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PLANEJANDO E REFLETINDO SOBRE METODOLOGIAS VIVECIANDAS NO PIBID/IFES/MATEMÁTICA AUTORES RESUMO

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Academic year: 2021

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PLANEJANDO E REFLETINDO SOBRE METODOLOGIAS VIVECIANDAS NO PIBID/IFES/MATEMÁTICA

AUTORES

João Paulo Nunes Milanezi, IFES, joaopaulomilanezi@yahoo.com.br Lauro Chagas e Sá, IFES, proflaurosa@gmail.com

Sandra Aparecida Fraga da Silva, IFES, sandrafraga7@gmail.com

RESUMO

Este trabalho apresenta uma experiência de alunos de Licenciatura em Matemática no PIBID/IFES, desde o planejamento das atividades executadas até reflexões críticas sobre o processo vivenciado. Essa reflexão crítica serviu para aprendizagem dos bolsistas, que perceberam relações entre dificuldade, atividades orientadas e aprendizagens de alunos e que utilizaram tais dados para ajudar na construção do conhecimento do aluno, os bolsistas observaram que é necessário refletir criticamente sobre suas práticas.

Palavras-chave: Planejamento, reflexão, ensino e aprendizagem da matemática.

ABSTRACT

We present an experience of students from the graduation in matemathics in the PIBID/Federal Institute of Technology of ES-Ifes with different methodologies, from the lesson planing to critical reflections about the experience they had. This reflection contributed to the formation of the scholars, so they could notice the relations between difficulties, oriented activities and students learning. The data observed helped in the building of the pedagogical and mathematical knowledge. We concluded that the methodolgy adopted in the project PIBID/IFES MATEMÁTICA is valid for the scolars to reflect criticaly about their practices.

Key-words: Lesson Planing, Reflexion, teaching and learning of mathematics, PIBID

1 Introdução

O Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) da área de matemática do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) Campus Vitória tem por

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objetivo inserir os licenciandos no ambiente escolar e proporcionar momentos de observação, investigação, planejamento, ensino e aprendizagem numa dinâmica de reflexão crítica sobre esse processo. O que apresentamos neste trabalho é uma experiência com atividades vivenciadas a partir da identificação de dificuldades de aprendizagem dos alunos do ensino médio. O objetivo deste artigo é enumerar algumas metodologias vivenciadas no PIBID/IFES

O início de nossa atuação em uma escola estadual no município de Vitória como bolsistas do PIBID ocorreu em julho de 2011, consistiu na observação da estrutura da escola, das aulas de matemática, enfim, da rotina escolar. A princípio, ficamos um pouco assustados pela estrutura física da escola, pois a mesma se encontra em local provisório devido à construção de uma nova estrutura. Foram desenvolvidos, ao longo do 2º semestre de 2011, vários tipos de atividades diferentes, observação das aulas, monitoria durante as aulas, atividades com exercícios feitos pelos bolsistas para fixação dos conteúdos dados em sala de aula e resgate de alguns conteúdos que não foram bem assimilados, utilização de material concreto para ajudar á visualização de sólidos tridimensionais e dos conceitos de trigonometria, jogos matemáticos na mostra cultural. Essas atividades eram desenvolvidas na medida em que percebíamos a necessidade a partir da nossa observação.

A observação das aulas foi a primeira etapa e, a nosso ver, uma das mais importantes atividades feitas, pois com ela conseguimos ver a realidade da sala de aula, vivenciamos alguns episódios que, de dentro da sala de aula da faculdade não teríamos a chance de ver. Com essa observação identificamos algumas dificuldades dos alunos com a matemática básica, conceitos que já deveriam estar construídos e consolidados e não estavam, a partir desta observação conseguimos entender como era o trabalho da professora supervisora, que tinha que a todo instante, voltar a conteúdos anteriores e explicar algumas coisas que os alunos já deveriam saber.

2 Analisando, Planejando e Atuando

Como exposto acima, umas das atividades que desenvolvemos foi a de monitoria, durante as aulas do 1º Ano, onde conseguimos diagnosticar em quais conteúdos os alunos tinham dificuldades para que, então, começássemos a refletir

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no que fazer para ajudar. Através da experiência de atender individualmente, pudemos verificar qual seria a melhor estratégia que possibilitasse a construção do conceito por parte do aluno. Compartilhamos da opinião Grillo (2001) quando a autora afirma que essa reflexão sobre a docência bem sucedida é uma forma provável de cada professor (re) construir um conhecimento particular que por sua vez venha a subsidiar a melhoria de sua própria pratica.

De acordo com a visão de formação docente apresentada em Fiorentini Castro (2001),

os saberes experienciais dos professores não se constituem isoladamente na pratica. Emergem do dialogo que o professor estabelece entre o que presencia na prática escolar e o que sabe, estudou e aprende na interlocução com a literatura educacional e com os outros sujeitos da prática educativa (p. 126)

A partir da reflexão inicial, resolvemos planejar listas de exercícios objetivando a fixação dos conteúdos e para sanarmos as dúvidas de conteúdos anteriores. As listas foram planejadas em concordância com as dúvidas apresentadas nas aulas e nas monitorias. Durante o planejamento das listas, procuramos conciliar o conteúdo que a professora supervisora estava lecionando com as duvidas de assuntos anteriores.

Nas monitorias com o terceiro ano, observamos que poucos alunos conseguiam imaginar os sólidos geométricos, desenvolver a visualização e interpretá-la e distinguir o que é aresta, altura, volume e área. Baseados nessa análise, resolvemos utilizar material concreto para ajudá-los, escolhemos uma atividade com canudos, onde construímos pirâmides e simultaneamente explicamos e apresentamos seus elementos. Outros exemplos de pirâmides foram levados à escola. Essas pirâmides foram emprestadas do Laboratório de Ensino de

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Matemática do Ifes/Vitória e foram escolhidas aleatoriamente, ou seja, tais pirâmides eram de tamanhos e formas diferentes. Essa proposta surgiu a partir de uma oficina de sólidos geométricos organizada pela coordenadora de área no laboratório de matemática. Em sala de aula, notamos que os alunos souberam identificar os elementos das pirâmides.

Uma segunda atividade desenvolvida foi a de construção e uso do teodolito e do clinômetro, na qual os alunos foram instigados a resolver, usando esses instrumentos, situações que poderiam acontecer na escola. Um dos objetivos dessa atividade era mostrar aos alunos que a trigonometria pode ser utilizada como ferramenta diária no dia a dia.

Na ultima semana de setembro de 2011, a escola promoveu uma Mostra cultural, na qual os bolsistas ficaram responsáveis por ajudar os alunos com jogos matemáticos. Foram escolhidos jogos como o Tangram, o Jogo da velha 3D, Jogos de logica usando palitos de dente, Mancala e Torre de Hanói. Para a Mostra Cultural, cada bolsista ficou responsável por providenciar e ensinar um jogo. Durante a maior parte do tempo, a sala com os jogos matemáticos ficou cheia de alunos e professores de diferentes séries e disciplinas. Com os jogos escolhidos queríamos desenvolver o raciocino logico dos participantes e mostrar, conforme sugere Brasil (1998), que a matemática pode ser algo interessante e divertido.

3 Reflexão crítica sobre o processo vivenciado

O PIBID tem nos proporcionado algo novo, já que não tínhamos nenhuma experiência com sala de aula. Inicialmente, estávamos um pouco assustados com as dificuldades apresentadas pelos alunos, principalmente com multiplicação, divisão, potência, que deveriam ser conteúdos bem sistematizados no Ensino médio. Esse choque de realidades nos traz grande crescimento uma vez que vivenciar e observar algo e se propor a ser um agente de mudança nas situações apresentadas não são fáceis, mas gratificante. Foi a partir da observação das aulas que conseguimos enxergar as verdades que não nos são passadas na graduação, e a partir de uma reflexão crítica é que devemos começar o nosso planejamento, que por sua vez é de suma importância para conseguirmos projetar planos para a construção do conhecimento com os alunos. Em alguns momentos optamos pela estratégia do

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concreto, por mostrar que tal conteúdo não se esgota apenas na aula de matemática, mas que estende para o nosso dia a dia.

Apesar das dificuldades observadas na aplicação das atividades, notamos que os alunos começavam a ver a matemática de forma diferente. Acredito que, nesse processo, aos poucos, diminuímos a crença de que a matemática é um monstro. Ficamos muito felizes e satisfeitos com a participação e motivação dos alunos durante a execução da atividade.

4 Considerações finais

Podemos ressaltar muitos aspectos positivos observados por nós com o desenvolvimento das atividades. Dentre os quais, o interesse dos alunos e a confiança por parte da professora e dos alunos em relação aos bolsistas, tendo em vista que, durante as atividades, os bolsistas foram chamados a todo instante para dirimir dúvidas e auxiliar no processo de reflexão sobre cada resultado obtido. Vimos também o crescimento dos alunos, que cada vez mais, estão perdendo o medo da matemática, estão se arriscando mais, mais confiantes.

Além disso, durante a confecção das listas de exercícios, tivemos várias ideias interessantes de trabalho com as turmas. Ideias essas que ainda não pusemos em prática. Mas nada impede de as tornarmos realidade em oportunidades futuras.

Acreditamos que a matemática possa ultrapassar a fronteiras da escola e que possa ajudar na construção de indivíduos melhores para a sociedade.

5 Referências

BRASIL; Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Matemática. Brasília: Ministério da Educação, 1998.

FIORENTINI, D.; CASTRO, F.C. tornando-se professor de matemática: o caso de allan em pratica de ensino em estagio supervisionado. FIORENTINI, D. Formação de professores de matemática: Explorando novos caminhos com outros olhares.

Campinas-SP: Marcado de Letras, 2003. p.121-156.

GRILLO, M. Pratica docente: Referência para formação do educador. In: CURY, H.N. Formação de professores de matemática: Uma visão multifacetada. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001. p 29-47.

Referências

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