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Análise espacial e temporal da distribuição dos alagamentos e inundações na cidade de guarapuava, paraná / Space and time analyses of flooding distribution in guarapuava, paraná

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761

Análise espacial e temporal da distribuição dos alagamentos e inundações

na cidade de guarapuava, paraná

Space and time analyses of flooding distribution in guarapuava, paraná

DOI:10.34117/bjdv6n5-082

Recebimento dos originais: 06/05/2020 Aceitação para publicação: 06/05/2020

Leandro Redin Vestena

Doutor em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina e Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq-PQ2

Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste

Endereço: Alameda Élio Antônio Dalla Vecchia, 838 - CEP 85040-167 - Bairro Vila Carli, Guarapuava – PR, Brasil

E-mail: lvestena@unicentro.br

Deivana Eloisa Ferreira de Almeida

Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste Instituição: Universidade Estadual do Centro-Oeste

Endereço: Alameda Élio Antônio Dalla Vecchia, 838 - CEP 85040-167 - Bairro Vila Carli, Guarapuava – PR, Brasil

E-mail: deivanaeloisa@hotmail.com

Edivaldo Geffer

Doutorando em Geografia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste Instituição: Instituto Federal Mato Grosso do Sul

Endereço: Rodovia BR-463, km 14, s/nº – CEP: 79909-000 - Ponta Porã – MS, Brasil E-mail: edivaldo.geffer@ifms.edu.br

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo analisar a ocorrência de casos de alagamentos e inundações na cidade de Guarapuava, localizada no Centro-Sul do Estado do Paraná, no período de 2005 a 2011. Os procedimentos metodológicos consistiram na obtenção do número de ocorrência de alagamentos e inundações registrados junto ao banco de dados do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná e do local de ocorrência, número de vítimas e de casas danificas no sistema da Defesa Civil do Estado do Paraná; a investigação em jornais sobre notícias de alagamento; e em dados de pluviosidade da Estação Agrometeorológica de Guarapuava. Os dados de alagamentos foram tabulados, mapeados e analisados mensalmente e por bairro. No período de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2011 registraram-se 67 alagamentos na cidade de Guarapuava. A maior incidência de casos de alagamentos é registrada nos bairros Vila Carli e Primavera, mais especificadamente, 31% das ocorrências (21 registros). Janeiro e outubro são os meses com maiores incidências de alagamentos e

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 inundações registrados com 21 e 11 registros, respectivamente; e os menores em abril, com nenhum registro, e junho e julho, com um resgistro cada.

Palavras-chave: Alagamento; Inundação; Guarapuava; Desastres naturais; Defesa civil. ABSTRACT

Current paper analyzes the occurrence of flooding and stream overflowing in Guarapuava PR Brazil between 2005 and 2011. Methodological procedures consisted in investigating the number of flooding occurrences at the database of the Fire Corporation of the state of Paraná, the place of occurrence, the number of victims and damaged houses at the data bank of the Civil Defense of the state of Paraná; investigation in newspapers on flooding events; data bases on rainfall at the Agro-meteorological Station of Guarapuava. Data on flooding were tabulated, mapped and analyzed monthly and by district. There were 67 flooding in Guarapuava between January 1, 2005 and December 31, 2011. Highest occurrence of flooding was reported in the Vila Carli and Primavera districts, with 31% of occurrences or 21 reports. January and October were the months with the highest number of flooding and river overflowing, respectively with 21 and 11 reports; June and July, with one occurrence each, had the lowest number of reports.

Key words: Flooding; Overflowing, Guarapuava, Natural disasters; Civil defense.

1 INTRODUÇÃO

As ocorrências de alagamentos e inundações nas cidades ocasionam variados problemas socioambientais, como a interrupção do tráfico de veículos e pedestres, perdas e/ou danificação à infraestrutura instalada e danos à saúde da população. Estes problemas são decorrentes, na maioria das vezes, da ocupação de áreas ribeirinhas suscetíveis à inundações periódicas ou de falha na drenagem urbana.

Os conceitos de inundação e alagamento são utilizados, muitas vezes, como sinônimos, apesar de serem diferentes. Nem toda inundação ocasiona alagamento; a inundação é definida como o transbordamento de água proveniente de rios, lagos e açudes, já o alagamento é definido como o acúmulo de águas em determinadas áreas urbanas, em cidades com sistemas deficientes de drenagem. Essa drenagem insuficiente dificulta a vazão das águas acumuladas (CASTRO, 2003).

Apesar da diferença conceitual dos termos inundação e alagamento, ambos possuem origem hidrológica ou hidrometeorológica, ou seja, estão associados a eventos de chuvas intensas ou de longa duração. No presente trabalho, os termos ‘inundação’ e ‘alagamento’ não os diferenciamos, tendo em vista que nos registros oficiais eles nem sempre são distinguidos.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 De acordo com Amaral e Ribeiro (2009) a probabilidade e a ocorrência de alagamentos e inundações são determindas pela combinação de condicionantes naturais e antrópicos, dentre os quais destacam-se as chuvas e fatores relacionados à intensidade, à quantidade, à distribuição e à frequência; o relevo; a rede hidrográfica; a cobertura do solo, incluindo fatores tais como a (presença ou ausência de cobertura vegetal; o solo; e o teor de umidade anterior aos alagamentos.

As inundações e os alagamentos são eventos naturais que ocorrem com periodicidade. As planícies e fundos de vale, em condições naturais, apresentam lento escomento superficial das águas das chuvas, quando comparado as áreas urbanas, estes fenômenos têm sido intensificados por alterações antrópicas, como a impermeabilização do solo, retificação e assoreamento de cursos d’água. (AMARAL e RIBEIRO, 2009).

Os fatores que podem estar relacionados com os alagamentos são a compactação e a impermeabilização do solo, a pavimentação de ruas e construção de calçadas, reduzindo a superfície de infiltração, a construção adensada de edificações, que contribuem para reduzir o solo exposto e concentrar o escoamento das águas, desmatamento de encostas e assoreamento dos rios que se encontram no espaço urbano, falta de manutenção das galerias pluviais, canais de drenagem e cursos d’água (CASTRO, 2003).

O sistema de drenagem se divide em microdrenagem, composta pelas ruas, guias, sarjetas, bocas de lobo, galerias de águas pluviais e também por pequenos canais; e a macrodrenagem que é composta por canais com maiores dimensões. Se ambos os sistemas não são bem planejados causam transtorno para a população e podem acarretar inundação com risco de prejuízos materiais e perda de vidas (CETESB, 1986).

Segundo Porto et al. (1997), a ocupação da bacia hidrográfica tende a ocorre da jusante para a montante, em função das características do relevo, quando o poder público não controla a urbanização das cabeceiras ou não amplia a capacidade de macrodrenagem, a frequência das inundações aumenta, causando prejuízos periódicos. A população localizada nos fundos de vale e nas planícies de inundação passam a ser mais sucetíveis a danos e prejuízos decorrente das inudações e alagamentos, em função da ocupação a montante. Essas áreas devem ser cobertas por vegetação característica, e sua recuperação deve ser planejada e projetada (CETESB, 1986).

No Brasil, os alagamentos e as inudações são um grande problema, acarretando grandes danos humanos e prejuízos finaceiros, seja por efeitos imediatos, como feridos e desabrigados, ou indiretos, como doenças infecto-contagiosas adiquiradas em função do contato com águas

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 contaminadas (AMARAL e RIBEIRO, 2009). Eles são fatores naturais condicionates de desastres.

Os desastres estão associados às características físicas do meio ambiente e à presença humana, principalmente ao modo de uso e ocupação do solo (KOBIYAMA et al., 2006; VESTENA, 2017). De acordo com Monteiro (1991), muitos dos desastres podem ser ocasionados ou induzidos pela ação humana, como é o caso de certas inundações e alagamentos, principalmente nas cidades, onde parte de seus habitantes é induzida a ocupação de áreas de fundo de vales (urbanização espontânea).

O risco à desastres decorrem da inter-relação sociedade natureza, ele não é uma fatalidade natural, mas sim “um processo essencialmente social, que se difencia no espaço e tempo, e decorre da exposição do sistema social, a fenômenos ambientais adversos” (VESTENA, 2017, p. 41).

Neste contexto, os estudos sobre desastres demandam uma visão holística e interdisciplinar. Eles são de notável importância por analisar de forma integrada os elementos que compõem a paisagem, em um sistema dinâmico e complexo que está em constante evolução, principalmente nos dias atuais, quando existe clara e urgente preocupação com o sistema ambiental. O caráter geográfico está em estudar os riscos a desastres acompanhados de uma dimensão espacial (HEWITT, 1997; VEYRET e RICHEMOND, 2015).

Na analise espacial de dados geográficos, o geoprocessamento é uma importante ferramenta por permitir a representação geográfica e a visualização espacial de variáveis numa determinada região através de mapas. O geoprocessamento abrange o conjunto de procedimentos de entrada, manipulação, armazenamento e a realização de análise complexas, ao integrar dados de diversas fontes em bancos de dados (TEIXEIRA et al., 1997).

O município de Guarapuava, localiza-se geograficamente no Centro-Sul do Estado do Paraná e o seu clima é subtropical mesotérmico – úmido, de acordo com Thomaz e Vestena (2003). A média anual de precipitação é 1.920,84 (mm), com índices pluviométricos elevados no períodode verão e primavera (ALMEIDA, 2012). As chuvas concentradas e intensas, geralmente de origem convectivas favorecem a ocorrência de pontos de alagamento e inundações na cidade.

O processo de urbanização em Guarapuava não foi diferente das demais cidades brasileiras; a cidade cresceu de forma desordenada e, em decorrência disso, houve a ocupação de áreas propensas à inundação. A ocupação dessas áreas potencializou a incidência de alagamentos na cidade, que passaram a ocorrer “mesmo sem a ocorrência de eventos de alta

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 pluviosidade” (AMARAL e THOMAZ, 2008, p. 199). Diante dessa realidade, a relevância do estudo está em detectar onde e quando ocorrem os alagamentos e as inundações na cidade de Guarapuava-PR, no período de 2005 a 2011.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

A cidade de Guarapuava está localizada na porção central do município de Guarapuava, região Centro-Sul do Estado do Paraná (Figura 1), mais especificadamente, entre as coordenadas UTM 22, 7184000 m e 7200000 m N de latitude e 460000 m e 440000 m E de longitude, no meridiano central 51° WGr. A população total do município de Guarapuava é de 167.328 habitantes, dos quais 152.993 (91,43 %) residem na área urbana (IBGE, 2010).

Figura 1. Localização da área urbana de Guarapuava.

Elaborado por Leandro Redin Vestena (2012)

O clima de Guarapuava é de caráter mesotérmico, predominando médias anuais entre 16º e 20ºC, com inverno frio e verão amenizado pelas altitudes, do tipo climático de Köppen, “Cfb” correspondente ao clima temperado, chuvoso e verões moderadamente quentes (THOMAZ e VESTENA, 2003).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 Segundo Binda e Bertotti (2008) aproximadamente 80% da área do perímetro urbano de Guarapuava encontram-se em setores com declividades que se situam entre 0 a 12%, com o predomínio de topos suavemente convexizados e planícies de inundação nos fundos de vales.

Dias-Oliveira e Vestena (2013) apontam que na cidade de Guarapuava, a drenagem tem sua configuração influenciada pelo controle estrutural, principalmente pela falha do rio Cascavel. Esta condiciona uma configuração assimétrica da drenagem, com maior desenvolvimento dos tributários da margem esquerda da bacia do rio Cascavel, onde se situam mais de 90% da área urbana da cidade de Guarapuava.

Na área urbana, 30% dos trechos fluviais estão canalizados, com modificações na morfologia dos rios, que ocasionam alterações na dinâmica dos fluxos das águas, favorecendo a erosão e o assoreamento pelo aumento da velocidade de escoamento da água, potencializando principalmente a ocorrência de enchentes e inundações (Dias-Oliveira e Vestena, 2012).

Diante da complexidade espacial dos desastres, adotou-se a proposta metodológica de pesquisa geográfica, sugerida por Libault (1971), subdividida em quatro níveis, a saber: Compilatório - primeira fase da pesquisa, compreendendo a coleta e compilação de dados; Correlatório – a partir dos dados numéricos, considerou-se a localização geográfica, as variáveis foram ordenadas, geograficamente (espaço) e temporalmente, para posterior análise; Semântico – envolvendo a interpretação dos dados, chegando aos resultados, a partir da combinação de múltiplas variáveis (fatores); e Normativo – etapa da pesquisa em que se traduz os resultados em normas aproveitáveis, em modelo.

Os procedimentos metodológicos adotados foram: 1) levantamento bibliográfico sobre o tema de estudo; 2) obtenção do número de ocorrência de alagamentos registrados, local e data de incidência, junto ao banco de dados do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná no período de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2011 (PARANÁ, 2013); 3) pesquisa no sistema da Defesa Civil do Estado do Paraná para obtenção de registros de alagamentos, local de ocorrência, número de vítimas e de casas danificas; 4) investigação em jornais locais e estaduais de notícias que tratavam dos danos causados pela ocorrência de alagamento, em datas de registro de alagamento, nos bancos de dados do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Paraná; 5) obtenção de dados mensais de pluviosidade da Estação Agrometeorológica de Guarapuava, monitorada pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR, 2016); 6) tabulação e análise dos dados de alagamento e pluviosidade por meio de gráficos, quadros e tabelas, utilizando-se da planilha do Excel; 7) mapeamento e análise da frequência de alagamentos

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 ocorridos por bairro na cidade de Guarapuava, classificando o número de alagamentos em quatro classes temáticas, definidas pelo método do quantil, na qual cada classe é definida contendo um número igual de feições, utilizando-se do software ArcView 3.2; 8) avaliação da relação existente entre a frequência de alagamento e o volume de chuva mensal; e 9) analise de variáveis determinates da distribuição espacial e temporal de desastres, como subsidio ao ordenamento territorial.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No quadro 1 tem-se o número de alagamentos e inundações registrados pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná (PARANÁ, 2013), por bairro na cidade de Guarapuava. E na figura 2 tem-se a espacialização dos alagamentos e inundações ocorridas na cidade de Guarapuava por bairro. A Vila Carli e Primavera foram os bairros que apresentaram maior incidência de alagamento e inundação, com 12 e 9 registros, respectivamente.

Quadro 1. Número de alagamentos por bairro na cidade de Guarapuava-PR, no período de 01/01/2005 a 31/12/2011 registrados pela Defesa Civil do Paraná.

Bairro

Ano

Total Número de habitantes

em 20101 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Aldeia 0 0 0 1 0 0 0 1 1.144 Alto Cascavel 0 0 0 0 0 0 0 0 2.176 Alto da XV 0 0 0 0 0 0 0 0 3.152 Araucária 0 0 0 0 0 0 0 0 763 Bairro dos Estados 0 0 0 0 3 0 0 3 5.941 Batel 2 0 0 0 0 0 0 2 4.489 Bonsucesso 0 0 0 1 1 0 1 3 6.881 Boqueirão 2 0 0 0 0 1 0 3 17.760 Cascavel 0 0 0 1 0 0 1 2 2.419 Centro 1 0 1 0 2 0 0 4 6.787 Conradinho 0 0 1 1 0 0 0 2 8.761 Imóvel Bairro Alto 1 0 0 0 0 1 0 2 3.317 Industrial 3 1 1 0 0 1 0 6 10.248 Jd. das Américas 0 1 0 1 1 1 0 4 3.727 Jordão 0 0 0 0 0 0 1 1 1.268 Morro Alto 0 0 2 0 0 0 1 3 10.592

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 Olarias 0 0 0 0 0 0 0 0 1.208 Primavera 1 0 2 3 0 0 3 9 6.468 Santa Cruz 1 0 0 0 0 0 0 1 7.053 Santana 0 1 0 0 0 0 0 1 9.612 São Cristóvão 1 1 0 0 0 0 0 2 7.362 Trianon 0 0 0 0 0 0 1 1 4.091 Vassoural 0 0 0 0 0 0 0 0 797 Vila Bela 0 0 1 2 0 1 1 5 12.729 Vila Carli 1 0 3 1 3 0 4 12 9.279 Total 13 4 11 11 10 5 13 67 148.024 Dados Básicos: PARANÁ (2013); 1 Fonte: IBGE (2010). Organização: Os autores

Figura 2. Incidência de alagamentos e inundações registradas no período de 01/01/2005 a 31/12/2011 na cidade de Guarapuava.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 A Vila Carli, Primavera, Industrial e Vila Bela são os bairros mais atigindos por alagamento e inundação, que se situam na porção Oeste da área urbana de Guarapuava. A razão para os maiores índices ocorrerem nestes locais é a ocupação de áreas ribeirinhas, suceptíves a ocorrências de inundação, enquanto que nos bairros Centro, dos Estados, Bonsucesso, Morro Alto e Boqueirão basicamente decorrem de problemas na drenagem urbana (Figura 3).

Figura 3. Hidrografia, perímetro urbano e bairros de Guarapuava.

Os bairros com maiores registros situam-se na parte Oeste do perímetro urbano de Guarapuava, com eixo no sentido Norte-Sul, onde está o rio Cascavel, com sua planície de

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 inudação (Figura 3). O maior desenvolvimento do eixo principal de drenagem (assimétrico) mais próximo à margem esquerda do rio Cascavel favorece débitos fluviais maiores, associado a áreas impermáveis, decorrente da ocupação urbana. A parte central da bacia do Cascavel é na sua maior parte ocupada pela área urbana de Guarapuava, onde a retirada da vegetação e a impermeabilização do solo potencializam o aumento do escoamento superficial e das vazões máximas, intensificando a ocorrência de alagamentos e ampliando as áreas inundáveis. Esses temas corroboram com os apontamentos de Dias-Oliveira e Vestena (2013) de que a morfometria da bacia do rio Cascavel restringe áreas à ocupação humana, principalmente nas depressões e planícies de inundações na porção central da bacia do rio Cascavel (Figura 4).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 A maior incidência de alagamentos e de inundações registra-se próximos ao rio Cascavel, onde residem 38.724 habitantes (IBGE, 2010). Os bairros mais atingidos são Vila Carli (9.279 habitantes), com doze eventos); Primavera (6.468 habitantes), com nove eventos); Vila Bela (12.729 habitantes), com seis eventos); e Industrial (10.248 habitantes), também com seis eventos registrados.

Grosso modo, constatou-se também que os bairros mais populosos são os que apresentam maior número de alagamento/inudação (Figura 5). Nos bairros mais populosos existe maior probabilidade de ocorrência de desastres naturais associados a alagamento e inundações na cidade de Guarapuava, ou seja, os bairros que apresentam maior número de habitantes são também os bairros que apresentam maior número de eventos de alagamento.

Figura 5. Relação entre número de habitantes e alagamentos registrados por bairro na cidade de Guarapuava.

Fonte: IBGE (2010) e PARANÁ (2013). Organização: Os autores.

Com a análise dos dados de alagamento e inundação, constatou-se que eles são registrados na maioria dos bairros da cidade de Guarapuava, o que denota problemas de drenagem urbana na cidade e a ocupação de áreas inundáveis (Figura 2).

No Quadro 2 têm-se as datas das principais inundações ocorridas na cidade de Guarapuava, no período de 2005 a 2011 e o número de casas destruídas, danificadas e de pessoas afetadas por evento. O número de pessoas afetadas nestes três eventos foi de 3.323 habitantes. As principais consequências destes eventos foram 271 pessoas desalojadas

y = 0,0003x + 0,7858 R² = 0,2237 0 2 4 6 8 10 12 14 0 5000 10000 15000 20000 mero d e A lagamen to Número de habitante

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 (tiveram que abandonar suas casas), 56 desabrigados (tiveram suas casas destruídas) e uma morte.

Quadro 2. Maiores inundações registradas em Guarapuava-PR, no período de 1/01/2005 a 31/12/2011 - área afetada, danos ocasionados e pessoas atingidas.

DATA DOS EVENTOS ÁREA AFETADA CASAS DESTRUÍDAS CASAS DANIFICADAS PESSOAS AFETADAS 01/08/2011 Parte da zona urbana 0 40 2.100 03/01/2008 Zona urbana 20 80 1.200 13/10/2004 Todo o município 0 8 23 TOTAL 20 128 3.323

Fonte. Sistema de Controle da Defesa Civil do Estado do Paraná (2012). Organização: Os autores.

Na Figura 6(a) é apresentado o registro de inundação ocorrido no dia 03/01/2008, no Bairro Primavera, em que moradores tiveram que ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná (PARANÁ, 2013).

Figura 6. (a) Residências alagadas no bairro Primavera, resgate de moradores, dia 03/01/2008. (b) Área alagada - a seta vermelha indica o nível que a água atingiu - dia: 03/01/2008.

(a) (b)

Fonte: Defesa Civil do Estado do Paraná (2012).

Na Figura 6(b), aparecem casas que foram invadidas pela água, no evento de inundação ocorrido no dia 03/01/2008, além de resíduos sólidos carregados pelas águas (lixos) e/ou descartados em locais impróprios, havia crianças brincando na água. Constata-se também uma maior vulnerabilidade da população que reside em áreas de riscos a desastres associados a

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 eventos de alagamento/inundação, nos bairros que apresentaram maior incidência à alagamento/inundações, na cidade de Guarapuava, em função do padrão das residências, da presença de habitações mais vuneráveis a sofrerem danos, por apresentarem menor capacidade em suportar os eventos de alagamento/inundação (ver padrão das residências na Figura 6b).

Na imprensa escrita, há relatos de alagamentos e inundações registrados na cidade, em períodos distintos, mostrando os prejuízos causados à população e as consequências desses eventos.

“Já é de praxe.” É só dar uma chuvinha mais forte, que os moradores dos bairros de Guarapuava começam a sofrer as consequências.

Ontem à tarde, a chuva alagou o bairro Primavera. As ruas pareciam verdadeiros rios os quais faziam até mesmo correnteza em meio às pessoas, que corriam para tentar amenizar a situação, ora que as águas já tinham adentrado as casas (Guará Notícias, 13/01/2011).

A chuva que cai desde a madrugada desta quinta-feira (26) em todo do Paraná deixou 10 casas alagadas em Guarapuava, região central do estado. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve feridos e apenas uma das casas está em situação de emergência (Gazeta do Povo, 26/04/2012).

Na Figura 7, tem-se a distribuição temporal mensal dos registros de alagamentos e inundação, na cidade de Guarapuava, no período de 2005 a 2011. O maior número de alagamento e inundação deu-se no mês de janeiro - 21 registros, seguido pelo mês de outubro - 11 registros. Enquanto que os meses que apresentaram menores registros de ocorrência alagamento e inundação foram abril - nenhum registro, junho e julho - com apenas um alagamento.

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Figura 7. Distribuição mensal de registro de alagamento/inundação em Guarapuava-PR, no período entre 2005 a 2011. 21 6 2 0 7 1 1 5 2 11 9 2 0 5 10 15 20 25 N . A la ga m e nt o/ Inu nd ão Mês

Fonte: PARANÁ (2013). Organização: Os autores.

A distribuição mensal dos eventos de alagamento e inundação pode ser explicada pelo fato de o mês de janeiro apresentar elevada pluviosidade, a média de chuva mensal no período de 2005 a 2011 em janeiro foi de 230,5 mm e em outubro de 214,7 mm, enquanto que nos meses de abril, junho e julho foram de 137,4 mm, 115,4 mm e 129,9 mm, respectivamente (Figura 8).

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Figura 8. Pluviosidade média mensal em Guarapuava, no período entre 2005 a 2011.

Fonte: IAPAR (2016). Organização: Os autores.

Na Figura 9, relaciona-se a pluviosidade média mensal e o número de ocorrências de alagamento e inundação registradas pelo Corpo de Bombeiros do Paraná (PARANÁ, 2013). Nela, verifica-se uma correlação positiva entre o volume de chuva média registrada e o número de ocorrência de alagamento/inundação, com um coeficiente de determinação de 0,54. Todavia, destaca-se que, além da quantidade, a intensidade da pluviosidade é fator condicionante dos alagamentos e inundações, ou seja, chuvas concentradas, com grandes volumes de água em pequenos intervalos de tempo.

230,5 139,7 122,5 137,4 116,0 115,4 129,9 125,6 154,2 214,7 158,9 184,7 0 50 100 150 200 250

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

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Figura 9. Relação entre pluviosidade média e número de casos de alagamento e inundação mensal registrados, no período entre 2005 a 2011.

Fonte: PARANÁ (2013) e IAPAR (2016). Organização: Os autores.

Destaca-se também que o número de alagamentos e de inundações ocorrido foi registrado pelo Corpo de Bombeiros (PARANÁ, 2013), ou seja, foram eventos em que houve atendimento às vitímas. Contudo, relatos de moradores apontam que o número de alagamentos e inundações é bem superior, uma vez que o Corpo de Bombeiros não é acionado em todos os eventos.

Por fim, destaca-se que os resultados obtidos da relação chuva e eventos de alagamento e inundações na cidade de Guarapuava vem de encontro ao apontamento de Vestena (2008), sublinhando que os desastres naturais ocorridos são essencialmente de origem hidrometeorológica. Assim como que o sistema de drenagem urbana da cidade de Guarapuava, em determinados locais, apresenta capacidade de vazão reduzida pelo volumoso assoreamento provocado por sedimentos, originados de processos erosivos especialmente ocorrentes nas frentes periféricas de expansão urbana, entulho de contrução civil e lixo urbano (SANTOS, 2012).

4 CONCLUSÕES

As maiores incidências de casos de alagamento e de inundação em Guarapuava ocorrem em meses de primavera e verão.

y = 0,1146x - 11,888 R² = 0,5438 0 5 10 15 20 25 100 120 140 160 180 200 220 240 N. A lag am en to /In u n d ação Pluviosidade média (mm)

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.24923-24941 may. 2020. ISSN 2525-8761 A ocorrência de alagamentos e inundações foi registrada em vários bairros, ou seja, eles estão distribuídos espacialmente por toda a cidade de Guarapuava, com maiores números de ocorrências nos bairros Vila Carli, Primavera, Industrial e Vila Bela. A maior incidência de casos nestes bairros ocorre por situarem-se em áreas hidrogeomorfologicamente suscetíveis a inundações; uma planície de inundação, próximo ao rio Cascavel e a seus afluentes na porção central da bacia hidrográfica, e por terem sido ocupados desordenadamente, principalmente por moradores de baixa renda, durante o processo de urbanização de Guarapuava.

A importância de conhecer a distribuição espacial e temporal da incidência de alagamento e inundação subsidiam a tomada de decisão e o planejamento urbano, no sentido de prevenir e mitigar prejuízos ocasionados pelos alagamentos não apenas em Guarapuava mais também em outras cidades.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e à Fundação Araucária, pelo apoio financeiro.

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Imagem

Figura 1. Localização da área urbana de Guarapuava.
Figura 2. Incidência de alagamentos e inundações registradas no período de 01/01/2005 a 31/12/2011 na cidade  de  Guarapuava
Figura 3. Hidrografia, perímetro urbano e bairros de Guarapuava.
Figura 4. Altitude na cidade e arredores de Guarapuava-PR.
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