TRIBOLOGIA
POLÍMEROS
ATRITO E DESGASTE
TRIBOLOGIA
Ciência que estuda
Objetivo de entender as interações entre os materiais em contato podendo, assim, maximizar a sua aplicação
desgaste de superfícies de materiais de engenharia.
o atrito,
Três principais áreas onde a aplicação de princípios tribológicos
leva a redução dos custos
Aumentar
a vida útil do componentea redução de manutenção dos custos de reposição;
Evitar
excessivas paradas dos componenteslimitando conseqüentes perdas de produção;
Reduzir
os custos de investimentosResistência à fricção – atrito ou deslizamento
Quando os polímeros deslizam sobre outros materiais (metálicos ou não) chamados rígidos
o atrito tende a ser determinado pelas propriedades do material polimérico.
Comportamento quanto ao atrito não deve excluir a contribuição das características das superfícies (mecânicas, térmicas e físico-químicas)
F
atritooposta à força de deslizamento e depende do acabamento da superfície do material.
Carga (N)
coeficiente de atrito excepcionalmente baixo (abaixo de 0,02) em quase todas as composições,
independente da adição ou não de lubrificante.
entre 0,2 e 0,8
Resistência à fricção – atrito ou deslizamento
- maioria dos plásticos
F
F
F
F
C
C
n
As borrachas macias têm coeficiente de atrito alto (4 ou mais).
A facilidade com que essas cadeias deslizam umas sobre as outras irá influenciar as propriedades mecânicas frente ao desgaste e o valor do coeficiente de atrito desses materiais.
Quando é aplicada sobre um polímero uma tensão ....
Mecanismo de atrito em polímeros
distribui entre as suas cadeias moleculares emaranhadas, provocando um deslizamento entre as mesmas
Mecanismo de atrito em polímeros
Deslizamento de uma aspereza dura contra uma superfície polimérica:
zona interfacial - espessuras de 10 nm da superfície do
polímero.
adesão e de deformação
O atrito entre polímeros dois mecanismos principais
região - mecanismo de adesão (zona interfacial) e de deformação (zona coesiva).
relação com a força necessária para romper (cisalhar) as junções formadas no contato devido à atuação destas forças ou
movimentar as cadeias poliméricas em regiões subsuperficiais
Mecanismo de atrito em polímeros
Componente de adesão
forte dependência com a rugosidade do contra-superfície.
Mecanismo de deformação
Processo envolve dissipação completa de energia em volta da área de contato, provocando sulcamento.
Mecanismo de dissipação
de energia no
deslizamento de polímero
contra superfície rígida
Forças de adesão conduzem
processo interfacial de dissipação de energia
Componente de deformação
Responsáveis classe de mecanismo de desgaste
Fenômenos:
Sub-superficiais ou desgaste por abrasão Superficiais ou desgaste por adesão
Comportamento ao atrito e desgaste para os plásticos
dependente de fatores relacionados às características do
agregado polimérico
morfologia das cadeias,
peso molecular e sua distribuição, grau de cristalinidade,
e orientação das cadeias
composição do material e reatividade química
estabilização e degradação, acabamento superficial
Parâmetros
do sistema tribológicoComportamento ao atrito e desgaste para os plásticos
o tipo de movimento, a velocidade relativa, o meio ambiente
Cada uma deles tem um efeito significativo no tipo de desgaste e a taxa de desgaste de um componente.
o lubrificante a temperatura
Características do agregado polimérico
Morfologia das cadeias
Macromoléculas – elevado grau de emaranhamento Revendo...
Tensão aplicada
distribui-se entre as cadeias
contato e posterior deslizamento
Assim... A Morfologia das cadeias é parâmetro importantedeterminar com que facilidade uma molécula irá deslizar sobre a outra
Presença de grupos laterais aumentando o volume livre e
taticidade – maior emaranhamento – dificultando o movimento relativo.
Polietileno de alta densidade
H
H
H
H
C
C
n
Poliestireno – sem simetria
C
H
H
H
C
C
C
H
H
H
C
C
C
C
C
H
H
C
H
H
H
C
C
C
C
C
H
H
C
H
H
H
C
C
n
Peso molecular e sua distribuição
Peso molecular Emaranhamento entre macromoléculas
A distribuição tensões
aplicadas envolve maior volume do sólido – mais pontos em contato
Aumento de - menor deslizamento
melhoria da resistência ao processo de desgaste por abrasão
Distribuição PM relaciona-se com a presença de oligômeros livres que podem funcionar como lubrificante no movimento relativo entre as cadeias
Grau de cristalinidade e orientação das cadeias
Características do agregado polimérico
Função do processo de cristalização e da estrutura molecular do agregado
alterados pela a presença ou não de grupos laterais, sua quantidade e tamanho, taticidade, ramificações das cadeias, flexibilidade e o seu peso molecular.
Várias Teorias – relação aumento da cristalinidade com comportamento a atrito e desgaste.
Aumento da dureza devido ao aumento do grau de cristalinidade
Diminuição da área real de contato entre as superfícies
Aumento nas tensões suportadas nos pontos de contato
taxas de desgaste maiores (maior coeficiente de atrito)
Porém, polímeros como o PTFE e PE
em função do deslizamento entre as macromoléculas ocorre seu alinhamento na direção do escorregamento
resultando na diminuição
aumento do grau de cristalinidade para ambos
Grau de cristalinidade e orientação das cadeias
desgaste volumétrico PE para o PTFE
não existe um comportamento padrão no tocante ao atrito entre diferentes polímeros se relacionarmos a
morfologia das cadeias e as características do agregado polimérico
Composição do material e reatividade química
As características mecânicas dos materiais exercem forte influência quanto ao tamanho da área real de contato
Qualidade da adesão é função:
afinidade entre os materiais envolvidos
presença de contaminantesPolaridade das moléculas
influenciam nas forças de coesão entre as mesmas polímeros apolares apresentam menor coesão e o
escorregamento entre as cadeias se dá de maneira mais fácil que naqueles com grupos polares laterais
Movimentos relativos
Resistência ao desgaste de polímeros
Fatores indicativos de resistência ao desgaste
coeficiente de atrito
taxa de desgaste (perda volumétrica / tempo)
Reduzindo o desgaste
Lubrificação
Tratamento superficial - inserção de elementos de liga superficialmente, tratamentos térmicos, revestimentos superficial. Polímeros auto-lubrificantes - poli-tetra-flúor etileno (PTFE -teflon), polietileno de ultra-alto peso molecular, acetais, os nylons, os poliimidas, entre outros.
Modificar o deslizamento entre moléculas altera as características do comportamento do atrito e desgaste
Plastificante – melhorar a processabilidade e resistência ao impacto
Objetivo – facilitar o escorregamento entre as cadeias e diminuir o coeficiente de atrito
é possível que com a diminuição dos valores de haja melhora no comportamento ao desgaste mas isso pode implicar em queda no desempenho
Lubrificantes internos – poliamidas com óleos lubrificantes
Resistência ao desgaste de polímeros
alta resistência ao desgaste – combinação de aditivos lubrificantes e fibras
vidro, carbono e fibras aramidas são usualmente adicionadas como reforço aumentando o desempenho quanto ao desgaste.
melhorar a resistência ao desgaste – adição de aditivos.
adicionando-se 20% (p/p) de PTFE (teflon) no policarbonato, seu coeficiente de atrito diminui drasticamente.
a perda progressiva de material da superfície de um corpo sólido devido a ação mecânica, isto é, o contato e o movimento relativo entre este corpo e um contra-corpo sólido, líquido ou gasoso - (DIN 50320)
Tipos de processos de desgaste
Classificação :
de acordo com a aparência da superfície desgastada e com base no mecanismo fundamental que está operando. Esteúltimo enfoque é complicado, pelo fato que mais do que um mecanismo pode estar operando ao mesmo tempo
Os quatro mecanismos básicos
adesão; abrasão;
fadiga de superfície; reação triboquímica.
desgaste do tipo abrasivo mais encontrado - contribuindo com 50% em relação ao desgaste total existente.
Na indústria...
desgaste adesivo é o segundo
predominante - 15% do problema de desgaste industrial.
35% - desgaste causado por erosão,
Processos de desgaste primários
Desgaste Abrasivo (Abrasão)
ocorre sob o movimento relativo entre um corpo duro e uma superfície mais mole que o
material
o corpo duro pode ser fraturado e a superfície mais mole pode ser trincada e/ou deformada e o material será removido da superfície, resultando perda de volume.
Desgaste Abrasivo (Abrasão)
Pode ser caracterizado : com abrasão a dois corpos ou três corpos
o primeiro ocorre quando um abrasivo desliza ao longo de uma superfície – lixamento, retifica, etc
o segundo quando um abrasivo desliza entre uma superfície e outra - moagem, britagem, etc
ou caso de partículas de desgaste, originadas por outros mecanismos
Desgaste Abrasivo (Abrasão)
Classificação de desgaste por abrasão
prática industrial tem-se adotado uma classificação para o desgaste abrasivo, de acordo com a severidade das tensões envolvidas
abrasão por goivagem ou sulcamento - envolve remoção da superfície pela ação de materiais abrasivos geralmente com dimensões grosseiras - condições de altas tensões e envolvendo impacto.
abrasão por riscamento ou baixas tensões - a superfície desgastada é riscada pelo material abrasivo que, ao penetrar na superfície, promove a remoção de material.
abrasão por moagem ou altas tensões - ocorre em equipamentos onde o material abrasivo é forçado a passar entre duas superfícies tensionadas
Micromecânismos de desgaste abrasivo
formas de remoção de material e degradação microestrutural da superfície desgastada
microssulcamento - ação de partícula abrasiva deformando plasticamente a superfície de um material (ou fase) dúctil, formando um sulco em seu trajeto
Micromecânismos de desgaste abrasivo
formas de remoção de material e degradação microestrutural da superfície desgastada
microcorte - formação de pequenos cavacos quando as tensões de cisalhamento, impostas pelo deslocamento da partícula abrasiva sobre a superfície, são suficientemente elevadas para a ruptura do material dúctil
Micromecânismos de desgaste abrasivo
formas de remoção de material e degradação microestrutural da superfície desgastada
microtrincamento - processo de fragmentação da superfície frágil, pela formação de crescimento de trincas, devido à ação da partícula abrasiva
A proporção de microssulcamento para microcorte
depende do ângulo de ataque () das partículas abrasivas
quando
>
cresulta
no destacamento do
material por microcorte.
c(ângulo crítico)
função do material depositado e condições de teste descreve a transição entre microssulcamento e microcorte razão de microssulcamento para microcorte como uma função da razão do ângulo de ataque para o ângulo de ataque crítico
Exemplos morfologia desgaste – adesão e brasão
abrasão
Fadiga
O fenômeno da fadiga é um processo de falha gradativa de um componente submetido a uma solicitação mecânica cíclica (alternada, pulsante ou flutuante)
sua vida pode ser considerada praticamente infinita desde que as cargas solicitantes fiquem abaixo dos limites de resistência
estática do material constituinte. Componente solicitado estaticamente
Fadiga
Contudo na solicitação cíclica o componente pode falhar sob solicitação inferior a carga limite da solicitação estática. Ocorre subitamente e sem aviso prévio.
Pode resultar em trincas ou fratura completa após certo número de ciclos.
Responsável por 90% de todas as falhas de metais afetando também polímeros e cerâmicas.
Previsão da Vida sob Fadiga
... de um corpo de prova ou estrutura é o número de ciclos de tensão requerido para causar a fratura
... é aparentemente semelhante à fadiga dos metais, porém para polímeros a tensão limite de fadiga é independente da tensão aplicada.
O comportamento sob fadiga é mais complexo nos polímeros devido a:
Peso molecular, densidade de reticulação, cristalinidade,
Natureza viscoelástica não linearVida sob Fadiga - Polímeros
muito sensível à freqüência do ciclo de tensão (carregamento cíclico).
Vida sob condições de fadiga térmica é definida como o número de ciclos à uma dada tensão necessária para diminuir
o módulo aparente a um valor de 70% do valor original.
condutibilidade térmica, o calor gerado em cada ciclo não se dissipa, resultando em uma diminuição do modulo de
elasticidade
Eventualmente o material não pode mais suportar a carga e falha prematuramente.
Fadiga
Epoxies possuem alta densidade de crescimento de trincas de fadiga
Relação com grau de ligações cruzadas
alta resistência mecânica
porém, baixa resistência à fadiga Polímeros com alto grau densidade reticulação associados a
Fadiga
Peso
molecular
Aumenta a resistência da propagação de trincas de fadiga peso molecular - aumento de sua resistência à fadiga
Incorporação de uma fração de alto peso molecular O reforço de matrizes poliméricas com fibras também
aumentam sua resistência à fadiga
Sob altas tensões de fadiga, compósitos baseados em PEEK, PPS e PES são os que apresentam os maiores valores de limites de
Curva S-N típica de fadiga para plásticos
Mecanismo de Fadiga Superficial
Associado
ao mecanismo de adesão ou abrasãoparticularmente importante em mancais de rolamento e é conhecido como "fadiga de contato por rolamento"
Formação ou a propagação de trincas em / ou abaixo da superfície solicitada
Devido a repetidos escorregamentos de asperezas duras através da superfície sólida
Exemplos morfologia desgaste - fadiga
Alto esforço mesmo a baixas cargas –
deformação plástica
intensa - material escoa.
Fenômeno de fadiga superficiais
dois mecanismos de deformação cíclicas provocadas pelas asperezas da contra-superfície :altas deformações devido à concentração de tensão
superficial e sub-superficial; geradas pelas altas asperezas da superfície do polímero descrito pela remoção de material
Normas Abrasão
Ensaios medem a habilidade do material resistir a abrasão quando submetido a materiais abrasivos
Resultado – taxa de desgaste – massa g / n. ciclos Abrasivo padrão – TABER
grau padrão utilizado: CS-17, 1.000-g carga
satisfatório desgaste em quase todos os polímeros 5000 ciclos
Normas Abrasão
medida taxa de desgaste por perda de volume.
medida efeitos abrasivos sobre características óticas
Normas Fadiga
dados são apresentados – n. de ciclos que levam a fratura máximo nível de tensão.
Ensaios fadiga:
à flexão – equipamento produz amplitudes constantes em cada ciclo – força é alternada
tração – carga é constante – movimento é tração e compressão
Limite de fadiga em polímeros – 25 a 30% da resistência à tensão estática
Normas Fadiga
compósitos orientados e de alto modulo para determinar as propriedades de fadiga em ciclos de tração-tração
Determinação da fadiga de MATTIA E SCOTT – borrachas e plásticos