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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

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Academic year: 2021

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CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

QUALIDADE DOS RELATÓRIOS AMBIENTAIS SIMPLIFICADOS DE EMPREENDIMENTOS EÓLICOS

Yanne Beatriz da Silva Soares

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QUALIDADE DOS RELATÓRIOS AMBIENTAIS SIMPLIFICADOS DE EMPREENDIMENTOS EÓLICOS

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental.

Orientador(a): Professor(a) Joana Darc Freire de Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Coorientador(a): Professor(a) Giovana Cristina Santos de Medeiros Universidade Federal do Ceará (UFC)

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Soares, Yanne Beatriz da Silva.

Qualidade dos relatórios ambientais simplificados de

empreendimentos eólicos / Yanne Beatriz da Silva Soares. - 2021. 37f.: il.

Monografia (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Ambiental, Natal, 2021.

Orientadora: Dra. Joana Darc Freire de Medeiros.

Coorientadora: Dra. Giovana Cristina Santos de Medeiros.

1. Microrregiões Monografia. 2. Avaliação de impactos Monografia. 3. Relatórios Ambientais Simplificados (RAS) -Monografia. I. Medeiros, Joana Darc Freire de. II. Medeiros, Giovana Cristina Santos de. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 628.3

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QUALIDADE DOS RELATÓRIOS AMBIENTAIS SIMPLIFICADOS DE EMPREENDIMENTOS EÓLICOS

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________ Dra. Joana Darc Freire de Medeiros – Orientadora Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

_______________________________________ Me. Giovana Cristina Santos de Medeiros - Coorientadora

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_______________________________________ Dra. Hérika Cavalcante Dantas da Silva

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

_______________________________________ Me. Carlos Alberto Nascimento da Rocha Júnior Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

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Inicio meus agradecimentos às duas pessoas mais importantes da minha vida: Minha mãe, Margarida Maria e minha irmã, Bárbara Soares, que nunca mediram esforços para me apoiar e aceitar todas as minhas decisões e fases da minha vida. Sem elas, nada faria sentido. Agradeço à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela oportunidade de todo o conhecimento adquirido através de maravilhosos e competentes professores.

Agradeço à minha orientadora Dra. Joana Darc Freire de Medeiros e minha coorientadora Ma. Giovana Cristina Santos de Medeiros, por toda paciência, incentivo e conhecimento ao longo do desenvolvimento do meu Trabalho de Conclusão de Curso. Aos membros da banca, Dra. Hérika Cavalcante Dantas da Silva e Me. Carlos Alberto Nascimento da Rocha Júnior por aceitarem contribuir com o meu trabalho.

A todos os amigos do curso de Engenharia Ambiental, em especial à Nathália Oliveira, Kaanda Rebeca, Judith Costa, Renato Henrique e Gustavo Medeiros que estiveram presentes durante toda a minha caminhada do curso e fizeram toda a bagagem ser mais leve em todos os momentos.

Agradeço a CRN-Bio Ambiental e Arqueologia, em especial à Raissa Praxedes, Rosiane Cruz, Luciano Medeiros, Silvânia Magalhães, Bárbara Praxedes e a todos os meus colegas de trabalho por me fazer crescer profissionalmente.

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SOARES, Yanne Beatriz da Silva. Qualidade dos Relatórios Ambientais Simplificados de Empreendimentos Eólicos, 2021. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Ambiental, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 2021.

Palavras-chave: Microrregiões; Avaliação de impactos; Relatórios Ambientais Simplificados (RAS).

Orientador: Profª. Dra. Joana Darc Freire de Medeiros RESUMO

___________________________________________________________________________ Mundialmente, o Brasil é um dos países que possuem maiores potenciais renováveis quando se trata de produção de energia através de massas de ar. No Rio Grande do Norte, os parques eólicos em operação encontram-se concentrados, majoritariamente, nas microrregiões da Baixa Verde, Litoral Nordeste e Mossoró-Macau. No entanto, mesmo sendo uma energia renovável, sua produção gera impactos ambientais e é necessário fazer uma avaliação precisa dos impactos ambientais em qualquer empreendimento de geração de energia, principalmente aqueles implantados em locais de grande interesse ambiental. Partindo dessa premissa, o presente trabalho tem como objetivo analisar os Relatórios Ambientais Simplificados (RAS) de empreendimentos de geração de energia eólica instalados no estado do Rio Grande do Norte, com o intuito de avaliar a qualidade dos mesmos e sua capacidade de diagnosticar corretamente a área de estudo e de identificar os reais impactos ambientais ocasionados por estes empreendimentos. Como área de estudo, foram selecionadas 3 microrregiões do estado do Rio Grande do Norte, as microrregiões de Mossoró-Macau, Baixa Verde e Litoral Nordeste, pelo fato de estarem localizadas em ambientes com altos índices de implantação de parques eólicos. Para cada uma delas, foram definidos, aleatoriamente, dois municípios que possuíam empreendimento eólicos licenciados, e em cada município foi escolhido de forma aleatória um empreendimento para ter o estudo ambiental analisado. Como resultado, foi observado que maioria dos RAS apresentam um diagnóstico ambiental não tão detalhado da área, principalmente no que se refere ao meio biótico, comprometendo a identificação dos impactos ambientais de acordo com as características da área, gerando uma descrição dos impactos de forma geral, padronizadas pelo tipo de empreendimento e não com base nos aspectos ambientais presentes na área de estudo.

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SOARES, Yanne Beatriz da Silva. Qualidade dos Relatórios Ambientais Simplificados de Empreendimentos Eólicos, 2021. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Ambiental, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, 2021.

Keywords: Micro-regions, Impact assessment, Simplified Environmental Reports (Relatórios Ambientais Simplificados - RAS).

Orientador: Profª. Dra. Joana Darc Freire de Medeiros ABSTRACT

___________________________________________________________________________ Worldwide, when it comes to energy production via air masses, Brazil is one of the countries that have the most exceptional renewable potential. In Rio Grande do Norte, the wind power ventures in operation concentrate mainly in the micro-regions of Baixa Verde, the Northeast Coast, and Mossoró-Macau. However, even though it is renewable energy, its production generates environmental impacts, making it essential to make an accurate evaluation in any energy generation venture, especially those implemented in places of great environmental interest. Based on this premise, this work aims to analyze the Simplified Environmental Reports (Relatórios Ambientais Simplificados - RAS) of wind power generation ventures deployed in the state of Rio Grande do Norte, to assess their quality and their ability to correctly diagnose the study area and identify the real environmental impacts caused by these ventures. As study area, three microregions were selected in the state of Rio Grande do Norte, the microregions of Mossoró-Macau, Baixa Verde, and Litoral Nordeste, because they are in environments with high rates of deployment of wind power plants. For each one of them, two municipalities that had licensed wind power ventures were randomly defined, and in each municipality, a venture was randomly chosen to have the environmental study analyzed. As a result, it was observed that most of the RAS do not present a detailed environmental diagnosis of the area, especially concerning the biotic environment, compromising the identification of environmental impacts according to the characteristics of the area, which generates a description of the impacts in a general way, standardized by the type of venture and not based on the environmental aspects present in the study area.

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Localização dos municípios que compõem a área de estudo, considerando as microrregiões escolhidas. ... 10 Figura 2: Sequência de processos para chegar à mostra de dados desejável, de acordo com as microrregiões escolhidas. ... 14 Figura 3: Percentual de empreendimentos que atendem as variáveis selecionadas por este estudo para análise do diagnóstico do meio físico. ... 21 Figura 4: Percentual de empreendimentos que atendem as variáveis selecionadas por este estudo para análise do diagnóstico do meio biótico - fauna. ... 23 Figura 5: Percentual de empreendimentos que atendem as variáveis selecionadas por este estudo para análise do diagnóstico do meio físico - flora. ... 24 Figura 6: Diagnóstico do Meio Socioeconômico. ... 25

ÍNDICE DE TABELAS

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 8

2. MATERIAL E MÉTODOS ... 9

2.1. ÁREA DE ESTUDO ... 9

2.1.1. Microrregião Mossoró-Macau ... 11

2.1.2. Microrregião Baixa Verde ... 12

2.1.3. Microrregião Litoral Nordeste ... 13

2.2. ANALISE DOS RAS ... 14

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 18

3.1. DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO ... 21

3.2. MEIO BIÓTICO - FAUNA ... 23

3.3. MEIO BIÓTICO - FLORA ... 24

3.4. MEIO SOCIOECONÔMICO ... 25

3.5. IMPACTOS AMBIENTAIS ... 27

3.6. MEDIDAS MITIGADORAS/POTENCIALIZADORAS ... 30

4. CONCLUSÃO ... 33

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1. INTRODUÇÃO

A produção da energia eólica, por ser uma fonte de produção de energia renovável, está diretamente associado ao conceito do desenvolvimento sustentável, no qual, este que visa satisfazer as necessidades da geração presente, sem comprometer a possibilidade de satisfação das gerações futuras (COSTA, 2015).

Segundo Campelo et al. (2020), as fontes de energia alternativa, conhecidas popularmente como verde ou energia limpa, despertaram uma preocupação crescente com os problemas ambientais, visto que estas possuem o propósito de mitigar o impacto do consumo energético procedente dos combustíveis fósseis.

Existem dois tipos de energias, atualmente conhecidas como: renováveis (permanentes) e não renováveis (temporárias). As renováveis são assim definidas por possuírem capacidade de regeneração, que não se esgotam, como o sol, vento, mar, e as não renováveis assim chamadas por serem limitadas, ou seja, possuem tempo para recuperação ou renovação, como é o caso do carvão mineral, petróleo, gás natural e entre outros (AZEVEDO et al., 2016).

Mundialmente, o Brasil é um dos países que possui maiores potenciais renováveis quando se trata de produção de energia através de massas de ar, sendo a média global de produção de energia eólica encontra-se em torno de 28%, o qual 40% correspondente à produção brasileira, especialmente a região nordeste em que registra-se 70% da capacidade da geração de energia eólica nacional (FERNANDES e ARRAIS JUNIOR, 2017). O potencial estimado para geração de energia eólica no Nordeste é em torno de 75 GW/ano. As principais regiões responsáveis por isso estão entre o Rio Grande do Norte e o Ceará, o litoral e no interior da região Sul do Piauí e o centro da Bahia (COSTA, 2015). Atualmente, há um grau de implantação de empreendimentos de geração de energia eólica cada vez mais significativo a nível espacial no Nordeste brasileiro (CAMPELO et al., 2020). Em 2019, o maior fator de capacidade1 médio correspondem ao Maranhão (49,7%), Bahia (49,1%), Pernambuco (47,1%), Piauí (44%) e Rio Grande do Norte (39,6%) (ABEEÓLCIA, 2019). Essa expansão e diversificação do setor energético promovem transformações não apenas na esfera ambiental, mas também nos campos econômicos e sociais, tanto de forma global, regional e local (COSTA, 2015).

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microrregião do Litoral Nordeste; de Galinhos, Guamaré, Macau e São Bento do Norte, situados na microrregião de Macau (ARAÚJO, 2015).

A expansão do setor eólico no estado do Rio Grande do Norte a partir do uso corporativo do seu território fez surgir diversos conflitos territoriais envolvendo as empresas do setor, o Estado e as populações locais. Araújo (2015) relata que no ano de 2012 a população do município de Galinhos realizou uma mobilização contra a execução do projeto de implantação de um parque eólico, nas dunas da região, que previa instalação de 35 aerogeradores em área de 719 ha. A reivindicação da população, visava a preservação da área de dunas, e temiam a poluição visual da região. Os autores também relataram que situação semelhante ocorreu em Macau, em que os moradores foram afetados com problemas diversos quanto à poluição visual, causada pelo conjunto de aerogeradores; mudança de caminhos dos itinerários feitos pelos pescadores artesanais, devido à proibição de circular por lugares próximos das turbinas eólicas. Partindo da premissa da exposição da população quanto aos impactos ambientais da implantação de empreendimentos eólicos, surge a problemática do presente trabalho: os estudos ambientais que subsidiam os processos de licenciamento ambiental de projetos eólicos, fazem um bom diagnóstico ambiental (meio físico, biótico e socioeconômico) da área de interesse e descrevem corretamente os impactos ambientais?

O presente trabalho tem como objetivo analisar os Relatórios Ambientais Simplificados (RAS) de empreendimentos de geração de energia eólica instalados no estado do Rio Grande do Norte, com o intuito de avaliar a qualidade do mesmos e sua capacidade de diagnosticar corretamente a área de estudo e de identificar os reais impactos ambientais ocasionados por estes empreendimento.

2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. ÁREA DE ESTUDO

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de parques eólicos. De acordo com Costa (2015), o primeiro parque eólico instalado no Estado do Rio Grande do Norte foi no município de Macau, com geração de 1,8M e o terceiro no município de Guamaré com produção de 561,1MW. Vinte e sete municípios distribuídos no Rio Grande do Norte possuíam empreendimento eólicos instalados, sendo o município de João Câmara, com 22 parques eólicos instalados, o de maior representação, seguido do município de Parazinho (21 parques), Pedra Grande e Guamaré (8 parques), Areia Branca (6 parques), Ceará-Mirim (5 parques), São Miguel do Gostoso e São Bento do Norte (3 parques), Rio do Fogo, Macau, Galinhos e Lagoa Nova (2 parques) e Brejinho (1 parque).

Em cada uma das regiões selecionadas, foram definidos, aleatoriamente, dois municípios que possuíam empreendimento eólicos licenciados. (Tabela 1 e Figura 1). e em cada município foi escolhido de forma aleatória um empreendimento para ter o estudo ambiental analisado.

Tabela 1: Municípios das microrregiões de estudo. Mossoró-Macau Baixa Verde Litoral Nordeste

Macau Parazinho São Miguel do

Gostoso

Guamaré João Câmara Touros

Fonte: Próprio Autor

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Fonte: Adaptado de Silva (2017).

2.1.1. Microrregião Mossoró-Macau

Os municípios da microrregião Mossoró-Macau, possuem um clima muito quente e semi-árido, com estação chuvosa atrasando-se para o outono (CPRM, 2005). As condições ambientais não diferem das demais áreas do Nordeste semiárido, no que corresponde às precipitações. Mais de 50% das chuvas da microrregião precipitam em apenas dois meses e considerando um período de quatro meses, é possível registrar uma precipitação de 80%, proporcionando um longo e intenso período seco com duração provável de 8 a 10 meses. As temperaturas são elevadas (27,2°C), possui relevo plano e incidência de ventos alísios. (FIGUEIREDO, 2021).

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mais baixas e espalhadas, como jurema preta, mufumbo, facheiro, faveleiro, xique-xique e marmeleiro (CPRM, 2005).

No que concerne sobre a população da microrregião, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), embora 64% da população seja de representação urbana, no ano de 2000 (17.616 hab) a 2010 (27,.24 hab) a população rural apresentou um crescimento de 55%, o que pode ser justificado pelas novas atividades de energia eólica desenvolvidas na região, servindo de fator atrativo da população.

Quanto aos dados de emprego formal na microrregião, IBGE (1990) mostra que em média 90% dos empregos são de setores de comércio de micro porte e que do setor de serviços, 84% correspondem a empreendimentos de micro porte e 11% de pequeno porte. No período de 2002 a 2015 o segmento de construção, obras de infraestrutura para energia elétrica demonstrou oscilação no número de empregos formais fornecidos, sendo o ano de 2004 (593 empregos) atingindo o mais elevado número de empregos formais, sendo no referido ano o início da construção de parques eólicos na microrregião de apreço.

2.1.2. Microrregião Baixa Verde

Assim com a microrregião Mossoró-Macau, a Baixa-verde tem clima predominante muito quente e semiárido, de estação chuvosa atrasando-se para o outono, precipitação pluviométrica anual média de 648,6 mm, sendo o período chuvoso de março a junho, temperatura média anual em torno de 24,7ºC e umidade relativa média anual de 70% (CPRM, 2005).

No que concerne à formação vegetal, segundo a CPRM (2005), é predominante a Caatinga Hipoxerófila – vegetação de clima semi-árido, de arbustos e árvores com espinhos e de aspectos menos agressivo do que a Caatinga Hiperxerófila. As espécies que se destacam são: catingueira, angico, braúna, juazeiro, marmeleiro, mandacaru e aroeira. Quanto ao solo da microrregião é representado por areias quartzosas distróficas, podzólico vermelho amarelo equivalente eutrófico e cambissolo eutrófico (CPRM, 2005).

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Quanto ao perfil populacional, apesar da população urbana crescer mais que a rural, ainda é perceptível grande proporção de ocupação rural na microrregião, correspondendo a 39%. Os municípios de João Câmara e Parazinho, são os mais urbanizados, correspondendo a 70% e 64,77%, respectivamente. Esses dados justificam-se por serem locais mais desenvolvidos quanto a infraestrutura de bens e serviços, atraindo assim a maior formação urbana (IBGE, 1990).

Segundo o IBGE (1990), no que concerne o perfil econômico, os segmentos de administração pública (61%), comércio (14%), serviços (8%) e agricultura (8%) concentram o maior número de empregos formais da microrregião. Em 2012 entrou em operação o primeiro parque eólico da microrregião, no município de João Câmara, que ultimamente é o de maiores números de parque eólico (27 parques), seguido por Parazinho com 22 parques. Esses municípios, que já tinham um setor terciário desenvolvido, serviram de apoio para a economia eólica da microrregião (SILVA, 2017).

2.1.3. Microrregião Litoral Nordeste

A microrregião denominada de “Litoral Nordeste” possui um clima do tipo tropical chuvoso com verão seco e estação chuvosa adiantando-se para o outono, precipitação pluviométrica média anual de 1.069,7 mm, período chuvoso de março a junho, temperatura média anual em torno de 26,5 ºC e umidade relativa média anual de 68% (CPRM, 2005).

A formação vegetal, segundo a CPRM (2005), é de Caatinga Hipoxerófila de mesma características que a microrregião de Baixa-Verde, com destaque, também para as mesmas espécies. Destaca-se também a campo de várzea - vegetação que ocorre nas várzeas úmidas e periferia de cursos d’água, constitui-se, principalmente, por espécies herbáceas da família das gramíneas e cipeáceas. Entre outras espécies destacam-se a baronesa, junco e Periperi. Cerrado – vegetação aberta com predominância de gramíneas intercaladas de árvores e/ou arbustos, que ocorre em áreas de clima tropical. Possuí formação de Praias e Dunas – vegetação nativa fixadora de areias. Suas dunas são estabilizadas ou fixas quando cobertas por vegetação natural e denominada Reserva Ecológica. Quanto as características do solo, são predominantes areias quartzosas distróficas.

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A microrregião Litoral Norte é caracterizada pela população rural com representação de 57% conquanto que a urbana representa 43%, com destaque apenas ao município de Ceará-Mirim, cuja população urbana ultrapassou a rural no ano de 2010. Essa característica é fundamentada pela formação econômica preponderante de produções agrícolas e pesqueiras de subsistência (SILVA, 2017).

Ainda de acordo com Silva (2017) a microrregião Litoral Nordeste, no período de 2002 a 2015, demostrou comportamento econômico de 37,5% para o setor de administração pública, 11,3% comércio, 27,8% serviços e 11,5% agricultura. Diferentemente da microrregiões anteriores, Para a microrregião da Litoral nordeste, não foram identificados informações que pudessem comprovar a influência da instalação de parques eólicos na economia dos municípios e nos empregos da população.

2.2. ANALISE DOS RAS

O presente trabalho analisou Relatórios Ambientais Simplificados (RAS) elaborados para obtenção da Licença Prévia de empreendimentos eólicos, nas microrregiões mencionadas anteriormente, no que se refere aos tópicos do diagnóstico ambiental, impactos ambientais e proposições das medidas mitigadoras.

A fim de selecionar os RAS, foram coletados no site do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA), o número de todos os processos de licenciamento ambiental tramitando no referido Órgão, entre os anos de 2008 e 2021. A partir dos dados obtidos, foram selecionadas uma licenças ambientais para cada um dos municípios selecionados anteriormente.

Os dados coletados foram transferidos para o Excel, de forma que as informações pudessem ser filtradas, visto que estes contemplavam diferentes tipos de licenças emitidas no referido período, desde licença prévia, simplificada, de implantação, de autorização de supressão vegetal, entre outras.

A Figura 2 apresenta um fluxograma do procedimento adotado para chegar à quantidade de licenças necessárias para análises dos resultados.

A Tabela 2 apresenta as características pertinentes aos empreendimentos que tiveram os Relatórios Ambientais Simplificados analisados

(17)

Fonte: Próprio Autor. .

Licenças Ambientais Licenças Prévias Licenças Prévias de

Energia

Licenças Prévias de Energia Eólica

Licenças Prévias por municípios das

microrregiões

(18)

Tabela 2: Características dos empreendimentos selecionados para estudo.

Microrregião Código Empreendedor CNPJ Empreendi

mento Licença Emissão Validade Porte

Quantidade

de Aero Potência Município

Mossoró-Macau

E1

Alto dos Ventos Energia Eólica S.A 20.148.179/ 0001-36 Complexo Eólico Alto dos Ventos (Parque Alto dos Ventos II A - 7Aero - 22.4MW; Parque Alto dos Ventos II B - 6 Aero - 19.2MW) 2017-113873/TE C/LP-0122 13/11/2018 13/11/2019 Médio 13 41.6MW Macau E5 Petróleo Brasileiro S/A 33.000.167/ 0001-01 Parque Eólico Mangue Seco 1 2008-023058/TE C/LP-0140 28/09/2009 28/09/2011 Médio 14 25.2MW Guamaré Baixa Verde E3 Drobreve Energia S/A 10.827.444/ 0001-59 Parque Eólico Iraúna II 2020-150698/TE C/LP-0039 01/09/2020 01/09/2022 Médio 6 27MW Parazinho E4 EDP Renováveis Brasil S.A 09.334.083/ 0001-20 Parque Eólico Aventura I 2011-049458/TE C/LP-0184 19/01/2012 19/01/2014 Médio 13 26MW João Câmara Litoral Nordeste E5 Voltalia Energia do Brasil LTDA 08.351.042/ 0001-89 Parque Eólico Tourinho I 2012-054738/TE C/LP-0077 10/08/2012 10/08/2014 Médio 15 30MW São Miguel do Gostoso E6 SPE CAJUEIRO ENERGIA S/A 10.369.840/ 0001-80 Parque Eólico Cajueiro 2020-150792/TE C/LP-0040 31/08/2020 31/08/2022 Médio 5 22.50MW Touros

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socioeconômicos, bem como os impactos ambientais e as medidas mitigadoras/potencializadoras abordadas nos RAS dos empreendimentos selecionados, foram elaborados três checklists (Tabela 3).

Quanto as variáveis selecionadas para análise dos RAS, quanto ao tópico de diagnóstico ambiental, referente aos meios físicos, bióticos e socioeconômicos estas foram selecionadas com base no que geralmente é solicitado nos Termos de Referência expedido pelo IDEMA, o qual é emitido dependendo do porte, da localização e do potencial de impacto do empreendimento (IDEMA, 2021).

A listagem dos impactos ambientais (Tabela 5) para verificação nos RAS se estes eram citados ou não como possíveis de ocorrer na área de interesse de cada estudo, foi selecionado com base no que geralmente podem ocorrer devido a atividade de implantação de parques esólicos.

Para as medidas mitigadoras analisadas (Tabela 6), essas foram listadas de acordo com os impactos ambientais, medidas que são utilizadas como plano de ação para conter determinado impacto ambiental.

Tabela 3: Variáveis de verificação dos meios físico, biótico socioeconômico, Impactos ambientais e Medidas Mitigadoras/Potencializadoras.

Meios Variáveis

Meio Físico

Temperatura, Insolação, Precipitação, Ventos, Geologia, Pedologia, Recursos Hídricos, Umidade Relativa, Cavidades Naturais e

Balanço Hídrico

Meio Biótico

Fauna: Espécies Ameaçadas, Espécies Endêmicas, Unidades de Conservação, Rotas

Migratórias e Espécies Cinegéticas Flora: Bioma, Fitofisisonomia, Área de Cultivo,

APP, Espécies Endêmicas e Espécies Ameaçadas

Meio Socioeconômico

Aspectos Demográficos, Infraestrutura Social e Organizacional, Uso e ocupação, Patrimônio

Histórico, Cultural e Arqueológico e Comunidades Tradicionais, Indígenas e

Quilombolas Impactos Ambientais

Supressão Vegetal, Alteração da Paisagem, Alteração na Qualidade do ar, Alteração dos Níveis de Ruídos, Afugentamento de Fauna e Intensificação de Processos Erosivos

Medidas Mitigadoras

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Equipamentos de Drenagens e Recuperação de Áreas Degradadas. Fonte: Próprio Autor.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

(21)
(22)

ESTUDOS Total Variáveis E1 (Macau) E2 (Guamaré) E3 (Parazinho) E4 (João Câmara) E5 (São Miguel do Gostoso) E6 (Touros) Espécies Ameaçadas X X X 3 Área de Cultivo X X 2 ME IO S O C IO E C O N Ô MI C O Aspectos Demográficos X X X X X X 6 Infraestrutura Social e Organizacional X X X X X X 6 Uso e ocupação X X X X X X 6 Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico X X X X X 5 Comunidades Tradicionais, Indígenas e Quilombolas X X X 3

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3.1. DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO

No que concerne ao diagnóstico ambiental do meio físico (Tabela 4 e Figura 3), das dez (10) variáveis escolhidas para estudo, observa-se que 100% dos RAS abordaram os tópicos de precipitação, temperatura, insolação, ventos, geologia, pedologia e recursos hídricos, 83% (5 estudos) abordaram o tópico de umidade relativa, 50% (3 estudos) cavidades naturais e 33% (2 estudos) balanço hídrico.

Figura 3: Percentual de empreendimentos que atendem as variáveis selecionadas por este estudo para análise do diagnóstico do meio físico.

Fonte: Próprio Autor.

Foi observado, que mesmo que 100% dos estudos apresentassem informações quanto as variáveis citadas acima, à exemplo do tópico de precipitação, para a região Mossoró-Macau, o estudo realizado no ano de 2017 apresentou uma deficiência de dados, como o caso da abordagem através de um gráfico, de uma série histórica de 3 anos de precipitação da região em comparação como uma normal climatológica de anos antigos (1961 a 1990).

Quanto a importância da abordagem da variável de umidade relativa nos estudos ambientais, que foi observada em apenas 83% dos estudos, essa é de caráter relevante, visto que, segundo Ramos e Seidler (2011) entre os meses de maiores e menores umidades relativas podem ocorrer influências significativas na velocidade dos ventos. Dessa forma, analisar os valores de umidade relativa que ocorrem na região de implantação de um empreendimento,

100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 83% 50% 33% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% % Variáveis

MEIO FÍSICO

Temperatura Insolação Precipitação

Ventos Geologia Pedologia

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possibilita visualizar os meses em que ocorreram maiores e menores umidades, e consequentemente, maior e menor produção de vento, o que influencia na geração de energia. Quanto a ocorrência de cavidades naturais, segundo Jansen; Cavalcanti e Lamblém,

(2012) boa parte do território brasileiro é composta por terrenos propícios à formação de

cavernas. Eles desenvolveram uma metodologia na qual permite identificar o grau de potencialidade de ocorrência de cavernas no Brasil de acordo com a litologia.

Os RAS dos empreendimentos localizados nos municípios de Macau, Parazinho e Touros, que apresentaram o tópico de cavidades naturais, enfatizaram que embora a área apresente um potencial alto ou médio para ocorrência, considerando os litotipos das formações presentes nas regiões, não foram identificados registros de cavidades naturais, de acordo com o CECAV (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas). Os demais estudos realizados nos municípios de Guamaré, João Câmara e São Miguel do Gostoso não mencionaram sequer o tópico de Cavidades Naturais. A classificação das cavidades naturais pode ser realizada de acordo com Jansen; Cavalcanti e Lamblém, (2012).

A classificação das cavidades naturais deveria ser feito nos RAS, no tópico de diagnóstico ambiental do meio físico, pois o levantamento de dados das formações litológicas da região, permite diagnosticar a probabilidade de ocorrência de Cavidades Naturais e assim evitar possíveis danos, à exemplo do consumo de grandes volumes de concreto, para o preenchimento dos alicerces dos aerogeradores, ou mesmo em situação mais grave pelo desmoronamento de tetos de cavidades, podendo levar à queda destes (FREITAS, 2016).

(25)

completas quanto aos dados de clima no geral, observa-se que, os que foram apresentados, estes correspondem as características das microrregiões os quais estão inseridos.

3.2. MEIO BIÓTICO - FAUNA

Das variáveis bióticas faunística listadas para identificação nos RAS dos empreendimentos de estudo (espécies ameaçadas, espécies endêmicas, espécies cinegéticas, unidades de conservação e rotas migratórias), observa-se na Figura 4 que 83% (5 estudos) dos RAS relataram as espécies ameaçadas do município de implantação, 33% (2 estudos) informaram as espécies endêmicas, 17% (1 estudo) diagnosticou as unidades de conservação e rotas migratórias e nenhum estudo (0%) relatou as espécies cinegéticas.

Figura 4: Percentual de empreendimentos que atendem as variáveis selecionadas por este estudo para análise do diagnóstico do meio biótico - fauna.

Fonte: Próprio Autor.

Observando o diagnóstico do meio biótico, nos Relatórios Ambientais Simplificados, verificou-se que a exemplo o RAS do município de João Câmara, os levantamentos dos dados de fauna local eram realizados apenas em informações populares e bibliografias, o que não permite uma precisão de informações quanto à verdadeira diversidade de espécies presentes na área de interesse. 83% 33% 17% 17% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% %

MEIO BIÓTICO - FAUNA

Espécies Ameaçadas Espécies Endêmicas Unidades de Conservação

(26)

Já a metodologia de campo utilizada pela maioria dos estudos, basearam-se em observações diretas, vestígios como penas, ninhos, canos, tocas, bem como entrevistas com os moradores locais, busca ativa; método transecto e observação por ponto fixo.

Os inventários de fauna identificam diretamente a diversidade de uma localidade, em um determinado espaço e tempo. Os dados primários gerados pelos estudos ambientais compõem uma das ferramentas mais importantes na tomada de decisões a respeito do manejo de áreas naturais (SILVEIRA et al., 2010).

A metodologia de estudo aplicada no levantamento de dados de fauna, permite uma maior identificação das espécies da região e consequentemente realizar a classificação destas quanto ao seu grau de endemismo, espécies cinegéticas e/ou ameaçadas de extinção entre outras definições.

Outro ponto importante a ser abordado nos RAS é a informação da existência ou não de rotas migratórias na área de implantação do empreendimento, na análise dos estudos, apenas 17% (1 estudo) abordou o tópico no relatório ambiental, essa variável possibilita identificar as espécies que irão sofrer com a alteração da área e, segundo o ICMBio (2020), os parques eólicos podem incrementar consideravelmente o risco de extinção de espécies longevas com populações pequenas.

3.3. MEIO BIÓTICO - FLORA

No que se refere ao diagnóstico da flora, foi observado nos RAS em estudo, que 100% dos estudos (6) informaram o bioma da região do empreendimento, 83% (5 estudos) relataram a fitofisionomia florística, 67% (4 estudos) apresentaram informações quanto a área de cultivo e 50% (3 estudos) apresentaram informações quanto as Áreas de Preservação Permanente (APP), espécies endêmicas e espécies ameaçadas (Figura 5).

(27)

Fonte: Próprio Autor.

Dois seis RAS analisados, apenas dois, Parazinho e Touros apresentaram informações quanto a todas as variáveis do meio da flora que foram listadas para verificação nos RAS dos empreendimentos no tópico de diagnóstico ambiental. A metodologias descritas nesses estudos, utilizadas para caracterização da flora, correspondem a expedições de campo percorrendo todas as áreas de influência do empreendimento e levantamento de dados secundários. Essas metodologias permitiram visualizar no RAS a diversidade de espécies que foram registradas na área de interesse.

3.4. MEIO SOCIOECONÔMICO

No diagnóstico do meio socioeconômico foi observado que para as variáveis selecionadas para acompanhamento, 100% (6 estudos) relataram os aspectos demográficos, infraestrutura social e organizacional e uso e ocupação do solo dos municípios de implantação do empreendimento, 83% (5 estudos) informaram a existência de patrimonial histórico dos locais e 67% (4 estudos) descreveram as comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas existentes (Figura 6).

Figura 6: Diagnóstico do Meio Socioeconômico. 100% 83% 67% 50% 50% 50% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% %

MEIO BIÓTICO - FLORA

(28)

Fonte: Próprio Autor.

Dos seis estudos analisados, apenas no RAS de São Miguel do Gostoso não foi apresentada a ocorrência de Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico. Foi exigido no parecer emitido pelo IDEMA, e posto em condicionante na emissão da licença prévia, que o empreendedor apresentasse, como complementação, um Plano de Proteção ao Patrimônio Arqueológico e Histórico, como medida de acompanhamento de existência ou não deste, uma vez que, como supracitado, não foi apresentado no diagnóstico do meio socioeconômico.

Quanto a abordagem da existência das Comunidades Tradicionais, Indígenas e Quilombolas, não foi apresentado no RAS dos municípios de Guamaré e João Câmara a existência ou não desses grupos na área de interesse. A exemplo dos RAS de Macau, Parazinho e Touros, que no diagnóstico do meio socioeconômico, mesmo não sendo registrado comunidades Tradicionais, Indígenas e Quilombolas na área, foi enfatizado a não existência destas no estudo.

Segundo Araújo (2017), estes grupos de culturas populares diferenciadas estão presentes em todo o território nacional, possuem necessidades específicas e permanecem em constante transformação. Uma das características típicas é o conjunto de práticas sociais coletivas fundadas no princípio da solidariedade, em que a posse e o usufruto têm um forte componente comunitário, onde a terra e a água, tida como um bem natural, e que a terra é direito de quem nela trabalha e dela tira o seu sustento.

100% 100% 100% 83% 67% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

MEIO SOCIOECONÔMICO

Aspectos Demográficos

Infraestrutura Social e Organizacional Uso e ocupação

(29)

Identificar a presença dessas comunidades na área de interesses de implantação de um empreendimento é de suma importância, visto que estas devem ser levadas em consideração no levantamento dos estudos ambientais, por serem dotadas de informações sobre a história do povo que habita na região, sem falar que deve ser levando em consideração o quanto a implantação de um determinado empreendimento pode impactar negativamente e/ou positivamente essas comunidades.

3.5. IMPACTOS AMBIENTAIS

No que concerne sobre o levantamento dos impactos ambientais passíveis de acontecer na área de um empreendimento, é de suma importância que este seja o mais completo e fidedigno à área de interesse possível, para que, posteriormente, descrevam-se as medidas mitigadoras necessárias para amenizar estes, caso ocorram.

(30)

IMPACTOS AMBIENTAIS

ESTUDOS Total Porcentagem

E1 (Macau) E2 (Guamaré) E3 (Parazinho) E4 (João Câmara) E5 (São Miguel do Gostoso) E6 (Touros) Alteração na Qualidade do ar X X X X X X 6 100%

Alteração dos Níveis de

Ruídos X X X X X X 6 100% Alteração da Paisagem X X X X X X 6 100% Supressão Vegetal X X X X X 5 83% Afugentamento de Fauna X X X X X 5 83% Intensificação de Processos Erosivos X X X X 4 67%

(31)

Observando os RAS, percebe-se que o diagnóstico ambiental da área de implantação de cada empreendimento, não foi levado em consideração na descrição dos impactos ambientais, foi possível verificar essa informação a exemplo dos RAS elaborado para o parque eólico nos municípios de Parazinho e Touros, os quais são de região interiorana e litorânea, respectivamente, e ambos foram elaborados pela mesma consultoria e tiveram como um dos impactos de ocorrência a Interferências de Rotas de Migração.

Em ambos os relatórios não foi descrito no diagnóstico do meio biótico a ocorrência e quais espécies são migratórias das microrregiões, dessa forma a ocorrência do impacto descrito não se aplica a ambos os empreendimentos. Observa-se que são municípios de diferentes características, como supracitado anteriormente, e é de suma importância listar a ocorrência das espécies na região verificando seu grau de ameaça para que se adote medidas ambientais de preservação.

Outra observação pertinente, ao realizar a comparação dos impactos ambientais dos RAS da microrregião de Mossoró-Macau, foi observado em um dos estudos a abordagem do impacto denominado de “Alteração do comportamento hídrico” na fase de implantação do empreendimento decorrente da atividade de limpeza do terreno. No entanto não foi justificado no estudo como esse impacto poderia ocorrer através desta atividade, apenas foi mencionado a perda da camada superficial do solo, decorrente da retirada da vegetação, ocasionando a susceptibilidade do solo a intempéries erosivas.

Ainda em relação aos impactos ambientais descritos nos RAS da microrregião de Mossoró-Macau, foi observado, em um dos estudos selecionados, que no tópico da avaliação dos impactos ambientais, estes eram descritos de acordo com as atividades de ocorrência, a exemplo Instalação do Canteiro de Obras, tendo como consequência da atividade os impactos de alteração da paisagem, alteração da qualidade do ar, alteração sonora, deposição de materiais diversos, risco de contaminação dos solos, entre outros. Essa forma de abordagem torna a listagem da ocorrência dos impactos muito extensa, visto um impacto ambiental pode decorrer de diversas atividades.

(32)

supressão vegetal deixa o solo exposto e vulnerável a intempéries de ventos fortes e chuvas, acarretando assim a erosão do solo (AZEVEDO, NASCIMENTO, SCHRAM, 2016).

A partir dessa observação, percebe-se que para descrever a ocorrência do impacto ambiental requer a informação de qual indicador possibilitará a acontecimento deste. Sánchez (2020) enfatiza que a limitação do tempo para o levantamento de dados dos estudos ambientais, devido ao interesse do empreendedor em obter a aprovação deste no órgão ambiental, nem sempre possibilita resultados esperados. Dessa forma, tem-se que: quanto maior o levantamento da área de interesse para o referido diagnóstico, maior a possibilidade de descrição dos impactos ambientais decorrentes para a área em questão.

3.6. MEDIDAS MITIGADORAS/POTENCIALIZADORAS

(33)

Tabela 6: Medidas mitigadoras/potencializadoras dos impactos ambientais. IMPACTOS

AMBIENTAIS

MEDIDAS MITIGADORAS / POTENCIALIZADORAS

ESTUDOS Total Porcentagem

E1 (Macau) E2 (Guamaré) E3 (Parazinho) E4 (João Câmara) E5 (São Miguel do Gostoso) E6 (Touros)

Supressão Vegetal Reposição florestal X X X 3 50%

Alteração da

Paisagem Recuperação de áreas X X X 3 50%

Alteração na Qualidade do ar

Umectação das Vias e Monitoramento de Fumaça preta nos

veículos para manutenção

X X X 3 50%

Alteração dos Níveis de Ruídos

Programa de Monitoramento de

Níveis de Ruídos X X X 3 50%

Afugentamento de Fauna

Programa de Sinalização das vias de acesso (presença de animais nos

acessos), Educação Ambiental

X 1 17%

Intensificação de Processos Erosivos

Equipamentos de Drenagens,

Recuperação de Áreas Degradadas X 1 17%

(34)

Foi possível observar na análise dos RAS que os estudos dos municípios de Guamaré, João Câmara e São Miguel do Gostoso, no tópico das medidas mitigadoras, abordaram somente ações preventivas referentes aos impactos ambientais. Foram citadas como medidas preventivas a implantação de sistema de coleta de lixo no canteiro de obras, instalação depósitos para bota-fora (área de descarte de materiais de obras), para atividade de instalação do canteiro, preservar o máximo da cobertura vegetal, demarcar previamente as áreas a serem afetadas, para atividades de limpeza do terreno, entre outras. As medidas mitigadoras/potencializadoras, segundo Sánchez (2020), são ações propostas com a finalidade de reduzir a magnitude ou importância do impacto ambiental adverso. Conquanto que as medidas preventivas são definidas considerando o impacto de forma antecipada.

Dessa forma, as medidas preventivas são importantes e fundamentais pois permitem evitar a ocorrência dos impactos. No entanto só estas não são suficientes, uma vez que, caso o impacto ocorra, precisa-se de planejamento para tomada de decisões de qual ação realizar, descritas pelas medidas mitigadoras. Segundo Brasil (2004), somente poderão ser propostas medidas para os impactos detectados e, por sua vez, estes só poderão ser previstos a partir de um bom diagnóstico das áreas de influência do empreendimento.

Como pode ser observado na planilha de impactos, os RAS dos municípios de Macau, Guamaré, João Câmara São Miguel do Gostoso e Touros, citaram a ocorrência do impacto ambiental de afugentamento de fauna. No entanto, na tabela de medidas mitigadoras/potencializadoras, observa-se que apenas o RAS de Macau apresentou as medidas mitigadoras para tal impacto ambiental. As medidas descritas para mitigação do impacto referem-se ao Programa de Educação Ambiental com execução de campanhas que visam a preservação das espécies de fauna, comunicar aos órgãos (IDEMA e IBAMA) caso alguma espécie rara ou ameaçada seja observada na área do empreendimento, bem como a instalação de placas na área informando a proibição de caça.

Na Tabela 6 não foi incluído nenhum RAS que adotou medida mitigadora para o impacto de intensificação de processos erosivos, visto que, a exemplo do RAS de Touros, a medida adotada foi em relação à atividade causadora do impacto, como exemplo movimentação de solos, a qual foram descritas as seguintes medidas:

• Minimizar a retirada de cobertura vegetal; • Revegetação de áreas expostas;

(35)

• Programas de recuperação de áreas.

Foi constatado que os estudos ambientais dos municípios de João Câmara e São Miguel do Gostoso, foram desenvolvidos pela mesma consultoria, sendo desenvolvido a ocorrência dos mesmos impactos ambientais para os mesmos empreendimentos, de microrregiões diferentes e dessa forma foram utilizadas as mesmas medidas preventivas para os impactos.

Como exemplo pode-se citar a atividade de Limpeza da área associado ao impacto de supressão vegetal, descrita em ambos os RAS, tendo com uma das medidas propostas: obedecer a legislação de uso e ocupação do solo, executar a retirada de vegetação de acordo com o plano de desmatamento, compatibilizar as técnicas de desmatamento conforme as características da cobertura vegetal, entre outros.

Em ambos os estudos, no diagnóstico da flora local, a cobertura vegetal da área de interesse é de caatinga Hipoxerófila não espinhosa, lenhosa de formação predominantemente. Arbustiva. Dessa forma, considera-se favorável o uso da medida supracitada para ambos os empreendimentos de microrregiões distintas, visto que é descrito de forma preventiva e generalizada para a atividade.

4. CONCLUSÃO

A maioria dos RAS apresentam um diagnóstico ambiental não tão detalhado da área, principalmente no que se refere ao meio biótico, comprometendo a identificação dos impactos ambientais de acordo com as características da área, gerando uma descrição dos impactos de forma geral, padronizadas pelo tipo de empreendimento e não com base nos aspectos ambientais presentes na área de estudo.

A elaboração de um diagnóstico realizado de forma cautelosa e com informações completas da área de interesse, fornecem as informações necessárias para a identificação dos impactos ambientais, bem como para uma avaliação precisa de sua magnitude e possibilita que sejam propostas medidas mitigadoras adequadas para sua contenção. Entende-se, portanto, que quanto maior o conhecimento da área, mais consistente a de descrição dos impactos.

Diante disso, ressalta-se a necessidade de verificar os impactos ambientais que se fazem presentes em qualquer empreendimento de geração de energia, principalmente aqueles que serão implantados em locais de grande interesse à preservação ambiental (FIRMINO et al.,

(36)
(37)

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