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UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NO BREJO PARAIBANO

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Academic year: 2021

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UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS NO BREJO PARAIBANO

Samara Dayse da Luz Ayres¹, Thiene de Lima Rodrigues², Anne Evelyne Franco de Souza³

¹ ² ³ Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Agrárias-Campus II- Areia-PB, Brasil.Departamento de Ciências Veterinária. E-mail: samaradayse@hotmail.com.

RESUMO

No decorrer dos tempos surge a procura por uma vida saudável resultando no crescente consumo de plantas medicinais, devido aos seus benefícios naturais. O trabalho em questão busca o estudo sobre o uso e o cultivo das mesmas para tratamento de doenças. Foi feito levantados de dados através de um questionário realizado no Assentamento Emanuel Joaquim, zona rural da cidade de Areia, brejo Paraibano. O projeto tem por finalidade a implantação do horto medicinal na localidade em questão.

A base para esta finalização foi através das mudas que foram doadas pela assistência técnica local, ao término da horta serão preparadas cartilhas de informações sobre todas as plantas lá contidas, desde a forma de uso correta até o seu princípio ativo.

PALAVRAS CHAVE: fitoterápicos, medicina, população ABSTRACT

USE OF MEDICINAL PLANTS IN PARAIBA SWAMP

During the time comes to search for a healthy life resulting in increased consumption of medicinal plants, due to their natural benefits. The work in question seeks study on the use and cultivation thereof for treating diseases. Was made of data collected through a questionnaire conducted in Settlement Emanuel Joaquim, rural town of Sand, swamp Paraiba. The project aims at the implementation of the medicinal garden in the locality in question. The basis for this submission was through the seedlings that were donated by local technical assistance, at the end of the garden booklets of information about all the plants contained therein, from the correct way to use up its active ingredient will be prepared.

KEYWORDS: herbal, medicine, population

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INTRODUÇÃO

O uso de plantas medicinais é uma prática que vem se mantendo em evidência pelos valiosos ensinamentos propagados pelas gerações passadas garantindo assim a base milenar do uso de plantas medicinais no tratamento de doenças (OZAKI & DUARTE, 2006).

As práticas relacionadas ao uso popular de plantas medicinais são o que muitas comunidades têm como alternativa viável para o tratamento de doenças ou manutenção da saúde. (AMOROZO &

GÉLY 1988; AMOROZO 2002).

O aproveitamento adequado dos princípios ativos de uma planta exige o preparo correto, ou seja, para cada parte a ser usada, grupo de princípio ativo a ser extraído ou doença a ser tratada, existe forma de preparo e uso mais adequados. Os efeitos colaterais são poucos na utilização dos fitoterápicos, desde que utilizados na dosagem correta. (ARNOUS; SANTOS; BEINNER, 2005).

O trabalho em questão teve como objetivo a realização de um levantamento de dados através de questionários aplicados na comunidade do Assentamento Emanuel Joaquim localizado no município de Areia sobre o uso e o cultivo das plantas medicinais e quais as mais utilizadas. Ao término será realizado a implantação de um horto medicinal comunitário.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi feito a aplicação de questionários no Assentamento Emanuel Joaquim, Areia-PB, entre os meses de julho e setembro de 2013, para levantamento de dados, sendo estudadas as plantas mais utilizadas pelas mulheres da comunidade. Esta pesquisa serviu como base para a implantação de um horto medicinal comunitário no local. Na sequência foi realizado palestras para apresentação dos dados obtidos. E por fim a implantação do horto medicinal comunitário no local em questão, contando com a ajuda dos moradores locais, bem como sua manutenção diária.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

O levantamento de dados teve como resultado 100% de utilização das plantas medicinais, ou seja, todas as pessoas entrevistadas utilizam as plantas medicinais para tratamento de enfermidades, onde a planta Capim Santo (Elionurus candidus) saiu na frente com 23 citações, seguida de Erva Cidreira (Lippia Alba), Hortelã da Folha Grossa (Plecthrantus), Erva Doce (Pimpinella anisun L. ),

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Hortelã da Folha Miúda(Mentha x piperita L.), Sabugueiro(Sambucus nigra L.), Boldo(Peumus boldus), entre outros (Figura1).

Resultados estes que diferem de Souza e Felfili (2005) onde Carrapicho (Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze), Mastruz (Chenopodium ambrosioides L.), Chapéu de Couro (Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli), Arnica (Lychnophora Ericoides Mart.), entre outras foram as mais citadas.

FIGURA 1. Plantas medicinais indicadas pelos moradores para tratamento de patologias,

Areia-PB.

As cultivadas se encontram, quase sempre, próximas a casa (em vasos de casca de coco, latas ou outros materiais reutilizáveis, em canteiros ou no próprio solo). As espontâneas costumam crescer em beiras de estrada e áreas desprovidas de vegetação, com insolação direta na maior parte do dia (PINTO; AMOROZO; FURLAN, 2006). Semelhanças essas com as do assentamento Emanuel Joaquim onde 73% dos entrevistados adquirem as plantas medicinais também da própria residência, já 15% compram e 12% pedem aos vizinhos mais próximos.

Na cidade de Areia no Assentamento Emanuel Joaquim foram doadas as seguintes mudas:

Camomila (Matricaria recutita), Mil folhas (Achillea millefolium L.), Artemisia (Artemisia vulgaris L.), Arnica (Lychnophora pinaster Mart), Gengibre (Zingiber officinale), Mastruz (Chenopodium Ambrosioides), Erva doce (Pimpinella anisum), Saião (Kalenchoe brasiliensis.), Cana do brejo (Costus spicatus), Hortelã da folha miúda (Mentha x piperita L), Boldo (Peumus boldus),

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Tanchagem (Plantago major L.), Arruda (Ruta graveolens), Citronela (Cymbopogon winterianus), Confrei (Symphytum officinale L.), Mirra (Commiphora myrrha), Endro (Anethum graveolens), Terramicina (Alternanthera dentata), Acônito (Aconitum napellus L.), Malva rosa (Alcea rósea), Manjericão ou alfavaca (Ocimum basilicum), Capim Santo (Elionurus candidus), Erva cidreira (Lippia Alba), Alecrim (Rosmarinus officinalis), Sabugueiro (Sambucus nigra L.) e Hortelã da folha graúda (Plecthrantus).

O plantio foi realizado após o preparo do solo, 15 dias depois da aplicação de esterco curtido foram colocadas as mudas citadas, resultado em um índice de pega de 100%.

CONCLUSÃO

Capim Santo, Erva Cidreira, Hortelã da Folha Grossa, Erva Doce, Hortelã da Folha Miúda, Sabugueiro, Boldo foram as mais citadas pela população do Assentamento Emanuel Joaquim;

73% dos entrevistados adquirem as plantas medicinais da própria residência, 15% compram e 12% pedem aos vizinhos mais próximos;

As plantas implantadas resultaram em um bom índice de resistência, não ocorrendo nenhuma perca.

REFERÊNCIAS

AMOROZO, M.C.M. & GÉLY, A.L. Uso de plantas medicinais por caboclos do Baixo Amazonas.

Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi.São Paulo: Série Botânica,1988. 85 p.

AMOROZO, M.C.M. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antônio do Leverger, MT, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Mato Grosso, v. 16, n. 2, p. 189-203, jul. 2002.

ARNOUS, AMIR HUSSEIN; SANTOS, ANTONIO SOUSA; BEINNER, ROSANA PASSOS CAMBRAIA. Plantas medicinais de uso caseiro - conhecimento popular e interesse por cultivo comunitário. Revista Espaço Para A Saúde, Londrina, v. 6, n. 2, p.1-6, jun. 2005.

OZAKI, A. T.; DUARTE, P. C. Fitoterápicos utilizados na Medicina Veterinária, em cães e gatos.

Revista Infarma, v.18, nº 11/12, 2006.

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PINTO, ERIKA DE PAULA PEDRO; AMOROZO, MARIA CHRISTINA DE MELLO;

FURLAN, ANTONIO. Conhecimento popular sobre plantas medicinais em comunidades rurais de mata atlântica – Itacaré, BA, Brasil. Acta Bot. Bras., Itacaré, v. 20, n. 4, p.751-762, abr. 2006.

SOUZA, CYNTHIA DOMINGUES DE; FELFILI, JEANINE MARIA. Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás, GO, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v. 20, n.

1, p.135-142, jul. 2005.

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