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Habilidade de índices antropométricos em identificar inflamação subclínica como fator de risco cardiovascular em diabéticos / Anthropometric indexes skill in identifying subclinical inflammation as a cardiovascular risk factor in diabetics

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761

Habilidade de índices antropométricos em identificar inflamação

subclínica como fator de risco cardiovascular em diabéticos

Anthropometric indexes skill in identifying subclinical inflammation as a

cardiovascular risk factor in diabetics

DOI:10.34117/bjdv6n4-403

Recebimento dos originais:24/03/2020 Aceitação para publicação:29/04/2020

Marcela de Albuquerque Melo

Doutoranda do programa de Pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Endereço institucional:Av. Professor Moraes Rego, 1235. Cidade Universitária, Recife - PE, Brasil.

E-mail: marcela2803@hotmail.com

Rafael Miranda Tassitano

Doutor em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professor Adjunto da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Endereço institucional: Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, Recife-PE, Brasil. E-mail: rafael.tassitano@gmail.com

Marina de Moraes Vasconcelos Petribu

Doutor em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professor Associado do Centro Acadêmico de Vitória/ UFPE.

Endereço institucional:Rua Alto do Reservatório, s/n, Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil.

E-mail: mpetribu@hotmail.com

Eduila Maria Couto Santos

Doutor em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professor Adjunto do Centro Acadêmico de Vitória/ UFPE.

Endereço institucional:Rua Alto do Reservatório, s/n, Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil.

E-mail: eduila@hotmail.com

Nicole Sotero Melo

Graduanda do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Olinda (FMO). Endereço institucional: Rua Dr. Manoel de Almeida Belo, n.1333, Bairro Novo, Olinda - PE,

Brasil.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761

Vanessa Sá Leal

Doutor em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professor Associado do Núcleo de Nutrição do Centro Acadêmico de Vitória/ UFPE. Endereço institucional:Rua Alto do Reservatório, s/n, Alto José Leal, Vitória de Santo

Antão - PE, Brasil.

E-mail: vanessaleal@yahoo.com.br

Raquel Araújo de Santana

Doutor em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Professor Associado do Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde/ UFPE. Endereço institucional: Av. Professor Moraes Rego, 1235. Cidade Universitária, Recife - PE,

Brasil.

E-mail: rakhelita@yahoo.com.br

Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos

Doutor em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Professor Titular do Curso de Educação Física do Centro Acadêmico de Vitória/ UFPE. Endereço institucional:Rua Alto do Reservatório, s/n, Alto José Leal, Vitória de Santo

Antão - PE, Brasil.

E-mail: florisbelacampos@hotmail.com

RESUMO

Objetivos: Identificar dentre vários índices antropométricos qual melhor revela inflamação em diabéticos; e propor pontos de corte mais adequados para estes. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, cuja amostra foi de 409 diabéticos. Foram comparadas as áreas sob as curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) entre circunferência da cintura (CC), razão cintura-estatura (RCEst), índice de conicidade (IC), razão cintura-quadril (RCQ), Índice de massa corporal (IMC) e níveis de Proteína C-Reativa ultrassensível (PCR-us), identificando o melhor ponto de corte para detectar inflamação subclínica. Os dados foram analisados no SPSS, versão 13.00; o nível de significância foi 5%. Resultados: Entre os homens, a maior área sob a curva foi encontrada entre IC e PCR-us, 0,68 (0,57-0,78); nas mulheres, entre RCEst e PCR-us 0,64 (0,57-0,70). O índice de maior sensibilidade para diagnosticar inflamação, em ambos os sexos, foi a RCEst. Foram propostos novos pontos de corte para os índices estudados, visando obter um maior equilíbrio entre sensibilidade e especificidade na detecção da inflamação. Conclusões: O IC e a RCEst mostraram melhor desempenho em detectar inflamação em homens e mulheres, respectivamente. Além disso, este estudo propõe novos pontos de corte para CC, IMC, IC, RCEst e RCQ, que poderão ser utilizados como preditores de risco cardiovascular no diabetes.

Palavras Chave:Diabetes Mellitus, Obesidade, Proteína C-Reativa, Antropometria

ABSTRACT

Aims: To identify among several anthropometric indexes which best reveals inflammation in diabetics; and to propose more suitable cutoff points. Methods: Cross-sectional study, population-based, with a sample of 409. The areas under the Receiver Operating Characteristic

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761 (ROC) curves were compared between anthropometric indexes - Waist Circumference (WC), Waist-to-height ratio (WHtR), Conicity Index (CI), Waist-to-hip ratio (WHR), Body Mass Index (BMI) - and the levels of ultrasensitive C-reactive protein (CRP-us), identifying the optimal cutoff point for detecting subclinical inflammation. Data were analyzed using SPSS, version 13.00. The level of significance was 5%. Results: Among men, the largest area under the curve was found between CI and CRP-us, 0.68 (0.57-0.78); among women, between WHtR and CRP-us 0.64 (0.57-0.70). The index with increased sensitivity for diagnosing subclinical inflammation in both sexes was WHtR. New cutoff points for anthropometric indexes studied were proposed, in order to obtain a better balance between sensitivity and specificity for detection of inflammation. Conclusions: The CI and WHtR showed better performance in detecting inflammation in diabetic men and women, respectively. In addition, this study proposes new cutoff points for WC, BMI, CI, WHtR and WHR, which can be used as predictors of cardiovascular risk in diabetes.

Keywords: Diabetes Mellitus, Obesity, C-reactive protein, Anthropometry

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), existem cerca de 425 milhões de diabéticos no mundo, com a perspectiva de que até o ano de 2045, esta prevalência aumente em aproximadamente 8%, chegando-se a possíveis 629 milhões1. O diabetes mellitus (DM) confere um aumento no risco de desenvolver eventos circulatórios, uma vez que é uma doença metabólica com consequências vasculares, por aceleração dos processos ateroscleróticos 2.

As doenças cardiovasculares (DCVs) por sua vez representam a principal causa de morte na DM. Mais de 70% dos doentes com DM tipo 2 (DM2) morrem de eventos cardiovasculares. O DM2 frequentemente também se associa a diversos fatores, tais como: sedentarismo, dislipidemias, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e obesidade3.

A obesidade vem se tornando uma epidemia global e um importante problema de saúde pública4. Em termos de Brasil, dados recentes da pesquisa VIGITEL-Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - mostram um aumento de 67% da prevalência da obesidade em adultos (≥ 18anos) entre 2006 e 2018: de 11,8% para 19,8%. Nesta pesquisa as maiores frequências de obesidade foram observadas, entre homens, em Manaus (27,1%), Cuiabá (25,4%) e Porto Velho (23,2%); e entre mulheres, no Rio de Janeiro (24,6%), Rio Branco (23,0%) e Recife (22,6%)5.

A associação entre a obesidade e fatores de risco clássicos para DCVs, como HAS, DM, dislipidemias e síndrome metabólica, é conhecida há bastante tempo. Entretanto, mesmo após o controle dessas doenças associadas, o risco de eventos cardiovasculares permanece

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761 elevado, e fez com que se considere a obesidade como fator de risco cardiovascular (RCV) independente6.

Antes considerado um mero e passivo depósito de gordura, o tecido adiposo é visto como um grande órgão endócrino e ativo, produtor de diversas substâncias pró-inflamatórias que participam do processo aterogênico7. Sabe-se que o potencial aterogênico da obesidade é em parte decorrente da secreção de citocinas inflamatórias, neste sentido, as adipocitocinas advindas da inflamação crônica do tecido adiposo têm sido relacionadas diretamente a resistência à ação da insulina, contribuindo para o desencadeamento do DM tipo 2 (DM2) 7.

Estudos mostram que tais mediadores agem também sobre a regulação da síntese de proteína C-reativa (PCR), um importante marcador inflamatório relacionado a lesão tecidual e aos eventos cardiovasculares7,8. A PCR não é apenas um simples marcador de atividade inflamatória, pois participa diretamente no processo de aterogênese, modula a função endotelial, atua como regulador da produção de óxido nítrico no endotélio e coordena a produção de citocinas, aumentando a atividade pró-inflamatória de diversas adipocinas9.

Em termos de aplicação na comunidade, a PCR de alta sensibilidade (PCR-us) tem sido um bom preditor de inflamação subclínica. Neste sentido, os indivíduos que apresentem níveis elevados de PCR-us têm um risco acrescido de acontecimentos cardiovasculares, sendo eles dislipidêmicos ou não. Logo, a inclusão da dosagem da PCR-us na avaliação de diferentes grupos populacionais pode ser uma estratégia na detecção precoce do RCV, por ser um método simples, de baixo custo e já estabelecido na literatura especializada.7,10

Quando não for possível aplicar a dosagem de PCR-us na rotina dos cuidados na atenção primária, devido ao custo ou operacionalização, a avaliação antropométrica poderia ser uma outra alternativa, por meio dos índices da obesidade, visto que esta pode ser caracterizada como uma “obesite”, ou seja, uma reação inflamatória crônica de baixa intensidade do tecido adiposo, semelhante à reação clássica de fase aguda da inflamação10.

Devido a forte relação entre a gênese da diabetes tipo 2 (DM2) e a presença da obesidade, e consequentemente, a inflamação subclínica e o RCV, torna-se importante promover estudos que melhorem a qualidade da avaliação da população diabética, admitindo-se a relevância do emprego da antropometria como ferramenta auxiliar na detecção precoce do estado inflamatório.

Nesse estudo, os objetivos foram identificar quais os índices antropométricos preditores de obesidade que melhor representam a inflamação subclínica em uma população

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761 de diabéticos, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), e propor pontos de corte mais adequados para estes.

2 MÉTODOS

Estudo de caráter transversal, de base populacional, realizado no município de Vitória de Santo Antão - Pernambuco, Brasil, de julho a outubro de 2011, em indivíduos diabéticos (adultos e idosos), usuários do SUS e cadastrados no HIPERDIA. Esteprograma, criado em 2001 pelo Ministério da saúde, é um Sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos captados no Plano Nacional de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao DM, em todas as Unidades de Saúde da Família (USF).Entre as 25 USF existentes no município, 20 são localizadas na zona urbana e cinco na zona rural. As USF participaram de um sorteio aleatório, para que todas tivessem a mesma chance de participação. Destas, 15 foram sorteadas para participar do estudo, sendo 11 unidades da área urbana e 4 da área rural.

Para o cálculo amostral foi utilizado o programa Sample XS adotando os seguintes parâmetros: população estimada de 9703 diabéticos, considerando-se uma prevalência de 18% de diabetes, em estudo brasileiro11 e 69.712 adultos e idosos cadastrados nas USF do

município; intervalo de confiança de 95%; erro máximo de cinco pontos percentuais, e uma prevalência de inflamação de 46,875%, em estudo brasileiro com diabéticos e hipertensos12.

Assim, o tamanho da amostra foi estimado em 368 sujeitos. Visando corrigir eventuais perdas, o tamanho da amostra foi corrigido em 10% totalizando 405 indivíduos.

Foram incluídos neste estudo comunitários diabéticos, hipertensos ou não, com idade igual ou superior a 20 anos, de ambos os sexos, cadastrados no programa HIPERDIA do município. Foram excluídos da amostra os portadores de deficiência física que impedisse a avaliação antropométrica; usuários de antiinflamatórios hormonais e não hormonais; gestantes; usuários com história de trauma recente, processos infecciosos em atividade ou até duas semanas antes da coleta ou acometidos de neoplasia; portadores de doenças associadas não compensadas, como cardiopatias, hepatopatias, doenças pulmonares e doenças neuromusculares; assim como, os portadores de alterações mentais, que não compreendiam a realização dos testes; e todos aqueles que não se enquadrassem nos critérios de inclusão.

Quanto ao protocolo de estudo: no 1º dia de coleta, os pacientes responderam a um questionário, no qual foram coletados dados demográficos e socioeconômicos, como também, foram realizadas as medidas antropométricas. No dia subsequente, com os pacientes em jejum

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761 de 12 horas, uma pequena amostra de sangue (3 mL) foi coletada, por uma técnica em enfermagem habilitada. O material biológico (sangue) foi encaminhado ao Laboratório de análises clínicas CERPE®, logo após a coleta, para ser realizada a análise da PCR-us.

Para caracterização geral da amostra foram utilizadas as variáveis: sexo, idade. Para categorizar afaixa etária foram classificados em adultos e idosos aqueles com idade < 60 anos e ≥ 60 anos, respectivamente. A avaliação antropométrica constou de peso corporal, estatura, Índice de Massa Corpórea (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Índice de Conicidade (IC), Relação Cintura-Estatura (RCEst) e Relação Cintura-Quadril (RCQ) dos participantes. As medidas de peso e estatura foram realizadas segundo a técnica original recomendada por Lohman13. O peso foi aferido em balança eletrônica, portátil, de marca MARTE® classe III, modelo LC200-OS, com capacidade de 200 kg e precisão de 50g. A estatura foi medida por um estadiômetro em alumínio, transportável, de marca ITUMED®, com capacidade de 300 a 2000 mm. O diagnóstico do excesso de peso foi realizado pelo IMC, seguindo os critérios da Organização Mundial de Saúde – OMS14 para adultos e Lipschitz15 para idosos. A CC foi obtida no ponto médio, no nível natural da cintura do individuo16, utilizando uma fita métrica de fibra de vidro não extensível, da marca SANNY®, com 150 cm de comprimento, e precisão em milímetros; sendo considerados de risco muito elevado para complicações metabólicas, valores iguais ou acima 102 e 88 cm para homens e mulheres, respectivamente17. Adicionalmente, foi obtida a RCEst, dividindo a CC (cm) pela estatura (cm), utilizando como ponto de corte, o valor ≥ 0,52 e ≥ 0,53 como preditor de risco para homens e mulheres, respectivamente18. A circunferência do quadril foi obtida na região de maior perímetro entre o quadril e as nádegas19. A RCQ foi obtida dividindo-se a CC (cm) pela CQ (cm), utilizando-se como ponto de corte o valor ≥ 1 para os homens, e ≥ 0,85 para mulheres20. O IC foi calculado

através da equação matemática de PITANGA e LESSA21. O ponto de corte adotado foi 1,25 e 1,18 para homens e mulheres, respectivamente. As medidas antropométricas foram realizadas por profissional nutricionista e ∕ou estudantes de nutrição devidamente treinados.

A dosagem da PCR-us foi realizada através da Imunoturbidimetria - kit de reagente

DIASYS ®. O ponto de corte adotado neste estudo foi nível sérico de PCR-us acima de 3 mg/L,

indicando alto risco para futuros eventos cardiovasculares, segundo The Centers for Disease Control and Prevention and the American Heart Association- CDC/AHA 22..

A construção do banco de dados foi realizada no programa Epi info, versão 6.04; e as análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS, versão 13.0. Com o objetivo de avaliar o comportamento das variáveis segundo o critério de normalidade da distribuição foi

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761 utilizado o teste de Kolmogorov-smirnov. As comparações entre as proporções foram realizadas através do teste de Qui quadrado. Os pontos de corte dos indicadores IC, RCQ, CC, IMC e RCEst para discriminar inflamação subclínica foram determinados através das curvas

Receiver Operating Characteristic (ROC). Inicialmente, foi identificada a área total sob a

curva ROC entre as medidas antropométricas e os valores séricos de PCR, com respectivo intervalo de confiança (IC) de 95%. Este procedimento foi adotado com o objetivo de identificar a variável com maior poder para discriminar inflamação. Quanto maior área sob a curva ROC, maior o poder discriminatório dos índices de obesidade para inflamação. Em seguida, foram calculados os valores de sensibilidade e especificidade das variáveis antropométricas baseados nos pontos de corte estabelecidos na literatura. Após este procedimento, foi identificado pontos de corte que apresentassem um maior equilíbrio entre sensibilidade e especificidade.

Os pacientes participaram voluntariamente da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Brasil, sob registro no SISNEP: 360853.

3 RESULTADOS

A amostra foi constituída por 409 indivíduos, sendo 73,1% do sexo feminino. A idade variou entre 20 e 90 anos, com uma média de 61,00 ± 11,62 anos (56,2% eram idosos). Quanto à prevalência de inflamação subclínica, 53,2% dos participantes apresentaram nível sérico de PCR-us acima de 3 mg/L. Observou-se que não houve diferença estatística entre as prevalências de inflamação em relação ao sexo (p=0,08). A distribuição da população estudada segundo variáveis antropométricas, de acordo com o sexo, é apresentada na tabela 1.

Tabela 1 - Perfil antropométrico dos diabéticos usuários das Unidades de Saúde da Família (USF), segundo o sexo, Vitória de Santo Antão/PE, 2011

Total Masculino Feminino Valor p*

Índices n (%) n (%) n (%) IC Normal 44 (10,9) 21 (19,4) 23 (7,8) 0,00 Elevado 357 (89,0) 87 (80,6) 270 (92,2) RCEst Normal 39 (9,7) 13 (12,0) 26 (8,9) 0,34 Elevada 362 (90,2) 95 (88,0) 267 (91,1)

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761 IMC Baixo Peso 11 (2,7) 6 (5,5) 5 (1,7) 0,00 Eutrofia 89 (22,0) 37 (33,9) 52 (17,6) Excesso de Peso 304 (75,2) 66 (60,6) 238 (80,7) CC Normal 170 (41,5) 79 (71,8) 91 (30,4) 0,00 Elevada 239 (58,4) 31 (28,2) 208 (69,6) RCQ Normal 145 (35,8) 67 (60,9) 78 (26,4) 0,00 Elevada 260 (64,1) 43 (39,1) 217 (73,6)

p*=Teste Qui-quadrado; IMC= índice de massa corporal, CC= circunferência da cintura, RCQ= razão cintura/quadril, RCEst= razão cintura/estatura, IC= índice de conicidade.

Observou-se uma alta prevalência de excesso de peso (75,2%) na amostra. Pôde-se verificar também que 58,4% dos participantes apresentaram CC elevada, o que demonstra risco muito aumentado de complicações cardiometabólicas associadas à obesidade central nestes pacientes. De um modo geral, verificou-se uma maior prevalência de alterações antropométricas (IMC, CC, RCQ e IC) nas mulheres quando comparada aos homens, (p=0,00), tabela 1.

As áreas sob a curva ROC entre os níveis séricos de PCR-us e os índices antropométricos (IC, IMC, RCQ, CC e RCEst), nos sexos masculino e feminino, podem ser observadas nas figuras 1 e 2, respectivamente. A maior área sob a curva ROC encontrada foi 0,68 (0,57-0,78) entre o IC e a PCR-us, entre os homens, inferindo um maior poder de predição do estado inflamatório neste índice. Enquanto entre as mulheres, a maior área sob a curva ROC encontrada foi de 0,64 (0,57-0,70), entre RCEst e PCR-us, sugerindo maior acurácia para diagnosticar inflamação. Dentre os homens, a CC e RCEst apresentaram igual poder de predição da inflamação; enquanto nas mulheres foram as medidas de CC e IMC.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761

Figura 1 - Curvas ROC entre índices antropométricos (CC, IC, RCEst, RCQ e IMC) e níveis séricos de PCR-us, em homens diabéticos, usuários das Unidades de Saúde da Família, Vitória de Santo Antão/ PE, 2011.

IC95%: intervalo de 95% de confiança; CC= circunferência da cintura, IC= índice de conicidade, RCEst= relação cintura/estatura, RCQ= relação cintura/quadril, IMC= índice de massa corporal.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761

Figura 2 - Curvas ROC entre índices antropométricos (CC, IC, RCEst, RCQ e IMC) e níveis séricos de PCR-us, em mulheres diabéticas usuárias das Unidades de Saúde da Família, Vitória de Santo Antão/ PE, 2011.

IC95%: intervalo de 95% de confiança; CC= circunferência da cintura, IC= índice de conicidade, RCEst= relação cintura/estatura, RCQ= relação cintura/quadril, IMC= índice de massa corporal.

A tabela 2 mostra os valores de sensibilidade e especificidade para os diferentes índices antropométricos, referentes aos seus respectivos pontos de cortes propostos na literatura especializada. Em ambos os sexos, o índice com maior sensibilidade para detectar inflamação subclínica foi a RCEst; enquanto que para a especificidade foi a CC.

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Tabela 2 – Sensibilidade e especificidade dos índices antropométricos, como discriminadores da inflamação, segundo pontos de corte da literatura especializada, em diabéticos usuários das Unidades de Saúde da Família, Vitória de Santo Antão, PE, 2011

Índices Sexo Masculino Sexo Feminino

Referência S E Referência S E CC 1,02 37,5% 80,0% 0,88 77,0% 45,0% IC 1,25 92,5% 31,0% 1,18 90,8% 18,0% RCEst 0,52 97,5% 18,0% 0,53 95,1% 18,0% RCQ 1,00 42,0% 74,0% 0,85 79,3% 34,5% IMC Excesso de peso 80,0% 22,7% Excesso de peso 91,5% 16,4%

CC = circunferência da cintura, IC = índice de conicidade, RCEst = relação cintura/estatura, RCQ = relação cintura/quadril, IMC = índice de massa corporal, S = Sensibilidade, E = Especificidade.

A tabela 3 mostra os valores de sensibilidade e especificidade com maior equilíbrio entre si, além dos seus respectivos pontos de cortes recomendados. No presente estudo são apresentados novos pontos para os índices antropométricos detectores de obesidade, os quais podem revelar a presença da inflamação subclínica em diabéticos.

Tabela 3 – Sensibilidade e especificidade dos índices antropométricos, como discriminadores da inflamação, segundo novos pontos de corte propostos, em diabéticos usuários das Unidades de Saúde da Família, Vitória de Santo Antão, PE, 2011

Índices Sexo Masculino Sexo Feminino

Novos Pontos S E Novos Pontos S E CC 0,95 65,0% 62,9% 0,92 64,0% 57,5% IC 1,31 67,5% 59,7% 1,25 58,4% 52,7% RCEst 0,58 67,5% 54,8% 0,60 68,1% 54,0% RCQ 0,96 65,0% 50,8% 0,89 59,3% 50,5% IMC 27 65,0% 55,0% 29 68,9% 54,9%

CC= circunferência da cintura, IC= índice de conicidade, RCEst = relação cintura/estatura, RCQ= relação cintura/quadril, IMC= índice de massa corporal, S = Sensibilidade, E = Especificidade.

4 DISCUSSÃO

A mensuração de marcadores inflamatórios tem sido proposta para melhorar a predição de DCVs com base em fortes evidências do papel da inflamação na patogênese de tais eventos7,23. Estudos mostram que citocinas imunoinflamatórias são secretadas em excesso na condição de hiperplasia dos adipócitos; e que estas citocinas agem sobre a regulação da síntese da PCR, importante marcador inflamatório relacionado à lesão tecidual e eventos cardiovasculares 7,8,24.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761 Desse modo, a associação entre o acúmulo de gordura corporal e o aumento nos níveis séricos de PCR-us podem explicar, em parte, o risco aumentado para as DCVs em indivíduos obesos, os quais apresentam um estado inflamatório de baixo grau, gerado pela adiposidade elevada25. De acordo com os dados obtidos neste estudo, a maioria dos pacientes apresentou valores elevados de IMC, CC, RCEst, RCQ, IC e de PCR-us, caracterizando a obesidade generalizada, adiposidade visceral e a alta prevalência de inflamação subclínica na amostra.

Quanto ao poder de predição da inflamação através dos índices antropométricos de obesidade, no presente trabalho o IC e a RCEst mostraram melhor habilidade, pois evidenciaram a maior área sob as curvas ROC nos sexos masculino e feminino, respectivamente. Alguns estudos têm mostrado que a RCEst é um excelente marcador de obesidade central, sendo até superior a outros índices, como a CC e o IMC na predição de eventos cardiometabólicos24,26,27.

O IC também tem demonstrado forte correlação com os fatores de RCV. No estudo de Haun, Pitanga e Lessa28 este índice apresentou o melhor poder preditivo para risco coronariano elevado entre todos os indicadores estudados, em ambos os sexos. Estes dados evidenciam a relação entre a obesidade e a presença de maior RCV, devido à produção de substâncias pró-inflamatórias pelo tecido adiposo 8,9.

Com relação aos índices antropométricos, novos pontos de corte foram identificados no presente estudo para diagnosticar obesidade em diabéticos, porém estes pontos apresentam divergências com a literatura, sendo superiores aos pontos estabelecidos até então. O estudo de Pitanga e Lessa18 evidenciou diferentes pontos de corte para RCEst (0,52 e 0,53), em homens e mulheres, respectivamente. Assim como no trabalho de Haun, Pitanga e Lessa28, que descobriram outros pontos de corte para IC, CC, RCQ, RCEst e IMC, em ambos os sexos. Estes autores encontraram para o IC 1,25 homens e 1,18 mulheres, enquanto em nossos resultados os valores para este índice foram: 1,31 e 1,25, respectivamente. Uma provável explicação seria a grande presença de idosos na amostra, em que a redistribuição da gordura corporal poderia contribuir com o aumento dos pontos de corte.

Confirmando estes diferentes achados, Ito et al 29, encontraram os melhores pontos de corte para IMC, CC e RCQ como discriminadores de RCV elevado em japoneses. Entre homens estes valores foram: 23,5 kg/m2, 84cm e 0,90; nas mulheres, 22,5 kg/m2, 72cm e 0,80, diferindo bastante dos nossos achados. Os valores dos pontos de corte do presente estudo foram mais elevados que estes, demonstrando que na população do Japão o comportamento das variáveis antropométricas preditoras de RCV apresenta características distintas da

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.4,p.22220-22236 apr. 2020. ISSN 2525-8761 população brasileira. Uma explicação plausível para esses desfechos poderia ser a diferença nas características físicas dos dois grupos populacionais (japoneses e brasileiros). Assim como em nosso estudo, outros autores também preconizam novos pontos de corte para diversos índices antropométricos discriminadores da obesidade 6, 26,30.

Em pesquisa realizada no Nordeste brasileiro, com mulheres aparentemente saudáveis, os novos pontos de corte encontrados foram: CC = 86cm RCQ = 0,87, IC = 1,25 e RCEst = 0,55, onde o IC foi o indicador que apresentou o melhor poder discriminatório para risco coronariano elevado31,sendo os valores de pontos de corte bem próximos aos encontrados no presente trabalho, em relação à RCQ; e idênticos, quanto ao IC.

Os índices antropométricos de obesidade analisados apresentaram desempenhos satisfatórios e semelhantes para discriminar inflamação. Porém, observando as áreas sob as curvas ROC, ficam as evidências de que os indicadores de obesidade central, especialmente IC e RCEst, são melhores para discriminar inflamação subclínica, e consequentemente, risco cardiometabólico, em diabéticos do sexo masculino e feminino, respectivamente.

Em estudo realizado por Gharipour et al32 em idosos iranianos, foi constatado que a CC tem a melhor capacidade de detectar fatores de risco metabólicos, seguida da RCEst e IMC, e o melhor ponto de corte da CC para discriminar RCV na população idosa iraniana é 94,5 cm; achados divergentes dos nossos. Ao passo que, em estudo com idosos brasileiros (MG), a RCEst apresentou maior magnitude de associação com os fatores de risco cardiometabólico33.

Os resultados do presente trabalho são oriundos de um estudo epidemiológico transversal com adultos e idosos, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 20 anos. Logo, recomenda-se cautela ao serem usados estes desfechos em indivíduos mais jovens. Deve-se considerar também que existem modificações na composição corporal com o processo de envelhecimento, o que poderia gerar novos pontos de corte para esses indicadores, entre diferentes grupos etários, configurando uma limitação deste estudo.

Portanto, sugerem-se novos estudos com crianças, adolescentes e adultos de diferentes grupos etários para identificar e comparar o poder discriminatório dos índices antropométricos de obesidade e inflamação subclínica nestes subgrupos específicos.

Os achados obtidos trazem uma contribuição importante na área de estudos sobre antropometria, obesidade e diabetes na atenção primária. O IC e a RCEst são índices de baixo custo, reprodutíveis no serviço, podendo ser usados como ferramentas de triagem no diagnóstico da inflamação em população diabética, e ser de grande utilidade nos serviços de atenção básica na predição do risco cardiometabólico. Ressalta-se aqui a importância da

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pelo apoio institucional; à Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) pelo apoio financeiro; como também, ao Laboratório de Análises Clínicas CERPE® e ao Centro Hospitalar Santa Maria pelo apoio técnico.

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Tabela 1 - Perfil antropométrico dos diabéticos usuários das Unidades de Saúde da Família (USF), segundo o  sexo, Vitória de Santo Antão/PE, 2011
Figura 1 - Curvas ROC entre índices antropométricos (CC, IC, RCEst, RCQ e IMC) e níveis séricos de PCR-us,  em homens diabéticos, usuários das Unidades de Saúde da Família, Vitória de Santo Antão/ PE, 2011
Figura 2 - Curvas ROC entre índices antropométricos (CC, IC, RCEst, RCQ e IMC) e níveis séricos de PCR-us,  em mulheres diabéticas usuárias das Unidades de Saúde da Família, Vitória de Santo Antão/ PE, 2011
Tabela  2  –  Sensibilidade  e  especificidade  dos  índices  antropométricos,  como  discriminadores  da  inflamação,  segundo pontos de corte da literatura especializada, em diabéticos usuários das Unidades de Saúde da Família,  Vitória de Santo Antão, P

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