecustos unitáriosmaisbaixosporpartedosfornecedores,em espe-cialseestestiveremcustosfixoselevadosnofornecimentode benseservic¸osparticulares53,61.

Contudo,hárazõesquepodemfazerduvidarda existên-ciasubstancialdeeconomiasdeescalaemalgunscentrosde custos,jáquealgumasatividadespodemseradquiridaspor outsourcing,ondeoshospitaispequenosusufruemigualmente deeconomiasdeescalanaproduc¸ão57.Poroutrolado,os hos-pitaispequenospodemestaremdesvantagemseoshospitais maiorestambémrecorreremaooutsourcingefizeremusoda suadimensãoparaobterdescontosdeaquisic¸ão57.

Devemtambémter-seemconsiderac¸ãoosaspetos nega-tivosdasfusõeshospitalares,comoéocasodadiminuic¸ão daconcorrência,comimpactonoprec¸o,eareduc¸ãodoacesso geográfico60.Relativamenteàconcentrac¸ãodemercadoé pos-sívelverificar aexistência de umtradeoff: podehaver uma reduc¸ãosignificativadoscustoscomoaumentodaproduc¸ão, masoprec¸otambémpodeaumentar59.

Sendoaseconomiasdeescalaumadasexplicac¸ões habi-tualmenteapresentadasparaasfusões,torna-seimportante medirdequeformaasdiferenc¸asde escalaafetama efici-ênciaglobal,demodoaagiremconformidadenaorganizac¸ão dasatividadeseservic¸osdesenvolvidos.Nosúltimosanostem havidofortesprogressosnamedic¸ãodeeconomiasdeescala, principalmentedevidoaodesenvolvimentodemetodologias econométricas.Verifica-sealgumconsensonaliteratura inter-nacionalrelativamenteàexistênciadeeconomiasdeescala aindaporexplorar,istoé,àpossibilidadedeobterganhosde eficiênciacomaexpansãodadimensãodeumaempresa,eà possibilidadedeseobterganhosdeeficiênciatécnicacomas fusões–síntesedosestudosnatabela1.

Nasúltimas3décadasinúmerosestudosestimamafunc¸ão custo hospitalar, sendo a func¸ão custo translog uma das func¸ões mais utilizadas, com vista à análise da estrutura decustoshospitalareseàmedic¸ãodeeconomiasdeescala.

Um dosprimeiros estudosa utilizara func¸ão translogarít-mica foi desenvolvido nosEUA por ConradeStrauss40, na indústriahospitalardaCarolinadoNorte,utilizandoapenas umamedidadeoutputparaaproduc¸ãoeminternamento–o númerodediasdeinternamento,comumaamostrade114 hospitais,concluindoqueseproduzcomrendimentos cons-tantes de escala.No mesmoano, Cowing eHoltman43, ao analisaremoimpactonocurtoprazodascaracterísticasdos hospitaisamericanosnasuaestruturadecustos,comuma amostrade138hospitaisdoestadodeNovaIorque,indicaram apresenc¸adeeconomiasdeescalaeacapacidadeinstalada poraproveitar,bemcomoeconomiasdediversificac¸ão.

Contudo, estesestudosconsideram como outputos dias de internamento, o quenão reflete o efeitodo número de casos tratados, tendo presente que os primeiros dias de internamento são mais dispendiosos. Estudos mais recen-tes ultrapassam esta limitac¸ão usando simultaneamente o númerodecasostratadoseademoradeinternamento. Gran-nemannetal.51,assumindoumafunc¸ãotecnológicapurae tendo uma amostra de 867 hospitaisdos EUA, concluíram quehaviaeconomiasdeescalaapenasnasurgências.Vita44 estimouumafunc¸ãocustovariável para296hospitais,não encontrando evidência de economias de escala em hospi-tais daCalifórnia,sugerindoareduc¸ãodadimensãomédia doshospitais.FourniereMitchell45,porsuavez,estimarama func¸ãocustotransloggeneralizadapara179hospitaisda Flo-rida,concluindopelapresenc¸adeeconomiasdeescalaede diversificac¸ão,peloquehospitaisdemaiordimensãogozam demaioreficiêncianagestãodosrecursosdisponíveis.

SinayeCampbell62analisaramasfusõesenquanto estra-tégia usada pelos hospitais para aumentarem a eficiência. Estimaram aseconomias de escala ede diversificac¸ão nos hospitais fundidos (n=202) nos EUA, no ano precedente à fusão, comparando com um grupo controlo (n=201), atra-vés da func¸ãocustotranslog híbrida. Oestudoconcluipela presenc¸adedeseconomiasdeescala,ouseja,oscustos cres-cemmaisdoqueproporcionalmenteaoaumentodadimensão após afusão,sendonecessáriaumareduc¸ãodovolumede produc¸ãoparaqueseaumenteaeficiência,processoqueé difícildeserealizar.Contudo,osautoressugeremqueé pos-sívelobter-seeficiênciaoperacionalcomasfusões,jáqueé facilitadaareorganizac¸ãodagestão.Adicionalmente,afirmam haver economiasde diversificac¸ão nos hospitais fundidos, sendooutrarazãopossívelparaaconsolidac¸ãohospitalar.

Schuffham et al.41 estimaram uma func¸ão custo trans-logpara67hospitaisdaNovaZelândia,emqueaestimac¸ão de economiasde escala de longoprazoindica queganhos de eficiência possam resultar da reduc¸ão doshospitais de grandedimensão,dafusãodoshospitaismaispequenosedo aumentoderotatividade.Given53,tendocomoobjetivo justi-ficarasfusõeshospitalaresnaCalifórniacomapresenc¸ade economiasdeescalaedediversificac¸ão,estimouumafunc¸ão custotranslogparaumaamostrade138hospitais.Os resul-tados sugerem que aseconomias de escala são umaforte justificac¸ãoapenasparaasfusõesdeHMO (Health Mainte-nanceOrganization)relativamentepequenaseaseconomias dediversificac¸ãonãoexplicamoaumentodeinscric¸õesnas HMO.Wholeyetal.63 encontrarambenefíciosdeeconomias deescalaparaaHMOatravésdaestimac¸ãodafunc¸ãocusto translog generalizada e umaamostra de 89 HMO. Contudo,

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Tabela1–Síntesedosestudosqueavaliamapresenc¸adeeconomiasdeescalaedediversificac¸ão

Estudo Outputs Resultados

Func¸ãocustotranslog ConradeStrauss(1983) CarolinadoNorte,EUA

Diasdeinternamento(crianc¸as,adultos eMedicare)

Economiasdeescalaconstantes CowingeHoltmann(1983)

NovaIorque,EUA

Diasdeinternamento Economiasdeescalaporexplorar Grannemannetal.(1986)

EUA

Volumedeinternamento(n◦.decasos

tratadosedemoramédia)

Economiasdeescalaapenasnasurgências Vita(1990)

Califórnia,EUA

Volumedeinternamento(n.◦decasos

tratadosedemoramédia);n.◦deconsultas

Semevidênciarelativamenteàpresenc¸a deeconomiasdeescala

FourniereMitchell(1992) Florida,EUA

Volumedeinternamento(n.◦decasos

tratados);n.◦consultas;n.emergências;

procedimentosdematernidade;minutos decirurgia

Presenc¸adeeconomiasdeescalaedediversificac¸ão

Lima(1992) Portugal

Volumedeinternamento(n.◦casostratados:

episódiosdemedicina/cirurgia, obstetrícia/ginecologia);n.◦deconsultas

en.◦urgências

Economiasdeescalaparahospitaisdepequena dimensão,esgotando-separahospitaismaiores; Economiasdediversificac¸ãonamaioria dasespecialidades

SinayeCampbell(1995) EUA

Diasdeinternamentoen.◦deconsultas Deseconomiasdeescalaeeconomias

dediversificac¸ão Schuffhametal.(1996)

NovaZelândia

Volumedeinternamento(n.◦decasos

tratadosedemoramédia),n.◦deconsultas

Possíveisganhosdeeficiênciacomafusão depequenoshospitais

Given(1996) Califórnia,EUA

N.◦decasostratados Economiasdeescalajustificamfusõesdepequenas

HMO;economiasdediversificac¸ãonãojustificamo aumentodeinscric¸õesnasHMO

Wholeyetal.(1996) EUA(HealthMaintenance Organizations-HMO)

Membros(enãomembros)doMedicare; prec¸osdeintern.econs.(Medicareenão Medicare)eprec¸oparaotempo administrativo

HMObeneficiamdeeconomiasdeescala,mas apresentamdeseconomiasdediversificac¸ão

Carreira(1999) Portugal

Volumedeinternamento(n.◦decasos

tratadosedemoramédia);n.◦deconsultase

n.◦deurgências

Presenc¸adeeconomiasdeescalaemhospitais pequenos,esgotando-secomadimensão.Presenc¸a deeconomiasdediversificac¸ãosubstanciais Aletras(1999)

Grécia

N.◦decasostratados;n.deconsultas

externas

Economiasdeescalaconstantes CohenePaul(2008)

Washington,EUA

Volumedeinternamento(n.◦decasos

tratadosedemoramédia)

Economiasdeescalasignificativasealguma evidênciadeeconomiasdediversificac¸ão Gonc¸alveseBarros(2013)

Portugal

Economiasdeescalanosservic¸osclínicosauxiliares Func¸ãocustodireta

BarroseSena(1998) Portugal

Doentesaídoajustado(homogeneizac¸ãodos 3tiposdeproduc¸ãofinal)

Deseconomiasdeescala Func¸ãocustoquadrática

PreyraePink(2006) Ontário,Canadá

Volumedeinternamento(n.◦decasos

tratadosedemoramédia);urgências; ambulatório

Economiasdeescalaporexplorar

Func¸õescusto:translogequadrática Vitalino(1987)

NovaIorque,EUA

Volumedeinternamento(n.◦decasos

tratadosedemoramédia)

Func¸ãologarítmica:economiasdeescala significativas

Func¸ãoquadrática:segueumacurvadecusto unitárioemformadeU

Kristensenetal.(2008) Dinamarca

ValoresdeGDHparainternamento eambulatório(reembolsorecebido peloshospitais)

Func¸ãologarítmica:economiasdeescala(LP) significativasamoderadas

Func¸ãoquadrática:economiasdeescalaconstantes parasubgruposdedimensãomédiaeeconomiasde escaladecrescentesparasubgruposdegrande dimensão

Economiasdediversificac¸ãoporexplorar Fronteiraestocástica

WagstaffeLopez(1996) Catalunha,Espanha

N.◦decasostratados;n.deconsultas

deambulatório;n.◦deurgências

Economiasdeescalaedediversificac¸ãoporexplorar Menezesetal.(2006)

Portugal

Volumedeinternamento(n.◦decasos

tratadosedemoramédia);n.◦deconsultas

en.◦deurgências

Custosvariáveissuperioresemhospitaisque operamapartirdediversasinfraestruturas(CH)

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Tabela1–(Continuac¸ão)

Estudo Outputs Resultados

Métodosemiparamétrico Dranove(1998) Califórnia,EUA

N.◦decasostratadosen.deconsultas

externas

Economiasdeescalaemhospitaispequenos,sendo inexistentesparahospitaisdemaiordimensão Dataenvelopmentanalysis(DEA)

Harrisetal.(2000) EUA

Nãoseconcluiporganhoseficiênciacomasfusões FerriereValdmanis(2004)

EUA

Aumentodeeficiênciacomasfusões Func¸ãocustotranslogeDEA

Bankeretal.(1986) N.◦dediasdeinternamentoparadoentes

commenosdos14anos,entreos14-65anos eacimados65anos

Func¸ãologarítmica:economiasdeescalaconstantes DEA:economiasedeseconomiasdeescalapara diferentessegmentosdeproduc¸ão

apresentamdeseconomiasdediversificac¸ãoassociadasao for-necimentodeprodutosMedicareenãoMedicareemconjunto. UmaanálisedeAletras48estimouasfunc¸õescustotranslog decurtoelongoprazoparaumaamostrade91hospitais gre-gos.Oestudodefendeumviéspotencialnaadoc¸ãodafunc¸ão custodelongoprazo,jáquetendeafavorecerapresenc¸ade economiasdeescala,eindicaeconomiasdeescalaconstantes. Cohen e Paul64, com uma amostra de 93 hospitais em Washington,usaram tambémafunc¸ãocustotranslog,onde encontraram economias de escala significativas e alguma evidênciadeeconomiasdediversificac¸ão,concluindoquea concentrac¸ãogeográficapermitiuareduc¸ãodecustosparaa maioriadoscentrosdetratamento.

ParaPortugal, existem2estudosqueestimam afunc¸ão custotranslog3,12.Osresultadossãosemelhantes,encontrando economiasde escalapara hospitaisde pequena dimensão, esgotando-seàmedidaqueadimensãoaumenta,ehavendo deseconomiasdeescalaparahospitaisdegrandedimensão. Conclui-seaindaque oshospitaistêmpoupanc¸as substan-ciaisdecustosseproduziremosseusservic¸osemconjunto. Carreira12obtevecomodimensãoótima215camas(n=85 hos-pitaispara5anos)enquantoLima3concluiporumadimensão ótimasuperior,241camas(n=36hospitaisdurante11anos). Parahaverumamaiorexplorac¸ãodaseconomiasdeescalade longoprazoserianecessárioreduziradimensãodohospital médioencontrada,jáqueestenãoseencontranadimensão ótima.Contudo,nãosepodeinferirdestasanálisesquetodos oshospitaisportuguesesdeveriamterumadimensãoinferior a300camas,dadaacomplexidadedarealidadehospitalar7.

Barros7 admite quealgunsdoshospitaisportuguesesse encontramsobredimensionados,havendooutroscom econo-miasdeescalaporexplorar.Noentanto,segundoomesmo autor,oshospitaisdepequenadimensãonãotêmde aumen-tarasuadimensãosóparaexplorareconomiasdeescala,já quemuitosdelestêmumaprocurareduzida.

Há um outro estudo aplicado a Portugal que visa analisar a existência de economias de escala e de diversificac¸ão nos servic¸os clínicos auxiliares65, com uma amostra de cerca de 80 hospitais (dependendo dos servic¸os analisados), verificando-se evidência de explorac¸ãodeeconomiasdeescalaealgumaseconomiasde diversificac¸ão nesses servic¸os. Em resposta à renovac¸ão e redimensionamento dosectorhospitalarportuguês há uns

anos,acompanhadadeumforteaumentodecustos,Barros eSena66analisaram3hospitaisredimensionados,deforma a perceberse esse aumentocorrespondia auma estrutura de custos diferente ou não. Este estudo pretende explicar oaumentodecustospeladeslocac¸ãoaolongodacurvade custos e constata que estes hospitais se encontravam na região de deseconomias de escala, ou seja, que os custos cresciam mais do que proporcionalmente ao aumento da dimensãodeatividade.

Aliteraturainternacional,relativaaosestudosqueaplicam afunc¸ãocustotranslogarítmica,comenfoqueparaosquesão desenvolvidosnosEUA,nãoéconclusivaquantoàpresenc¸a deeconomiasdeescalaedediversificac¸ão.Contudo,parece prevalecerapresenc¸adeeconomiasdeescalaconstantesou porexplorar.OestudodeSinayeCampbell,querevela deseco-nomiasdeescala,diferemetodologicamentedosrestantes,já quecomparaoshospitaisqueforamfundidoscomumgrupo controloparaoanoprecedenteàfusão.Emrelac¸ãoaPortugal, os resultados sãosemelhantes, possivelmente pora meto-dologiaseridêntica earedehospitalaramesma,variando apenasnosanosemestudo.

Recorrendo à func¸ão custo quadrática, Preyra e Pink10 analisaramapresenc¸adeeconomiasdeescalanosanos pre-cedentes à reestruturac¸ão dosector hospitalaremOntário (n=421hospitais),concluindopelaexistênciadeganhospor explorarcomumaconsolidac¸ãoestratégica.

Kristensen et al.67, com o objetivo de analisarem se a reconfigurac¸ão dos hospitais dinamarquesespermite gerar poupanc¸as,estimaram2func¸õescustoparaumaamostrade 117hospitaisem1980(quepassoupara52hospitaisem2004). Estimadaafunc¸ãocustotranslog,verificam-seeconomiasde escaladelongoprazoentresignificativasamoderadas, indi-candoumacurvadecustounitárioemformadeL.Contudo, usandoumaformaquadrática,esteestudoidentifica econo-miasdeescalaconstantesparasubgruposdedimensãomédia eeconomiasdeescaladecrescentesparasubgruposdegrande dimensão.Estasituac¸ãoilustraumacurvadecustounitário emforma deU.O estudoconcluiquealgunshospitaissão demasiadograndes,operandonazonadedeseconomiasde escala.Foiaindaevidenciadaapresenc¸adeganhospotenciais atravésdaaprendizagemdemelhorespráticaseexplorac¸ãode economiasdediversificac¸ão.Resultadossemelhantesforam os demonstrados por Vitalino47, quando usadados de 166

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hospitaisdeNovaIorqueparaestimarasfunc¸õescusto loga-rítmicasequadráticasdelongoprazo.Afunc¸ãologarítmica indicaeconomiasdeescalasignificativas,enquantoafunc¸ão quadráticademonstraumacurvadecustounitáriaemforma de U. Destes estudos pode-se concluir que os resultados variamdeacordocomafunc¸ãocustousada,ondeafunc¸ão quadráticaparecedesfavorecerapresenc¸adeeconomiasde escala47.

Os resultados díspares na literatura podem resultar de váriosfatores,maséprovável queseja devidoàqualidade e complexidade da medic¸ão e ao controlo estatístico dos outputs68. O problema de alguns desses estudos, segundo Lynk59,énãoteremematenc¸ãoadiferenc¸adenaturezados servic¸os hospitalares com o aumento da produc¸ão, já que hospitaisde maiordimensãotratamdoentesmais comple-xos, exigindotratamentoscom tecnologiamaissofisticada. Emmuitoscasos,afunc¸ãoensino,olocaleotamanhoestão relacionadoscomocase-mixdoshospitais42.

Deve-seaindaterematenc¸ãoqueestasanálisesde eco-nomiasdeescalaassumemqueoshospitaisestãoaoperar deformaeficiente,peloqueoshospitaispodemapresentar custosparaumadadaatividademuitosuperioresaos implíci-tosnafunc¸ãocustopormeroefeitodeeficiência,obtendo-se resultadosenviesados69.Estaquestãoéultrapassadaquando se usa os métodos de fronteira, já que permite separar a eficiênciatécnica deeconomiasdeescala.BrookseJones55 afirmam que apesardos hospitaispequenos terem muitas dasvezesadimensãonecessáriaparaobterníveismínimos deeconomiasdeescala,asempresasgrandespodemobter benefíciosde eficiênciaemoutrasáreas,comopublicidade, administrac¸ão,pesquisaedesenvolvimento.

Wagstaff e Lopez70, estimando a fronteira estocástica para 43 hospitais da Catalunha, através de uma func¸ão custoflexível,conseguiramavaliartambémaeficiência téc-nica, indicando estimativas de ineficiência, economias de diversificac¸ãoeeconomiasdeescalaemhospitaisespanhóis. Menezesetal.71estimaramaeficiênciatécnicadoshospitais portugueses(n=51)atravésdomodelodefronteira estocás-tica, indicando que os hospitais que operam a partir de diversasinfraestruturassofremumagravamento estatistica-mentesignificativodoscustosvariáveis.Dranove57,atravésde ummétodosemiparamétrico,mostroueconomiasdeescala substanciaisparahospitaispequenos,sendoinexistentespara hospitaisdemaiordimensão.

Harrisetal.61analisaramoimpactodefusõeshorizontais dehospitaisamericanos relativamente àeficiênciatécnica, antese após afusão, usandoa DEAparaumaamostra de 20hospitaisdurante3anos.Osresultadosdoestudoindicam que as fusões aumentam o nível da eficiência hospita-lar devido à dimensão eficiente. Por outro lado, Ferrier e Valdmanis72,pelométodoDEAeusandoumaamostrade38 hospitaisem1996(quepassoupara19hospitaisem1997após asfusões),nãoconcluírampeloaumentodeeficiênciacomas fusõeshospitalaresnosEUA.

Banker et al.23, usando os mesmosdados de Conrad e Strauss40,comparamosresultadosdafunc¸ãocustotranslog comomodeloDEA. Comaestimac¸ãodafunc¸ão transloga-rítmica,tambémseconcluipelapresenc¸adeeconomiasde escalaconstantes;contudo,aestimac¸ãodomodeloDEAindica diferenc¸asentreosdistintossegmentosdeproduc¸ão.Lina73,

porsuavez,comparou osmétodosdeanálisedaeficiência hospitalar,indicandoresultadossemelhantesparaomodelo defronteiraestocásticaedaabordagemDEAemtermosdo nívelmédiodeineficiênciaaolongodotempo.Contudo,aDEA eaSFAtêmdiferentespropósitos,devendoservistascomo metodologias complementares74. SeaDEAavaliaa eficiên-ciatécnica,aSFAcompreendeaeficiênciatécnicaealocativa, servindoobjetivosdistintos.

Comosepodeverificar,aliteraturaempíricadeeficiência hospitalaréextensa,refletindodiferentesmétodosecobrindo diversospaíses.Apesardestadiversidade,grandepartedos estudosconcluiqueaseconomiasdeescalasójustificama existênciadefusõeshospitalaresparahospitaisrelativamente pequenos53,55,72. Posnett76 também defendeaconcordância deresultadosnaliteraturainternacional,emqueas econo-mias de escala só são evidentes para hospitais pequenos (menosdoque200camas),ondeadimensãoótimapara hos-pitaisdeagudosvariaentre200-400camas.Nãoobstante,a estimac¸ãoparamétricadeeconomiasdeescalaeda dimen-sãoótimadoshospitaispúblicosésensívelàespecificac¸ãoda func¸ãocusto.Comosepodeverificarpelosestudosde Kris-tensen et al.27 (Dinamarca) ede Vitalino47 (EUA), a func¸ão quadráticaparecedesfavorecerapresenc¸adeeconomiasde escala, independentemente dopaís. A dimensãoda amos-tra parecenãointerferirnosresultados,namedidaemque a maioria dos estudos nos EUA tem uma amostra seme-lhante,com maisde100hospitais.Portugal eaDinamarca são países pequenos, sendo inevitável que a amostra seja maispequena,masrecorremaperíodosdetempomais lon-gos.

Apesardehaverinúmerosestudosempíricosquerecorrem aosdiferentesmodelosdeestimac¸ão,aliteraturaapresenta falhasnoquerespeitaaestudoscomparativosdosrespetivos modelos.

Épossívelverificarqueamaioriadosestudos desenvolvi-dosempaísescomsistemasbaseadosnoSNS,nomeadamente Portugal, Dinamarca e Espanha, apresentameconomias de escala por explorar. Os resultados são mais divergentes quandoseconsideramosestudosrealizadosnosEUA,onde oshospitaiscompetementresi,sugerindoquealguns hospi-taisjáoperamnadimensãoótima.

Sãopoucososestudosqueavaliamosganhosatravésdas fusões,comparandooanteseodepois dafusão.Num pas-sado recente houve alguns estudos retrospetivos nos EUA que avaliam o impacto das fusões de hospitais privados nos custos e no prec¸o. Harrison77 estimou os custos não parametricamenteparacadaentidadeanteseapósafusão, avaliandoaspoupanc¸aspotenciaisex-anteatravésde econo-miasdeescalaporexplorare,posteriormente,comparoucom aspoupanc¸asrealizadas.Osautoresconcluíramqueexistem economias de escala nos hospitais que se fundiram, per-mitindo umareduc¸ão de 2%noscustos,e queosmesmos usufruíramdareduc¸ãodecustosimediatamenteapósafusão. Estesresultadosvãoaoencontrodosestudosanterioresque indicameconomiasdeescalaporexplorarnarede hospita-lar.

Alexanderetal.78,numestudode92fusõesnosEUA, com-pararamoperíodoanteseapósafusão,emparalelocoma análisedeumgrupoaleatóriodehospitaisnuncafundidos, divulgandoumareduc¸ão degastos.Bogueet al.79 afirmam

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haverumareduc¸ãodeservic¸osduplicados,numestudo rela-tivoa74 fusõesnos EUA. Aagregac¸ão de servic¸os,com as fusões,tambémpermiteadquirirpoupanc¸ascomareduc¸ãode variac¸õesdaprocuradosmesmos,deacordocomumestudo nosEUA59.Aindaanálisesváriasqueestimamumareduc¸ão decustosde10-20%noscentrosdecustosnãogeradoresde receita,quefornecemservic¸osadministrativos,deescritório, financeirosedehotelaria57.Porsuavez,MullnereAndersen80 nãoencontramqualquerefeitofinanceirosignificativonas32 fusõesqueanalisaram.

Osestudosretrospetivosrecorremfrequentementeà meto-dologia das diferenc¸as nas diferenc¸as (DID), analisando a diferenc¸a de prec¸o após a fusão dos hospitais que foram fundidos,emcomparac¸ãocomogrupocontrolo(hospitaisnão fundidos).Amaioriadestesestudossugerepoupanc¸asanuais modestas81,82.

Um estudo recente no Reino Unido83 avalia as fusões hospitalaresdoSNS, comparandoaalterac¸ãodo desempe-nho entre os hospitais fundidos e os que nunca sofreram qualquerfusão durante 6anos, concentrando-senos2 e4 anos, antes e depois da fusão, respetivamente. Para além dosresultadossugeriremumadiminuic¸ãodaatividadetotal edepessoal, encontrou-sepouca evidênciademelhoriado desempenhoatravésdafusão,indoaoencontrodosestudos desenvolvidosnos EUA, ondeos hospitaiscompetem entre si. Odesempenho financeiro diminuiu, a produtividade do trabalhonãosofreualterac¸ões,ostemposdeespera aumen-taram e não houve indicac¸ão de melhorias na qualidade clínica.

Umaconsiderac¸ãofundamental éamaioriadosestudos sobreoefeito deeconomiasde escala,comasfusões hos-pitalares, analisarem o campus hospitalar como um todo. Apesardemuitasatividadesgeraiseadministrativasestarem tipicamentecentralizadas emuitos departamentos clínicos seremconsolidadosnumcampus,oscuidadosdesaúdeainda sãoprestados em locaisdistintos depois da fusão. Perante estefacto,aliteraturaemgeralnãoexpõeatotalidadedas implicac¸õesaoníveldaeficiêncianamaioriadasfusões hos-pitalares,devendo-seterpresentequeafusãoenvolveantes de mais melhorias na gestão, coordenac¸ão e consolidac¸ão deservic¸osdentrodeumarededocampushospitalar59.Um outroaspetoquesedeveterematenc¸ãoéofactode mui-tosestudosidentificaremomínimodeeficiênciapelonúmero de camas,podendo induzir emerro. Lynk59 defende o uso deresultados,emdetrimentodonúmero decamas, jáque hospitais mais eficientes podem ter o mesmo output com menorusodecamas.Seguindoestalógica,háestudosmais recentesqueavaliamaseconomiasdeescalaemfunc¸ãodos resultados75.

Paraalémdareduc¸ãode custos,deve-seintegrar a qua-lidadenaanálisede eficiênciaapós asfusõeshospitalares. Arelac¸ão entrecustos equalidade deve estar presente de forma anãoseconsiderar,erradamente,que umgrupode hospitaisémenoseficientedoqueoutroquandonaverdade disponibilizaservic¸oscommaiorqualidade32.Alterac¸õesnos custospodemser,portanto,umaconsequênciadavariac¸ãoda qualidade,devendoamesmaserniveladaparaoshospitais que integram o mesmo centrohospitalar. Adicionalmente, é esperado que a qualidade aumente com o aumento da especializac¸ão de cuidados de saúde. Contudo, são raros

os estudos queanalisam esta temática queintegram uma variáveldecontrolodaqualidadedeservic¸osprestados60.

Conclusão

Num contexto de fortes restric¸ões orc¸amentais, têm sido implementadas reformas várias no SNS na expectativa de se conseguirem ganhos de eficiência e assim obter--se um impacto positivo na sustentabilidade financeira do SNS. Destaca-se a criac¸ão dos centros hospitalares, isto é, das fusões administrativas de 2 (ou mais) hos-pitais, mantendo-se inalterado o número de estruturas físicas.

Dada a importância desta modalidadeorganizativa nos últimosanos,foiobjetivodopresenteestudoperceberos moti-vossubjacentesaoredimensionamentohospitalar,bemcomo oseuimpactonosganhosdeeficiênciaatravésdo aproveita-mentodeeconomiasdeescala,tendoporbasearevisãoda literatura.Pretendeu-seaindaanalisarastécnicasmais ade-quadasdeavaliac¸ãodaestruturadecustosdoshospitais,bem comoasuaeficiência.

Aliteraturaempíricadeeconomiasde escalaéextensa, refletindodiferentesmétodosecobrindodiversospaíses.Não obstante esta diversidade, os resultados são consistentes, na medida em que apresentam economias de escala e de diversidadeporexplorar.Érelativamenteconsensualquea presenc¸adeeconomiasdeescalasójustificaaatualcorrente de fusões entre hospitais relativamente pequenos, onde a dimensão ótima para hospitaisde agudosvaria entre 200-400camas.Aestimac¸ãoparamétricadeeconomiasdeescala e da dimensão ótima dos hospitais públicos é sensível à especificac¸ãodafunc¸ãocusto,ondeafunc¸ãoquadráticanão detetaeconomiasdeescala,contrariamenteàfunc¸ão translo-garítmica.

Investigadorestêmrecorridofrequentementeamodelosde regressãotradicionaisparamediraeficiênciadoshospitais, apesar de a esta metodologia estarem associados proble-masdequantificac¸ãodoníveldeeficiênciadecadahospital. Tendopresenteestalimitac¸ãodaestimac¸ãoeconométrica tra-dicional, alguns autoresoptaram porestimar fronteiras de eficiência, onde se obtêm os valores absolutos de eficiên-cia,jáqueosdesviossãoquantificadosemrelac¸ãoàmelhor prática possível (e nãoà média doshospitais observados). O método estocástico separa a ineficiência de fatores ale-atórios eruído estatístico, permitindo eliminar aprincipal limitac¸ãodosmétodosdeterminísticos,jáqueestes conside-ramcomoineficiênciaquaisquerafastamentosemrelac¸ãoà fronteira.

São poucos os estudos retrospetivos que analisam a diferenc¸a de custos antes e após a fusão dos hospitais que foram fundidos. A maioria destes estudos, realizados essencialmentenosEUA,sugerepoupanc¸asanuaismodestas. Foi a atual corrente de fusões hospitalares, aliada aos diversosmétodosdemedic¸ãodeganhosdeeficiênciacoma criac¸ãodasmesmas,quesuscitouointeressepelaelaborac¸ão destarevisão.Trabalhosfuturospoderãocentrar-senaanálise dasensibilidadedosresultadosrelativamenteàutilizac¸ãodos diferentesmétodosdemedic¸ãodaeficiência,nomeadamente aoníveldeeconomiasdeescalaedediversificac¸ão.

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Tabela 1 – Síntese dos estudos que avaliam a presenc¸a de economias de escala e de diversificac¸ão

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