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Relatório da cidade de Mirandela Portugal

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Relatório da cidade de

Mirandela

Portugal

Francisco Diniz Alexandre Poeta Conceição Silva Lígia Pinto Sónia Abreu

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Departamento de Economia e Sociologia

Vila Real, Dezembro 2003

QLRT–2000-01923

Um projecto de investigação financiado pelo V Programa Quadro da

Comissão Europeia

(2)

1. INTRODUÇÃO

De acordo com critérios demográficos, de acessibilidade e de emprego, Mirandela foi uma das seis cidades portuguesas seleccionadas para ser estudada neste projecto. Foi escolhida, não só pela sua pequena dimensão (população residente em freguesias urbanas inferior a 20000 habitantes - 111611), como, também, pelos indicadores da agricultura que se apresentam superiores à média nacional.

1.1. Localização da cidade

A cidade de Mirandela é sede de concelho, pertence ao distrito de Bragança na região do Nordeste Transmontano e à NUT III Alto-Trás-os-Montes. Situa-se na margem esquerda do rio Tua, perto da Ribeira de Carvalhais, numa zona agrícola muito forte.

O concelho é limitado a Norte por Vinhais, a Este por Macedo de Cavaleiros, a Sul por Vila Flor, a Oeste por Murça e a Noroeste por Valpaços.

Portugal – divisão por NUTS II (1)

NUT II Norte – divisão por NUTS III (2)

Freguesias do Concelho de Mirandela(3)

Zona A – Freguesia de Mirandela.

Zona B – Freguesias de Abambres, Abreiro, Aguieiras, Alvites, Avantos, Avidagos, Barcel, Bouça, Cabanelas, Caravelas, Carvalhais, Cedães, Cobro, Fradizela, Franco, Frechas, Freixeda, Lamas de Orelhão, Marmelos, Mascaranhas, Múrias, Navalho, Passos, Pereira, Romeu, S.Pedro Velho, S. Salvador, Suçães, Vale de asnes, Vale de Gouvinhas, Vale de Salgueiro, Vale de Telhas, Valverde, Torre de D. Chama .

Zona C – Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Murça, Valpaços, Vila Flor e Vinhais.

Fonte: (1) http//www.guiadeportugal.pt; (2) http//www.ccr-n.pt; (3) http//www.anafre.pt

Fig. 1. Mapa da cidade e do concelho de Mirandela

1 Consideraram-se freguesias urbanas, as áreas mediamente e predominantemente urbanas do concelho (AMUs e APUs),

(3)

Constituído por 37 freguesias, o concelho de Mirandela ocupa uma extensa área de 659 Km2 onde se distribuem 25819 habitantes, o que corresponde uma densidade populacional de 39,1 habitantes/Km2 (INE, 2002a).

É marcado por dois vales depressionários, por onde correm os rios Tuela e Rabaçal, no sentido Norte-Sul, que se juntam a norte de Mirandela, passando a formar o rio Tua, um afluente do Douro. À baixa altitude da cidade (200 m), corresponde um círculo montanhoso com altitudes de aproximadamente 1000 -1300 m: Serra da Corôa, Serra da Nogueira, Serra de Bornes, Serra dos Passos e os planaltos de Vila Flor e Carrazeda de Ansiães (LOPES, 2002).

A cidade de Mirandela dista do Porto (centro urbano mais próximo com mais de 500 mil habitantes) aproximadamente 160 km.

1.2. Origens e características da cidade e do concelho

Mirandela é uma cidade voltada para o rio, com uma envolvente rural muito forte, composta de uma paisagem natural e agrícola notável. Devido às condições de relevo, altitude, clima e solos, insere-se numa região agrícola com características mediterrânicas, designada por Terra Quente, onde predomina o olival, associado à pastorícia de pequenos ruminantes, ao cereal de sequeiro, vinha, amendoal e sobreiral.

Aqui existe um conjunto de monumentos arqueológicos e outros de grande valor arquitetónico que testemunham o passado desta região. Para além dos monumentos classificados, e de diversos vestígios arqueológicos, encontram-se ainda no concelho inúmeros edifícios de grande valor arquitectónico a par de outros de feição mais popular, que urge proteger. É o caso das inúmeras igrejas ou capelas espalhadas pelas aldeias do concelho, assim como as várias casas solarengas e, principalmente, os núcleos primitivos dos aglomerados que ainda apresentam bons exemplos da arquitectura tradicional e popular. Por todo o concelho há vestígios de um povoamento pré-histórico, bem documentado por monumentos megalíticos e diversos castros. Os povos da idade do bronze desenvolveram uma intensa actividade mineira explorando o estanho, o cobre, o arsénio e o ouro, nomeadamente o lugar conhecido como “buraco da pala”, situado na freguesia de Passos, que foi identificado como um caso de metalurgia primitiva de ouro, entre 2800-2500 A.C. Os romanos, não podendo ficar insensíveis ao minério, também aqui se estabeleceram, deixando as marcas da sua civilização (http//www.cm-mirandela.pt).

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As artes e ofícios tradicionais, têm feito parte da ruralidade da região, integradas na pluriactividade de muitas famílias, nomeadamente das camponesas, orientadas para a auto-suficiência e para mercados de proximidade.

1.3. Demografia

A população urbana representa, em 2001, 43% da população total do concelho. O aumento populacional da última década (considerando a totalidade do concelho) foi reduzido (2,4%) quando comparado com o aumento apresentado para a NUT II Norte (6,2%) e Portugal (5,0%). Trata-se de um concelho em que 30% da população tem menos de 24 anos e 20% mais de 65 anos. O índice de envelhecimento2 (131%) é consideravelmente superior ao do país (102%).

Há que salientar, ainda, que a taxa de actividade neste concelho (39% em 2001) apesar de ter aumentado 1,8% na última década, continua inferior aos valores apresentados para a NUT II Norte (48,1%) e Portugal (48,2%). Curiosamente, a taxa de desemprego diminuiu (passando de 9,8 para 9,2% 2001), embora continue superior aos valores da NUT II Norte (6,7%) e de Portugal (6,8%) (Quadro 1.1).

Quadro 1.1. População residente, taxa de actividade e de desemprego

População residente Taxa de actividade (%) desempregada Taxa desemprego (%) População

Zona geográfica 1991 2001 1991 2001 2001 1991 2001

Mirandela 1 25209 25819 37,2 39 922 9,8 9,2

NUT II Norte 1 3472715 3687293 45,5 48,1 118912 5 6,7

Portugal 2 9867147 10356117 44,6 48,2 339261 6,1 6,8

Fonte: 1 INE (2002). 2 INE (2002b).

1.4. Actividade económica

Este é, sem dúvida, um concelho onde predomina o sector terciário, nomeadamente os serviços mas, a distribuição da população por ramos de actividade económica (Quadro 1.2) aponta para a importância do sector agrícola (14,5%) quando comparado com a média nacional (5%).

2 Relação entre a população idosa e a população jovem, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas

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Quadro 1.2. Repartição da população empregada pelos diferentes ramos de actividade económica

Zona Geográfica Mirandela 1 Portugal 2

Ramos de Actividade Económica HM % HM %

População total 25819 10356117

População economicamente activa 10070 4990208

População empregada 9148 100,0% 4650947 100%

Agricultura 1330 14,5% 215598 4,6%

Pesca, aquacult. e activ. serv.relacionados 6 0,1% 16048 0,3%

Sector primário 1336 14,6% 231646 5,0% Indústrias e fabricação 1112 12,2% 1062381 22,8% Construção 1064 11,6% 570257 12,3% sector secundário 2176 23,8% 1632638 35,1% Comércio 1592 17,4% 767210 16,5% Turismo 493 5,4% 257661 5,5% Outros serviços 3551 38,8% 1761792 37,9% sector terciário 5636 61,6% 2786663 59,9%

Fonte: 1 http//www.infoline.pt; 2 INE (2002b).

É importante referir que não é possível elaborar uma estrutura das classes sociais, mas, tão somente, identificar grupos sócio-profissionais. Sendo assim, e da leitura do Quadro 1.3, é de salientar o facto de as maiores diferenças observadas entre o concelho e a média nacional estarem relacionadas, por um lado, com a percentagem elevada de agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura (13%) e, por outro, com a baixa percentagem das classes de operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem, o que se pode atribuir à menor importância do sector industrial.

Quadro 1.3. População residente empregada segundo classes socio-profissionais (2001)

Classes socio-profissionais Mirandela 1 Portugal 2 NUT II Norte 1

Quadros superiores da administração pública,

dirigentes e quadros superiores de empresa 675 7% 325268 7% 117265 7%

Especialistas das profissões Intelectuais e

científicas 782 9% 395477 9% 116771 7%

Técnicos e profissionais de nível intermédio 759 8% 442797 10% 136596 8%

Pessoal administrativo e similares 793 9% 511589 11% 154320 9%

Pessoal dos serviços e vendedores 1445 16% 658221 14% 201015 12%

Agricultores e trabalhadores qualificados da

agricultura e pescas 1232 13% 188054 4% 68409 4%

Operários, artífices e trabalhadores similares 1581 17% 1001568 22% 459441 28% Operadores de instalações e máquinas e

trabalhadores da montagem 412 5% 398048 9% 178899 11%

Trabalhadores não qualificados 1408 15% 697514 15% 217948 13%

Forças armadas 61 1% 32411 1% 5439 0%

TOTAL 9148 100% 4650947 100% 1656103 100%

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1.5. Políticas de desenvolvimento económico

Quanto às políticas de desenvolvimento económico, uma vez que Portugal não está dividido em regiões autónomas3, as grandes linhas de orientação são definidas a nível central, através do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, em ligação com as Comissões de Coordenação das Regiões (CCR). As CCR, organismos tutelados por este ministério, são instituições públicas com fins de planeamento e desenvolvimento regional a nível de NUT II, e participam na elaboração das bases gerais da política de desenvolvimento regional, em articulação com a política de desenvolvimento económico e social do país. Ao nível do município, existe um Plano Director Municipal (PDM) sujeito a aprovação, o que permite à autarquia, através da sua elaboração, ter alguma influência na definição das várias estratégias de desenvolvimento.

A informação recolhida, até agora, no âmbito do nosso estudo, é, ainda, insuficiente para explorar esta temática das políticas de desenvolvimento e das estratégias que podem ser seguidas ao nível do poder local. Espera-se um estudo mais aprofundado e conclusivo da forma de equacionar o desenvolvimento local/regional, na fase final deste projecto, após as entrevistas a realizar aos agentes de desenvolvimento local.

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Sumário estatístico

(segundo o censos 2001) População e emprego

População total residente - 25819

População reformada – 22,6% (índice de envelhecimento –131%) População desempregada – 922 (taxa de desemprego – 9,2%) População empregada – 9148 (taxa de actividade – 39%)

agricultura – 14,5% pesca – 0,1% indústria – 12,2% construção- 11,6% comércio – 17,4% turismo – 5,4% outros serviços – 38,8%

Estrutura das classes socio-profissionais

Repartição da população empregada por classes socio-profissionais

Classes sócio-profissionais Mirandela

Quadros superiores da administração pública, dirigentes e

quadros superiores de empresa 675 7%

Especialistas das profissões Intelectuais e científicas

782 9%

Técnicos e profissionais de nível intermédio 759 8%

Pessoal administrativo e similares 793 9%

Pessoal dos serviços e vendedores 1445 16%

Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas 1232 13% Operários, artífices e trabalhadores similares

1581 17%

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da

montagem 412 5%

Trabalhadores não qualificados 1408 15%

Forças armadas 61 1%

TOTAL 9148 100%

Alterações da população

Variação da população residente entre 1991 e 2001 – 2,4%

variação por grupos etários 0 - 14 15 - 24 25 - 64 + 65

-25,3 -5,9 7,8 31,3

Saldo das migrações internas – (-5) Imigrantes estrangeiros – 236

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2. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO 2.1. Estrutura da amostra

A estrutura da amostra reproduz a estrutura da população para a unidade territorial do concelho. Deste modo, a amostra dos agregados familiares não agrícolas foi construída segundo o critério da dimensão (número de elementos pertencente a cada agregado), pois este permite uma identificação e classificação imediata das unidades a inquirir (Quadro 2.1). Quadro 2.1. Estrutura da Amostra – AGREGADOS FAMILIARES

Dimensão dos agregados familiares Questionários a realizar

Freguesias urbanas Freguesias rurais

Com 1 residente 17 8 Com 2 residentes 31 16 Com 3 residentes 23 12 Com 4 residentes 20 10 Com 5 ou + residentes 9 4 Total 100 50

Fonte: Elaborado pelos autores com base no Recenseamento Geral da População 2001 (dados provisórios), INE (2002).

A estrutura da amostra das empresas teve em conta a distribuição destas de acordo com a Classificação das Actividades Económicas (CAE) e foi repartida, como indicado no quadro seguinte, entre empresas sediadas em freguesias urbanas e rurais.

Quadro 2.2. Estrutura da Amostra - EMPRESAS

CAE Classificação das Actividades Económicas Questionários a realizar Freguesias urbanas Freguesias rurais

A + B Agricultura e Pesca 15 4

C Indústrias Extractivas - -

D Indústrias Transformadoras 10 3

E Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água - -

F Construção 10 3

G Comércio por Grosso e a Retalho e Reparação de Automóveis 40 12

H Alojamento e Restauração 11 3

I Transportes, Armazenagem e Comunicações 2 1

J Actividades Financeiras 2 2

K Actividades Imobiliárias e Alugueres 6 1

L a Q Adm. Pública, Educação, Saúde, Org. Internacionais 4 1

Total 100 30

Fonte: Elaborado pelos autores com base no Anuário Estatístico da Região Norte 2000, INE (2000).

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reflectir a distribuição da totalidade das explorações agrícolas do concelho (Quadro 2.3). Para o caso dos agregados familiares agrícolas, não foi seguido o critério da dimensão, uma vez que o inquérito foi dirigido às famílias das explorações agrícolas, inquiridas independentemente do número de pessoas do agregado familiar.

Quadro 2.3. Estrutura da Amostra - EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

Dimensão das explorações agrícolas segundo a SAU

(ha) Número de explorações agrícolas a inquirir

[0, 1] 7 ]1, 2] 21 ]2, 5] 33 ]5, 10] 21 ]10, 20] 11 >20 7 Total 100

Fonte: Elaborado pelos autores com base no INE (2001). RGA 1999 – Trás-os-Montes.

As fontes utilizadas para definir a amostra dos agregados familiares não agrícolas, das empresas e das explorações agrícolas, foram, respectivamente, o Recenseamento Geral da População 2001 (dados provisórios) - INE (2002), o Anuário Estatístico da Região Norte 2000 - INE (2000) e o Recenseamento Geral da Agricultura 1999: Trás-os-Montes - INE (2001).

2.2. Selecção da amostra

A selecção dos agregados familiares, das empresas e das explorações agrícolas a inquirir foi feita de forma aleatória com o objectivo último de respeitar o número de inquéritos a realizar dentro de cada estrato da amostra.

A dimensão da amostra foi definida na reunião de Julho de 2002, em Varsóvia, na Polónia, do seguinte modo:

• Agregados familiares não agrícolas: urbanos 100; rurais 50; • Empresas não agrícolas: urbanos 100; rurais 30;

• Explorações agrícolas: 100;

• Agregados familiares agrícolas: 100.

2.3. Metodologia e logística do estudo

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informação relativa a potenciais inquiridos, através de listagens de empresas e de explorações agrícolas, como, também apoio na divulgação do projecto de investigação e esclarecimentos quanto à delimitação exacta da cidade. Deste modo, foi possível definir adequadamente as zonas A e B. A divulgação do projecto foi feita no jornal local Notícias de Mirandela, publicado a 15 de Maio e 15 de Junho de 2003, no jornal regional A Voz de Trás-os-Montes e na Rádio Terra Quente.

A metodologia utilizada no processo de inquirição foi a abordagem directa, ou seja, a realização de questionários cara-a-cara. A inquirição decorreu em Maio de 2003, implicando deslocações diárias a Mirandela, com partida cerca das 8:00H e regresso entre as 19:00H e as 20:00H. Por vezes, e com o intuito de maximizar a recolha de informação, a equipa de trabalho foi confrontada com a necessidade de se dispersar no terreno, o que implicou a utilização de duas viaturas em simultâneo.

Os inquéritos aos agregados familiares foram realizados em diversos locais, nomeadamente, na Câmara Municipal e em escolas de Ensino Básico 2,3 e Secundárias. A duração média de realização destes inquéritos foi de 30 minutos.

A inquirição feita às empresas exigiu uma deslocação a cada uma, por vezes com marcação prévia, feita telefonicamente, mas, na maior parte dos casos, com a procura porta-a-porta. A duração média do questionário, 20 minutos, dependeu da dimensão da empresa, mas sobretudo, da acessibilidade à sua contabilidade. Efectivamente, algumas empresas facultaram os balancetes contabilísticos, facilitando a inquirição. Nas empresas que recorrem a serviços de contabilidade exteriores, as respostas fornecidas foram mais morosas.

Os inquéritos às explorações agrícolas exigiram enormes dispêndios financeiros e de tempo. A dispersão geográfica das explorações, substancialmente superior à das empresas não agrícolas, obrigou ao permanente recurso ao veículo automóvel. Não teria sido possível a realização deste trabalho de campo, num concelho tão extenso (659 km2), sem o apoio precioso dos técnicos da Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, pertencentes à Zona Agrária de Mirandela e do Gabinete de Apoio ao Agricultor. A duração média da inquirição foi de 35 minutos para o questionário à exploração agrícola e de 30 minutos para o questionário ao agregado familiar da respectiva exploração.

2.4. Respostas do estudo

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preenchidos, pelo que não temos inquéritos inválidos ou incompletos. Assim, a nossa metodologia permitiu obter inquéritos sem quaisquer falta de dados.

É de salientar que a escolha dos critérios para definição da estrutura da amostra teve em conta a possibilidade destes permitirem uma identificação e classificação imediata das unidades a inquirir. Deste modo, facilitou-se o trabalho de inquirição e foram evitados grandes desvios em relação às amostras pré-definidas, garantindo-se a sua representatividade. As discrepâncias observadas entre alguns estratos da estrutura da amostra, tanto para empresas como para famílias, e o número de inquéritos efectivamente realizados, resultaram da menor facilidade de contacto com os inquiridos ou, ainda, de haver, nesses estratos, menor apetência ou disponibilidade para responderem aos inquéritos. De referir, também, que a constante monitorização do processo aleatório de inquirição foi dificultada pelo facto de se encontrarem, no terreno, vários elementos da equipa em simultâneo.

No caso das explorações agrícolas inquiridas, as diferenças estão relacionadas com a combinação entre dimensão e maior facilidade de obtenção de dados, uma vez que, a maiores explorações está, normalmente, associada uma maior capacidade organizativa a nível contabilístico e empresarial.

De seguida, apresentam-se os quadros resumo dos inquéritos válidos realizados para cada tipo de questionário. Apenas no caso das explorações agrícolas e respectivos agregados familiares não foi possível cumprir o número de questionários pré-definido. Desta forma, e face ao tempo e recursos financeiros disponíveis para a concretização do trabalho de inquirição, a taxa de realização dos inquéritos correspondeu a 72%.

Quadro 2.4. Inquéritos válidos realizados – Agregados familiares

Dimensão dos agregados familiares Questionários realizados

Freguesias urbanas Freguesias rurais

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Quadro 2.5. Inquéritos realizados e válidos – EMPRESAS

CAE Classificação das Actividades Económicas Questionários realizados Freguesias urbanas Freguesias rurais

A + B Agricultura e Pesca 0 1

C Indústrias Extractivas - -

D Indústrias Transformadoras 13 5

E Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água - -

F Construção 5 2

G Comércio por Grosso e a Retalho e Reparação de Automóveis 52 15

H Alojamento e Restauração 15 3

I Transportes, Armazenagem e Comunicações 3 1

J Actividades Financeiras 3 2

K Actividades Imobiliárias e Alugueres 6 0

L a Q Adm. Pública, Educação, Saúde, Org. Internacionais 4 1

Total 101 30

Quadro 2.6. Inquéritos realizados e válidos - EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

Dimensão das explorações agrícolas segundo a SAU (ha)

Número de explorações agrícolas inquiridas

[0, 1] 2 ]1, 2] 3 ]2, 5] 15 ]5, 10] 21 ]10, 20] 11 >20 20 Total 72

Uma vez que todos os questionários efectuados são questionários com dados válidos em todas as suas vertentes, o quadro que se segue constitui um resumo dos anteriores.

Quadro 2.7. Número de questionários utilizáveis para cada tipo de análise

Análise económica Compras (n) Análise económica Vendas (n) Análise económica Emprego (n) Input-output Compras (n) Input-output Vendas (n)

Empresas– freguesias urbanas 101 101 101 101 101

Empresas – freguesias rurais 30 30 30 30 30

Famílias – freguesias urbanas 100 100 100 100 100

Famílias– freguesias rurais 50 50 50 50 50

Explorações agrícolas 72 72 72 72 72

Famílias agrícolas 72 72 72 72 72

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3 RESULTADOS

3.1 Características dos Inquiridos

3.1.1 Empresas não agrícolas

Quadro 3.1 Tipo de respondente face à empresa

Tipo de respondente % n

Dono da empresa 93,9 123

Gerente 3,8 5

Outro 2,3 3

Total 100 131

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quadro 3.2 Tipo de organização

Tipo de organização % n

Empresa independente, sem filiais 88,5 116

Sede, com filiais em Portugal 3,1 4

Sede, com filiais fora de Portugal 0,8 1

Ramo de uma empresa portuguesa 6,9 9

Ramo de uma empresa internacional 0,8 1

Empresa do sector público 0,0 0

Empresa sem fins lucrativos 0,0 0

Organização não governamental 0,0 0

Outro 0,0 0

Total 100 131

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

O dono da empresa é a entidade que responde ao inquérito com maior frequência (93,9%). Quanto ao tipo de organização da empresa, prevalece maioritariamente a empresa independente, sem filiais, atingindo cerca dos 90% das empresas inquiridas.

Quadro 3.3 Tipo de empresa

Tipo de empresa % n

Pesca, caça ou floresta 0,8 1

Energia ou água 0,0 0

Indústria manufactureira 13,0 17

Construção 6,1 8

Comércio por grosso e distribuição 3,1 4

Comércio a retalho 43,5 57

Alojamento e restauração 15,3 20

Transportes e comunicações 3,1 4

Actividades financeiras (banca, seguros, etc.) 8,4 11

Administração pública, saúde, educação 3,8 5

Serviços pessoais 3,1 4

Total 100 131

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Quadro 3.4 Local de funcionamento

Funcionou sempre neste local? % n

Sim 100 131

Não 0,0 0

Total 100 131

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quadro 3.5 Número de anos a funcionar neste local

Número de anos a funcionar neste local % n

Até 2 anos 12,2 16 3-5 anos 16,8 22 6-10 anos 22,9 30 11-15 anos 16,8 22 Mais de 15 anos 31,3 41 Total 100 131

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

A maior parte das empresas desenvolvem a sua actividade no comércio. As actividades com maior peso, a seguir, são o alojamento e a restauração, representando 15,3% das empresas inquiridas e o sector da indústria, que atinge os 13% das empresas inquiridas. A totalidade das empresas funcionou sempre no local onde decorreu a entrevista e 31,3% funciona nesse local há mais de 15 anos.

Quadro 3.6a Distribuição das empresas segundo a dimensão (nº de empregados) Trabalhadores a tempo

inteiro equivalente(1) % n Dos quais: % n

Inquirido e respectiva família (A) 79,7 59

Restantes empregados (B) 0,0 0

Ambos (A e B) 20,3 15

2 ou menos 56,5 74

Total 100 74

Inquirido e respectiva família (A) 18,2 6

Restantes empregados (B) 0,0 0

Ambos (A e B) 81,8 27

>2-5 25,2 33

Total 100 33

Inquirido e respectiva família (A) 0,0 0

Restantes empregados (B) 0,0 0

Ambos (A e B) 100 17

>5-10 13,0 17

Total 100 17

Inquirido e respectiva família (A) 0,0 0

Restantes empregados (B) 0,0 0

Ambos (A e B) 100 7

> 10 5,3 7

Total 100 7

TOTAL 100 131

1 – Trabalhadores a tempo inteiro equivalente = 1 * nº de trabalhadores a tempo inteiro + 0,5 * nº de trabalhadores a tempo parcial + 0,125 * nº de trabalhadores sazonais/casuais.

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

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estão a ele ligados por laços familiares. O maior volume de emprego é criado pelas empresas com mais de 10 trabalhadores, representando cerca de 40% do emprego. No entanto, a responsabilidade da criação de cerca de 60% do emprego é das empresas de escalões de dimensão inferior a 10 trabalhadores.

Quadro 3.6b Distribuição dos empregados segundo a dimensão (nº de empregados) das empresas Trabalhadores a tempo

inteiro equivalente(1) % n Dos quais: % n

Inquirido e respectiva família 86,5 87,125

Restantes empregados 13,5 13,625

2 ou menos 18,1 100,75

Total 100 100,75

Inquirido e respectiva família 48,3 53,625

Restantes empregados 51,7 57,375

>2-5 20,0 111

Total 100 111

Inquirido e respectiva família 25,6 31,5

Restantes empregados 74,4 91,5

>5-10 22,1 123

Total 100 123

Inquirido e respectiva família 8,4 18,5

Restantes empregados 91,6 202,125

> 10 39,7 220,625

Total 100 220,625

TOTAL 100 555,375

1 – Trabalhadores a tempo inteiro equivalente = 1 * nº de trabalhadores a tempo inteiro + 0,5 * nº de trabalhadores a tempo parcial + 0,125 * nº de trabalhadores sazonais/casuais.

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores. 3.3.2 Explorações agrícolas

Quadro 3.7 Tipo de respondente face à exploração agrícola

Tipo de respondente % n

Dono da exploração agrícola 100 72

Gerente da exploração agrícola 0,0 0

Outro 0,0 0

Total 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quadro 3.8 Idade do agricultor

Idade (anos) % n Menos de 24 0,0 0 25 – 34 5,6 4 35 – 44 11,1 8 45 – 54 30,6 22 55 – 64 15,3 11 Mais de 65 37,5 27 Total 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quadro 3.9 Área da exploração agrícola

Área (hectares) % n Menos de 5 ha 22,2 16 5 - 20 ha 50,0 36 21 - 50 ha 15,3 11 51 - 100 ha 9,7 7 Mais de 100 ha 2,8 2 Total 100 72

(16)

Quadro 3.10 Tipo de produtores Tipo de produtores % n Produtores singulares 100 72 Sociedades familiares 0,0 0 Outras sociedades 0,0 0 Companhias 0,0 0 Outro 0,0 0 Total 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

A totalidade dos respondentes ao inquérito corresponde ao próprio dono da exploração agrícola que é em simultâneo um produtor singular. Cerca de metade dos agricultores têm mais de 55 anos e destes, 37,5% mais de 65. A muito pequena exploração, com menos de 5 ha, atinge os 22,2%, metade das explorações têm entre 5 e 20 ha e cerca de 30% tem mais de 20 ha.

Quadro 3.11 Orientação produtiva

Orientação produtiva % n

Produções animais especializadas 6,9 5

Produção animal mista 0,0 0

Suínos/aves 0,0 0

Cereais 0,0 0

Policultura 54,2 39

Culturas permanentes 34,7 25

Produção animal mista com áreas cultivadas 0,0 0

Horticultura 4,2 3

Outro 0,0 0

Total 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quadro 3.12 Geração familiar a trabalhar na exploração

Primeira geração? % n

Sim 37,5 27

Não 62,5 45

Total 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

(17)

Quadro 3.13a Distribuição das explorações agrícolas segundo a dimensão (nº de empregados) Trabalhadores a tempo

inteiro equivalente(1) % n Dos quais: % n

Inquirido e respectiva família (A) 62,9 22

Restantes empregados (B) 0,0 0

Ambos (A e B) 37,1 13

2 ou menos 48,6 35

Total 100 35

Inquirido e respectiva família (A) 9,7 3

Restantes empregados (B) 0,0 0

Ambos (A e B) 90,3 28

>2-5 43,1 31

Total 100 31

Inquirido e respectiva família (A) 0,0 0

Restantes empregados (B) 0,0 0

Ambos (A e B) 100 6

>5-10 8,3 6

Total 100 6

Inquirido e respectiva família (A) - -

Restantes empregados (B) - -

Ambos (A e B) - -

> 10 0,0 0

Total - -

TOTAL 100 72

1 – Trabalhadores a tempo inteiro equivalente = 1 * nº de trabalhadores a tempo inteiro + 0,5 * nº de trabalhadores a tempo parcial + 0,125 * nº de trabalhadores sazonais/casuais.

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

As explorações agrícolas que mais emprego geram são as que empregam entre 2 e 5 trabalhadores, representam 43,1% do total das explorações inquiridas e criam cerca de metade do emprego. O emprego é criado tanto junto dos inquiridos e respectiva família como dos restantes trabalhadores.

Quadro 3.13b Distribuição dos empregados segundo a dimensão (nº de empregados) das explorações agrícolas

Trabalhadores a tempo

inteiro equivalente(1) % n Dos quais: % n

Inquirido e respectiva família 83,5 43,5

Restantes empregados 16,5 8,625

2 ou menos 28,7 52,125

Total 100 52,125

Inquirido e respectiva família 69,6 64

Restantes empregados 30,4 28

>2-5 50,6 92

Total 100 92

Inquirido e respectiva família 46,8 17,625

Restantes empregados 53,2 20

>5-10 20,7 37,625

Total 100 37,625

Inquirido e respectiva família - -

Restantes empregados - -

> 10 0,0 0

Total - -

TOTAL 100 181,75

1 – Trabalhadores a tempo inteiro equivalente = 1 * nº de trabalhadores a tempo inteiro + 0,5 * nº de trabalhadores a tempo parcial + 0,125 * nº de trabalhadores sazonais/casuais.

(18)

Quadro 3.14a Fontes de rendimento dos agregados familiares agrícolas

Actividades fonte de rendimento % n

Exploração agrícola – agricultura (A) 16,7 12

Outras actividades desenvolvidas na exploração agrícola (B) 0,0 0

Actividades exteriores à exploração agrícola (C) 20,8 15

A e B 0,0 0

A e C 62,5 45

A e B e C 0,0 0

Total 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Somente 16,7% dos agricultores inquiridos vivem exclusivamente da agricultura. A pluriactividade e o pluridendimento são as fontes usuais de obtenção de rendimento, o que ocorre fora da exploração. 20,8% dos agricultores retiram a totalidade do seu rendimento fora da exploração agrícola.

Quadro 3.14b Proporção das fontes de rendimento dos agregados familiares agrícolas por actividade Proporção do rendimento total

[0,5] ]5,15] ]15,50] ]50,85] ]85,95] ]95,100] Total Actividades

fonte de

rendimento %

(n) (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) %

Exploração agrícola – agricultura 30,6

(22) 11,1 (8) 27,8 (20) 9,7 (7) 4,2 (3) 16,7 (12) 100 (72) Outras actividades desen-

volvidas na expl. agrícola 100,0 (72) 0,0 (0) 0,0 (0) 0,0 (0) 0,0 (0) 0,0 (0) 100 (72) Actividades exteriores à exploração

agrícola 16,7 (12) 4,2 (3) 16,7 (12) 23,6 (17) 15,3 (11) 23,6 (17) 100 (72) Fonte: Cálculos elaborados pelos autores. 3.1.3 Agregados familiares – Agrícolas e não agrícolas

Quadro 3.15 Tipo de respondente face à habitação

Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Tipo de respondente % n % n Proprietário 79,3 119 98,6 71 Ocupante 20,7 31 1,4 1 Outro 0,0 0 0,0 0 Total 100 150 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quadro 3.16 Número de elementos do agregado familiar

Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Número de pessoas % n % n 1 8,0 12 5,6 4 2 24,7 37 38,9 28 3 25,3 38 15,3 11 4 32,0 48 23,6 17 5 2,0 9 8,3 6 Mais de 5 8,0 6 8,3 6 Total 100 150 100 72

(19)

Os respondentes ao inquérito dos agregados familiares agrícolas e não agrícolas são, de uma forma geral, proprietários da habitação onde vivem. Esta tendência acentua-se mais para os agregados familiares agrícolas, verificando-se que 98,6% dos inquiridos são proprietários da habitação onde residem. A dimensão mais frequente dos agregados familiares agrícolas e não agrícolas é de 2 a 4 elementos. Há quase um empate entre a situação das famílias agrícolas e não agrícolas relativamente ao facto de residirem ou não nesse local desde sempre: 60% das famílias não agrícolas e 73,3% das agrícolas reside no mesmo local há mais de 10 anos. Quadro 3.17 Ciclo familiar

Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Ciclo familiar

% n % n

Grupo I: Adultos jovens (17-24) sem crianças 0,0 0 0,0 0

Grupo II: Famílias com crianças, até aos 7

anos 20,7 31 11,1 8

Grupo III: Famílias com crianças dos 8 aos 12

anos 14,0 21 6,9 5

Grupo IV: Famílias com crianças dos 13 aos

16 anos 9,3 14 8,3 6

Grupo V: Famílias de adultos, todos em idade

activa 54,7 82 73,6 53

Grupo VI: Idosos (acima da idade da reforma) 1,3 2 0,0 0

Total 100 150 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quadro 3.18 Classe social

Agregados não agrícolas Agregados agrícolas

Classe social % n % n

Ocupações profissionais superiores 34,7 52 4,2 3

Ocupações técnicas e de gestão 11,3 17 93,1 67

Ocupações especializadas - não

manuais 15,3 23 0,0 0

Ocupações especializadas - manuais 0,7 1 1,4 1

Ocupações parcialmente especializadas 32,0 48 1,4 1

Ocupações não especializadas 6,0 9 0,0 0

Reformados e desempregados 0,0 0 0,0 0

Total 100 150 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quadro 3.19 Número de veículos pertencentes ao agregado familiar

Agregados não agrícolas Agregados agrícolas

Número de veículos % n % n Nenhum 3,3 5 31,9 23 1 51,3 77 43,1 31 2 35,3 53 15,3 11 Mais de 2 10,1 15 9,7 7 Total 100 150 100 72

(20)

Quadro 3.20 Residência

Agregados não agrícolas Agregados agrícolas

Sempre residiram neste local? % n % n

Sim 46,7 70 58,3 42

Não 53,3 80 41,7 30

Total 100 150 100 72

Nº de anos a residir neste local

Menos de 2 anos 10,0 8 3,3 1

3 – 5 anos 11,3 9 3,3 1

6 – 10 anos 18,7 15 13,4 4

Mais de 10 anos 60,0 48 73,3 22

Valores não apurados (999) 0,0 0 6,7 2

Total 100 80 100 30

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

A família típica é a que tem adultos em idade activa, seguida das famílias com crianças até aos 7 anos.

No caso dos agregados não agrícolas, estes pertencem, na sua maioria, ao grupo dos profissionais superiores, seguido dos que exercem funções parcialmente especializadas. Quando se analisa o caso dos agregados agrícolas, a grande maioria pertence à classe dos gestores e técnicos, facto que fica a dever-se à especificidade da actividade agrícola.

A maioria das famílias possui uma viatura. As famílias agrícolas que não têm viatura própria atingem 31,9%.

Quadro 3.21 Rendimento do agregado familiar (euros)

Agregados não agrícolas Agregados agrícolas

Rendimento % n % n Inferior a 6 000€ 2,0 3 18,1 13 6 001€ - 10 000€ 15,3 23 26,4 19 10 001€ - 15 000€ 26,0 39 25,0 18 15 001€ - 20 000€ 16,7 25 13,9 10 20 001€ - 25 000€ 9,3 14 5,6 4 25 001€ - 30 000€ 8,7 13 4,2 3 30 001€ - 35 000€ 2,0 3 4,2 3 35 001€ - 45 000€ 7,3 11 0,0 0 45 001€ - 55 000€ 2,7 4 1,4 1 Superior a 55 000€ 10,0 15 1,4 1 Total 100 150 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

(21)

Quadro 3.22 Tipo de emprego

Agregados não agrícolas Agregados agrícolas

Tipo de emprego % n % n

Tempo inteiro 98,7 148 79,2 57

Tempo parcial 1,3 2 16,7 12

Desempregado 0,0 0 0,0 0

Estudante (tempo inteiro) 0,0 0 0,0 0

Reformado 0,0 0 4,2 3

Permanentemente doente ou incapacitado 0,0 0 0,0 0

Doméstica 0,0 0 0,0 0

Outro 0,0 0 0,0 0

Total 100 150 100 72

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

3.2 Resultados Económicos e Indicadores de Integração Local

3.2.1 Empresas não agrícolas

Quadro 3.23 Vendas, Compras e Indicadores de Integração Local para as empresas não agrícolas da área em estudo MIRANDELA Zonas Limites Vendas (%) Compras (%) A Freguesias da cidade 29,5 13,0

B Restantes freguesias do concelho 20,8 5,9

C Concelhos limítrofes 11,9 3,4

D Concelhos contíguos aos concelhos limítrofes 10,2 2,3

E Restantes concelhos da NUT II - Norte 14,7 26,9

F Restantes NUT II do país 11,0 16,0

G Restantes países da União Europeia 1,3 32,5

H Resto do Mundo 0,6 0,0

Total 100 100

Indicadores de Integração

A + B Indicadores de Integração Local

(IIL(vendas/empresas) e IIL(compras/empresas))

0,50 0,19

A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(vendas/empresas) e IILE(compras/empresas))

0,62 0,22

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

As empresas não agrícolas têm uma fraca integração local, no que diz respeito às compras. Cerca de um terço dos seus fornecedores são de países da UE. A região Norte, para além dos concelhos limítrofes fornece um pouco mais de ¼ dos bens e serviços de que necessitam. O resto do país favorece cerca de 1/6.

(22)

3.2.2 Explorações Agrícolas

Quadro 3.24 Vendas, Compras e Indicadores de Integração Local para as explorações agrícolas da área em estudo

MIRANDELA

Zonas Limites

Vendas (%) Compras (%)

A Freguesias da cidade 33,0 60,3

B Restantes freguesias do concelho 19,3 20,8

C Concelhos limítrofes 23,5 6,2

D Concelhos contíguos aos concelhos limítrofes 11,6 3,4

E Restantes concelhos da NUT II - Norte 6,8 8,2

F Restantes NUT II do país 5,6 0,8

G Restantes países da União Europeia 0,2 0,2

H Resto do Mundo 0,0 0,0

Total 100 100

Indicadores de Integração

A + B Indicadores de Integração Local (IIL(vendas/explorações) e

IIL(compras/explorações))

0,52 0,81

A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(vendas/explorações) e IILE(compras/explorações))

0,76 0,87

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

As empresas agrícolas estão mais integradas na economia local. Do lado das compras, as freguesias urbanas de Mirandela atraem cerca de 60% dos abastecimentos. A inclusão dos concelhos limítrofes não vem aumentar de modo significativo o valor do IIL, que passa de 0,81 para 0,87.

Do lado das vendas, os concelhos limítrofes escoam cerca de ¼ da produção, o que contribui, em muito, para o valor de 0,52 do IIL. A produção agrícola destina-se, em cerca de 1/3, à parte urbana do concelho de Mirandela.

3.2.3 Agregados familiares não agrícolas

Quadro 3.25 Compras de bens e serviços e Indicadores de Integração Local dos agregados familiares não agrícolas da área em estudo

MIRANDELA

Zonas Limites Compra de bens e

serviços de elevado valor (%) Compra de bens e serviços de baixo valor (%) A Freguesias da cidade 66,3 89,9

B Restantes freguesias do concelho 7,2 6,6

C Concelhos limítrofes 4,1 0,3

D Concelhos contíguos aos concelhos

limítrofes 1,5 0,7

E Restantes concelhos da NUT II - Norte 11,3 1,7

F Restantes NUT II do país 8,0 0,7

G Restantes países da União Europeia 1,6 0,0

H Resto do Mundo 0,0 0,0

Total 100 100

Indicadores de Integração

A + B Indicadores de Integração Local

(IIL(compras/famílias não agrícolas))

0,74 0,97

A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(compras/famílias não agrícolas))

0,78 0,97

(23)

O grau de integração local, tanto dos agregados familiares não agrícolas como dos agrícolas, é forte, para as compras de elevado valor e muito forte no caso das compras de baixo valor. As freguesias urbanas constituem um pólo de atracção muito forte, nomeadamente para as compras de bens e serviços de baixo valor das famílias não agrícolas. Somente cerca de 20% das compras de baixo valor são efectuadas pelas famílias agrícolas nas freguesias rurais, o que confirma a atractividade do meio urbano de Mirandela.

3.2.4 Agregados familiares agrícolas

Quadro 3.26 Compras de bens e serviços e Indicadores de Integração Local dos agregados familiares agrícolas da área em estudo

MIRANDELA

Zonas Limites Compra de bens e

serviços de elevado valor (%) Compra de bens e serviços de baixo valor (%) A Freguesias da cidade 70,2 77,0

B Restantes freguesias do concelho 6,9 18,2

C Concelhos limítrofes 3,9 3,3

D Concelhos contíguos aos concelhos limítrofes 1,2 0,6

E Restantes concelhos da NUT II - Norte 13,9 0,6

F Restantes NUT II do país 3,2 0,4

G Restantes países da União Europeia 0,6 0,0

H Resto do Mundo 0,0 0,0

Total 100 100

Indicadores de Integração

A + B Indicadores de Integração Local (IIL(compras/famílias agrícolas))

0,77 0,95

A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(compras/famílias agrícolas))

0,81 0,99

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

3.3 Resultados de Emprego e Indicadores de Integração Local

3.3.1 Empresas não agrícolas

Quadro 3.27 Trabalhadores a tempo inteiro equivalente (TIE) e pagamentos salariais para as empresas não agrícolas da área em estudo

Zonas

Limites

TIE

(%) Pagamentos salariais (%)

A Freguesias da cidade 70,7 73,6

B Restantes freguesias do concelho 25,4 22,3

C Concelhos limítrofes 2,6 2,4

D Concelhos contíguos aos concelhos limítrofes 0,6 0,9

E Restantes concelhos da NUT II - Norte 0,4 0,4

F Restantes NUT II do país 0,1 0,4

G Restantes países da União Europeia 0,0 0,0

H Resto do Mundo 0,0 0,0

Total 100 100

Indicadores de Integração

A + B Indicadores de Integração Local (IIL(TIE/empresas) e

IIL(salários/empresas))

0,96 0,96

A + B + C Indicadores de Integração Local Estendidos (IILE(TIE/empresas)) e IILE(salários/empresas))

0,99 0,98

(24)

A integração local, ao nível do emprego criado, medida em TIE e em pagamentos salariais efectuados pelas empresas não agrícolas, é muito forte, quer se tenha em consideração a unidade territorial do concelho de Mirandela, quer alargando a zona aos concelhos limítrofes.

3.3.2 Explorações agrícolas

Quadro 3.28 Trabalhadores a tempo inteiro equivalente (TIE) e pagamentos salariais para as explorações agrícolas da área em estudo

Zonas

Limites

TIE

(%) Pagamentos salariais (%)

A Freguesias da cidade 13,7 12,5

B Restantes freguesias do concelho 85,4 85,3

C Concelhos limítrofes 0,3 0,8

D Concelhos contíguos aos concelhos limítrofes 0,1 0,2

E Restantes concelhos da NUT II - Norte 0,3 0,8

F Restantes NUT II do país 0,0 0,0

G Restantes países da União Europeia 0,2 0,4

H Resto do Mundo 0,0 0,0

Total 100 100

Indicadores de Integração

A + B Indicadores de Integração Local (IIL(TIE/explorações) e

IIL(salários/explorações))

0,99 0,98

A + B + C Indicadores de Integração Local Estendidos (IILE(TIE/explorações)) e IILE(salários/explorações))

1,0 0,99

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

A integração local, ao nível do emprego criado, medido em TIE e em pagamentos salariais efectuados pelas empresas agrícolas, é muito forte, quer se tenha em consideração a unidade territorial do concelho de Mirandela, quer alargando a zona aos concelhos limítrofes.

3.3.3 Agregados familiares não agrícolas

Quadro 3.29 Trabalhadores a tempo inteiro equivalente (TIE) dos agregados familiares não agrícolas da área em estudo Zonas Limites TIE (%) A Freguesias da cidade 80,2

B Restantes freguesias do concelho 15,8

C Concelhos limítrofes 0,8

D Concelhos contíguos aos concelhos limítrofes 1,2

E Restantes concelhos da NUT II – Norte 1,6

F Restantes NUT II do país 0,4

G Restantes países da União Europeia 0,0

H Resto do Mundo 0,0

Total 100

Indicadores de Integração

A + B Indicador de Integração Local (IIL(TIE/famílias não agrícolas)) 0,96

A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(TIE/famílias não agrícolas)) 0,97

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

(25)

concelhos limítrofes. As freguesias urbanas do concelho de Mirandela conseguem atrair cerca de 80% do emprego das famílias não agrícolas.

3.3.4 Agregados familiares agrícolas

Quadro 3.30 Trabalhadores a tempo inteiro equivalente (TIE) dos agregados familiares agrícolas da área em estudo Zonas Limites TIE (%) A Freguesias da cidade 19,5

B Restantes freguesias do concelho 79,7

C Concelhos limítrofes 0,8

D Concelhos contíguos aos concelhos limítrofes 0,0

E Restantes concelhos da NUT II - Norte 0,0

F Restantes NUT II do país 0,0

G Restantes países da União Europeia 0,0

H Resto do Mundo 0,0

Total 100

Indicadores de Integração

A + B Indicador de Integração Local (IIL(TIE/famílias agrícolas)) 0,99

A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(TIE/famílias agrícolas)) 1,00

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

Quando se analisa o grau de integração local, em termos de emprego dos agregados familiares agrícolas, verifica-se que o nível de integração local é também elevado, com um valor do IIL muito próximo da unidade, quando se considera o concelho como unidade territorial, e o valor de 1 quando se juntam os concelhos limítrofes. Como seria de esperar, as freguesias rurais atraem cerca de 80% do emprego.

3.4 Análise Bivariada

3.4.1 Empresas não agrícolas

Quadro 3.31 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) com algumas características das empresas não agrícolas da área em estudo

Zonas A + B Zonas A + B + C Características

Vendas Compras Vendas Compras

Dimensão da empresa segundo o nº de trabalhadores a

TIE 20,816 *** 4,229 26,554 *** 3,659 Tipo de empresa (sectores de actividade) 13,903 *** 2,109 24,822 *** 2,906 Tipo de organização 622,500 * 496,000 *** 556,000 ** 457,000 *** Localização da empresa (A ou B) 1426,000 1376,000 994,000 *** 1248,500

Anos de funcionamento neste endereço 2,610 0,242 0,499 0,209

Origem do respondente 2,165 0,837 2,093 0,542

Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)

(26)

Nas empresas não agrícolas há características que não têm nenhuma influência na integração local das compras e das vendas, quer no concelho de Mirandela, quer quando se estende esta zona aos concelhos limítrofes. Estaremos a falar do número de anos de funcionamento neste endereço e da origem do respondente. Esta situação mantém-se no caso só das compras para a localização da empresa, do tipo de empresa por sectores de actividade e da dimensão da empresa segundo o número de trabalhadores.

A integração local das vendas é influenciada pela dimensão da empresa segundo o número de trabalhadores e pelo tipo de empresa por sectores de actividade, uma vez que se rejeita a hipótese nula de igualdade das médias para ambas as características, com um nível de confiança de 99%. Uma outra característica influencia a integração local das vendas. Referimo-nos ao tipo de organização da empresa, que vê o nível de confiança com que se rejeita a hipótese nula aumentar de 90 para 95%, quando se alarga a zona em análise.

O tipo de organização influencia, pelas mesmas razões, o grau de integração local das compras, quer no concelho, quer quando se estende aos concelhos limítrofes, para um nível de confiança de 99%. O mesmo acontece com a localização da empresa, mas só quando a zona inclui os concelhos limítrofes.

3.4.2 Explorações agrícolas

Quadro 3.32 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) com algumas características das explorações agrícolas da área em estudo

Zonas A + B Zonas A + B + C Características Vendas Compras Vendas Compras

Dimensão da exploração segundo o nº de trabalhadores

a TIE 1,139 11,116 *** 2,443 13,957 ***

Dimensão da exploração segundo a área

(número de hectares) 5,618 * 15,205 *** 2,296 9,670 ***

Orientação produtiva 0,191 1,931 2,028 3,806

Primeira geração familiar na exploração 575,500 604,000 607,000 573,000

Idade do agricultor 0,706 3,101 3,044 6,164

Rendimento familiar proveniente da exploração(≥ ou <

que 50%) 402,500 ** 343,000 *** 439,000 ** 410,000 ***

Origem do respondente 1,310 3,648 1,364 5,297

Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

(27)

percentagem de rendimento familiar proveniente da exploração agrícola, tanto no concelho como nos concelhos limítrofes, mas o nível de significância sobe para os 95%.

No caso das compras, aspectos como a orientação produtiva, o facto de ser ou não a primeira geração familiar na exploração, a idade do agricultor e a origem do respondente, não têm qualquer influência no grau de integração local. Todas as outras características, isto é, a dimensão da exploração segundo a área, o dimensão da exploração segundo o número de trabalhadores e a percentagem do rendimento familiar proveniente da exploração agrícola, são determinantes para o grau de integração local das vendas das explorações agrícolas, tanto no concelho de Mirandela, como quando se inclui os concelhos limítrofes.

3.4.3 Agregados familiares não agrícolas e agrícolas

Quadro 3.33 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) com algumas características dos agregados familiares não agrícolas e agrícolas

Zonas A + B Zonas A + B + C

Características Não agrícolas Agrícolas Não agrícolas Agrícolas

Anos de residência na localidade 4,236 4,953 4,099 4,525

Rendimento anual 17,185

*** 2,271 26,662 *** 1,847

Número de veículos do agregado 24,078

***

4,656 21,313

***

7,758 * Número de elementos do agregado familiar 7,685

* 12,928 *** 4,628 5,985 Ciclo familiar 2,844 3,399 * 2,843 0,508 Localização do agregado (A ou B) 1830,000 *** 272,500 1939,000 ** 319,000 Localização do emprego 1,599 -- 1,489 -- Classe social 23,290 *** 0,027 24,500 *** 1,132 Tipo de despesa

(baixo valor/elevado valor) 1401,000 *** 280,500 1479,000 *** 234,000 ** Tipo de despesa

(bens/serviços) 1193,000 *** 222,000 *** 1299,000 *** 249,000 ***

Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)

Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.

(28)

O número de veículos do agregado familiar e o tipo de despesa de baixo ou elevado valor só não influencia o grau de integração local, no concelho de Mirandela, das famílias agrícolas. O ciclo familiar só tem influência na integração local, no concelho de Mirandela, das compras dos agregados familiares agrícolas, uma vez que se rejeita a hipótese nula de igualdade das médias, com um nível de confiança de 90%.

O número de elementos do agregado familiar só tem influência no padrão da integração local das famílias agrícolas ou não, quando é tido em consideração como unidade territorial somente o concelho. O nível de confiança é muito maior no caso das famílias agrícolas (95%) do que das famílias não agrícolas (90%).

(29)

4 SÍNTESE DE RESULTADOS

Este ponto tem, por finalidade, a apresentação de uma síntese dos resultados obtidos, relativamente às características das empresas e famílias agrícolas ou não, inquiridas no concelho onde está localizada a cidade de Mirandela.

Em primeiro lugar, através das características dos inquiridos, apresentaremos um retrato dos agentes económicos, famílias e empresas, quer estejam, ou não, ligados à actividade agrícola. Não podemos deixar de referir, mais uma vez, que, quer para as famílias, quer para as empresas, a inquirição teve por base uma estrutura da amostra, previamente definida, de acordo com os dados oficiais concelhios, recolhidos junto do Instituto Nacional de Estatística e apresentados no ponto 2.

De seguida, através dos resultados obtidos dos Indicadores de Integração Local tanto ao nível económico, como ao nível de emprego, e tecermos algumas considerações, visando mostrar em que medida os diferentes actores se integram na economia local do concelho de Mirandela e dos seus concelhos limítrofes.

Por fim, tendo por base a análise bivariada, comparar-se-ão as importâncias relativas de cada uma das diferentes características dos diversos agentes económicos na determinação do grau da sua integração local.

As empresas não agrícolas apontam para a tipologia seguinte: • Tipo de respondente face à

empresa -dono da empresa; • Tipo de organização - Empresa independente, sem filiais; • Tipo de empresa - Serviços; • Local de funcionamento - Sempre no concelho e há mais de 15 anos; • Distribuição das empresas segundo a dimensão em termos de número de empregados – 2 ou menos trabalhadores a TIE; • Maior número de postos de trabalho - >10

trabalhadores a TIE.

As empresas agrícolas seguem o seguinte padrão; • Tipo de respondente face à empresa

agrícola - dono da exploração agrícola e produtor singular e na exploração há mais de uma geração • Idade do agricultor –65 ou mais anos; • A área da exploração agrícola - entre 5 e 20 ha; • Orientação produtiva - policultura e culturas permanentes; • Distribuição das explorações segundo o número de empregados e maior número de postos de trabalho – menos de 2 trabalhadores a TIE e entre 2 e 5 trabalhadores a TIE, respectivamente; • Fontes

de rendimento - Pluriactividade e plurirendimento.

Das famílias não agrícolas, poder-se-á dizer que a moda é: • Tipo de respondente face a

habitação - proprietário; • Número de elementos do agregado familiar - 4; • Ciclo familiar -

(30)

Número de veículos do agregado - um; • Local de residência - nem sempre terem residido no

concelho; • Rendimento anual - entre 10001 e 15000 euros; •Tipo de emprego - a tempo

inteiro.

Por fim, das famílias agrícolas poder-se-á dizer que a moda é: • Tipo de respondente face a

habitação - proprietário; • Número de elementos do agregado familiar - 2; • Ciclo familiar - família de adultos em idade activa; • Classe social - ocupação técnica de gestão • Número de veículos do agregado - 1; • Local de residência - sempre terem residido no concelho; • Rendimento anual - entre 6001 e 10000 euros; • Tipo de emprego - a tempo inteiro.

Quadro 4.1 Síntese do nível de Integração Local dos diferentes agentes económicos em termos económicos e de emprego

Resultados económicos e do Emprego Delimitação da Zona

A+B A+B+C

Vendas das empresas não agrícolas Moderado Forte

Compras das empresas não agrícolas Fraco Fraco

Vendas das empresas agrícolas Moderado Forte

Compras das empresas agrícolas Muito Forte Muito Forte

Compras de elevado valor das famílias não

agrícolas Forte Forte

Compras de baixo valor das famílias não agrícolas Muito Forte Muito Forte

Compras de elevado valor das famílias agrícolas Forte Muito Forte

Compras de baixo valor das famílias agrícolas Muito Forte Muito Forte

Emprego - Empresas não agrícolas Muito Forte Muito Forte

Emprego - Empresas agrícolas Muito Forte Muito Forte

Emprego - Famílias não agrícolas Muito Forte Muito Forte

Emprego - Famílias agrícolas Muito Forte Muito Forte Fraco – Indicador de Integração Local [0; 0,4[; Moderado – Indicador de Integração Local [0,4; 0,6[; Forte – Indicador de Integração Local [0,6; 0,8[; Muito Forte – Indicador de Integração Local [0,8; 1].

Fonte: A partir dos quadros 3.23 a 3.30

O quadro anterior sintetiza o segundo objectivo destas conclusões, referindo a intensidade com que ocorre a integração local dos diferentes agentes económicos ao nível do concelho de Mirandela e dos seus concelhos limítrofes.

Os quadros que se seguem indicam a influência exercida, ou não, pelas diferentes características dos agentes económicos famílias e empresas. O valor entre parênteses dá-nos informação sobre qual a componente da característica que mais contribui para o exercício desta influência no grau de integração local

Para as empresas não agrícolas, o que mais influencia a integração local é: a dimensão da

(31)

acordo com o sector de actividade (primário); e o tipo de organização (independentes sem filiais).

No caso das empresas agrícolas, o que mais influencia a integração local é: a dimensão da

exploração segundo o número de trabalhadores a TIE (2 ou menos); a dimensão da exploração segundo a área (explorações de pequena dimensão); e o rendimento familiar proveniente da exploração (inferior a 50%).

Para os agregados familiares não agrícolas, o que mais influencia a sua integração local é:

o rendimento anual (inferior a 15000 €); o número de veículos do agregado (nenhum); o número de elementos do agregado (2 ou menos); a localização do agregado (zona B); a classe social (ocupações não especializadas); e o tipo de despesa (despesa em bens ≥50% e despesa de elevado valor ≥50%).

Por fim, para as famílias agrícolas, poderemos referenciar as seguintes variáveis como

aquelas que mais influenciam a seu grau de integração local: número de veículos do agregado (nenhum); número de elementos do agregado (2 ou menos); ciclo familiar (família de adultos); e o tipo de despesa (despesa em bens ≥50% e despesa de elevado valor ≥50%). Quadro 4.2 Influência na Integração Local de algumas características das empresas não agrícolas da área em estudo

Zonas A + B Zonas A + B + C Características Vendas Compras Vendas Compras

Dimensão da empresa segundo o nº de

trabalhadores a TIE (2 ou menos SIM

TTIE) NÃO

SIM (2 ou menos

TTIE) NÃO

Tipo de empresa

(sectores de actividade) (Primário) SIM NÃO (Primário) SIM NÃO

Tipo de organização (Independente SIM sem filiais) SIM (Independente sem filiais) SIM (Independente sem filiais) SIM (Independente sem filiais) Localização da empresa

(A ou B) NAO NÃ0 (Zona B) SIM NÃO

Anos de funcionamento neste endereço NÃO NÃO NÃO NÃO

Origem do respondente NÃO NÃO NÃO NÃO

Fonte: A partir do quadro 3:31 e do Quadro A1 e A2do Anexo

Quadro 4.3 Influência na Integração Local de algumas características das empresas agrícolas da área em estudo

Zonas A + B Zonas A + B + C Características Vendas Compras Vendas Compras Dimensão da exploração segundo o nº de

trabalhadores a TIE NÃO (2 ou menos SIM

TTIE) NÃO

SIM (2 ou menos TTIE)

Dimensão da exploração segundo a área

(número de hectares) (menos de 5 ha) SIM (menos de 5 ha) SIM NÃO (menos de 5 ha) SIM

(32)

Primeira geração familiar na exploração NÃO NÃO NÃO NÃO

Idade do agricultor NÃO NÃO NÃO NÃO

Rendimento familiar proveniente da exploração(≥≥ ou <<

que 50%) (< 50%) SIM (< 50%) SIM (< 50%) SIM (< 50%) SIM

Origem do respondente NÃO NÃO NÃO NÃO

Fonte: A partir do quadro 3:32 e do Quadro A3 e A4do Anexo

Quadro 4.4 Influência na Integração Local de algumas características dos agregados familiares agrícolas e não agrícolas da área em estudo

Zonas A + B Zonas A + B + C Características Não agrícolas Agrícolas Não agrícolas Agrícolas Anos de residência na localidade NÃO NÃO NÃO NÃO

Rendimento anual SIM

(<15000 euros) NÃO (<15000 euros) SIM NÃO

Número de veículos do agregado SIM

(Nenhum) NÃO (Nenhum) SIM (Nenhum) SIM

Número de elementos do agregado familiar SIM

(2 ou menos) (2 ou menos) SIM NÃO NÃO

Ciclo familiar NÃO (Família de SIM

adultos)* NÃO NÃO

Localização do agregado (A ou B)

SIM

(Zona B) NÃO (Zona B) SIM NÃO

Localização do emprego NÃO NÃO NÃO NÃO

Classe social SIM (Ocupações não especializadas) NÃO SIM (Ocupações não especializadas) NÃO Tipo de despesa

(baixo valor/elevado valor)

(33)

Bibliografia

INE (2002a). Censos 2001 - XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da habitação –

Resultados Definitivos – Norte. Instituto Nacional de Estatística. Lisboa.

INE (2002b). Censos 2001 - XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da habitação –

Resultados Definitivos – Portugal. Instituto Nacional de Estatística. Lisboa.

INE (2001). Recenseamento Geral da Agricultura 1999: Trás-os-Montes: Principais Resultados. Instituto Nacional de Estatística. Lisboa.

INE (2001). Anuário Estatístico da Região Norte: 2000. Instituto Nacional de Estatística. Porto. LOPES, ROGER. T. (2002). Mirandela. João Azevedo Editor.

(34)

34

ANEXOS - ANÁLISE BIVARIADA / Resultados completos

Tabela A1 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) das compras com algumas características das empresas não agrícolas da área em estudo

Zonas A+B Zonas A+B+C

Características

n Média Desvio

padrão Posição das médias estatístico Teste n Média Desvio padrão Posição das médias estatístico Teste

Dimensão da empresa segundo o nº de trabalhadores a TIE

2 ou menos (1) >2-5 (2) >5-10 (3) Mais de 10 (4) 131 74 33 17 7 34,5 37,4 25,4 44,9 20,6 39,7 40,7 36,7 40,8 36,6 68,0 57,9 78,1 54,1 4,229 (0,238) 131 74 33 17 7 38,8 40,8 32,8 48,9 20,6 41,9 43,0 39,3 43,2 36,6 67,0 60,7 78,3 50,9 3,659 (0,301)

Tipo de empresa (sectores de actividade)

Primário (1) Secundário (2) Terciário (3) 131 1 29 101 34,5 2,0 22,1 38,4 39,7 0,0 31,7 41,2 41,0 58,3 68,5 2,109 (0,348) 131 1 29 101 38,8 2,0 25,2 43,0 41,9 0,0 34,1 43,2 37,0 56,9 68,9 2,906 (0,234) Tipo de organização

Empresa independente, sem filiais (1) Outras (2) 131 116 15 34,5 36,8 16,9 39,7 39,9 34,3 69,2 41,1 496,000 (0,006) *** 131 116 15 38,8 41,5 17,4 41,9 42,0 35,0 69,6 38,5 457,000 (0,003) *** Localização da empresa Zona A (1) Zona B (2) 131 101 30 34,5 35,0 33,0 39,7 41,2 34,7 64,6 70,6 1376,000 (0,441) 131 101 30 38,8 37,3 43,7 41,9 42,9 38,3 63,4 74,9 1248,500 (0,140)

Anos de funcionamento neste endereço

2 anos ou menos (1) >2 –5 anos (2) >5 – 10 anos (3) Mais de 10 anos (4) 131 16 22 30 63 34,5 36,5 35,5 34,9 33,5 39,7 43,9 37,5 42,3 39,0 65,3 69,5 66,1 65,0 0,242 (0,971) 131 16 22 30 63 38,8 40,8 40,1 37,0 38,6 41,9 42,8 41,8 43,5 41,9 67,8 68,5 64,3 65,5 0,209 (0,976) Origem do respondente Não local (1)

Local, há mais de 10 anos (2)

Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona C ou D) (3) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona E - H) (4)

131 6 109 3 13 34,5 24,9 35,3 17,7 36,3 39,7 33,0 40,2 28,0 42,5 59,7 67,0 50,0 64,0 0,837 (0,841) 131 6 109 3 13 38,8 35,5 38,6 31,0 43,3 41,9 35,4 41,7 51,1 48,5 68,1 66,4 50,7 65,0 0,542 (0,909) Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)

(35)

35

Tabela A2 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) das vendas com algumas características das empresas não agrícolas da área em estudo

Zonas A+B Zonas A+B+C

Características

n Média Desvio

padrão Posição das médias estatístico Teste n Média Desvio padrão Posição das médias estatístico Teste

Dimensão da empresa segundo o nº de trabalhadores a TIE

2 ou menos (1) >2-5 (2) >5-10 (3) Mais de 10 (4) 131 74 33 17 7 71,6 79,6 68,8 61,2 26,6 30,5 27,8 26,6 33,1 24,1 76,7 58,9 53,1 18,2 20,816 (0,000) *** 131 74 33 17 7 85,8 92,1 87,1 74,7 40,1 25,9 19,7 22,6 30,1 37,3 75,5 65,6 46,2 16,1 26,554 (0,000) ***

Tipo de empresa (sectores de actividade)

Primário (1) Secundário (2) Terciário (3) 131 1 29 101 71,6 100,0 51,0 77,3 30,5 0,0 36,1 26,1 110,5 44,1 71,8 13,903 (0,001) *** 131 1 29 101 85,8 100,0 63,2 92,2 25,9 0,0 36,8 17,4 93,5 38,4 73,7 24,822 (0,000) *** Tipo de organização

Empresa independente, sem filiais (1) Outras (2) 131 116 15 71,6 72,9 61,7 30,5 30,7 28,5 68,1 49,5 622,500 (0,068) * 131 116 15 85,8 87,6 72,3 25,9 25,0 29,8 68,7 45,1 556,000 (0,011) ** Localização da empresa Zona A (1) Zona B (2) 131 101 30 71,6 72,0 70,3 30,5 29,2 35,1 65,1 69,0 1426,000 (0,619) 131 101 30 85,8 84,1 91,7 25,9 26,1 24,6 60,8 83,4 994,000 (0,001) ***

Anos de funcionamento neste endereço

2 anos ou menos (1) >2 –5 anos (2) >5 – 10 anos (3) Mais de 10 anos (4) 131 16 22 30 63 71,6 71,2 71,1 77,8 69,0 30,5 34,1 24,3 30,2 31,9 64,7 61,3 75,5 63,5 2,610 (0,456) 131 16 22 30 63 85,8 81,1 87,6 89,2 84,8 25,9 34,6 19,8 20,5 27,8 64,1 61,9 67,0 67,4 0,499 (0,919) Origem do respondente Não local (1)

Local, há mais de 10 anos (2)

Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona C ou D) (3) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona E - H) (4)

131 6 109 3 13 71,6 63,3 73,5 65,0 61,3 30,5 36,0 29,4 30,4 37,7 55,8 68,2 55,8 55,0 2,165 (0,539) 131 6 109 3 13 85,8 78,3 87,8 91,7 71,4 25,9 33,7 23,6 14,4 40,4 66,0 67,4 70,5 53,2 2,093 (0,553) Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)

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