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27º Congresso de Cardiologia

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R esumo das C omuniCações

27º ConGResso de CaRdioLoGia

s aLvadoR - B ahia

www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 104, Nº 5, Supl. 3, Maio 2015

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Conselho Editorial

Brasil

Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO) Alfredo José Mansur (SP)

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John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica)

Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália) D

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(1948-1953)

† Jairo Ramos

REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948

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Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos Sociedade Brasileira de Cardiologia

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Angelo Amato V. de Paola Vice-Presidente

Sergio Tavares Montenegro Presidente-Eleito

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Jacob Atié Diretora Científica

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Luiz Felipe P. Moreira

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Nabil Ghorayeb e Fernando Antonio Lucchese Coordenadoria de Educação Continuada Estêvão Lanna Figueiredo

Coordenadoria de Normatizações e Diretrizes

Luiz Carlos Bodanese Coordenadoria de Integração Governamental

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SBC/DF - Wagner Pires de Oliveira Junior SBC/ES - Marcio Augusto Silva

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SBC/NNE - Jose Itamar Abreu Costa SBC/PA - Luiz Alberto Rolla Maneschy SBC/PB - Helman Campos Martins SBC/PE - Catarina Vasconcelos Cavalcanti SBC/PI - João Francisco de Sousa SBC/PR - Osni Moreira Filho SBC/RJ - Olga Ferreira de Souza SBC/RN - Rui Alberto de Faria Filho SBC/RS - Carisi Anne Polanczyk

SBC/SC - Marcos Venício Garcia Joaquim SBC/SE - Fabio Serra Silveira

SBC/SP - Francisco Antonio Helfenstein Fonseca SBC/TO - Hueverson Junqueira Neves

SBC/DA - José Rocha Faria Neto SBC/DECAGE - Josmar de Castro Alves SBC/DCC - José Carlos Nicolau

SBC/DCM - Maria Alayde Mendonça da Silva SBC/DCC/CP - Isabel Cristina Britto Guimarães SBC/DIC - Arnaldo Rabischoffsky

SBC/DERC - Nabil Ghorayeb SBC/DFCVR - Ricardo Adala Benfati SBC/DHA - Luiz Aparecido Bortolotto SOBRAC - Luiz Pereira de Magalhães

SBCCV - Marcelo Matos Cascado SBHCI - Helio Roque Figueira SBC/DEIC - Dirceu Rodrigues Almeida GERTC - Clerio Francisco de Azevedo Filho GAPO - Danielle Menosi Gualandro GEECG - Joel Alves Pinho Filho GEECABE - Mario Sergio S. de Azeredo Coutinho

GECETI - Gilson Soares Feitosa Filho GEMCA - Alvaro Avezum Junior

GECC - Mauricio Wanjgarten

GEPREC - Glaucia Maria Moraes de Oliveira Grupo de Estudos de Cardiologia Hospitalar - Evandro Tinoco Mesquita Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia - Roberto Kalil Filho

GEEC - Cláudio José Fuganti GECIP - Gisela Martina Bohns Meyer GECESP - Ricardo Stein

GECN - Ronaldo de Souza Leão Lima

GERCPM - Artur Haddad Herdy

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Volume 104, Nº 5, Maio 2015

Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed

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Gráfica Gensa - (71) 3503-3555 Tiragem

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27º CONGRESSO DE CARDIOLOGIA SALVADOR - BAHIA

Resumo das Comunicações

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RESUMOS TEMAS LIVRES

38788

Características fenotípicas e morfológicas de placas ateroscleróticas em pacien- tes com síndrome coronariana aguda, estudo in vivo através da tomografia de coerência óptica

ADRIANA A P SANTOS, LUIZ G G PRATA, MARCO PERIN, TERESA C DIAS, THIA- GO C PEREIRA e ADRIANO M CAIXETA

Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, BRASIL.

Introdução: Estudos post-mortem sugerem que o fibroateroma de capa fibrótica fina é o principal substrato anatômico deflagrador do infarto agudo do miocárdio. Achados de exames adjuntos invasivos in vivo, como a tomografia de coerência óptica (TCO) são escassos e tema de controvérsias. Objetivo: Descrever as características fenotí- picas e morfológicas das placas de ateromas em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) por meio da TCO. Métodos: Foram estudados 49 pacientes com SCA no período entre 2012 e 2014 que realizaram TCO durante a cinecoronariografia/an- gioplastia coronária. Foram analisadas as imagens de 50 lesões culpadas pelo evento clínico por um laboratório central (core lab) utilizando o software QIVUS (versão 2.2, Medis Medical Imaging Systems, the Netherlands). As características das lesões cul- padas foram analisadas em seu aspecto quantitativo e qualitativo. Resultados: Das 50 lesões analisadas, 24 (48%) eram angina instável, 15 (30%) eram infarto sem su- pra do segmento ST (IAMSSST) e 11 (22%) eram infarto com supra do segmento ST (IAMSST). Observou-se placa rota em 58% dos casos, trombo branco e/ou vermelho em 34%, infiltrado de macrófagos em 84% das vezes, neovascularização em 36% e cristais de colesterol em 21%. Entre os pacientes com angina instável, 37,5% tinham placa rota e entre os pacientes com IAMSST ou IAMSSST 76,9% tinham placa rota. A localização da ruptura foi mais frequente na região proximal (38%) e média (38%) da placa, seguida pela região distal (24%). O comprimento da lesão foi 24,16 ±12,34 mm;

a área luminal mínima (ALM) de 2,84±1,98 mm²; a espessura média da capa fibrótica de 46 (36,65 ± 63,85 µm). A extensão média da ruptura foi 4,16±3,81 mm, a distância do ombro proximal da placa à ruptura de 11,66±7,86 mm e distância do ombro à ALM de 14,28±9,76. As características fenotípicas mais frequentes foram: fibroateroma de capa fibrótica fina em 75% (42 ± 11 µm de espessura da capa), fibroateroma de capa fibrótica espessa em 25% (133 ± 55 µm de espessura da capa), placa apenas fibrótica em 6% e placa fibrocalcificada em 2%, e nódulo calcificado em 6%. Conclusão: Em pacientes portadores de SCA, a TCO mostrou que na maioria das lesões culpadas observa-se a presença de uma placa com características fenotípicas de um fibroatero- ma de capa fibrótica fina, com ruptura e infiltrado de macrófagos. A maioria das placas rotas eram de pacientes com infarto agudo do miocárdio.

38846

Cirurgia bariátrica em paciente obeso grau III com múltiplas comorbidades e ele- vado risco cirúrgico cardiovascular.

PEDRO HENRIQUE AZEREDO BASTOS RODRIGUES DA CUNHA, MAURICIO LOPES PRUDENTE, ALVARO DE MORAES JUNIOR, FERNANDO HENRIQUE FERNANDES, KAMILA DE BESSA PENTEADO, THAYANNE ALVES PEREIRA MENDES, GABRIEL COSTA MONTEIRO, MARCELA MARINO DE AZEREDO BAS- TOS, GABRIELA BASTISTA DE AZEREDO BASTOS, LEONARDO EMILIO DA SIL- VA e MAX WEYLER NERY

Hospital Encore, Goiânia, GO, BRASIL.

Introdução: Obesidade é um dos fatores preponderantes para aumento da carga de doenças crônicas, pois se associa a doenças cardiovasculares: hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia e diabetes mellitus (DM). Estas comorbidades relacio- nadas à obesidade apresentaram melhora após cirurgia bariátrica, sendo uma opção para pacientes selecionados, com obesidade grave quando tratamentos clínicos fa- lharam. A presença de insuficiência cardíaca (IC), doença coronariana e arritmia ventricular no período perioperatório são fatores de risco maiores para complicações cardiovasculares. Pacientes em classe funcional NYHA III/IV devem ter a operação eletiva adiada até otimização da medicação e melhora dos sintomas, se possível. Em cirurgia bariátrica, fatores relacionados ao pior prognóstico são: tromboembolismo pulmonar (TEP) ou risco para TEP, IMC >50 kg/m2, sexo masculino, HAS e mais de 45 anos. Relato de caso: Homem, 55 anos, portador de HAS, DM, hipotiroidismo, dislipidemia, doença arterial periférica, doença coronariana multiarterial, miocardio- patia isquêmica grave (FE: 35%), IC (NYHA: III/IV), arritmia ventricular complexa e obesidade grau III com falha de tratamento clínico. Em setembro de 2012 foi submetido a cirurgia bariátrica por técnica de Capella em hospital de referência com cuidados perioperatórios por equipe multidisciplinar e recuperação em UTI, sem intercorrências.

Evoluiu com melhora progressiva, melhor controle das comorbidades, redução signi- ficativa da obesidade (grau I) e da capacidade funcional (NYHA: II/III). Discussão: A cirurgia bariátrica para tratamento da obesidade grave, não controlada com tratamento clínico se relaciona com melhora da sobrevida. Pacientes portadores de comorbidades que aumentam o risco cirúrgico cardiovascular devem ser avaliados e clinicamente compensados para a cirurgia. Cuidados específicos nesta população devem ser to- mados para reduzir a morbi-mortalidade cirúrgica. Conclusão: Paciente portador de obesidade grau III, comorbidades e elevado risco cirúrgico cardiovascular foi submeti- do à cirurgia bariátrica com sucesso e sem intercorrências, com posterior controle da obesidade, das comorbidades e melhora da capacidade funcional.

38845

Uso do Impella® como suporte hemodinâmico em paciente pós-infarto, multiar- terial com envolvimento do tronco da coronária esquerda e disfunção ventricular importante.

PEDRO HENRIQUE AZEREDO BASTOS RODRIGUES DA CUNHA, MAURICIO LO- PES PRUDENTE, ALVARO DE MORAES JUNIOR, FERNANDO HENRIQUE FER- NANDES, ARTHUR HENRIQUE DE SOUZA, KAMILA DE BESSA PENTEADO, CA- ROLINA INKA SAMPAIO GRESSLER, PAULA MORTOZA LACERDA, MARIA ADÉLIA COELHO BARBOSA, RICARDO ALVES RIBEIRO DE FARIA e MAX WEYLER NERY Hospital Encore, Goiânia, GO, BRASIL.

Introdução: Pacientes com doença arterial coronariana (DAC) multiarterial, lesão sig- nificativa em tronco de coronária esquerda (TCE) e disfunção ventricular importante apresentam prognóstico pior quando comparados à população de coronariopatas em geral. Nestas situações, a cirurgia cardíaca de revascularização do miocárdio (CCRM) é, geralmente, o tratamento de escolha. Porém, algumas características clínicas au- mentam de forma significativa a mortalidade cirúrgica e então a angioplastia translu- minal coronariana (ATC) com suporte hemodinâmico (ex.: Impella®) surge como uma alternativa viável. Relato de caso: E.J.S., masculino, 62 anos, transferido ao nosso serviço com história de infarto do miocárdio anterior extenso, não recanalizado, com cateterismo cardíaco evidenciando DAC multiarterial com envolvimento do TCE e eco- cardiograma com disfunção sistólica importante (fração de ejeção: 30%). O EUROS- CORE identificou muito alto risco, sendo contraindicado a CCRM. Optado por ATC com implante de múltiplos stents farmacológicos, com suporte hemodinâmico (Impella® 2,5 L/min). Realizado ATC do TCE, artéria circunflexa, primeiro ramo marginal, ramo ven- tricular posterior e ramo diagonalis com implante de 5 stents farmacológicos, com su- cesso e sem intercorrências. Paciente manteve-se estável durante o procedimento, em uso do Impella®, com posterior desmame e retirada ainda na sala de hemodinâmica.

Mantido aminas vasoativas na UTI com posterior desmame. Evoluiu com melhora e re- cebeu alta da UTI 4 dias após o procedimento. Discussão: O Impella®, um dispositivo de assistência circulatória pode ser utilizado em angioplastias de alto risco (ex.: pós- -infarto, multiarterial, disfunção ventricular importante ...). Estudos demonstraram a efi- cácia do Impella® nestas situações com resultados superiores aos do balão intraórtico.

Conclusão: O uso de Impella® possibilitou a realização de angioplastia com implante de múltiplos stents em paciente pós-infarto, multiarterial e com disfução ventricular importante, sendo considerado um avanço valioso para a cardiologia intervencionista.

38858

Deficiência de vitamina D e sua associação com marcadores de risco cardio- vascular

ISABELA MATOS DA SILVA, FERNANDA SCOPPETTA SAMPAIO ALVES, MARIA DE LOURDES LIMA, MINNA FERRARI SCHLEU CARVALHO, ANA MARICE TEIXEIRA LADEIA e ARMENIO COSTA GUIMARÃES

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL - Universidade Salvador, Salvador, BA, BRASIL.

Introdução: A obesidade é cada vez mais prevalente na população. Recentes es- tudos sugerem associação de deficiência de vitamina D (25OHVitD) e obesidade.

Existe uma relação inversa entre os níveis séricos de 25OHVitD e o índice de massa corporal (IMC), com elevadas concentrações plasmáticas de paratormônio (PTH) e risco aumentado de doença cardiovascular e mortalidade. Objetivos: Determinar a prevalência de hipovitaminose de 25OHVitD em pacientes obesos e correlacionar com fatores de risco cardiovascular. Metodologia: Trata-se de um estudo de corte transver- sal, descritivo e analítico no qual foram incluídos pacientes com obesidade atendidos no Ambulatório de Obesidade do Ambulatório Docente Assistencial da Bahiana, em Salvador, Bahia. Foram excluídos pacientes em uso de suplementação de cálcio e vitamina D atual e nos últimos 3 meses e realizado avaliação clínica e laboratorial. As análises formam realizadas no programa SPSS versão20. Resultados: A amostra é composta por 116 pacientes, idade média de 43,1±11,8 anos, sendo 92,2% pacientes do sexo feminino. Negros representaram 42,5% da amostra, 21,6% são diabéticos, 68,1% são hipertensos, 2,6% são fumantes e 25,9% realizam prática regular de ativi- dade física. Classificados com obesos I representaram 31% da amostra, 37,9% como obesos II e 31% como obesos III. Encontramos 87,9% de alterações na dosagem de 25OHVItD, sendo que 61,2% dos pacientes possuem deficiência e 26,7% insuficiência.

A deficiência de 25OHVItD foi a alteração mais comum dentre todos os graus de obe- sidade (55,6%, 61,4%, 66,7%, respectivamente para obesidades I, II, III). O coeficiente de correlação de Person entre os valores de 25OHVitD e as variáveis foram: IMC (r=- 0,11); circunferência abdominal (r=0,03); TA sistólica média (r=-0,114); TA diastólica média (r= -0,05); PTN C reativa (r=0,04); PTH (r=-0,04); HOMAR (r=-0,04); HbA1c (r=0,07); Colesterol total (r=-0,13); LDL-c (r=0,02); HDL-c (p=0,22); triglicerídeos (r=- 0,18). As alterações de 25OHVitD analisadas através do teste de qui-quadrado não mostrou associação entre tabagismo (p=0,26), HAS(p=0,76), DM(p=0,93), Glicemia de jejum alterada ou Resistência Insulínica(p=0,89) e HDL baixo(p=0,77). Conclusões:

nesta amostra, a prevalência de hipovitaminose de 25OHVitD é alta e pouco se corre- laciona com diversos fatores de risco cardiovascular.

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RESUMOS TEMAS LIVRES

39087

Devemos realizar Teste Ergométrico após Holter 24h visando detectar taquicar- dia ventricular não sustentada em pacientes portadores de doença de Chagas?

MARCIA MARIA NOYA RABELO, TICIANA FERREIRA CAMPOS, CAROLINA THE MACEDO, LUCIANA C NASCIMENTO, TATIANA F S ROCHA, BRUNO S F SOU- ZA, RICARDO RIBEIRO-DOS-SANTOS, MILENA B P SOARES e LUIS C L CORREIA Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL.

Fundamento: As arritmias ventriculares são sabidamente frequentes na doença de Chagas e apontada como um dos principais mecanismo de morte. Porém só recente- mente foi possível demonstrar a importância da taquicardia ventricular não sustentada (TVNS) como marcador independente de mau prognóstico. Sendo assim, parece apro- priado utilizar os meios disponíveis com a finalidade de detecção e estratificação de risco. Porém, até o momento, pouco sabemos da acurácia da detecção de arritmias ventriculares complexas usando diferentes métodos diagnósticos não invasivos em portadores da doença de Chagas. Objetivo: Comparar o Holter 24h e o Teste Ergo- métrico na detecção de arritmias ventriculares complexas em pacientes portadores da doença de Chagas. Métodos: De janeiro 2012 até dezembro de 2013, pacientes con- secutivamente admitidos no ambulatório especializado em doença de Chagas do Hos- pital São Rafael tiveram história clínica colhida de forma sistematizada e submetidos a realização de exames laboratoriais, Holter 24h e Teste Ergométrico. Resultados:

Foram estudados 61 pacientes portadores da doença de Chagas, 58±8 anos, 59%

do sexo feminino, sendo 17 pacientes na forma indeterminada, 16 na forma cardíaca sem disfunção do ventrículo esquerdo (VE) e 28 na forma com disfunção do VE. TVNS foi detectada em 20 pacientes (34,5% - 95% IC: 9,79-30,2), com número máximo de 49 batimentos e mínimo de 3(IIQ: 3-11) sendo mais frequente na forma cardíaca com disfunção do VE (58%; P=0,002). A fração de ejeção do ventrículo esquerdo daque- les com TVNS foi significativamente diferente daqueles sem TVNS (40% vs 63%;

P<0,001). Foi identificado TVNS em 14 pacientes ao Holter e em 7 pacientes ao TE sendo que em apenas 3 deles a arritmia foi identificada no Holter e TE. A concordância entre os dois métodos para a presença de TVNS foi de 5,5% (Kappa=13%;P=0,27).

Conclusão: Não existe concordância entre o teste de esforço e o Holter 24h quanto à indução de taquicardia ventricular não sustentada sugerindo que o teste ergométrico tenha papel complementar na pesquisa da carga arritmogênica na doença de Chagas.

39086

Acurácia do ecocardiograma transtorácico na medida de fração de ejeção pelo método de Simpson modificado em portadores de doença de Chagas: compara- ção com ressonância magnética.

MARCIA MARIA NOYA RABELO, TICIANA FERREIRA CAMPOS, CAROLINA THE MACEDO, MOISES I G MOREIRA, ALESSANDRA C CALDAS, JORGE A TOR- REÃO, BRUNO S F SOUZA, RICARDO RIBEIRO-DOS-SANTOS, MILENA B P SOA- RES e LUIS C L CORREIA

Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL.

Fundamento: A ressonância magnética cardíaca (RMC) é considerada o padrão-ouro para medida da fração de ejeção, pois sendo uma modalidade tridimensional, utiliza do método verdadeiro de Simpson. Como o ecocardiograma utiliza o método de Simpson Modificado, baseado em premissas matemáticas, sua acurácia pode ser prejudicada em condições associadas a alterações de contratilidade segmentar, tal como a doença de Chagas. Objetivo: Testar a acurácia da fração de ejeção do ventrículo esquerdo obtida pelo ecocardiograma transtorácico em pacientes portadores da doença de Chagas. Métodos: De janeiro até dezembro de 2013, pacientes consecutivamente admitidos no ambulatório especializado em doença de Chagas do Hospital São Rafael tiveram medida da fração de ejeção realizada pelo ecocardiograma, de acordo com método de Simpson Modificado. Como padrão-ouro, foi utilizada medida da fração de ejeção pela ressonância magnética cardíaca. Resultados: Foram avaliados 61 pacientes, 58 ± 8 anos, 59% feminino, 17 pacientes na forma indeterminada, 16 na forma cardíaca sem disfunção do VE e 28 na forma cardíaca com disfunção do VE, sendo que 74% em classe funcional NYHA I-II. A média da FEVE obtida por RMC foi de 55 ± 20 % e a média da FEVE obtida por ecocardiograma foi de 53 ± 15%.

Observou-se moderada correlação entre os 2 métodos (r= 0,85; p < 0,001). A médias das diferenças entre os valores de fração de ejeção por cada método foi 1,16% ± 10,6% (95% limites de concordância = - 1,66% a + 3,98%). A concordância entre os dois métodos na definição de função normal, disfunção leve, moderada ou severa foi de 93% (Kappa=85%; P < 0,001). Conclusão: A fração de ejeção calculada pelo ecocardiograma possui boa acurácia em portadores da doença de Chagas.

39088

Avaliação da Syndecan-4 como biomarcador e preditor de fibrose em doença de Chagas.

TICIANA FERREIRA CAMPOS, CAROLINA THE MACEDO, MARCIA MARIA NOYA RABELO, LUIS C L CORREIA, MOISES I G MOREIRA, ALESSANDRA C CAL- DAS, JORGE A TORREÃO, BRUNO S F SOUZA, RICARDO RIBEIRO-DOS-SAN- TOS e MILENA B P SOARES

Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL - Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz Fun- dação Osvaldo Cruz, Salvador, BA, BRASIL.

Introdução: A syndecan-4 é uma molécula que participa nos processos de adesão, controle do citoesqueleto e migração celular, presente principalmente nas membranas de células endoteliais e cardiomiócitos. Já foi relatado que há um aumento da concen- tração sérica de syndecan-4 em casos de insuficiência cardíaca crônica, lesão da pa- rede vascular e infarto do miocárdio, porém não há estudos avaliando os níveis séricos desta molécula em pacientes com doença de Chagas. Objetivos: O objetivo primário deste estudo foi determinar os níveis séricos de syndecan-4 nas diferentes formas de apresentação clínica da doença de Chagas. Como objetivo secundário, foi avaliada a correlação de syndecan-4 com a fibrose miocárdica e com a fração de ejeção do ven- trículo esquerdo. Metodologia: Foram incluídos 58 indivíduos com doença de Chagas, sendo 16 portadores com a forma indeterminada, 16 com a forma cardíaca sem dis- função ventricular e 26 com a forma cardíaca com disfunção ventricular. Os pacientes foram submetidos a avaliação clínica, exames laboratoriais, ECG de 12 derivações, radiografia de tórax, ecocardiograma com doppler e ressonância magnética cardíaca.

A concentração sérica de syndecan-4 foi medida através de ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay). Resultados: O valor médio encontrado para a concentração de syndecan-4 foi de 1.29 ± 0.53 ng/mL. Nos pacientes com forma indeterminada, car- díaca sem disfunção e cardíaca com disfunção ventricular, a concentração foi, respec- tivamente, 1,26 ± 0,55 ng/mL, 1,36 ± 0,55 ng/mL e 1,24 ± 0,53 ng/mL, sem diferença estatisticamente significante entre os grupos (p = 0,813). Foram observadas fracas correlações entre os níveis séricos de syndecan-4 e o percentual de fibrose miocár- dica (r = 0,13, r2 = 0.019, p = 0.316) e a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (r = 0,052, r2 = 0.003, p = 0.696). Conclusão: Com os dados obtidos até o momento, não é possível concluir que exista associação da syndecan-4 com as diferentes formas da doença, com fibrose miocárdica ou com disfunção ventricular esquerda em pacientes portadores de doença de Chagas.

39085

Associação entre o nível sérico de Galectina-3 e a extensão de fibrose miocárdica mensurada por ressonância nuclear magnética cardíaca na doença de Chagas.

MARCIA MARIA NOYA RABELO, TICIANA FERREIRA CAMPOS, CAROLINA THE MACEDO, JORGE A TORREÃO, LUCIANA ESTRELLA, AGNALUCE MOREI- RA, BRUNO S F SOUZA, RICARDO RIBEIRO-DOS-SANTOS, MILENA B P SOA- RES e LUIS C L CORREIA

Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA, BRASIL.

Fundamento: Até hoje não conseguimos identificar pacientes com maior risco de pro- gressão para as formas clínicas mais graves na doença de Chagas. Porém temos conhecimento que o desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC) é caracterizado por remodelamento ventricular estando intimamente associado a maior fibrose mio- cárdica. Galectina-3 (Gal-3) é uma lectina expressa por macrófagos ativados em di- ferentes processos fisiopatológicos e associada a maior atividade inflamatória com resultante formação de fibrose. Dessa forma a mensuração sérica da Gal-3 poderá ser útil visando a detecção precoce do remodelamento caracterizado por aumento da fibrose podendo ajudar na identificação de subgrupo de paciente com maior risco. Ob- jetivo: Testar a associação do nível sérico de Galectina-3 com a extensão da fibrose miocárdica à ressonância magnética cardíaca e a sua relação com as diversas formas clínicas da doença de Chagas. Métodos: De janeiro 2012 até dezembro de 2013, pacientes consecutivamente admitidos no ambulatório especializado em doença de Chagas do Hospital São Rafael tiveram história clínica colhida de forma sistematizada e submetidos a realização de exames laboratoriais e ressonância nuclear magnética.

Resultados: Foram estudados 61 pacientes portadores da doença de Chagas, 58±8 anos, 59% do sexo feminino, sendo 17 pacientes na forma indeterminada, 16 na forma cardíaca sem disfunção do ventrículo esquerdo (VE) e 28 na forma com disfunção do VE. Realce tardio foi detectado em 37 pacientes (64%) estando presente em 7 na forma indeterminada, em 7 na forma cardíaca sem disfunção do VE e em 23 na forma com disfunção do VE (41,2%, 43,8%, 92%; P=0,001). O percentual de área acometida por fibrose foi de 9,4% (IIQ:2,4-18,4) com progressivo aumento nas diferentes formas da doença (P=0,004). O nível sérico de Galectina-3 foi de 12,1ng/mL (II:9,4-14,4). Não foi identificado diferença do níveis de Galectina-3 relacionados a presença de fibrose (Fibrose: 12,6 vs 13,3 vs Sem Fibrose; P=0,67) e/ou a forma de apresentação clínica da doença (P=0,77). Não houve correlação entre a presença de fibrose e nível de Ga- lectina-3 (r=0,057;P=0,67). Conclusão: Não há relação direta entre o grau de fibrose miocárdica e o nível sérico de Galectina-3 na doença de Chagas, sugerindo que não é a fibrose o principal determinante da concentração de galectina e negando um papel preditor dessa molécula em relação a fibrose miocárdica.

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RESUMOS TEMAS LIVRES

39089

Capacidade preditora do strain global longitudinal em relação à fibrose miocár- dica em portadores de doença de Chagas.

CAROLINA THE MACEDO, TICIANA FERREIRA CAMPOS, MARCIA MARIA NOYA RABELO, LUIS C L CORREIA, MOISES I G MOREIRA, ALESSANDRA C CAL- DAS, JORGE A TORREÃO, BRUNO S F SOUZA, RICARDO RIBEIRO-DOS-SAN- TOS e MILENA B P SOARES

Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL - Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz Fun- dação Osvaldo Cruz, Salvador, BA, BRASIL.

Introdução: Uma das questões mais difíceis na doença de Chagas crônica é a de- tecção precoce de comprometimento cardíaco. O “speckle tracking” bidimensional (2-D ST), uma nova modalidade de imagem com aplicações úteis em várias doenças cardíacas, foi validado para pacientes com infarto do miocárdio quando comparado à ressonância magnética cardíaca (RMC). Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar se o strain global longitudinal (SGL) tem valor incremental à fração de ejeção para a predição de fibrose miocárdica em pacientes com doença de Chagas. Métodos:

Foram incluídos 58 indivíduos com doença de Chagas, confirmada por dois testes sorológicos diferentes. Todos os participantes foram submetidos a ecocardiograma Doppler convencional com avaliação do SGL e à ressonância magnética cardíaca.

Resultados: A análise da curva ROC revelou que tanto o SGL quanto a fração de ejeção foram preditores significativos de fibrose do miocárdio (área sob a curva: 0,78, p = 0,001, e área sob a curva: 0,82, p <0,001, respectivamente). Quanto ao percentual de fibrose miocárdica, uma forte correlação foi observada tanto com fração de ejecção (r = 0,70, p <0,001) quanto com o SGL (r = 0,64, p <0,001). No entanto, quando ajus- tado para a fração de ejeção por meio de regressão linear múltipla, o SGL perdeu a significância estatística como preditor independente de fibrose (p = 0,82). Conclusão:

O SGL não tem valor incremental à fração de ejeção convencional para a predição de fibrose miocárdica em pacientes com doença de Chagas.

39210

Cardioversão Elétrica em Unidade de Emergência: Desfechos de Segurança em 30 dias

NILZA SANDRA LASTA, THIAGO ANDRADE DE MACEDO, LUCIANE ROBERTA APA- RECIDA VIGO, DAYSE APARECIDA PINHEIRO, MARIANA YUMI OKADA, PEDRO GABRIEL MELO DE BARROS E SILVA, ROBERTA DE ANDRADE MENDES, SHEILA APARECIDA SIMOES, VALTER FURLAN, DENISE LOUZADA RAMOS e BEATRIZ AKINAGA IZIDORO

Hospital TotalCor, São Paulo, SP, BRASIL.

Introdução: A cardioversão elétrica (CVE) é um procedimento utilizado para restaurar o ritmo sinusal por meio de uma descarga elétrica sincronizada. O retorno ao ritmo sinusal pode melhorar a hemodinâmica cardiovascular e reduzir o risco de AVC. Os objetivos deste trabalho foram verificar recorrência de arritmia, reinternação e óbito em 30 dias. Método: Estudo retrospectivo, descritivo, com análise de 72 procedimentos de CVE realizados no Pronto Socorro de um hospital cardiológico de São Paulo, no período de janeiro a dezembro de 2014. Resultado: Foram analisados 72 procedi- mentos. A idade média foi de 60 anos, com predomínio de gênero masculino(64%).

A maioria dos pacientes apresentou fibrilação atrial (72%), seguido por flutter atrial (21%). O tamanho médio do átrio esquerdo foi de 4,5 cm e a fração de ejeção média de 0,57. Dos 72 pacientes, em 93% dos casos foi restabelecido ritmo sinusal, com alta após média de 3 horas. Após 30 dias foi observado apenas 1 caso de internação (1,3%) por recorrência de arritmia, 3 casos que necessitaram de nova CVE (3% ) e nenhum óbito ocorreu. Conclusão: A realização de cardioversão elétrica realizada no PS demonstrou-se eficaz e segura considerando-se os desfechos em 30 dias.

39091

Avaliação do efeito mediador da predisposição genética na formação de fibrose miocárdica na doença de Chagas: Polimorfismo da Galectina-3.

GABRIELA S CRUZ, ANA L D ANGELO, TICIANA FERREIRA CAMPOS, CAROLI- NA THE MACEDO, MARCIA MARIA NOYA RABELO, LUIS C L CORREIA, JORGE A TORREÃO, BRUNO S F SOUZA, RICARDO RIBEIRO-DOS-SANTOS e MILENA B P SOARES

Hospital São Rafael, Salvador, BA, BRASIL - Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz Fun- dação Osvaldo Cruz, Salvador, BA, BRASIL.

Fundamento: Galectina-3 é uma proteína multifuncional altamente expressa e as- sociada a maior atividade inflamatória com resultante formação de fibrose. O gene da galectina-3 (LGALS3) apresenta vários candidatos a polimorfismo de nucleotídeo único(SNP) e a existência de SNP pode alterar a atividade de transcrição e levar a mudanças qualitativas de proteínas. Esses polimorfismos nos genes que codificam proteínas tem sido associados a maior susceptibilidade ou gravidade das doenças.

Ainda não foi descrito a relação entre estes SNPs no LGALS3 e as variações fenotípi- cas específicas em doença de Chagas. Objetivo: Testar a hipótese de que a formação de fibrose na doença de chagas é mediada por predisposição genética, sob a forma de polimorfismo do gene da Galectina-3 Métodos: De janeiro 2012 até dezembro de 2013, pacientes consecutivamente admitidos no ambulatório de doença de Chagas do Hospital São Rafael tiveram história clínica colhida e submetidos a realização de exames laboratoriais, ressonância nuclear magnética (RNM) e extração do DNA e ge- notipagem dos polimorfismos pela técnica de PCR em tempo real. Os polimorfismos estudados do gene LGALS3 foram rs4644 (homozigotoAA, homozigotoCC e hetero- zigotoCA) e rs4652 (homozigotoAA, homozigotoCC e heterozigoto CA). Resultados:

Estudados 55 pacientes portadores de doença de Chagas, 58±9 anos, 58% do sexo feminino, 16 forma indeterminada, 16 forma cardíaca sem disfunção do VE e 23 forma cardíaca com disfunção do VE. A distribuição genotípica do SNP rs4644 e rs4652 para padrões homozigotoCC, homozigotoAA e heterozigotoCA foram semelhantes entre as diferentes formas de apresentação clínica da doença, exceto o rs4644 heterozigotoCA que foi mais frequente na formas com acometimento cardíaco(P=0,05). Dos 53 pacien- tes avaliados detectamos realce tardio em 36 pacientes(68%) com área acometida de fibrose de 9%(IIQ:2,05-15,3). Não detectamos diferença do grau de fibrose comparan- do as diferentes mutações(P=0,51). Apesar de encontrarmos o rs4644 heterozigoto CA de forma mais frequente nos portadores de cardiopatia não evidenciado diferença na área acometida por fibrose 1,65%(IIQ:0-32)vs4,35%(IIQ: 0-18) quando da ausência do polimorfismo (P=0,36).Conclusões: A fibrose miocárdica presente na doença de Chagas não é mediada por predisposição genética gerada pelo polimorfismo do gene da Galectina-3. Isto sugere que a formação de fibrose provavelmente depende mais da gravidade da infecção do que de resposta intrínseca do hospedeiro.

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Comparação entre os testes de troponina convencional e ultra-sensível em pacientes de baixo risco submetidos a intervenção coronária com implante de stents farmacológicos

ADRIANA AGUIAR PEPE DOS SANTOS, LUIZ GUILHERME GESUALDO PRA- TA, DIOGO FREITAS CARDOSO DE AZEVEDO, MARCO PERIN, TERESA CRISTINA DIAS e ADRIANO MENDES CAIXETA

Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, BRASIL.

Introdução: A dosagem de troponina tem seu papel consolidado no diagnóstico do IAM. Na investigação do infarto tipo IV, os valores de corte são definidos arbitraria- mente como >5x o valor de referência (VR) do teste utilizado. Com a introdução dos testes de troponina ultra-sensível (Tn-us), sua aplicação e real benefício em relação aos testes convencionais de troponina (Tn-c) nesse contexto permanecem incertos.

Nosso estudo busca comparar o perfil dos testes de troponina convencional e ultra- -sensível em pacientes submetidos à angioplastia coronária eletiva não complicada.

Métodos: Foi conduzida uma análise retrospectiva observacional, baseada no banco de dados do setor de cardiologia intervencionista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Foram selecionados pacientes submetidos à ICP eletivas não complicadas sem alte- rações dos níveis de troponina pré ICP, creatinina < 1,5mg/dL, a partir de 15 /04/ 12, quando teve início a utilização do Tn-us. A seguir, foram selecionados para controle um número correspondente de pacientes, imediatamente anteriores a 15/04/12, cujas dosagens foram realizadas com Tn-c. Resultados: Foram selecionados 218 pacientes para o grupo Tn-us e 192 pacientes para o grupo Tn-c.Não houve diferença entre os grupos para elevação acima de 5x o VR(51,2x51,7–p:0,926). A distribuição da eleva- ção também foi semelhante quando comparadas em faixas <1x VR (15,0x17,4), entre 1 e 2xVR(14,5x10,7) entre 2 e 3xVR (8,7x9,6), entre 3 e 5xVR (10,6x10,7), entre 5 e 10xVR(15,9x15,7), entre 10 e 20xVR (10,6x13,5) e >20xVR (24,6x22,5). A eleva- ção média em relação ao VR foi de 26,91x no grupo Tn-us e 25,54x no grupo Tn-c (p:0,879). Foi observada uma relação positiva entre a elevação da troponina e o valor de CK-mb pós (r=0,756; p<0,001), PCR-pós (r=0,220; p<0,001) e número de Stents implantados (r=0,342; p<0,001). Conclusão: Houve uma grande incidência (83,9%) de alterações nos valores da dosagem de troponina após ICP eletivas sem complica- ções, independente do tipo de troponina utilizada. Cerca de 50% dos casos superou 5x o VR. Apesar da necessidade de associação com outras variáveis para determinar IAM tipo IV, a elevação dos níveis de troponina, por si só, pode precipitar modificações no manejo clínico do paciente. No contexto das intervenções coronárias percutâneas, a utilização da Tn-us não mostrou diferença em relação à Tn-c, podendo representar custo adicional, sem um benefício clínico justificável.

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RESUMOS TEMAS LIVRES

39582

Comparação da renina plasmática entre mulheres que utilizam e não utilizam contraceptivo oral

JEFFERSON PETTO, DOUGLAS G L DO ESPÍRITO SANTO CERQUEIRA, PAULO RICARDO PINTO BARBOSA, CAMILA SILVA SANTOS, ALAN CARLOS NERY DOS SANTOS, SIDNEY DE SOUZA OLIVEIRA e ANA MARICE TEIXEIRA LADEIA Faculdade Social, Salvador, BA, BRASIL - Escola Bahiana de Medicina, Salvador, BA, BRASIL.

Introdução: Estudo publicado em 2013 verificou que mulheres em uso de Contraceptivo Oral de baixa dosagem (CO) apresentam valores de proteína C reativa (PCR) mais elevados que mulheres que não utilizam CO. A inflamação é o processo relacionado diretamente a hipertensão arterial sistêmica (HAS). Um dos mecanismos que regulam diretamente os valores de pressão arterial (PA) é o sistema renina-angiotensina- aldosterona. Portanto, o objetivo deste trabalho foi verificar se existe diferença entre os valores de renina plasmática de mulheres que utilizam e não utilizam CO e se existe correlação entre os valores de PCR e renina plasmática. Método: Incluídas mulheres aparentemente sadias, com idade entre 20 e 30 anos, eutróficas, que utilizam ou não utilizam CO há pelo menos um ano, com triglicerídeos de jejum abaixo de 150mg/

dL, classificadas como irregularmente ativas através do IPAQ-versão longa. Excluí- das mulheres com comprometimento hepático, em uso de corticoides, fumantes, com processo inflamatório agudo ou crônico, com PCR acima de 10 mg/L ou com HAS diagnosticada. A amostra foi dividida em dois grupos: GCO formado por mulheres em uso de CO e GSCO formado por mulheres que não utilizam CO. Após jejum de 12h foram coletados 5ml de sangue para dosagem da renina plasmática pelo método de radioimunoensaio cinético. Estatística: Utilizado o teste t de Student bidirecional para amostras independentes na comparação dos valores da renina e o teste de Pearson para verificar a correlação entre PCR e renina. Para comparação da PCR utilizado o teste de Mann-Whitney. Adotado como significante p-valor≤0,05. Resultados: A partir do cálculo amostral prévio, foram selecionadas 48 mulheres divididas igualmente entre os grupos. A média de idade, índice de massa corporal, PCR e PA sistólica e diastólica respectivamente do GCO e do GSCO foram: 23±1,3 vs 23±2,0 anos, 22±1,4 vs 22±1,0 kg/m2, 1,8 (0,5 – 2,2) vs 0,7 (0,5 – 0,9) mg/L, 119±10,1 vs 107±7,5 mmHg, 77±6,1 vs 70±10,6 mmHg. Verificada diferença significante entre a PCR e as PA sistólica e diastólica (p˂0,05). Os valores de renina respectivamente do GCO e do GSCO foram 2,9±2,4 vs 0,9±1,63 ng/ml/hora (p=0,023). Verificada também correlação positiva entre a PCR e a renina (p=0,002 e r=0,68). Conclusão: Na amostra avaliada neste estudo os valores da renina plasmática foram maiores nas mulheres que utilizam CO e houve correlação positiva forte entre os valores da PCR e renina plasmática.

39635

Abordagem percutânea de estenose tricúspide e mitral por valvotomia por balão em paciente com cardiopatia reumática

MARILIA MENEZES GUSMÃO, MATHEUS PAMPONET FREITAS, JOSE CARLOS RAIMUNDO BRITO, ADRIANO ARAUJO MATOS MAGALHAES, THIAGO CARVA- LHO PEREIRA, NARJARA DE OLIVEIRA CARDOSO DOURADO, ISABELA PILAR MORAES ALVES DE SOUZA, JOBERTO PINHEIRO SENA e GILSON SOARES FEI- TOSA FILHO

Hospital Santa Izabel, Salvador, BA, BRASIL.

Introdução: A cardiopatia reumática é a principal causa de valvopatias no Brasil. Val- votomia percutânea por cateter-balão é realizada com freqüência na estenose val- var mitral, porém em raras ocasiões a tricúspide é abordada por essa via. Descrição do Caso: Sexo feminino, 35 anos, passado de cirurgia de troca valvar aórtica por prótese metálica por dupla lesão aórtica grave de etiologia reumática há 18 meses.

Após 4 meses da cirurgia cursou com palpitações e dispnéia progressiva associados a episódios de FA paroxística. Ao longo de 11 meses a dispnéia evoluiu para esforços habituais. Usava metoprolol 100mg/dia, amiodarona 200 mg/dia, penicilina benzatina 1.200.000UI 21/21 dias e warfarina. Apresentava sopro diastólico grau III/VI no foco tricúspide e sopro diastólico grau III/VI no foco mitral e ausência de estase de jugula- res, edema ou hepatomegalia. Ecocardiograma: Aumento biatrial grave, ventrículos de tamanho normal e com função sistólica preservada; valva mitral de aspecto reumático e estenose moderada (Velocidade Média: 2 m/s, gradiente médio: 7 mmHg, gradiente máximo 14 mmHg, Wilkins-Block:8, área valvar: 1,39 cm2 (PHT) e refluxo discreto;

Prótese aórtica normoposicionada e normofuncionante; Valva tricúspide espessada, aspecto reumático, abertura em cúpula com limitação de sua excursão diastólica, fluxo turbulento com estenose significativa (VTI > 60, AV < 1,0, PHT < 200) e refluxo de grau moderado ao color. Diante do quadro clínico e da progressão da doença valvar, realizada valvotomia por balão tricúspide e mitral. A intervenção tricúspide, inicialmente foi realizada com balão 30, contudo ecocardiograma intraoperatório evidenciou gra- diente de pico de 9 mmHg, e foi necessária valvotomia com duplo balão (30 e 12). A válvula mitral foi abordada com balão de Inoue, sem intercorrências. Ecocardiograma transtorácico pós procedimento mostrava valva mitral com boa abertura, gradiente máximo de 10 mmHg e médio de 4 mmHg, insuficiência discreta e área valvar mitral de 2.56cm2; Valva tricúspide com boa abertura, gradiente máximo de 9 mmHg e médio de 3mmHg, com insuficiência moderada a importante. Evoluiu na enfermaria estável hemodinamicamente e com melhora do quadro de dispnéia, recebendo alta hospitalar.

Conclusão: A valvotomia percutânea da estenose tricúspide grave é um tratamento pouco relatado na literatura devido a raridade dessa patologia. A abordagem percu- tânea simultânea (mitral e da tricúspide) nessa paciente mostrou-se viável e efetiva.

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Morbimortalidade em pacientes submetidos à dupla troca mitro-aórtica em hos- pital de referência em Salvador (Bahia, Brasil)

VINICIUS ADORNO GONCALVES, e JOSE AUGUSTO BAUCIA Hospital Ana Nery, Salvador, BA, BRASIL.

Introdução: No Brasil, a doença valvar representa uma significativa parcela das in- ternações por doença cardiovascular, sendo a febre reumática a principal etiologia. A mortalidade hospitalar em cirurgias de dupla troca reportada na literatura varia entre 5% e 20%. A identificação de variáveis preditoras de mortalidade seria fundamental para melhorar os índices de sobrevivência imediata e tardia. Objetivos: Avaliar a morbimortalidade dos pacientes e identificar preditores de morbimortalidade após a cirurgia de substituição valvar mitro-aórtica. Metodologia: Estudo analítico-descritivo, observacional, do tipo corte transversal, através da análise dos prontuários dos pacien- tes que se submeteram à dupla troca mitro-aórtica no Hospital Ana Nery em Salvador (Bahia, Brasil) no período de Janeiro de 2009 a Dezembro de 2011. Resultados: Se- tenta prontuários foram analisados. A mortalidade hospitalar foi de 12,9% (9 casos), tendo como causas principais o choque cardiogênico e sepse. Os pacientes foram divididos entre os grupos óbito e não óbito para comparação, sendo encontrada dife- rença estatística (p<0,05) entre as variáveis idade, nível sérico de creatinina, fibrilação atrial crônica, risco atribuído pelo EuroSCORE, classe funcional da N.Y.H.A. (New York Heart Association), tempo de circulação extracorpórea, tempo de pinçamento aórtico, sepse e desenvolvimento de insuficiência renal dialítica no pós-operatório. Discus- são: A principal etiologia envolvida na lesão valvar foi a febre reumática (80%) e em segundo lugar a endocardite (15,7%). A taxa de mortalidade hospitalar foi de 12,9%, semelhante ao descrito na literatura. A maioria dos pacientes (57,1%) se encontra- vam em classes funcionais avançadas (III e IV), coerente com estudos semelhantes na literatura, que, porém, apresentam amostragens muito heterogêneas, enviesando comparações. Conclusões: A mortalidade hospitalar foi de 12,9%. Foram identifica- dos fatores preditores de morbimortalidade em relação as variáveis pré, intra e pós- -operatórias. A maioria dos pacientes pertencia ao sexo masculino com idade mediana de 31 anos; a febre reumática foi a principal etiologia relacionada à lesão valvar; 27,1%

dos pacientes apresentavam histórico de cirurgia cardíaca prévia e a maioria se encon- trava nas classes funcionais III e IV da N.Y.H.A.

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Importância da qualidade da formação acadêmica no tratamento da insuficiência venosa crônica

JEFFERSON PETTO, MARCOS PAULO ALVES DOS SANTOS, VINÍCIUS AFONSO GOMES, DOUGLAS G L DO ESPÍRITO SANTO CERQUEIRA, FRANCISCO TIAGO OLIVEIRA DE OLIVEIRA e ALAN CARLOS NERY DOS SANTOS

Faculdade Social da Bahia, Salvador, BA, BRASIL - Grupo de Pesquisa Cardiovascu- lar, Salvador, BA, BRASIL.

Contexto: A insuficiência venosa crônica (IVC) é a incapacidade que o complexo ve- noso apresenta em drenar o sangue proveniente dos capilares até o átrio direito. No Brasil, é uma das maiores causas de afastamento do trabalho. A fisioterapia apresenta procedimentos eficazes no tratamento da IVC; no entanto, os fisioterapeutas necessi- tam conhecer os métodos diagnósticos e de tratamento dessa doença. Um dos pontos cruciais para o bom conhecimento desses aspectos é a formação acadêmica desses profissionais. Objetivo: Identificar o grau de conhecimento dos formandos em fisiote- rapia sobre o diagnóstico e tratamento da IVC. Métodos: Estudo descritivo de corte transversal, no qual foram selecionados aleatoriamente alunos no último ano de gra- duação em fisioterapia de faculdades privativas e pública da cidade de Salvador-BA.

Os alunos responderam a questionário semi-estruturado com questões que avaliaram o domínio sobre a fisiopatologia, o diagnóstico e o tratamento fisioterapêutico da IVC.

Os alunos foram divididos em três grupos: discentes que não possuíam a disciplina de angiologia na grade curricular (G1); discentes que não possuiam professor especialista em angiologia (G2) e discentes com professor especialista em angiologia (G3). Resul- tados: Foram investigados seis cursos de fisioterapia, cinco privativos e um público.

Um total de 101 formandos responderam o questionário. O G3 apresentou o melhor e o G1 o pior desempenho nos domínios dos conhecimentos avaliados. Trinta e seis por- cento da amostra do G1 apontou uma contra-indicação absoluta de tratamento como sendo uma intervenção viável da fisioterapia, enquanto no G3 apenas 2% da amostra apontou uma contra-inidicação. Noventa e seis porcento da amostra do G3 acertou as indicações corretas de tratamento da fisioterapia, 83% do G2 e apenas 32% do G1. Na amostra do G3 e do G2 respectivamente 96% e 71% conhecem a forma mais adequada de classificação e diagnóstico da IVC o CEAP. No entanto, nenhum aluno do G1 conhece o CEAP. Conclusão: No presente estudo o grupo de formandos em fisioterapia que possui professor especialista na disciplina de angiologia apresenta melhor conhecimento sobre a fisiopatologia, o diagnóstico e o tratamento fisioterapêu- tico da IVC. Este estudo aponta a importância da qualidade da formação acadêmica no tratamento da IVC.

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RESUMOS TEMAS LIVRES

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Índice de Homa em mulheres que utilizam e não utilizam contraceptivo oral JEFFERSON PETTO, CANDICE ROCHA SEIXAS, LARISSA CARDOSO FEITO- SA, JOYCE FERREIRA BACELAR, DOUGLAS G L DO ESPÍRITO SANTO CER- QUEIRA, PAULO RICARDO PINTO BARBOSA, ALAN CARLOS NERY DOS SAN- TOS e ANA MARICE TEIXEIRA LADEIA

Escola Bahiana de Medicina, Salvador, BA, BRASIL - Faculdade Social, Salvador, BA, BRASIL.

Introdução: Estudos apontam correlação positiva entre a resistência insulínica e a inflamação subclínica. Estudo publicado em 2013 verificou que mulheres em uso de contraceptivo oral de baixa dosagem (CO) apresentam valores de proteína C reativa (PCR) mais elevados que mulheres que não utilizam CO. Portanto, os objetivos deste trabalho foram verificar se existe diferença entre o Índice de Homa (IH) de mulheres que utilizam e não utilizam CO e se existe correlação entre o IH e PCR e entre a insulina e PCR. Delineamento: Estudo comparativo de corte transversal. Método: Incluídas mulheres, com idade entre 20 e 30 anos, eutróficas, que utilizavam ou não utilizavam CO há pelo menos um ano, com triglicerídeos de jejum abaixo de 150mg/dL, classifi- cadas como irregularmente ativas através do IPAQ-versão longa. Excluídas mulheres com comprometimento hepático, em uso de corticoides, fumantes, com processo infla- matório agudo ou crônico, com PCR acima de 10 mg/L ou com HAS diagnosticada. A amostra foi dividida em dois grupos: grupo CO (GCO) formado por mulheres em uso de CO e grupo sem CO (GSCO) formado por mulheres que não utilizam nenhum mé- todo contraceptivo a base de hormônios. Após jejum de 12h foram coletados 5ml de sangue para dosagem do perfil lipídico, da insulina, da glicemia e da PCR. A insulina foi mensurada pelo método de quimioluminescência, a glicemia pelo método enzimático colorimétrico e a PCR por turbidimetria. Estatística: Utilizado o teste t de Student bidirecional para amostras independentes na comparação dos valores da insulina e do IH. Utilizado o teste de Pearson para verificar a correlação entre PCR e o IH e entre a PCR e a Insulina. Resultados: A partir do cálculo amostral prévio, foram selecionadas 48 mulheres divididas igualmente entre os grupos. A média de idade, índice de massa corporal, PCR, glicemia, insulina e IH respectivamente do GCO e do GSCO foram:

23±1.3 vs 23±2.0 anos; 22±1.4 vs 22±1.0 kg/m2; 1.8 (0.5 – 2.2) vs 0.7 (0.5 – 0.9) mg/L;

86±8.8 vs 84±7.9 mg/dL; 10.2±4.4 vs 6.4±2.9 uM/L; 1.6±0.98 vs 1.0±0.79. Verificada diferença significante entre o IH (p=0.026); entre a insulina (p=0.026) e entre a PCR (p=0.044). O poder dos resultados calculado após a análise foi de 82%. Não foi veri- ficada correlação entre a insulina e a PCR (p=0.861) e entre o IH e a PCR (p=0.747).

Conclusão: Neste estudo os valores do IH foram maiores nas mulheres que utilizam CO e não houve correlação entre a PCR e o IH e entre a PCR e a insulina.

39645

Diferenças nas medidas da raiz da aorta: avaliação através impressão anatômica em 3D e as imagens virtuais em 2D e 3D.

JACKSON BRANDÃO LOPES, IVAN SOUZA DE CARVALHO, AIRTON MOREIRA DA SILVA e JORGE VICENTE LOPES DA SILVA

Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA, Salvador, BA, BRASIL - Hospital Ana Nery, Salvador, BA, BRASIL - Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, MCTI, Campinas, SP, BRASIL.

Introdução: Uma redução na curva de aprendizado para as cirurgias da raiz da aorta pode ser alcançada com o desenvolvimento de um dispositivo de anastomose dos óstios coronarianos. Objetivo: Obter dados anatômicos para o desenvolvimento de dispositivo de anastomose mecânica dos óstios coronarianos, através da impressão em três dimensões da raiz da aorta e comparar estas medidas com as obtidas através dos modelos virtuais. Metodologia: As formas de representação anatômica utilizadas para análise foram obtidas através da impressão de modelo tridimensional, através de arquivos DICOM oriundos de angiotomografias, bem como de arquivos CAD. Foram feitas análises por dois observadores em dois momentos distintos. O estudo estatístico se deu através de análise pelo método de ANOVA, de Bland-Altmam e correlação de Pearson. Resultados: O diâmetro médio da coronária direita não diferiu na análise realizada nos modelos DICOM, STL e protótipo (4,47±1,07, 4,45±0,64, 4,97±0,67 mm respectivamente; p=0,09), mas diferiu em relação ao diâmetro médio da coronária es- querda (5,72±1,02, 5,50±0,87, 6,32±1,18 mm, respectivamente; p=0,0005). Pela aná- lise de Bland-Altmam ficou demostrado que existe um viés de mensuração de 9,8%

em relação ao óstio da coronária esquerda e de 12% para o óstio da coronária direita quando se compara o método bidimensional (DICOM) e o impresso em três dimensões (protótipo). Conclusões: A descrição dos diâmetros dos óstios das coronárias através do método DICOM dá-se de maneira aceitável. Entretanto, o poder de análise, por este método, de segmentos lineares de outros segmentos da raiz da aorta é insuficiente, sendo, a análise da superfície tridimensional a mais adequada.

39691

Estado volêmico na insuficiência cardíaca aguda e eventos cardiovasculares:

análise mediada por NT-proBNP

JANINE MAGALHES OLIVEIRA, FABIO LUIS DE JESUS SOARES, ADRIANO CHA- VES ALMEIDA FILHO, SAULO DIAS VIANA, ARILTON DANTAS DOS SANTOS JÚ- NIOR, MARCIA MARIA NOYA RABELO e LUIS CLAUDIO LEMOS CORREIA Hospital São Rafael, SALVADOR, BA, BRASIL - Fundação para Desenvolvimento da Ciência, SALVADOR, BA, .

Fundamento: Pacientes internados por insuficiência cardíaca (IC) descompensada recebem intensa terapia diurética e vasodilatadora nos primeiros dias, conduta normalmente bem sucedida na compensação do quadro, permitindo alta hospitalar.

No entanto, é comum a recorrência de novos episódios de agravamento nas primeiras semanas após a alta. Objetivo: Em pacientes internados com insuficiência cardíaca aguda, avaliar qual o maior determinante de futuras descompensações: a volemia do momento do internamento ou do momento da alta? Métodos: estudo de coorte prospectivo com pacientes admitidos entre janeiro de 2013 a outubro de 2014, com diagnóstico de insuficiência cardíaca agudamente descompensada, acompanhados até 60 dias após a alta hospitalar. O critério de inclusão obrigatório nesse registro é o aumento da dosagem plasmática do NT-proBNP (> 450 pg/ml para pacientes abaixo de 50 anos ou NT-proBNP > 900 pg/ml para pacientes acima de 50 anos) e tendo como desfecho primário a combinação de óbito cardiovascular após compensação e reinter- namento por insuficiência cardíaca descompensada em 60 dias. Resultados: Foram estudados 90 pacientes, com a mediana do NT-proBNP da admissão 3947 pg/ml (IQ

= 2370 pg/ml a 7000 pg/ml), a mediana da variação absoluta do NT-proBNP de -1533 pg/ml (IQ = -3569 pg/ml a 747 pg/ml), e a mediana do NT-proBNP da alta de 1946 pg/

ml (IQ = 1000 pg/ml a 3781 pg/ml). A incidência do desfecho combinado foi de 34%, sendo 13% de óbitos e 21% de readmissão. A curva ROC do NT-proBNP da admissão e eventos cardiovasculares em 60 dias, apresentou uma área sob a curva de 0,49 (P = 0,89; IC 95% = 0,36 - 0,62). A variação absoluta do NT-proBNP apresentou área sob a curva de 0,65 (P = 0.04; IC 95% = 0,51 - 0,79) para eventos em 60 dias. O NT-proBNP do momento da alta com área sob a curva de 0,69 (P = 0,03; IC 95% = 0,58 - 0,80). Em análise multivariada, NT-pro-BNP do momento da compensação foi preditor do desfe- cho primário, independente do valor mensurado na admissão. Conclusão: Diferente do grau de descompensação que motivou o internamento, o estado volêmico obtido após compensação da IC se associa-se a eventos recorrentes. Esse achado sugere que independente da gravidade inicial, é a resposta ao tratamento durante o inter- namento que determina a vulnerabilidade do paciente para nova descompensação.

Drenagem venosa assistida a vácuo: influência na proteção miocárdica e no sangramento pós-operatório

JACKSON BRANDÃO LOPES, LAÍS PESSOA NOGUEIRA e MARIA EMILIA LUNA DE PAULA

Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA, Salvador, BA, BRASIL - Fundação São Francisco Xavier, Ipatinga, MG, BRASIL.

Introdução: A drenagem venosa é um dos componentes do circuito de circulação extracorpórea e pode influenciar na qualidade da drenagem do seio coronariano e na intensidade da diluição dos elementos da coagulação. Objetivo: Comparar os métodos de drenagem venosa por sifonagem ou assistida a vácuo em relação à sua influência na proteção miocárdica e na quantidade de sangramento pós-operatório.

Metodologia: Foram analisados retrospectivamente 106 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, separados em dois grupos conforme a técnica empregada: drenagem venosa assistida a vácuo (n = 53) ou sifonagem (n = 53). Resultados: No grupo que utilizou drenagem a vácuo, encontrou-se um menor volume de sangramento (299,2 ± 203,5ml vs. 543,7 ± 342,2 ml; p < 0,0001), menor tempo de extubação (6,3 ± 3,5 vs. 8,1 ± 4,5 h; p = 0,0440), assim como menor eleva- ção das enzimas CKMB (38,9 ± 13,4 vs. 51,5 ± 33,3; p = 0,0229) e CK (278,9 ± 124,0 vs. 679,8 ± 679,7 vs.; p < 0,0001). Discussão: O uso da drenagem venosa assistida a vácuo (DVAV) possibilitou uma diminuição no volume de cristalóide para preenchi- mento do circuito de CEC, com consequente menor hemodiluição dos elementos da coagulação, resultando numa menor da perda sanguínea pelos drenos torácicos, nas primeiras 12 horas de pós-operatório. Além disso, nos pacientes submetidos a esse método de drenagem venosa durante a CEC, foi possível observar uma diminuição significativa dos níveis de CPK e CK-MB, sugerindo menor lesão da musculatura estriada e dos cardiomiócitos, o que possivelmente está relacionado a redução do edema e menor congestão venosa. Não foi identificada, nesta amostra, diferença es- tatística na incidência de infecções, fibrila-

ção atrial pós-operatória, acidente vascular cerebral, reoperação por sangramento, uso de balão intra-aórtico e morte hospitalar.

Conclusão: Os dados deste estudo retros- pectivo sugerem que a DVAV é um método de drenagem seguro, que confere ao pa- ciente menor sangramento pós-operatório e menor lesão dos miócitos, quando com- parada ao método sifonagem.

Referências

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