USINA HIDRELÉTRICA DE AIMORÉS
A Usina de Aimorés – Hidrelétrica Eliezer Batista - está localizada no médio Rio Doce, divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Seu reservatório ocupa áreas dos municípios mineiros de Aimorés, Itueta e Resplendor, porém o município capixaba de Baixo Guandu também é parte da área de influência do empreendimento.
A implantação da Usina de Aimorés na região trouxe benefícios que vão além das ações compensatórias. A geração de trabalho e renda é um dos exemplos de benefícios trazidos pela Usina. Com o início da operação, foram geradas aproximadamente 60 vagas de emprego direto e cerca de outros 200 postos de trabalho indireto. Isso sem contar o emprego de milhares de pessoas durante as obras de construção do empreendimento.
A circulação de renda na região, em função das atividades da Usina de Aimorés nos municípios de Aimorés, Ituêta e Resplendor, contribui para o desenvolvimento dessas cidades.
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA USINA HIDRELÉTRICA
A Usina construiu o novo prédio e doou equipamentos e mobiliário para a Escola Municipal Santo Antônio do Norte, pavimentou 500 metros de asfalto na subida do bairro Betel e fez um repasse financeiro para a obra que corrigiu a fissura que existia no bairro, próximo à rodovia BR-259. Foram aplicados recursos para reforma, adequação e ampliação do Hospital São José.
O consultório médico do distrito de Santo Antônio do Rio Doce foi reformado e ampliado. Também foram feitos investimentos na construção do Laboratório de Análises Clínicas e no Núcleo de Inteligência e Vigilância Epidemiológica de Aimorés (NIVEA). Houve a implantação de rede e estações de tratamento complementares ao saneamento municipal. Foram implantadas Estações de Tratamento de Água e de Esgoto no distrito de Santo Antônio do Rio Doce, complementando o saneamento municipal; além da estruturação da rede de drenagem de água das chuvas. Foram feitos ainda convênios com o
setor de segurança pública para a doação de equipamentos, veículos e combustível para as Polícias Militar e Civil.
A cadeia pública foi reformada e recebeu benfeitorias, sendo realizados convênios e parcerias com a 8ª Cia Independente de Polícia Militar de Meio Ambiente e Trânsito, visando contribuir com a melhoria das condições de trabalho da corporação. Entre as ações desenvolvidas estão: cotas de combustível para veículos e barcos, construção de um abrigo para embarcações na sede da PM (na BR-259), construção de garagem para barcos próxima ao vertedouro da Usina de Aimorés. Houve ainda urbanização de parte da orla do rio Doce em Aimorés (do bairro Barra do Manhuaçu à praça da Policlínica).
A praça central, da Policlínica até o Relógio, foi reformada e hoje conta com espaços de convivência. O distrito de Santo Antônio do Rio Doce recebeu uma quadra poliesportiva coberta, construída ao lado da Escola Municipal Santo Antônio do Norte. A praça do distrito de Santo Antônio do Rio Doce foi reformada, incluindo melhoria da iluminação. Também neste distrito foi implantado um campo gramado, onde as crianças podem treinar futebol; e um campo de areia para a prática de outros esportes. Foi feito repasse de verba utilizada pelo Município para consertar a fissura que havia no bairro Betel - perto da BR-259 - e para a pavimentar ruas do bairro Barra do Manhuaçu.
As estradas vicinais da região do Baixio foram recuperadas e receberam adequações. Foi doada uma Patrol para a Prefeitura Municipal manter as estradas vicinais em operação. Investimentos foram feitos na pavimentação das ruas do distrito de Santo Antônio do Rio Doce e instalação de placas de identificação nas respectivas ruas. Foi firmado um acordo de compensação com a congregação da Igreja Católica de Aimorés, que direcionou os recursos para a reforma da Matriz Nossa Senhora do Carmo. Houve ainda investimentos para ampliação da área de lazer da APAE.
A Usina patrocinou diversos projetos ambientais das escolas da rede municipal. Foi implantado o Núcleo Museológico de Arqueologia de Aimorés, proporcionando aos moradores da região a oportunidade de conhecerem os hábitos do povo dos séculos passados. Com o Núcleo incentiva-se o turismo no município, a partir da valorização e da preservação da sua história. A Usina de Aimorés promoveu o reassentamento de produtores rurais, que antes da
construção da mesma eram empregados, meeiros ou parceiros de fazendas desapropriadas. Essas pessoas tornaram-se donas de terras, com infra- estrutura suficiente para garantir a qualidade de vida de suas famílias, tais como casa de moradia com energia elétrica, abastecimento de água potável, fossa séptica, cercas e implantação de projetos de pecuária.
Antes de iniciar as obras de sua construção, a Usina de Aimorés teve contato com diversas áreas que continham vestígios materiais de comunidades ou povos do passado. Essas áreas são chamadas de sítios arqueológicos.
Visando identificar e recuperar o histórico do processo de ocupação humana da região, foram resgatados os vestígios materiais encontrados nesses sítios arqueológicos e, para lidar com esse patrimônio, a Usina realizou o Programa de Resgate Arqueológico. Todos os artefatos encontrados na área do município de Aimorés atualmente estão sob a guarda ou expostos no Núcleo Museológico de Arqueologia, construído pela Usina em Aimorés.
O curso de Produtos de Higiene e Limpeza beneficiou diversos moradores da comunidade de Santo Antônio do Rio Doce. Criado para possibilitar novas alternativas de trabalho e para dar força ao crescimento do distrito, o curso contribui com a geração de renda na região, representando uma boa oportunidade de melhoria da qualidade de vida dos participantes.
A Usina trabalha na preservação do Papagaio-Chauá, no monitoramento da espécie e na sensibilização da população, que pode ajudar muito a aumentar o número dessas aves na região. Foi iniciado antes de a Usina ser implantada, o monitoramento de insetos feito por um grupo de pesquisadores que instalam armadilhas em diversos pontos da cidade. O procedimento permite identificar a presença de potenciais transmissores de doenças como malária, dengue, febre amarela, leishmaniose e doença de Chagas. Mesmo após a construção da Usina, esse processo tem constatado que a operação da Usina Hidrelétrica de Aimorés não influencia na variação do número de mosquitos encontrados, principalmente no trecho de vazão reduzida do Rio Doce. Resultados desse estudo demonstram que, na verdade, o número de mosquitos tem diminuído.
A Usina de Aimorés realiza periodicamente a análise da qualidade da água do reservatório e do canal de adução. Essa análise começou a ser feita antes da construção da barragem e, de tempos em tempos, é repetida para
observar as alterações físicas, químicas e bacteriológicas da água. Os estudos têm mostrado que não ocorreu alteração significativa da qualidade da água depois da instalação da Usina.
Em Aimorés, a Usina reestruturou o antigo lixão, que foi transformado em um aterro sanitário. Esse investimento contribuiu muito para o meio ambiente, pois evita a poluição do solo e da água e a proliferação de insetos e animais transmissores de doenças. A Usina de Aimorés já repassou a estrutura para o município, com licenciamento do IBAMA e com equipamentos que permitem a operação do aterro: compactadores de lixo, caminhão basculante, trator de esteira e retroescavadeira, além dos Equipamentos de Segurança Individual (EPI) para os funcionários. E, ainda, garantiu assistência técnica e monitoramento do aterro durante dois anos.
A Usina Hidrelétrica de Aimorés investe em educação ambiental através de ações na comunidade e projetos de meio ambiente. A partir da construção do Sistema de Transposição de Peixes (STP), a Usina contribui para a conservação dos peixes encontrados na área em que está localizada, reforçando com isso a sua atuação junto ao meio ambiente. Conhecido como
“escada para peixes”, o STP é uma estrutura de pequenos tanques alinhados em forma de escada, que possibilitam que os peixes ultrapassem os obstáculos formados por barragens nos rios, continuando normalmente a sua rota.
A Usina Hidrelétrica de Aimorés implantou esse sistema em sua barragem principal, para manter o ciclo de reprodução dos peixes, chamado de piracema (fenômeno da subida dos peixes para o alto dos rios à procura do melhor local para a reprodução das espécies). Para comprovar a eficiência do STP, a Usina Hidrelétrica de Aimorés contratou uma equipe com o objetivo de monitorar o comportamento dos peixes que passam pelo sistema. O monitoramento dessas espécies é possível graças ao uso da marcação, método que permite a coleta de dados sobre os peixes capturados nesse trecho do rio, assegurando a análise e a avaliação do processo migratório desenvolvido por cada um deles.
Nesse trabalho, a equipe da Usina Hidrelétrica de Aimorés conta sempre com o apoio e a cooperação dos pescadores e das comunidades locais, que contribuem com a captura das espécies a serem monitoradas. A Usina Hidrelétrica de Aimorés desenvolve um projeto de manutenção da atividade
pesqueira. Através de convênios e acordos, os pescadores cadastrados das cidades da área de influência da Usina receberam equipamentos e materiais de pescaria para a atividade em reservatório, através de uma carta de crédito destinada também a aquisição de meio de transporte, barco e congelador. O projeto inclui a construção de um espaço para estocagem do pescado e apoio para o fortalecimento das associações.
