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Ciberespaço: contribuições para a arte contemporânea

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Ciberespaço: contribuições para a arte contemporânea

Franciele Filipini dos Santos/Universidade Federal de Santa Maria/RS Nara Cristina Santos/ Universidade Federal de Santa Maria/RS

Resumo

O presente artigo se origina a partir de uma das questões presentes em minha pesquisa de Mestrado, e tem como objetivo abordar em um primeiro momento as diversas concepções acerca do conceito de Ciberespaço, com base na reflexão de alguns autores, tais como: Leão (2004), Lévy (2000), Monteiro (2007), Wertheim (2001), entre outros. Posteriormente, apresenta as possibilidades do Ciberespaço no sistema da Arte Contemporânea, trazendo em um último momento, a análise da obra

“Rara Avis” e sua relação com o Ciberespaço e demais questões desencadeadas pela produção envolvendo a Arte Mídia.

Palavras-chave: Ciberespaço – Arte Contemporânea – Arte Mídia

Abstract

The present paper was written concerning on a frequent issue in my Master's Degree research; it has as main objective to approach the various conceptions on the Cyberspace concept, based on reflections by some authors like Leão (2004), Lévy (2000), Monteiro (2007), Wertheim (2001) among others. Subsequently it shows possibilities of Cyberspace in the Contemporary Art system. Latter, the analysis of the work "Rara Avis" and its relationship with the Cyberspace and the following questions unchained by the production Artmedia-related.

Key-Words: Cyberspace – Contemporary Art - Artmedia

Tomando como ponto de partida o contexto atual, em que a importância do Ciberespaço nos diversos aspectos de nossas vidas é bastante relevante, tanto no âmbito pessoal, quanto no âmbito das mais diversas áreas do conhecimento, percebe-se que a tecnologia é explorada com menor ou maior intensidade, dependendo do que se busca, do que se pesquisa, do modo como se explora as possibilidades proporcionadas pelos aparatos tecnológicos, podendo inclusive resultar no surgimento de questões diferenciadas das já existentes, ou seja, questões específicas do Ciberespaço. O Ciberespaço, de acordo com Lévy (2000:13)

(...) é o terreno onde está funcionando a humanidade hoje. É um novo espaço de interação humana que já tem uma importância profunda principalmente no plano econômico e científico, e, certamente, esta importância vai ampliar-se e estender-se a vários outros campos (...).

Lévy (2000) pontua também, que o termo Ciberespaço é de origem americana e foi empregado pela primeira vez pelo autor de ficção científica William Gibson, em 1984, no romance “Neuromancer”. O livro trata de um

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universo onde a ação ocorre tanto no mundo físico como no Ciberespaço, representando um futuro em que a vida humana é fortemente influenciada pela intervenção tecnológica.

Neste romance, o Ciberespaço foi designado como o universo das redes digitais, sendo um lugar de encontros, de aventuras, um terreno de conflitos mundiais, representando uma nova fronteira econômica e cultural. Constitui um campo vasto e aberto, que tem como características a interconexão e combinação de todos os dispositivos de criação, gravação, comunicação e simulação.

Torna-se importante mencionar que as idéias de Gibson presentes em seus romances ultrapassaram os limites da ficção, atingindo o contexto social, cultural, artístico, entre outros.

Segundo Monteiro (2007) com referência a Alex Antunes, tradutor de

“Neuromancer” (edição brasileira de 2003), o conceito de Ciberespaço criado por Gibson refere-se a uma representação física e multidimensional do universo abstrato da informação. Constitui-se como um lugar onde se vai com a mente, a partir das novas tecnologias, presentes em todas as circunstâncias da vida, fundindo-se aos seres humanos, e assumindo o controle das situações.

Ainda conforme Monteiro (2007), o Ciberespaço compartilhado atualmente por milhões de pessoas de todo o mundo, adquire uma significação cultural, problematizando as noções de sujeito, de realidade, de tempo e de espaço.

Alguns analistas do ciberespaço têm sugerido, por exemplo, que os computadores conectados em rede, ao colocar também em conexão os seus usuários e permitir que cada um deles se distribua dentro dessa rede, estão afetando profundamente as relações de intersubjetividade e de sociabilidade dos homens, assim como a própria natureza do “eu” e da sua relação com o outro. (MACHADO, 2007:35)

Dentro desta mesma linha de pensamento, Couchot (2003) pontua o surgimento de “uma nova figura do sujeito nos seus intercâmbios entre o real e o imaginário, nas relações com o individual e o coletivo, o artista e a sociedade”, onde a subjetividade passa a se estruturar na negociação entre o sujeito-Eu, que diz respeito à subjetividade individual, e o sujeito-Nós, que se refere à subjetividade coletiva, impessoal, modelada pela experiência tecnestésicai.

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É a partir do Ciberespaço, que redefine a noção de sujeito, que se tem também, a possibilidade de transmissão e acesso à imagens, sons e textos em tempo quase real a qualquer parte do mundo e de modo simultâneo, pois, de acordo com Lévy (1999:92), o Ciberespaço pode ser definido como “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial de computadores e das memórias dos computadores”. Seguindo esta linha de pensamento Lemos (2001:111) afirma:

(...) o Ciberespaço não está por vir. Ele não é uma utopia (algo que não tem lugar, ou que é “o” lugar), como muitos insistem, mas uma topia, ou seja, uma realidade que se desenrola diante de nossos olhos, configurando a sociedade digital na qual vivemos.

Percebe-se então, que o Ciberespaço não é algo distante da vivência cotidiana, fazendo-se muito presente no dia-a-dia, em que cada pessoa pode ser co-autor deste “espaço”. Esta co-autoria deve-se a não existência de um único centro emissor e uma multiplicidade de receptores, dispositivo denominado por Lévy (2000) “Um-Todo”, mas, na possibilidade de vários centros emissores, um dispositivo de comunicação denominado “Todos- Todos”. Este último dispositivo possibilita o acesso à informação e comunicação, permitindo e proporcionando a oportunidade de que o usuário- interator utilize o que está disponível no Ciberespaço, bem como, disponibilize outras informações, alimentando-o com novos dados.

No silêncio do pensamento, já percorremos hoje as avenidas informacionais do Ciberespaço, habitamos as imponderáveis casas digitais, difundidas por toda parte, que já constituem as subjetividades dos indivíduos e dos grupos. O Ciberespaço: nômade urbanístico, gênio informático, pontes e calçadas líquidas do Espaço do saber. Ele traz consigo maneiras de perceber, sentir, lembrar-se, trabalhar, jogar e estar junto. É uma arquitetura do interior, um sistema inacabado dos equipamentos coletivos da inteligência, uma estonteante cidade de tetos de signos. (Lévy, 1998:104/105)

Torna-se visível de acordo com Lévy (1998), que o Ciberespaço é uma estrutura em constante mutação, que potencializa a exploração da sensibilidade, da percepção, do pensamento e da imaginação, por vias diferenciadas, visto o contexto distinto e específico do ambiente virtual, que redimensiona tais instâncias.

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Neste sentido, com base em Cardoso (1997), pode-se perceber que junto à emergência do Ciberespaço surge uma outra condição, a de um espaço que não se organiza em termos arquitetônicos, mas a partir de uma lógica fundada no acesso à informação. Assim sendo, Oliveira & Vidotti (2004) afirmam que o Ciberespaço apresenta uma nova topografia (virtual) cujas vias de locomoção (conexões) conduzem a diferentes lugares (sítios) informacionais.

Deste modo, Wertheim (2001) refere-se ao Ciberespaço como um

“espaço” de interconexões da rede global de computadores, uma teia labiríntica que se constitui em uma estrutura rizomática, que se desenvolve a partir de infinitas ramificações em várias direções. Ainda conforme Wertheim (2001), o Ciberespaço consiste em uma rede física e uma rede não física, em que a primeira diz respeito a computadores interligados por cabos telefônicos, fibras ópticas e satélites de comunicação, enquanto que a segunda refere-se aos vínculos lógicos/softwares.

Assim como Wertheim, Wanderley (2007) também coloca que o ciberespaço é composto de elementos concretos e abstratos, acrescentando que, as relações sociais no ciberespaço são virtuais, mas repercutem ou concretizam-se no mundo real, produzindo um novo tipo de sociedade, alterando principalmente a noção de tempo-duração, por tempo-velocidade.

Esta modificação deve-se em grande parte, a estrutura rizomática do Ciberespaço, que segundo Berardi (1997:122) “(...) conecta virtualmente cada terminal humano a qualquer outro terminal humano, simultaneamente, através das tecnologias digitais e na forma de rede”, o que reforça a proposição de Lévy, quanto ao dispositivo “Todos-Todos”.

Neste sentido, Leão (2004) refere-se ao ciberespaço como um gigantesco e quase-infinito labirinto de interações da era contemporânea, um território em constante ebulição, camaleônico, elástico, ubíquo e irreversível.

Para Leão, o Ciberespaço se constitui a partir de três instâncias: as redes de computadores interligadas (documentos, dados, programas); as pessoas, grupos, instituições, etc, que participam dessa interconexão; e o espaço (virtual, informacional, social, cultural e comunitário) que emerge das inter- relações homens-documentos-máquinas.

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É com base na proposição de Leão, que se chama a atenção para a importância de perceber que o Ciberespaço e o ambiente virtual são conceitos distintos, onde o primeiro tem maior abrangência, podendo ser considerado um espaço expandido, potencializado pelas redes de computadores e tecnologias digitais.

De acordo com Venturelliii, que os termos Ciberespaço e ambiente virtual podem em um primeiro momento até se confundir, mas, é necessário ter o discernimento de que o Ciberespaço é um conceito mais amplo e envolve os ambientes virtuais, ou seja, no Ciberespaço existem vários ambientes virtuais de aprendizagem, como por exemplo, o Moodle.

Para Sogabeiii, os termos Ciberespaço e ambiente virtual embora também possam parecer sinônimos, possuem diferenças. Sogabe considera o Ciberespaço como parte do sistema de nosso pensamento, que sempre foi auxiliado por imagens, palavras e sons registrados numa mídia. A hipermídia e a comunicação on-line em rede mundial permitiram a construção de um espaço onde os nossos pensamentos estão conectados. O ambiente virtual é parte específica nesse Ciberespaço.

Sendo assim, tomando como referência as colocações a respeito do conceito de Ciberespaço, e tendo em vista a amplitude e potencialidade de tal concepção, parte-se para as possibilidades do Ciberespaço, aqui pontuadas tanto como espaço de divulgação/exposição para as produções artísticas, quanto como sistema de criação para a produção de Arte e Mídia. Na primeira situação, encontram-se inúmeras instituições artísticas, divulgando suas programações, informações gerais sobre Mostras, e em alguns casos, imagens das obras presentes na exposição, como é perceptível em vários sites de museus, de bienais e de artistas.

Na segunda situação, do Ciberespaço como sistema de criação, têm-se a produção denominada Arte e Mídia, termo que segundo Machado (2007:7) refere-se

Stricto sensu (...) as experiências de diálogo, colaboração e intervenção crítica nos meios de comunicação de massa. Mas, por extensão, abrange também quaisquer experiências artísticas que utilizem os recursos tecnológicos recentemente desenvolvidos, sobretudo nos campos da eletrônica, da informática e da engenharia biológica.

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Esta produção traz questões bastante específicas deste contexto, onde os artistas e suas equipes utilizam o ambiente virtual para criar proposições poéticas que só podem ser viabilizadas dentro do âmbito da Arte e suas articulações com a tecnologia digital.

Das relações do indivíduo com o Ciberespaço surge a cibercultura, que nas artes culmina com a utilização de meios eletrônicos por parte dos artistas, o que podemos chamar de Ciber-arte, cujo exemplos são muitos: a video-arte, arte-robótica, telepresence art, ASCIIart, Tecno- body-art, Web Arte entre outras experiências(...). A Ciber-arte, desde que surgiu em meados dos anos 70, sempre teve objetivos de conectar artistas de diferentes partes do globo e dar uma maior importância ao processo de criação do que ao produto final.

É a partir desta produção artística que envolve o Ciberespaço-Arte- Mídia, que se constata em diversas obras, como por exemplo: “Rara Avis” de Eduardo Kac (1996), “Estar” de Maria Beatriz de Medeiros (2005) e “Silépticos Corpos” de Suzette Venturelli (1999), que várias questões estão sendo alteradas e reconfiguradas, como por exemplo: a percepção humana, a experimentação do espaço e do tempo, a noção de sujeito, de subjetividade, entre outras, introduzindo gradativamente outros modos de ser e perceber.

Deste modo, analisa-se na seqüência deste artigo “Rara Avis” de Kac, a fim de perceber como o Ciberespaço foi utilizado nesta obra, pontuando também, algumas das questões acima citadas e que se fazem presentes nesta proposição poética.

“Rara Avis”

A obra “Rara Avis” constitui-se em uma instalação de telepresença interativa, desenvolvida por Eduardo Kac e uma equipe de colaboradores, construída em agosto de 1996. Foi apresentada no Nexus Contemporary Art Center, em Atlanta, posteriormente em Austin, Texas/janeiro de 1997, em Lisboa/abril de 1997 e na I Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, ocorrida no final do ano de 1997.

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Fig. 1 Imagem de um detalhe da instalação interativa “Rara Avis” – Fonte: Catálogo da 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul (1999)

Esta proposta artística ocorreu tanto no espaço físico da exposição, quanto no Ciberespaço. O espaço físico foi estruturado da seguinte maneira:

um grande aviário ocupando parte da sala, e em seu interior 30 pássaros cinzas reais e um grande pássaro colorido, que movimentava apenas a cabeça e ocasionalmente “falava”. Este último pássaro, a arara-telerobô, é o elemento central da instalação, onde câmeras de vídeo em miniaturas foram colocadas no lugar da localização dos olhos da arara robótica, e a partir desta configuração foi desencadeada grande parte das interações propostas no espaço in loco e no Ciberespaço, bem como o processo de Cibercepção.

Do lado externo da gaiola, havia dois pedestais, um deles com um monitor de televisão, que transmitia as imagens captadas pelos olhos da arara- robô enquanto que, o outro pedestal oferecia ao público visitante um capacete de realidade virtual. Esta interface, quando usada pelo interator, desestabilizava instantaneamente a sua percepção, pois, o usuário passava a enxergar com os olhos da arara-robô, tendo a sensação de deslocamento corporal sem ter saído do lugar, podendo ainda, visualizar seu próprio corpo do lado de fora da gaiola.

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Fig. 2 Imagem do espaço físico de exposição da instalação interativa “Rara Avis” – Fonte: http://www.ekac.org/raraavis.html. Acesso: 29/04/08

É válido ressaltar com base em Giannetti (2006), que as interfaces desempenham um importante papel de extensão do próprio sistema, pois, tanto a interação com o sistema, quanto à interação com outros sujeitos no contexto do sistema, são possíveis graças às interfaces. Estas, propiciam o processo interativo, e a partir da interação desencadeiam outras possibilidades de percepção e subjetividade. Pode-se afirmar de acordo com Couchot (2003), que a interatividade ocorrida no momento de utilização do capacete de realidade virtual, denomina-se exógena, ou seja, há o estabelecimento de um diálogo interativo entre o espectador [interator] e o sistema.

Já no Ciberespaço, onde a percepção e a subjetividade podem ser desestabilizadas de modo mais intenso, a instalação de telepresençaiv se deu por meio de ações e intervenções dos usuários da Web, via teleconferênciav. Parte do processo disponibilizado na rede, iniciou com o uso do capacete de realidade virtual, no momento em que o interator movimentava sua cabeça, fazendo com que a mesma ação fosse executada pela arara-robô simultaneamente. Neste instante, era acionando mecanismos da Internet vinculados aos olhos da arara (as duas micro-câmeras) que produzia imagens distintas disponibilizadas no Ciberespaço.

Fig. 3 Imagem do processo de interação de “Rara Avis”, visualizado pelos interatores

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Nesses processos, as pessoas com acesso ao MBone (Multicast Backbone), recebiam em tempo real imagens coloridas, com alta resolução e alta taxa de atualização dos frames. Para o usuário padrão, estas imagens eram em branco/preto e atualizadas a cada dez segundosvi. Ainda na Web, diferentes usuários de diversos lugares podiam compartilhar do corpo da “Rara Avis”, enviando suas “falas” via rede, e deste modo, coabitar no mesmo corpo físico, interferindo em maior ou menor grau no comportamento das aves que habitavam o espaço da Mostra, bem como das pessoas que lá circulavam.

De acordo com Machado (2001), constata-se que “Rara Avis” traz referências muito fortes em relação à identidade e alteridade, pois, a partir da experiência proporcionada pelos processos de interatividade, além da identidade humana, o interator poderia ser tanto pássaro, quanto máquina, simultaneamente. Particularmente, acredita-se experienciar o prolongamento das faculdades perceptivas naturais, por meio da articulação de aparatos tecnológicos, que transcendem suas funções primeiras para a construção de uma poética contemporânea, onde o Ciberespaço desempenha um papel fundamental, introduzindo novos meios de expressão, experiências diferenciadas e o surgimento de novas questões para a arte.

Considerações Finais

Tendo em vista a abordagem realizada no decorrer deste artigo, acredita-se na relevância de trazer as diversas concepções em relação ao Ciberespaço, a fim de perceber que, este “espaço” se dá a partir do espaço virtual criado pelo sistema de computação, mas não se restringe a este último.

Pensa-se o Ciberespaço como um “espaço” dinâmico, que se caracteriza pela presença das redes de computadores, das pessoas que participam dessa conexão e de todo e qualquer espaço que possa emergir dessa inter-conectividade. Considera-se o Ciberespaço como uma topia, de significante importância no contexto atual, que traz implicações para o cenário artístico, cultural e social, em que se tem o surgimento de conceitos específicos relacionados ao mundo virtual e a redefinição de outros conceitos já existentes.

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Neste sentido, é importante ressaltar que, a partir das possibilidades do Ciberespaço, o sistema da arte atual vê-se desestabilizado, principalmente no quem diz respeito à crítica de arte e legitimação desta produção.

Percebe-se que, com as possibilidades do Ciberespaço necessitamos revisar conceitos, pois, o mesmo já adquiriu significativa importância cultural.

Importância que se torna evidente nos projetos artísticos de Arte e Mídia, que atingem suas propostas em níveis diferenciados, onde muitas obras podem ser consideradas apenas experimentação, enquanto que outras produções, como

“Rara Avis”, proporcionam maiores implicações e discussões para o Sistema da Arte.

i De acordo com Couchot (2003) esta experiência se dá a partir do controle e manipulação de técnicas, transformando a percepção que se tem do mundo.

ii Em entrevista realizada pela autora deste artigo, via e-mail, recebida dia 18/nov/2007.

iii Em entrevista realizada pela autora deste artigo, via e-mail, recebida dia 17/jan/2008.

iv Segundo Giannetti (2006:209)Representação eletrônica ou digital em um espaço de dados remoto de um usuário localizado em um espaço real, de forma que origine uma presença virtual do usuário neste ou em outro espaço virtual.

v Segundo informações retiradas do site http://www.cap.eca.usp.br. Acesso em 19/07/07.

vi DONATI, Luisa Paraguai; PRADO, Gilbertto. Utilizações artísticas de imagens em direto na Word Wide Web. Disponível em: http://www.eca.usp.br/wawrwt/textos/donprado1.html. Acesso em: 19/07/07.

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Currículo Resumido

Franciele Filipini dos Santos. Mestranda do PPGART/UFSM - Bolsista Capes, na linha de pesquisa de Arte e Tecnologia, sob a orientação da Profª. Drª. Nara Cristina Santos. Especialista em Arte e Visualidade/UFSM, 2006. Licenciada/

2006 e Bacharel/2004 no Curso de Desenho e Plástica/UFSM. Integrante do Grupo de Pesquisa Arte e Tecnologia – CNPq/UFSM.

Nara Cristina Santos. Doutora em Artes Visuais – História, Teoria e Crítica, pelo PPGAV/IA/UFRGS, 2004. Doutorado Sanduíche na Université Paris VIII, França, 2001. Professora da UFSM (DAV/CAL). Coordenadora do LABart e líder do Grupo de Pesquisa de Arte e Tecnologia – CNPq. Coordena o Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais - Mestrado/UFSM.

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