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1. A contextualização no ensino de Química através do livro didático

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

FACULDADE DE QUÍMICA

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA - MODALIDADE À DISTÂNCIA

1.

A contextualização no ensino de Química através do

livro didático

2.

O uso de analogias no ensino de modelos atômicos;

3.

O ensino de Ciências na 5ª série através da

experimentação.

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Trabalho apresentado na disciplina INSTRUMENTAÇÃO PARA O ENSINO DE QUIMICA como parte integrante da atividade avaliativa.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

FACULDADE DE QUÍMICA

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA - MODALIDADE À DISTÂNCIA

Alessandro Dias Soares

Jucérlia de Jesus Oliveira Almeida

Soraia de Cassia Abreu Santos

Poliana Pereira Romualdo da Silva

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TEXTO 01: A CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE QUIMICA ATRAVES DO LIVRO DIDATICO

Não há nada no mundo físico ou social que, em princípio, não possa ser relacionado aos conteúdos curriculares da Educação Básica. É, portanto, inesgotável a quantidade de contextos que podem ser utilizados para ajudar os alunos a darem significado ao conhecimento. O conhecimento científico deve ser caracterizado como produto da vida social, marcado pela cultura da época, como parte integrante, influenciando e sendo influenciado pelos outros conjuntos do conhecimento. Este aspecto cultural da Ciência está nas ideias de autores como Zanetic (1989) e Pierson (1997), que caracterizam a linha de pesquisa que defende que a transformação no ensino das ciências implica a renovação do conteúdo programático tradicional e não somente a melhoria das abordagens metodológicas.

Historicamente, a educação brasileira vem sendo determinada por alguns mecanismos de homogeneização do trabalho educativo, seja através de políticas públicas, de instituições sociais, dos meios de comunicação de massa, de ideologias políticas e culturais, como também da própria instituição escolar. Neste sentido, os livros didáticos(LD) são importantes mecanismos na homogeneização dos conceitos, conteúdos e metodologias educacionais (Lajolo, 1996). A importância do LD não se restringe aos seus aspectos pedagógicos e às suas possíveis influências na aprendizagem e no desempenho dos alunos. O entendimento do significado da contextualização é fundamental para que se possam desenvolver estratégias de ensino que favoreçam o preparo para o exercício da cidadania. Nos PCNEM (Brasil, 1999a e 1999b), a contextualização é estabelecida como um dos princípios para a organização do currículo por meio de temas da vivenciados alunos. A abordagem temática, no ensino de Química, tem sido recomendada com o objetivo de formar o cidadão.

Aspectos relacionados à contextualização já faziam parte da proposta pedagógica de Freire (1990), quando este discutiu o papel da problematização no processo pedagógico de ensino de “temas geradores”. Em Freire (1983), o papel da problematização na compreensão dos alunos sobre os temas, ou seja, a cultura primeira, é ressaltado e de algum modo se relaciona aos fatores que configuram o contexto. Para ele, o processo de construção do conhecimento, no sentido da superação dessa cultura primeira, passa pela codificação-problematização-descodificação, para assim superar obstáculos do conhecimento empírico, oriundo de sua vivência. Para Freire(1983), o conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção. Educar é conhecer, é ler o mundo para poder transformá-lo. Conhecer não é acumular conhecimentos, conhecer implica mudança de atitudes, saber pensar e não apenas assimilar conhecimentos.

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contextualização. A palavra encontrada que mais se aproxima do termo contextualizar é contextuar, que etimologicamente significa enraizar uma referência em um texto, de onde fora extraída, e longe do qual perde parte substancial de seu significado. Neste caso, contextualizar o ensino significa incorporar vivências concretas e diversificadas, e também incorporar o aprendizado em novas vivências. Contextualizar é uma postura frente ao ensino tempo todo, não é exemplificar.

Objetivos do estudo

Livros usados como material de ensino não são novidades, uma vez que há séculos isto vem ocorrendo. Comenius foi o primeiro “pedagogo” a insistir na importância de certas características que tornariam alguns livros mais apropriados para a transmissão de conhecimentos. Sabemos que é muito difícil avaliar a eficiência e a eficácia de um LD. É difícil saber o quanto um livro ensina e como dois livros diferentes diferem na sua capacidade de ensinar. No entanto, é possível chegar a um acordo a respeito dos objetivos do ensino, da metodologia empregada, se segue ou não determinada teoria da aprendizagem.

Este estudo tem como objetivo:

i) Identificar como a contextualização do conhecimento químico é efetivada nos LD; ii) Identificar concepções acercado significado do termo contextualização

Procedimentos metodológicos

Dada a preocupação em compreender a forma que autores e editores de LD dão significado ao termo contextualização, vemos o LD como um meio de serviço de um processo geral de transmissão de modos de pensar e agir, modos estes que expressam objetivamente a visão de mundo de um grupo. O critério usado, nesta pesquisa, para a escolha dos LD considerou o fato de estarem disponíveis para análise. Foram solicitados exemplares das coleções às editoras que colocaram no mercado novas coleções após as novas Diretrizes Curriculares Nacionais. Realizamos a análise de todas as coleções de LD que nos foram enviadas pelas editoras, editadas entre os anos de1999 e 2002. Concentramos nossa análise em três aspectos para identificarmos a concepção do termo contextualização nos LD, como descrito a seguir. Primeiro aspecto

Identificar nos LD palavras ou termos que contextualizassem o conhecimento químico que classificamos em três categorias:

i) Informações de caráter químico;

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Verificar, em cada categoria de análise, se as palavras e/ou termos usados como forma de contextualizar o conhecimento químico:

i) Estão presentes no início dos capítulos, se são usados como tema motivador para provocar o interesse nos alunos;

ii) São usados como fio condutor do conhecimento químico, ou seja, os conceitos científicos usados como instrumentos para a compreensão do contexto;

iii) Aparecem nos textos como exemplos, permitindo uma associação entre os conceitos abordados com fatos do cotidiano;

iv) Aparecem no final, como complemento. Terceiro aspecto

Criar, para cada categoria de análise, subcategorias que nos permitissem identificar se a contextualização do conhecimento químico identificada no LD.

i) É utilizada como uma forma de motivar e provocar o interesse dos alunos; ii) Relaciona o conhecimento científico com temas sociais, ambientais e econômicos;

iii) Permite um questionamento do senso comum dominante na sociedade, proporcionando ao educando uma mudança de atitude.

Por palavras e/ou termos que contextualizam o conhecimento químico, consideramos ilustrações de substâncias do cotidiano dos estudantes que tenham relação com o conceito químico abordado. Como exemplo de informações de caráter químico que tenham relação com o conceito científico abordado foram consideradas termos como; O 2,2,4-trimetilpentano, conhecido como isoctano, é encontrado na gasolina e utilizado como padrão para medira qualidade do combustível (LD7, p. 49).

Por ideias do senso comum traduzidas em conhecimento científico foram consideradas colocações como;

A medida do pH do solo é muito importante na agricultura. De fato, cada vegetal cresce melhor em um determinado valor de pH.

E como exemplo de processos produtivos e/ou ambientais traduzidos em termos químicos;

Curtimento significa submeter as peles a tratamento tais que as tornem resistentes à água e ao apodrecimento. Existem três tipos de curtimento: vegetal, mineral e a óleo, também chamado de acamurça-mento.

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A primeira etapa desta pesquisa consistiu na identificação de termos e/ou palavras que contextualizassem o conhecimento químico e de sua função no capítulo. Em um segundo momento, foi realizada a análise dos termos cruzando-se dados quantitativos com dados qualitativos, de modo a otimizar uma maior variação possível entre as categorias.

Resultados e discussão

Os resultados desta investigação apontam que em média 80% dos termos referentes à contextualização se referem às informações de caráter científico relacionadas ao cotidiano, isto é, procuram estabelecer uma conexão entre o conhecimento químico e suas possibilidades de aplicação na vida prática. Por fio condutor consideramos os que trazem para o estudante problemas ambientais, sociais ou industriais ligados à Química e a partir deles é dada uma visão geral do problema, por meio de atividades, do tratamento de conceitos químicos e do uso da linguagem científica, de forma a proporcionar ao estudante uma nova leitura do problema, ampliando-o, decerto modo fazendo com que o alunos e posicione, buscando uma tomada de decisão.

Na análise de como é abordada a contextualização nos LD, identificamos que 91% dos termos referem-se a abordagens com o objetivo de motivação, procurando facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Não identificamos uma abordagem que permitisse ao usuário do LD um questionamento do senso comum dominante na sociedade, propiciando uma mudança de atitude, ou seja, uma abordagem que proporcione ao estudante uma nova leitura do problema, ampliando-o, e de certo modo fazendo com que o aluno se posicione.

Pudemos constatar em nossa análise que a contextualização nos LD é abordada segundo as seguintes concepções:

i) Contextualização como descrição científica de fatos e processos do cotidiano do aluno;

ii) Contextualização como estratégia de ensino-aprendizagem para facilitar a aprendizagem.

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Nosso estudo evidencia a existência de diferentes concepções para o termo contextualização nos LD. Uma tendência de entender a contextualização mais como descrição de fatos e processos do cotidiano do aluno e outra tendência que entende contextualização como estratégia de ensino-aprendizagem facilitadora da aprendizagem dos alunos. Isto demonstra a necessidade de um maior estudo do que se pretende com o princípio da contextualização nos documentos oficiais, como os PCNEM, que deveriam servir como parâmetros para a efetivação da contextualização nos LD, já que juntamente com a interdisciplinaridade são os princípios básicos da reforma no Ensino Médio.

TEXTO 02: O USO DE ANALOGIAS NO ENSINO DE MODELOS ATÔMICOS

Leandro Londero da Silva Eduardo A. Terrazzan

O trabalho trás a análise das seguintes problemáticas: Em que medida os análogos utilizados podem ser considerados familiares aos alunos? As atividades didáticas baseadas em analogias mostraram-se eficazes no ensino destes modelos atômicos? Sendo que as investigações foram divididas em quatro etapas. Como resposta as investigações, sugestiona-se que as analogias são importantes para a compreensão de conteúdos conceituais.

Considerações iniciais

A História da Ciência está repleta de exemplos de cientistas que fizeram uso de analogias no entendimento de fenômenos não observáveis.

Compreende-se que o conhecimento adequado da estrutura da matéria é de grande importância para a correta compreensão de fenômenos físicos. Logo, os estudantes ao trabalharem com este assunto poderão ter dificuldades de entenderem como é constituído a matéria, devidos os conceitos teóricos se relacionarem a este.

Dessa maneira, uma analogia pode ser definida como uma comparação entre dois conceitos/fenômenos/assuntos que mantém uma certa relação de semelhança entre ambos. Sendo assim, os elementos que constituem uma analogia são: o análogo, o alvo e as relações análogas.

Propósito da investigação

Investigar o uso de analogias, no ensino dos modelos atômicos de Thompson, Rutherford e Bohr, tendo como análogos um pudim de ameixas, o sistema planetário e livros alocados em uma estante, respectivamente.

Quanto as questões de pesquisa

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• Em que medida os análogos utilizados podem ser considerados familiares aos alunos?

• As atividades didáticas baseadas em analogias mostraram-se eficazes no ensino destes modelos atômicos?

Metodologia da Investigação

Foram selecionadas as analogias a serem utilizadas. Após ser analisada o grau de familiaridade dos alunos com as situações análogas. Foram analisados 89 alunos de 3ª série de 03 escolas, foram submetidos a um questionário escrito, mediante o qual deveriam indicar se as situações apresentadas lhes eram familiares ou não e assim apresentar justificativas para isso.

Com isso, os resultados obtidos, foi possível implementar as atividades didáticas baseadas em analogias utilizando como análogos as situações apresentadas no questionário.

Após implementação dessas atividades nas turmas foram realizados questionários e para análise das implantações foi feita utilizando-se como instrumentos de coleta de dados a produção escrita dos alunos.

Resultados

Em relação à familiaridade dos alunos com as situações apresentadas: verificou-se que os alunos consideram como familiares apenas as situações que vivenciam, pois, mesmo conhecendo alguns elementos presentes em determinadas situações, eles não as consideram como familiares se elas não forem vivenciadas.

Em relação as atividades didáticas baseadas em analogias: essas atividades contribuíram na organização das analogias utilizadas, valorizando as características presentes tanto na situação alvo quanto na análoga.

Quanto a tarefa de estabelecimento de correspondências entre análogo e alvo, no geral, os alunos explicitaram a maioria das relações análogas.

Quanto aos limites de validade das analogias, os alunos perceberam as falhas apresentadas e dessa forma, elaboraram novo modelo.

Para uma síntese conclusiva sobre o alvo, muitos alunos apresentaram em suas explicações os análogos utilizados nas atividades, juntamente com aspecto do alvo. Com essa ocorrência pode-se tornar um obstáculo ao avanço da aprendizagem. Considerações Finais

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E dessa maneira, conclui-se que, os resultados sugerem que as analogias são importantes na aprendizagem de conteúdos conceituais.

TEXTO 03: O ENSINO DE CIÊNCIAS NA 5ª SÉRIE ATRAVÉS DA EXPERIÊNCIA

O presente artigo descreve uma estratégia de ensino aplicada em escolas particulares da cidade do Rio de Janeiro, nos anos de 2005 e 2006, que envolve experimentação, apresentação de resultados na forma de um relatório e exposição através de slides para toda a turma. Essa metodologia pode ser resumida em uma experimentação, que leva ao desenvolvimento da teoria e permite a construção de conhecimentos baseados em pesquisas científicas, realizadas em grupo, para que haja uma maior interação entre os alunos. Além do que, os alunos devem preparar um relatório e uma apresentação, para que possam sistematizar e sintetizar o conhecimento desenvolvido com os trabalhos. Os alunos avaliavam os outros grupos, a fim de ter a possibilidade de refletir e criticar posturas e informações que consideravam incorretas em seus colegas, prática que efetivamente constrói o conhecimento do aluno, uma vez que não há como criticar o aluno.

Os conteúdos ensinados e as estratégias utilizadas em sala de aula são estímulos para o desenvolvimento da Educação Científica, e permite ao aluno um melhor acompanhamento na evolução da Ciência, as transformações que ocorrem na natureza e a história do homem. A construção de novos conhecimentos deve sempre partir do conhecimento prévio dos alunos, mesmo que intuitivos e derivados, levando-se em consideração que o processo de aprendizagem implica a delevando-sestruturação e conseqüente reformulação dos conhecimentos através do diálogo e reflexão (Moraes, 1998). Os resultados comprovam a eficiência da metodologia e demonstram desenvolver pré-requisitos essenciais na formação do Ensino Científico do aluno. A prática em sala de aula deve ser discutida tendo como alvo à aplicação efetiva do ensino de ciências nas escolas.

Como estamos vivendo uma era de globalização da informação, não temos tempo nem incentivo para entender e experimentar as informações, pois as informações são substituídas por outras a todo o momento. Esse excesso de informação dificulta as possibilidades de experimentação, especialmente dentro da escola, onde a fragmentação do conhecimento nas disciplinas e o volume de informações nos currículos distanciam a experiência do pensamento crítico nas práticas escolares. No ensino de ciências, por exemplo, os alunos geralmente têm dificuldades em relacionar a teoria vista na sala de aula com a realidade ao seu redor.

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Referências

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