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EFEITO AGUDO DOS EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO SOBRE O DESEMPENHO DE FORÇA MÁXIMA

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Academic year: 2020

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EFEITO AGUDO DOS EXERCicIOS DE

ALONGAMENTO SOBRE 0 DESEMPENHO

DE

FOR~A

MAxIMA

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o

objetivo do estudo foi investigar 0efeito agudo

dos exercfcios de alongamento estatico no desempenho de for~a maxima. Onze sujeitos do sexo masculino foram submetidos a um teste de umarepeti~ao maxima (1 RM) sob duas condi~oes experimentais 1) precedido de exe r-cfcios de alongamento (CA) e 2) sem exercfcios alonga-mento(SA).Na condi~ao CA, ap6sarealiza~ao de um aque -cimento, os sujeitos executaram umasessaode exercfcios de alongamento estatico para os membros inferiores com dura~ao aproximada de 20 minutos. Um totalde seis exer -cfcios foi executados comtresrepeti~oes de 30segundos de dura~ao em cada exercfcio. Ao termino dasessaode alongamento os sujeitos foram testados. Na condi~ao SA os sujeitos faram testados logo ap6sa sessao de aquec i-mento. 0 teste consistiu na execu~aocompleta doexerc f-ciode extensao/f1exaode joelhos no aparelho "leg-press". As cargas para0teste sofreram incrementos de 4%,3%e

3%da quantidade depeso levantada inicialmente a qual determinada duranteumsessaode familiariza~ao. Um in-tervalo de tresminutos fai dado paracada novo esfor~o. Na condi~ao CA a media obtida no teste 1 RM (391.7 kg±

865) foisignificantemente menor (p<0.05) que a media obtida nacondi~ao SA(405.5 kg±89.1). Conclui-se que, independente do mecanismo envolvido, uma sessao de alongamento estatico executada imediatamente antes da atividade ffsica pode provo car umaqueda norendimento defor~a maxima.

PALAVRAS-CHAVE: Alongamento, For~a, Aque ci-mento.

VALMOR TRICOLI

Departamento de Esporte, Escola de Educa~ao Ffsica e Esporte,

Universidade de sao Paulo

ANDERSON CAETANO PAULO

Mestrando - Biodinamica doMovimento Humano, Escola de Educa -~ao Ffsica eEsporte, Universidade de sao Paulo

ACUTE EFFECTS OF STRETCHING EXERCISES ON MAXIMAL STRENGTH PERFORMANCE

The purpose of the study was to investigatethe acute effects of stretching exercises on maximal strength performance. Eleven subjects were submitted toa one repetition maximum test (1 RM) under two experimental conditions: 1) preceded bystretching exercises (WS)and 2) without stretching exercises (NS). In condition WS, subjects performed a static stretching exercises session for thelower limbsforapproximately 20 minutes. Atotalof six exercises weredonewith threerepetitions of 30 seconds in each exercise. At the end ofthe stretching session all subjects were tested. Incondition NSthe subjects were testedright after the warm up session. The test consisted in the complete execution of a knee extension/flexion movement onthe leg-press machine.Thetestingloads were incremented by4%,3%,and3%from alifted amount of weighi during a familiarization session. A 3-minute interval was given between each maximum effort. Incondition WS the averageresult on the1 RM test(391.7 kg± 86.5) was significantly lower(p<0.05) than the average obtained in the condition NS(405.5 kg ± 89.1). We conclude that, independently ofthe mechanism involved,a single session of stretching exercises performed immediately before a physical activity may impair maximalstrength performance.

(2)

INTRODU~AO

A pnitica de exercicios de alongamento e muito difundida entre atletas e pessoas envolvidas em atividade ffsica. Estes exercicios tern sido tra-dicionalmente recomendados como parte integrante da sessao de aquecimento que antecede a partici -payao em atividades ffsico-esportivas. 0 aumento na amplitude dos movimentos, a reduyao no risco de lesoes musculo-articulares e a melhora no de-sempenho ffsico saG alguns dos principais motivos relacionados

a

sua inclusao (GARRET, 1990; SHELLOCK & PRENTICE, 1985). Nao existem questionamentos quanta aos beneffcios relaciona-dos aos dois primeiros fatores mencionados, po-rem a melhoria no desempenho ffsico deve ser ana-lisada com precauyao levando-se em considerayao o tipo de atividade ffsica a ser desenvolvida e 0 carater cronico ou agudo dos exercicios de alonga-mento.

A capacidade motora flexibilidade e cons ide-rada uma combinayao ideal entre a mobilidade ar-ticular e a elasticidade muscular. Freqiientemente o termo "alongamento" e utilizado em substitui-yao a flexibilidade; desta forma, "treinar alonga-mentos" se tomou sinonirno do treinamento para 0 aperfeiyoamento da flexibilidade. Sendo 0

muscu-10 esqueletico urn tecido viscoelastico

(MAGNUSSON et aI., 1995),0 termo alongamen-to seria mais reservado para 0 desenvolvimento da elasticidade muscular. Contudo, neste estudo 0 ter-mo alongamento sera empregado para denorninar as atividades envolvendo 0 treinamento da elas ti-cidade muscular associado

a

mobilidade articular. Tern sido demonstrado que os exercicios de alongamento tern a capacidade de alterar as pro-priedades viscoelasticas da unidade mus

culo-ten-dao (MAGNUSSON, 1998; TAYLOR et aI., 1990;

WILSON et al., 1991). Com exceyao do estudo de WIEMAN e HAHN (1995), a grande maioria da evidencia cientffica destaca que a atividade inten-sa de alongamento estatico reduz a tensao passiva e arigidez ("stiffness") da musculatura esqueletica (KUBO et al., 2001; MAGNUSSON et aI., 1995; McHUGH et aI., 1992; TOFT et aI., 1989a; TOFT et aI., 1989b).

Uma das funyoes dos tendoes e a trans feren-cia da forya produzida pela musculatura esqueletica para os ossos e articulayoes. Urntendao mais rfgi-do tera a possibilidade de transrnitir de forma mais rapida e precisa asmudanyas de tensao na muscu-latura. Sabe-se tambem que 0 grau de rigidez da

musculatura esqueletica relaciona-se positivamente com'a produyao de foryaem ayoesmusculares co n-centricas e isometricas (WILSON et aI.,1994). Se a pratica de exercicios de alongamento altera0 grau de rigidez do tendao ou da unidade musculo-tendfnea tomando-a mais maleavel, entao existe a possibilidade destes exercicios afetarem negativ a-mente atransferencia de forya damusculatura para o sistema esqueletico, podendo causar, portanto uma dirninuiyao no rendimento ffsico. Alem desse mecanismo, urn decrescimo naativayao das unida-des motoras tern sido men cion ado como urn dos efeitos responsaveis pela dirninuiyao na produyao de forya ap6s exercicios de alongamento (FOWLES etal.,2000). Alguns mecanismos neurais que ta m-hem podem estar envolvidos saG a estimulayao dos 6rgaos tendinosos de Goigi e dos receptores de dor devido ao alongamento muscular. Ambos·fatores resultarao na inibiyao da produyao deforya (BERM et aI., 2001; NELSON et aI., 2001).

Por outro lado, ja foi demonstrado que 0 trei-namento de alongamento pode melhorar 0 desem-penho nos exercicios de forya envolvendo 0 ciclo alongamento-encurtamento (CAE) (WILSON etal, 1992). Este fenomeno ocorre em virtu de do maior armazenamento de energia potencial nos compo-nentes elasticos da musculatura esqueletica devi-do a urn tecidevi-do menos rfgido. 0 CAE se caracteri-za pelo aumento do rendirnento em ayoes mus cu-lares concentricas quando estas saG precedidas por ayoes excentricas (KOMI, 1992). E e na ayao ex-centrica que a possibilidade de armazenamento de energia elastica ocorre, portanto fica indicado 0 mecanismo responsavel pela contribuiyao dos exer-cicios de alongamento. Curiosamente, NELSON et al.(1996) e CORNWELL etal.(2001) observ a-ram efeitos contranos aos descritos por WILSON et aI. (1992) durante a execuyao do saIto vertical sem e com contramovimento. 0 salto vertical com contra movirnento e considerado uma das habili-dades mais representativas do CAE. Neste estudo, ossujeitos saltaram com e sem a execuyao de exer -cicios de alongamento precedendo a tarefa. Nas tentativas com exercicios de alongamento

antece-dendo 0 salto vertical houve uma diminuiyao

significante na altura do salto.

Ja WORRELL et aI. (1994) investigaram 0 relacionamento entre alongamento e desempenho de forya nos musculos posteriores da coxa. Eles encontraram significantes aumentos na produyao de torque isocinetico subseqiiente

a

melhoria do alongamento neste grupo muscular.

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(3)

Como pode ser observado, os estudos descri

-tos anteriormente apresentam resultados controver-sos em relac;ao aos efeitos dos exercfcios de alon-gamento no rendimento fisico. Alem disso, poucas tambem san as investigac;6es relativas aos efeitos da pnitica de alongamentos no desempenho de

for-c;amaxima, principalmente sobre os efeitos de

ses-s6es agudas de exercfcios de alongamento no

de-sempenho de forc;a maxima (KOKKONEN et aI.,

1998; FOWLES et aI., 2000).

KOKKONEN et al. (1998) demonstraram uma

dirninuic;ao do rendimento no teste de uma repeti

-c;ao maxima para os movimentos de extensao e de flexao dos joelhos quando executados apos uma sessao de exercfcios de alongamento. FOWLES et

aI. (2000) encontraram tambem uma dirninuic;ao

na forc;a maxima subseqtiente a urn periodo de 33

rninutos de atividade de alongamento para os mus

-culos flexores do tomozelo.

Se a reduc;ao da forc;a ocorre, mais atenc;ao

deve ser dada ao conteudo de alongamento da ses

-san de aquecimento que antecede a pratica de

ati-vidades fisico-esportivas. Portanto, a investigac;ao

deste fenomeno tera grande implicac;ao prMica na

area de educac;ao fisica e esporte uma vez que mui

-tas atividades fisico-esportivas tern na elevada pro

-duc;ao de forc;a seu fator deterrninante de desem

-penho.

Este estudo teve por objetivo investigar os efei

-tos de uma unica sessao de exercfcios de along a

-mento estMico, praticada pouco antes do desem-penho de forc;a maxima.

MATERIAlS E METODOS

Sujeitos

A amostra foi composta de 15 sujeitos do sexo

masculino. Destes, tres foram excluidos por exce

-derem a capacidade de carga do equipamento no pre-teste e urn desistiu de participar. Desta forma a

amostra final foi composta de 11 sujeitos com ida

-de -de 26 (±2) anos, peso -de 78 (±9) kg e estatura

de 184 (±8) cm. Todos eram fisicamente ativos,

contudo, nenhum deles estava regularmente envol-vido com treinamento de forc;a para os membros

inferiores. Foi pedido aos sujeitos que mantives

-sem suas atividades diarias durante a durac;ao do

estudo. Todos foram cuidadosamente informados

dos possiveis riscos e desconfortos do estudo e urn

consentimento escrito para participac;ao foi

obti-do. Individuos com historico recente de lesao na articulac;ao do joelho ou qualquer outro problema

neuromuscular nao foram selecionados para parti

-ciparem do estudo.

Procedimentos

Antecedendo os testes todos os sujeitos parti-ciparam de uma sessao de farniliarizac;ao. Esta ses-san reproduziu as mesmas condic;6es encontradas

nos testes com excec;ao da atividade de alongamen

-to. Apos a farniliarizac;ao, a ordem de participac;ao dos sujeitos nas condic;6es experimentais com alon-gamento (CA) e sem alonalon-gamento (SA) foi defini-da atraves de sorteio. Todos os sujeitos foram sub-metidos a sessao de farniliarizac;ao e as duas con-dic;6es experimentais com intervalo de cinco dias

entre elas.As sess6es de farniliarizac;ao e de testes

foram supervisionadas por pessoal especialmente

treinado para esta finalidade. Foi pedido a todos os

sujeitos que 48 horas antecedendo as sess6es de

testes eles nao participassem em nenhuma ativida

-de fisica intensa ou com padrao -de movimento di

-ferente do qual eles estavam acostumados.

Antes de cada teste os sujeitos executaram urn periodo de aquecimento geral consistindo de cinco rninutos de corrida na esteira ergometrica a oito

km/h sem inclinac;ao. 0 aquecimento foi

complementado por uma parte especifica

consis-tindo de cinco extens6eslflex6es de joelho no apa

-relho "leg press" com carga de 50% (ou kilograma

mais proximo) do maximo individual estimado

durante a sessao de farniliarizac;ao. Apos 0

aqueci-mento, urn intervalo de tres rninutos foi dado antes

da participac;ao nas diferentes condic;6es experi

-mentais. Em ambas as condic;6es os sujeitos foram submetidos ao teste de uma repetic;ao maxima (I

RM) para 0 exercfcio de extensaolflexao de

joe-lhos no aparelho "leg-press" inclinado. Este teste

consistiu na obtenc;ao da maxima quantidade de

peso que pode ser levantada na execuc;ao completa

do exercfcio. A carga inicial para 0 teste maximo

foi a encontrada durante a sessao defarniliarizac;ao,

e a partir disso incrementos de 4%, 3% e 3% da

quantidade de peso levantada na tentativa anterior foram utilizados para cada nova tentativa,

comple-tando urn total de quatro repetic;6es (se necessa

-rio). Se 0 numero de tentativas foi insuficiente 0

(4)

-valo minimo de cinco dias, sendo a carga estipula-da para 0inicio do novo teste equivalente ao maior

valor atingido no teste anterior. Urn intervalo de tres minutos foi dado para cada novo esfon;o e os sujeitos nao foram informadosda quantidade de peso que estavam levantando durante a sessao.

o

aparelho utilizado para 0teste maximo foi

o"leg press" cominclina9ao de 45°.A posi<;ao

ini-cial dos sujeitos procurou manter a articula<;ao do joelho numa angula9ao aproximada de 90 graus. Os individuos fizeram urn esfor<;omaximo em cada tentativa e encorajamemo yerbal foi proporciona-do durante os testes.

Condi~ao experimental sem alongamento (SA) antes do teste mliximo: logo ap6s 0

aqueci-mento geral e especilico 0 ujeito foi submetido ao teste de uma repeti9ao maxima para a execu<;ao completa do exercfcio de extensaolflexao de joe-lhos no aparelho '1eg-pre ".

Condi~ao experimental com alongamento (CA) antes do teste mliximo: ap6s a realiza<;ao do aquecimento geral 0 ujeitos executaram uma sessao de exercicios de alongamento estatico para os membros inferiore: com dura<;ao aproximada de 20 minutos. Os exercicios selecionados procu-raram enfatizar amllS ulatura anterior e posterior da coxa uma vez que e resdois grupos musculares tern participa9ao mar ante na execu<;ao do "leg press" (ESCAMILLA et al., 1998; WILK et aI.,

1996).A sensa<;ao de desconforto muscular causa

-da pela ativi-dade de alongamento foi utiliza-da como parametro para regular aintensidade dos exercfci-os. Os sujeitos realizaram tres repeti<;oes de cada exercicio que consistiram de 30 segundos na posi-<;aodeterminada intercalados com 30 segundos de intervalo entre os exercicios e as series. Urn total de seis exercicios de alongamento foram executa

-dos (Figura 1). Ao termino da sessao de alonga-mento os sujeitos fizeram 0aquecimento especifi

-co e foram testados para a determina<;ao de uma repeti<;ao maxima na execu<;ao completa do exer

-cicio de extensaolflexao de joelhos no aparelho

"leg -press".

A analise dos dados foi efetuada atraves de estatistica descritiva e do teste t pareado, para veri

-ficar a existencia de diferen<;as significantes entre o desempenho de for<;amaxima nas diferentes con

-di<;oesexperimentais. 0 nivel de significancia ado

-tado foi de p < 0,05. 1IJ 1J .:J f1l (/) o/S f1l 0 ...• In ...• LL 1IJ 1J f1l 1J ...• :> ...• .•.. a: N lSl lSl N i " ::>

Os resultados do teste de uma repeti<;ao ma-xima para a execu<;ao completa do exercicio de extensaolflexao de joelhos no aparelho "leg-press"

inclinado estao representados na Figura 2. Na con

-di<;ao experimental CA onde 0 teste maximo foi

precedido por uma sessao de exercfcios de alonga

-Ilustrar;ao dos exercicios utilizados no protocolo de alongamento (os exercicios B, Ee F tiveram auxilio externo).

(5)

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OJ

~ 413

~

a:

Media e desvio padrao para 0teste de uma repeti~ao maxima (1 RM) nas condi~oes experimentais com

alongamento (COM_ALON)e sem alongamento (SEM_ALON). * indica diferen~a significante entre as duas condi~oes (p <0,05).

mento, a media obtida no teste (391.7 kg ± 86.5)

foi significantemente menor que a media obtida na

condi9ao experimental SA sem alongamento (405.5

kg± 89.1). 0 decrescimo medio foi de 13.8%.

DI

SCUSSA

O

o

objetivo deste estudo foi determinar os

efei-tos de uma sessao aguda de exercicios de

alonga-mento estatico no desempenho de uma tarefa

en-volvendo for9a maxima. Similar aos resultados de

KOKKONEN et al. (1998), foi observada uma

di-minui9ao significante no resultado do teste deuma

repeti9ao maxima para 0 exercicio de extensao/

flexao dosjoelhos no aparelho "leg-press" ap6s a

pratica de exerdcios de alongamento estatico.

KOKKONEN et al.(1998) encontraram urn decres

-cimo medio de 8,1%no teste de uma repetic;ao ma

-xima para 0exercicio de extensao dos joelhos na

posi9ao sentada. Provavelmente uma diminuic;ao

na rigidez da musculatura esqueletica e dos ten

-does foi 0 mecanismo responsavel por este

feno-meno.

E

reconhecido que os exercicios de along

a-mento tern a capacidade de alterar aspropriedades

viscoelasticas da unidade musculo-tendao

reduzin-do a tensao passiva e a rigidez da unidade (KUBO

etal., 2001, MAGNUSSON, 1998; TAYLORetal.,

1990; WILSON et aI.,1991). Lembrando que uma

func;ao dos tendoes e transferir a forc;a produzida

pela musculatura esqueletica para os ossos e arti

-cula90es, uma unidade musculo-tendao mais

rigi-da transmitira de forma mais eficiente as altera

-c;oesde tensao na musculatura (WILSON et al.,

1994). Se a pratica dos exercicios de alongamento

estatico diminuiu 0grau de rigidez do tendao ou

da unidade musculo-tendinea tornando-a mais

maleavel, entao estes exercicios afetaram negati

-vamente a transmissao de forc;a causando uma di

-minuic;ao no desempenho no teste de repetic;ao

maxima.

Porem este mecanismo nao pode ser totalmen

-te aceito uma vez que BEHM et al. (2001)

testa-ram 0desempenho de forc;a atraves de contrac;oes

tetanicas involuntarias ap6s uma sessao de

exerci-cios de alongamento e nao encontraram

diminui-c;oes significantes no desempenho. Se alterac;oes

na rigidez da unidade musculo-tendao sao os mai

-ores responsaveis pel a queda no desempenho de forc;a,este fenomeno se repetiria mesmo sob con-dic;oes involuntarias.

Outro ponto importante mencionado por WI

L-SON et al. (1994) eque urn sistema musculo-ten

-daomais maleavel passaria por urn rapido periodo

de encurtamento com ausencia de sobrecarga ate

que os componentes elasticos do sistema fossem ajustados 0suficiente para a transmissao de forc;a.

Isto colocaria 0componente contratil numa posi

-c;ao menos favoravel em termos de produc;ao de

forc;a nas curvas de forc;a-comprimento e forc;a-velocidade.

(6)

Alem da redu<;:aonarigidez musculo-tendinea,

decrescimos na atiya)io das unidades motoras

(FOWLES et al.. _000 e da musculatura

esqueletica comourn rodo EHM etal., 2001) tern sido mencionados como fatores responsaveis pela diminui<;:ao no desempenho de for<;:aap6s exerci-cios de alongamemo. FOWLES et al. (2000) en -contraram uma diminui, -0media de 28%na for<;:a

maxima, testada aUaye de uma contra<;:ao

isometrica voluntaria. imediatarnente ap6s urn p e-nodo de 33 minuto 5e", . 0 de atividade de alon

-gamento para os mils ulo responsaveis pe10 mo

-vimento de flexao plan 0tomozelo. Alem dis

-so, eles observaram que e eefeito durou por apro -ximadamente 60min o ..-\rraves da avalia<;:aoda amplitude do sinal ele miografico e tambem da porcentagem de inarin, -0 cia musculatura envol

-vida na tarefa, e re quisadores puderam

de-monstrar uma dimin -,-0na ativa<;:aodo musculo subseqiiente a prari a Qexercfcios de alongamen

-to est::itico.Esta red ,·0 a arivac;ao estaria

associ-ada basicamenre a oi mecanismos neurais

(BERM et al.,2001: FO LES etal., 2000): 1) ini-bic;ao provocada pelo 6..:;aostendinosos de Golgi

que teriam sido e rim 0 pela tensao

desenvol-vida na unidade m' o-rendao durante as ativi -dades de flexiblidade e_ ontribuic;ao dos recep -tores de dor que reriam ido ativados uma vez que olimiar de desconfono e dor foiutilizado para d e-limitar a intensida exercicios de alongame n-to. Contudo de\'e r alrado que a atividade de

alongamento uriliz elos pesquisadores foi

muito artificial ren 0 li ac;ao extremamente li-mitada asituaC;6e e5pO ·Yas.Tipicamente nas si -tuac;6es do espone e cia arividade ffsica 0 alonga -mento para urn de-ennin dogropo muscular nao e feito com uma Uni e prolongada execuC;ao,mas varias vezes epor

-a

n

eries e repeti<;:6es.

Estudos conduzido por NELSON et al.

(2001a) e NELSO_ -er aI. (2001b) procuraram ampliar a investiga, -ode: tefenomeno analisando se0efeito doalongamemo poderia ser angulo ar ti-cular evelocidade domO\i.mento especifico. NEL-SON et aI.(200la) 0 erYaram que as maiores in i-bic;6es do torque . ometrico maximo ocorreram num angulo pr6ximo a ompleta extensao da arti-cula<;:aodo joelho. E Ie autores testaram 0 torque isometrico maximo em incodiferentes angulos na articulac;ao dojoelbo logo ap6s urn protocolo de

alongamento esrari 0 para 0 grupo muscular

quadrfceps femoral. Urn decrescimo significante

de7% foi observado no torque isometrico maximo

na posi<;:ao de 162° na articula<;:ao do joelho. Ja

NELSON et al. (2001b) verificaram que somente

nas velocidades mais lentas houve uma alterac;ao

significante na forc;a de extensao do joelho. 0

torque maximo avaliado no dinamometro

isocinetico diminuiu 7,2% a velocidade de 600/se -gundo e 4,5% a 900/segundo. Tambem neste estu

-do,os exercicios de alongamento utilizados foram predominantemente est::iticos.

Nota-se que independente do metodo utiliza -do para a avaliac;ao,0 desempenho de forc;a maxi

-ma diminuiu devido

a

aplicac;ao de uma sessao de

exercicios de alongamento antecedendo 0 teste. Finalmente, deve ser enfatizado que na pre

-sente investigac;ao nao foram feitas medidas ou

avaliac;6esdo grau de rigidez da musculatura e/ou

do tendao oudos fenomenos neurais mencionados

como possfveis responsaveis pelo decrescimo na

forc;a maxima. Desta forma, conclus6es nao podem ser feitas em rela<;:aoao mecanismo responsavel pelo resultado encontrado.

1IJ 'tJ '::1 III Ul o!l III 0 ...• III ,..• lJ.. 1IJ 'tJ III 'tJ ...• :> ...• .•.. II: N IS) IS) N

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::> Baseado no resultado do estudo podemos con -cluir que uma sessao de alongamento estatico, com durac;ao aproximada de 20 minutos, executada pou-co antes do exercicio provoca uma queda no rendi -mento de forc;a maxima. Evidentemente conside -rac;6esa respeito do efeito negativo dos exercfcios

de alongamento devem ser feitas baseadas no tipo

de atividade a ser executada em seguida. Se a re -duc;ao da for<;:aocorre sugere-se que urn intenso regime de alongamento estatico para os musculos motores primarios de deterrninada atividade nao seja feito antes de modalidades esportivas ou ativ

i-dades ffsicas que tern0seu sucesso dependente da

produc;ao de forc;a pr6xima de limites maximos. Assim, mais atenc;ao deve ser dada ao conteudo de alongamento da sessao de aquecimento que nor

-malmente antecede a pr::itica destas atividades.

Futuros estudos devem procurar explorar as

quest6es relacionadas

a

influencia dos exercfcios de alongamento no desempenho de for<;:aassociada ao

nfvel de treinamento dos sujeitos bem como procu

(7)

1IJ 1J ':1 ro Ul cIS ro u ...• In ...• LL 1IJ 1J ro 1J ...• :> ...• .•.. II: N '" '" N i '" ::>

referencias

biblio

raficas

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